SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
Caminho para o desenvolvimento 
A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre 
as regiões com menor grau de desenvolvimento 
do País. Com a economia baseada na produção 
primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. 
Por isso, sofrem, ao longo das últimas 
décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do 
que deixavam suas cidades partiam em busca da 
formação acadêmica, já que as universidades ali 
existentes eram todas privadas. 
Por tudo isso, era um ambiente favorável 
para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais 
criadas pelos governos Lula/Dilma dentro 
do Programa de Expansão do Ensino Universitário. 
O Brasil mudou muito nos últimos anos. São 
sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil 
escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas 
federais, além de mais de R$ 200 bilhões que 
serão destinados à educação nos próximos 10 
anos, com o investimento em educação chegando 
a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas 
também puderam ser mais bem qualificadas por 
meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou 
oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento 
e 6,8 milhões de inscritos. 
E a nossa região, a partir da conquista da 
Unipampa, instalada em dez municípios, também 
começa a mudar. 
Afinal, como disse o presidente Lula, em 
Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou 
a criação de nossa universidade: “Atrás de 
uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade 
de desenvolvimento, vai a geração de 
emprego e vai a formação de gente pobre que 
nunca sonhou fazer uma universidade”. 
Nas próximas páginas contaremos a história 
da conquista e as transformações que a Unipam-pa 
está produzindo no Pampa Gaúcho.
Conquista que veio das ruas 
Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, 
de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, 
um longo caminho precisou ser percorrido. A 
ampla mobilização popular realizada entre os me-ses 
de abril e julho de 2005 em 23 municípios da 
Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 
70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. 
Tudo começou quando a direção da Univer-sidade 
da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando 
alternativas para enfrentar uma das piores 
crises da instituição em seus 50 anos de vida, 
procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando 
Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O 
professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou 
a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no 
dia 27 de fevereiro de 2005. 
Os dois entraram em campo e marcaram 
agenda com Tarso Genro, que era ministro da 
Educação. A Urcamp queria apoio para um plano 
de estabilização que possibilitasse encaminhar 
solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse 
captar recursos para um programa de inves-timentos 
que levassem à modernização. 
No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs 
duas medidas. A curto prazo, com apoio dos 
técnicos do MEC, a elaboração de um plano de 
captação de verbas juntos às agências oficiais de 
financiamento. A médio prazo, a mobilização para 
incluir a universidade no Plano de Expansão do 
Ensino Universitário, que começava a ser gestado 
pelo Governo Federal. 
As propostas foram apresentadas ao Conse-lho 
da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da 
Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois 
estava formada a Comissão de Mobilização. 
O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp 
aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 
16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
Mobilização tomou as cidades 
A partir do primeiro ato, o movimento tomou 
os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. 
Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios 
foram realizados em toda a região, levando 
milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização 
da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior 
movimento popular já realizado na região. 
Diante das dificuldades legais e institucio-nais 
de federalização da Urcamp, a luta foi dire- 
O grande dia 
O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para 
a História da região. Nesta data, Lula, diante de 
aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na 
Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, 
hoje considerada uma das maiores obras 
já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento 
da Metade Sul do Rio Grande do Sul. 
Bagé se preparou e se enfeitou para receber 
as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios 
e que estavam integradas ao movimento que 
superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. 
Era uma luta de todos e para todos. Mais 
de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando 
pessoas que queriam ser protagonistas de uma 
cionada para a conquista de uma Universidade 
Federal para a região. 
O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta 
e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência 
com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, 
data em que foi confirmada a ida do presidente da 
República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar 
a criação da Universidade Federal do Pampa. 
conquista que mudaria suas vidas, as vidas de 
suas cidades e a vida da região. 
Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo 
na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte 
municipal. O comércio e os bancos fecha-ram 
no início da tarde. 
O povo não se decepcionou. Lula anunciou, 
naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e 
região teriam uma universidade com campus em 
outros nove municípios. Foi uma grande festa que 
os que lá estavam até hoje não esquecem e nem 
esquecerão.
São Borja depois da Unipampa 
Mentor da Comunicação Social 
em São Borja 
Conhecedor e estudioso da história missioneira, Alex 
Sander Barcelos, 36 anos, é da primeira leva de funcioná-rios 
públicos da Unipampa. Aprovado em 2006 para o cam-pus 
de São Borja, já foi coordenador administrativo e partici-pa 
de projetos de pesquisa e extensão. 
Entusiasta da mudança de paradigmas iniciada há 
oito anos, ele aponta que a geração de postos de trabalho 
foi uma questão importante, ajudando a aumentar o ramo 
de prestação de serviços e incentivando a qualificação do 
comércio. Mas a análise deve ser mais aprofundada, e os 
resultados serão mais concretos a longo prazo, segundo ele. 
“Criou também uma experiência de vida e sociológica 
fantásticas. A cidade teve de se readequar à universidade. 
Em sua multiplicidade cultural, trouxe gente de todos os can-tos 
do Brasil que, se não fosse pelo ensino público através 
do Enem, não estariam aqui”, diz. 
Em sala de aula ou nos projetos de pesquisa e exten-são, 
a Unipampa já se confunde com a história imaterial da 
cidade. Na fronteira com a Argentina, ainda pode dar saltos 
maiores. “Precisa se integrar às riquezas históricas e sociais 
do país vizinho. Fazer projetos conjuntos. É um dos papeis 
da universidade, desbravar as fronteiras da região e do pró-prio 
Brasil”, avalia. 
A vida acadêmica de estudante não bastou para o 
mais novo técnico em audiovisual da Unipampa de São Bor-ja. 
Aos 52 anos, o estudante de relações públicas começou 
sua relação com a universidade no início, em 2006, quando 
ingressou no curso de jornalismo. A história do curso, inclu-sive, 
se confunde com a dele. 
Assessor de comunicação da prefeitura naquela 
época, Eduardo Martinez foi quem sugeriu aos gestores da 
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – cinco dos 
campi eram vinculados à UFSM e cinco à Ufpel - a inclu-são 
de Comunicação Social como um dos cursos da nova 
universidade. De lá pra cá, ficou um período sem estudar, 
passou no concurso público de 2014 e voltou a vincular-se 
à universidade como estudante e funcionário. 
No final do ano, a cidade ganhará um profissional de 
relações públicas. Em agosto, foi aprovado no TCC com nota 
máxima. Ele ainda aguarda resultado de concurso feito no 
Instituto Federal Farroupilha, sediado em Alegrete, para o 
qual tem vaga de RP. 
Talvez a vida construída no município possa mudar 
drasticamente graças à sua dedicação e à expansão, na 
última década, das universidades públicas e dos cursos 
técnicos.
Jovens querem cuidar 
da assistência social 
As três cursam Serviço Social na Unipam-pa 
de São Borja, na região das Missões. Novas, 
variam entre 17 e 18 anos. Eduarda Fernandes, 
Caroline e Marcela Weber são egressas de esco-la 
pública e entraram na universidade em 2014 
pelo Enem. 
Além da idade e do curso, a característica 
que as torna mais parecidas traduz uma realida-de 
que vem mudando: o acesso ao ensino supe-rior 
por meio de universidade federal. 
A juventude poderia ter sido podada no en-sino 
médio se o ingresso num curso superior de-pendesse 
exclusivamente de dinheiro. Nascidas 
e criadas em São Borja, estão convencidas de 
que trabalhar na área social talvez lhes dê mais 
orgulho e satisfação do que resultados financei-ros. 
E não foi por outro motivo que escolheram a 
profissão.
Universidade em construção 
Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do 
o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, 
hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula 
inaugural da Unipampa, no município de Bagé, 
a universidade vem num constante processo de 
construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos 
equipamentos adquiridos. 
Mas ainda há um caminho a percorrer, que 
vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza 
do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, 
na verdade, uma universidade que se constrói na 
diversidade do Pampa, com interação para além 
dos dez municípios em que está instalada, pois 
desenvolve ações em todo o seu entorno. 
Somente entre os anos de 2009, época em 
que a Unipampa se desvinculou das Universida-des 
Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro 
semestre de 2014, já foram investidos R$ 
238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 
em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. 
A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 
em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no 
mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que 
dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da 
Unipampa. 
Os reflexos são sentidos de forma direta 
em todas as cidades em que estão instalados os 
campus da nova universidade. E não são apenas 
de ordem econômica. Lideranças empresariais e 
políticas atestam que houve grandes transforma-ções 
sociais e culturais nos municípios. 
Estrutura básica está montada 
A estrutura física básica da Uni-pampa 
já está montada. Prédios e la-boratórios, 
com equipamentos de pri-meira 
linha, funcionam a pleno. Neste 
momento, estão sendo montados os 
restaurantes universitários e já come-çaram 
a ser construídas as casas de 
estudantes. 
Quatro restaurantes já estão fun-cionando 
e, até o final do ano, come-çam 
a operar mais dois restaurantes, 
um em Bagé e outro em Dom Pedrito. 
Para o campus de Uruguaiana, que 
funciona em prédio adquirido da PUC, 
está em fase de contratação de empre-sa 
que servirá as refeições a preços 
subsidiados. 
As obras das casas dos estudan-tes 
já estão acontecendo. Cada cam-pus 
terá uma casa. Em Santana do 
Livramento, cidade onde a instituição 
não possui terreno, foi locado um imó-vel, 
que já está em funcionamento.
Cursos estão em fase de consolidação 
Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa 
saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam 
em 2006 para os atuais 63. Estes se 
encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram 
avaliados até agora obtiveram notas entre 4 
e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota 
máxima o 5. 
Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 
mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. 
Mas, ainda há espaço físico para abrigar 
novos estudantes. Para isso, é necessário obter 
sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério 
da Educação para aumentar a oferta de 
cursos noturnos. 
No horizonte da criação de novos, a univer-sidade 
trabalha com a perspectiva de montar cur-sos 
de Medicina e Direito. 
Cerca de 2.500 alunos formados 
A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores 
e 696 servidores, já formou 2.481 alunos 
desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 
727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a 
universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, 
devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente 
implantada, 12 mil estudantes. 
A instituição mantem 781 alunos bolsistas, 
sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão 
e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é 
de aproximadamente 190 mil exemplares, entre 
livros, periódicos e outras mídias. 
Em todas as unidades, funcionam 81 grupos 
de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 
cursos de especialização e a produção científica 
já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
A Unipampa é de todos e para todos 
Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos 
é do nosso envolvimento no processo que resultou na 
conquista de uma Universidade Federal para nossa região. 
Este era um sonho de nossa geração que se transformou 
em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, 
liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria 
e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o 
crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. 
Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro 
Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou 
conta da região estávamos convencidos de que esta 
era uma das mais importantes contribuições que podería-mos 
oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta 
certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, 
cientes do papel de homens públicos comprometidos 
com as transformações necessárias para que o Brasil e o 
Rio Grande avancem cada vez mais. 
Percorremos milhares de quilômetros viajando por 
23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, 
em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente 
Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores 
no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. 
Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o 
caminho era esse e que estávamos no rumo certo. 
No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos 
o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, 
vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça 
Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. 
Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os 
avanços já produzidos em menos de uma década, conversar 
com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos 
de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos 
de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za 
do que foi a conquista da Unipampa. 
Não devemos e nem podemos esquecer o apoio 
estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, 
na condição de ministro de Educação orientou os nossos 
passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância 
com a política do Governo Federal. Tarso é parte 
importante desta conquista. 
Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, 
reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente 
Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de 
diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos 
em educação uma alternativa para o desenvolvimento 
do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável 
por tudo isso. 
Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta 
Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que 
também sabe da importância da emancipação dos pobres 
e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a 
formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, 
é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para 
todos. 
Luiz Fernando Mainardi 
Deputado Estadual 
Paulo Pimenta 
Deputado Federal

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2
Vicente
 
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos FavorecidosEstratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Adilson P Motta Motta
 
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
Guilherme Ribeiro
 
Proposta necad ultima
Proposta necad ultimaProposta necad ultima
Proposta necad ultima
Jair Melo
 
Propostas de plano de governo da nsb
Propostas de plano de governo da nsbPropostas de plano de governo da nsb
Propostas de plano de governo da nsb
Sergiana Helmer
 
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atualConquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
minasdecide
 

La actualidad más candente (17)

Jornal nov13
Jornal nov13Jornal nov13
Jornal nov13
 
Callegari
CallegariCallegari
Callegari
 
Texto
TextoTexto
Texto
 
Informativo 2013 03
Informativo 2013 03 Informativo 2013 03
Informativo 2013 03
 
Interlocução
Interlocução Interlocução
Interlocução
 
Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2
 
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos FavorecidosEstratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
 
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
Pre-tese Reconquistar a UNE ao 13-CONEB-2011
 
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
 
Proposta necad ultima
Proposta necad ultimaProposta necad ultima
Proposta necad ultima
 
Jornal A Vanguarda Classista
Jornal A Vanguarda ClassistaJornal A Vanguarda Classista
Jornal A Vanguarda Classista
 
Propostas de plano de governo da nsb
Propostas de plano de governo da nsbPropostas de plano de governo da nsb
Propostas de plano de governo da nsb
 
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atualConquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
Conquistas do povo mineiro nos últimos 7 anos do governo atual
 
Seminário 17.06
Seminário 17.06Seminário 17.06
Seminário 17.06
 
Sonho que Conquistamos
Sonho que ConquistamosSonho que Conquistamos
Sonho que Conquistamos
 
Folha 205
Folha 205Folha 205
Folha 205
 
Ida goulartferreiraromeiro
Ida goulartferreiraromeiroIda goulartferreiraromeiro
Ida goulartferreiraromeiro
 

Destacado (20)

G R U P O S
G R U P O SG R U P O S
G R U P O S
 
Region caribe e insular.ppt 000
Region caribe e insular.ppt 000Region caribe e insular.ppt 000
Region caribe e insular.ppt 000
 
Abnt2011
Abnt2011Abnt2011
Abnt2011
 
Reflexion 1
Reflexion 1Reflexion 1
Reflexion 1
 
Mustafa Ferhan Akman Xml Ve Xml Teknolojileri
Mustafa Ferhan Akman   Xml Ve Xml TeknolojileriMustafa Ferhan Akman   Xml Ve Xml Teknolojileri
Mustafa Ferhan Akman Xml Ve Xml Teknolojileri
 
Volcan islandia
Volcan islandiaVolcan islandia
Volcan islandia
 
HMES IMÁGENES
HMES IMÁGENESHMES IMÁGENES
HMES IMÁGENES
 
Almost Vs San Juan 2009
Almost Vs San Juan 2009Almost Vs San Juan 2009
Almost Vs San Juan 2009
 
Публикация учителя
Публикация учителяПубликация учителя
Публикация учителя
 
Proceso Matriz
Proceso MatrizProceso Matriz
Proceso Matriz
 
Yalkira
YalkiraYalkira
Yalkira
 
DistàNcia De Seguretat
DistàNcia De SeguretatDistàNcia De Seguretat
DistàNcia De Seguretat
 
Ch02
Ch02Ch02
Ch02
 
Almost Vs San Juan 2009
Almost Vs San Juan 2009Almost Vs San Juan 2009
Almost Vs San Juan 2009
 
AssumiràS La Veu D’Un Poble
AssumiràS La Veu D’Un PobleAssumiràS La Veu D’Un Poble
AssumiràS La Veu D’Un Poble
 
090515 Nc Miyamura4
090515 Nc Miyamura4090515 Nc Miyamura4
090515 Nc Miyamura4
 
Bequeathing Sutra
Bequeathing SutraBequeathing Sutra
Bequeathing Sutra
 
Ayat dan Hadis Kefahaman
Ayat dan Hadis KefahamanAyat dan Hadis Kefahaman
Ayat dan Hadis Kefahaman
 
IBM Jazz - A New Approach For Software Development (In Russian)
IBM Jazz - A New Approach For Software Development (In Russian)IBM Jazz - A New Approach For Software Development (In Russian)
IBM Jazz - A New Approach For Software Development (In Russian)
 
Social Media Marketing
Social Media MarketingSocial Media Marketing
Social Media Marketing
 

Similar a Revista Unipampa_ Revolução em São Borja_Transforma o Pampa_Pimenta_Mainardi

UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASILUMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
ProfessorPrincipiante
 
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
gisianevieiraanana
 
Projeto Recenseamento Escolar
Projeto Recenseamento EscolarProjeto Recenseamento Escolar
Projeto Recenseamento Escolar
cristian313
 
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Rozinaldo Cardoso
 
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
Rozinaldo Cardoso
 
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Rozinaldo Cardoso
 
Renata Loula - FDE síntese
Renata Loula - FDE sínteseRenata Loula - FDE síntese
Renata Loula - FDE síntese
renataloulaa
 

Similar a Revista Unipampa_ Revolução em São Borja_Transforma o Pampa_Pimenta_Mainardi (20)

Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_MainardiRevista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
 
Revista Unipampa_Transforma São Gabriel_Revolução no Pampa_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma São Gabriel_Revolução no Pampa_Pimenta_MainardiRevista Unipampa_Transforma São Gabriel_Revolução no Pampa_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma São Gabriel_Revolução no Pampa_Pimenta_Mainardi
 
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASILUMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASIL
 
Cidade constitucional
Cidade constitucionalCidade constitucional
Cidade constitucional
 
Radar jovem (2)
Radar jovem (2)Radar jovem (2)
Radar jovem (2)
 
Informativo 29
Informativo 29Informativo 29
Informativo 29
 
Painel 7
Painel 7Painel 7
Painel 7
 
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
TÓPICOS UTILIZADOS NA PALESTRA COM OS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL H...
 
Alckmin
AlckminAlckmin
Alckmin
 
Plano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago SantosPlano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago Santos
 
Projeto Recenseamento Escolar
Projeto Recenseamento EscolarProjeto Recenseamento Escolar
Projeto Recenseamento Escolar
 
Cidade Constitucional: Capital da República
Cidade Constitucional: Capital da RepúblicaCidade Constitucional: Capital da República
Cidade Constitucional: Capital da República
 
Cidade Constitucional: Capital da República
Cidade Constitucional: Capital da RepúblicaCidade Constitucional: Capital da República
Cidade Constitucional: Capital da República
 
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
 
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
Proposta de (kaly)governo sýýo bento do trairi 2013 ( kaly)
 
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
Proposta de governo para o ano 2013 a 2016
 
Renata Loula - FDE síntese
Renata Loula - FDE sínteseRenata Loula - FDE síntese
Renata Loula - FDE síntese
 
Plano de governo
Plano de governoPlano de governo
Plano de governo
 
Adriana cleide erika
Adriana cleide erikaAdriana cleide erika
Adriana cleide erika
 
Histórias de um Brasil que funciona
 Histórias de um Brasil que funciona Histórias de um Brasil que funciona
Histórias de um Brasil que funciona
 

Más de Luiz Fernando Mainardi

Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do municípioMemórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Luiz Fernando Mainardi
 
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuroReluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Luiz Fernando Mainardi
 

Más de Luiz Fernando Mainardi (20)

Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundoMemórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
 
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas SociaisMemórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
 
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
 
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_BagéMemórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
 
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em BagéMemórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
 
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em BagéMemórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
 
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do GaúchoMemórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
 
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismoMemórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
 
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do municípioMemórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
 
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
 
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
 
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
 
O novo transporte coletivo de Bagé
O novo transporte coletivo de BagéO novo transporte coletivo de Bagé
O novo transporte coletivo de Bagé
 
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - BagéCompra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
 
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuroReluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
 
Recuperação da Santa Tecla
Recuperação da Santa TeclaRecuperação da Santa Tecla
Recuperação da Santa Tecla
 
Fome Zero na Educação
Fome Zero na EducaçãoFome Zero na Educação
Fome Zero na Educação
 
Banco Mundial financia Bagé
Banco Mundial financia BagéBanco Mundial financia Bagé
Banco Mundial financia Bagé
 
Do Lixão ao Aterro Sanitário
Do Lixão ao Aterro SanitárioDo Lixão ao Aterro Sanitário
Do Lixão ao Aterro Sanitário
 
Memórias de um tempo texto
Memórias de um tempo textoMemórias de um tempo texto
Memórias de um tempo texto
 

Revista Unipampa_ Revolução em São Borja_Transforma o Pampa_Pimenta_Mainardi

  • 1. Caminho para o desenvolvimento A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre as regiões com menor grau de desenvolvimento do País. Com a economia baseada na produção primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. Por isso, sofrem, ao longo das últimas décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do que deixavam suas cidades partiam em busca da formação acadêmica, já que as universidades ali existentes eram todas privadas. Por tudo isso, era um ambiente favorável para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais criadas pelos governos Lula/Dilma dentro do Programa de Expansão do Ensino Universitário. O Brasil mudou muito nos últimos anos. São sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas federais, além de mais de R$ 200 bilhões que serão destinados à educação nos próximos 10 anos, com o investimento em educação chegando a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas também puderam ser mais bem qualificadas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento e 6,8 milhões de inscritos. E a nossa região, a partir da conquista da Unipampa, instalada em dez municípios, também começa a mudar. Afinal, como disse o presidente Lula, em Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou a criação de nossa universidade: “Atrás de uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade de desenvolvimento, vai a geração de emprego e vai a formação de gente pobre que nunca sonhou fazer uma universidade”. Nas próximas páginas contaremos a história da conquista e as transformações que a Unipam-pa está produzindo no Pampa Gaúcho.
  • 2. Conquista que veio das ruas Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, um longo caminho precisou ser percorrido. A ampla mobilização popular realizada entre os me-ses de abril e julho de 2005 em 23 municípios da Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. Tudo começou quando a direção da Univer-sidade da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando alternativas para enfrentar uma das piores crises da instituição em seus 50 anos de vida, procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no dia 27 de fevereiro de 2005. Os dois entraram em campo e marcaram agenda com Tarso Genro, que era ministro da Educação. A Urcamp queria apoio para um plano de estabilização que possibilitasse encaminhar solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse captar recursos para um programa de inves-timentos que levassem à modernização. No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs duas medidas. A curto prazo, com apoio dos técnicos do MEC, a elaboração de um plano de captação de verbas juntos às agências oficiais de financiamento. A médio prazo, a mobilização para incluir a universidade no Plano de Expansão do Ensino Universitário, que começava a ser gestado pelo Governo Federal. As propostas foram apresentadas ao Conse-lho da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois estava formada a Comissão de Mobilização. O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
  • 3. Mobilização tomou as cidades A partir do primeiro ato, o movimento tomou os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios foram realizados em toda a região, levando milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior movimento popular já realizado na região. Diante das dificuldades legais e institucio-nais de federalização da Urcamp, a luta foi dire- O grande dia O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para a História da região. Nesta data, Lula, diante de aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, hoje considerada uma das maiores obras já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Bagé se preparou e se enfeitou para receber as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios e que estavam integradas ao movimento que superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. Era uma luta de todos e para todos. Mais de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando pessoas que queriam ser protagonistas de uma cionada para a conquista de uma Universidade Federal para a região. O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, data em que foi confirmada a ida do presidente da República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar a criação da Universidade Federal do Pampa. conquista que mudaria suas vidas, as vidas de suas cidades e a vida da região. Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte municipal. O comércio e os bancos fecha-ram no início da tarde. O povo não se decepcionou. Lula anunciou, naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e região teriam uma universidade com campus em outros nove municípios. Foi uma grande festa que os que lá estavam até hoje não esquecem e nem esquecerão.
  • 4. São Borja depois da Unipampa Mentor da Comunicação Social em São Borja Conhecedor e estudioso da história missioneira, Alex Sander Barcelos, 36 anos, é da primeira leva de funcioná-rios públicos da Unipampa. Aprovado em 2006 para o cam-pus de São Borja, já foi coordenador administrativo e partici-pa de projetos de pesquisa e extensão. Entusiasta da mudança de paradigmas iniciada há oito anos, ele aponta que a geração de postos de trabalho foi uma questão importante, ajudando a aumentar o ramo de prestação de serviços e incentivando a qualificação do comércio. Mas a análise deve ser mais aprofundada, e os resultados serão mais concretos a longo prazo, segundo ele. “Criou também uma experiência de vida e sociológica fantásticas. A cidade teve de se readequar à universidade. Em sua multiplicidade cultural, trouxe gente de todos os can-tos do Brasil que, se não fosse pelo ensino público através do Enem, não estariam aqui”, diz. Em sala de aula ou nos projetos de pesquisa e exten-são, a Unipampa já se confunde com a história imaterial da cidade. Na fronteira com a Argentina, ainda pode dar saltos maiores. “Precisa se integrar às riquezas históricas e sociais do país vizinho. Fazer projetos conjuntos. É um dos papeis da universidade, desbravar as fronteiras da região e do pró-prio Brasil”, avalia. A vida acadêmica de estudante não bastou para o mais novo técnico em audiovisual da Unipampa de São Bor-ja. Aos 52 anos, o estudante de relações públicas começou sua relação com a universidade no início, em 2006, quando ingressou no curso de jornalismo. A história do curso, inclu-sive, se confunde com a dele. Assessor de comunicação da prefeitura naquela época, Eduardo Martinez foi quem sugeriu aos gestores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – cinco dos campi eram vinculados à UFSM e cinco à Ufpel - a inclu-são de Comunicação Social como um dos cursos da nova universidade. De lá pra cá, ficou um período sem estudar, passou no concurso público de 2014 e voltou a vincular-se à universidade como estudante e funcionário. No final do ano, a cidade ganhará um profissional de relações públicas. Em agosto, foi aprovado no TCC com nota máxima. Ele ainda aguarda resultado de concurso feito no Instituto Federal Farroupilha, sediado em Alegrete, para o qual tem vaga de RP. Talvez a vida construída no município possa mudar drasticamente graças à sua dedicação e à expansão, na última década, das universidades públicas e dos cursos técnicos.
  • 5. Jovens querem cuidar da assistência social As três cursam Serviço Social na Unipam-pa de São Borja, na região das Missões. Novas, variam entre 17 e 18 anos. Eduarda Fernandes, Caroline e Marcela Weber são egressas de esco-la pública e entraram na universidade em 2014 pelo Enem. Além da idade e do curso, a característica que as torna mais parecidas traduz uma realida-de que vem mudando: o acesso ao ensino supe-rior por meio de universidade federal. A juventude poderia ter sido podada no en-sino médio se o ingresso num curso superior de-pendesse exclusivamente de dinheiro. Nascidas e criadas em São Borja, estão convencidas de que trabalhar na área social talvez lhes dê mais orgulho e satisfação do que resultados financei-ros. E não foi por outro motivo que escolheram a profissão.
  • 6. Universidade em construção Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula inaugural da Unipampa, no município de Bagé, a universidade vem num constante processo de construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos equipamentos adquiridos. Mas ainda há um caminho a percorrer, que vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, na verdade, uma universidade que se constrói na diversidade do Pampa, com interação para além dos dez municípios em que está instalada, pois desenvolve ações em todo o seu entorno. Somente entre os anos de 2009, época em que a Unipampa se desvinculou das Universida-des Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro semestre de 2014, já foram investidos R$ 238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da Unipampa. Os reflexos são sentidos de forma direta em todas as cidades em que estão instalados os campus da nova universidade. E não são apenas de ordem econômica. Lideranças empresariais e políticas atestam que houve grandes transforma-ções sociais e culturais nos municípios. Estrutura básica está montada A estrutura física básica da Uni-pampa já está montada. Prédios e la-boratórios, com equipamentos de pri-meira linha, funcionam a pleno. Neste momento, estão sendo montados os restaurantes universitários e já come-çaram a ser construídas as casas de estudantes. Quatro restaurantes já estão fun-cionando e, até o final do ano, come-çam a operar mais dois restaurantes, um em Bagé e outro em Dom Pedrito. Para o campus de Uruguaiana, que funciona em prédio adquirido da PUC, está em fase de contratação de empre-sa que servirá as refeições a preços subsidiados. As obras das casas dos estudan-tes já estão acontecendo. Cada cam-pus terá uma casa. Em Santana do Livramento, cidade onde a instituição não possui terreno, foi locado um imó-vel, que já está em funcionamento.
  • 7. Cursos estão em fase de consolidação Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam em 2006 para os atuais 63. Estes se encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram avaliados até agora obtiveram notas entre 4 e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota máxima o 5. Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. Mas, ainda há espaço físico para abrigar novos estudantes. Para isso, é necessário obter sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério da Educação para aumentar a oferta de cursos noturnos. No horizonte da criação de novos, a univer-sidade trabalha com a perspectiva de montar cur-sos de Medicina e Direito. Cerca de 2.500 alunos formados A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores e 696 servidores, já formou 2.481 alunos desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente implantada, 12 mil estudantes. A instituição mantem 781 alunos bolsistas, sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é de aproximadamente 190 mil exemplares, entre livros, periódicos e outras mídias. Em todas as unidades, funcionam 81 grupos de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 cursos de especialização e a produção científica já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
  • 8. A Unipampa é de todos e para todos Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos é do nosso envolvimento no processo que resultou na conquista de uma Universidade Federal para nossa região. Este era um sonho de nossa geração que se transformou em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou conta da região estávamos convencidos de que esta era uma das mais importantes contribuições que podería-mos oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, cientes do papel de homens públicos comprometidos com as transformações necessárias para que o Brasil e o Rio Grande avancem cada vez mais. Percorremos milhares de quilômetros viajando por 23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o caminho era esse e que estávamos no rumo certo. No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os avanços já produzidos em menos de uma década, conversar com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za do que foi a conquista da Unipampa. Não devemos e nem podemos esquecer o apoio estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, na condição de ministro de Educação orientou os nossos passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância com a política do Governo Federal. Tarso é parte importante desta conquista. Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos em educação uma alternativa para o desenvolvimento do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável por tudo isso. Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que também sabe da importância da emancipação dos pobres e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para todos. Luiz Fernando Mainardi Deputado Estadual Paulo Pimenta Deputado Federal