O documento discute derrame pleural, que ocorre quando há acúmulo excessivo de líquido nos espaços pleurais, podendo ser classificado como transudato ou exsudato. As principais causas incluem doenças cardíacas, câncer, pneumonia e tuberculose. Os sintomas comuns são dor no peito, falta de ar e tosse. Exames de imagem e análise do líquido pleural são necessários para diagnóstico e tratamento.
2. Conceito
O derrame pleural não é uma doença, mas sim a manifestação de outras doenças. Se não
tratado adequadamente, esta patologia pode levar o paciente à dispneia (falta grave de ar) e até
à morte.
O derrame pleural é caracterizado pela acumulação de liquido em excesso entre as pleuras
ele pode ser classificado em transudato, quando não há lesão no espaço pleural nem sinal de
células inflamatórias, e em exudado, causado pelo aumento da permeabilidade dos vasos da
microcirculação e com presença de células em decomposição.
3. Causas
O DP pode ocorrer como uma complicação de muitas doenças. Insuficiência cardíaca congestiva
(ICC), neoplasias, pneumonia e embolia pulmonar são as principais causas de DP em países
desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, a tuberculose é uma causa importante de DP.
Cerca de 20% dos DPs apresentam causa indeterminada após a realização dos
exames convencionais.
4. Fisiopatologia
O surgimento do derrame pleural pode ocorrer devido a aumento da pressão hidrostática nos
capilares sanguíneos e/ou linfáticos, da permeabilidade capilar, da pressão negativa no espaço
pleural ou da diminuição da pressão oncótica das proteínas plasmáticas.
Os transudatos originam-se do aumento da pressão hidrostática. Geralmente indicam que as
membranas pleurais não estão afetadas.
Os exsudatos formam-se devido a vazamento de líquido e proteínas ao longo de uma membrana
capilar alterada com aumento da permeabilidade.
6. Podemos dividir o derrame em 2 tipos: transudado e exsudado.
Transudativo
Qualquer derrame pleural que se forma quando não existe lesão do espaço pleural é
denominado derrame pleural transudado. O transudado é um ultrafiltrado de plasma, altamente
fluido, baixo em proteínas e desprovido de células inflamatórias. O aspecto macroscópico do
líquido é de um fluido transparente e claro.
Tipos
7. Exsudativo
Um derrame pleural exsudado é causado por um aumento da permeabilidade nos vasos da
microcirculação. É rico em proteínas, células e produtos da decomposição celular.
O aspecto macroscópico do líquido é de um fluido amarelo citrino podendo também ser turvo
(ex: pus do empiema).
Tipos
8. Sinais e sintomas
Dor torácica, dispneia e tosse são os principais sintomas associados à ocorrência de DP. A dor
torácica é, em geral, ventilatório-dependente. A tosse, mais comumente seca, é desencadeada
por inflamação da pleura parietal ou por distorção da arquitetura brônquica.
A dispneia pode estar relacionada à doença de base e depende da velocidade de acúmulo do
líquido e da função cardiorrespiratória do paciente.
9. Diagnóstico
Um exame físico bem feito, com uma boa auscultação dos pulmões, é capaz de sugerir a
presença do derrame pleural sempre que houver mais de 300 ml de líquido acumulado. O
excesso de líquido se entrepõe ao pulmão e as costas, e os ruídos pulmonares ficam inaudíveis.
Exames como a tomografia computadorizada e a ultrassonografia conseguem detectar coleções
de líquidos mínimas, como meros 10 ml.
10. Diagnóstico
O exame de raio X também pode confirmar o diagnóstico. O derrame pleural se mostra como
uma grande mancha “branca”(hipotransparente) no local onde deveria estar sendo visto apenas
o pulmão cheio de ar.
11. Objetivo de tratamento
Depois da avaliação do paciente, traçamos objectivos mediante a situação clínica apresentada.
Apesar disso, existem alguns objectivos comuns a quase todos os pacientes, por exemplo:
aliviar a dor;
aumentar a amplitude respiratória;
readquirir a coordenação respiratória diafragmo-toracica;
restabelecer uma postura correcta;
reeducação ao esforço.
12. Tratamento
Reeducação respiratória
A reeducação deve visar, à medida que o derrame vai diminuindo, a capacidade de
expansibilidade do tórax lesado (homo ou bilateral). Podem ser utilizadas técnicas como:
contrações repetidas, estiramento inicial, respiração contra-resistência
Ortóteses
O uso de ortóteses é bastante indicado. Como exemplo, a espirometria incitativa com recurso a
inspirações lentas e prolongados para promover o efeito pneumático.
Reeducação ao esforço
A reeducação ao esforço deve ser feita gradualmente e, se possível, de acordo com a
ocupação/profissão do paciente. O tapete rolante ou o cicloergometro podem ser indicados.
13. Referências
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video: A produção de conteúdo produzida pelo Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG, CETES/ NUTEL, partiu da demanda do Ministério da Saúde do Brasil.