1. Crenças Irracionais eCrenças Irracionais e
sua contestaçãosua contestação
Marcelo da Rocha CarvalhoMarcelo da Rocha Carvalho
2. Três preposiçõesTrês preposições
fundamentais da TC:fundamentais da TC:
A atividade cognitiva influencia oA atividade cognitiva influencia o
comportamento.comportamento.
A atividade cognitiva pode serA atividade cognitiva pode ser
monitorada e alterada.monitorada e alterada.
O comportamento desejado pode serO comportamento desejado pode ser
influenciado mediante a mudançainfluenciado mediante a mudança
cognitiva.cognitiva.
(Dobson, 2001; apud Knapp, 2004)(Dobson, 2001; apud Knapp, 2004)
3. Suposições da TerapiaSuposições da Terapia
CognitivaCognitiva
Os pacientes têm acesso aosOs pacientes têm acesso aos
sentimentos com um breve treinamento.sentimentos com um breve treinamento.
Os pacientes têm acesso a pensamentosOs pacientes têm acesso a pensamentos
e imagens com um breve treinamento.e imagens com um breve treinamento.
Os pacientes têm problemasOs pacientes têm problemas
identificáveis a serem focalizados.identificáveis a serem focalizados.
Os pacientes estão motivados a fazerOs pacientes estão motivados a fazer
tarefas de casa e a aprender estratégiastarefas de casa e a aprender estratégias
de autocontrole.de autocontrole.
4. Suposições da TerapiaSuposições da Terapia
CognitivaCognitiva
Os pacientes podem se engajar emOs pacientes podem se engajar em
comportamento colaborativo com ocomportamento colaborativo com o
terapeuta em poucas sessões.terapeuta em poucas sessões.
As dificuldades no relacionamentoAs dificuldades no relacionamento
terapêutico não são um foco maior deterapêutico não são um foco maior de
problemasproblemas
Todas as cognições e todos os padrõesTodas as cognições e todos os padrões
de comportamento podem serde comportamento podem ser
modificados por análise empírica,modificados por análise empírica,
discurso lógico, experimentação, passosdiscurso lógico, experimentação, passos
graduais e prática.graduais e prática.
5. Diferenças entreDiferenças entre
métodosmétodos
Terapia Cognitiva: Beck e osTerapia Cognitiva: Beck e os
pensamentos disfuncionais.pensamentos disfuncionais.
– Maior complexidade, ligado aosMaior complexidade, ligado aos
transtornos psiquiátricos e menostranstornos psiquiátricos e menos
embativa.embativa.
Terapia Racional EmotivaTerapia Racional Emotiva
Comportamental: Ellis e as crençasComportamental: Ellis e as crenças
irracionais.irracionais.
– Menor complexidade, mais embativo eMenor complexidade, mais embativo e
ligado a questões de neuroticismo.ligado a questões de neuroticismo.
6. Identificando suposiçõesIdentificando suposições
disfuncionais (Beck,disfuncionais (Beck,
1997)1997)
Não refletem a realidade daNão refletem a realidade da
experiência humana;experiência humana;
São rígidas, hipergeneralizadas eSão rígidas, hipergeneralizadas e
extremas;extremas;
Impedem a concretização dosImpedem a concretização dos
objetivos ao invés de facilitá-los;objetivos ao invés de facilitá-los;
Sua transgressão está associada aSua transgressão está associada a
emoções extremas e excessivas;emoções extremas e excessivas;
São relativamente inacessíveis aSão relativamente inacessíveis a
experiência comum.experiência comum.
7. Valores da TRECValores da TREC
Conscientizar as pessoas de que sãoConscientizar as pessoas de que são
elas mesmas que criam, em grandeelas mesmas que criam, em grande
parte, suas próprias perturbaçõesparte, suas próprias perturbações
psicológicas e que, embora aspsicológicas e que, embora as
condições ambientais possamcondições ambientais possam
contribuir para seus problemas, têm ,contribuir para seus problemas, têm ,
em geral, uma importância secundáriaem geral, uma importância secundária
no processo de mudança.no processo de mudança.
8. Valores da TRECValores da TREC
Estimular as pessoas a reconhecerEstimular as pessoas a reconhecer
claramente que possuem aclaramente que possuem a
capacidade de modificar de umacapacidade de modificar de uma
maneira significativa estasmaneira significativa estas
perturbações psicológicas.perturbações psicológicas.
9. Valores da TRECValores da TREC
Proporcionar a compreensão de queProporcionar a compreensão de que
perturbações emocionaisperturbações emocionais
comportamentais provêm, em grandecomportamentais provêm, em grande
parte, de crenças irracionais,parte, de crenças irracionais,
dogmáticas e absolutistas.dogmáticas e absolutistas.
10. Valores da TRECValores da TREC
Estimular a descoberta das crençasEstimular a descoberta das crenças
irracionais e discriminar entre elasirracionais e discriminar entre elas
suas alternativas racionais.suas alternativas racionais.
11. Valores da TRECValores da TREC
Questionar estas crenças irracionaisQuestionar estas crenças irracionais
utilizando os métodos lógico-utilizando os métodos lógico-
empíricos da ciência.empíricos da ciência.
12. Valores da TRECValores da TREC
Trabalhar no intuito de internalizarTrabalhar no intuito de internalizar
suas novas crenças racionais,suas novas crenças racionais,
empregando métodos cognitivos,empregando métodos cognitivos,
emocionais e comportamentais deemocionais e comportamentais de
mudança.mudança.
13. Valores da TRECValores da TREC
Continuar este processo de refutaçãoContinuar este processo de refutação
das idéias irracionais e utilizardas idéias irracionais e utilizar
métodos multimodais para mudançasmétodos multimodais para mudanças
durante o resto de suas vidas.durante o resto de suas vidas.
14. Informações pertinentesInformações pertinentes
Histórico pessoal:Histórico pessoal:
– Informação geral do paciente.Informação geral do paciente.
– Informação familiar.Informação familiar.
– Relações interpessoais.Relações interpessoais.
– Estilo de vida e sistemas de apoioEstilo de vida e sistemas de apoio
social.social.
16. Paradigma de EllisParadigma de Ellis
AA BB CC
A(evento ativador)A(evento ativador) B(Crenças)B(Crenças)
C(Conseqüências)C(Conseqüências)
A(ativant event)A(ativant event) B(Beliefs)B(Beliefs) C(Consequences)C(Consequences)
17. Apresentação RacionalApresentação Racional
Explicar com algum detalhe racionalExplicar com algum detalhe racional
do processo a seguir, que deverádo processo a seguir, que deverá
incluir uma descrição do modelo ABCincluir uma descrição do modelo ABC
e do modo como as cognições ee do modo como as cognições e
crenças interagem com as situações ecrenças interagem com as situações e
emoções.emoções.
Procurar que o paciente compreendaProcurar que o paciente compreenda
a distinção entre situações,a distinção entre situações,
pensamentos e emoções.pensamentos e emoções.
18. Apresentação RacionalApresentação Racional
Especificar a natureza colaborativa doEspecificar a natureza colaborativa do
tratamento.tratamento.
Apresentar uma descrição clara dosApresentar uma descrição clara dos
processos de tratamento comprocessos de tratamento com
particular realce para o trabalhoparticular realce para o trabalho
cognitivo, emocional ecognitivo, emocional e
comportamental.comportamental.
19. CONFRONTOCONFRONTO
RACIONALRACIONAL
Transformar crenças em afirmações:Transformar crenças em afirmações:
– ““Tenho medo de pessoas”, para “AsTenho medo de pessoas”, para “As
pessoas são temíveis.”pessoas são temíveis.”
Definir as crençasDefinir as crenças
– Aqui materiais como inventários ouAqui materiais como inventários ou
bibliografia podem ajudar.bibliografia podem ajudar.
Atitudes de distanciamento.Atitudes de distanciamento.
20. Atitudes deAtitudes de
distanciamentodistanciamento
1.1. Lidar com os fatos no lugar dasLidar com os fatos no lugar das
opiniões.opiniões.
2.2. Aceitar os fatos que foramAceitar os fatos que foram
comprovados mesmo contradizendocomprovados mesmo contradizendo
os sentimentos.os sentimentos.
3.3. Evitar conclusões dogmáticasEvitar conclusões dogmáticas
baseadas em evidências limitadas.baseadas em evidências limitadas.
4.4. Reconhecer a diferenças entreReconhecer a diferenças entre
hipóteses e fatos.hipóteses e fatos.
21. Atitudes deAtitudes de
distanciamentodistanciamento
5.5. Permanecer sem reposta até quePermanecer sem reposta até que
seja encontrada uma.seja encontrada uma.
6.6. Não aceitar a priori ou de modoNão aceitar a priori ou de modo
permanente qualquer teoria.permanente qualquer teoria.
7.7. Não rejeitar a priori ou de formaNão rejeitar a priori ou de forma
permanente qualquer teoria.permanente qualquer teoria.
22. Atitudes deAtitudes de
distanciamentodistanciamento
8.8. Procurar com igual esforço,Procurar com igual esforço,
evidência e contra-evidência para asevidência e contra-evidência para as
teorias pessoais.teorias pessoais.
9.9. Abandonar as teorias que nãoAbandonar as teorias que não
possam vir a ser formuladas empossam vir a ser formuladas em
termos de hipóteses testáveis.termos de hipóteses testáveis.
23. Análise das evidênciasAnálise das evidências
Qual a racionalidade que apóia estaQual a racionalidade que apóia esta
crença?crença?
Existe evidência do contrário?Existe evidência do contrário?
Existe como verificar esta evidência?Existe como verificar esta evidência?
De forma realista e objetiva, qual é aDe forma realista e objetiva, qual é a
probabilidade de que isto aconteça?probabilidade de que isto aconteça?
O que pode acontecer se vocêO que pode acontecer se você
continuar a pensar assim?continuar a pensar assim?
24. Estabelecimento dasEstabelecimento das
conclusõesconclusões
Com base no uso do método descrito,Com base no uso do método descrito,
o paciente deverá procuraro paciente deverá procurar
formulações racionais que mostremformulações racionais que mostrem
alternativas as crenças irracionaisalternativas as crenças irracionais
identificadas.identificadas.
25. Técnica de confrontoTécnica de confronto
É a busca de forma de pensarÉ a busca de forma de pensar
antagônicas as crenças irracionais,antagônicas as crenças irracionais,
que serão investigadas no repertórioque serão investigadas no repertório
do paciente e estimuladas pelodo paciente e estimuladas pelo
terapeuta.terapeuta.
26. Técnica de confrontoTécnica de confronto
Ajudar ao paciente a identificarAjudar ao paciente a identificar
pensamento questionadores para aspensamento questionadores para as
crenças irracionais encontradas.crenças irracionais encontradas.
Assegurar que estes pensamentosAssegurar que estes pensamentos
“confrontativos” são realistas e“confrontativos” são realistas e
lógicos(desde que o sejam).lógicos(desde que o sejam).
27. Técnica de confrontoTécnica de confronto
Instruir o paciente na disputa eInstruir o paciente na disputa e
enfrentamento das crenças irracionaisenfrentamento das crenças irracionais
com estes pensamentoscom estes pensamentos
“confrontativos” de forma maciça e“confrontativos” de forma maciça e
freqüente.freqüente.
Assegurar ao paciente eu cadaAssegurar ao paciente eu cada
solução encontrada pode ter umasolução encontrada pode ter uma
modalidade idêntica sobre outrasmodalidade idêntica sobre outras
crenças irracionais.crenças irracionais.
29. BibliografiaBibliografia
Beck e col. – TERAPIA COGNITIVABeck e col. – TERAPIA COGNITIVA
DA DEPRESSÃO. Artmed, 1997.DA DEPRESSÃO. Artmed, 1997.
Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICASCaballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS
DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DODE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO
COMPORTAMENTO. Ed. Santos,COMPORTAMENTO. Ed. Santos,
1996.1996.
Ellis, A. e Becker, I. – A CONQUISTAEllis, A. e Becker, I. – A CONQUISTA
DA FELICIDADE. Record, 1982.DA FELICIDADE. Record, 1982.
30. BibliografiaBibliografia
Gonçalves, O. – TERAPIASGonçalves, O. – TERAPIAS
COGNITVAS: teorias e práticas.COGNITVAS: teorias e práticas.
Biblioteca das Ciências do Homem,Biblioteca das Ciências do Homem,
2000.2000.
Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NA PRÁTICACOMPORTAMENTAL NA PRÁTICA
PSIQUIÁTRICA. Artmed, 2004.PSIQUIÁTRICA. Artmed, 2004.