Informativo das CEBs - Diocese de São José dos Campos - SP
13º INTERECLESIAL DE CEBs - Arquidiocese de Vitória
1.
2. Arquidiocese de Vitória
Departamento Pastoral
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Atendimento: 2ª a 6ª feiras 13h às 19h
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3. ORIENTAÇÕES GERAIS
Este é um Círculo Bíblico especial. Tem a finalidade de nos
colocar em comunhão com todos os Romeiros e Romeiras, do
campo e da cidade que se reunirão em Juazeiro do Norte – CE,
entre os dias 07 a 11 de janeiro de 2014, celebrando o 13º Encontro
Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base. Neste sentido
não esquecer de combinar alguns aspectos essenciais:
• Este bloco de Círculos Bíblicos é composto por 06 encontros;
• Os Encontros retratam um pouco da vida, da caminhada e da
história de cada uma de nossas Comunidades. Por isso mesmo os
encontros não devem acontecer na Casa da Comunidade (Igreja)
e sim na casa das famílias;
• Formar o maior número de grupos possível envolvendo todas as
forças vivas da comunidade para visitar mais famílias;
• Envolver especialmente os mais jovens (adolescentes, crianças)
para que eles visitem a casa de outros jovens e conheçam um
pouquinho a história da Comunidade;
• Visitar o maior número de casas possível inclusive fazendo os
encontros em mais de uma casa diferente;
• Marcar e avisar com antecedência às famílias que serão visitadas,
começando por aquelas que nunca tenha sido visitadas, recentes
no bairro ou em que há alguma necessidade especial de visita;
• Visitar as casas das famílias que se preparam para receber algum
sacramento (Batismo de filhos ou afilhados; 1ª Eucaristia; o
Matrimônio, etc.);
• Providenciar junto à Comunidade ou à Paróquia a Água Benta
necessária para todos os grupos que irão visitar as casas das
famílias, os apartamentos, os barracos;
• Dentro de cada livro segue um cartaz do 13º Encontro Intereclesial
de CEBs. Levar pelo menos um para fixar no mural da Igreja e os
demais fixar na porta das casas visitadas;
• Guardar esse livro e usá-lo na semana de 07 a 11 de janeiro de
2014 nas Celebrações da Comunidade ou nas visitas às famílias.
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4. É uma maneira de expressarmos nossa Unidade, nossa Comunhão
e nossa participação no encontro em Juazeiro do Norte – CE.
• A marca registrada de quem vai para a Missão, nos diz o Papa
Francisco, deve ser a alegria de ser Discípulo/a Missionário/a de
Jesus Cristo;
• O “Ano da Fé” vai ser concluído. E a Comunidade foi capaz de
sair de si mesma para ajudar e socorrer as ovelhas que estão fora
do rebanho ou se perderam? De que maneira?
• Outros subsídios sobre o 13º Intereclesial de CEBs: www.
cebsuai.org.br; www.adital.com.br; www.cnbb.org.br/cebs;
www.cnbb-sul1.com.br; www.vidapastoral.com.br; tremdascebs.
blogspot.com;
Bom trabalho, irmãs e irmãos,
Equipe de Redação e Elaboração dos Círculos Bíblicos
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
5. APRESENTAÇÃO
A Igreja Católica no Brasil se prepara para um acontecimento especial que vai se realizar no início de 2014, ou seja
a Celebração do 13º Encontro Intereclesial de CEBs, de 07 a
11 de janeiro, em Juazeiro do Norte – Diocese do Crato - CE.
Esta Celebração está em sintonia com as comemorações
dos 50 anos do Novo Pentecostes que aconteceu na Igreja
no Mundo, isto é o 21º Concílio Ecumênico Vaticano II
(1962-1965). A Constituição Pastoral Sacrosanctum Concilium, promulgada em 04/12/1963, foi um dos marcos
deste Concílio. Ela promoveu a Renovação Litúrgica e fez
a Igreja beber nas fontes, nas origens.
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) – Novo jeito
de ser Igreja – especialmente no Brasil e na América Latina, ganharam impulso e espaço a partir daí. No auge das
Ditaduras Militares elas fizeram com que a Igreja chegasse
junto ao Povo de Deus disperso pelo campo e cidade, nas
periferias e nos centros urbanos. Reunidas sob barracas,
nas garagens, debaixo de árvores, nos centros comunitários, e outros lugares, ali estava o povo, com as suas alegrias e esperanças, dores e angústias. Ali estava a Igreja,
mais do que templo – Igreja, Povo de Deus.
Como é possível perceber é muita história, é muita fé, é
muita vida para celebrar nesta Caminhada de Comunidades
Eclesiais de Base. O 13º Encontro Intereclesial de CEBs,
que começou em Vitória do Espirito Santo, sob as bênçãos de D. João Batista da Motta e Albuquerque e D. Luiz
Gonzaga Fernandes, chega a Juazeiro do Norte – CE com
muitos outros novos desafios.
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6. É tempo de arregaçar as mangas, celebrar as vitórias e
as conquistas. É tempo também de nos deixarmos iluminar
pelo força do Espírito. Assim, ouvindo o que Ele diz às
Igrejas, e sob o cajado do Papa Francisco, buscar seguir em
frente em direção a Jesus Bom Pastor, que cuida de cada
uma das suas ovelhas com carinho.
“Olhando o passado, prá animar o presente, em rumo ao
futuro, nossa caminhada será iluminada não fica no escuro.
Vamos irmãs e irmãs lutar por esse mundo novo, com fé no
Deus que ama, nos salva e nos liberta”.
Bom trabalho, a todos e todas. Que Nossa Senhora, de
muitos títulos, o Padim Padre Cícero Romão Batista, profeta do Nordeste, com os Beatos João XXIII e João Paulo
II, e todos os outros Beatos e Beatas populares, nos acompanhem nessa Romaria.
Pe. Manoel David Neto
Equipe de Redação e Elaboração dos Círculos Bíblicos do CEBI-ES
Vitória, 12 de outubro de 2013
Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
Rainha e Padroeira do Brasil
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7. ORAÇÃO PARA
TODOS OS DIAS
Homem: Deus da vida e do amor, / Pai de Jesus e Pai nosso,
Santíssima Trindade, a melhor comunidade:
Abençoai as nossas CEBs, / rumo ao 13º Intereclesial,
que iremos celebrar no coração alegre e forte do Nordeste,
Nas terras do Pe. Cícero e do Pe. Ibiapina,
Do beato Zé Lourenço e da beata Maria de Araújo
e de tantos sofredores e lutadores,
profetas e mártires da caminhada,
no Brasil, em Nossa América,
no Mundo solidário.
TODOS:VEM,VEM,VEM!VEM ESPÍRITO SANTO DEAMOR.
VEM A NÓS, TRÁS À IGREJA UM NOVO VIGOR!
Mulher: Ajudai-nos a reacender sempre mais
A nossa paixão pelo Reino, no seguimento de Jesus.
À luz da Bíblia e na mesa da Eucaristia,
Na opção pelos pobres,
em diálogo ecumênico e ecológico,
na defesa dos Direitos Humanos,
sobretudo dos Povos Indígenas e Quilombolas.
TODOS:VEM,VEM,VEM!VEM ESPÍRITO SANTO DEAMOR.
VEM A NÓS, TRÁS À IGREJA UM NOVO VIGOR!
Homem: No cuidado d a Terra, nossa mãe
Em família e a comunidade eclesial,
No trabalho, na política, no movimento popular,
Crianças, jovens e adultos, mulheres e homens.
Denunciando a economia neoliberal
Dos grandes projetos depredadores,
da seca, da cerca, do consumismo e da exclusão.
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8. TODOS: VEM, VEM, VEM! VEM ESPÍRITO SANTO DEAMOR.
VEM A NÓS, TRÁS À IGREJA UM NOVO VIGOR!
Homem/Mulher: Mãe das Dores e das Alegrias,
Ensinai-nos a sermos CEBs romeiras do Reino,
No campo e na cidade,
fermento de justiça, de profecia e de esperança pascal.
Proclamando a Boa Nova do Evangelho
sobretudo com a própria vida, que é
“o melhor presente que Deus nos deu”.
Amém, axé, auerê, aleluia!
TODOS: VEM, VEM, VEM! VEM ESPÍRITO SANTO DEAMOR.
VEM A NÓS, TRÁS À IGREJA UM NOVO VIGOR!
(Texto da Oração: D. Pedro Casaldáliga – Bispo Emérito de
São Félix do Araguaia – MT)
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9. 1º ENCONTRO
Tema: “CEBs ROMEIRAS”
01 – PREPARANDO O AMBIENTE
Colocar ao centro a Bíblia, vela, fotos de romarias ou símbolos
que recordem um pouco da história da Comunidade, frutas
da época que possam ser partilhadas no final. Cartaz com o
trenzinho das CEBs ou com o tema do encontro.
02 – ACOLHIDA
Acolher a todos e todas, destacando a importância desses
encontros para o fortalecimento dos Círculos Bíblicos. Que
todos se sintam em casa e acolhidos pelo jeito simples de ser
das Comunidades Eclesiais de Base.
Canto: Seja bem-vindo quem chega
3 – SAUDAÇÃO INICIAL
Animador/a: Irmãs e irmãos, cheios de esperança nos encontramos para celebrar a nossa fé em comunhão com todas as Comunidades Eclesiais de Base, do campo e da cidade. Cantemos:
TODOS/AS: EM NOME DO PAI, EM NOME DO FILHO,
EM NOME DO ESPÍRITO SANTO, ESTAMOS AQUI! (Bis)
04 – INTRODUÇÃO
Animador/a: Estamos iniciando hoje este Bloco de Círculos Bíblicos refletindo sobre a caminhada das Comunidades Eclesiais
de Base (CEBs) em preparação ao grande encontro: o 13º Intereclesial de CEBs que acontecerá de 07 a 11 de janeiro de 2014,
em Juazeiro do Norte – Diocese de Crato – Ceará. Ele acontece
na Terra de Padre Cícero e o tema é “Justiça e Profecia a serviço
da vida”.
Leitor/a 2: Em todos os tempos, povos, culturas e religiões diferentes,
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10. sempre houve peregrinações e romarias. Com o povo da Bíblia
também sempre foi assim. O Povo de Deus, no Antigo Testamento, sempre peregrinou de um lado para o outro, por diversos motivos – mas principalmente religiosos – as romarias.
Leitor/a 1: Assim foi também na época de Jesus. Desde pequeno
Ele foi com a sua família, seu clã, em Romaria até Jerusalém,
especialmente na época da Festa da Páscoa.
TODOS: SOU, SOU TEU, SENHOR, SOU POVO NOVO,
RETIRANTE E LUTADOR. DEUS DOS PEREGRINOS,
DOS PEQUENINOS, JESUS CRISTO REDENTOR.
Leitor/a 2: Assim acontece também com o Povo de Deus ao longo da história e nos dias de hoje, especialmente com as nossas
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) nas diferentes regiões
do Brasil.
CANTO: Bendito dos Romeiros
05 – PARTILHANDO A VIDA
Leitor/a 1: Dom Fernando Panico – bispo diocesano de Crato
- CE, vai acolher o 13º Encontro Intereclesial de CEBs. Apresentando-nos aquela Igreja ele nos diz: “O rosto da Igreja de
Crato tem em seus traços uma Igreja acolhedora, romeira,
solidária, samaritana, educadora, missionária, fortemente eucarística e mariana”.
Para Conversar:
Quais características, apresentadas pelo Bispo de Crato, estão presentes em nossas Comunidades atualmente? Porquê?
06 – ORAÇÃO (para todos os dias)
07 – SITUANDO O TEXTO BÍBLICO
Leitor/a 1: O livro de Deuteronômio onde está o texto que vaPágina 10
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11. mos refletir hoje é o quinto livro do chamado Pentateuco, que os
judeus denominam de “Lei” ou Torá.
Leitor/a 2: O texto é uma profissão de fé: faz memória de tempos e lugares diferentes. As experiências de romarias são muito
comuns nos relatos do povo da Bíblia.
Canto: A Palavra de Deus vai chegando vai
08 – TEXTO BÍBLICO: Dt 26,5-11
O texto bíblico seja lido de maneira que todas as pessoas
possam acompanhar e entender. Preparar a leitura com
antecedência. Após a proclamação, motivar para um
momento de silêncio.
09 – PARTILHANDO A PALAVRA
a) Retomar a história das famílias presente no texto bíblico –
as mudanças de lugar – quais são os acontecimentos descritos?
b) Conversar sobre os versículos 10 e 11 – qual o significado
deles para o povo daquela época?
c) Enquanto comunidade cristã, o que podemos aprender
com essa leitura?
10 – GESTO CONCRETO
Animador/a: A Igreja nasce romeira e missionária. Ela cresce
a partir das pequenas Comunidades do Segundo Testamento.
Nessas comunidades a Igreja vai se fortalecendo quando vai ao
encontro do povo. E o povo se identifica com Igreja, pois ela é
próxima de seus desafios e de sua fé.
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12. Leitor/a 1: Após o Concílio Vaticano II a Igreja saiu dos grandes
centros urbanos, das grandes matrizes e foi para as periferias. As
pequenas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) se tornaram
um espaço de acolhida das pessoas, tanto no campo, quanto na
cidade. A Igreja se tornou povo de novo e esteve mais próxima
das pessoas e de suas necessidades em geral.
Escolher uma comunidade que está nascendo ou é pequenina,
e como grupo de círculo bíblico fazer uma visita e rezar juntos.
11 – CELEBRANDO A VIDA
Retomar neste momento os elementos simbólicos que contam
um pouco da história da Comunidade ou Paróquia, falando
seus significados. Podem ser acrescentados outros aspectos.
Animador/a: Somos convidados a nos tornarmos cada vez mais
uma Igreja de Comunidades Romeiras. Queremos apresentar a
Deus os frutos da nossa história de caminhada e manifestar a nossa fé com este Credo das CEBs.
TODOS: CREIO, SENHOR, MAS AUMENTAI MINHA FÉ!
(cantar)
1. Nós cremos em Deus Criador/ Senhor de toda religião / E Pai de todo ser.
La longe da inquisição / Os credos são diversos. /
Nós cremos no mistério do amor que vai vencer.
E nós cremos na Igreja Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós…
TODOS: CREIO, SENHOR, MAS AUMENTAI MINHA FÉ!
(cantar)
2. Nós cremos em Jesus / Que prometeu justiça aos pobres
E ensinou discípulos a não querer poder /
Não cremos nos pastores aliados com os nobres
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13. Eles serão os últimos / É preciso crer para ver
E nós cremos na Igreja Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós…
3. Nós cremos no Espírito / Que incita com seu povo
Os corações proféticos / A levantar a vós / Contra toda exclusão.
A vida está em jogo / Trata a luta é pra já / Aleluia é pra depois!
E nós cremos na Igreja Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós…
4. Estamos com Maria e também com Madalena
Queremos mais amor de mãe e carinho de mulher
Tradições de homens só não valem mais
Nós cremos em Débora, Sara e Ester…
E nós cremos na Igreja Mãe que é comunidade
E tem sabor de CEBs para nós…
Canto: Pão em Todas as mesas
12 – PAI NOSSO E AVE MARIA (motivar)
13 – AVISOS
- Convidar alguma pessoa que já participou de um Encontro
Intereclesial de CEBs, ou irá participar do 13º Encontro, em Juazeiro
do Norte (CE) representando a Comunidade, Paróquia (Arqui)
Diocese para partilhar experiências ou expectativas.
- Sugestão: Verificar se na sua região está sendo organizada alguma
caravana para Juazeiro do Norte (CE). Haverá possiblidade de
participação geral do povo nos grandes momentos celebrativos.
- Combinar com antecedência se vai haver uma Confraternização
geral entre os diversos grupos da Comunidade ou Paróquia.
14 – ORAÇÃO FINAL
Animador/a: Senhor sois o amparo dos que em vós esperam, olhai
por nossas Comunidade Eclesiais de Base e redobrai de amor
para conosco, a fim de que seguindo o exemplo da Santíssima
Trindade a melhor comunidade, sejamos uma comunidade mais
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14. acolhedora e fraterna. Ajudai-nos a testemunhar a unidade e a
comunhão e que sejamos sinal da justiça e do amor que constrói
o vosso reino que também é nosso. Vos pedimos por Jesus Cristo
vosso filho e nosso irmão na unidade do Espírito Santo. Amém!
15 – BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: O Deus da vida e da resistência que nos ensina a
sermos comunidades romeiras, nos dê a graça de vivermos em
fraterna comunhão e ajuda mútua; que Ele derrame sobre nós a
sua graça e o seu axé. Amém. Abençoe-nos o Deus....
CANTO: Ensina teu povo a rezar
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15. 2º ENCONTRO
Tema: “CEBs PROFÉTICAS’’
1 – PREPARANDO O AMBIENTE
Colocar a Bíblia em lugar de destaque. Colocar também: uma
vela acesa, cruz, óleo, camisa ou fotos de Mártires, flores,
panos coloridos e ou cangas coloridas. O ambiente pode ser
preparado no chão ou em cima da mesa.
02 – ACOLHIDA
A acolhida pode ser feita por alguém da casa ou por algum
jovem da Comunidade; que seja bem aconchegante de
preferência com um abraço.
Canto: Seja bem vindo, olé lê/ Seja bem vindo, olá lá. Paz e
bem pra você que veio participar.
03 – SAUDAÇÃO INICIAL
Animador/a: Irmãos e irmãs, como filhos e filhas do mesmo Pai
nos reunimos para celebrar o segundo encontro de Circulo Bíblico rumo ao 13º Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base.
Por isso cantemos com alegria saudando a Santíssima Trindade.
TODOS: EM NOME DO PAI QUE NOS CRIOU, E DO FILHO QUE NOS SALVOU E DO ESPIRITO SANTO QUE
NOS UNE POR AMOR. / AMÉM, AMÉM, AMÉM (3x)
PARA TODO E SEMPRE AMÉM!
04 - INTRODUÇÃO:
Animador/a: Maior centro do Catolicismo Popular da América
Latina e segundo maior centro de Romarias do Brasil, Juazeiro
do Norte, é um lugar de permanente peregrinação. É um povo
que está em constante experiência com a seca. É uma vida de
sacrifícios e pobreza.
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16. Leitor/a 2: Além disso o povo é obrigado a conviver com os
desmandos políticos. Mas, Juazeiro do Norte é uma Cidade Santuário onde as pessoas encontram conforto, esperança, solidariedade, confraternização e alegria.
TODOS: EIS-ME AQUI SENHOR...
Leitor/a 1: Em épocas de romarias os romeiros entram na cidade
em ônibus e caminhões paus de arara, cantando benditos e com
expressão de coletiva felicidade. É com essa devoção popular que
Juazeiro do Norte receberá romeiros e romeiras do Brasil e da
América Latina para o 13º Encontro Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base, em janeiro de 2014.
TODOS: EIS-ME AQUI SENHOR...
Leitor/a 2: Acontecimentos como esses são sinais proféticos da
presença de Deus junto à vida daquelas pessoas e das Comunidades Eclesiais de Base que ali se farão representar. São as CEBs
Romeiras e Proféticas a serviço da vida e do Reino.
Canto: Pelo Batismo recebi uma missão
05 - PARTILHANDO A VIDA:
Animador/a: O tema do 13º Intereclesial é “Justiça e Profecia a
Serviço da vida”. A Profecia sempre toca o conjunto de aspectos
da vida: a política, as leis, a religião e a autoridade. Os profetas e
profetizas são pessoas do povo, que vivem a vida nas buscas e nas
incertezas, como todas as outras pessoas humanas. Eles procuram
não agir isoladamente e buscam falar aquilo que Deus ordena.
Vamos Conversar:
- De que maneira a Profecia está presente nos tempos atuais?
(Nas nossas Comunidades Eclesiais de Base e na sociedade).
Porquê?
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17. CANTO: Se calarem a voz dos profetas.
06 - ORAÇÃO INICIAL (para todos os dias)
07 - SITUANDO O TEXTO BÍBLICO:
Leitor/a 1: O Profeta Jeremias é originário de Anatot, uma cidade do interior, no reino de Judá. Ele pertencia ao mundo camponês e ainda jovem foi chamado para ser profeta.
Leitor/a 2: Sua missão de profeta não surgiu por acaso. Ele vivenciava um tempo de opressão dos latifundiários contra os pequenos camponeses que resultou em miséria e fome.
CANTO: Fazei ressoar a palavra de Deus em todo lugar.
Enquanto se canta um/a jovem pega a Bíblia que está no ambiente
e faz uma coreografia dançando com o livro da Palavra.
08 - TEXTO BÍBLICO – Jr 1,1-10
O texto bíblico seja lido de maneira que todas as pessoas possam
acompanhar e entender.
Animador/a: Num instante de silêncio, vamos interiorizar a Palavra que acabamos de ouvir. Após o silêncio cada um pode falar
uma palavra que mais chamou atenção no texto.
09 – PARTILHANDO A PALAVRA:
a. Destacar o contexto, o tempo e qual é o chamado que o profeta Jeremias recebe.
b. Conversar sobre a resposta inicial do profeta Jeremias e a
garantia que ele recebe de quem o chama.
c. Profetas e Mártires dos nossos tempos: quem conhece alguma história, as motivações e o chamado que receberam?
CANTO: Antes que te formasse dentro do seio de tua mãe.
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18. 10 - GESTO CONCRETO:
Animador/a: Os profetas e profetisas não são videntes, mas pessoas
antenadas com o seu tempo, os seus dias, o seu povo e em sintonia
com a vontade de Deus. São muitos os apelos ou chamados que
Deus tem deixado em nossa realidade de povo, comunidade eclesial
e social para um maior envolvimento e engajamento da nossa fé.
Escolher um gesto concreto como resposta aos chamados de
Deus em nossos dias. Buscar um gesto que não seja apenas
“fogo de palha”, mas um compromisso a ser feito como grupo
e começar a realizá-lo.
11 – CELEBRANDO A VIDA
Convidar as pessoas para ficarem em círculo em volta do ambiente,
para esse momento. Acender uma vela a cada vez que cantar.
Animador/a: Jesus, ressuscitado e presente no nosso meio, testemunha um caminho de salvação não tanto porque sofreu demais,
mas porque amou demais. Jesus se doou integralmente. Viveu
consolando os aflitos e incomodando os consolados.
Leitor/a 1: Colocar a vida em risco por amor aos pobres que,
em movimento, se rebelam contra todas as opressões, é estar em
sintonia com Jesus e com seu projeto. Diante de tantas injustiças
que bradam aos céus não dá para ficar calado. “Se calarem a voz
dos profetas, as pedras falarão.”
Leitor/a 1: Unidos e unidas como irmãos vamos rezar fazendo
memória dos profetas e mártires de nossos tempos.
TODOS: PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ, QUE DOAR
A VIDA PELO IRMÃO (cantar)
Leitor/a 2: Chico Mendes, Xapuri, no Acre e Padre Ezequiel Ramin, Cacoal, em Rondônia;
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19. TODOS: PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ, QUE DOAR A....
Leitor/a 1: Padre Josimo Tavares, em Imperatriz, MA e Irmã Dorothy e os Sem Terra, no Pará;
TODOS: PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ, QUE DOAR A....
Leitor/a 2: Padre Gabriel Maire, Francisco Domingos Ramos no
Espírito Santo;
Leitor/a 1: Francisco Anselmo e Dorcelina Follador, no Mato
Grosso do Sul;
Leitor/a 2: Os fiscais em Unaí, e os Sem Terra, em Felisburgo, MG.
(Continuar lembrando outros nomes...)
CANTO: O DEUS QUE ME CRIOU
12 – PAI NOSSO e AVE MARIA (motivar)
Animador/a: Os profetas e as profetisas da Bíblia não tinham um canal
de comunicação direta com Deus, como se fossem pessoas privilegiadas. Deus não ditava-lhes as profecias. Rezemos ao Pai pedindo que Ele
reforce a capacidade profética que todos nós temos. PAI NOSSO......
13 – AVISOS
- Já houve Celebração do Ano da Fé na sua região? Como
andam esses preparativos?
- Convidar alguma pessoa que já participou de um Encontro
Intereclesial de CEBs, ou irá participar do 13º Encontro, em
Juazeiro do Norte (CE) representando a Comunidade, Paróquia
(Arqui)Diocese para partilhar experiências ou expectativas.
- Sugestão: Verificar se na sua região está sendo organizada
alguma caravana para Juazeiro do Norte (CE). Haverá
possiblidade de participação geral do povo nos grandes
momentos celebrativos.
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20. 14- ORAÇÃO FINAL
Animador/a: Ó Deus dos que caminham, envia teus mensageiros para nos proteger em nossa caminhada! Acompanha-nos com
tua própria presença no dia a dia! Acima de tudo, dá-nos a graça
de vivermos sempre em comunhão contigo! Por Cristo, nosso
Senhor. Amém.
15- BÊNÇÃO FINAL
Pegar a vasilha com o óleo. As pessoas vão ungindo umas às outras
(mãos ou olhos ou fronte, etc). Em seguida reza-se a oração abaixo.
Animador/a: Unge-me Senhor - Unge minha cabeça para que todos os
meus pensamentos saiam da fonte de teu ser. Para encher-me de graça.
Unge meus olhos, para que possa enxergar Tua presença e providência
claramente.
Unge meus ouvidos, para que possa escutar o grito dos pobres em
volta de mim / E o sussurro de Tua Palavra.
Unge meus lábios, para que possa proclamar a Boa Notícia de tua
missão. E o significado de Jesus Cristo.
Unge minhas mãos, para ajudar muitas vidas que estão quebradas.
Pra que eu possa fazer o bem, fazer o que devo, para trazer esperança
ao desesperado.
Unge meus pés, para caminhar no teu caminho, correr e nunca cansar,
Ficar firme para a justiça, sem medo!
Ó Deus, Pai e mãe da criação. /Fonte de toda vida pela força maternal
de teu Espírito, / Agora e sempre. Amém.
TODOS: ABENÇOE-NOS O DEUS TODO PODEROSO, O
PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO. AMÉM!
Canto: É por causa do meu povo machucado.
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
21. 3º ENCONTRO
Tema: CEBs ROMEIRAS DO REINO NO CAMPO E NA CIDADE
01 – PREPARANDO O AMBIENTE
Tapete ou toalha no chão bem colorido. Bíblia em lugar de
destaque (dentro de uma panela de barro ou peneira...), flores,
13 velas, cartaz do 13º Intereclesial, símbolos da cultura
nordestina e também da região, recorte, livretos, revistas,
fotos de sua comunidade..., cartaz da caminhada das Cebs e
dos Intereclesiais, alimentos para partilha.
02 - ACOLHIDA:
Família que acolhe: Sejam todos/as bem-vindos/as a esta casa.
Estamos felizes em acolher as crianças, os jovens, a vovó e o
vovô; enfim a todos vocês. E para expressar a nossa alegria em
receber cada um de vocês podemos cantar:
Canto: Você que está chegando bem vindo
03 - SAUDAÇÃO INICIAL:
Animador/a: Irmãos e irmãs é com grande alegria e animação
que saudamos a Santíssima Trindade que sempre está presente
em nossa caminhada por justiça e pela vida.
TODOS: EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO
SANTO, AMÉM! (Continuar como de costume)
04 - INTRODUÇÃO:
Animador/a: Estamos nos aproximando do 13º Encontro Intereclesial de Cebs, que acontecerá em Juazeiro do Norte-Ceará,
terra marcada por grandes romarias.
TODOS: IGREJA É POVO QUE SE ORGANIZA, GENTE
OPRIMIDA BUSCANDO A LIBERTAÇÃO, EM JESUS
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22. CRISTO A RESSURREIÇÃO.
Leitor/a 1: A peregrinação de romeiros e romeiras é um fenômeno universal em quase todas as religiões. É a história da busca da
terra prometida. Essa história do povo de Deus vem desde o Primeiro Testamento até os romeiros de hoje, no campo e na cidade.
TODOS: VAMOS FAZER IGREJA VIVA, CEBs EM MUTIRÃO, PRÁ LIBERTAR NOSSA AMÉRICA LATINA DA
HUMILHANTE ESCRAVIDÃO
Leitor/a 2: Toda romaria é uma saída da casa, do trabalho. Tudo
fica para trás: a rotina, a casa, o ambiente dos amigos, do trabalho, até mesmo a família. Quem vai, busca a bênção. E quem fica,
fica esperando pelas bênçãos que se vai buscar e trazer.
TODOS: SOU, SOU TEU SNHOR, SOU POVO NOVO CAMINHANTE E LUTADOR.
Leitor/a 1: A romaria é chegar até onde está a graça de Deus. Ela
pode estar concentrada na ajuda do/a santo/a. É chegar ao espaço
da graça, do perdão, da esperança, do agradecimento, à fonte de
vida. Chegar até o/a Santo/a é visitar não um desconhecido, e sim
é visitar um/a velho/a amigo/a.
TODOS: SOU CAIPIRA, PIRA PORA NOSSA, SENHORA
DE APARECIDA...
Animador/a: No dia a dia, nossa casa é o centro de nosso mundo. Na hora da romaria o peregrino deixa seu centro de referência
costumeiro e caminha em direção a outro centro, onde ele projeta
valores, desejos, sonhos que motivam a sua peregrinação na terra.
Canto: Nós somos o povo
PARTILHANDO A VIDA:
Animador/a: No Brasil e também no mundo apesar das mudanPágina 22
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
23. ças e das crises financeiras e sociais tem havido uma melhora na
condição de vida para uma grande parcela da população.
Leitor/a 1: Diferente das visitas aos cruzeiros ou santuários religiosos, em tempo de seca ou de dificuldades para pedir chuva e proteção, hoje sabemos que as pessoas estão viajando mais. Inclusive tem
crescido muito o chamado Turismo Religioso, aqui e no exterior.
Para Conversar:
Quais são as motivações que temos para fazer uma Romaria e
quais são as motivações para o Turismo Religioso? Há diferenças?
06 – ORAÇÃO INICIAL (todo os dias)
Canto: Baião das comunidades.
07 - SITUANDO O TEXTO BÍBLICO:
Leitor/a 1: O texto que vamos partilhar é do Evangelho da Comunidade de Lucas. São as memórias da caminhada de cristãos
e cristãs espalhados pelas Comunidades da Ásia menor, entre os
anos 80 e 90 EC (era comum).
Leitor/a 2: A comunidade de Lucas se preocupou em descrever
alguns aspectos sobre a origem de Jesus e sobre a sua família.
Ele é apresentado como alguém que vai aprendendo a viver a
vida humana como qualquer outro homem, assumindo-se como
peregrino e romeiro, de acordo com a sua religião: o judaísmo.
Canto: Chegou a hora.
08 - TEXTO BÍBLICO – Lc 2,41-52
Convidar a pessoa mais antiga da comunidade para fazer a
proclamação deste texto, porém é importante que seja feita
mais de uma vez em bíblias com linguagem diferentes para
facilitar a compreensão.
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 23
24. 09 - PARTILHANDO A PALAVRA
a) Destacar os principais pontos da Romaria feita pela Família
de Nazaré, contada aqui pela Comunidade de Lucas.
b) Quais eram as motivações daquela romaria descrita nesse Evangelho?
c) Lembremos da história de nossa Comunidade Eclesial de
Base e as romarias que fizemos. Ligar com a romaria que a
Comunidade de Lucas nos apresenta.
Canto: Nossa alegria
10 - GESTO CONCRETO:
Resgatar a história da Comunidade ou paróquia, com as suas principais
manifestações de romaria, caminhadas pela vida e pela justiça,
peregrinações e procissões. Apresentar de forma alegre e dinâmica
para que não se perca a história e a caminhada construída até aqui.
11 - CELEBRANDO A VIDA
Animador/a: Jesus é companheiro na caminhada de seu povo. Ele se faz
romeiro no meio de nós nestes dois mil anos de história. Sem esquecer os
riscos, os desafios e perigos que ainda ameaçam nossos sonhos e nossa caminhada, queremos agora rezar agradecendo especialmente a presença de
Jesus nestes 40 anos de caminhada das Cebs e dos Encontros Intereclesiais.
Após cada agradecimento, fazendo memória da caminhada
dos Encontros Intereclesiais de Cebs, acende-se uma vela em
sinal de que a luz do Senhor iluminou e continua iluminando
a nossa caminhada de romeiros e romeiras do Reino.
Leitor/a 1: “Uma Igreja que nasce do povo pelo Espírito Santo
de Deus”. (Vitória – ES – 1975 – 70 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARA
VILHAS, LOUVEMOS O SENHOR!
(Cantar).
Página 24
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
25. Leitor/a 2: “Igreja, povo que caminha”. (Vitória – ES – 1976 –
100 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 3: “Igreja, povo que se liberta”. (João Pessoa – PB – 1978
– 200 pessoas) TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 1: “Igreja, povo oprimido que se organiza para a libertação”. (Itaici – SP – 1981 – 300 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 2: “Igreja, povo unido, semente de uma nova sociedade”. (Canindé – CE – 1983 – 500 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 3: “Cebs, Povo de Deus em busca de Terra Prometida”.
(Trindade – GO – 1986 – 1647 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 1: “Povo de Deus na América Latina a caminho da libertação”. (Duque de Caxias – RJ – 1989 – 2500 pessoas).
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 2: “Povo de Deus renascendo das culturas oprimidas”.
(Santa Maria – RS – 1992 – 2800 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 3: “Cebs, Vida e Esperança nas massas”. (São Luiz, MA
– 1997 – 2800 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 1: “Cebs: Povo de Deus, 2.000 anos de caminhada”.
(Ilhéus – BA – 2000 – 3000 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 2: “Cebs, Espiritualidade Libertadora: seguir Jesus no com13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 25
26. promisso com os excluídos”. (Ipatinga – MG – 2005 – 3600 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS....
Leitor/a 3: “Do ventre da Terra, o grito que vem da Amazônia”.
(Porto Velho – RO – 2009 – 4000 pessoas)
TODOS: POR NÓS FEZ MARAVILHAS...
Leitor/a 1: “Justiça e profecia a serviço da Vida” (Juazeiro do Norte
– CE – 07-11 de janeiro de 2014 - previsão de 5000 participantes)
(acender a 13ª vela e cantar)
Canto: Trem das Cebs.
12 - PAI NOSSO
Animador/a: Vamos dar as mãos formando uma corrente. Rezemos
por todas as pessoas que estão envolvidas na preparação do 13º Intereclesial. De maneira especial rezemos pelas famílias que irão acolher
leigos/as, religiosos/as, bispos, padres, pastores/as, enfim os delegados/
as do Intereclesial. Pai Nosso
13 - AVISOS:
- Convidar alguma pessoa que já participou de um Encontro
Intereclesial de CEBs, ou irá participar do 13º Encontro, em
Juazeiro do Norte (CE) representando a Comunidade, Paróquia
(Arqui)Diocese para partilhar experiências ou expectativas.
- Sugestão: Verificar se na sua região está sendo organizada
alguma caravana para Juazeiro do Norte (CE). Haverá
possiblidade de participação geral do povo nos grandes
momentos celebrativos.
- Combinar com antecedência se vai haver uma
Confraternização geral entre os diversos grupos da
Comunidade ou Paróquia.
14 - ORAÇÃO FINAL:
Animador/a: Ó Deus, Pai e Mãe de todos nós. Acolhei a nossa
caminhada. Alimentai a chama viva da preparação do 13º Intereclesial de Cebs. Despertai em nós e em nossas Cebs uma nova
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
27. força, um novo ânimo. Fortalecei nossa caminhada de romeiros
e romeiras e ajudai-nos a enfrentar os desafios e obstáculos do
tempo presente. Que o Espírito Santo ilumine as nossas lutas,
desperte a nossa sabedoria, a nossa vocação de missionários e
missionárias. Nós te pedimos isso, comprometendo-nos a seguir
teu Filho Jesus Cristo, nos caminhos da história e na construção
de outro mundo possível.
Todos: Amém!
15 - BÊNÇÃO:
Animador/a: - Que o Pai Criador, ao longo desta caminhada romeira, nos guarde sob as asas de sua proteção. AMÉM!
- Que o Filho de Deus, Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida,
seja a nossa companhia. AMÉM!
- Que o Divino Espírito ilumine nossas mentes, aqueça os nossos
corações e nos encha de alegria. AMÉM!
Canto: Antes que te formasse
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 27
28. 4º ENCONTRO:
Tema: “ONDE FOI QUE ARRANJOU TANTA SABEDORIA?” (Mc 6,2)
01 – PREPARANDO O AMBIENTE
Colocar a Bíblia, vela, terço, objetos que lembrem a vida no
campo e na cidade. Colocar também sacola ou mochila, par
de chinelos, cartaz do 13º Encontro de CEBs e o tema de hoje.
02 – ACOLHIDA
Preparar a acolhida com antecedência. De preferência que seja
feita pela família que acolhe.
TODOS: QUE BOM QUE VOCÊ, QUE BOM QUE VOCÊ VEIO.
FOI O AMOR DE CRISTO QUE TE TROUXE ATÉ AQUI.
03 – SAUDAÇÃO INICIAL
Animador/a: Cantemos juntos.....
TODOS: EM NOME DO PAI QUE NOS CRIOU, DO FILHO QUE NOS SALVOU E DO ESPÍRITO SANTO QUE
NOS UNE POR AMOR. AMÉM, AMÉM, AMÉM (3x). PARA
TODO SEMPRE, AMÉM.
CANTO: Antes que te formasses
04 – INTRODUÇÃO
Animador/a: A vida no campo sempre girou em torno dos espaços próprios e mais ou menos fixos: religiosos, de compras, de
trabalho e divertimento e relacionamento mais simples.
Leitor/a 1: A cidade desafia a vivência da fé em nossas CEBs,
pois modifica essa ideia de espaço e principalmente de relacionamentos. Muitas pessoas que foram para a cidade, mesmo quando
fracassaram não retornaram, e preferindo ficar. Elas acham que o
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
29. fracasso é delas e nunca da cidade.
TODOS: JESUS CRISTO ME DEIXOU INQUIETO, NAS
PALAVRAS QUE ELE PROFERIU....
Leitor/a 2: A caminhada de Fé do nosso povo e de nossas comunidades é forte e histórica. Porém, ela é constantemente desafiada
pela mudança de época e principalmente por essa época de mudanças em que vivemos.
Animador/a: Diante de tantos desafios, a Romaria se torna um
momento de alegria, pois permite celebrar a fé dos que caminham
confiantes em busca de um mundo mais justo e fraterno. Eles
põem a sacola nas costas e sandália nos pés para fazerem longas
jornadas. Vão ao santuário, ao lugar sagrado para pedir ou agradecer, por suas necessidades ou graças recebidas.
TODOS: JESUS CRISTO ME DEIXOU INQUIETO, NAS
PALAVRAS QUE ELE PROFERIU....
05 – PARTILHANDO A VIDA
Animador/a: A origem primeira das CEBs aconteceu em torno
dos Círculos Bíblicos, das Celebrações da Liturgia, das lutas sociais, etc. As pessoas se reuniam para rezar, debater, cobrar melhores condições de vida, organizar mutirões, etc.
Leitor/a 1: Tudo isso continua muito importante ainda. Muitos
outros desafios porém, foram surgindo na vida de nosso povo,
tanto no campo quanto na cidade. E as CEBs são chamadas a
responder a esses desafios. É necessário um maior espírito comunitário para superar o isolamento e o anonimato.
Para Conversar:
- Quais as principais mudanças que aconteceram em nossas
CEBs e em nossas vidas nos últimos quarenta anos? Como
enfrentar esses desafios em nossos dias?
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
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30. Canto: O Povo de Deus
06 – ORAÇÃO (para todos os dias)
07 – SITUANDO O TEXTO BÍBLICO
Leitor/a 1: O Evangelho da comunidade de Marcos foi escrito por
volta do ano 70 E.C. (era comum). A comunidade faz memória de
Jesus como Profeta, em continuidade com o Primeiro Testamento.
Leitor/a 2: De acordo com a Comunidade de Marcos, Jesus continua a sua peregrinação. Mas, em Nazaré da Galileia, mesmo diante
da estranheza dos seus conterrâneos que não o aceitavam, Ele assumiu a sua missão de profeta. Jesus viveu em constante romaria.
Animador/a: cantemos anunciando o Evangelho:
“Vidas pela vida, vidas pelo reino, vidas pelo Reino. Todas as nossas vidas, como as suas vidas, como a vida D’ele, o mártir Jesus.”
08 – TEXTO BÍBLICO: Marcos 6,1-6
(Este texto pode ser dramatizado envolvendo outras pessoas
do grupo)
09 – PARTILHANDO A PALAVRA
Animador/a: Durante um instante de silêncio deixemos que
Deus continue falando ao nosso coração.
a) Conversar sobre as perguntas que os conterrâneos de Jesus se faziam.
b) Por que o ensinamento de Jesus na sinagoga de Nazaré
causou admiração e surpresa aos seus conterrâneos?
c) Os profetas e profetisas dos nossos dias quem são e em
nome de quem eles falam?
10 – GESTO CONCRETO
Animador/a: A profecia não significa ser vidente, mágico ou coisa
parecida. Comunidades proféticas são aquelas não vivem uma fé tipo
“água com açúcar”, ou seja, deixar as coisas como estão para não incomodar a gente nem os outros. Comunidades proféticas são aquelas
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
31. que buscam questionar os acontecimentos que não agradam a Deus,
especialmente quando agridem a vida dos filhos e filhas de Deus.
Que situações estão tirando a dignidade das pessoas na realidade
próxima do grupo? Que compromisso ou parcerias precisamos
assumir para denunciar essa realidade que não agrada nem a
Deus e nem aos irmãos?
11 – CELEBRANDO A VIDA
Animador/a: Há profetas e profetisas em nossas comunidades que
continuam assumindo o seu Batismo no seguimento do Profeta Jesus. Elevemos a Deus nossas preces por todos/as os/as profetas de
nosso tempo e por todas as necessidades de nossas Comunidades.
TODOS: VOSSA IGREJA ELEVA UM CLAMOR, ESCUTAI
NOSSA PRECE, SENHOR!
Leitor/a 1: Fortalecei Pai Santo o Papa Francisco no seu esforço
renovador da Igreja. Fazei que ele continue cada vez mais inspirado pelo Espírito Santo e seja esse tempo um Novo Pentecostes
para a Igreja e para o mundo. Cantemos....
TODOS: VOSSA IGREJA ELEVA UM CLAMOR, ESCUTAI
NOSSA PRECE, SENHOR!
Leitor/a 2: Abençoai Pai Santo todas as pessoas que se colocam
no serviço dos pobres entre nós – entidades, Igrejas, pastorais, e
outros – Ajudai-os para que cuidem dos pobres, pois para Jesus
Cristo não existe pobre bom ou ruim e quem cuidar deles estará
cuidando do próprio Filho de Deus. Cantemos...
TODOS: VOSSA IGREJA ELEVA UM CLAMOR, ESCUTAI
NOSSA PRECE, SENHOR!
Leitor/a 1: Suscitai Pai Santo em nosso meio Comunidades Eclesiais de Base abertas ao mundo, aos pobres. Fazei que elas sejam
verdadeiramente cristãs e anunciem assim, profeticamente com a
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 31
32. vida comunitária, o Reino de Deus inaugurado pelo Mártir Jesus
entre nós. Cantemos.....
Leitor/a 2: Tornai Pai Santo, cada vez mais, nossos pastores –
padres, bispos, religiosos/as – seguidores de Jesus Cristo e fortalecei-os para que estejam ao lado do povo como Bons Pastores
como fizeram Pe. Cícero Romão Batista e Pe. Ibiapina, ao lado
do povo nordestino. Cantemos.....
(Motivar outras preces espontâneas de acordo com a realidade do grupo)
12 – PAI NOSSO e AVE MARIA (motivar)
Canto: É missão de todos nós
13 – AVISOS
- Vai haver uma Celebração e Confraternização Final entre os grupos?
- Alguém que vai ao 13º Encontro Intereclesial participou de
algum destes encontros e partilhou as expectativas?
- A Novena de Natal está sendo pensada para acontecer em dezembro?
14 – ORAÇÃO FINAL
Animador/a: Ó Deus de Bondade e de Consolação, fazei que a
nossa alegria consista em vos servir de todo coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o Criador de todas as
coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo....
15 – BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Deus que pela ressurreição do seu Filho único nos
deu a graça da redenção e nos adotou como filhos e filhas, nos
conceda a alegria de sua bênção!
Todos: Amém!
Página 32
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
33. Animador/a: Aquele que por sua morte, nos deu a eterna liberdade, nos conceda, por sua graça a herança eterna.
Todos: Amém!
Animador/a: E, vivendo agora retamente possamos no céu unirnos a Deus, para o qual já ressuscitamos no batismo.
Todos: Amém!
Animador/a: Abençoe-nos o Deus todo poderoso, o Pai, o Filho
e o Espírito Santo!
Todos: Amém!
Canto: Pelo Batismo
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 33
34. 5º ENCONTRO
Tema: MULHERES EM ROMARIA, CUIDANDO DA VIDA.
01 – PREPARANDO O AMBIENTE
Bíblia, flores, cartaz do 13º Intereclesial ou o tema “Justiça e
Profecia a serviço da vida”, ervas medicinais, barro (argila), água,
óleo, multimistura, cartaz ou camisa da Pastoral da Criança.
02 – ACOLHIDA
Preparar um momento aconchegante, valorizando cada
pessoa presente; momento de abraço, de gestos carinhosos
entre o grupo. Escolher um canto de acolhida bem conhecido.
03 – SAUDAÇÃO INICIAL
Animador/a: Estamos reunidas e reunidos com a certeza de que
seguimos a Divina Sabedoria, presente em nós e em todo o universo, desde sempre. Cantemos saudando a Trindade Santa presente entre nós.
TODOS: EM NOME DO PAI DO FILHO.....
04 - INTRODUÇÃO
Animador/a: Nessa romaria em preparação ao 13º Intereclesial
de CEBs, queremos trazer presente a multidão de mulheres que
em cada canto do Brasil, mantem viva a fé na ação libertadora de
Deus. São mulheres de Fé e de ação, que cuidam da vida.
REFRÃO: VIVA, VIVA, A MULHER DESTA NAÇÃO. /
QUE VAI GERANDO NO VENTRE / A NOVA SEMENTE
DA LIBERTAÇÃO. E VEM TRAZENDO NO SANGUE / A
SEMENTE NOVA DA REVOLUÇÃO.
Leitor/a 1: As mulheres representam, hoje, a grande maioria de pessoPágina 34
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
35. as que estão nas Comunidades Eclesiais de Base, dedicando o seu tempo
nos mais diversos serviços e nas diferentes pastorais. São mulheres que
trabalham e que rezam, tornando viva a presença da Igreja no mundo.
Refrão: Viva, viva, a mulher desta nação.
Que vai gerando no ventre
a nova semente da libertação.
E vem trazendo no sangue
a semente nova da revolução.
Animador/a: A presença da mulher é marcante também nas organizações em defesa da vida, nas alternativas de emprego e renda e nas ações políticas em geral. São mulheres de compromisso,
agindo pela transformação da realidade.
Canto: Baião da Nova Mulher
05 - PARTILHANDO A VIDA
Animador/a: Nesses 40 anos de vivência das Comunidades
Eclesiais de Base a presença e atuação da mulher sempre foi muito forte. Vamos pensar na realidade do nosso grupo de círculos
bíblicos e da nossa comunidade...
Vamos conversar sobre isso:
- Como é o trabalho das mulheres? Em que equipes e pastorais elas estão presentes?
Canto: Maria, Maria
06 - SITUANDO O TEXTO BÍBLICO
Leitor/a 1: A Comunidade de Marcos pertence à segunda geração
de seguidores e seguidoras de Jesus. Ao fazer memória da ação
de Jesus a comunidade traz presente uma mulher que enfrenta os
preconceitos de seu tempo e vai em busca de vida para sua filha.
Leitor/a 2: No tempo de Jesus e no tempo da Comunidade de
Marcos as mulheres sofriam muito com a discriminação e toda
forma de violência. Mas, também lutavam para superar os pre13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 35
36. conceitos e conquistar vida digna e respeito.
Canto: Ouçamos todos boa notícia
07 - TEXTO BÍBLICO: Mc 7, 24-30
Ler o texto duas vezes: na primeira pedir que o grupo preste
atenção na ação e nas palavras de Jesus; na segunda pedir que
prestem atenção na ação e nas palavras da mulher. Em seguida
deixar um tempinho de silêncio para cada um refletir sobre o
que Deus está nos dizendo neste texto bíblico.
08 - PARTILHANDO A PALAVRA
Animador/a: Vamos partilhar a Palavra que vem para nos libertar de toda opressão.
a) O que mais chama nossa atenção na atitude de Jesus? E da mulher?
b) O que a mulher precisou fazer para conseguir aquilo que buscava?
c) Como esse texto pode ajudar nossas comunidades hoje?
09 - GESTO CONCRETO
Grande número de mulheres, ainda hoje, sofre violência dentro de suas casas. Elas também sofrem discriminações e preconceitos na família, na sociedade, no trabalho e nas Igrejas.
Combinar um gesto, concreto e comum, de apoio às essas
mulheres em suas lutas e justas causas.
Canto: É por causa do meu povo machucado
10 - CELEBRANDO A VIDA
Fazer memória das mulheres (vivas ou falecidas) que
passaram pelas suas vidas e pela vida das comunidades.
Recordar ou escrever os seus nomes. Dizer o nome e a
importância dela e cantar um refrão.
Animador/a: Queremos agradecer a Deus pela presença e atuação das mulheres nas CEBs – Comunidades Eclesiais de Base.
Nesses anos de caminhada da Igreja no meio dos pobres e necesPágina 36
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
37. sitados, as mulheres tem se dedicado às atividades de cuidar da
vida, de resgatar as pessoas que precisam de apoio e presença.
Por todas as mulheres que geram vida em nossas comunidades,
vamos cantar, agradecendo e ofertando a Deus suas vidas doadas
aos irmãos e irmãs.
Canto: O sonho de tantas Marias
Durante o canto, os elementos usados para cuidar da vida
vão passando de mão em mão: as ervas medicinais, barro
(argila), água, óleo, multimistura e outros.
11 - PAI NOSSO
(Motivar o grupo a rezar o Pai Nosso)
12 – AVISOS
- Começar a pensar e preparar a Novena de Natal: os grupos,
as ruas ou córregos, as famílias, etc
13 – ORAÇÃO FINAL
Animador/a: Ó Deus, a vida e o testemunho de tantas mulheres em
Romaria, cuidando da vida, é sinal da Tua presença cheia de ternura
entre nós. Fortalece nossa Caminhada de Comunidades Eclesiais de
Base. Faze-nos romeiros e romeiras nas estradas da Vida, seguindo
os passos de Teu filho Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém!
14 – BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: ABÊNÇÃO DO DEUS DE SARA,ABRAÃO EAGAR,
A BÊNÇÃO DO FILHO, NASCIDO DE MARIA,
A BÊNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO DE AMOR,
QUE CUIDA COM CARINHO,
QUAL MÃE CUIDA DA GENTE,
ESTEJA SOBRE TODOS NÓS. AMÉM!
Canto Ensina teu povo a rezar
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
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38. 6º ENCONTRO
Tema: FIQUEM ALEGRES POIS SERÁ GRANDE A VOSSA
RECOMPENSA NOS CÉUS! (Mt 5,12)
01 – PREPARANDO O AMBIENTE
Colocar a Bíblia em destaque, também o cartaz do 13º Encontro
de CEBs. Trazer presente um objeto de cada encontro deste bloco
de Círculo Bíblico. Colocar também o tema deste encontro, uma
foto do Papa Francisco e uma vasilha com água benta.
02 – ACOLHIDA
Acolher bem cada pessoa como se viesse pela primeira vez.
Valorizar bem cada momento deste encontro, sem correria,
pois o mais importante do encontro é o próprio encontro.
Tocar na água da vasilha em sinal de bênção.
03 – SAUDAÇÃO INICIAL
TODOS: EM NOME DO PAI.... (cantar de acordo com o costume da região)
04 – INTRODUÇÃO
Animador/a: Irmãos e irmãs, o 13º Encontro Intereclesial de CEBs
está se aproximando. Unidos a todas pessoas, do campo ou da cidade, que estão se preparando para celebrar este grande encontro de fé
e compromisso com o Reino de Deus, nos reunimos aqui.
TODOS: NOSSA ALEGRIA É SABER QUE UM DIA TODO
ESTE POVO SE LIBERTARÁ, POIS JESUS CRISTO É O
SENHOR MUNDO, NOSSA ESPERANÇA REALIZARÁ (bis)
Leitor/a 1: A fé cristã sempre foi marcada por alguns elementos
essenciais: o seguimento de Jesus Cristo, a oração, a partilha do
pão - da terra e do céu - e a defesa da vida.
Página 38
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
39. Leitor/a 2: A história de nossas Comunidades Eclesiais de Base
sempre foi baseada na busca do Reino. A luta pela justiça, o compromisso com a vida de toda criação, a construção de uma paz
alicerçada na Palavra e na Eucaristia revelam que não há Fé autêntica se ela não estiver ligada com a Vida.
Canto: Quem nos separará
05 – PARTILHANDO A VIDA
Animador/a: Desde que o Brasil foi invadido a fé do povo de
Deus sempre foi marcada por um catolicismo popular: “muita reza
e pouca missa, muito santo e pouco padre”. As beatas, os beatos, os
rezadores de ladainhas, as benzedeiras sempre transmitiram seus
conhecimentos da Palavra de Deus nos seus “ofícios populares”.
Leitor/a 1: As Comunidades Eclesiais de Base não são diferentes. Elas nasceram trazendo a Fé ligada com a Vida e como consequência a busca pela Justiça, paz, política, celebração popular,
festa, romaria, devoção popular.
Para conversar:
- Quais são as principais características de nossas Comunidades hoje? O que precisamos recuperar para crescermos no
testemunho de Jesus Cristo?
Canto: Seu nome é Jesus Cristo
06 – ORAÇÃO INICIAL (para todos os dias)
07 – SITUANDO O TEXTO BÍBLICO
Leitor/a 1: Hoje vamos refletir um texto do Evangelho narrado pela
Comunidade de Mateus. Esse Evangelho foi escrito entre os anos
80 e 85 EC (era comum), provavelmente na região da Antioquia, na
Síria. São memórias da Segunda geração dos seguidores de Jesus.
Leitor/a 2: O texto de hoje está dentro de um bloco conhecido
13º INTERECLESIAL DE CEB’s
Página 39
40. como “O Sermão da Montanha” (Mt 5-7). E esse é o primeiro
grande discurso do Evangelho da Comunidade de Mateus. A Comunidade lembra do acontecimento vivido por Moisés, que no
monte, ouviu as palavras de Deus e as transmitiu ao povo. Assim
é Jesus, um novo Moisés. E, nesse novo tempo, quais são as palavras que Deus pede para serem ditas ao povo?
Canto: Buscai primeiro o Reino de Deus
08 – TEXTO BÍBLICO – Mt 5,1-12
Ler o texto bíblico mais de uma vez, de preferência em bíblias
com linguagem diferentes. É importante que as pessoas
consigam entender bem o texto.
09 – PARTILHANDO A PALAVRA
Fazer um momento de silêncio para meditar o que Deus está
querendo nos dizer neste texto bíblico.
a) Conversar sobre o ambiente, os personagens e o lugar em
que a Comunidade de Mateus retrata essa passagem bíblica.
b) Retomar cada uma das orientações de Jesus e a consequência
dela na vida do povo.
c) Entre nós, quais dessas orientações de Jesus para a multidão, ainda estamos precisando resgatar?
Canto: Olha a glória de Deus brilhando
10 – GESTO CONCRETO
A partir da reflexão feita na partilha da Palavra de Deus escolher
uma das Bem Aventuranças que esteja deficiente na realidade do
grupo (comunidade ou paróquia) e realizar uma ação comunitária
capaz de despertar um maior compromisso da parte das pessoas.
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
41. 11 – CELEBRANDO A VIDA
Animador/a: Com o povo da Bíblia que sempre cantou salmos
enquanto ia para as Romarias, também nós romeiros e romeiras que somos, queremos nos alegrar com a presença contínua e
constante de Deus na vida do seu povo. Este Salmo número 1 nos
garante que Deus se alia aos justos.
TODOS: FELIZ O HOMEM QUE AMA O SENHOR E SEGUE OS SEUS MANDAMENTOS. O SEU CORAÇÃO É REPLETO DE AMOR, DEUS MESMO É SEUS ALIMENTO.
Leitor/a 1: Feliz o homem que não vai ao conselho dos injustos, não
para no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores.
Pelo contrário: seu prazer está na lei de Deus, e medita sua lei, dia e noite.
TODOS: FELIZ O HOMEM QUE AMA O SENHOR E SEGUE OS SEUS MANDAMENTOS. O SEU CORAÇÃO É REPLETO DE AMOR, DEUS MESMO É SEUS ALIMENTO.
Leitor/a 2: Ele é como árvore plantada junto d’água corrente: dá
fruto no tempo devido, e suas folhas nunca murcham. Tudo o que
ele faz é bem sucedido.
TODOS: FELIZ O HOMEM QUE....
Leitor/a 1: Não são assim os injustos! Não são assim! Pelo contrário: são como palha que o vento arrebata...
TODOS: FELIZ O HOMEM QUE...
Leitor/a 2: Por isso os injustos não ficarão de pé no Julgamento,
nem os pecadores na assembleia dos justos.
TODOS: FELIZ O HOMEM QUE...
Leitor/a 1: Porque Deus conhece o caminho dos justos, enquanto o caminho dos injustos perece.
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42. Canto: Feliz o homem que ama o Senhor
12 – PAI NOSSO E AVE MARIA
13 – AVISOS
14 – ORAÇÃO FINAL
Animador/a: Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a
vossos filhos e filhas a graça de vos servir de todo coração, fazei
que peregrinando em nossas romarias, corramos livremente ao
encontro de vossas promessas, no banquete da eternidade. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo....
15 – BÊNÇÃO FINAL
Antes da Bênção Final, as pessoas que desejarem tocam
outra vez a água abençoada por Deus, enquanto se canta. A
seguir invocar a bênção de Deus sobre todas as pessoas.
Animador/a: Deus rico em misericórdia nos abençoe na sua
bondade e infunda em nós a sabedoria da salvação.
TODOS/AS: AMÉM!
Animador/a: Sempre nos alimente com os ensinamentos da fé e
nos faça perseverar nas boas obras.
TODOS/AS: AMÉM!
Animador/a: Oriente para Ele os nossos passos e nos mostre o
caminho da solidariedade, da justiça e da paz.
TODOS/AS: AMÉM!
16 – CONFRATERNIZAÇÃO
Animador/a: A Comunidade é o lugar do encontro humano das
pessoas entre si e com Deus, do compromisso e da luta, da alegria
e da festa. A comunidade é o lugar da pessoa humana se alimentar
e abastecer a vida e a fé. Vamos nos confraternizar neste momento.
17 – ABRAÇO DA PAZ E FESTA
Canto: Quando dia da paz renascer
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
43. CANTOS
01 - SEJA BEM-VINDO QUEM CHEGA
Seja bem-vindo quem chega!
Seja bem-vindo quem chega!
Trazendo paz, trazendo paz,
Trazendo a paz do Senhor.
02 - BENDITO DOS ROMEIROS
1- Bendita e louvada seja esta santa romaria / Bendito o povo que
marcha, bendito o povo que marcha, tendo Cristo como guia. (Bis).
Sou, sou teu, Senhor, sou povo novo, retirante e lutador.
Deus dos peregrinos, dos pequeninos, Jesus Cristo redentor.
2 - No Egito, antigamente, no meio da escravidão, / Deus libertou
o seu povo. Hoje ele passa de novo gritando libertação. (Bis).
3 - Para a terra prometida o povo de Deus marchou, / Moisés andava
na frente. Hoje Moisés é a gente quando enfrenta o opressor. (Bis).
4 - Caminheiros na estrada, muita cerca prende o chão / Todo arame
e porteira merecem corte e fogueira são frutos da maldição. (Bis).
5 - Quem é fraco Deus dá força, quem tem medo sofre mais, / Quem
se une ao companheiro vence todo o cativeiro é feliz e tem a paz. (Bis).
6 - Mãos ao alto voz unida, nosso canto se ouvirá, / Nos caminhos
do sertão clamando por terra e pão, ninguém mais nos calará. (Bis).
03 - A PALAVRA DE DEUS VAI CHEGANDO VAI
1 - É Jesus que hoje vem nos falar! (bis)
2 - É Palavra de Deus aos pequenos! (bis)
3 - É Palavra de libertação! (bis)
4 - Como o sol a brilhar no horizonte! (bis)
5 - É semente fecunda na terra! (bis)
6 - É a experiência do povo! (bis)
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44. 04 – ENSINA TEU POVO A REZAR
Ensina o teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus, que um dia
o teu povo desperta e na certa vai ver a luz; que um dia o teu
povo se anima e caminha com o teu Jesus.
1- Maria de Jesus Cristo, Maria de Deus, Maria mulher, ensina a
teu povo o teu jeito de ser o que Deus quiser. (2x)
2 - Maria, Senhora nossa, Maria do povo, povo de Deus, ensina
teu jeito perfeito de sempre escutar teu Deus. (2x)
05 – PELO BATISMO
1. Pelo batismo recebi uma missão/ Vou trabalhar pelo reino
do Senhor/ Vou anunciar o Evangelho para os povos/ Vou ser,
profeta, sacerdote, rei, pastor / Vou anunciar a Boa nova de Jesus/
Como profeta recebi esta missão/ Onde eu for serei fermento, sal
e luz/ Levando a todos a mensagem de cristão.
2. O Evangelho não pode ficar parado/ Vou anunciá-lo, esta é a
minha obrigação/ A messe é grande e precisa de operários/ Vou
cooperar na evangelização/ Sou mensageiro enviado do Senhor
/ Onde houver trevas eu levarei a luz/ Também direi a todos que
Deus é Pai/ Anunciando a mensagem de Jesus.
3. Quem perguntar porque Jesus veio ao mundo/ Eu vou dizer:
Foi pra salvar a humanidade/ Pra libertar o homem da escravidão/
E dar a ele uma nova oportunidade/ Pois os profetas já vinham
anunciando / A sua vinda e qual a finalidade:/ Jesus, profeta,
sacerdote, rei, pastor/ Veio ensinar-nos o caminho da verdade.
4. Mesmo sofrendo calúnia e perseguição/ Vou procurar viver
em comunidade/ Onde houver ódio, vingança e injustiça/ Quero
levar o amor e a caridade/ Sou missionário e por isso vou lutar/
Pra levar meus irmãos à eternidade/ Vamos louvar e bendizer o
nosso Deus/ Vivendo juntos a nossa fraternidade.
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
45. 06 - PÃO EM TODAS AS MESAS
1 - A mesa tão grande e vazia de amor e de paz - de paz! / Aonde há o
luxo de alguns alegria não há - jamais! / A mesa da Eucaristia nos quer
ensinar - á, á, / que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar.
Pão em todas as mesas, / da Páscoa a nova certeza: / a festa
haverá / e o povo a cantar, aleluia! (2x)
2 - As forças da morte: a injustiça e a ganância de ter - de ter. /
Agindo naqueles que impedem ao pobre viver - viver. / Sem terra,
trabalho e comida, a vida não há - não há. / Quem deixa assim e
não age, a festa não vai celebrar.
3 - Irmãos, companheiros na luta, vamos dar as mãos - as mãos.
/ Na grande corrente do amor, na feliz comunhão! - irmãos! /
Unindo a peleja e a certeza, vamos construir - aqui / na terra o
projeto de Deus: /todo o povo a sorrir!
4 - Que em todas as mesas do pobre haja festa de pão - de pão.
/ E as mesas dos ricos, vazias, sem concentração - de pão! /
Busquemos aqui, nesta mesa do Pão redentor - do céu, / a força e
a esperança que anima o povo de Deus!
5 - Bendito o Ressuscitado, Jesus vencedor, ô, ô, / no pão
partilhado, a presença Ele nos deixou - deixou! / Bendita é a vida
nascida de quem se arriscou, ô, ô, / na luta pra ver triunfar, neste
mundo, o amor!
07 - SE CALAREM A VOZ DOS PROFETAS
1 - Se calarem a voz dos profetas, / as pedras falarão. / Se fecharem
uns poucos caminhos, / mil trilhas nascerão. / Muito tempo não
dura a verdade / nestas margens estreitas demais: / Deus criou o
infinito pra vida ser sempre mais.
É Jesus este pão de igualdade: / viemos pra comungar / com
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46. a luta sofrida do povo / que quer ter voz, ter vez, lugar. /
Comungar é tornar-se um perigo: / viemos pra incomodar. /
Com a fé e união, / nossos passos, um dia, vão chegar!
2 - O Espírito é vento incessante, / que nada há de prender. / Ele
sopra até no absurdo / que a gente não quer ver. / Muito tempo...
3 - No banquete da festa de uns poucos, / só rico se sentou. /
Nosso Deus fica ao lado dos pobres /colhendo o que sobrou. /
Muito tempo...
4 - O poder tem raízes na areia, / o tempo o faz cair. / União é a
rocha que o povo / usou pra construir. / Muito tempo...
5 - Toda luta verá o seu dia / nascer da escuridão. /Ensaiamos a
festa e a alegria / fazendo comunhão. / Muito tempo...
08 - FAZEI RESSOAR A PALAVRA DE DEUS EM TODO LUGAR
Fazei ressoar a Palavra de Deus em todo lugar! (bis)
1. Na cultura, na história, vamos expressar, / levando a Palavra
de Deus em todo lugar. Vamos lá!
2. Na cultura popular, vamos catequizar, celebrando fé e vida em
todo lugar. Vamos lá!
3. Com o negro e com o índio vamos louvar e com a comunidade
vamos festejar. Vamos lá!
4. Com o pandeiro e com a viola vamos cantar. Animando a
nossa luta em todo lugar. Vamos lá!
5. O Evangelho é a Palavra que Deus programou. Só ele é o
caminho, a verdade, a vida e o amor.
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47. 09 - ANTES QUE TE FORMASSE
1 - Antes que te formasses dentro do seio de tua mãe
Antes que tu nascesses, te conheci e te consagrei.
Para ser meu profeta entre as nações eu te escolhi.
Irás onde enviar-te e o que eu mando proclamarás.
Tenho de gritar, tenho de arriscar,
ai de mim se não o faço.
Como escapar de ti, como calar,
se tua voz arde em meu peito?
2 - Não temas arriscar-te porque contigo eu estarei.
Não temas anunciar-me, em tua boca eu falarei.
Entrego-te meu povo, vai arrancar e derrubar.
Para edificares, destruirás e plantarás.
3 - Deixa os teus irmãos, deixa teu pai e tua mãe.
Deixa a tua casa, porque a terra gritando está.
Nada tragas contigo pois a teu lado eu estarei.
É hora de lutar, porque meu povo sofrendo está.
10 - O DEUS QUE ME CRIOU (É MISSÃO DE TODOS NÓS)
O Deus que me criou, / me quis, me consagrou / para anunciar
o seu amor. (bis)
1 - Eu sou como chuva em terra seca. (2x) / Pra saciar, fazer
brotar, eu vivo pra amar e pra servir! (2x)
É missão de todos nós, / Deus chama, eu quero ouvir a sua voz! (bis)
2 - Eu sou como a flor por sobre o muro. (2x) / Eu tenho mel,
sabor do céu, / eu vivo pra amar e pra servir. (2x)
3 - Eu sou como estrela em noite escura. (2x) / Eu levo a luz, sigo
a Jesus, / eu vivo pra amar e pra servir! (2x)
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48. 4 - Eu sou como abelha na colmeia. (2x) / Eu vou voar, vou
trabalhar, / eu vivo pra amar e pra servir! (2x)
5 - Eu sou, sou profeta da verdade. (2x) / Canto a justiça e a
liberdade, / eu vivo pra amar e pra servir! (2x)
11 - É POR CAUSA DO MEU POVO MACHUCADO
É por causa do meu povo machucado, que acredito em religião
libertadora. É por causa de Jesus ressuscitado, que acredito
em religião libertadora.
1. É por causa dos profetas que anunciam, que batizam, que
organizam, denunciam. É por causa de quem sofre a dor do povo,
é por causa de quem morre sem matar.
2. É por causa dos pequenos e oprimidos, dos seus sonhos, dos
seus ais, dos seus gemidos, é por causa do meu povo injustiçado,
das ovelhas sem rebanho e sem pastor.
3. É por causa do profeta que se cala, mas até com seu silêncio
grita e fala. É por causa de um Jesus que anunciava, mas também
gritava aos grandes: “ai de vós”
4. É por causa do que fez João Batista, que arriscou, mas preparou
a tua vinda. É por causa de milhões de testemunhas, que apostaram
suas vidas no amor.
12 – VAMOS FAZER IGREJA VIVA
Vamos fazer Igreja viva / CEBs em mutirão pra libertar nossa
América Latina / da humilhante escravidão. (bis)
1 – Operários e lavradores, / tenham fé, coragem e ação. / Nesta
luta venceremos / toda forma de opressão. / Nossas CEBs
transformadoras / levam o povo humilde a vencer / os preconceitos
e racismos / que fazem os homens matar e morrer.
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49. 2 – Deus eterno de Abraão / está presente na América Latina / pra
ajudar nosso povo irmão, / que luta em defesa da paz e da vida. /
Com justiça e trabalho, / vamos unir nossas forças e mãos / para
construir o Reino / do Cristo vivo, libertação.
13 – OLHA A GLÓRIA DE DEUS BRILHANDO
Olha a glória de Deus Brilhando, Aleluia (bis).
1 - Nosso Deus é o Artista do universo, é a fonte da luz, do ar, da cor.
É o som, é a música, é a dança, é o mar jangadeiro e pescador.
É o seio materno sempre fértil, é beleza, é pureza e é calor (2x)
Aleluia, aleluia! vamos criar que é pra gloria de Deus brilhar.
2 - Nosso Deus é caminho e caminhada, do seu povo para a
Libertação. / Onde quer que esteja um oprimido, é Javé que
promove a redenção. /Ele quebra a força do tirano. Ele garante
a vitória da união. (2x) Aleluia, aleluia! Vamos lutar que é pra
glória de Deus brilhar!
3 - Nosso Deus é a voz que se levanta, é a voz, é o gemido, é o clamor.
É o braço erguido para a luta. É o abraço em nome do amor:
É o pé conquistando novo espaço. É a terra, é o fruto, é a flor!
Aleluia, aleluia! Vamos amar que é pra glória de Deus brilhar!
4 - Nosso Deus está brilhando noite e dia pelos campos e praças do país.
É a presença na voz da meninada que convoca um futuro mais feliz:
É a infinita razão de plena vida. Todo povo o cantando hoje bendiz!
Aleluia, aleluia! Vamos cantar que é pra glória de Deus brilhar!
14 - IGREJA É POVO QUE SE ORGANIZA.
Igreja é povo que se organiza, / gente oprimida buscando /a
libertação em Jesus Cristo a ressurreição.
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50. 1 - O operário lutando pelo direito de reaver a direção do sindicato;
o pescador vendo a morte de seus rios, já se levanta contra esse desacato.
2- O seringueiro com sua faca de seringa se libertando das garras
do patrão; a lavadeira, mulher forte e destemida, lava a sujeira da
injustiça e opressão.
3- Posseiro unido que fica na sua terra e desafia a força do invasor,
Índio poeta que pega a sua viola e canta a vida, a saudade e a dor.
4 - É gente humilde, é gente pobre, mas é forte dizendo a Cristo:
meu irmão muito obrigado pelo caminho que você nos indicou
pra um povo feliz e libertado.
15 – NÓS SOMOS O POVO
1 - Nós somos o povo, / porém desejamos viver seu projeto / de
fraternidade, / partilha e justiça, / de vida e verdade.
Vamos, irmãos, lutar / por este mundo novo / com fé no Deus
que ama, / nos salva e nos liberta. (bis)
2 – Se somos Igreja, / temos compromisso com o mundo novo. /
Somos responsáveis pela caminhada da história do povo.
3 – Jesus deu exemplo, / se comprometeu com o projeto do Pai. /
Quem nEle acredita faz do mesmo jeito, da luta não sai.
4 –Olhando o passado / pra animar o presente em rumo ao futuro,
/ a realidade será iluminada, não fica no escuro
16 - BAIÃO DAS COMUNIDADES
Somos gente nova vivendo a união,
Somos povo semente de uma nova nação ê, ê....
Somos gente nova vivendo o amor,
Somos comunidade, povo do senhor, ê, ê...
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
51. 1. Vou convidar os meus irmãos trabalhadores:
Operários, lavradores, biscateiros e outros mais.
E juntos vamos celebrar a confiança
Nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê.
2. Vou convidar os índios que ainda existem,
As tribos que ainda insistem no direito de viver.
E juntos vamos reunidos na memória,
Celebrar uma vitória que vai ter que acontecer, ê, ê.
3. Convido os negros, irmãos no sangue e na sina;
Seu gingado nos ensina a dança da redenção.
De braços dados, no terreiro da irmandade,
Vamos sambar de verdade, enquanto chega a razão, ê, ê.
17 - CHEGOU A HORA
Chegou a hora da alegria, /vamos ouvir essa palavra que nos guia.
1 - Tua palavra vem chegando bem veloz / Por todo canto hoje se
escuta a sua voz. Aleluia, aleluia!
2 - Nada se cria sem a força e o calor / Que sai da boca de Deus,
nosso criador. Aleluia, aleluia!
3 - O mandamento de meu Deus é retidão / É luz nos olhos e
prazer no coração. Aleluia, aleluia!
4 - Esta é a palavra da certeza e da justiça / Que nos liberta da
opressão e da cobiça. Aleluia, aleluia!
5 - Bendita seja esta palavra do Senhor / Mel saboroso e alimento
para o amor. Aleluia, aleluia!
6 - O céu proclama a tua gloria Ó meu Senhor / A Terra inteira
canta um hino de louvor. Aleluia, aleluia!
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52. 18 - NOSSA ALEGRIA
1. Nossa alegria é saber que um dia todo esse povo se libertará pois
Jesus Cristo é Senhor do mundo nossa esperança realizará. (bis)
2. Jesus manda libertar os pobres e ser cristão é ser libertador; nascemos
livres pra crescer na vida não pra ser pobres nem viver na dor. (bis)
3. Vendo no mundo tanta coisa errada, o povo pensa em desanimar:
mas quem tem fé sabe que está com Cristo, tem esperança e força
pra lutar. (bis)
4. Ano após ano o tempo vai passando e a gente espera a
libertação: se a gente luta, ela vai chegando, se a gente para, ela
não chega não! (bis)
19 - TREM DAS CEBS
Lá vem o trem das CEBs caminhando com seu povo, escuta
meu amigo, venha ver o que há de novo. (bis)
1 - As CEBs estão crescendo se organizando em mutirão,
conquistando seus direitos, lutam contra a exclusão, na defesa
do pequeno, do pobre trabalhador. Hoje toda humanidade luta
contra o opressor.
2 - Como as CEBs têm surgido, eu explico pra vocês, desde a
morte de Jesus o pobre nunca teve vez. Com o passar do tempo o
povo se organizou, resgatando sua cultura, isto é CEBs sim sinhô.
3 - Comunidade é força se lutamos todos juntos Contra esse tal
sistema que aflige todo mundo. Precisamos nos unir acredite meu
irmão CEBs são o povo de Deus buscando libertação
20 – JESUS CRISTO ME DEIXOU INQUIETO
Jesus Cristo me deixou inquieto/ Nas palavras que ele
proferiu. /Nunca mais eu pude olhar o mundo, / sem sentir
aquilo que Jesus sentiu. (BIS)
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53. 1. Eu vivia tão tranquilo e descansado/ e pensava ter chegado ao
que busquei. / Muitas vezes proclamei extasiado/ Que ao seguir a
lei de Cristo, eu me salvei. / Mas depois que meu Senhor passou,
/ Nunca mais meu coração se acomodou.
2. Minha vida que eu pensei realizada, / Esbanjei como semente
em qualquer chão. / Pouco a pouco, ao caminhar na longa estrada,
/Pouco a pouco ao caminhar na longa estrada / percebi que havia
tido uma ilusão. / Mas depois que o meu Senhor passou / ilusão
e comodismo se acabou.
21 - BAIÃO DA NOVA MULHER
Viva, viva, a mulher desta nação
Que vai gerando no ventre
A nova semente da libertação!
E vem trazendo no sangue
A semente nova da revolução!
1 - Sertaneja, manhã cedo, vai ela sem medo, já vai trabalhar.
Trabalho duro, suado, sempre conquistado a duro penar.
Sai de casa, come nada, e sem deixar nada pros filhos comer.
Volta trazendo um pouquinho, o ganho mesquinho não dá pra viver.
2 - Mulher do povo humilhado, comprado, enganado, em toda nação.
Mulher do povo ambulante, tocado a ferro, tangido do chão.
Pode ‘inda ser diferente, se o olho da gente, aberto enxergar
o mal que mata a pobreza, se unindo a certeza a gente a lutar.
3 - Companheira nordestina constrói nova sina, vamos caminhar.
Ganhando a terra e a rua, a força que é tua, ninguém vai quebrar.
Traz os teus filhos na praça, na lei ou na raça, a vitória já vem.
Une a tua força a do homem, pra vencer a fome, e cantar o bem.
4 - Operária da cidade, a brutalidade e a lei do patrão
Vão ter que ser destruídas, tua classe unida sacode a nação.
A causa e a luta é comum e o povo é só um, precisa se unir.
A força nova da vida, mesmo perseguida, De pé vai sorrir.
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54. 22 – MARIA, MARIA
Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta. Uma mulher que merece
Viver e amar como outra qualquer do planeta
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta. De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força. É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui a estranha mania
de ter fé na vida....
23 - OUÇAMOS TODOS BOA NOTÍCIA
Ouçamos todos boa notícia! Que vem da vida / que vem do amor!
/ Ouçamos todos boa notícia! / É o evangelho de Deus Salvador!
1. É palavra que abre as prisões/ e os corações atribulados / Nossos
lábios se abrem em canções/ e os oprimidos são libertados.
2. É palavra de Cristo Jesus, / o Deus da cruz, Libertador. / Nossos
olhos se enchem de luz / e o pão dos pobres tem mais sabor!
24 - O SONHO DE TANTAS MARIAS
1 - O sonho de tantas Marias, viemos aqui ofertar. O pranto de
todas mulheres, viemos aqui ofertar. / A luta de todos os dias,
o leite da vida, a esperança nas mãos. Profeta da nova história,
mulher companheira da libertação.
AS MULHERES LATINAS: ÍNDIAS, NEGRAS, MARIAS,
CONCEIÇÃO, MARGARIDA, OFERENDAS DE AMOR. /
OPERÁRIAS SOFRIDAS, LAVRADORAS, MULHERES,
PÃO E VINHO NA MESA, PAZ E RESSUREIÇÃO.
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
55. 2 - O sangue caído na terra, viemos aqui ofertar. O grito da mulher
do povo, viemos aqui ofertar. / O canto, a dança ameríndia da
mulher latina que traz comunhão. A justiça, o trabalho suado, a
fé partilhada, nosso mutirão.
25 - JAVÉ O DEUS DOS POBRES
Javé, o Deus dos pobres, do povo sofredor, / aqui nos reuniu
pra cantar o seu louvor, / pra nos dar esperança / e contar com
sua mão, / na construção do Reino, Reino novo, povo irmão.
1 - Sua mão sustenta o pobre, / ninguém fica ao desabrigo. / Dá
sustento a quem tem fome / com a fina flor do trigo.
2 - Alimenta os nossos sonhos, / mesmo dentro da prisão; / ouve
o grito do oprimido, / que lhe toca o coração.
3 - Cura os corações feridos, / mostra ao pobre seu poder. / Dos
pequenos, a defesa: / deixa a vida florescer.
26 - ASA BRANCA
1 – Quando olhei a terra ardendo, com a fogueira de São João,
eu perguntei a Deus do céu ai, por que tamanha judiação.
2 - Que braseiro que fornalha, nem um pé de plantação
por falta da água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão.
3 - Hoje longe muitas léguas, numa triste solidão,
espero a chuva cair de novo pra mim voltar pro meu sertão.
4 - Até mesmo a Asa Branca, bateu asas do sertão
então eu disse adeus Rosinha guarda contigo meu coração.
5 - Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação
eu te asseguro não chore não viu, que eu voltarei viu meu coração.
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56. 27 - O POVO DE DEUS
1 - O povo de Deus no deserto andava / mas a sua frente alguém caminhava.
/ O povo de Deus era rico de nada / só tinha esperança e o pó da estrada.
Também sou teu povo Senhor / estou nessa estrada
Somente a Tua graça / me basta e mais nada
2. O povo de Deus também vacilava / as vezes custava a crer
no amor. O povo de Deus chorando rezava / pedia perdão e
recomeçava.
Também sou Teu povo Senhor /estou nessa estrada
Perdoa se as vezes / não creio em mais nada.
2 - O povo de Deus também teve fome / e Tu me mandaste o pão
lá do céu / O povo de Deus cantado deu graças / Provou Teu amor
/ Teu amor que não passa.
Também sou povo Senhor / estou nessa estrada
Tu és alimento / na longa jornada.
3 - O povo de Deus ao longe avistou / a terra querida que o amor
preparou / O povo de Deus corria e cantava / e nos seus louvores
o poder proclamava.
Também sou teu povo senhor / e estou nesta estrada
cada dia mais perto / da terra esperada.
28 – QUEM NOS SEPARARÁ
Quem nos separará? / Quem vai nos separar / do amor de
Cristo? / Quem nos separará? / Se Ele é por nós, / quem será,
quem será contra nós? / Quem vai nos separar / do amor de
Cristo? Quem será?
1 - Nem a angústia, / nem a fome, / nem nudez ou tribulação, /
perigo ou espada, / toda perseguição!
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57. 2 - Nem a morte, / nem a vida, / nem os anjos, dominações, /
presente e nem futuro, / poderes e nem pressões!
3 - Nem as forças / das alturas, / nem as forças das profundezas;
/ nenhuma das criaturas / nem toda a natureza!
29 – SEU NOME É JESUS CRISTO
Seu nome é Jesus Cristo e passa fome
E grita pela boca dos famintos
E a gente quando vê passa adiante
Às vezes pra chegar depressa a igreja
Seu nome é Jesus Cristo e está sem casa
E dorme pelas beiras das calçadas
E a gente quando vê aperta o passo
E diz que ele dormiu embriagado
Entre nós está e não O conhecemos
Entre nós está e nós O desprezamos (2x)
Seu nome é Jesus Cristo e é analfabeto
E vive mendigando um subemprego
E a gente quando vê, diz: é um à toa
Melhor que trabalhasse e não pedisse
Seu nome é Jesus Cristo e está banido
Das rodas sociais e das igrejas
Porque d’Ele fizeram um Rei potente
Enquanto Ele vive como um pobre
Entre nós está e não O conhecemos
Entre nós está e nós O desprezamos (2x)
Seu nome é Jesus Cristo e está doente
E vive atrás das grades da cadeia
E nós tão raramente vamos vê-lo
Sabemos que ele é um marginal
Seu nome é Jesus Cristo e anda sedento
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58. Por um mundo de Amor e de Justiça
Mas logo que contesta pela Paz
A ordem o obriga a ser de guerra
Entre nós está e não O conhecemos
Entre nós está e nós O desprezamos (2x)
Seu nome é Jesus Cristo e é difamado
E vive nos imundos meretrícios
Mas muitos o expulsam da cidade
Com medo de estender a mão a ele
Seu nome é Jesus Cristo e é todo homem
E vive neste mundo ou quer viver
Pois pra Ele não existem mais fronteiras
Só quer fazer de todos nós irmãos
Entre nós está e não O conhecemos
Entre nós está e nós O desprezamos (2x)
30 – FELIZ O HOMEM QUE AMA O SENHOR
Feliz o homem que ama o Senhor / e segue seus mandamentos.
/ O seu coração é repleto de amor, / Deus mesmo é seu alimento.
1 - Feliz o que anda na lei do Senhor / e segue o caminho que
Deus lhe indicou: / terá recompensa no Reino do Céu / porque
muito amou.
2 - Feliz quem se alegra em servir o irmão / segundo os preceitos
que Deus lhe ensinou: / verá maravilhas de Deus, o Senhor, /
porque muito amou.
3 - Feliz quem confia na força do bem, / seguindo os caminhos da
paz e o perdão: / será acolhido nos braços do Pai / porque muito
amou.
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13º INTERECLESIAL DE CEB’s
59. 4 - Feliz quem dá graças de bom coração / e estende sua mão ao
sem-voz e sem-vez: / terá no banquete um lugar para si / porque
muito amou.
31- QUANDO O DIA DA PAZ RENASCER
1 Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar,
eu vou cantar. Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira de novo
florir, eu vou cantar. Quando as cercas caírem no chão, quando as
mesas se encherem de pão, eu vou cantar. Quando os muros que
cercam os jardins, destruídos então os jasmins, vão perfumar.
Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada, de novo. No
olhar do homem a certeza do irmão. Reinado, do povo.
2. Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação,
eu vou sonhar. E o decreto que encerra a opressão, assinado só
no coração, vai triunfar. Quando a voz da verdade se ouvir, e
a mentira não mais existir, será enfim, tempo novo de eterna
justiça, sem mais ódio, sem sangue ou cobiça, vai ser assim.
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60. ANEXO
O rosto da Igreja de Crato: (Site www.intereclesialcebs.org)
CEBs - uma nova forma de viver e sentir a Igreja
No início dos anos de 1970, a CNBB (Conferência nacional dos
bispos do Brasil) percebe algo de novo na Igreja do país, e afirma
anos mais tarde, que as CEBs são traços marcante nas Igrejas do
Brasil, estudos aponta que existe coerência entre a vida interna das
comunidades, na sua missão para fora, e no espírito que as anima.
São complexa e diversificada, presentes em vários países
da América Latina, Europa, sem características próprias as
comunidades do Brasil tem um perfil próprio. Entender requer
conhecimento da história estruturais e conjunturais e a pratica.
Contexto sócio-eclesial das CEBs
Surgem como estratégias do Eclesial no final do ano de 1960 como
reação e defesa frente à repressão política.
Que levou as pessoas a se reunir em pequenos grupos, onde ficasse
longe dos olhos inquisidores dos órgãos de repressão postos
sobre as organizações populares: sindicatos, movimentos sociais,
associações de bairro.
Os cristãos das classes populares refletiam sua fé em relação a
situação de sofrimento, opressão e pobreza em que viviam. Foi
um intenso período de mobilizações populares, de fermentação
cultural, conscientização e politização das camadas populares.
Quando fecha esse dinamismo ficou sem vazão. Esse enorme
potencial vai parar nas inúmeras comunidades de onde se da a
fusão com movimentos eclesiais da abertura.
Nem todas as comunidades de base estão num mesmo momento
de consciência e práxis. Experiência e observação têm mostrado
que as CEBs se formam de diferentes modos. Não há um modelo
único de gestação.
Círculos bíblicos.
São grupos de pessoas que se reúnem para ler a Bíblia nas casas das
famílias ou outros espaços e descobrem a necessidade de relacionar
a Palavra de Deus com a vida, talvez sejam a realidade viva mais
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61. importante da Igreja da base. Diferente da europeia, funcionam
nos meios populares, constituem frequentemente por ocasião do
mês da bíblia, da Campanha da Fraternidade, das novenas de
Natal e ou de tantas outras ocasiões. A sua originalidade consiste
fundamentalmente na articulação entre Palavra de Deus e vida,
entre fé e realidade.
Lutas Populares
Grupo de pessoas que se reúnem em torno de uma necessidade
para reivindicar um direito, nem sempre todos os membros tem
as mesmas necessidades, muitos são parceiros de lutar outros são
de outras lutas que apoiam e no decorrer do processo se percebem
cristãos e começam então a se reunir para ler a Palavra de Deus ,
organizar suas lutas e ao mesmo tempo, celebrar a fé e a vida na
eucaristia.
Origem Paroquial
Outras nasceram quase por decreto dum pároco, que resolveu
subdividir sua paróquia em comunidades de base. Mesmo que no
início tenha sido algo artificial, algumas encontram verdadeira
maneira de ser autêntica. Este tipo encontra-se mais no sul do
país, onde predomina um catolicismo tridentino que veio com os
imigrantes italianos e alemães. Entrando este tipo de catolicismo
gerado um tipo mais eclesiástico verti calista de comunidade e
menos participativo laical.
Agente de pastoral e animador de comunidade
Nas CEBs há dois níveis de agente de pastoral leigo: Um de fora,
e o nativo. O que vem de fora é nomeado pela paróquia para na
missão de animar, coordenar, e organizar as comunidades em
bairros onde já tem grupos de rezas, e nos lugares onde não tem
grupo de rezas, vai visitar e tomar conhecimento da realidade.
O agente nativo, melhor chamado de animador, nasce da
comunidade é filho dela, ai se formou, vive e exerce uma função
interna à comunidade de cultura popular com carisma e gosta de
prestar serviço é um solidário mecânico.
O agente de pastoral é como o engenheiro. Precisa do diploma
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62. da instituição. O animador é como o pedreiro, a formação é
construir competência para a missão. O agente de pastoral entra e
sai conforme a delegação que recebe da autoridade. Logo depois
de formado é delegado para as visitas no quarteirão, bairro ou
área rural, após a visita convida as pessoas para uma reunião de
oração, de uma leitura da Bíblia, discussão dos problemas e pouco
a pouco, vai surgindo um grupo, em geral o padre ou religiosa
têm mais facilidade para iniciar o processo, já que possuem
para a cabeça do povo um poder maior, no imaginário religioso
popular, eles representam a Igreja. Os visitantes terminam levando
várias pessoas para algum local - escola, capela, casa de algum
líder, quando começam as reuniões regulares configuram se uma
pequena comunidade.
Ação missionária.
Não faltam casos em uma comunidade de base nasce da ação
missionária de outra CEB. Esta envia alguém de sua comunidade
para ir “fundar” uma nova comunidade em outro lugar. Em regiões
onde há falta de padre e em que já predomina a tradição religiosa,
levada a frente por leigos no catolico popular, que tem sido um
terreno fértil para as CEBs. Tem vezes que acontecia que um
cristão “popular” ao visitar uma CEB volta animado e começava
o trabalho de criar uma comunidade de base onde mora.
Movimentos de Igreja
Organizações religiosas tradicionais como Apostolado da Oração,
Vicentinos, Congregações Marianas muitos deixam seu caráter
estritamente religioso e tradicional e começam a participar numa
pastoral mais comprometida e pouco a pouco se tornam origem
de CEBs, em outros casos, começou com um curso de liderança
os participantes saem animados, dotados de algumas técnicas de
organização e mobilização, ao lado do espírito religioso e eclesial
e pouco a pouco vão construindo comunidades, uma CEB, seja de
vertente dominante, religiosa ou político-social uma se acopla a outra.
Numa luta popular ou num mutirão de vertente social que termina
em oração ou numa celebração da vida se consolida numa
comunidade eclesial.
Em outros casos, a piedosa reunião numa capelinha, a novena
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63. de Natal, a reflexão sobre a Palavra de Deus, a reza do terço de
vertente religiosa, se bem trabalhado evoluia para uma comunidade
engajada com as lutas do povo. Portanto, CEB supõe - reza e
mutirão; evangelho e realidade social; fé e luta do povo.
Movimento litúrgico
Do Concílio Vaticano II surgiu o movimento litúrgico sem dúvida,
uma dessas fontes de riqueza que alimentou o espírito e os textos
do concílio.
No Brasil já vinha tendo essa experiência desde o início da década
de 30, na verdade era restrito aos segmentos mais letrados da
sociedade, vinculado com a Ação Católica, que era um movimento
de classe média. O povo mais simples permanecia bastante alheio
a ele, cultivava a religiosidade tradicional, piedosa.
Liturgia popular
Nas CEBs essa liturgia popular com um espírito de liberdade e
criatividade , rica em expressões de encarnações do movimento
litúrgico, num encontro profundo e fecundo entre as camadas
populares no momento de celebração das lutas, surge então uma
liturgia popular mais ricas na multiplicidade de celebrações é
nos encontros intereclesiais das CEBs, que se realizam cada três
ou quatro anos, que têm sido uma demonstração visível dessa
dimensão, esses encontros se transformam em “uma grande festa
de compromisso” , se na sua vida cotidiana das comunidades
tais celebrações, tem uma dimensão ordinária, mas as místicas
estavam sempre presente tirado da cabeça das pessoas . Celebrar
a Eucaristia é um momento muito desejado e buscado pelas CEB,
mas havia a falta de padres, que se levantou a questão da celebração
da ceia do Senhor por um membro leigo da comunidade, a
título extraordinário, mesmo que se evite de falar de missa . Em
todo caso, as celebrações litúrgicas sem ministro ordenado se
multiplicavam no cotidiano das CEBs, quer usando o sistema já
consagrado dos folhetos, quer dentro de uma enorme criatividade
em símbolos e gestos.
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64. Celebrações das lutas e dos martírios
As celebrações frequentemente associam-se a acontecimentos
importantes da vida da comunidade, sobretudo as suas lutas,
sejam nas horas de vitória, como de fracasso impressionante como
no meio dos sofrimentos, perseguições, ou morte de membros
ativos, a comunidade se reúne para rezar, as celebrações tristes
as aproximam da paixão de Jesus, e numa profunda sintonia entre
os sofrimentos do povo e os de Cristo acontecia um verdadeiro
martiriologio.
O número de cristãos assassinados pelas forças da repressão oficial
ou de latifundiários, aumentou bastante em nosso Continente, e
m memória deles, organizam-se belíssimas celebrações. Assim
numa celebração dos mártires, uma senhora pobre do povo, a
mãe do P. Josimo, assassinado por pistoleiros, ostenta a camisa
ensanguentada do filho padre. No interior da mesma, encena-se
o assassinato de outro sacerdote, morto também por pistoleiros
profissionais do crime, a mando de fazendeiros da região. Cantamse músicas cujas letras ressudam a dimensão de martírio:
“Acorda América, chegou a hora de levantar!
O sangue dos mártires fez a semente se espalhar!”
O Pai Nosso recebe uma versão toda ela forjada à luz do sofrimento
dos mártires:
“Pai Nosso dos pobres marginalizados
Pai Nosso, dos mártires, dos torturados”.
Nem faltou numa determinada liturgia um gesto muito caro
à tradição da Igreja primitiva, a saber, a bênção dada por um
camponês, que sofrera torturas e escapara milagrosamente da
morte, autêntico confessor da fé.
Dimensão de esperança pascal
A dimensão pascal da ressurreição, muito esquecida na
religiosidade popular, vem penetrando as celebrações das CEBs,
esta presença da vitória de Cristo sobre a morte surge como fonte
de esperança ocupando importante presença nas celebrações,
quer nos gestos e ritos, como no hinário. Cantam-se com muita
frequência versos carregados de esperança.
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65. Leitura popular da Bíblia
Os círculos bíblicos estão na origem das CEBs, são a alma das
CEBs, nas celebrações requerem preparação, criatividade, e se
fazem em torno de acontecimentos relevantes ou nos domingos
sem culto. Os círculos bíblicos podem ser realizados em qualquer
dia da semana e sem a necessidade de algum evento relevante de
fato, as comunidades têm seus dias de círculo bíblico no horário
da conveniência dos seus membros. Por isso, eles se multiplicam
e podem agrupar muitos ou poucos fiéis, eles possibilitam, um
conhecimento melhor da Bíblia no meio popular. Com a criação
dos círculos bíblicos se providenciou várias traduções populares
da Bíblia, as editoras católicas e os centros de pastoral popular
produzem pequenos roteiros para facilitar o andamento dos
círculos bíblicos, a estrutura de tais subsídios responde ao objetivo
principal de articular a Palavra de Deus com a vida concreta do
povo, de modo que a interpretação da Bíblia se faça da realidade
local. A leitura da Bíblia tem servido para muitas comunidades
como de um espelho para se reconhecerem nela a sua própria vida
e assim recobrarem ânimo e entusiasmo na caminhada. A Bíblia
serve de luz nos sofrimentos, lutas, e fortalece convivência da
comunidade. A interpretação popular das leituras bíblicas não
tem tido a preocupação em tomar conhecimento do passado, tão
próprio da exegese erudita, mas sim “clarear o presente com a luz
da presença do Deus conosco, do Deus Libertador; é interpretar a
vida com a ajuda da Bíblia”. A prática da interpretação deixa de
ser do exegeta para tornar se uma atividade comunitária com a
participação do exegeta sim, mas não de modo exclusivo. Faz-se
tal leitura a partir dos pobres, de suas lutas, de seus sofrimentos, de
seu lugar de vida torna-se cada vez mais ecumênica e libertadora.
A base ecumênica esta ligada a realidade mais exatamente a defesa
da vida que corre perigo e não nas convergências teológicas.
Práticas internas da comunidade
Ao falar das celebrações, círculos bíblicos e ministérios, já
se mencionaram muitas práticas eclesiais. E os ministérios
em relação ao mundo, são verdadeiras práticas. Entretanto
cabe um aprofundamento sobre essa dimensão fundamental
das comunidades. Antes de tudo, há um exercício bonito nas
comunidades da prática simples da caridade. Trata-se singelamente
de viver o evangelho na sua pureza e simplicidade, na ajuda
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66. mútua, no pequeno serviço, na acolhida do necessitado. A vida
de caridade no dia a dia, na luta, na aceitação mútua e no perdão,
na reconciliação de famílias em conflitos, na fidelidade aos
compromissos comunitários, obras de misericórdia do catecismo
encontram uma maneira renovada de serem vividas no espírito de
fé e confiança em Deus. Consegue-se com meios pobres, mas com
muita criatividade, ampliar os espaços da caridade.
Religiosidade popular
A originalidade na maneira de trabalhar a religiosidade popular
onde procuram superar uma tendência conservadora, que defende
a preservação total da religiosidade popular, sobretudo no que
ela tem de oposição a qualquer ingerência na esfera política a
religiosidade popular se faz, neste caso, um escudo de defesa diante
de compromissos sociais, resistem a tendência oposta de demolir
toda religiosidade popular, na sua própria concepção religiosa
querem conservar , tem uma atitude crítica do compromisso
social. Mais tarde descobrem na sua própria religiosidade, com a
ajuda dos agentes e animadores de comunidade, muitos germes
de libertação, mais que muitos valores tipicamente populares que
não só devem ser conservados, mas desenvolvidos juntos numa
perspectiva de mudança emancipadora .Tendo na política espaço
aberto para discussão e busca de solução, traço original das CEBs,
que distingue das comunidades populares tradicionais, um agente
de CEBs tem o compromisso político, é articulado entre de fé e
vida, Palavra de Deus e compromisso social. Os conservadora não
dá conta dessa unidade, e os acusa de reducionismo, horizontal
ismo, perda da especificidade da fé e do eclesial. No entanto tem
os dois extremos prejudiciais para a vida da CEB: uma resistência
conservadora ao político ou uma tendência à politização geral. Esse
duplo perigo hoje vem acrescido pela atual conjuntura política
e eclesial. Por um lado, há uma retomada conservadora no seio
da Igreja, e doutro, há uma invasão política dos novos partidos
em busca de militantes e membros, tentando encampar a dupla
lucidez de não deixar-se tomar de desconfiança ou desprezo pelo
compromisso político, nem envolver-se totalmente com o político,
perdendo a dimensão eclesial religiosa.
Movimentos populares na luta contra a pobreza
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67. A pobreza em que as comunidades vivem não é natural mas
antes tudo um fato social. Não advém apenas de certas carências
naturais, tais como seca, adversidades climáticas, condição ruim
da terra, mas especialmente de decisões políticas, e das relações
sociais vigentes na sociedade. A novidade nas comunidades vem
de perceber que tal situação não responde ao projeto de Deus, mas,
pelo contrário, é uma ofensa a Ele. Lutar pela transformação dessa
realidade, combatendo a pobreza, é assumir o projeto de Deus e
ter tal consciência tem trazido as comunidades o confronto dessa
realidade social com a Palavra de Deus na Escritura. Conforme
vai conhecendo a verdade dos caminhos da construção do reino,
mas a consciência nos cobra a atitude de busca, mais a comunidade
percebe a situação de pobreza não se explica só pelas condição
da moradia, mas tem sua raiz nas relações de trabalho, nos maus
salários, corresponde má condição de vida. A luta desloca-se
então para o mundo sindical. Surgem as verdadeiras oposições
sindicais, uma luta contra a exploração da força de trabalho. No
primeiro momento nas lutas da habitação, aparecia como o grande
explorador as autoridades local.
Luta nos partidos políticos
As CEBs se interessam pela luta política partidária, buscando a
escolha de representantes do povo que realmente defendam os
interesses e não passem de politiqueiros e populistas. E à medida
que vão descobrindo esses graus de articulação da vida e a política
e a eclesial idade ao mesmo tempo que têm desenvolvido um
compromisso com a transformação da realidade. Os medos, em
geral, vêm mais de autoridades eclesiásticas que estão alheias a
esse processo ou não estão na verdade comprometidas com as
CEBs. As que acompanham as comunidades sabem entender
a situação e conservam a esperança “nesse novo modo de ser
Igreja”. Pensei em retratar um pouco da vida que brota em nossas
igrejas pobres.Os desafios, como sinal de esperança e conversão.
A abertura das igrejas do 1º Mundo já é sinal da presença do
Espírito que dispõe os corações para ouvir os pobres e deixar-se
questionar por eles.
Tereza Silvério da Costa
Assistente Social Pós graduada em Políticas Publicas do SUAS
Gestão de Projetos e pessoas Agente de Pastoral formada pela Diocese de Itapeva, SP,
Curso de Teologia pela Escola da Bíblia, Curso Bíblico pela escola Matter Eclesiae.
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68. O rosto da Igreja de Crato tem em seus traços uma Igreja acolhedora,
romeira, solidária, samaritana, educadora, missionária, fortemente
eucarística e mariana. Uma diocese ministerial, agraciada
com numerosas vocações para os ministérios Ordenados e não
Ordenados, uma Igreja que se reconhece nas CEBs, que acolhe os
Movimentos eclesiais, que reconhece nas Novas Comunidades o
sopro do Espírito Santo, que se articula em Pastorais, que planeja
e avalia a sua ação pastoral articulada, orgânica e de conjunto. É
lindo o rosto da nossa Diocese. Cuidemos para que ela, Esposa
de Cristo e nossa Mãe, seja sempre mais bela, com seu rosto sem
rugas e sem manchas, uma Igreja que agrade ao Coração do Pai
e seja sinal de santidade e de vida para todos.
† Dom Fernando Panico, MSC - Bispo Diocesano de Crato
BIBLIOGRAFIA:
1) Não será assim entre vós! PNV 273 Nilcéia de Souza,
Mercedes Hoppe, Judith Haddad e Nancy Cardoso.
2) A Biblia em suas mãos – Isidoro Mazzarolo.
3) Romaria da Amizade – Reginaldo Veloso.
4) Cartilha 13º Intereclesial de CEBs.
5) Texto Base 13º Intereclesial de CEBs
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69. AVALIAÇÃO DOS CÍRCULOS BÍBLICOS
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Nome do Grupo:__________________________________
Comunidade:______________________________________
Paróquia:_________________________________________
Cidade:__________________________________________
1 – Como foi vivido e celebrado os “Círculos Bíblicos – 13º
Intereclesial de CEBs” na Comunidade ou Paróquia?
2 – Destaque os pontos principais do trabalho que vocês
fizeram – organização, grupos, gesto concreto, etc.
3 – De que maneira o Livro dos Círculos Bíblicos ajudou o
grupo a resgatar a vida e a história de nossas Comunidades
Eclesiais de Base?
4 – Quais os principais desafios encontrados pelo grupo na
realização destes Círculos Bíblicos?
5 – Dê sugestões para continuar o trabalho proposto e melhorar
o Estudo da Bíblia na Igreja.
6 – Quais foram as pessoas que participaram desta Avaliação?
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