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Substituto Valvar
Dr. Marcelo Pandolfo
CIRURGIÃO CARDIOVASCULAR - 2014
História
 1947, Smithy e Parker – 1º estudo valvotomia aórtica
 1951, Hufnagel – prótese de bola gaiola – aorta torácica
descendente
 1960, Starr e Edwards – prótese de bola
 1962, Harken – prótese valvar ideal
 1962, Barrat e Boyes – homoenxerto aórtico
 1966, Senning – atóloga - fáscia lata
 1967, Ross – homoenxerto + auto-enxerto
 1968, Binet – heteróloga – porcina
 1969, Carpentier – glutaraldeído
 1970, Puig – homóloga – dura mater
 1972, Ionescu – pericárdio bovino
A Prótese Ideal
 Silenciosa
 Excelente performance hemodinâmica
 Durabilidade
 Ausência de trombogenicidade
 Fácil implante
 Baixo custo
 Quimicamente inerte
 Não lesivo aos elementos figurados do sangue
 Baixa incidência de endocardite
Próteses Valvares Mecânicas
Metal ou ligas de carbono
Ball and Cage (bola e gaiola)
Disco único
Duplo disco
Substitutos valvares biológicos
 Heterólogas
Bovinas, porcinas e equinas
 Homólogas / Autólogas
Homoenxertos /Autoenxerto
 Stented ou Stenteless
 Percutânea
 Transapical
Substitutos valvares biológicos
 Vantagens
 Baixa trombogenicidade
 Boa hemodinâmica
 Não apresentam ruídos
 Baixa turbulência
 Impossibilitados de esquemas de anticoagulação
 Desvantagens
 Menor durabilidade (jovens, crianças e IRC)
 Disfunção estrutural (calcificação)
 Reoperações
Calcificação e degeneração
das biopróteses
 Perda das células endoteliais, permitindo infiltração de
plasma, hemácias e células inflamatórias
 Após fixação em glutaraldeído, perda da capacidade das
células intersticiais, tornando-as inviáveis
 Predisposição para calcificação em razão da presença
dos debris celulares, colágeno e elastina
 Reduzida complacência do tecido e movimentação
anormal das cúspides secundaria a uma geometria
estática e mecânicas alteradas
Bioprótese e novas
tecnologias
 Agentes anticalcificantes
 Fixacao do glutaraldeido
 Antimineralizantes
 Tecidos descelularizados
 Revestimento endotelial in vitro
 Tecidos geneticamente modificados
Próteses Mecânicas
 Vantagens
Hemodinâmica
Baixo perfil
Durabilidade
 Desvantagens
Ruídos
Trombogenicidade
Anticoagulantes
Homoenxertos/ Autoenxertos
 Vantagens
 Resistente às infecções
 Excelente hemodinâmica
 Fluxo próximo do normal
 Gradientes aceitáveis
 Impossibilitados de esquemas de anticoagulação
 Potencial de crescimento
 Desvantagens
 Escassez de doadores
 Dificuldade de obtenção
 Técnica cirúrgica
Qual usar ?
Prótese valvar aórtica,
qual é a melhor opção
para o adulto jovem?
Aspectos socioeconômicos?
 Follow-up – 15 anos
 Mitral ou aórtico
 394 - troca valvar aórtica
 Bjork-Shiley spherical disc - mecânica / Hancock porcine - bioprótese
Sangramento de acordo com o
tipo de prótese
Complicações relacionada a
troca valvar
Disfunção da prótese
Reoperações por vária
indicações
Mortalidade - Porcine versus Bjork-Shiley
 500 pacientes
 18 a 50 anos
 Follow-up médio - 7.1 ± 5.3 anos (max. 26,7 anos)
 Troca valvar aórtica e/ou mitral
Sobrevida tardia - troca valvar
aórtica em adultos jovens
Reoperações - homoenxerto
versus prótese biológica
Resultados/ Conclusões
 Sobrevida tardia - equivalência entre biológicas e mecânicas
 Não houve diferença no risco de AVC embólico entre as próteses
 Prótese mecânica – fator de risco para sangramento
 Tabagismo - fator de risco para deterioração da bioprótese ( > risco
de reoperações )
Curva de sobrevida
Curva atuarial livre de eventos
adversos
Resultados
 Equivalência na sobrevida a longo prazo
 Maior incidência the eventos tromboembólicos e sangramentos –
prótese mecânica
 Reoperações são mais comuns - próteses biológicas
 “MAPE” (Major adverse prosthesis-related
events) > biopróteses. (especialmente após 10 anos)
 1991 – 2004
 45 – 65 anos
 332 pacientes
 Freestyle - 140
 Homoenxerto - 54
 Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 62
 Ross 76
Resultados / Gradientes
médios
 Freestyle – 12 ± 6,6 mm Hg
 Homoenxerto – 7,4 ± 4 mm Hg
 Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 15,4 ± 5,4 mm Hg
 Ross – 4,6 ± 3,2 mm Hg
P< 0,0001
Resultados / Área efetiva
 Freestyle – 0,9 ± 0,3 cm2
/ m2
 Homoenxerto – 1,3 ± 0,3 cm2
/ m2
 Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 0,8 ± 0,2 cm2
/ m2
 Ross – 1,4 ± 0,4 cm2
/ m2
P< 0,0001
Resultados / livres de tromboembolismo
 Freestyle – 97,7% ± 1,3%
 Homoenxerto – 100% ± 0%
 Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 100% ± 0%
 Ross – 100% ± 0%
P=0,3
Resultados / livres de sangramento
 Freestyle – 95,4% ± 2,0%
 Homoenxerto – 96% ± 2,8%
 Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 98,3% ± 1,7%
 Ross – 100% ± 0%
P=0,4
Livres de reoperações
Resultados / livres de endocardite
 Freestyle – 97,4% ± 2,0%
 Homoenxerto – 97,7% ± 2,82%
 Stented Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 98,3% ±
1,7%
 Ross – 100% ± 0%
P=0,6
Livres de mortalidade total
p=0,14
Conclusão
 Tipos de próteses biológicas não afetam a sobrevida a médio prazo em
pacientes entre 45 – 65 anos
 A escolha da prótese biológica deve ser uma escolha médico-paciente
 73 pacientes - prótese biológica
 53 pacientes - prótese mecânica
 Tempo 18 meses
 SF-36 – questionário
 Publicações de 1989 a 2004
 32 artigos - 15 mecânicas e 23 biológicas
 17,439 pacientes
 101,819 pacientes/anos
Resultados/ Conclusões
 Idade média – mecânica: 58 anos / biológica: 69 anos
 Endocardite - mecânica: 7% / biológica: 2%
 Mortalidade total - mecânica: 3,99% / biológica: 6,33%
pacientes/anos
 Não houve diferença na taxa de tromboembolismo
 Não houve diferença na taxa de mortalidade independente da idade
 A escolha da prótese não deve basear-se apenas na idade
 Pacientes > 20 anos
 Janeiro de 1997 / dezembro de 2006
 108.687 pacientes
 928 hospitais/grupos
Resultados/ Conclusões
Prótese biológica versus
mecânica
Resultados/ Conclusões
Resultados/ Conclusões
Resultados/ Conclusões
 Mudança inexplicável
 Recusa de anticoagulação por longo tempo - jovens
 Alto risco de anticoagulação - idosos
 Nova geração de próteses biológicas
Copyright ©2008 American Heart Association
El Oakley, R. et al. Circulation 2008;117:253-256
Algorithm for selecting a valve procedure

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Substituto valvar

  • 1. Substituto Valvar Dr. Marcelo Pandolfo CIRURGIÃO CARDIOVASCULAR - 2014
  • 2. História  1947, Smithy e Parker – 1º estudo valvotomia aórtica  1951, Hufnagel – prótese de bola gaiola – aorta torácica descendente  1960, Starr e Edwards – prótese de bola  1962, Harken – prótese valvar ideal  1962, Barrat e Boyes – homoenxerto aórtico  1966, Senning – atóloga - fáscia lata  1967, Ross – homoenxerto + auto-enxerto  1968, Binet – heteróloga – porcina  1969, Carpentier – glutaraldeído  1970, Puig – homóloga – dura mater  1972, Ionescu – pericárdio bovino
  • 3. A Prótese Ideal  Silenciosa  Excelente performance hemodinâmica  Durabilidade  Ausência de trombogenicidade  Fácil implante  Baixo custo  Quimicamente inerte  Não lesivo aos elementos figurados do sangue  Baixa incidência de endocardite
  • 4. Próteses Valvares Mecânicas Metal ou ligas de carbono Ball and Cage (bola e gaiola) Disco único Duplo disco
  • 5.
  • 6.
  • 7. Substitutos valvares biológicos  Heterólogas Bovinas, porcinas e equinas  Homólogas / Autólogas Homoenxertos /Autoenxerto  Stented ou Stenteless  Percutânea  Transapical
  • 8.
  • 9. Substitutos valvares biológicos  Vantagens  Baixa trombogenicidade  Boa hemodinâmica  Não apresentam ruídos  Baixa turbulência  Impossibilitados de esquemas de anticoagulação  Desvantagens  Menor durabilidade (jovens, crianças e IRC)  Disfunção estrutural (calcificação)  Reoperações
  • 10. Calcificação e degeneração das biopróteses  Perda das células endoteliais, permitindo infiltração de plasma, hemácias e células inflamatórias  Após fixação em glutaraldeído, perda da capacidade das células intersticiais, tornando-as inviáveis  Predisposição para calcificação em razão da presença dos debris celulares, colágeno e elastina  Reduzida complacência do tecido e movimentação anormal das cúspides secundaria a uma geometria estática e mecânicas alteradas
  • 11. Bioprótese e novas tecnologias  Agentes anticalcificantes  Fixacao do glutaraldeido  Antimineralizantes  Tecidos descelularizados  Revestimento endotelial in vitro  Tecidos geneticamente modificados
  • 12.
  • 13. Próteses Mecânicas  Vantagens Hemodinâmica Baixo perfil Durabilidade  Desvantagens Ruídos Trombogenicidade Anticoagulantes
  • 14. Homoenxertos/ Autoenxertos  Vantagens  Resistente às infecções  Excelente hemodinâmica  Fluxo próximo do normal  Gradientes aceitáveis  Impossibilitados de esquemas de anticoagulação  Potencial de crescimento  Desvantagens  Escassez de doadores  Dificuldade de obtenção  Técnica cirúrgica
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Prótese valvar aórtica, qual é a melhor opção para o adulto jovem?
  • 20.
  • 22.
  • 23.  Follow-up – 15 anos  Mitral ou aórtico  394 - troca valvar aórtica  Bjork-Shiley spherical disc - mecânica / Hancock porcine - bioprótese
  • 24. Sangramento de acordo com o tipo de prótese
  • 28. Mortalidade - Porcine versus Bjork-Shiley
  • 29.  500 pacientes  18 a 50 anos  Follow-up médio - 7.1 ± 5.3 anos (max. 26,7 anos)  Troca valvar aórtica e/ou mitral
  • 30. Sobrevida tardia - troca valvar aórtica em adultos jovens
  • 31. Reoperações - homoenxerto versus prótese biológica
  • 32. Resultados/ Conclusões  Sobrevida tardia - equivalência entre biológicas e mecânicas  Não houve diferença no risco de AVC embólico entre as próteses  Prótese mecânica – fator de risco para sangramento  Tabagismo - fator de risco para deterioração da bioprótese ( > risco de reoperações )
  • 33.
  • 35. Curva atuarial livre de eventos adversos
  • 36. Resultados  Equivalência na sobrevida a longo prazo  Maior incidência the eventos tromboembólicos e sangramentos – prótese mecânica  Reoperações são mais comuns - próteses biológicas  “MAPE” (Major adverse prosthesis-related events) > biopróteses. (especialmente após 10 anos)
  • 37.  1991 – 2004  45 – 65 anos  332 pacientes  Freestyle - 140  Homoenxerto - 54  Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 62  Ross 76
  • 38. Resultados / Gradientes médios  Freestyle – 12 ± 6,6 mm Hg  Homoenxerto – 7,4 ± 4 mm Hg  Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 15,4 ± 5,4 mm Hg  Ross – 4,6 ± 3,2 mm Hg P< 0,0001
  • 39. Resultados / Área efetiva  Freestyle – 0,9 ± 0,3 cm2 / m2  Homoenxerto – 1,3 ± 0,3 cm2 / m2  Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 0,8 ± 0,2 cm2 / m2  Ross – 1,4 ± 0,4 cm2 / m2 P< 0,0001
  • 40. Resultados / livres de tromboembolismo  Freestyle – 97,7% ± 1,3%  Homoenxerto – 100% ± 0%  Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 100% ± 0%  Ross – 100% ± 0% P=0,3
  • 41. Resultados / livres de sangramento  Freestyle – 95,4% ± 2,0%  Homoenxerto – 96% ± 2,8%  Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 98,3% ± 1,7%  Ross – 100% ± 0% P=0,4
  • 43. Resultados / livres de endocardite  Freestyle – 97,4% ± 2,0%  Homoenxerto – 97,7% ± 2,82%  Stented Mosaic or Perimount valve (stented xenograft) – 98,3% ± 1,7%  Ross – 100% ± 0% P=0,6
  • 44. Livres de mortalidade total p=0,14
  • 45. Conclusão  Tipos de próteses biológicas não afetam a sobrevida a médio prazo em pacientes entre 45 – 65 anos  A escolha da prótese biológica deve ser uma escolha médico-paciente
  • 46.  73 pacientes - prótese biológica  53 pacientes - prótese mecânica  Tempo 18 meses  SF-36 – questionário
  • 47.  Publicações de 1989 a 2004  32 artigos - 15 mecânicas e 23 biológicas  17,439 pacientes  101,819 pacientes/anos
  • 48. Resultados/ Conclusões  Idade média – mecânica: 58 anos / biológica: 69 anos  Endocardite - mecânica: 7% / biológica: 2%  Mortalidade total - mecânica: 3,99% / biológica: 6,33% pacientes/anos  Não houve diferença na taxa de tromboembolismo  Não houve diferença na taxa de mortalidade independente da idade  A escolha da prótese não deve basear-se apenas na idade
  • 49.  Pacientes > 20 anos  Janeiro de 1997 / dezembro de 2006  108.687 pacientes  928 hospitais/grupos
  • 54. Resultados/ Conclusões  Mudança inexplicável  Recusa de anticoagulação por longo tempo - jovens  Alto risco de anticoagulação - idosos  Nova geração de próteses biológicas
  • 55. Copyright ©2008 American Heart Association El Oakley, R. et al. Circulation 2008;117:253-256 Algorithm for selecting a valve procedure

Notas del editor

  1. &amp;gt; área efetiva quando comparado à bioprótese
  2. Homologa = mesma espécie / autóloga = mesmo individuo glutaraldeido
  3. IRC metabolismo anormal do calcio
  4. fixação é um processo químico pelo qual tecidos biológicos são preservados da decomposição ou alteração indesejada para fim de exame. Fixação elimina com qualquer reação bioquímica em andamento, e pode também aumentar a resistência mecânica ou a estabilidade dos tecidos tratados.
  5. Tecidos descelularizados (reduzem antigenicidade mantendo integra a matriz celular, possibilitando a reendotelizacao) Tecidos frescos geneticamente modificado –porcos transgênicos que expressam proteínas humanas do sistema complemento
  6. Occurrence of one or more valve-related complications (bleeding, endocarditis, systemic embolism, nonthrombotic valve obstruction, valvular regurgitation or valve thrombosis)
  7. TVA mecanica &amp;gt; sobrevida em relação a biol, principal pela alta taxa de deterioraçao estrutural da valva biol. (sobretudo em pct &amp;lt;65 anos). A mortalidade das biol. Está relacionada a taxa de reop. ( 2x a inicial). 15 anos de acompanhamento Two randomized trials have compared outcomes for patients receiving mechanical and bioprosthetic valves in the aortic position, the Edinburgh Heart Valve Trial (1975– 1979) (917) and the Veterans Affairs Cooperative Study on Valvular Heart Disease (1979 –1982) (174,918). Both compared the Bjork-Shiley tilting-disc valve with firstgeneration porcine heterografts. In the Veterans Affairs trial, 15-year survival rates were superior for patients with mechanical valves (34%) compared with those with bioprostheses (21%) in the aortic position (p 0.02), but 20-year survival rates were no different in the Edinburgh trial. As expected, bleeding rates were significantly higher for patients with mechanical valves, and structural valve deterioration and reoperation rates were higher for patients with bioprostheses in both trials
  8. no significant survival difference between patients implanted with mechanical versus bioprosthetic valves
  9. Stented bioprostheses initially fared better than homografts but demonstrated a higher failure rate from 10 years onward, with no overall significant difference in reoperation rates between patients who received an aortic homograft and those who received a stented aortic bioprosthesis. *Consisting of either a Medtronic Hancock or Edwards Perimount prosthesis in the series.
  10. Prosthesis type or subclass, age at the time of surgery, atrial fibrillation, left atrial size, preoperative New York Heart Association (NYHA) heart failure class, and the type of prosthesis (i.e. mechanical versus bioprosthetic) had no significant effect risco (médio) de adoecimento = incidencia cumulativa
  11. no significant survival difference between patients implanted with mechanical versus bioprosthetic valves in either of the implant position
  12. (reoperação,endocardite, sangramento, endocardite) Major adverse prosthesis-related events:The 10-year freedom from MAPE was 70.2 4.1% for mechanical AVR patients, 41.0 30.3% for bioprosthetic AVR\ (aortic patients) suggest that the presence of a bioprosthesis may be associated with more MAPE.
  13. Freestyle (Medtronic Inc, Minneapolis, Minn)/ Stented xenografts -Mosaic valve in 66% of cases (Medtronic) or the Perimount valve/
  14. Risk-adjusted mortality for aortic valve replacement during 10 years in Society of Thoracic Surgeons database. Mortality for aortic valve replacement decreased with time. Asterisk indicates P&amp;lt;.01
  15. Stroke rate after aortic valve replacement (AVR) in Society of Thoracic Surgeons database from 1997 through 2006. Stroke rate decreased during 10-year study period. Asterisk indicates P&amp;lt;.01.
  16. Avaliaçao do cirurgia