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Dom Bosco
Parte IV: Apóstolo dos tempos modernos
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Apesar de toda sua bondade e seu jeito simples, D. Bosco tinha inimigos. Certa
vez, enquanto dava catecismo, um indivíduo tentou tirar-lhe a vida: “uma bala de
arcabuz entrou por uma janela e varou-me a batina entre o braço e as costelas, indo
fincar-se na parede”, escreveu Dom Bosco. Diante dos meninos, que ficaram
apavorados, ele comentou: “Uma brincadeira um pouco pesada. Sinto muito pela
batina, que é a única que tenho. Mas Nossa Senhora nos quer bem”.
Os atentados não cessariam aí, mas Bosco,
tomando medidas de precaução, conseguiu
escapar ileso. Acima de tudo, ele sabia que
contava com a proteção de Nossa Senhora.
Outro dia, D. Bosco foi chamado à taberna do Coração
de Ouro, onde havia um agonizante. Chegando lá,
vários homens comiam castanhas. Ofereceram e
tentaram fazer com que ele tomasse um copo de vinho.
D. Bosco não quis tomar. Tentaram fazer com que
tomasse a força. Ele tinha levado junto com ele alguns
dos jovens mais fortes do Oratório e os chamou. Assim,
conseguiu se desvencilhar da tentativa de assassinato.
Um cão chamado Grigio torna-se
grande protetor de D. Bosco nas suas
saídas à noite. O animal estava sempre
a postos para defender seu dono.
Desde certo dia em que salvou Bosco da
morte certa, o cão passou a acompanhá-lo
até em casa. Com o dono, era manso como
um cordeiro; com os inimigos, um leão
furioso!
Precisando sair à rua, D. Bosco tenta, mas é
impedido pelo cão. Com isso, ele desiste de
sua saída. No dia seguinte, foi informado
que um grupo armado o havia esperado a
pouca distância. Seu fiel amigo pressentira
o perigo e o salvara mais uma vez!
Uma epidemia de cólera atinge a cidade.
Todos os membros da casa real fugiram,
seguidos por muitos outros. Os mais
cautelosos não saem de casa. O número
de vítimas cresce a todo instante.
Um decreto municipal manda que todos
os doentes sejam levados para os
hospitais. Entretanto, não há mais vagas.
Os médicos e enfermeiras fogem do local;
há gente morrendo sem assistência.
Em julho de 1854, a cólera-morbo invadira Turim de modo violento. Os primeiros casos se
verificaram nos dia 30 e 31 de julho. O epicentro da pestilência foi o bairro do Dora, a poucos
passos de Valdocco. Num só mês, 500 morreram. No dia 5 de agosto, D. Bosco fala aos
rapazes. Começa com a promessa: “Se vocês se puserem na graça de Deus e não cometerem
nenhum pecado mortal, eu lhes garanto que ninguém será atingido pela cólera. Sabem que o
Prefeito lançou um apelo. Há necessidade de enfermeiros e assistentes para cuidar dos
coléricos. Mas se alguns dos maiorzinhos tiverem coragem de me acompanhar nos hospitais
e às casas particulares, faremos juntos uma obra boa e agradável a Deus.
Muitos aderem àquele plano de auxílio.
Foram dias de trabalho duro e nada
agradável. Mamãe Margarida providenciava
cobertores do Oratório. Em breve, tudo
acabou. Uma mulher doente precisava ao
menos de um lençol. Como não tinham mais
nada, ela tirou a toalha do altar e deu,
dizendo: “Jesus não vai reclamar”.
A epidemia de cólera finalmente estava
afastada de Turim. Os meninos de Dom
Bosco já voltavam ao ritmo normal de
colégio, com aulas e brincadeiras. Com a
proteção de Nossa Senhora, nenhum deles
adoeceu.
D. Bosco cativava cada vez mais os jovens,
com sua bondade e simpatia. O rebelde
João Cagliero tornar-se-á no futuro
missionário na Argentina e, depois,
cardeal. Miguel Magone, antigo chefe de
delinquentes, é agora o líder dos colegas.
Um dia, D. Bosco recebe a visita de um
jovem. Chama-se Francisco Besucco. Ele
ouvira falar de Bosco e seus garotos e disse
estar interessado em estudar, brincar e ser
alguém no futuro. Em sua casa, vivia como
pastor de ovelhas e gado.
Miguel Rua,o garotinho dos velhos tempos a quem certa
vez ele propôs uma sociedade com 50% cada um, é agora
moço e mais maduro, e finalmente entende o significado
daquela sociedade: tornar-se-á sacerdote no dia 29 de
julho de 1860, e como Bosco, dedica-se por inteiro ao bem
dos jovens. Ele será o primeiro sucessor de seu mestre.
Um dos alunos de Dom Bosco, Domingos Sávio, nasceu em Riva de Chieri, em 2
de abril de 1842 e morreu em Mondonio di Castelnuovo d’Asti no dia 9 de março
de 1857. Toda a sua vida foi composta por uma busca da santidade segundo a fé
católica. O amado e jovem Domingos Sávio teve uma vida de muita sensibilidade
e em pouco tempo percorreu um longo caminho de santidade, obra mestra do
Espírito Santo e fruto da pedagogia de são João Bosco. Aos doze anos de idade,
ocorreu um fato decisivo em sua vida: o encontro com São João Bosco, que o
acolhe, como padre e diretor, em Valdocco (Turim), convidando-o para cursar os
estudos secundários. O fato aconteceu no dia 2 de outubro de 1854.
Ao descobrir, então, os altos ideais de sua vida como filho de
Deus, apoiando-se na amizade com Jesus e Maria, lança-se à
aventura da santidade, entendida como entrega total a Deus.
Por amor, reza, coloca empenho nos estudos, sendo o
companheiro mais amável. Sensibilizado no ideal de são
João Bosco, “Dai-me almas”, deseja salvar a alma de todos e
funda a companhia da Imaculada, da qual sairão os melhores
colaboradores do fundador dos salesianos.
Tomado por uma grave enfermidade aos quinze
anos, regressa ao lar paterno da aldeia de
Mondonio (município de Castelnuovo d’Asti),
onde morre serenamente com a alegria de ir ao
encontro do Senhor, exclamando aos seus pais:
“adeus queridos pais, estou tendo uma visão
linda! Que lindo!”.
O papa Pio XII proclamou Domingos
Sávio santo em 12 de junho de 1954.
Um antigo sonho de D. Bosco é ter um grupo
permanente de colegas para cuidar dos jovens
abandonados. Procurou, então, o Ministro que lhe
diz que, se quiser fazer algo nesse campo, deve
fundar uma sociedade de religiosos que sejam, ao
mesmo tempo, livres cidadãos perante o Governo.
No dia 18 de fevereiro de 1858, D. Bosco segue para Roma e, no dia 9 de
março, tem a primeira audiência com o Papa Pio IX. Na conversa, acena para
a ideia de fundar uma congregação adaptada aos tempos, aprovada pelo
Papa. No dia 24 de março, segunda audiência. O Papa recomenda que ele
ponha em prática a ideia de criar uma nova congregação, com regras suaves e
de fácil observância. Talvez seria melhor chamá-la de Sociedade e não de
congregação. No dia 6 de abril, tem mais uma audiência com o Papa e D.
Bosco volta a Turim no dia 14 de abril.
No dia 9 de dezembro de 1859, D. Bosco julga ter chegado a hora de falar
abertamente de Sociedade religiosa. Aos 19 “salesianos” reunidos no seu
quartinho, fala aos jovens sobre suas intenções. Deu uma semana para eles
pensarem no assunto e depois responderem se iriam “ficar para sempre com Dom
Bosco”. No dia 18 de dezembro, reuniram-se novamente. Dos 19, 17 apareceram e
deram seu sim. Serão Salesianos e farão parte da Sociedade de São Francisco de
Sales, nome escolhido para a nova fundação.
O nome “Salesiano” era derivado do
patrono São Francisco de Sales, o homem
cuja característica era a doçura e a
caridade. -”Inspirai confiança aos jovens.
Fazei-vos amar, fazei-vos um deles.
Procurai prevenir o mal e não puni-lo”.
Certa noite, em sonho, Bosco vê uma
senhora majestosa que lhe mostra um
enorme terreno. E como por encanto
logo aparece ali um templo grandioso.
-”Neste lugar quero que o meu nome
seja glorificado. Esta é a minha casa,
daqui sairá minha glória.”
Depois do sonho, Bosco conseguiu comprar o terreno e
preparava-se para começar a construção de uma grande
santuário, dedicado à Nossa Senhora Auxiliadora. Sabia
que lutaria com dificuldades, até mesmo para comprar meia
dúzia de tijolos, mas sua fé em Nossa Senhora era
inabalável. A obra iniciou em 1863 e foi retomada em março
de 1864. Na época, ele tinha apenas oito vinténs nos bolsos.
Realmente, nunca faltou nada para a construção. Dia
9 de julho de 1868, os sinos anunciavam a solene
consagração do templo e a missa de inauguração é
realizada. D. Bosco mandou pintar um grande
quadro para colocar na Igreja. A obra foi feita pelo
pintor Lorenzone.
Quadro pintado por Lorenzone, que está na
Basílica de Maria Auxiliadora em Turim.
Quatro anos mais tarde, Bosco ergue novo monumento: o Instituto das Filhas de Maria
Auxiliadora. -”Vosso nome representa algo muito querido ao meu coração: sois Filhas
de Maria Auxiliadora. Por vosso intermédio, a Mãe de Deus quer ajudar as jovens
simples do povo. Sereis muitas. Tantas que nem podeis imaginar!” No dia 5 de agosto
de 1872, as primeiras 15 Filhas de Maria Auxiliadora recebem o hábito religioso. Onze
fazem votos trienais. Inclusive Maria Mazzarello, que será a primeira Madre do novo
Instituto. Isso tudo aconteceu na cidade de Mornese.
Santa Maria Domingas Mazzarello
A 9 de Maio de 1837, nasce em Mornese-Piemonte, no Norte da Itália, Maria
Domingas.
Filha de camponeses, depressa aprendeu a arte de trabalhar a terra. O seu pai
exerceu grande influência na sua formação, pois era um homem honesto e
cristão empenhado.
Na casa de campo da Valponasca, distinguiu-se também pelo grande amor a
Jesus Eucaristia: à noite, abeirava-se da janela do sótão que dava para a Igreja e
aí adorava Jesus. O seu dia começava pelas 4 da manhã. Ia à Igreja da aldeia
para participar na Eucaristia diária e pelas 7 já estava em casa para retomar a
dura vida do campo. Tudo decorria com normalidade entre o trabalho do campo
e os empenhos do grupo da Imaculada quando, em 1860, rebenta a grande
epidemia do tifo.
Maín, como era conhecida, foi assistir uns familiares que se recuperavam do
mal, mas em contrapartida contraiu ela a doença. Cura-se, mas fica debilitada e
impossibilitada de trabalhar no campo. Os planos de Deus são muitas vezes
imprevisíveis, mas são sempre planos de amor. Maria vai rezando e pedir
conselhos sobre o seu futuro, especialmente ao P. Pestarino, responsável pelo
grupo da Imaculada.
A luz surgiu e, com a amiga Petronila, começou a aprender costura com o
alfaiate da terra. Em breve estavam preparadas e abriram uma sala de
costura para ensinar a catequese e ajudarem as meninas da terra a ganhar a
vida honestamente. Os pedidos para acolherem meninas órfãs não se
fizeram tardar e assim surgiu o 1º internato.
Entretanto, em Turim, na mesma zona do Piemonte, D. Bosco fundou uma obra
para rapazes da rua e depressa obteve a aprovação do Santo Padre. Foi o mesmo
que interpelou D. Bosco a fazer pelas meninas o mesmo que estava a realizar pelos
rapazes. Pouco depois, D. Bosco sonhou que um grupo de meninas pobres corriam
ao seu encontro, pedindo que cuidasse delas.
Por esse tempo, D. Bosco encontrou-se num comboio com o P. Pestarino.
Falaram do trabalho em favor da juventude e o P. Pestarino convida D. Bosco a
ir a Mornese e aí entra em contacto direto com Maria Mazzarello, as suas
colegas e a obra que as Filhas da Imaculada, grupo de leigas fundado pelo P.
Pestarino, faziam. D. Bosco percebeu que aí estavam os recursos humanos para
iniciar a missão em favor da educação das meninas.
A 5 de Agosto de 1872 nasce oficialmente o
Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.
Maria Domingas Mazzarello foi a primeira
superiora. Foi amada por Irmãs e alunas e
conseguiu, com o seu exemplo, ajudar as
inúmeras dificuldades e pobreza dos inícios.
De dia, Bosco trabalhava e, à noite, escrevia,
usando a mesma arma dos inimigos do bem.
Fundou uma revista popular mensal – “Leituras
Católicas”-”Os inimigos dos jovens lutam sem
parar. Por isso, nós também só descansaremos no
céu!”. Também nisso queria imitar a São Francisco
de Sales, que usou a imprensa como meio para
divulgar a fé católica.
D. Bosco sonhou com uma região
imensa e plana. Viu chegarem em sua
direção homens perversos e guerreiros.
O chão estava cheio de vítimas.
No extremo da planície, um grupo
de salesianos aproximava-se para
pregar a religião de Cristo. Os
selvagens, ao vê-los, lançaram-se
com fúria sobre eles e os mataram.
Outros missionários se aproximam,
tendo jovens à frente. Bosco quer fazê-
los recuar para escaparem do perigo.
Mas ao verem os garotos e os salesianos,
os guerreiros despojam-se das armas e
tornam-se mansos cordeiros.
A seguir, os missionários juntam-se a
eles e ajoelham-se. Os selvagens
fazem mesmo largando suas armas.
Assim foi sonho de D. Bosco.
D. Bosco enviará onze expedições
missionárias. No dia 11 de novembro de
1875, D. Bosco entregou o crucifixo de
missionário para os dez primeiros
salesianos. Seu destino era a América do Sul
e foram chefiados por João Cagliero, um dos
primeiros alunos. D. Bosco os acompanhou
até Gênova, para o embarque.
-”Procurai os necessitados e não as
riquezas ou honrarias. Cuidai de modo
especial dos jovens, dos doentes e dos
pobres. Assim, tereis as bênçãos de Deus e
a amizade de todos.” A 14 de dezembro de
1875, chegavam em Buenos Aires.
Depois de estruturada a congregação na Itália e no exterior, Bosco começou a lançar as
bases dos salesianos cooperadores, ou salesianos externos: professores, pais de família,
jornalistas e advogados tornaram-se ativistas da juventude como ele. Desde os
primeiros tempos do Oratório, D. Bosco tinha cooperadores para a sua Obra. Em 1876,
D. Bosco deu-lhe forma definitiva. No início, chamava-se “Pia União”. Escreveu um
regulamento, enviando-o ao Papa para sua aprovação. Chegou com um “breve” de Pio
IX em 9 de maio de 1876.
Para manter unido esse grupo de apóstolos
cristãos, iniciou a publicação do “Boletim
Salesiano”, uma revista mensal que
informava, orientava e estabelecia planos de
ação e métodos de trabalho. O primeiro
número saiu um agosto de 1877. D. Bosco
mandava entregar “a quem quer e a quem
não quer”.
Os trabalhos missionários tomaram tal
vulto, que mais elementos preparados
eram sempre requisitados. Para atender
candidatos do interior e da cidade, que
não tiveram oportunidade para estudar,
Bosco abriu cursos para seminaristas
adultos em regime intensivo de tempo
integral.
Em Roma, o Papa Leão XIII chama Bosco e lhe
confia uma tarefa: a construção do Santuário do
Coração de Jesus. Mesmo sem receber nenhum
dinheiro para o empreendimento, ele aceita a
incumbência. Sua única solicitação é construir
ao lado uma casa para meninos pobres.
Quanto mais cresciam suas obras para a juventude, tanto mais o dinheiro se
tornava escasso. Como peregrino dos jovens, saiu a pedir auxílio na Itália,
França e Espanha. Na França, D. Bosco foi buscar recursos para a construção da
Igreja do Sagrado Coração de Jesus, obra que o Papa o tinha encarregado de
fazer. Ficou 4 meses, percorrendo cidades, de 31 de janeiro a 31 de maio de
1883.
Mesmo já castigado pelos anos, D. Bosco
saiu à procura de meios para construir o
Santuário. Em Barcelona, um jovem lhe
suplica que o ajude a enxergar. Ele
convida o cego a rezarem juntos, pois
assim, com fé, Nossa Senhora lhe traria a
graça da visão.
Voltando da França, D. Bosco
confidenciou ao padre Rua, ainda no
trem: -”Miguel, lembra daquela
choupana da colina dos Becchi? É a
minha casa. Que diriam meus amigos
de Paris, se soubessem que todos os
triunfos eram dirigidos a um pobre
pastor de vaquinhas?”.
Depois de muitas dificuldades, finalmente o Santuário estava pronto.
Na missa de consagração, no dia 14 de maio de 1885, D. Bosco se
emociona. No dia 15, celebra a missa no altar de Maria Auxiliadora. Ele
chorou muito nesta celebração. O P. Viglietti o acompanhava e
perguntou, preocupado, no final da missa:
- Que está havendo, Dom Bosco? Sente-se mal?
- Tinha, diante dos olhos, viva a cena do meu primeiro sonho, aos nove
anos. Eu via e ouvia minha mãe e irmãos discutindo o que eu tinha
sonhado…
Voltando a Turim, já não tinha mais força
para caminhar. Suas palavras de despedida
são um testamento de amor aos jovens:
“Vamos fazer o bem a todas as pessoas.
Diga aos meus jovens que os espero a
todos no céu”.
No dia 31 de janeiro de 1888, D. João Bosco
deixava este mundo. Parecia mais um
triunfo do que um luto o seu cortejo. A
cidade parou para dizer-lhe um adeus de
reconhecida gratidão.
Beatificado no dia 2 de junho de 1929 e
canonizado no dia 1 de Abril de 1934 por
Pio XI. O Papa João Paulo II, por ocasião do
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Apóstolo dos tempos modernos

  • 1. Dom Bosco Parte IV: Apóstolo dos tempos modernos www.catequesecasa.wordpress.com
  • 2. Apesar de toda sua bondade e seu jeito simples, D. Bosco tinha inimigos. Certa vez, enquanto dava catecismo, um indivíduo tentou tirar-lhe a vida: “uma bala de arcabuz entrou por uma janela e varou-me a batina entre o braço e as costelas, indo fincar-se na parede”, escreveu Dom Bosco. Diante dos meninos, que ficaram apavorados, ele comentou: “Uma brincadeira um pouco pesada. Sinto muito pela batina, que é a única que tenho. Mas Nossa Senhora nos quer bem”.
  • 3. Os atentados não cessariam aí, mas Bosco, tomando medidas de precaução, conseguiu escapar ileso. Acima de tudo, ele sabia que contava com a proteção de Nossa Senhora.
  • 4. Outro dia, D. Bosco foi chamado à taberna do Coração de Ouro, onde havia um agonizante. Chegando lá, vários homens comiam castanhas. Ofereceram e tentaram fazer com que ele tomasse um copo de vinho. D. Bosco não quis tomar. Tentaram fazer com que tomasse a força. Ele tinha levado junto com ele alguns dos jovens mais fortes do Oratório e os chamou. Assim, conseguiu se desvencilhar da tentativa de assassinato.
  • 5. Um cão chamado Grigio torna-se grande protetor de D. Bosco nas suas saídas à noite. O animal estava sempre a postos para defender seu dono.
  • 6. Desde certo dia em que salvou Bosco da morte certa, o cão passou a acompanhá-lo até em casa. Com o dono, era manso como um cordeiro; com os inimigos, um leão furioso!
  • 7. Precisando sair à rua, D. Bosco tenta, mas é impedido pelo cão. Com isso, ele desiste de sua saída. No dia seguinte, foi informado que um grupo armado o havia esperado a pouca distância. Seu fiel amigo pressentira o perigo e o salvara mais uma vez!
  • 8. Uma epidemia de cólera atinge a cidade. Todos os membros da casa real fugiram, seguidos por muitos outros. Os mais cautelosos não saem de casa. O número de vítimas cresce a todo instante.
  • 9. Um decreto municipal manda que todos os doentes sejam levados para os hospitais. Entretanto, não há mais vagas. Os médicos e enfermeiras fogem do local; há gente morrendo sem assistência.
  • 10. Em julho de 1854, a cólera-morbo invadira Turim de modo violento. Os primeiros casos se verificaram nos dia 30 e 31 de julho. O epicentro da pestilência foi o bairro do Dora, a poucos passos de Valdocco. Num só mês, 500 morreram. No dia 5 de agosto, D. Bosco fala aos rapazes. Começa com a promessa: “Se vocês se puserem na graça de Deus e não cometerem nenhum pecado mortal, eu lhes garanto que ninguém será atingido pela cólera. Sabem que o Prefeito lançou um apelo. Há necessidade de enfermeiros e assistentes para cuidar dos coléricos. Mas se alguns dos maiorzinhos tiverem coragem de me acompanhar nos hospitais e às casas particulares, faremos juntos uma obra boa e agradável a Deus.
  • 11. Muitos aderem àquele plano de auxílio. Foram dias de trabalho duro e nada agradável. Mamãe Margarida providenciava cobertores do Oratório. Em breve, tudo acabou. Uma mulher doente precisava ao menos de um lençol. Como não tinham mais nada, ela tirou a toalha do altar e deu, dizendo: “Jesus não vai reclamar”.
  • 12. A epidemia de cólera finalmente estava afastada de Turim. Os meninos de Dom Bosco já voltavam ao ritmo normal de colégio, com aulas e brincadeiras. Com a proteção de Nossa Senhora, nenhum deles adoeceu.
  • 13. D. Bosco cativava cada vez mais os jovens, com sua bondade e simpatia. O rebelde João Cagliero tornar-se-á no futuro missionário na Argentina e, depois, cardeal. Miguel Magone, antigo chefe de delinquentes, é agora o líder dos colegas.
  • 14. Um dia, D. Bosco recebe a visita de um jovem. Chama-se Francisco Besucco. Ele ouvira falar de Bosco e seus garotos e disse estar interessado em estudar, brincar e ser alguém no futuro. Em sua casa, vivia como pastor de ovelhas e gado.
  • 15. Miguel Rua,o garotinho dos velhos tempos a quem certa vez ele propôs uma sociedade com 50% cada um, é agora moço e mais maduro, e finalmente entende o significado daquela sociedade: tornar-se-á sacerdote no dia 29 de julho de 1860, e como Bosco, dedica-se por inteiro ao bem dos jovens. Ele será o primeiro sucessor de seu mestre.
  • 16. Um dos alunos de Dom Bosco, Domingos Sávio, nasceu em Riva de Chieri, em 2 de abril de 1842 e morreu em Mondonio di Castelnuovo d’Asti no dia 9 de março de 1857. Toda a sua vida foi composta por uma busca da santidade segundo a fé católica. O amado e jovem Domingos Sávio teve uma vida de muita sensibilidade e em pouco tempo percorreu um longo caminho de santidade, obra mestra do Espírito Santo e fruto da pedagogia de são João Bosco. Aos doze anos de idade, ocorreu um fato decisivo em sua vida: o encontro com São João Bosco, que o acolhe, como padre e diretor, em Valdocco (Turim), convidando-o para cursar os estudos secundários. O fato aconteceu no dia 2 de outubro de 1854.
  • 17. Ao descobrir, então, os altos ideais de sua vida como filho de Deus, apoiando-se na amizade com Jesus e Maria, lança-se à aventura da santidade, entendida como entrega total a Deus. Por amor, reza, coloca empenho nos estudos, sendo o companheiro mais amável. Sensibilizado no ideal de são João Bosco, “Dai-me almas”, deseja salvar a alma de todos e funda a companhia da Imaculada, da qual sairão os melhores colaboradores do fundador dos salesianos.
  • 18. Tomado por uma grave enfermidade aos quinze anos, regressa ao lar paterno da aldeia de Mondonio (município de Castelnuovo d’Asti), onde morre serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos seus pais: “adeus queridos pais, estou tendo uma visão linda! Que lindo!”.
  • 19. O papa Pio XII proclamou Domingos Sávio santo em 12 de junho de 1954.
  • 20. Um antigo sonho de D. Bosco é ter um grupo permanente de colegas para cuidar dos jovens abandonados. Procurou, então, o Ministro que lhe diz que, se quiser fazer algo nesse campo, deve fundar uma sociedade de religiosos que sejam, ao mesmo tempo, livres cidadãos perante o Governo.
  • 21. No dia 18 de fevereiro de 1858, D. Bosco segue para Roma e, no dia 9 de março, tem a primeira audiência com o Papa Pio IX. Na conversa, acena para a ideia de fundar uma congregação adaptada aos tempos, aprovada pelo Papa. No dia 24 de março, segunda audiência. O Papa recomenda que ele ponha em prática a ideia de criar uma nova congregação, com regras suaves e de fácil observância. Talvez seria melhor chamá-la de Sociedade e não de congregação. No dia 6 de abril, tem mais uma audiência com o Papa e D. Bosco volta a Turim no dia 14 de abril.
  • 22. No dia 9 de dezembro de 1859, D. Bosco julga ter chegado a hora de falar abertamente de Sociedade religiosa. Aos 19 “salesianos” reunidos no seu quartinho, fala aos jovens sobre suas intenções. Deu uma semana para eles pensarem no assunto e depois responderem se iriam “ficar para sempre com Dom Bosco”. No dia 18 de dezembro, reuniram-se novamente. Dos 19, 17 apareceram e deram seu sim. Serão Salesianos e farão parte da Sociedade de São Francisco de Sales, nome escolhido para a nova fundação.
  • 23. O nome “Salesiano” era derivado do patrono São Francisco de Sales, o homem cuja característica era a doçura e a caridade. -”Inspirai confiança aos jovens. Fazei-vos amar, fazei-vos um deles. Procurai prevenir o mal e não puni-lo”.
  • 24. Certa noite, em sonho, Bosco vê uma senhora majestosa que lhe mostra um enorme terreno. E como por encanto logo aparece ali um templo grandioso. -”Neste lugar quero que o meu nome seja glorificado. Esta é a minha casa, daqui sairá minha glória.”
  • 25. Depois do sonho, Bosco conseguiu comprar o terreno e preparava-se para começar a construção de uma grande santuário, dedicado à Nossa Senhora Auxiliadora. Sabia que lutaria com dificuldades, até mesmo para comprar meia dúzia de tijolos, mas sua fé em Nossa Senhora era inabalável. A obra iniciou em 1863 e foi retomada em março de 1864. Na época, ele tinha apenas oito vinténs nos bolsos.
  • 26. Realmente, nunca faltou nada para a construção. Dia 9 de julho de 1868, os sinos anunciavam a solene consagração do templo e a missa de inauguração é realizada. D. Bosco mandou pintar um grande quadro para colocar na Igreja. A obra foi feita pelo pintor Lorenzone.
  • 27. Quadro pintado por Lorenzone, que está na Basílica de Maria Auxiliadora em Turim.
  • 28. Quatro anos mais tarde, Bosco ergue novo monumento: o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. -”Vosso nome representa algo muito querido ao meu coração: sois Filhas de Maria Auxiliadora. Por vosso intermédio, a Mãe de Deus quer ajudar as jovens simples do povo. Sereis muitas. Tantas que nem podeis imaginar!” No dia 5 de agosto de 1872, as primeiras 15 Filhas de Maria Auxiliadora recebem o hábito religioso. Onze fazem votos trienais. Inclusive Maria Mazzarello, que será a primeira Madre do novo Instituto. Isso tudo aconteceu na cidade de Mornese.
  • 29. Santa Maria Domingas Mazzarello A 9 de Maio de 1837, nasce em Mornese-Piemonte, no Norte da Itália, Maria Domingas. Filha de camponeses, depressa aprendeu a arte de trabalhar a terra. O seu pai exerceu grande influência na sua formação, pois era um homem honesto e cristão empenhado. Na casa de campo da Valponasca, distinguiu-se também pelo grande amor a Jesus Eucaristia: à noite, abeirava-se da janela do sótão que dava para a Igreja e aí adorava Jesus. O seu dia começava pelas 4 da manhã. Ia à Igreja da aldeia para participar na Eucaristia diária e pelas 7 já estava em casa para retomar a dura vida do campo. Tudo decorria com normalidade entre o trabalho do campo e os empenhos do grupo da Imaculada quando, em 1860, rebenta a grande epidemia do tifo. Maín, como era conhecida, foi assistir uns familiares que se recuperavam do mal, mas em contrapartida contraiu ela a doença. Cura-se, mas fica debilitada e impossibilitada de trabalhar no campo. Os planos de Deus são muitas vezes imprevisíveis, mas são sempre planos de amor. Maria vai rezando e pedir conselhos sobre o seu futuro, especialmente ao P. Pestarino, responsável pelo grupo da Imaculada.
  • 30. A luz surgiu e, com a amiga Petronila, começou a aprender costura com o alfaiate da terra. Em breve estavam preparadas e abriram uma sala de costura para ensinar a catequese e ajudarem as meninas da terra a ganhar a vida honestamente. Os pedidos para acolherem meninas órfãs não se fizeram tardar e assim surgiu o 1º internato.
  • 31. Entretanto, em Turim, na mesma zona do Piemonte, D. Bosco fundou uma obra para rapazes da rua e depressa obteve a aprovação do Santo Padre. Foi o mesmo que interpelou D. Bosco a fazer pelas meninas o mesmo que estava a realizar pelos rapazes. Pouco depois, D. Bosco sonhou que um grupo de meninas pobres corriam ao seu encontro, pedindo que cuidasse delas.
  • 32. Por esse tempo, D. Bosco encontrou-se num comboio com o P. Pestarino. Falaram do trabalho em favor da juventude e o P. Pestarino convida D. Bosco a ir a Mornese e aí entra em contacto direto com Maria Mazzarello, as suas colegas e a obra que as Filhas da Imaculada, grupo de leigas fundado pelo P. Pestarino, faziam. D. Bosco percebeu que aí estavam os recursos humanos para iniciar a missão em favor da educação das meninas.
  • 33. A 5 de Agosto de 1872 nasce oficialmente o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Maria Domingas Mazzarello foi a primeira superiora. Foi amada por Irmãs e alunas e conseguiu, com o seu exemplo, ajudar as inúmeras dificuldades e pobreza dos inícios.
  • 34. De dia, Bosco trabalhava e, à noite, escrevia, usando a mesma arma dos inimigos do bem. Fundou uma revista popular mensal – “Leituras Católicas”-”Os inimigos dos jovens lutam sem parar. Por isso, nós também só descansaremos no céu!”. Também nisso queria imitar a São Francisco de Sales, que usou a imprensa como meio para divulgar a fé católica.
  • 35. D. Bosco sonhou com uma região imensa e plana. Viu chegarem em sua direção homens perversos e guerreiros. O chão estava cheio de vítimas.
  • 36. No extremo da planície, um grupo de salesianos aproximava-se para pregar a religião de Cristo. Os selvagens, ao vê-los, lançaram-se com fúria sobre eles e os mataram.
  • 37. Outros missionários se aproximam, tendo jovens à frente. Bosco quer fazê- los recuar para escaparem do perigo. Mas ao verem os garotos e os salesianos, os guerreiros despojam-se das armas e tornam-se mansos cordeiros.
  • 38. A seguir, os missionários juntam-se a eles e ajoelham-se. Os selvagens fazem mesmo largando suas armas. Assim foi sonho de D. Bosco.
  • 39. D. Bosco enviará onze expedições missionárias. No dia 11 de novembro de 1875, D. Bosco entregou o crucifixo de missionário para os dez primeiros salesianos. Seu destino era a América do Sul e foram chefiados por João Cagliero, um dos primeiros alunos. D. Bosco os acompanhou até Gênova, para o embarque.
  • 40. -”Procurai os necessitados e não as riquezas ou honrarias. Cuidai de modo especial dos jovens, dos doentes e dos pobres. Assim, tereis as bênçãos de Deus e a amizade de todos.” A 14 de dezembro de 1875, chegavam em Buenos Aires.
  • 41. Depois de estruturada a congregação na Itália e no exterior, Bosco começou a lançar as bases dos salesianos cooperadores, ou salesianos externos: professores, pais de família, jornalistas e advogados tornaram-se ativistas da juventude como ele. Desde os primeiros tempos do Oratório, D. Bosco tinha cooperadores para a sua Obra. Em 1876, D. Bosco deu-lhe forma definitiva. No início, chamava-se “Pia União”. Escreveu um regulamento, enviando-o ao Papa para sua aprovação. Chegou com um “breve” de Pio IX em 9 de maio de 1876.
  • 42. Para manter unido esse grupo de apóstolos cristãos, iniciou a publicação do “Boletim Salesiano”, uma revista mensal que informava, orientava e estabelecia planos de ação e métodos de trabalho. O primeiro número saiu um agosto de 1877. D. Bosco mandava entregar “a quem quer e a quem não quer”.
  • 43. Os trabalhos missionários tomaram tal vulto, que mais elementos preparados eram sempre requisitados. Para atender candidatos do interior e da cidade, que não tiveram oportunidade para estudar, Bosco abriu cursos para seminaristas adultos em regime intensivo de tempo integral.
  • 44. Em Roma, o Papa Leão XIII chama Bosco e lhe confia uma tarefa: a construção do Santuário do Coração de Jesus. Mesmo sem receber nenhum dinheiro para o empreendimento, ele aceita a incumbência. Sua única solicitação é construir ao lado uma casa para meninos pobres.
  • 45. Quanto mais cresciam suas obras para a juventude, tanto mais o dinheiro se tornava escasso. Como peregrino dos jovens, saiu a pedir auxílio na Itália, França e Espanha. Na França, D. Bosco foi buscar recursos para a construção da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, obra que o Papa o tinha encarregado de fazer. Ficou 4 meses, percorrendo cidades, de 31 de janeiro a 31 de maio de 1883.
  • 46. Mesmo já castigado pelos anos, D. Bosco saiu à procura de meios para construir o Santuário. Em Barcelona, um jovem lhe suplica que o ajude a enxergar. Ele convida o cego a rezarem juntos, pois assim, com fé, Nossa Senhora lhe traria a graça da visão.
  • 47. Voltando da França, D. Bosco confidenciou ao padre Rua, ainda no trem: -”Miguel, lembra daquela choupana da colina dos Becchi? É a minha casa. Que diriam meus amigos de Paris, se soubessem que todos os triunfos eram dirigidos a um pobre pastor de vaquinhas?”.
  • 48. Depois de muitas dificuldades, finalmente o Santuário estava pronto. Na missa de consagração, no dia 14 de maio de 1885, D. Bosco se emociona. No dia 15, celebra a missa no altar de Maria Auxiliadora. Ele chorou muito nesta celebração. O P. Viglietti o acompanhava e perguntou, preocupado, no final da missa: - Que está havendo, Dom Bosco? Sente-se mal? - Tinha, diante dos olhos, viva a cena do meu primeiro sonho, aos nove anos. Eu via e ouvia minha mãe e irmãos discutindo o que eu tinha sonhado…
  • 49. Voltando a Turim, já não tinha mais força para caminhar. Suas palavras de despedida são um testamento de amor aos jovens: “Vamos fazer o bem a todas as pessoas. Diga aos meus jovens que os espero a todos no céu”.
  • 50. No dia 31 de janeiro de 1888, D. João Bosco deixava este mundo. Parecia mais um triunfo do que um luto o seu cortejo. A cidade parou para dizer-lhe um adeus de reconhecida gratidão.
  • 51. Beatificado no dia 2 de junho de 1929 e canonizado no dia 1 de Abril de 1934 por Pio XI. O Papa João Paulo II, por ocasião do centenário da morte, declarou-o: “Pai e Mestre da Juventude”.