1) O documento discute a terapia racional emotiva comportamental de Albert Ellis, focando nos seus princípios fundamentais e procedimentos terapêuticos. 2) A terapia de Karen Horney é analisada, especialmente sua ênfase no desenvolvimento da personalidade e tipos de caráter neuróticos. 3) O documento também aborda conceitos como neurose, alienação do self e idealização do eu.
1. Terapia Racional EmotivaTerapia Racional Emotiva
ComportamentalComportamental
de Albert Ellisde Albert Ellis
Marcelo da Rocha CarvalhoMarcelo da Rocha Carvalho
marcelodarocha@globo.commarcelodarocha@globo.com
2. Três preposições fundamentais da
TC
• A atividade cognitiva influencia o comportamento.
• A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada.
• O comportamento desejado pode ser influenciado
mediante a mudança cognitiva.
(Dobson, 2001; apud Knapp, 2004)
3. Três procedimentos terapêuticos
1. Os procedimentos que enfatizam a racionalidade,
principalmente protagonizados nas formulações da
Terapia Racional Emotiva Comportamental de Albert
Ellis.
2. Os procedimentos que privilegiam o teste empírico
das cognições, ilustrados nas formulações da Terapia
Cognitiva de Aaron T. Beck.
3. Os procedimentos que se baseiam na repetição e
ensaio das cognições, exemplificados na Terapia
Comportamental-Cognitiva de Donald Meichenbaum.
4. Terapia Racional Emotiva
Comportamental
• As primeiras formulações que Ellis faz do seu
sistema terapêutico resultam em confluir de
princípios do racionalismo filosófico com
conceitos de raiz neo-analítica tais como a
tirania do dever de Horney, a par de estratégias
ativas de natureza comportamental, inspiradas
nos então pioneiros trabalhos de Salter e Wolpe.
• Ainda objeto de alguma evolução no decurso
das quase quatro décadas da sua história, a
TREC mantém-se relativamente inalterada nas
suas concepções teóricas e metodológicas
centrais.
5. Karen Horney e o pré-cognitivismo
clínico: da psicanálise as terapia
cognitivas.
7. Karen Horney works
• Neurosis and Human Growth, Norton, New York, 1950. ISBN 0-393-00135-0
• Are You Considering Psychoanalysis? Norton, 1946. ISBN 0-393-00131-8
• Our Inner Conflicts, Norton, 1945. ISBN 0-393-00133-4
• Self-analysis, Norton, 1942. ISBN 0-393-00134-2
• New Ways in Psychoanalysis, Norton, 1939. ISBN 0-393-00132-6 (alternate link)
• The Neurotic Personality of our Time, Norton, 1937. ISBN 0-393-01012-0
• Feminine Psychology (reprints), Norton, 1922–37 1967. ISBN 0-393-00686-7
• The Collected Works of Karen Horney (2 vols.), Norton, 1950. ISBN 1-199-36635-8
• The Adolescent Diaries of Karen Horney, Basic Books, New York, 1980. ISBN 0-465-
00055-X
• The Therapeutic Process: Essays and Lectures, ed. Bernard J. Paris, Yale University
Press, New Haven, 1999. ISBN 0-300-07527-8
• The Unknown Karen Horney: Essays on Gender, Culture, and Psychoanalysis, ed.
Bernard J. Paris, Yale University Press, New Haven, 2000. ISBN 0-300-08042-5
• Final Lectures, ed. Douglas H. Ingram, Norton, 1991.—128 p. ISBN 0-393-30755-7
ISBN 9780393307559
8. Em direção ao rompimento profícuo.
• Sua visão de que a repressão e a sublimação
de impulsos biológicos NÃO são os
determinantes primários do desenvolvimento
da personalidade levaram à sua remoção
como instrutora no New York Psychoanalytic
Institute e a que ela fundasse, em 1941, o
American Psychoanalytic Institute.
9. Neurose e Desenvolvimento
Humano: o tratamento guia da
neurose
1. A conquista de glória
2. Exigências neuróticas
3. A tirania do dever
4. Orgulho neurótico
5. Ódio e desprezo por si mesmo
6. Alheamento do eu
7. Medidas gerais para aliviar a tensão
8. Soluções expansivas: a sedução do domínio
9. A solução auto-anuladora: a sedução do amor
10. Dependência mórbida
11. Resignação: a sedução da liberdade
10. Viver para si mesmo e auto-realização
• Horney sustentou que o desenvolvimento da
personalidade resulta da interação de forças
biológicas e psicossociais que são singulares
para cada pessoa. Na medida em que o cerne
de cada personalidade é um self real
duradouro equivalente parcialmente ao ego
freudiano e parcialmente ao estado de ego
infantil de Eric Berne, o self real combina
escolha, vontade, responsabilidade,
identidade, espontaneidade e vivacidade.
11. Variáveis encobertas
• “...as pessoas não somente são capazes de
discriminar fidedignamente os eventos internos,
mas podem manipulá-los também fazendo com
que o auto-reforçamento seja contingente a sua
ocorrência. Além do mais, reações afetivas
induzidas pelo pensamento podem ser
empregadas com sucesso com o objetivo de
controlar o nosso comportamento manifesto.”
Bandura, A. – Modificação do Comportamento,
1979(1969).
12. Comportamento Encoberto
• “...nunca citam os estudos inumeráveis que
demonstram que, sob muitas condições, eventos
ocultos autodescritos possuem um poder preditivo
maior e uma maior influência reguladora sobre o
comportamento do que as variáveis externamente
manipuladas as quais se atribui tipicamente o
papel explanatório central nos processos de
mudança.” Bandura, A. – Modificação do
Comportamento, 1979(1969).
13. Thibaut e Kelley
• Em trocas sociais, o comportamento de uma pessoa
exerce um certo grau de controle sobre as ações dos
outros.
• “...achados demonstram que pessoas, muito longe
de serem reguladas por uma ambiente impositivo,
desempenham papel ativo na construção de suas
próprias contingências de reforçamento por meio de
modos característicos de resposta.” Bandura, A. –
Modificação do Comportamento, 1979(1969).
14. Desenvolvimento esperado
• Um processo natural em desenvolvimento de auto-
realização conduz ao desenvolvimento do potencial
humano em três direções básicas: em direção aos outros, a
expressão de amor e confiança; contra os outros, para a
expressão de oposição saudável; e para longe dos outros
em direção à autossuficiência.
• Embora as condições, durante a infância, possam bloquear
o desenvolvimento psicológico, o crescimento saudável é
sempre possível se os bloqueios internos são removidos. As
crianças cujas situações familiares as levaram a sentir-se
sob perigo concentram em sobrevivência psicológica e
podem fazer isso desenvolvendo mecanismos de
enfrentamento estereotipados.
15. Neurose e desenvolvimento
• Horney definiu neurose tanto em termos
intrapsíquicos como interpessoais. Ela observou
que seus pacientes queixavam-se não das
neuroses sintomáticas como fobias e
compulsões, mas de infelicidade, bloqueio e falta
de preenchimento no trabalho e inabilidade de
estabelecer ou manter relacionamentos. Ela viu
estes pacientes como apresentando complexos
sistemas de padrões defensivos
autoperpetuantes contra a ansiedade básica que
iniciou na primeira infância - neuroses de caráter.
16. Busca por segurança
• As crianças movem-se psicologicamente em três direções para aliviar sua
ansiedade, para tornar a vida segura e previsível e para obter satisfação.
Elas buscam afeto e aprovação ou elas se tornam hostis ou elas se
retraem.
• As crianças por fim usam a estratégia de enfrentamento que melhor
satisfaz suas necessidades, mas se apenas uma estratégia básica é
usada, as crianças tornam-se limitadas em seu repertório de
enfrentamento em sua experiência de si mesmas e do seu mundo. Seu
senso de segurança é tênue porque elas têm perigo vindo de dentro de
sentimentos e impulsos suprimidos ou reprimidos. Se as condições
ambientais desfavoráveis continuam, seus sentimentos conflitantes são
dirigidos para o inconsciente e tais crianças são deixadas com um senso
de desconforto, ansiedade e apreensão e com um senso de self
inseguro.
• Nesta junção, seu ponto de referência é externalizado, padrões de
comportamento enrijecem e crescentes bloqueios ao crescimento se
desenvolvem. Horney designou estas atitudes complexas, relativamente
fixas em direção ao eu e aos outros como tendências neuróticas.
17. Tipos de caráter
• Os três principais tipos de caráter de Horney são embasados
no modo predominante de relacionar-se com outros.
– O tipo self-apagado, anuente resulta da operação defensiva
de agarrar-se a outros. Tais pessoas tentam obter o favor
dos outros através de lisonja, subordinam-se aos outros e
são relutantes em discordar por medo de perder favor.
– O tipo expansivo, agressivo resulta de manobrar contra
outros e colocar forte confiança em poder e domínio como
um meio de obter segurança.
– O tipo desapegado, resignado resulta de afastar-se de
outros para evitar tanto dependência como conflito. Eles
são pessoas muito privadas que, embora se recusando a
competir abertamente, vêem-se como se elevando acima
dos outros.
18. MEIOS COMPLEMENTARES PARA
ALIVIAR A TENSÃO INTERNA
• O superdesenvolvimento de um dos três estilos
interpessoais básicos suprime os outros dois. De
um modo análogo aos complexos de Jung, os
impulsos reprimidos continuam ativos e
produzindo conflitos. Uma harmonia artificial é
obtida pelo uso de mecanismos mentais como
pontos cegos, comportamentalização,
racionalização e técnicas de enfrentamento como
autocontrole excessivo, arbitrariedade,
elusividade, cinismo e externalização.
19. Imagem idealizada
• Durante seus anos de adolescência, os futuros pacientes neuróticos
criam uma imagem ideal fantasiada que, caso atingida, promete
terminar com seus sentimentos dolorosos e supre o
autopreenchimento. A imagem idealizada contrabalança a
alienação dos eus centrais pela qual as pessoas neuróticas passam
porque as técnicas de sobrevivência que elas adotaram
anteriormente as forçam a anular seus desejos, sentimentos e
pensamentos genuínos. A imagem idealizada cobre todas as
contradições, oculta a natureza defensiva do seu comportamento e
restaura um senso de integridade. A energia anteriormente
disponível para a auto-realização é usada em esforços para tornar-
se como a imagem idealizada. Por exemplo, uma pessoa que
adotou a estratégia de mover-se em direção aos outros e é
consequentemente dependente de outros para obter afeto e
aprovação experimenta o medo de auto-asserção razoável como
humildade imaculada e a consideração pelos outros.
20. Imagem idealizada
• Porque o eu ideal é imaginário, as pessoas
neuróticas são prontamente machucadas por
confrontos com a realidade e elas trabalharam
demasiado arduamente para provar que elas são,
de fato, os seus eus ideais. Fazer isso resulta em
um tipo de perfeccionismo que insiste em
excelência imaculada na qual "eu deveria"
substituir "eu quero" ou "eu preciso". Isso
também resulta na ambição neurótica de ser o
primeiro e em um forte impulso de vingança
sobre os percebidos como tendo interferido em
que eles se tornassem seus eus ideais.
21. Tirania do dever: para si e o
mundo.
• Apesar da sua frequente auto depreciação, as pessoas neuróticas
esperam ser tratadas como se fossem seus eus ideais. Estas
reivindicações a tratamento especial, quando frustradas,
produzem raiva, indignação e ressentimento os "Deveres",
demandas auto-impostas de que eles devem viver à altura dos
seus eus idealizados são irracionais e não relacionados às
realidades da vida cotidiana. Os "Deveres" são projetados e
experimentados como demandas feitas por outros e são também
exigidos dos outros. Fazer isso resulta em que a pessoa neurótica
seja crítica dos outros e sensível ao criticismo.
• O auto-ódio resulta quando surge a ameaça que as pessoas
neuróticas podem ser incapazes de atingir seus eus idealizados.
Se o apoio não fosse necessário para o self idealizado, as
alegações, "os deveres" e o auto-ódio não seriam partes tão
importantes do aparelho psíquico.
22. Idealização de si
• Aspectos glorificantes do self idealizado, orgulho neurótico
substitui autoconfiança saudável.
• Deste modo, quando seu orgulho é ferido por outros, as
pessoas neuróticas tornam-se enfurecidas e buscam vingar
sua mágoa e ocultar sua auto decepção obtendo uma
vitória vingativa sobre a pessoa ofensiva.
• Junto com apoiar alegações e deveres, o orgulho neurótico
e o auto-ódio formam uma rede defensiva ou mecanismo
do orgulho que protege o self idealizado. Qualquer
tentativa de reduzir elementos do mecanismo do orgulho é
experimentada como um ataque sobre a pessoa. Apesar da
couraça da sua rede defensiva, as pessoas neuróticas não
estão em paz porque elas estão em conflito interno com as
forças que as protegem. O conflito entre o mecanismo do
orgulho e as forças impulsionando em direção à auto-
realização saudável é o conflito interno central.
23. Orgulho e desprezo
• Conflito também existe dentro do próprio
mecanismo do orgulho. O orgulho neurótico e as
reivindicações estão associados à imagem
idealizada glorificada; auto-ódio e "deveres"
estão associados aos aspectos inaceitáveis do
self. Quando tentativas são feitas para satisfazer
ambas as forças simultaneamente, o conflito
surge.
• Tentativas de evitar estes conflitos envolvem
alienação adicional do self.
24. Alienação
• A alienação do self é uma das consequências mais
sérias do desenvolvimento neurótico. A alienação
resulta da combinação entre negação repetida da
realidade externa e a repressão de pensamentos,
sentimentos e impulsos genuínos. À medida que o
processo de alienação continua, as pessoas neuróticas
perdem contato com o cerne do seu ser e não mais
podem determinar ou agir sobre o que é certo para
elas. Seus sentimentos podem variar de incerteza e
confusão à morte e vazio internos.
25. TRATAMENTO ANALÍTICO
• Horney não considerou as pessoas neuróticas adultas como
recapitulando experiências infantis, portanto, não focalizou
na recuperação de memórias da infância. Ela lidou, ao invés
disso, com o processo neurótico auto perpetuante. Ela
enfatizou a importância dos sonhos em análise e,
posteriormente, a exploração do relacionamento paciente-
analista. Ela foi uma das primeiras analistas a reconhecer e
fazer uso construtivo de seus próprios sentimentos em
relação aos pacientes. Para Horney, a psicanálise é um
empreendimento cooperativo que capacita os pacientes a
liberarem-se de suas estruturas neuróticas e a mobilizarem-
se em direção à auto-realização. A responsabilidade do
analista é auxiliar a liberar os pacientes de bloqueios, forças
que impedem o crescimento saudável.
26. TRATAMENTO ANALÍTICO
• Cedo na terapia, durante o processo de desilusão, os dois
tipos de bloqueio são identificados e examinados. O
primeiro grupo de bloqueios orientados à segurança, os
bloqueios protelares, ajudam a evitar a ansiedade causada
pela auto percepção. Os bloqueios protetores incluem
silêncio, atraso, depreciar o analista, o uso de drogas e até
mesmo o uso de auto acusação para evitar exploração
adicional.
• Os bloqueios de valor positivo reforçam a satisfação dos
pacientes consigo mesmos e apoiam seus eus idealizados.
No processo de desilusão, o analista identifica ambos os
tipos de bloqueio, expondo os bloqueios protetores antes
de expor os bloqueios que defendem a imagem idealizada.
Analisar os bloqueios de valor positivo primeiro despertaria
medo excessivo.
27. Tratamento
• Homey acreditou que mudanças fundamentais são o melhor
meio para mudar comportamentos autoderrotadores, auto-
alienantes. Ela criou um cenário no qual os pacientes eram
capazes de avaliar a si mesmos como pessoas livres para
descobrir e escolher valores pessoais que se encaixam com seus
eus reais. Este tipo de reorientação inicia após a fase de desilusão
do tratamento. À medida que os pacientes começam a
questionar seus valores presentes e seu processo idealizador
diminui, eles são capacitados a revisar seus valores e desenvolver
valores mais flexíveis consoantes com seus eus interiores. Os
sonhos são usados em todas as fases do tratamento para levar os
pacientes em melhor contato com seus eus reais. Como
tentativas inconscientes para resolver conflitos, os sonhos
podem mostrar forças construtivas em funcionamento que não
estão ainda discerníveis nos pensamentos conscientes e no
comportamento do paciente.
28. Realidade interna e solução
• À medida que os pacientes mobilizam suas
forças construtivas, eles experimentam a luta
entre o sistema de orgulho e o eu real, No
processo, eles experimentam incerteza, dor
psíquica e auto-ódio. À medida que o conflito
central é resolvido exitosamente, os pacientes
passam para a fase final do tratamento, a
descoberta e o uso dos seus eus internos
reais.
30. • O folclore do sexo, Oxford, Inglaterra: Charles Boni, 1951,
• O Homossexual na América: A Subjective Approach (introdução), NY: Greenberg, 1951,
• The American Sexual tragedy NY: Twayne, 1954,
• Sex American Life of woman e Relatório Kinsey, Oxford, Inglaterra: Greenberg, 1955,
• A Psicologia do Sex Offenders, Springfield, IL: Thomas, 1956,
• How To Live With a neurotic, Oxford, England: Crown Publishers, 1957,
• Sexo sem culpa, NY: Hillman, 1958,
• A Arte e Ciência do Amor, NY: Lyle Stuart, 1960,
• Um Guia para o sucesso do casamento, com Robert A. Harper, North Hollywood, CA: Wilshire Book, 1961,
• Creativo Casamento, com Robert A. Harper, NY: Lyle Stuart, 1961,
• A Enciclopédia do Comportamento Sexual, editado com Albert Abarbanel. NY: Hawthorn, 1961,
• The American Sexual Tragedy, 2 ª Ed.. rev., NY: Lyle Stuart, 1962,
• Razão e emoção em Psicoterapia, NY: Lyle Stuart, 1962,
• Sex and the Single Man, NY: Lyle Stuart, 1963,
• If this be sexual heresy. NY: Lyle Stuart, 1963,
• Nymphomania: Um Estudo da Oversexed Woman, com Edward Sagarin, NY: Gilbert Press, 1964,
• Homossexualidade: Suas causas e curas. NY: Lyle Stuart, 1965,
• É Objectivismo uma religião, NY: Lyle Stuart, 1968,
• A Guide for Rational Living, Englewood Cliffs, N.J., Prentice-Hall, 1961,
• Um novo guia para viver racionalmente, Wilshire Book Company, 1975, ISBN 0-87980-042-9,
• Anger: Como viver com e sem ele, Secaucus, NJ: Citadel Press, 1977, ISBN 0806509376,
• Manual of Rational - Emotive Therapy, com Russell Greiger & contribuintes, NY: Springer Publishing, 1977,
• Overcoming Procrastination: Or how Think and Act Rationally in Spite of Life's Inevitable Hassles, com William J. Knaus, Institute
for Rational Living, 1977, ISBN 0917476042,
• Como viver com uma Neurótica. Wilshire Book Company, 1979, ISBN 0-87980-404-1,
• Overcoming Resistance: racional - emotiva terapia com clientes difíceis, NY: Springer Publishing, 1985, ISBN 0826149103-1,
• When AA Doesn't Work For You: Rational for Quitting Álcool, com Emmett Velten, Barricade Books, 1992, ISBN 978-0-942637-
53-3.
31. • Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos
disfuncionais.
– Maior complexidade, ligado aos
transtornos psiquiátricos e menos
embativa.
• Terapia Racional Emotiva
Comportamental: Ellis e as crenças
irracionais.
– Menor complexidade, mais embativo e
ligado a questões de neuroticismo.
32. • Não refletem a realidade da experiência
humana;
• São rígidas, hipergeneralizadas e
extremas;
• Impedem a concretização dos objetivos
ao invés de facilitá-los;
• Sua transgressão está associada a
emoções extremas e excessivas;
• São relativamente inacessíveis a
experiência comum.
33. • “Em sua forma mais específica, enfatiza a
reestruturação cognitiva ou o combate
filosófico, de acordo com o modelo A-B-C
da perturbação emocional”. (Rangé, 2001)
34. “De acordo com a teoria A-B-C, o sofrimento
mental não advém diretamente dos problemas
que nos afligem, advém sim, da noções
irracionais e falsas que deles temos.Por isso ,
para ultrapassar os sentimentos perturbadores e
reconquistar o equilíbrio emocional é necessário
identificar as falsas idéias que originaram esses
sentimentos e arrancá-las pela raiz, através da
aplicação rigorosa da razão e lógica, até se
convencerem, que as antigas idéias eram
irracionais.”(A Realização Pessoal, Dryden &
Gordon, 1993.Pg.21)
35. “O nosso mal estar emocional não advém
de acontecimentos do mundo real, mas
de idéias incorretas, sobre generalizadas
e irracionais que temos sobre esse
mesmo acontecimento. Os seus
pensamentos, sentimentos e
comportamentos estão interligados. Eles
influenciam-se mutuamente.” (A
Realização Pessoal, Dryden & Gordon,
1993.Pg.26)
36. Neuroticismo e sofrimento
• “A neurose, por conseguinte, não resulta
de acontecimentos infelizes, de perigos
ou de frustrações que geralmente
aparecem em nossas vidas, mas dos
pensamentos irrealistas e irracionais ou
de nossas concepções das coisas e da
maneira como elas supostamente
precisam ou devem se apresentar.”
(pg.70, “Como viver com um neurótico:
em casa e no trabalho”)
37. • Resumindo estas noções: quando acreditamos que as
coisas que preferimos ou gostaríamos que
acontecessem precisam ou devem ocorrer – e, se elas
não acontecem, temos que achar a vida miserável e
horrível – , pensamos, sentimos e nos comportamos
irracionalmente. Por que? Porque geralmente não
podemos mudar a realidade desagradável e não
desejada. Porque se encararmos com sensatez uma
situação detestável, tentaremos mudá-la ou, se ela
parecer inalterável, aceitá-la. Se ficarmos
completamente perturbados com uma situação
desagradável, não só fracassaremos no sentido de
melhorar esta situação, mas na maioria das vezes
podemos torná-la muito pior.” (pg.64, “Como viver com
um neurótico: em casa e no trabalho”)
38. Durante a prática clínica
• Estimular os pacientes(verbalmente, em
princípio) a praticar descrições sobre
nossos comportamentos que os
transforme de incorrigíveis a corrigíveis –
o que foi aprendido pode ser
desaprendido, ou melhor, substituído.
39. Terapia Racional Emotiva
Comportamental(TREC)
• É uma abordagem cognitiva para a
intervenção em psicoterapia.
• É de fácil manejo clínico e aproxima
rapidamente terapeuta e paciente para o
trabalho colaborativo.
• É uma “ferramenta” clínica que em curto
espaço de tempo pode promover melhora ao
paciente em Terapia motivando para
mudança cognitiva e a resolução de seus
problemas.
40. Como complicar a vida...
• Há pessoas que além de sofrer com a
depressão e ansiedade, dedicam parte do seu
tempo se auto-condenando quanto ao seus
problemas. Ou seja “criando um sintoma
neurótico em relação a seus sintomas”.(pág.
11)
• Mudar, inicialmente, significa aceitar sua
condição.
41. A complexidade das autoavalições
• Existe uma pessoa perfeita? “Não, você é
simplesmente uma pessoa, que ora acerta,
ora erra; é uma pessoa que tem pensamentos,
sentimentos e atitudes que são positivos,
negativos e neutros”.(pág. 12)
• A TREC ensina as pessoas “a classificar cada
ação individualmente e não a si mesmo como
um todo”. (pág. 12)
42. Como ficar perturbado?
• Mesmo a tendência a distúrbios é
parcialmente inata. Como indivíduos,
possuímos tendências naturais que podem
nos deixar ansiosos(angustiados),
deprimidos(horrorizados ante eventos
pesarosos) ou revoltados(amaldiçoando a nós
mesmos por atos reprováveis).
• Mas inato não significa permanente.
43. Premissas teóricas
• Descontentamento com a Clínica Psicanalítica.
• Valorização de conceitos de Alfred Adler e Karen
Horney.
• Respostas do campo da Filosofia para o
entendimento da realidade do homem.
• Estudos da Semântica influenciando a Psicologia.
• Desenvolvimento do Cognitivismo.
• Encontro com o Behaviorismo e a Técnicas
Comportamentais.
44. Terapias Cognitivas
• A. Ellis e A. T. Beck propuseram métodos
psicoterápicos de caráter cognitivo no início
dos anos 60, mas o devido respaldo teórico,
só surgiu a partir da Teoria da Aprendizagem
Social de A. Bandura (Zarb, 1992).
45. Validade terapêutica
• O número de estudos experimentais ou não
que validam a REBT (Rimm e Master, 1983)
são mais significativos que os relatos que
indicam a sua restrição ou ineficácia (Gossette
e O’Brien, 1993).
46. O início
• A Terapia Racional-Emotiva foi fundada em
1955, por um então psicanalista norte-
americano chamado Albert Ellis, após a
concretização de uma ampla pesquisa
intitulada “O caso de liberação sexual”, que
começara a ser desenvolvida em 1940 (Ellis e
Dryden, 1987).
47. Sexologia e TREC
• Apesar de suam formação psicanalítica, Ellis
partiu para a criação de uma nova forma de
atuação terapêutica baseando-se em sua
experiência com casais e distúrbios sexuais,
tendo como base a psicoterapia psicanalítica e
eclética.
48. Estudos filosóficos
• Cansado dos inúmeros insucessos psicoterápicos
e com a demora dos primeiros resultados, a
busca de uma nova forma de atuação iniciou-se
pelo resgate de uma posição humanista,
principalmente na obra de Kant (Ellis e Dryden,
1987; Ellis, 1973). Kant escreveu sobre o poder e
limitações das cognições e idéias sobre o
comportamento humano, sendo que suas idéias
foram desenvolvidas nestes tópicos
principalmente por Spinoza e Schopenhauer, que
em suas teses reforçaram a visão kantiana (Ellis e
Dryden, 1987).
49. Natureza do Mundo
• A influência filosófica contou ainda com
Popper, Reichenbach e Russel, filósofos da
Ciência, que produziram vários estudos que
ajudaram Ellis na concepção da natureza do
mundo que atua como ponto de referência da
REBT.
50. Ciência e Saúde Mental
• A prática da REBT pode ser considerada um
reflexo da metodologia científica,
contrapondo-se a dogmas e absolutismos da
cultura humana (Ellis e dryden, 1987; Ellis,
1973) que Popper denominaria de
pseudociência psicanalítica (Eynseck, 1993).
51. Contingências
• Como origem do mundo psicológico, Ellis
nunca descartou a influência do meio
ambiente na formação e manutenção deste
mundo, que para ele é basicamente cognitivo.
Corroborava, assim, com a visão filosófica
metodológica behaviorista skinneriana de que
a “psique” é fruto de um processo de
aprendizagem (Ellis, 1962).
52. Psicanálise e dissidência
• Alfred Adler foi um dos importantes
influenciadores da REBT, pois foi o primeiro
psicólogo a se preocupar com os sentimentos
de inferioridade existentes na ansiedade do
homem (Ellis, 1962), indicando que o homem,
ao contrário dos outros animais, possui a
característica de avaliar o mundo em que vive.
53. TREC
• O nome original da linha proposta por Albert
Ellis foi Terapia Racional, depois passando a
ser Terapia Racional-Emotiva até 1993,
quando seu criador alterou o nome da
abordagem para Terapia Racional-Emotiva-
Comportamental em razão do forte caráter
comportamentalista do processo terapêutico
na REBT.
54. Irracionalidade e suas conseqüências
• A REBT pressupõe que a causa dos problemas
humanos estão nas idéias irracionais que
levam o ser humano a um estado de
desadaptação de seu meio ambiente (Gorayeb
e Rangé, 1988).
55. Diferenças entre métodos
• Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos
disfuncionais.
– Maior complexidade, ligado aos transtornos
psiquiátricos e menos embativa.
• Terapia Racional Emotiva Comportamental:
Ellis e as crenças irracionais.
– Menor complexidade, mais embativo e ligado a
questões de neuroticismo.
56. Três preposições fundamentais da TC:
• A atividade cognitiva influencia o
comportamento.
• A atividade cognitiva pode ser monitorada e
alterada.
• O comportamento desejado pode ser
influenciado mediante a mudança cognitiva.
(Dobson, 2001; apud Knapp, 2004)
57. Paradigma de Ellis
A B C
A(evento ativador) B(Crenças) C(Conseqüências)
A(ativanting event) B(Beliefs) C(Consequences)
58. O princípio do Tratamento
• (...) “esqueça o conceito de cura. A condição
humana não tem cura. Você sempre, sempre
será falível, passível de erros e sujeito a
pensamentos e atitudes derrotistas.” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 70)
59. E lembre-se...
• “Não espere muito das pessoas – pois elas
também têm seus próprios problemas e estão
mais preocupadas com eles do que os seus.”
(Como conquistar sua própria felicidade,
página 69)
60. Mudando o Pensamento
• “A TCER orienta a assumir a responsabilidade,
não pelas coisas indesejáveis que lhe
acontecem (A), mas pelas suas Convicções
(B)”.(Como conquistar sua própria felicidade,
página 54)
61. Valores da TREC
• Conscientizar as pessoas de que são elas
mesmas que criam, em grande parte, suas
próprias perturbações psicológicas e que,
embora as condições ambientais possam
contribuir para seus problemas, têm , em
geral, uma importância secundária no
processo de mudança.
62. Valores da TREC
• Estimular as pessoas a reconhecer claramente
que possuem a capacidade de modificar de
uma maneira significativa estas perturbações
psicológicas.
63. Valores da TREC
• Proporcionar a compreensão de que
perturbações emocionais comportamentais
provêm, em grande parte, de crenças
irracionais, dogmáticas e absolutistas.
64. Valores da TREC
• Estimular a descoberta das crenças irracionais
e discriminar entre elas suas alternativas
racionais.
65. Valores da TREC
• Questionar estas crenças irracionais utilizando
os métodos lógico-empíricos da ciência.
66. Valores da TREC
• Trabalhar no intuito de internalizar suas novas
crenças racionais, empregando métodos
cognitivos, emocionais e comportamentais de
mudança.
67. Valores da TREC
• Continuar este processo de refutação das
idéias irracionais e utilizar métodos
multimodais para mudanças durante o resto
de suas vidas.
68. “Entretanto, nascemos com uma tendência de
freqüentemente pensar, sentir e agir, de uma
maneira derrotista e socialmente reprovável.
Sim, isso pode acontecer com freqüência! E essa
tendência normalmente é alimentada pelo
mundo exterior, especialmente por nossos pais
e por nossa cultura.”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
21)
69. “Tais pensamentos têm, em parte, o objetivo de
obrigá-lo a se mexer. No entanto, eles acabam
levando você a acreditar que é uma pessoa
totalmente imprestável, que não vale nada.”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
22)
70. Expectativas conflituosas
• A REBT escreve que os distúrbios da
personalidade começam com a pessoa
determinando altos objetivos(metas) para si
próprio, em um tipo de meio ambiente que
possui um ponto de criação de eventos e
atividades que acabam por ajudar a arquivar
ou bloquear o acesso às metas estipuladas.
71. Encontro de “neuroses”: a educação
• “Nós nascemos exigentes? Provavelmente, sim.
Quando éramos crianças, precisávamos de cuidados,
alimento e proteção. Se não tivéssemos tido tudo
isso, não estaríamos vivos hoje, exigindo, cobrando,
reclamando.” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 28)
• “Além disso, geralmente as crianças pequenas são
mimadas – conseguem tudo o que querem sem
muito esforço.” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 28)
72. Continuando...
• (...)“que ela deve ter todos aqueles brinquedos
maravilhosos e caros, tomar todos os sorvetes que
tiver vontade, ser a mais bonita, a mais esperta, a
mais talentosa, da rua, ou do edifício, ou da escola, e
que ela pode ter tudo o que quiser.” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 28)
• “As tendências para a grandiosidade, portanto,
nascem e são cultivadas.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 28)
• (...)“elas estão mais preocupadas em agradar a si
mesmas”(...) (Como conquistar sua própria
felicidade, página 28)
73. Mas...
“Sinceramente, o universo não liga a mínima
para os seus anseios e aspirações, não tem o
menor interesse em você, nem em ninguém.
O cosmos não ama nem odeia ninguém – ele
simplesmente segue o seu curso, com seus
altos e baixos, às vezes bom, às vezes mau, às
vezes calmo, às vezes turbulento.” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 29)
74. Falta de sintonia com o Mundo
“Mas quando você acha que precisa ter, precisa
fazer, quando você faz questão absoluta de
conseguir ou de realizar alguma coisa, tome
cuidado. Suas expectativas inflexíveis muito
provavelmente resultarão em
desapontamento, desilusão, frustração e
“horror”.” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 29)
75. E assim sofremos...
• “É isso que as imposições dogmáticas e
absolutas criam – o pessimismo, a intolerância
e a insatisfação condigo mesmo e com os
outros.” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 30)
• “E a sua cultura ensina que você merece tudo”
(Como conquistar sua própria felicidade,
página 30)
76. Como mudar?
(...)”quando você se sentir e agir de maneira
destrutiva, você pode descobrir suas
exigências, e depois Desafiá-las e transformá-
las em preferências ou Novas Filosofias
Eficazes.”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
77. Pergunte a si mesmo
“Desafiando o Horror: ‘Por que é tão horrível e
cruel eu não ter sucesso, ou as pessoas não
me tratarem bem, ou as circunstâncias não
me serem favoráveis?’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
78. Transtornos Emocionais e a TREC
• Originam-se através de três influências:
– Nossas tendências inatas de pensar, sentir e agir;
– As circunstâncias ambientais e culturais nas quais
nos criamos e
– As maneiras de agir que escolhemos, ou como
nos condicionamos às coisas que
experimentamos.
In.: ELLIS, A. – How to live with a neurotic at home
and at work.
79. Transtornos Emocionais e a TREC
• São “doenças sociais”: “contraímos em parte
com nossos pais, e em parte com aqueles que
convivemos. As pessoas que nos criam nos
ensinam comportamentos neuróticos. Mas,
também podemos aceitar ou, ocasionalmente
rejeitar esses ensinamentos prejudiciais”.
80. Aprendendo o irracional
• (...)“Contraímos atitudes irracionais,
acreditando que certas condições(tais como
receber amor ou ter sucesso) PRECISAM ou
DEVEM existir, e que outras condições(como
ficar frustrado ou se sentir forçado a agir
sozinho) NÃO PRECISAM ou NÃO DEVEM
EXISTIR. Por causa dessas idéias irrealistas,
geralmente acabamos odiando a nós e aos
outros”. (Ellis, 1976)
81. Aprendendo o irracional
• “O conceito que temos de nós e dos outros,
originalmente obtivemos ou aprendemos dos pais
ou de pessoas que exerceram influências sobre nós
nos primeiros anos de nossas vidas”.
• “Muito do que chamamos nosso eu não procede
exclusivamente de nós; se origina parcialmente de
nosso relacionamento com outros indivíduos:
nosso eu social. Sabemos que possuímos certas
qualidades que nos distinguem dos outros, e que
aprendemos isto através dessas outras pessoas”.
82. Aprendendo o irracional
• Esta aprendizagem é relativa ou acidental, já
que podemos aprender um número ilimitado
de conceitos conforme a configuração social e
existencial de cada ser humano.
83. Aprendendo o irracional
• “Portanto, as atitudes que temos para
conosco, nossos próprios conceitos tendem a
depender dos conceitos predominantes da
comunidade, da região e da família na qual
nos criamos”.
• “O fato de termos inteligência ou beleza nada
tem a ver com o julgamento de nós mesmos,
pois podemos inconscientemente aceitar os
conceitos dos outros, embora estes conceitos
possam conter pouca ou até nenhuma
verdade”.
84. Aprendendo o irracional
• “Em outras palavras, os primeiros conceitos que temos
de nós, em geral, dependem das atitudes dos outros
para conosco ou da propaganda que eles criam em
torno da nossa pessoa. Se aqueles que consideramos
importantes, costumam a nos culpar, provavelmente
nos culparemos. Se nos aceitam, tenderemos a nos
aceitar. Isto não quer dizer que os primeiros conceitos
permanecem definitivos e cruciais. Podemos, mais
tarde, mudá-los para melhor ou pior. Mas esses
conceitos possuem uma importância considerável, e , de
fato, há uma tendência a transformá-los em modelos
para nossas atitudes e comportamentos futuros”.
85. Concluindo erroneamente
• Prejuízo da educação com “NÃOS” e crítica aos
comportamentos inadequados.
• (...)“Uma vez que os humanos tendem a
confundir suas características com eles
próprios e a concluírem falsamente ‘se minha
característica cheira mal, também cheiro mal’
muitas crianças acabam com péssimos
conceitos sobre si próprias”. (Ellis, 1976)
86. Má educação
• Ao controlar o comportamento das crianças
não batendo nem as punindo, mas explicando
para elas que alguns dos seus atos parecem
“desagradáveis” ou “maus” e que ninguém,
especialmente seus pais, as amará ou as
aprovará se continuarem a agir assim. Elas
podem concluir...
87. Má educação
• Como as crianças(e os adultos) facilmente
supergeneralizam as coisas, deste modo, estamos
ajudando-os a aceitar várias proposições falsas:
– Que devem agir bem e assim considerarem-se
“bons”;
– Que devem achar desastroso caso se comportem
“mal”;
– Que precisam ganhar amor e aprovação de todos e
– Que devem se sentir miseráveis se não conseguirem
isto.
88. Princípios da TREC
• Mostrar aos clientes que eles não necessitam
daquilo que querem, não precisam ter aquilo
que desejam e podem suportar o que não
gostam.
89. Desafiando o pensamento dogmático
“Primeira resposta: ‘Não é! Se fosse horrível,
seria muito pior do que é, seria 100% ruim. Eu
poderia falhar ainda mais e as pessoas e tudo
à minha volta poderiam me afetar mais do
que estão me afetando. Na verdade, nada é
totalmente 100% ruim.’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
90. Desafiando o pensamento dogmático
“Segunda resposta: ‘Quando vejo alguma coisa
como horrível, ou cruel, ou injusta, sempre
presumo que seja mais do que ruim, que seja
101% ruim. Mas nada pode ser mais do que
100% ruim.’“
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
91. Desafiando o pensamento dogmático
“Terceira resposta: ‘...e uma vez que tudo o que
existe tem de existir, nada é, de fato, terrível,
nem cruel, nem injusto – adjetivos que têm
um significado muito negativo.’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
92. Há sempre um limite administrável
“No entanto, por piores que sejam, as coisas
podem ser simplesmente extremamente
lamentáveis e/ou muito inconvenientes.”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
31)
93. Definindo e sofrendo
“Quarta resposta: “Se eu definir fracasso e
rejeição como experiências terríveis, em vez
de ruins e lamentáveis, o que eu ganharei com
isso? Normalmente, resultados terríveis! Vou
ficar inclinado a odiar a mim mesmo, as
pessoas e o mundo, e vou me sentir mais
infeliz do que se eu encarasse de outra forma.
Uma depressão profunda, é isso que eu vou
ganhar.”
94. Redefinindo as percepções
“Desafiando o ‘Não agüento’”: ‘Em que eu me
baseio para achar que não posso agüentar
situações extremamente desconfortáveis,
frustrantes ou injustas?’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
32)
95. Porque na verdade...
“Resposta: ‘Não me baseio em nada! Isso é coisa
da minha cabeça. Se eu realmente não
conseguisse suportar, eu morreria. Mas é
muito improvável que eu morra de
desconforto, frustração ou injustiça – embora
eu pudesse cometer a asneira de me matar
porque acho que não consigo agüentar.’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
32)
96. Desafiando a auto-condenação
“Desafiando a inclinação de condenar a si
mesmo e os outros: ‘Sob que aspecto eu sou
uma pessoa imprestável ou inadequada se eu
não me desempenhar tão bem quanto
preciso? Sob que aspectos as pessoas passam
a não ser boas ou se tornam desprezíveis se
não me tratarem do jeito que deveriam
tratar?’”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
32)
97. A importância de desafiar
• “Desafiar as Convicções Irracionais e derrotistas é um
dos métodos principais e mais eficazes da TREC”.
(Como conquistar sua própria felicidade, página 33)
• “Porém , os sentimentos de horror e abominação
que você vivencia por causa dessas perturbações
emocionais e físicas são criados por voe mesmo –
são resultado do seu modo de pensar.”(Como
conquistar sua própria felicidade, página 33)
98. Fontes internas de Stress
“Essas Convicções Irracionais irão exacerbar e
multiplicar o mal-estar já existente, deixando-
o ainda mais deprimido que antes”.
(Como conquistar sua própria felicidade, página
34)
99. Mas não interromper o pensamento...
“‘Aquilo não deveria ter acontecido comigo! Foi muito
injusto, foi horrível, e eu não posso suportar nem me
lembrar disso! As pessoas que abusaram de mim são
cruéis! Vou passar o resto da vida odiando-as e me
vingando delas, nem que seja a última coisa que eu faça!
Devo ter sido muito tolo para permitir que isso
acontecesse’. Essas Convicções Irracionais manterão vivo
o seu sofrimento original, em vez de deixá-lo e esvaziar-
se pouco a pouco, como naturalmente acontece quando
a pessoa não fica continuamente se atormentando e
reforçando o próprio tormento com sua maneira
distorcida de pensar.”
(Como conquistar sua própria felicidade, página 34)
100. Percepção seletiva
• A teoria racional-emotivo comportamental
postula que o coração gerador dos distúrbios
psicológicos é a tendência que o ser humano
possui para perceber sua realidade de forma
absoluta e parcial, por meio da percepção
seletiva (Ellis, 1962).
101. Distorções cognitivas
As distorções cognitivas levam a distúrbios
psicológicos, que podem aparecer da
seguinte forma:
• Racionalização na busca de explicações
sobre o nosso fracasso;
• Apressando conclusões sobre os eventos;
• Crenças na fortuna como realização de
todos os objetivos e metas;
• Enfocando apenas o lado negativo dos
eventos;
102. Distorções cognitivas
• Desqualificando o lado positivo quando
estes são contrários às nossas expectativas;
• Atingir tudo ou não ter nada;
• Minimização dos eventos contrários às
nossas expectativas;
• Ressonância emocional;
• Redução e supergeneralização;
• Personalização;
• consumo; e
• perfeccionismo.
103. Saúde Mental: critérios fundamentais
Desta forma, Ellis (Ellis e Dryden, 1987) definiu
os treze critérios fundamentais papa que
ocorra a saúde mental.
• Auto-interesse;
• Interesse social;
• Auto-direção;
• Alta tolerância à frustração;
• Flexibilidade;
• Aceitação da incerteza;
104. Saúde Mental: critérios fundamentais
• Procura de alternativas criativas para os
problemas;
• Pensamento científico;
• Auto-aceitação;
• Aceitação dos fatores de risco;
• Hedonismo;
• Não-autopiedade;
• Auto-responsabilidade para assumir o
próprio distúrbio emocional.
105. Tirania do Dever
• Aspectos verbais como “dever”, “precisar”,
“sempre” são indicadores de mediações
irracionais que o terapeuta deve observar no
relato verbal de seus clientes. A REBT
denomina este tipo de pensamento de
“Masturbatório do dever”(Musturbation),
originário do verbo must, em inglês, que
significa “dever”, sendo um sinal vigoroso de
irracionalidade a presença do “eu deveria” no
relato do cliente.
106. Terapia e técnica
Para avaliar o grau e tipo de distúrbio emocional e
cognitivo que o cliente apresenta (Ellis e Dryden,
1987), o terapeuta deve:
• Determinar o quanto é serio o problema e quais as
técnicas a serem utilizadas;
• Qual será a “resistência” ou dificuldade que o cliente
irá apresentar durante o processo terapêutico;
• Qual tipo de conduta terapêutica é mais adequada e
séria no tratamento a ser executado; e
• Qual o tipo de deficiência que o cliente possui e qual
tipo de treinamento irá eliminar o déficit
apresentado.
107. Vantagens da TREC
As vantagens da avaliação comportamental-cognitiva são
inúmeras, mas se destacam por:
• permitir ao cliente ir “trabalhando” sua problemática durante
a fase de avaliação;
• facilitar, pela reação às técnicas de avaliação, quais serão as
intervenções terapêuticas mais adequadas;
• fornecer um padrão exato da auto-imagem do cliente;
• eliminar as dificuldades das avaliações mais tradicionais
(testes) que visam mais os sintomas i dinamismos que as
causas dos problemas;
• os clientes tendem a procurar sabotar o diagnóstico, pois o
que eles desejam é a psicoterapia. Na REBT, o processo
terapêutico começa pelo diagnóstico.
108. Os principais aspectos psicoterápicos da
REBT
• A associação entre pensamentos irracionais e sentimentos
irracionais é básica para o desajustamento do indivíduo;
• Distinguir entre os problemas primários e secundários ajuda o
cliente, pois muitas vezes este não sabe diferenciar e
identificar o foco de seu problema. Em termos de ansiedade,
por exemplo, o problema está no fato de o sujeito acreditar
que ele é ansioso, demonstrando uma característica de sua
“personalidade”;
• O insight intelectual não é importante e suficiente para
desencadear o processo de mudança. Se não for
reestruturado o aspecto emocional, por meio da associação
entre a razão e a emoção, não se ativará o processo de
mudança.
109. “Mesmo a tendência a distúrbios é
parcialmente inata. Como indivíduos,
possuímos tendências naturais que podemos
nos deixar ansiosos (angustiados), deprimidos
(horrorizados ante eventos pesarosos) ou
revoltados (amaldiçoando a nós mesmos por
atos reprováveis).”(Como conquistar sua
própria felicidade, página 16)
110. Principais suposições da TREC
• Distúrbios comportamentais e emocionais possuem,
por via da regra, antecedentes cognitivos;
• As pessoas têm a medida de sua autodeterminação.
Não são escravos de suas bases biológicas;
• As pessoas podem implementar algo para melhorar
ou maximizar sua liberdade para ativar e mudar seus
pensamentos irracionais.
• O uso de técnicas comportamentais são requeridas
para um auxílio mais imediato ao cliente, como as
tarefas para casa, biblioterapia, dessensibilização
sistemática, entre outras.
111. Auto-aceitação
• “Aceite a si mesmo e aos outros incondicionalmente.
Não o que você faz, ou o que os outros fazem. É
comum errar, cometer uma gafe, fazer papel de
bobo ou comportar-se de maneira inadequada; isso
acontece com você e com todo mundo. Não rotule,
não julgue, não condene, nem a você mesmo nem
aos outros, não meça o seu valor essencial, ou de
seja lá quem for. Aceite o pecador, mas não o
pecado.” (Como conquistar sua própria felicidade,
página 69).
112. Auto-aceitação
• “Reconheça que você nasceu e foi criado com fortes
tendências tanto a realizações como a derrotas” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 69).
• “Mas você também tem limitações, comete erros, insiste para
que todos o tratem bem e também sabota a si mesmo e aos
outros”
• “Quando a gente se acostuma a comportamentos destrutivos,
torna-se difícil de mudá-los.”
• (...) “esqueça o conceito de cura. A condição humana não tem
cura. Você sempre, sempre será falível, passível de erros e
sujeito a pensamentos e atitudes derrotistas.” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 70)
• “Tente o seu melhor, em vez de o melhor. Você nunca será
totalmente racional, são e sensato.” (Como conquistar sua
própria felicidade, página 71)
113. Karen Horney
• Em “Nossos conflitos interiores” divide as
pessoas neuróticas em três grupos:
– As que se aproximam das pessoas.
– As que se opõe as pessoas.
– As que se afastam as pessoas.
114. As três crenças principais...
• Porque seria muitíssimo importante que
eu fosse excepcionalmente competente
e amado pelos outros, eu devo fazer de
tudo para ser assim, e tenho
absolutamente que conseguir isto a
qualquer preço.
115. As três crenças principais...
• Porque é muito importante que os outros
me tratem com consideração e lealdade,
assim eles devem absolutamente fazê-lo e
têm que fazer, do contrário são pessoas
detestáveis ou execráveis, e merecem ser
literalmente condenadas quando não me
tratam assim.
116. As três crenças principais...
• Porque é preferível experimentar prazer
do que dor, o mundo tem
absolutamente de me proporcionar
prazer e não dor, e a vida é horrenda, e
não consigo suportar, quando o mundo
não é desta maneira.
117. Para Ellis...
• “As pessoas, em geral, utilizam uma, duas ou três
dessas noções para se lamuriar e reclamar das
Adversidades e torna-se altamente ansiosas e
deprimidas. Se você pensar bem, verá que essas três
Crenças irracionais são formas arrogantes de
lamúria: “Se eu não agir como deveria, serei uma
pessoa sem valor e infeliz!”; “Se as pessoas não me
tratarem como deveriam, serão todas cruéis e
desprezíveis”; “Se as condições de minha vida não
forem favoráveis como deveriam ser, o mundo será
um lugar horrível para uma pessoa patética como
eu!” (Como conquistar sua própria felicidade, página
106)
119. Vivendo em perigo
• “Se achar que deve controlar todos os eventos
perigosos, você acabará por limitar sua vida e sua
liberdade. Portanto, se você evita viajar de avião
porque tem medo de um desastre, ainda existirá a
possibilidade de sofrer um grave acidente de carro.
Caso permaneça em seu apartamento para se
proteger, ainda assim poderá ficar preso num
incêndio. Por mais restrita que seja a sua vida, você
poderá ser vítima de um vírus ou de uma bactéria.
Mas não há como controlar o destino!” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 103)
120. Viva bem a vida, é o que temos!
• “Quando razoavelmente precavido e vigilante,
mas ainda aceitando as contingências, você
dará a si mesmo a oportunidade de aproveitar
a vida que tem. As pessoas que realmente
sabem que irão morrer um dia optam por
curtir a si mesmas enquanto estão vivas”
(Como conquistar sua própria felicidade, página
103)
121. Eu não agüento!!!
• “Quando você “não agüenta” pessoas que não
se comportam como você acha que deveriam
se comportar, você fica com raiva delas
conclui que elas não valem absolutamente
nada e corre o risco de boicotá-las
completamente, ignorando suas qualidades.
Você se torna tão intolerante e precavido
contra elas que verá más intenções até nas
atitudes boas ou neutras.” (Como conquistar
sua própria felicidade, página 94)
122. Não “agüentite”
• “A “não-agüentite” tende a deturpar o seu modo de
pensar, o seu bom senso e discernimento, levando-o
a agir inadequadamente diante de pessoas ou
eventos que o desagradam. Se você “não agüenta”
pessoas críticas, você ficará com raiva delas, verá a
“parte ruim” delas exageradamente magnificada,
bloqueará sua própria capacidade de ser assertivo e
se queixará delas exageradamente.” (Como
conquistar sua própria felicidade, página 93)
123. Pensar é acreditar, é descobrir!
• “Não agüento essa Adversidade” implica não
tolerar sequer pensar no assunto. Se for
assim, como você poderá encontrar uma
solução?” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 93)
124. Apresentação Racional
• Explicar com algum detalhe racional do
processo a seguir, que deverá incluir uma
descrição do modelo ABC e do modo
como as cognições e crenças interagem
com as situações e emoções.
• Procurar que o paciente compreenda a
distinção entre situações, pensamentos e
emoções.
125. Apresentação Racional
• Especificar a natureza colaborativa do
tratamento.
• Apresentar uma descrição clara dos processos
de tratamento com particular realce para o
trabalho cognitivo, emocional e
comportamental.
126. CONFRONTO RACIONAL
• Transformar crenças em afirmações:
– “Tenho medo de pessoas”, para “As pessoas são
temíveis.”
• Definir as crenças
– Aqui materiais como inventários ou bibliografia
podem ajudar.
• Atitudes de distanciamento.
127. Para Ellis...
• “As pessoas, em geral, utilizam uma, duas ou
três dessas noções para se lamuriar e reclamar
das Adversidades e torna-se altamente ansiosas
e deprimidas. Se você pensar bem, verá que
essas três Crenças irracionais são formas
arrogantes de lamúria: “Se eu não agir como
deveria, serei uma pessoa sem valor e infeliz!”;
“Se as pessoas não me tratarem como
deveriam, serão todas cruéis e desprezíveis”;
“Se as condições de minha vida não forem
favoráveis como deveriam ser, o mundo será
um lugar horrível para uma pessoa patética
como eu!” (Como conquistar sua própria
felicidade, página 106)
128.
129. • “Segundo a TREC existem três tipos principais
de distúrbio emocional, e todos se baseiam em
tenhos(demandas) ou idéias irracionais ou
explicitamente absolutistas. A idéia irracional
número um é: “Tenho que me sair bem(ou
perfeitamente bem!) em tarefas importantes que
decidir realizar e tenho que receber a aprovação
ou amor das pessoas que decidir serem
importantes para mim”.
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
130. Preocupação com o Outro
• Esta filosofia do tenho, a qual costuma
acarretar quase toda a situação Experiência
Ativante, possui três principais derivadas:
a. “Não é terrível quando não faço o que devo para
sair bem e receber aprovação?
b. “Não suporto quando não faço o que devo para me
sair bem e receber a aprovação significativa dos
outros!”
c. “Sou um inútil, um desgraçado, se não faço o que
devo para me sair bem e receber a aprovação dos
outros!”
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
131. Preocupação com o Outro
• “Este devo profundo e absolutista e seus três
grandes derivados quase inevitavelmente
resultam em sentimentos arraigados de
ansiedade, hipertensão, idéias e atos
obsessivo-compulsivos. Pensar que se pode
não ter desempenho satisfatório, quando se
acha ser isso um dever(demanda), leva a
sentimentos de profunda depressão, desespero,
vergonha, culpa e ódio de si próprio, se depois
se presumir que o desempenho não ficou à
altura que esperava.”
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
132.
133. Exigir do Outro
• “A segunda idéia ou tenho passível de acarretar
severos problemas emocionais – ou o que
denominamos idéia irracional número dois – é a
seguinte: ‘Você(isto é, outras pessoas com
quem estou em contato) deve tratar-me com
consideração e bondade, precisamente da
forma que quero que me trata; se não fizer isto,
a sociedade e o universo colocarão culpa sobre
você, que será amaldiçoado e punido por sua
desconsideração ou injustiça para comigo’
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
134. Exigir do Outro
• As três grandes conseqüências ou derivados
desta convicção irracional são:
a. “É horrível você me tratar com menos consideração
e bondade, o que não deve fazer!”
b. “Não tolero que me trate mal ou injustamente, o
que de forma alguma você deve fazer!”
c. Você é uma pessoa profundamente má por me
tratar com menos consideração e bondade do que
deve.”
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
135. Exigir do Outro
• “A idéia irracional número dois quase
sempre resulta em sentimentos de raiva,
ressentimento, fúria, revolta, vingança ou
homicídio, podendo acarretar incluisve
muitas formas de atos inspirados pela
raiva, tais como agressões, lutas,
inimizade, violência, assassinato e
genocídio”.
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
136. Fuga do Desprazer
• “A idéia número três é a seguinte: “As
condições em que vivo devem permitir-me
obter praticamente tudo que quiser com
facilidade e rapidez, não devendo
absolutamente existir controvérsias em
minha vida”
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
137. Fuga do Desprazer
• As três convicções irracionais subsidiárias
oriundas daí são:
a. ‘É terrível se as condições fazem com que eu seja
privado seriamente ou receba menos do que eu
quero, ou precise trabalhar demais e por muito
tempo para satisfazer meus desejos!’
b. ‘não tolero a vida quando exige mais de mim do
que quero dar! Não é só difícil, mas difícil demais; e
não deve ser assim!’
c. ‘Minha vida é profundamente infeliz quando as
coisas dão errado e não obtenho exatamente o que
quero e quando quero! Quero isto! É tão
insuportável que não vale a pena viver, e posso até
me mata para evitar essas circunstâncias terríveis!’
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
138. Fuga do Desprazer
• “A idéia irracional número três quase
inevitavelmente resulta em sentimentos
de autocomiseração, ressentimento,
depressão, apatia e alienação; e no que
respeita ao comportamento, costuma
levar à baixa tolerância a frustração,
inércia, procrastinação, preguiça, fuga de
responsabilidade e recolhimento”.
Becker & Ellis – “A Conquista da Felicidade”. 1982.
139. Karen Horney
• Em “Nossos conflitos interiores” divide as
pessoas neuróticas em três grupos:
– As que se aproximam das pessoas.
– As que se opõe as pessoas.
– As que se afastam das pessoas.
140. As três crenças principais...
• Porque seria muitíssimo importante
que eu fosse excepcionalmente
competente e amado pelos outros, eu
devo fazer de tudo para ser assim, e
tenho absolutamente que conseguir
isto a qualquer preço.
141. As três crenças principais...
• Porque é muito importante que os
outros me tratem com consideração e
lealdade, assim eles devem
absolutamente fazê-lo e têm que fazer,
do contrário são pessoas detestáveis
ou execráveis, e merecem ser
literalmente condenadas quando não
me tratam assim.
142. As três crenças principais...
• Porque é preferível experimentar
prazer do que dor, o mundo tem
absolutamente de me proporcionar
prazer e não dor, e a vida é horrenda,
e não consigo suportar, quando o
mundo não é desta maneira.
144. Paradigma de Ellis
A CB
Evento ativador Crenças Conseqüências
Ativanting event Beliefs Consequences
145. O Modelo da Mediação Cognitiva
“O que nos perturba não são os fatos,
são as coisas que pensamos sobre estes”.
A B C
Acontecimento Crenças (Beliefs) Conseqüência
Aaron T. Beck (1962)
S PA R
Situação (estímulo) Pensamento Automático Resposta
Situação
(estímulo)
Cognição
(avaliação)
Reação
(emoção e
comportam
ento)
Comparativamente...
146. Descrição da
situação
problemática:
O que aconteceu?
Como o paciente
percebeu o que
aconteceu?
Estratégias cognitivas
Perguntas para o
questionamento:
lógicas; de
comprovação da
realidade;
pragmáticas; outras.
Estratégias emocionais
Questionando por meio
da imaginação:
imaginação racional-
emotiva negativa;
imaginação racional-
emoção positiva
rB Crenças funcionais,
lógicas, empíricas
iB Crenças disfuncionais
dificultam o funcionamento
eficaz; ocorre um
pensamento “Dogmático”
Ced Conseqüências emocionais
desejáveis
Ccd Conseqüências
comportamentais desejáveis
Cei Conseqüências emocionais
indesejáveis
Cci Conseqüências
comportamentais indesejáveis
Estratégias
comportamentais
Questionamento por meio
de condutas: opostas às
idéias irracionais; ensaio
de conduta; inversão de
papel racional.
Efeitos do debate ou do
questionamento das crenças
irracionais
Efeitos Cognitivos
(Crenças Racionais) Efeitos
Efeitos
comportamentais
(comportamentos
desejáveis)
E
D
A B C
149. Os “C’s” SECUNDÁRIOS
Os “C’s” também são “A’s”que generam novos “C’s”
As emoções e comportamentos, são reações,
mas também são as situações ou sensações
sobre as quais se pensa e ante as quais reage.
Por exemplo: ante uma situação de uma prova ou incerteza a pessoa pode reagir
com ansiedade. Ante essa sensação de ansiedade a pessoa se percebe mais
insegura ou se considera menos capaz e reage com mas ansiedade
(ansiedade por perceber-se ansiosa).
“A.1”
Situação 1ª
Um risco
(p.ex.: fazer
uma prova)
“B.1”
Pensamento
“Não devo
me equivocar”
“C.1”
1ª Emoção
ANSIEDADE
“A.2”
2ª Situação
“B.2”
Pensamento
“Não devo
ficar
ansioso”
“C.2”
2ª Emoção
Mais ansiedade
“Ansiedade por
ansiedade”
150. Crenças Irracionais
• A idéia de que ser amado ou aprovado por
todos por qualquer coisa que faça, seja um
uma triste necessidade para o adulto.
Ao invés de se concentrar no seu auto-
respeito, em obter aprovação para fins
necessários (como ser promovido no
emprego, por exemplo), e em amar mais do
que ser amado.
1
151. Crenças Irracionais
• A idéia de que certos atos são errados, maus ou
infames e que as pessoas que cometem tais
atos deveriam ser severamente castigadas.
Ao invés da idéia de que certos atos não são
apropriados ou são anti-sociais, e que
pessoas que cometem tais atos são
invariavelmente estúpidas, ignorantes ou
emocionalmente perturbadas.
2
152. Crenças Irracionais
• A idéia de que é terrível, horrível e catastrófico
quando as coisas não são o que desejaríamos que
eles fossem.
Ao invés da idéia de que é uma pena que as coisas
não sejam do modo que nós gostaríamos que fossem
e que se deveria certamente tentar mudar ou
controlar as condições para que elas sejam mais
satisfatórias, mas que se mudar ou controlar
situações inconfortáveis é impossível, será melhor
nos resignarmos com a sua existência e parar de
dizer a si mesmo quão horríveis são.
3
153. Crenças Irracionais
• A idéia de que a infelicidade humana é causada
externamente e somos forçados a aceitá-la por
pessoas de fora e por eventos.
Ao invés da idéia de que virtualmente toda
infelicidade humana é causada ou sustentada
pela visão que temos das coisas no lugar das
próprias coisas.
4
154. Crenças Irracionais
• A idéia de que se alguma coisa é o pode ser
perigosa e aterrorizante deveríamos nos
preocupar terrivelmente com ela.
Ao invés da idéia de que se alguma coisa é ou pode
ser aterrorizante deveríamos enfrentá-la francamente
e tentar torná-la não perigosa, e, quando isto é
impossível, pensar em outras coisas e parar de dizer
a si mesmo em que terrível situação nos
encontramos ou poderemos nos encontrar.
5
155. Crenças Irracionais
• A idéia de que é mais fácil evitar do que
enfrentar as dificuldades da vida e as próprias
responsabilidades.
Ao invés da idéia de que o assim chamado caminho
fácil é invariavelmente mais duro no final de contas e
que, a única maneira de resolver problemas difíceis é
enfrentá-los com firmeza.
6
156. Crenças Irracionais
• A idéia de que necessitamos de algo diferente,
mais forte ou maior que nós mesmos para nos
apoiarmos.
Ao invés da idéia de que geralmente é
muito melhor apoiar-se sobre os próprios
pés e ter fé em si mesmo e na capacidade
que temos de enfrentar as difíceis
circunstâncias da vida.
7
157. Crenças Irracionais
• A idéia de que deveríamos ser absolutamente
competentes, adequados, inteligentes e auto-
realizadores em todos os aspectos possíveis.
Ao invés da idéia de que deveríamos fazer
preferivelmente a sempre tentar fazer bem e
que deveríamos nos aceitar como uma criatura
bastante imperfeita, que possui limitações
humanas gerais e falhas específicas.
8
158. Crenças Irracionais
• A idéia de que algo deveria afetar
indefinidamente a nossa vida porque uma vez
afetou-a intensamente.
Ao invés da idéia de que deveríamos aprender
pela nossa experiência passada, mas não nos
deveríamos ligar demasiado a ela ou ser
prejudicados pela mesma.
9
159. Crenças Irracionais
• A idéia de que é vitalmente importante para a
nossa existência aquilo que as outras pessoas
fazem, e que deveríamos despender grandes
esforços para modificá-las na direção em que
gostaríamos que fossem.
Ao invés da idéia de que as deficiências das
outras pessoas são, em grande parte, seu
problema e que pressioná-las para que mudem
geralmente não as ajudará em nada.
10
160. Crenças Irracionais
• A idéia de que a felicidade humana pode ser
alcançada pela inércia e inatividade.
Ao invés da idéia de que os homens tendem a ser
mais felizes quando estão ativa e vitalmente
absorvidos em ocupações criativas, ou quando
estão se devotando a pessoas ou projetos fora de si
mesmo.
11
161. Crenças Irracionais
• A idéia de não possuímos virtualmente nenhum
controle sobre nossas emoções e que não
podemos deixar de sentir certos sentimentos.
Ao invés da idéia de que temos um enorme controle
sobre nossas emoções se optarmos por trabalhar
para controlá-los e praticar dizendo os tipos de
sentenças certas para si mesmo.
12
162. Diferenças entre métodos
• Terapia Cognitiva: Beck e os pensamentos
disfuncionais.
– Maior complexidade, ligado aos transtornos
psiquiátricos e menos embativa.
• Terapia Racional Emotiva Comportamental:
Ellis e as crenças irracionais.
– Menor complexidade, mais embativo e ligado a
questões de neuroticismo.
163. Identificando suposições disfuncionais
(Beck, 1997)
• Não refletem a realidade da experiência
humana;
• São rígidas, hipergeneralizadas e extremas;
• Impedem a concretização dos objetivos ao invés
de facilitá-los;
• Sua transgressão está associada a emoções
extremas e excessivas;
• São relativamente inacessíveis a experiência
comum.
164. Valores da TREC
• Conscientizar as pessoas de que são elas
mesmas que criam, em grande parte, suas
próprias perturbações psicológicas e que,
embora as condições ambientais possam
contribuir para seus problemas, têm , em
geral, uma importância secundária no
processo de mudança.
165. Valores da TREC
• Estimular as pessoas a reconhecer claramente
que possuem a capacidade de modificar de
uma maneira significativa estas perturbações
psicológicas.
166. Valores da TREC
• Proporcionar a compreensão de que
perturbações emocionais comportamentais
provêm, em grande parte, de crenças
irracionais, dogmáticas e absolutistas.
167. Valores da TREC
• Estimular a descoberta das crenças irracionais
e discriminar entre elas suas alternativas
racionais.
168. Valores da TREC
• Questionar estas crenças irracionais utilizando
os métodos lógico-empíricos da ciência.
169. Valores da TREC
• Trabalhar no intuito de internalizar suas novas
crenças racionais, empregando métodos
cognitivos, emocionais e comportamentais de
mudança.
170. Valores da TREC
• Continuar este processo de refutação das
idéias irracionais e utilizar métodos
multimodais para mudanças durante o resto
de suas vidas.
171. Informações pertinentes
• Histórico pessoal:
– Informação geral do paciente.
– Informação familiar.
– Relações interpessoais.
– Estilo de vida e sistemas de apoio social.
173. Paradigma de Ellis, lembrando...
A B C
A(evento ativador) B(Crenças) C(Conseqüências)
A(ativant event) B(Beliefs) C(Consequences)
174. Apresentação Racional
• Explicar com algum detalhe racional do
processo a seguir, que deverá incluir uma
descrição do modelo ABC e do modo
como as cognições e crenças interagem
com as situações e emoções.
• Procurar que o paciente compreenda a
distinção entre situações, pensamentos e
emoções.
175. Apresentação Racional
• Especificar a natureza colaborativa do
tratamento.
• Apresentar uma descrição clara dos processos
de tratamento com particular realce para o
trabalho cognitivo, emocional e
comportamental.
176. CONFRONTO RACIONAL
• Transformar crenças em afirmações:
– “Tenho medo de pessoas”, para “As pessoas são
temíveis.”
• Definir as crenças
– Aqui materiais como inventários ou bibliografia
podem ajudar.
• Atitudes de distanciamento.
177. Atitudes de distanciamento
1. Lidar com os fatos no lugar das opiniões.
2. Aceitar os fatos que foram comprovados
mesmo contradizendo os sentimentos.
3. Evitar conclusões dogmáticas baseadas
em evidências limitadas.
4. Reconhecer a diferenças entre hipóteses
e fatos.
178. Atitudes de distanciamento
5. Permanecer sem reposta até que seja
encontrada uma.
6. Não aceitar a priori ou de modo permanente
qualquer teoria.
7. Não rejeitar a priori ou de forma
permanente qualquer teoria.
179. Atitudes de distanciamento
8. Procurar com igual esforço, evidência e
contra-evidência para as teorias pessoais.
9. Abandonar as teorias que não possam vir a
ser formuladas em termos de hipóteses
testáveis.
180. Análise das evidências
• Qual a racionalidade que apóia esta crença?
• Existe evidência do contrário?
• Existe como verificar esta evidência?
• De forma realista e objetiva, qual é a
probabilidade de que isto aconteça?
• O que pode acontecer se você continuar a
pensar assim?
181. Estabelecimento das conclusões
• Com base no uso do método descrito, o
paciente deverá procurar formulações
racionais que mostrem alternativas as crenças
irracionais identificadas.
182. Técnica de confronto
• É a busca de forma de pensar antagônicas as
crenças irracionais, que serão investigadas no
repertório do paciente e estimuladas pelo
terapeuta.
183. Técnica de confronto
• Ajudar ao paciente a identificar pensamento
questionadores para as crenças irracionais
encontradas.
• Assegurar que estes pensamentos
“confrontativos” são realistas e lógicos(desde
que o sejam).
184. Técnica de confronto
• Instruir o paciente na disputa e
enfrentamento das crenças irracionais
com estes pensamentos “confrontativos”
de forma maciça e freqüente.
• Assegurar ao paciente eu cada solução
encontrada pode ter uma modalidade
idêntica sobre outras crenças irracionais.
186. Bibliografia
• Beck e col. – TERAPIA COGNITIVA DA
DEPRESSÃO. Artmed, 1997.
• Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE
TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO
COMPORTAMENTO. Ed. Santos, 1996.
• Ellis, A. e Becker, I. – A CONQUISTA DA
FELICIDADE. Record, 1982.
187. Bibliografia
• Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias
e práticas. Biblioteca das Ciências do Homem,
2000.
• Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA
PSIQUIÁTRICA. Artmed, 2004.
188. Bibliografia
• Beck e col. – TERAPIA COGNITIVA
DA DEPRESSÃO. Artmed, 1997.
• Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS
DE TERAPIA E MODIFICAÇÃO DO
COMPORTAMENTO. Ed. Santos,
1996.
• Ellis, A. e Becker, I. – A CONQUISTA
DA FELICIDADE. Record, 1982.
189. Bibliografia
• Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS:
teorias e práticas. Biblioteca das Ciências
do Homem, 2000.
• Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA
PSIQUIÁTRICA. Artmed, 2004.
195. Bibliografia
• Caballo, V. – MANUAL DE TÉCNICAS DE TERAPIA E
MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. Ed. Santos,
1996.
• Caballo, V.E. – Manual de avaliação e treinamento das
habilidades sociais. Ed. Santos, 2003.
• Ellis, Albert – COMO VIVER COM UM NEURÓTICO:
em casa e no trabalho. Artenova, 1976.
• Ellis, A. & Lange, A. – FIQUE FRIO! Ed. Best Seller,
1997.
• Ellis, A. – OVERCOMING DESTRUTIVE BELIEFS,
FEELINGS AND BEHAVIORS. Prometheus Books,
2001.
196. Bibliografia
• Goldberg, E. – O CÉREBRO EXECUTIVO: Lobos
frontais e a mente Civilizada. Imago, 2002.
• Gonçalves, O. – TERAPIAS COGNITVAS: teorias e
práticas. Biblioteca das Ciências do Homem, 2000.
• Everly, G. & Rosenfeld, R. (1979) THE NATURE AND
TREATMENT OF THE STRESS RESPONSE, New York:
Plenum Press.
• Hawton, K. e col – “TERAPIA COGNITIVA-
COMPORTAMENTAL DOS TRANSTORNOS
PSIQUIÁTRICO – UM GUIA PRÁTICO”, Martins Fontes,
1997;
• Knapp, P. – TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA PSIQUIÁTRICA.
Artmed, 2004.