1. PORQUE CONFIO NO FUTURO PÓS PANDEMIA – REFLEXÕES
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
O confinamento provocado pela pandemia que assolou o
planeta, provocou a mudança de hábitos e a forma de ver e sentir a vida,
agora, num prisma mais voltado para dentro de cada um. Estou aprendendo a
ver o ser que está em mim e o isolamento me obrigou a volta a visão para a
pessoa que está mais próxima de mim que sou eu mesmo.
A confiança no futuro está condicionada a muitos fatores
dentre eles o conhecimento e o domínio dos pensamentos que gravitam em
minha mente.
A partir do momento em que fui compreendendo a
influência que têm esses agentes em minha vida e a dependência de minha
vontade a eles, senti que esse conhecimento me permitiria mudá-los e fazer
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2. com que outros passassem a dominar a minha mente. Cultivar outra índole de
pensamentos era o grande desiderato.
O verdadeiro conceito de pensamentos, como agentes que
determinam o meu comportamento e a possibilidade que tenho de fazer com
que eles passem a me servir, é uma grande prerrogativa que me faz vislumbrar
a possibilidade de mudar a minha vida.
O futuro é construído no presente e o meu passado foi
presente um dia e o que vivo hoje fez parte do meu futuro.
Ao adquirir as condições de ser dono de meus
pensamentos e fazer com que eles me sirvam e eu possa ser o condutor
consciente de minha vida, a confiança no futuro, no meu futuro aumenta,
porque sinto que posso comandar, com minha vontade, a carruagem do meu
destino. Não será mais um destino incerto, mas forjado com o conhecimento.
Confiar, então no futuro é dar um crédito à minha
capacidade de realização e ter fé em mim mesmo e em Deus.
Hoje sei que a causa do que me acontece está nos
pensamentos e conhecendo-os, que vivem e procriam em minha casa mental,
me dão a pauta de como devo fazer para ser dono de minha vida e poder ser o
autor de minha existência.
Em muitos momentos e circunstâncias eu consigo conduzir
as minhas atividades por vontade própria e os pensamentos são eficazes
auxiliares nessa tarefa e em outras ocasiões, como estou num processo de
aprendizado, sou levado por eles que me dominam e prevalece, infelizmente, a
vontade deles e não a minha.
Mas nesse constante empenho de ser dono de meus
pensamentos e de viver com os melhores e mais elevados, sei que num futuro
conseguirei tal façanha e, portanto, não cesso nesse esforço e busco me
superar com a luz do conhecimento real transcendente.
Não ser joguete mais dos pensamentos se constitui para
mim num ideal e sou convidado a em todas as minhas atividades do dia a dia,
ou, pelo menos, em muitas delas a fazer com que esses entes causais sejam
os agentes que se submetam a minha vontade e colaborem eficazmente para
tornar realidade as minhas aspirações e projetos.
Não quero mais continuar sendo somente espectador, mas
autor desse espetáculo que é a minha vida. E, nesse empenho, estimulado
pelo conhecimento e orientado pela sensatez, realizo ensaios e experimentos
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3. que me despertam, pelos seus resultados edificantes que acontecem, a
esperança de que posso viver dias melhores e mais felizes.
Estou aprendendo a conhecer a verdade e a perceber a
mentira e me preparar para ser o meu próprio redentor, porque os erros que
cometa ou venha a cometer eu é que tenho que repará-los, corrigi-los e arcar
com suas consequências e não esperar que outros assumam essa
responsabilidade que é somente minha.
Aprendi que o erro tem origem na mente e é nela, em
minha mente é que devo evitá-lo, para que não se concretize e me prejudique.
A correção do erro nesse momento me permite evitar as suas consequências.
Também confio no futuro porque estou aprendendo que em
mim vive um espírito que quer participar de minha vida e nesse empenho sinto
que não luto só, nesta existência aqui na terra, posso contar com a presença
desse ente de natureza divina, essa partícula da consciência universal, que me
faz ter a sensação do eterno.
Os longos momentos de isolamento provocados pelo
coronavírus me permitiram fazer essas reflexões e a esperar que o futuro pós
pandemia venha a ser promissor, rico em conhecimento e digno de um mundo
novo e melhor, diferente da mesmice experimentada antes dessa avassaladora
catástrofe que atingiu a humanidade e que a fez rever os seus conceitos e
valores tornando-os mais humanos e perduráveis.
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