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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT




                                                                                                                                                                                               9912259129/2005-DR/MG

                                                                                              A SERVIÇO DAS COMUNIDADES
                                                                                                            COM NIDADES                                                                              MITRA
                                                                                                                                                                                                   CORREIOS




                                                               JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ         ANO XXIX - 276   NOVEMBRO DE 2012

                                                 Foto: Luiza




                                                     O REINO DE
                                                     DEUS ESTÁ
                                                     NO MEIO DE
                                                     VOCÊS!
                                                     (Lc 17, 21)

                                                       Encontro para animadores de Grupos de Reflexão contou com a participação de mais de 400 pessoas. Página 04

                                                   OPINIÃO                                                                              ATUALIDADE
                                                   Sobre o documento conciliar Lumen Gentium, padre Robervam Martins                    Discorre padre Dênis Nunes de Araújo sobre a morte vista pela diversidade
                                                   escreve neste mês: “urge a consciência de que as diferenças eclesiais,               ótica das religiões. Página 09
                                                   manifestadas nas mais variadas vocações, queiram promover a riqueza
                                                   da comunidade cristã. Assim, mostra-nos que a diferença, pautada na                  PONTO DE VISTA PASTORAL
                                                   mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho                   Há algum tempo, sonha a equipe diocesana dos Grupos de Reflexão
                                                   de enriquecimento missionário do corpo eclesial, no mundo.” Leia mais,               confeccionar um roteiro próprio para a Diocese de Guaxupé, até então
                                                   página 03                                                                            dirigido pela Diocese de Caratinga. Neste mês, padre José Luiz sugere
                                                                                                                                        aos grupos experimentar e avaliar um modelo de roteiro feito com outra
                                                   REPORTAGEM                                                                           metodologia. Página 10
                                                   O Ano da Fé é apresentado pelo padre Gladstone Miguel, a partir de alguns
                                                   destaques de falas do papa Bento XVI. Páginas 06 e 07


                                                         DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                      1
editorial
                                                “Uma ocasião,
                                                meu pai pintou a casa toda
                                                de alaranjado brilhante.
                                                Por muito tempo moramos numa casa,
                                                como ele mesmo dizia,
                                                constantemente amanhecendo.”
                                                (Do Poema Impressionista de Adélia Prado)

                                                    O jornal COMUNHÃO de novembro                   resplandecer a fé, a coragem de seguir, a         sofrer aqueles que querem viver numa
                                                apresenta vários tons: cinzas de reflexão           ousadia de viver, a íntima busca de amar.         casa constantemente amanhecendo, em
                                                sobre a morte; vermelhos das notícias de                Batizados foram os cristãos para ilumi-       outras palavras, numa casa de pessoas que
                                                gente amante das coisas do Reino de Deus;           nar, para dar ao mundo a luz de Cristo, para      abraçam causa comum, sonho comum,
                                                alaranjado brilhante de uma Igreja que              amanhecer o mundo na luz da fé do amor...         muito e muito além da busca de vantagens
                                                está constantemente amanhecendo, de-                se não for assim, não será Igreja, Casa de        pessoais. Jesus sabia muito bem que a co-
                                                pois do cinquentenário do Vaticano II. Tudo         Jesus. No início do caminho cristão, ale-         munidade de fé distinguia-se das realida-
                                                isso indica uma diocese que, embora toca-           gravam-se todos aqueles que conviviam e           des temporais: “Mas, entre vós, não deve
                                                da pela escuridão das incertezas e dúvidas          deixavam-se cativar pelos primeiros evan-         ser assim” (Mc 10,43). Não deve ser assim
                                                do tempo presente, não perde a visão do             gelizadores. O cristianismo haverá sempre         na Igreja...
                                                Ressuscitado que caminha a sua frente.              de ser expressão de alegria e esperança, de           Que constantemente amanhecendo
                                                    É preciso pintar a casa... que casa? A          vida plena, radiante, iluminada.                  estejam as comunidades, os trabalhos
                                                vida, se for ela mesma o espaço mais sagra-              Não falta hoje quem reclame sentir-se        pastorais de toda a diocese, pintados de
                                                do. A Igreja, morada de irmãos. O mundo,            sozinho dentro de seus próprios sonhos,           alaranjado brilhante como casas de gente
                                                se for ele mesmo o sonho de habitação               morar em lugares não compartilhados por           que tudo tem em comum, gente cristã...
                                                comum. O importante e urgente agora é               falta de cumplicidade, de entusiasmo de           iluminada. Boa leitura!
                                                pintar... de alaranjado brilhante. Cores mór-       sonhar junto. A busca pelo sucesso pesso-
                                                bidas não entusiasmam a alma. Pintar a              al, pelo trabalho em vista do dinheiro e a
                                                casa significa cintilar os espaços sagrados,        evidência de relações competitivas fazem


                                                                                                                                                          Dom José Lanza Neto


                           voz do pastor
VIDA PLENA
“Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.”
    De que maneira conciliar e propor           “suposta morte digna”.                              o Estado parece interferir. Sou criador de            Como falar da vida? Como propor e
vida humana plena e vida eterna numa               O cenário é encantador. Aparente-                mim mesmo, para que ouvir algo de fora?           defender a vida? Como anunciar a vida
sociedade pós-moderna que valoriza a            mente tudo está bem articulado, orga-                   Na verdade, não quero frustrar a nin-         em plenitude? Como apresentar a vida
vida só como expressão de beleza, de            nizado. Ninguém precisa preocupar-se.               guém e nem apresentar algo novo, mas é            nova trazida por Jesus Cristo? Como falar
riqueza, de prazer, de bem estar, de liber-     Temos espaço para todos; as pessoas                 necessário olharmos à nossa volta e nos           de vida eterna e de ressurreição?
dade e enquanto ela pode proporcionar           estão felizes e realizadas, cada uma pode           darmos conta de como a vida está sendo                Parece que estamos fora do tempo,
felicidade?                                     pensar o que quiser, liberdade absoluta;            maltratada.                                       da realidade e deste mundo. Não será
    Parece existir uma seleção natural dos      cada qual cria formas de viver da maneira               Quatro situações são desafiadoras,            exatamente esta mentalidade para con-
privilegiados, dos excluídos, dos de sorte.     que lhe convier.                                    desumanas e horrendas: a violência, a             trapor as verdades da fé?
    O nascer, o viver e o morrer estão             Tudo vai bem? Ninguém tem que                    fome, a guerra e o aborto. São incalculá-             Que o Cristo - Senhor da vida e de
relacionados a estatísticas. Não podem          ensinar a ninguém. Até parece que esta              veis os resultados destas situações.              tudo, nos inspire e nos fortaleça em nos-
nascer mais pessoas do que está progra-         vida é bem melhor que aquela inventada                  Só para termos ideia, 50 milhões de           sa missão de batizados. Que sua luz, fruto
mado e apesar das prerrogativas: quali-         pela Igreja e por Jesus Cristo. Ninguém             vidas são retiradas por ano, pela prática         da ressurreição, nos ilumine!
dade e expectativa de vida, estou livre         quer perguntar além do que cada pes-                do aborto. As nações insistem nesta prá-              Viver a vida é uma questão de fé.
para minha retirada deste mundo com a           soa quer construir para si. Nem mesmo               tica.


                           expediente
                                              Diretor geral                                       Impressão                                        Redação
                                              DOM JOSÉ LANZA NETO                                 GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO                            Praça Santa Rita, 02 - Centro
                                              Editor e Jornalista Responsável                                                                      CEP. 37860-000, Nova Resende - MG
                                              PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP    Ilustração                                       Telefone
                                              Revisão                                             MARCELO A. VENTURA                               (35) 3562.1347
                                              MYRTHES BRANDÃO                                                                                      E-mail
                                              Projeto gráfico e editoração                        Conselho editorial                               PASCOM.GUAXUPE@GMAIL.COM
                                              AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380   PADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE FRANCISCO     Os Artigos assinados não representam necessariamente a
                                              Tiragem                                             CARLOS PEREIRA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS     opinião do Jornal.
                                              3.950 EXEMPLARES                                    MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.
                                                                                                                                                   Uma Publicação da Diocese de Guaxupé
                                                                                                                                                   www.guaxupe.org.br



  2                                                                                                                                                   JORNAL COMUNHÃO
opinião
LUMEN GENTIUM: UMA LÂMPADA A SER SEMPRE REACENDIDA
“De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros;
e, no entanto, apesar de serem muitos,
todos os membros do corpo formam um só corpo.” (1Cor, 12)
                                                                                       Por Pe. Robervam Martins de Oliveira, pároco da paróquia São José de São José da Barra.


    Ao completar seus cinquenta anos,                                                                                               vocações, queiram promover a rique-
o Concílio Vaticano II é um fenômeno                                                                                                za da comunidade cristã. Assim, mos-
“novo” que nos remete a uma realida-                                                                                                tra-nos que a diferença, pautada na
de “antiga”, uma vez que o sopro vi-                                                                                                mensagem evangélica, não deve soar
vificador do Espírito, manifestado na                                                                                               como problema, mas como caminho
Palavra Eterna e Encarnada do Criador,                                                                                              de enriquecimento missionário do
Jesus Cristo, sempre impulsionou uma                                                                                                corpo eclesial no mundo.
eclesialidade embasada na mensagem
evangélica, cabendo aos discípulos do                                                                                               POVO DE DEUS
Mestre de Nazaré uma permanente                                                                                                         Se partirmos da categoria “povo
Metanóia. Somente se pode mudar a                                                                                                   de Deus”, entenderemos que as mais
realidade, mudando-se a maneira de                                                                                                  variadas funções eclesiais nos devem
pensar a vida. Sendo assim, a conver-                                                                                               mover para um mesmo norte. Pre-
são deve sempre estar no itinerário                                                                                                 cisamos buscar, permanentemente,
daqueles e daquelas que se envolvem                                                                                                 a convergência e não a divergência,
na dinâmica do Evangelho que, mes-                                                                                                  uma vez que o próprio Deus sempre
mo sendo “velho”, apresenta-se sem-                                                                                                 sonhou para o ser humano a fraterni-
pre “novo”. Caso contrário, deixaria                                                                                                dade, tendo como inspiração a comu-
de ser aquilo que se propôs a ser: Boa                                                                                              nhão trinitária, que não faz da diferen-
Notícia. Dentre os vários documentos                                                                                                ça um empecilho, mas um modelo a
conciliares do Vaticano II, discorrere-                                                                                             ser vivenciado pela Igreja, peregrina
mos, rapidamente, sobre a Constitui-                                                                                                no mundo, a caminho da casa pater-
ção Dogmática Lumen Gentium, tendo                                                                                                  na. Mesmo pelo fato de ainda sermos
em vista despertar a consciência para                                                                                               embrionários na mentalidade do Vati-
a importância de sempre voltarmos às                                                                                                cano II, faz-se necessária a constante
inspirações desta fonte conciliar.                                                                                                  busca de harmonia entre o clero e o
                                                                                                                                    laicato, entendendo que um não se so-
LUZ DOS POVOS                                                                                                                       brepõe ao outro, mas se complemen-
    “Luz dos Povos”, tradução de Lumen                                                                                              tam. Ambos pertencem a uma mesma
Gentium, é estruturada nas seguintes                                                                                                realidade. Assim, já nos inspiravam os
partes: o Mistério da Igreja, o Povo de                                                                                             escritos paulinos: “Existem dons di-
Deus, a constituição hierárquica da                                                                                                 ferentes, mas o Espírito é o mesmo;
Igreja e, em especial, o episcopado, os                                                                                             diferentes serviços, mas o Senhor é o
leigos, a vocação de todos à santida-                                                                                               mesmo; diferentes modos de agir, mas
de na Igreja, os religiosos, a índole es-                                                                                           é o mesmo Deus que realiza tudo em
catológica da Igreja peregrina e a sua                                                                                              todos” (1Cor 12, 4-6).
união com a Igreja celeste e a bem-                                                                                                     Após este pequeno comentário,
-aventurada Virgem Maria, Mãe de                                                                                                    podemos apoiar-nos na fala do teólo-
Deus, no mistério de Cristo e da Igreja.                                                                                            go padre Libanio, que considera a Lu-
Esta última parte, segundo algumas                                                                                                  men Gentium uma “mina inesgotável”.
fontes, tornou-se objeto de polêmi-                                                                                                 Para enfatizar sua expressão, ele cita
ca, decorrente da opinião de certos                                                                                                 as palavras do padre Lima Vaz, eviden-
padres conciliares desejarem elaborar                                                                                               ciando a atualidade da “Luz dos Povos”
um documento que se dedicasse so-                                                                                                   para a Igreja de hoje: “...a Constituição
mente a Maria. Porém, tal ideia parece            Em uma rápida análise das partes                                                  dogmática Lumen Gentium permanece
não ter obtido repercussão, cabendo à                                                                                               atual e contém novidades ainda não
Mãe de Deus apenas um capítulo nas
                                               componentes da Lumen Gentium, per-                                                   assimiladas pelo conjunto da Igreja
conclusões conciliares, comprovando               cebemos a necessidade vital de a                                                  católica. Nada melhor que fazer uma
que Maria deve ser entendida em co-                                                                                                 rememoração no sentido profundo do
munhão com a Igreja e não, como um              Igreja buscar sempre uma comunhão                                                   termo. Captar-lhe as intuições funda-
paralelo. Citemos como documento                                                                                                    mentais na contingência de seu mo-
papal, a Exortação Apostólica de Paulo
                                                         com as “diferenças”.                                                       mento histórico e atualizá-las nas vi-
VI, Marilialis Cultus, publicada no ano     percebemos a necessidade vital de a       dade, com evidência para o Sacerdó-           cissitudes presentes. Processa-se uma
de 1979, pouco conhecida pelo clero         Igreja buscar sempre uma comunhão         cio Comum dos Fiéis, fonte dos demais         operação hermenêutica que é uma
e pelos leigos, a qual disserta sobre a     com as “diferenças”. Forma-se assim o     ministérios. Foi, nas águas do Batismo,       leitura eclesial de hoje, à luz dos en-
necessidade do equilíbrio cristão no        Povo de Deus, categoria esta tão res-     o início do nosso “caso de amor” com          sinamentos básicos dos padres conci-
culto mariano.                              saltada nos bastidores conciliares, o     Cristo e sua Igreja. Para isso, urge a        liares” [Vida Pastoral 45 (2004), n. 236,
    Em uma rápida análise das par-          que provocou o mundo católico a ter       consciência de que as diferenças ecle-        pp. 3-8].
tes componentes da Lumen Gentium,           uma visão mais aberta de sua eclesiali-   siais, manifestadas nas mais variadas

      DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                 3
notícias
ACONTECE 3 o ENCONTRO DIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
                                                                                                                                                                                                               Por José Luiz
                                                         Foto: Luíza
    Foi no CAIC, em Guaxupé, mais uma                                                                                                                                      veis para se realizar a Igreja do Vaticano
vez, o Encontro Diocesano dos Grupos                                                                                                                                       II. Os novos cânticos que ele ensinou es-
de Reflexão. Era o Dia da Bíblia, 30 de                                                                                                                                    tarão em breve sendo cantados por toda
setembro. O Encontro contou com 420                                                                                                                                        a diocese.
participantes. Só o Setor Cássia não se                                                                                                                                         Abriu o encontro a entrada solene
fez representar.                                                                                                                                                           da Bíblia, cantada e dançada pelos par-
     O assessor foi o Irmão João Rezende                                                                                                                                   ticipantes de Nova Resende. O encerra-
SDN, que encantou os participantes com                                                                                                                                     mento deu-se com a missa presidida por
suas fascinantes parábolas e compara-                                                                                                                                      dom Lanza que, na homilia, incentivou a
ções e motivou a todos de entusiasmo                                                                                                                                       todos a buscarem, através dos Grupos de
pela Palavra de Deus e pelos Grupos de                                                                                                                                     Reflexão, a prática do jeito “antigo/novo”
Reflexão, como ferramentas indispensá-                   Assessor motivou a todos de entusiasmo pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Reflexão                            de ser Igreja.


ADULTOS RECEBEM SACRAMENTOS NA
PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, EM POÇOS DE CALDAS
                                                                                                                                                                                                       Por Julianne Batista
Foto: Julianne Batista
                                                                                                                                                                               A Catequese de Adultos é um traba-
                                                                                                                                                                           lho que foi solicitado e incentivado pela
                                                                                                                                                                           Diocese de Guaxupé. A Paróquia São Se-
                                                                                                                                                                           bastião, de Poços de Caldas, tem colhido
                                                                                                                                                                           frutos em abundância neste ano. No mês
                                                                                                                                                                           de outubro, dois adultos foram batiza-
                                                                                                                                                                           dos, 16 receberam a Primeira Eucaristia e
                                                                                                                                                                           28, o sacramento da Crisma.
                                                                                                                                                                               No dia 14, realizou-se a Celebração
                                                                                                                                                                           da Crisma, ministrada pelo padre José
                                                                                                                                                                           Maria de Oliveira, com autorização do
                                                                                                                                                                           bispo, dom José Lanza Neto. Na ocasião,
                                                                                                                                                                           o pároco pediu aos crismados que procu-
                                                                                                                                                                           rassem engajar-se nos diversos trabalhos
                                                                                                                                                                           desenvolvidos na paróquia, através das
                                                                                                                                                                           pastorais e movimentos, Dessa forma,
                                                                                                                                                                           eles estarão, efetivamente, vivendo a fé
                                                                                                                                                                           que confirmaram através do sacramento
Em outubro, 02 adultos foram batizados, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma                                                                    recebido.


PROVÍNCIA ECLESIÁTICA PROMOVE ASSEMBLEIA VOCACIONAL
                                                                                                                                                                                                 Por Hudson Ivan Teixeira
                                                                                                                  Foto: SAV Diocese de Guaxupé
    Nos dias 28, 29 e 30 de setembro,                    mesma, bem como saber quais são os
aconteceu em Poços de Caldas a IV As-                    objetivos a serem alcançados. Destacou
sembleia da Pastoral Vocacional e Servi-                 ainda que o amor do agente vocacional
ço de Animação Vocacional (PV/SAV) da                    para com o SAV é essencial. Com bas-
Província Eclesiástica de Pouso Alegre,                  tante didática e conhecimento bíblico,
constituída pelas dioceses de Campanha                   refletiu ainda sobre vários personagens
e Guaxupé e pela arquidiocese de Pouso                   bíblicos, aplicando suas características à
Alegre. Com a participação de mais de 80                 vida e missão do animador vocacional.
animadores vocacionais, sendo estes, re-                 Como João Batista, o animador vocacio-
ligiosos, religiosas, padres, seminaristas,              nal tem a missão de apontar aquele que
leigos e leigas, o evento contou com a                   é o mestre: Jesus de Nazaré. Irmã Clotil-
assessoria da Irmã Clotilde Prates de Aze-               de ainda fez uma breve reflexão sobre as
vedo que faz parte da congregação das                    novas comunidades de vida e ressaltou a
Irmãs Apostolinas. Durante o encontro,                   importância de acolher e conhecer mais
ocorreu a visita de vários padres e a missa              suas propostas e carismas, tendo em vis-
de encerramento foi presidida por dom                    ta que muitos jovens se identificam com
José Lanza Neto.                                         as mesmas.
                                                                                                                  Assembleia foi assessorada por irmã Clotilde Prates de Azevedo e teve como tema “As Equipes Vocacionais Paro-
    A assembleia teve como temática “As                      Para padre Alexandre José Gonçal-
                                                                                                                  quiais - Constituição, Espiritualidade e Atuação”
Equipes Vocacionais Paroquiais - Cons-                   ves, responsável pelo SAV da Diocese de
tituição, Espiritualidade e Atuação”. A                  Guaxupé e representante da província                     com isso, a troca de experiências; reani-                gando”. Além disso, houve uma grande
assessora levou o grupo a refletir vários                no regional Leste 2, “esta IV Assembleia                 mar aqueles que há tempos ‘pelejam’ no                   mobilização de voluntários que estão na
pontos acerca do tema. Destaca-se, em                    contribuiu de maneira excelente no sen-                  SAV e, às vezes, por vários motivos, sen-                Igreja em diversos movimentos e pasto-
sua fala, a importância de uma equipe                    tido de promover o encontro dos vários                   tem a necessidade de um novo fôlego                      rais e que poderão ser, nesses ambientes,
bem estruturada, da vida espiritual da                   animadores vocacionais da província e,                   e entusiasmar àqueles que estão che-                     animadores vocacionais.

  4                                                                                                                                                                        JORNAL COMUNHÃO
notícias
RCC REALIZA ‘SEMANAS MISSIONÁRIAS’ EM POÇOS DE CALDAS
                                                                                                                                                                                                       Por Julianne Batista
                                                                                                                  Foto: João Paulo Ferreira
    O Grupo de Oração Parque de Cristo,                   das Missões, comemorado em 21 de
da paróquia São Francisco de Assis e San-                 outubro. “Esperamos colher os frutos do
ta Clara, no bairro Parque Pinheiros, em                  trabalho dos missionários não somente
Poços de Caldas, realizou desde o dia 17                  para o Grupo de Oração, mas para toda a
de outubro, as ‘Semanas Missionárias’. O                  paróquia, tendo em vista o levantamento
evento tem acontecido, a pedido da Re-                    que será feito sobre as necessidades das
novação Carismática Católica do Brasil,                   famílias visitadas.”
em dioceses espalhadas por todo o país.
    Foram duas semanas de atividades,                     FORMAÇÃO
durante as quais 20 missionários percor-                      Antes de iniciarem as missões, os ser-
reram sete bairros da zona leste da cida-                 vos receberam orientações. Eles tiveram
de. No sábado (13), os missionários rece-                 contato com o subsídio de planejamen-
beram o envio do pároco padre Gledson                     to e formação, fornecido pela RCCBrasil.
Antônio Domingos, durante a celebração                    Este conteúdo foi, anteriormente, anali-
da missa. Na ocasião, o padre falou sobre                 sado e autorizado pelo pároco local.
a importância de atividades como esta,                        O Grupo Parque de Cristo mapeou
promovida pela RCC.                                       os locais e dividiu os setores por onde os              Durante 02 semanas de atividades, 20 missionários percorreram a Paróquia São Francisco e Santa Clara
    Domingos também lembrou o Dia                         missionários passariam.



SETOR POÇOS CELEBRA 10 ANOS DE FORMAÇÃO CRISTÃ
                                                                                                                                                                                                        Por Dora Scassiotti
Foto: Dora Scassiotti
                                                                                                                      Realizou-se no dia 22 de setembro, no                de fé. Ela se encontra no evangelho, na
                                                                                                                  salão paroquial da Paróquia São Sebas-                   pessoa de Jesus. Por isso, toca o coração
                                                                                                                  tião, o primeiro encontro do setor Poços                 através do Espírito Santo.
                                                                                                                  para celebração dos 10 anos de forma-                        A segunda palestra esteve a cargo do
                                                                                                                  ção cristã na diocese, contando com a                    padre Henrique Neveston da Silva, da
                                                                                                                  participação de 120 membros do curso                     Paróquia Nossa Senhora da Assunção de
                                                                                                                  de iniciação teológica e dos grupos de                   Cabo Verde, com o tema “Tempo de ver,
                                                                                                                  formação cristã.                                         tempo de crer... e amar.” Discorreu que a
                                                                                                                      Houve duas palestras, a primeira mi-                 Igreja precisa deixar de ser de manuten-
                                                                                                                  nistrada pelo padre Reginaldo da Silva,                  ção e passar a ser uma Igreja missionária.
                                                                                                                  da Paróquia Nossa Senhora das Dores                      Ver - assumir um compromisso de forma-
                                                                                                                  de Guaxupé, com o tema “A mística na                     ção; Crer - estudar, racionalizar e transfor-
                                                                                                                  formação - caminho para a santidade.”                    mar esta fé em vida; Amar esta Igreja, as-
                                                                                                                  Segundo Reginaldo, a mística cristã é um                 sumindo a fé para não mais deixar Cristo.
“A mística na formação” e “Tempo de ver, tempo de crer... e amar” foram temas ministrados para membros do curso
                                                                                                                  conjunto de experiências amorosas, o                         O encontro foi avaliado como muito
de iniciação teológica e dos grupos de formação cristã                                                            amor de Deus vivenciado na caminhada                     bem sucedido.



FUNDADORA DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS É CANONIZADA
                                                                                                                                                                                                    Por Pe. Gilvair Messias
                                                          Foto: www.anec.org.br
    No domingo, 21 de outubro, o papa                                                                                                                                      ao contemplar o progresso da Congre-
Bento XVI, em Santa Missa na Praça São                                                                                                                                     gação das Religiosas Concepcionistas
Pedro, em Roma, canonizou Jacques                                                                                                                                          Missionárias do Ensino, pôde cantar
Bethieu, Maria del Monte Carmelo Sal-                                                                                                                                      junto com a Mãe de Deus: ‘Seu amor,
les y Barangueras, Marianna Cope, Ka-                                                                                                                                      de geração em geração, chega a todos
teri Tekakwitha e Anna Schäffer.                                                                                                                                           que o respeitam’. Sua obra educativa,
    Maria del Monte Carmelo Salles y                                                                                                                                       confiada à Virgem Imaculada, conti-
Barangueras ou Madre Carmen Salles                                                                                                                                         nua a dar frutos abundantes entre os
é a fundadora das Irmãs Concepcionis-                                                                                                                                      jovens e através da entrega generosa
tas Missionárias do Ensino. Ao referir-                                                                                                                                    de suas filhas que, como ela, se con-
-se à santa, disse o papa Bento XVI “So-                                                                                                                                   fiam ao Deus que pode tudo.”
bre nós venha, Senhor, a vossa graça,                                                                                                                                         A fundadora foi canonizada no ano
pois, em vós, nós esperamos!WW Com                                                                                                                                         em que a Congregação completou
estas palavras, a liturgia nos convida a                                                                                                                                   cem anos de presença no Brasil e o
fazermos nosso, este hino a Deus cria-                                                                                                                                     milagre que levou a santa aos altares
dor e providente, aceitando seu plano                                                                                                                                      ocorreu em terras brasileiras. Na Dio-
em nossas vidas. Assim o fez Santa                                                                                                                                         cese de Guaxupé, a congregação mar-
Maria del Carmelo Salles y Barangue-                                                                                                                                       ca significativa presença nas cidades
ras, religiosa nascida em Vic, Espanha,                                                                                                                                    de Machado e de Passos.
em 1848. Quando viu sua esperança
preenchida, após muitas dificuldades,                     A fundadora foi canonizada no ano em que a Congregação completou cem anos de presença no Brasil


         DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                                                              5
reportagem
Foto: caladamusica.blogspot.com


                                               A PORTA DA FÉ
                                                                     Por padre Gladstone Miguel da Fonseca




                                                           Fé! uma pequenina palavra que carrega
                                                           em si grande conteúdo e significado. Du-
                                                           rante muito tempo, fé era ligada à razão. O
                                                           que não podia ser comprovado pela razão
                                                           era conteúdo da fé. Nas últimas décadas,
                                                           a Igreja através de seu magistério, tem
                                                           levantado a questão de modo um pouco
                                                           diferenciado. O papa João Paulo II discur-
                                                           sava sobre fé e ciência não mais como con-
                                                           trárias, mas a razão, a ciência, auxiliando
                                                           à fé. O inverso também acontece. No dia
                                                           a dia, muitas vezes, ouvimos expressões
                                                           como: sou uma pessoa de fé; ou, aque-
                                                           la pessoa tem fé; aquela outra não tem
                                                           fé... Agora perguntamos: o que é Fé? Fé é
                                                           acreditar, confiar. No entanto, continua-
                                                           mos a perguntar: em que e ou em quem
                                                           você depositou sua fé? O Papa Bento XVI
                                                           publicou recentemente a carta apostólica
                                                           Porta Fidei (A Porta da Fé), com a qual se
                                                           proclama o Ano da Fé. A partir da carta, o
                                                           COMUNHÃO apresenta algumas pergun-
                                                           tas respondidas com dizeres do pontífice.




  6                                                                JORNAL COMUNHÃO
reportagem

O ANO DA FÉ. O QUE É E QUANDO               testemunho e um compromisso públi-           transformar com a força da sua ressur-        am para acudir às necessidades dos ir-
ACONTECERÁ?                                 cos. O cristão não pode jamais pensar        reição.                                       mãos (cf. At 2, 42-47). Pela fé, os márti-
                                            que crer seja um fato privado. A fé é                                                      res deram sua vida para testemunhar a
   Decidi proclamar um Ano da Fé.           decidir estar com o Senhor, para viver       QUAIS EXEMPLOS DE FÉ MARCARAM                 verdade do Evangelho que os transfor-
Este terá início a 11 de outubro de         com ele. E esse estar com ele implica        ESTES DOIS MIL ANOS DE NOSSA                  mara, tornando-os capazes de chegar
2012, no cinquentenário da abertu-          a compreensão das razões pelas quais         HISTÓRIA DE SALVAÇÃO?                         ao dom maior do amor com o perdão
ra do Concílio Vaticano II e terminará      se acredita. A fé, precisamente porque                                                     de seus próprios perseguidores. Pela
na Solenidade de Nosso Senhor Jesus         é um ato da liberdade, exige também              Pela fé, Maria acolheu a palavra do       fé, homens e mulheres consagraram
Cristo, Rei do Universo, a 24 de no-        um assumir a responsabilidade social         Anjo e acreditou no anúncio de que se-        a própria vida a Cristo, deixando tudo
vembro de 2013. Desejamos que este          daquilo em que se acredita. No dia de        ria Mãe de Deus na obediência da sua          para viver em simplicidade evangélica
Ano suscite, em cada crente, o anseio                                                    dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel,   à obediência, à pobreza e à castidade.
de confessar a fé plenamente e com                                                       elevou seu cântico de louvor ao Altíssi-      Pela fé, muitos cristãos se fizeram pro-
renovada convicção, com confiança e          A fé é decidir es-                          mo pelas maravilhas que realizava em          motores de uma ação em prol da jus-
esperança. Será uma ocasião propícia                                                     quantos a ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-     tiça, para tornar palpável a palavra do
também para intensificar a celebração       tar com o Senhor,                            55). Com a mesma fé, seguiu o Senhor          Senhor, que veio anunciar a libertação
da fé na liturgia, particularmente na                                                    na sua pregação e permaneceu ao seu           da opressão e um ano de graça para
Eucaristia, que à meta para a qual se
                                              para viver com                             lado, mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-        todos (cf. Lc 4, 18-19). Pela fé, vivemos
encaminha a ação da Igreja e fonte de
onde emana toda sua força.
                                             ele. E esse estar                           27). Com fé, Maria saboreou os frutos
                                                                                         da ressurreição de Jesus e, conservan-
                                                                                                                                       também nós, reconhecendo o Senhor
                                                                                                                                       Jesus, vivo e presente na nossa vida e
                                            com ele implica a                            do no coração a memória de tudo (cf.          na história.
EM QUE SE FUNDAMENTA O ANO DA                                                            Lc 2,19.51), transmitiu aos Doze, reuni-
FÉ?                                         compreensão das                              dos com ela no Cenáculo, para recebe-         CONSIDERAÇÕES FINAIS
                                                                                         rem o Espírito Santo (cf. At 1,14; 2,1-4).
    Não podemos aceitar que o sal se        razões pelas quais                           Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo               Que venha o ano da fé! E junto com
torne insípido e a luz fique escondida                                                   para seguir o Mestre (cf. Mc 10,28).          ele, a esperança renasça. A fé seja o ali-
(cf. MT 5,13-16). Também o homem
                                                se acredita.                             Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obe-       cerce de nossa caminhada e teremos
contemporâneo pode sentir de novo                                                        decendo ao mandato de levar o Evan-           a força de, assim como Pedro, realizar
a necessidade de ir como a samari-          Pentecostes, a Igreja manifesta, com         gelho a toda criatura (cf. Mc 16,15) e,       nossa confissão de fé: “Então, disse
tana ao poço, para ouvir Jesus, que         toda a clareza, essa dimensão pública        sem temor algum, anunciaram a todos           Jesus aos Doze: ‘Não quereis também
convida a crer nele e a beber na sua        do crer e do anunciar sem temor a pró-       a alegria da ressurreição, de que foram       partir? ’Simão Pedro respondeu-lhe:
fonte, donde jorra água viva (cf. Jo        pria fé a toda gente. É o dom do Espíri-     fiéis testemunhas. Pela fé, os discípulos     ‘Senhor, a quem iremos? Só tu Tens
4,14). Devemos readquirir o gosto de        to Santo que prepara a missão e forta-       formaram a primeira comunidade reu-           palavras de vida eterna e nós cremos e
nos alimentarmos da Palavra de Deus,        lece o nosso testemunho, tornando-o          nida à volta do ensino dos Apóstolos,         reconhecemos que és o Santo de Deus”
transmitida fielmente pela Igreja e do      franco e corajoso. A própria profissão       na oração, na celebração da Eucaristia,       (J0 6, 67-69).
Pão da Vida, oferecidos como sustento       da fé é um ato simultaneamente pes-          pondo em comum aquilo que possuí-
de quantos são seus discípulos (cf. Jo      soal e comunitário. De fato, o primeiro
6,51). De fato, em nossos dias, ressoa      sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comu-
ainda, com a mesma força, este ensi-        nidade cristã que cada um recebe o Ba-
namento de Jesus: “Trabalhai, não pelo      tismo, sinal eficaz da entrada no povo
alimento que desaparece, mas pelo ali-      dos crentes, para obter a salvação.
mento que perdura e dá a vida eterna”
(Jo 6,27). E a questão, então posta por     COMO DEVE SER VISTA A HISTÓRIA
aqueles que o escutavam, é a mesma          DE NOSSA FÉ DURANTE ESTE ANO?
que colocamos também hoje: “Que
havemos nós de fazer para realizar as           Será decisivo repassar, durante este
obras de Deus? (Jo 6,28). Conhecemos        Ano, a história de nossa fé, que faz ver
a resposta de Jesus: “A obra de Deus é      o mistério insondável da santidade,
esta: crer naquele que ele enviou” (Jo,     entrelaçado ao pecado. Enquanto a
6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o   primeira coloca em evidência a grande
caminho para se poder chegar definiti-      contribuição que homens e mulheres
vamente à salvação.”                        prestaram para o crescimento e o pro-
                                            gresso da comunidade com o testemu-
QUE PERCURSO PODE AJUDAR A                  nho da sua vida, o segundo deve pro-
COMPREENDER DE MANEIRA MAIS                 vocar em todos uma sincera e contínua
PROFUNDA OS CONTEÚDOS DA FÉ?                obra de conversão para experimentar
                                            a misericórdia do Pai, que vem ao en-
    De fato, existe uma unidade pro-        contro de todos. Ao longo deste tem-
funda entre o ato com que se crê e os       po, manteremos o olhar fixo em Jesus
conteúdos aos quais damos nosso as-         Cristo, “autor e consumador da fé” (Hb
sentimento. O apóstolo Paulo permite        12,2): nele encontra plena realização
entrar nessa realidade, quando escre-       toda a ânsia e anélito do coração hu-
ve: “Acredita-se com o coração e, com       mano. A alegria do amor, a resposta ao
a boca, faz-se a profissão de fé” (Rm       drama da tribulação e do sofrimento,
10,10). O coração indica que o primeiro     a força do perdão diante da ofensa re-
ato, pelo qual se chega à fé, é dom de      cebida e a vitória da vida sobre o va-
Deus e ação da graça que age e trans-       zio da morte, tudo isso encontra plena
forma a pessoa até o mais íntimo dela       realização no mistério de sua Encarna-
mesma (...). Por sua vez, o professar,      ção, de seu fazer-se homem e partilhar
com a boca, indica que a fé implica um      conosco a fragilidade humana para a

      DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                    7
catequese
COMO ABORDAR NA CATEQUESE A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃO
                                                               Por Pe. Sandro Santos, pároco do Santuário de Santa Rita de Cássia, Cássia (MG) e assessor diocesano de catequese

   Neste mês, lembramos o dia                                                                                                                  e Homem numa só existência,
dos finados. É oportuno apro-                                                                                                                  o Belo que se une ao Ilimitado,
veitar esta data para dar uma                                                                                                                  para transformá-lo. Por isso,
boa catequese, pois alguns as-                                                                                                                 a fé na Ressurreição de Cristo
suntos são pertinentes não só                                                                                                                  muda a sorte da face da terra
para a catequese, mas também                                                                                                                   e impulsiona os cristãos a faze-
para a vida cristã.                                                                                                                            rem a diferença.
                                                                                                                                                   A Ressurreição é um misté-
Entendendo o assunto:                                                                                                                          rio e, por isso, não tem como
                                                                                                                                               ser provado cientificamente,
    Ressurreição não é apenas                                                                                                                  mas pode sê-lo através das
um ato de fé, mas uma experi-                                                                                                                  realidades que vemos a partir
ência concreta com Jesus que                                                                                                                   da Ressurreição. É muito bom
está vivo. Esta é a certeza que                                                                                                                falar que há coisas na vida que
devemos expressar em toda                                                                                                                      não se explicam, mas sabe-
nossa catequese. É a experiên-                                                                                                                 -se que existem. O essencial é
cia vivida, naquela manhã, por                                                                                                                 ver a ressurreição como vida
algumas mulheres e também                                                                                                                      transformada, vida renovada.
a experiência vivida pelos dis-
cípulos de Emaús, por Paulo e                                                                                                                  Missão da Catequese
tantos outros que, após a ex-
periência, foram tomados de                                                                                                                        A catequese tem uma mis-
alegria por sentir a presença do                                                                                                               são fundamental: orientar os
Ressuscitado.                                                                                                                                  catequizandos e a própria co-
    Ressurreição é Deus inva-                                                                                                                  munidade cristã sobre o ver-
dindo a vida de quem faz esta                                                                                                                  dadeiro sentido da vida, da
experiência: “Ele está no meio                                                                                                                 ressurreição e da eternidade.
de nós.” Falar sobre a fé na Res-                                                                                                              Quem não coloca em seu ho-
surreição numa homilia é fácil,                                                                                                                rizonte a ressurreição, perde-
mas numa linguagem catequé-                                                                                                                    -se no cotidiano da vida e fica
tica, respeitando as várias fases                                                                                                              preso a situações constantes
do desenvolvimento humano é                                                                                                                    de morte.
outra coisa. Temos que usar o                                                                                                                      Muitos autores falam sobre
recurso da linguagem e do grau                                                                                                                 ressurreição fazendo compa-
de compreensão em que cada                                                                                                                     rações. O próprio Jesus nos
interlocutor se encontra.                                                                                                                      falava deste modo. Ele usou a
    Espero que esta matéria                                                                                                                    comparação da semente que
contribua para que nossos ca-                                                                                                                  jogada na terra, se ela mor-
tequistas, espalhados por nos-                                                                                                                 re, transforma-se. O Apóstolo
sa diocese e, quem sabe, por                                                                                                                   Paulo também vai na mesma
outros lugares, possa amenizar                                                                                                                 direção. E um autor muito per-
a insegurança quando se veem                                                                                                                   to de nós, fala da relação do
diante deste assunto tão subli-                                                                                                                milho de pipoca e a própria
me, pois a ressurreição é o cen-                                                                                                               pipoca, e de como no mistério
tro de nossa fé é a certeza de                                                                                                                 do calor, um se transforma no
que nossa vida não termina com a mor-           do mal e do coração carregado de         pessoas para com Jesus Cristo.               outro.
te. Aliás, isto nós professamos ao rezar        maldade, a morte entrou no mun-              O tema é sublime, mas não deixa de           Sendo assim, estimados catequis-
o “Creio em Deus Pai”, mas ao mesmo             do.                                      ser difícil de expressar, principalmente     tas, não é preciso de palavras eloquen-
tempo, um assunto tão complexo por-             • Jesus Cristo passou pela morte         numa realidade de sociedade em que           tes e difíceis para falar da Fé na Res-
que é mistério. No entanto, não se fala         Apesar de não ter pecado. Mas não        uma boa, para não dizer grande parte         surreição de Cristo. É preciso sim, um
de ressurreição sem se falar de morte.          ficou na morte. Três dias após seu       dela, tem a tendência a ver e a ter como     conhecimento teórico, mas, acima de
    Dom Juventino Kestering, um gran-           sepultamento, ele ressuscitou. É         verdade algo que seja empírico, dificul-     tudo, estar aberto à experiência de fé e
de catequista, em uma de suas análises,         na ressurreição de Jesus que nossa       tando a compreensão ou, até mesmo, a         ter um olhar de transformação da vida,
diz que a morte deve ser entendida em           vida adquire novo sentido.               aceitação do Mistério.                       pois por vários momentos, passamos
três dimensões:                                                                              Jesus de Nazaré foi um homem con-        pela realidade de ressurreição. Nossa
                                               Como afirma São Paulo “Se Cristo          creto que viveu num dado momento             catequese deve ser anunciadora da es-
      • A morte é o fim da vida terrestre   não ressuscitou, inútil é nossa fé” (1Cor    da história humana. Sua vida foi tão         perança e da vida.
      Nossa vida é medida pelo tempo,       15,14). Sabe-se que numa formação,           marcante que muitas religiões fazem
      ao longo do qual passamos por         seja ela religiosa ou não, deve-se ter       menção a ela. E para nós, cristãos, ter      Para refletir no grupo:
      mudanças, envelhecemos e, como        como princípio, o respeito à fase de de-     a certeza de que esse homem viveu,
      acontece com todos os seres vivos     senvolvimento em que o ser humano            sofreu e morreu, nada difere de outras            • Quem, em sã consciência, já ex-
      da terra, a morte aparece como fim    se encontra (se é criança, adolescente,      religiões. No entanto, ter a certeza de           perimentou uma sensação de
      normal da vida.                       jovem ou adulto), seu contexto sócio-        que ele viveu, morreu e ressuscitou dos           superação e transformação de si
      • A morte é consequência do pecado    -econômico, cultural, político e religio-    mortos, muda tudo. Fato que Jesus de              mesmo?
      O pecado entrou no mundo e de-        so e até, por que não dizer, educacio-       Nazaré, para muitos, é apenas um ser
      sorganizou desígnios de Deus.         nal. Agindo assim, pode-se alcançar          especial, um homem perfeito. Para nós,
      Como consequência do pecado,          com mais sucesso o encantamento das          Ele é nosso Salvador e Redentor, Deus

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atualidade

A CONCEPÇÃO SOBRE A MORTE NAS RELIGIÕES E DOUTRINAS NOS DIAS ATUAIS
  “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus
              um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Cor 5,1).
                                                                                         Pe. Dênis Nunes de Araújo, vigário paroquial na Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas




    A morte é a cessação total da vida e    libertar deste ciclo, é preciso levar uma    lo: ‘o meu desejo é partir e ir estar com      senta o fim do corpo, mas o espírito, que
não há possibilidade alguma de existên-     vida sem contradições. A alma nunca          Cristo’ (Fl 1, 23)”. Jesus Cristo transfor-    não morre, toma nova forma e se reen-
cia. Os seres humanos são dotados de        morre, ela vai mudando de corpo. Após        mou a maldição da morte em bênção              carna. Após o desligamento do corpo,
inteligência, através da qual, somente      longas reencarnações, encontra-se com        (2Tm1,11; Fl1,21). “Contudo, semeia-se         o espírito parte para um longo proces-
estes conseguem saber que morrerão.         um grande santo (Sad-Guru) e ela se          no túmulo um corpo corruptível, ele            so de reencarnações e purificação. São,
Desta forma, surgem os grandes ques-        auto-desenvolve e vai ao encontro do         ressuscita um corpo incorruptível, um          nas várias reencarnações, que o espírito
tionamentos: Como será a morte? Para        transcendental em Deus.                      ‘corpo espiritual’ (I Cor 15, 44).” Porém,     se purifica até atingir a perfeição. É um
onde o ser humano vai após a morte?              No budismo, com a morte, o espírito     “na morte Deus chama o homem para si.          processo que não é conhecido ao ser
O que existe após a morte? Muitos se        abandona seu corpo físico que fica inu-      É por isso que o cristão pode sentir, em       humano, pode ser que sucedam várias
inquietam a responder sobre o assun-        tilizado e retorna ao mundo espiritual.      relação à morte, um desejo semelhante          vidas ou não. O fato é que ao purificar-
to; mas a resposta depende, em grande       Neste, reinicia uma nova vida de purifi-     ao de São Paulo: ‘o meu desejo é partir e      -se plenamente, o espírito se torna bem
parte, de valores culturais e religiosos    cação. A morte significa “o que vai nas-     ir estar com Cristo’ (Fl 1, 23)” (CIC 1011).   aventurado, um espírito puro.
pessoais.                                   cer”. Morre-se para o mundo material e       Jesus Cristo transformou a maldição                A maioria das igrejas evangélicas
    O ser humano sente-se intrigado         nasce para o mundo espiritual. Após um       da morte em bênção (2Tm1,11; Fl1,21).          acredita na eternidade da alma e que há
diante do fato da morte. O processo         período, renasce no mundo físico, mas        “Contudo, semeia-se no túmulo um cor-          a salvação para os justos e a condena-
civilizatório mostra que esta é uma das     vai acumulando impurezas e máculas           po corruptível, ele ressuscita um corpo        ção para os injustos.
preocupações de quase todos os povos        durante a existência, tanto no corpo físi-   incorruptível, um ‘corpo espiritual’ (I Cor        A cultura afro-brasileira, em sua
que habitaram o planeta Terra. Várias       co quanto no espiritual. O corpo é nova-     15, 44)” (CIC 1017).                           grande parte, supõe que a vida e a mor-
doutrinas e religiões que surgiram du-      mente abandonado e o espírito volta a             A revista Época, em sua edição de         te são uma alternação de ciclos. Deste
rante a existência humana buscaram          purificar-se no mundo espiritual em um       nº 325, publicou um artigo de Caroli-          modo, o morto volta ao mundo dos vi-
satisfações para seus seguidores sobre      ciclo.                                       na Nascimento intitulado: “Saiba como          vos que pode até mesmo se reencarnar
seus entes que morreram.                         O cristianismo crê na ressurreição,     a morte é vista em diferentes religiões        na própria família. Para o candomblé,
    Nas religiões antigas, já se percebia   assim como Jesus Cristo ressuscitou to-      e doutrinas.” A autora explana que nos         por exemplo, o morrer é passar para
que o tema é referente.                     dos ressuscitarão. A morte marca o fim       pensadores da filosofia grega, entre           uma dimensão diferente, a da existência
    No judaísmo, acredita-se em uma         da existência terrena, porém início da       eles, Pitágoras, Platão e Plotino, a ideia     terrena e permanecer junto aos espíri-
vida após a morte. Não se sabe como         eterna. “O Cristão, que une a sua própria    é de que há uma existência após a mor-         tos daqueles que já morreram, junto aos
é esta continuidade, pois enquanto se       morte à de Jesus, vê a morte como um         te e um julgamento. Na doutrina niilista       orixás e guias.
vive neste mundo, é impossível saber o      caminhar ao seu encontro e uma entra-        (nihil, nada), o ser possui toda sua es-           Os mórmons acreditam que, após
que há após a morte. A alma se separa       da na vida eterna (CIC 1020).” Também        sência na matéria. Morrer significa o fim      a morte, o espírito vai para um mundo
do corpo e possui outras experiências       no parágrafo 1005 diz o Catecismo da         de qualquer possibilidade, não há nada         espiritual, no qual aqueles que não re-
até voltar na ressurreição dos mortos.      Igreja Católica: “Para ressuscitar com       além de sua existência. Na doutrina            ceberam o evangelho em vida poderão
    No islamismo, o muçulmano é sub-        Cristo é preciso morrer com Cristo, é        panteísta (o universo, a natureza e Deus       ouvi-lo e aceitá-lo através de missioná-
misso a Deus (Alah). A morte não é ani-     preciso ‘deixar a mansão deste corpo         têm o mesmo valor), ao iniciar a vida, o       rios. Nesse lugar, esperam a segunda
quilação do indivíduo, é a passagem de      para ir morar junto do Senhor’ (2 Cor        espírito e o corpo são reunidos em todo        vinda de Jesus Cristo.
uma vida para outra. Esta vida é uma via    5,8). Nesta ‘partida’ que é a morte, a       o universo e, ao morrer, os mesmos vol-            Portanto, a morte é algo que impul-
para a grande recompensa que há de          alma é separada do corpo. Ela será reu-      tam a ser uma massa comum para nova-           siona várias religiões e doutrinas que
receber. “A Deus pertence tudo quanto       nida a seu corpo no dia da ressurreição      mente se reunir e voltar em outra vida         buscam orientar seus seguidores a te-
existe nos céus e na terra, para castigar   dos mortos.” A morte é consequência do       ou forma.                                      rem um olhar para o estágio pós-morte.
os malévolos, segundo o que tenham          pecado. O homem, sendo mortal, não                Os ateus são aqueles grupos que não       Pode-se notar que apesar das diferenças
cometido, e recompensar os benfeitores      foi criado por Deus para morrer. A morte     acreditam na existência de um Deus.            no pensar, há semelhança entre elas. A
com o melhor.” (Alcorão 53:31).             foi contrária aos desígnios de Deus (cf.     Não acreditam que exista alguma forma          morte continuará ainda um grande mis-
    O hinduísmo concebe que, após a         CIC 1008). Porém, “na morte Deus cha-        de vida após a morte. Esta fundamenta-         tério, mas a partir de princípios teológi-
morte, há reencarnação. A vida na Ter-      ma o homem para si. É por isso que o         ção está na posição de que não há qual-        cos da vida e da morte, é possível torná-
ra é um eterno ciclo de nascimentos,        cristão pode sentir, em relação à morte,     quer comprovação desta existência.             -la crível.
mortes e reencarnações. Para alguém se      um desejo semelhante ao de São Pau-               Para o espiritismo, a morte repre-

      DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                                     9
ponto de vista pastoral
EXPERIÊNCIA DE NOVOS ROTEIROS DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
                         Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende

   A diocese de Guaxupé pretende preparar seus próprios roteiros para os Grupos de Reflexão. A seguir, é apresentado um roteiro experimental, entre 25 de novembro a
02 de dezembro. Outras semanas de novembro podem ser encontradas no site www.guaxupe.org.br.
   Pensou-se em mudar o estilo. Começa-se por um fato da vida, motivando, em seguida, a discussão sobre as causas e consequências daquele fato. É o VER. Em seguida,
vem o JULGAR. Primeiro, descobrir coisas boas e ruins que se encontram no fato, nas suas raízes e nos seus resultados, depois iluminar tudo com a Palavra de Deus, o
Evangelho do domingo seguinte. Não fica de fora o AGIR, que é fazer alguma coisa para melhorar a situação que o fato com suas causas e consequências revelou.
   Pede-se aos grupos que, após utilizarem este roteiro, digam à coordenação dos Grupos de Reflexão se o novo roteiro conseguiu motivar mais os participantes, se as
reuniões ficaram mais animadas, ou se houve dificuldades grandes, desânimo e/ou abandono.

                                               Semana entre 25 de novembro a 2 de dezembro
Canto: (a escolher)                                                                                                                            são uma oportunidade para a verdadeira
Oração inicial                                                                                                                                 mensagem de Jesus ir mais longe? A gente
L. 1: Nosso mundo carece de fé, a força que                                                                                                    pode fazer alguma coisa?
vem de dentro e nasce de Deus, Deus que                                                                                                        (Tempo para pensar e cada qual ver o que
está dentro e me enche de forças, busca de                                                                                                     poderá fazer)
Deus que não me deixa errar.
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem                                                                                                                      ORAR
luz apagada!                                                                                                                                   - Pelos grupos de reflexão e comunidades
                                                                                                                                               cristãs do mundo inteiro, para que sejam
L. 2: Nosso mundo carece de amor, que                                                                                                          sempre um caminho seguro para enten-
vence a guerra e a violência nascidas den-                                                                                                     dermos a mensagem de Jesus e irmos ao
tro de casa. Nosso mundo carece de solida-                                                                                                     seu encontro, rezemos ao Senhor!
riedade, que vence a competição e une os        com o fim do mundo, pode ser a qualquer       L. 5: Neste Evangelho, Jesus comenta a
rivais.                                         momento e sem avisar. Conhecem fatos          destruição de Jerusalém, bem próxima de          - Pelos dirigentes da nossa Igreja, para que
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem      semelhantes?                                  acontecer. Foi o fim da antiga religião judai-   nos ajudem a ver em todos os aconteci-
luz apagada!                                    (Tempo para pensar e conversar)               ca – os cristãos ainda estavam presos a ela      mentos um chamado de Deus para sermos
                                                                                              – e a abertura de um novo horizonte para o       mais fiéis ao seu projeto de vida, de justiça,
L 3: Nosso mundo carece de caminho para         Os porquês, a raiz                            cristianismo. O Evangelho usa uma lingua-        de amor e de igualdade, rezemos ao Se-
sair da dor, do sofrimento, da incompreen-      L. 2: Será que a pessoa pensa mesmo que       gem apocalíptica como “caí das nuvens” e         nhor!
são, da imoralidade, da vingança e do ódio.     pode, a qualquer momento, ser arrebatada      “o céu veio abaixo”. Precisamos estar prepa-
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem      para ir ao encontro do Cristo que “vem nas    rados, é a chegada de Jesus.                     - Pelos que têm nas mãos os poderes des-
luz apagada!                                    nuvens”, como diziam no tempo de Jesus?       Canto de Aclamação: (a escolher)                 te mundo, para que coloquem sua autori-
                                                Por que só ela será arrebatada ou outros                                                       dade e poder a serviço não dos próprios
L. 4: Nosso mundo carece do perdão, que         não? Que vinda de Jesus será essa, será o     EVANGELHO SEGUNDO LUCAS: Lc 21, 25-              interesses passageiros, mas do povo que
transforma as armas da luta, da compe-          fim do mundo? Por que será que tanta gen-     28. 34-36                                        permanece, rezemos ao Senhor!
tição e da rivalidade em ferramentas de         te pensa uma coisa dessas?
trabalho para construirmos um mundo de          (Tempo para pensar e conversar)               - Depois de falar da destruição de Jerusa-       - Por todos os que sofrem como vítimas
irmãos.                                         O resultado, os frutos                        lém (ler vv. 20-24) em linguagem apocalíp-       das desigualdades do nosso mundo, para
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem      L. 3: O dono desse carro acha que não vai     tica (vv. 25-26), o Evangelho fala da vinda      que não coloquem sua esperança apenas
luz apagada!                                    morrer e será arrebatado. E os outros? Esse   “do Filho do Homem nas nuvens” (ler Dn           numa próxima vinda de Cristo, mas lutem
                                                pensamento de vinda próxima de Jesus          7,13-14) e da libertação do povo das comu-       eles mesmos para ter seus direitos respei-
L. 5: Nosso grupo procura em Jesus Cris-        como juiz da humanidade tem influência        nidades (v. 28). Que sentido tinha isso para     tados e para que seja vencido, ainda neste
to a força que vem de Deus para iluminar        nas pessoas? Quais os resultados de as pes-   o tempo quando o Evangelho foi escrito e         mundo, todo tipo de desigualdade, reze-
e transformar, para ser modelo e força de       soas ficarem pensando muito nisso aí?         que sentido tem para hoje?                       mos ao Senhor!
mudança em um mundo perdido em con-             (Tempo para pensar e conversar)               - Por que motivo o Evangelho manda os            (espontâneas)
tínuas discórdias.                                                                            cristãos ficarem vigiando sobre si mesmos
Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal                        JULGAR                        na oração, sem pensar que a vida é só co-        - Nas intenções de nosso Grupo
sem sabor ou luz apagada!                       O pecado e a graça                            mer, beber e ganhar dinheiro? (vv. 34-36)
                                                L. 4: É bom a gente pensar no próprio fim     - Que sentido tinha isso para as comunida-       - de nossa Comunidade
L. 6: Nossas comunidades estão precisan-        e no encontro final com Cristo. Isso faz as   des cristãs onde este Evangelho foi escrito
do de mais animação e coragem. Seu in-          pessoas serem mais honestas, viverem          e que sentido tem para nós hoje?                 - de nossa cidade.
centivo e força dependem da força da Pala-      mais de acordo com a própria consciência,
vra de Deus, que nos alimenta nos Grupos        não é verdade?                                                  AGIR                           Pai Nosso
de Reflexão.                                    Insistir demais numa imaginária próxima       L. 6: Quando ouvimos falar que o fim do
Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal        vinda do Cristo pode parecer um pouco         mundo está próximo, a gente pode dizer           Oração Final
sem sabor, luz apagada ou fermento derran-      doentio até. Pode, talvez, ser um meio de     alguma coisa, deixar uma orientação se-          Ó Deus poderoso, só fazendo o que deve-
cado!                                           amedrontar as pessoas e trazê-las para sua    gura? E quando citam passagens da Bíblia         mos é que vamos ao encontro de Jesus, que
                                                religião. Pode dar a ideia de um Deus que     para confirmar isso?                             esperamos. Ajudai-nos a servi-lo em nossos
                   VER                          só pensa em castigar, com sede de sangue      Se o fim do mundo não acontece tão logo,         irmãos, para sermos os benditos que ele
Fato da vida                                    e destruição.                                 isso não quer dizer que nossa vida pesso-        chamará para o reino de seu Pai. Pelo mes-
Leitor 1: No vidro traseiro de um carro, es-    Esse que diz esperar “ser arrebatado”, não    al não esteja com os dias contados. Esse         mo Nosso Senhor Jesus Cristo, que convos-
tava escrito: EM CASO DE ARREBATAMEN-           estará se achando um privilegiado?            pensamento não deve fazer a gente pres-          co vive na unidade do Espírito Santo.
TO, ESTE CARRO FICARÁ DESGOVERNADO.             Que mais do lado bom e ruim, você encon-      tar mais atenção no que está fazendo para        Combinar a casa onde será a próxima
Quem colocou isso no carro está pensando        tra nesse fato?                               ver se está se preparando para a vinda do        reunião.
certamente na palavra de Paulo (1Ts 4,17):      (Tempo para pensar e conversar)               Cristo?                                          Bênção final: Que o Senhor nos abençoe e
“nós os vivos, os que tivermos ficado, sere-                                                  As grandes mudanças que acontecem no             nos guarde e nos conduza pelos caminhos
mos arrebatados nas nuvens ao encontro                    A PALAVRA DE DEUS                   mundo são motivo para a gente pensar             do seu Reino. Amém.
do Senhor.” Pensa que a “vinda de Jesus”,       Antes de ler o Evangelho                      em castigo de Deus ou fim do mundo, ou           Canto final: (a escolher)

 10                                                                                                                                            JORNAL COMUNHÃO
comunicação

                          COMEMORAÇÕES DE NOVEMBRO
        NATALÍCIO                                                                               ORDENAÇÃO
2       02 Pe. Bruce Éder Nascimento                                                  5         05 Mons. Benedito José da Silva
3       O3 Mons. José dos Reis                                                        9         09 Pe.André Aparecido da Silva
4       04 Pe. Luiz Gonzaga Lemos                                                               09 Pe. Fernando Alves da Silva
5       05 Pe. Darci Donizetti da Silva                                                         09 Pe. João Batista da Silva
6       06 Pe. Paulo Sérgio Barbosa                                                   14        14 Pe. Maurício Marques da Silva
7       07 Pe. Norival Sardinha Filho                                                 21        21 Pe. Claudionor de Barros
13      13 Pe. Jorge Eugênio da Silva                                                 25        25 Pe. Antônio Carlos Maia
20      20 Pe. Henrique Neveston da Silva                                             31        31 Pe. Moisés Campos Gonçalves
23      23 Pe. Antônio Garcia
30      30 Pe. Álvaro Alves da Silva



                          AGENDA PASTORAL DE NOVEMBRO
4       Setor Areado: Encontro de MECEs                                               14        Setor Passos: Reunião dos Presbíteros
8       Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé                        18        Reunião dos agentes do SAV
9       Setor Poços: Reunião dos Presbíteros                                                    Setor Alfenas: Encontro de MECEs
9-11    Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé                          21        Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em Muzambinho
10      Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em                 22        Diocese: Reunião do Setor Famílias em Guaxupé
        Guaxupé                                                                       23        Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
        Reunião da Coord. Diocesana da RCC em Guaxupé                                           Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros
        Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé                 24        Diocese: Encontro Diocesano para Animadores da CF 2013 em
        Reunião do Setor Juventude em Guaxupé                                                   Guaxupé
        Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé                           Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
        Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord.                         Reunião do Conselho Diocesano do ECC (Setor Guaxupé)
        Paroquiais da Catequese                                                                 Oficinas de Comunicação em Guaxupé
11      Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da           25        Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
        Catequese                                                                               Cenáculo Diocesano da RCC
12      Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros                                       Setor Cássia: Encontro de MECEs



                          IN MEMORIAN
   Faleceu no dia 03 de outubro padre       Nossa Senhora de Sion.                    Seu corpo foi velado na paróquia Nossa       Mário estava com 41 anos, era pároco
Maguinaldo Vicente da Silva e no dia 12        Natural de Sabará (MG), padre Ma-      Senhora de Sion, em São Sebastião do         na Paróquia Senhor Bom Jesus de Arujá
de outubro padre Mário Faleiros, mem-       guinaldo estava com 51 anos e foi orde-   Paraíso.                                     (SP).
bros da congregação dos padres de           nado no dia 15 de novembro de 2008.          Natural de Capetinga (MG), padre




                          sugestões de leitura
                                     Consolo para quem está de luto - Renold J. Blank, Editora Paulinas

                                     Este livro é dirigido aos que passam pela dor da perda de um ente querido e também aos
                                     que se encontram com a perspectiva da própria morte. Ele busca responder, entre outras,
                                     a questões como estas: Como lidar com a tristeza que enche o nosso coração, quando
                                     somos confrontados com a morte de um ente querido? Será que ele, agora, está bem?
                                     Como nossa tristeza encontrará alento? O que dizer a nós mesmos e aos nossos amigos
                                     quando ficamos emudecidos e abalados pela dor diante do inevitável que não queremos
                                     aceitar? E, por fim, o que acontecerá a nós mesmos? Por quais experiências passaremos
                                     depois de nossa morte?
                                     O autor quer, com este inspirado livro, acompanhar a tristeza e o medo daqueles que
                                     estão chorando para que, na sua depressão, não estejam sozinhos e abandonados e para
                                     que, na sua dor, não se apague a esperança dentro deles.



       DIOCESE DE GUAXUPÉ                                                                                                                                          11
saúde
NUTRINDO A VIDA, VIVE-SE MELHOR
                                                                                                    Por Mônica Cirilo Magalhães, nutricionista com clínica em Poços de Caldas

    No processo evolutivo do homem,
ao longo da história, a alimentação
demarcou etapas importantes. O ser
humano, no início, sobrevivia da caça,
pesca e coletas de vegetais. Com o
desenvolvimento cultural, houve uma
grande mudança adaptativa em re-
lação aos animais e plantas. Surgiu a
agropecuária que possibilitou o plane-
jamento e produção de alimentos que
se destinavam não somente às neces-
sidades das comunidades como tam-
bém para comercialização. Daí para
frente, com a modernização e o cres-
cimento industrial, houve um aumen-
to na disponibilidade de alimentos e,
junto a este desenvolvimento, mudan-
ça no padrão dietético. Assim, houve
um declínio nas taxas de mortalidade
por doenças infecciosas e um aumen-
to de mortalidade pelas doenças crô-
nicas não transmissíveis (obesidade,
hipertensão arterial, diabetes melli-
tus, doenças cardiovasculares, câncer
etc.) devido a mudanças na composi-
ção dos alimentos que passaram a ter
alto teor de gorduras totais, colesterol,
açúcares, conservantes etc e passaram          • Aumentar o consumo de água               • Evitar frituras, empanados, em-            ças;
a ser mais refinados, isto é, menos nu-        entre as refeições;                        butidos;                                     • Procurar variar os alimentos e
tritivos e reduzidos de fibras e gordu-        • Consumir grãos, vegetais e frutas        • Substituir manteiga e banha por            comer de tudo, um pouco. Não
ras boas e devido também à ingestão            frescas todos os dias;                     margarinas light, óleos vegetais e           encarar as refeições como uma ida
aumentada desses alimentos. Diante             • Consumir fibras na forma de cere-        azeite extravirgem;                          à farmácia, mas procurar um equi-
destes fatos, a necessidade de buscar          ais integrais cozidos ou em flocos,        • Substituir leite e derivados inte-         líbrio tentando incluir alimentos
o conhecimento da ciência da nutri-            frutas cruas, vegetais com casca e         grais por leite desnatado e queijos          saudáveis;
ção, alimentação e mudanças de hábi-           feijões em geral;                          magros;                                      • A manutenção da saúde deve ser
tos saudáveis vem aumentando e tem             • Substituir pães e farinhas brancas       • Reduzir o sal e, em seu lugar,             uma consequência, e não o úni-
sido um dos fatores mais importantes           por farinhas e pães integrais de tri-      temperar os vegetais e legumes               co objetivo do ato de comer bem
para a manutenção da saúde e o equi-           go, centeio, aveia, milho, bolinhos        com ervas, especiarias e gotas de            e lembre-se de que o principal
líbrio entre o corpo e a mente.                de fibra, mingau de grãos etc.;            limão, reduzindo assim o risco de            tempero para o sucesso da reedu-
                                               • Evitar gorduras saturadas e trans.       pressão alta;                                cação alimentar é o bom senso e
    Algumas dicas práticas:                    Esta é a melhor prevenção contra           • Reduzir o uso de açúcar e evitar           a moderação aliados à prática de
    • Fracionar as refeições em 5 ou 6,        o aumento de peso, problemas               bebidas alcoolicas;                          atividade física.
    ao dia, em volumes menores, evi-           cardiovasculares e certos tipos de         • Manter o peso corporal adequa-
    tando o jejum prolongado;                  câncer;                                    do, reduzindo os riscos de doen-


                           sugestão de filme

                                            Cartas para Deus, 2010
                                               Tyler Doherty tem 8 anos e sofre de câncer, os médicos estão desacreditados sobre suas chances de vida. Ape-

                                            sar da situação difícil, Tyler coloca sua fé em Deus acima de tudo, por meio de cartas diárias começa a escrever um

                                            diário sobre suas esperanças de que algum anjo possa salvá-lo.

                                               “Inspirado em uma história verdadeira, ‘Cartas a Deus’ é uma íntima, tocante e muitas vezes engraçada história

                                            sobre o efeito da crença que uma criança pode ter em sua família, amigos e comunidade”, diz um dos promotores

                                            do filme.




 12                                                                                                                                JORNAL COMUNHÃO

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  • 1. Impresso Especial FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT 9912259129/2005-DR/MG A SERVIÇO DAS COMUNIDADES COM NIDADES MITRA CORREIOS JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 276 NOVEMBRO DE 2012 Foto: Luiza O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VOCÊS! (Lc 17, 21) Encontro para animadores de Grupos de Reflexão contou com a participação de mais de 400 pessoas. Página 04 OPINIÃO ATUALIDADE Sobre o documento conciliar Lumen Gentium, padre Robervam Martins Discorre padre Dênis Nunes de Araújo sobre a morte vista pela diversidade escreve neste mês: “urge a consciência de que as diferenças eclesiais, ótica das religiões. Página 09 manifestadas nas mais variadas vocações, queiram promover a riqueza da comunidade cristã. Assim, mostra-nos que a diferença, pautada na PONTO DE VISTA PASTORAL mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho Há algum tempo, sonha a equipe diocesana dos Grupos de Reflexão de enriquecimento missionário do corpo eclesial, no mundo.” Leia mais, confeccionar um roteiro próprio para a Diocese de Guaxupé, até então página 03 dirigido pela Diocese de Caratinga. Neste mês, padre José Luiz sugere aos grupos experimentar e avaliar um modelo de roteiro feito com outra REPORTAGEM metodologia. Página 10 O Ano da Fé é apresentado pelo padre Gladstone Miguel, a partir de alguns destaques de falas do papa Bento XVI. Páginas 06 e 07 DIOCESE DE GUAXUPÉ 1
  • 2. editorial “Uma ocasião, meu pai pintou a casa toda de alaranjado brilhante. Por muito tempo moramos numa casa, como ele mesmo dizia, constantemente amanhecendo.” (Do Poema Impressionista de Adélia Prado) O jornal COMUNHÃO de novembro resplandecer a fé, a coragem de seguir, a sofrer aqueles que querem viver numa apresenta vários tons: cinzas de reflexão ousadia de viver, a íntima busca de amar. casa constantemente amanhecendo, em sobre a morte; vermelhos das notícias de Batizados foram os cristãos para ilumi- outras palavras, numa casa de pessoas que gente amante das coisas do Reino de Deus; nar, para dar ao mundo a luz de Cristo, para abraçam causa comum, sonho comum, alaranjado brilhante de uma Igreja que amanhecer o mundo na luz da fé do amor... muito e muito além da busca de vantagens está constantemente amanhecendo, de- se não for assim, não será Igreja, Casa de pessoais. Jesus sabia muito bem que a co- pois do cinquentenário do Vaticano II. Tudo Jesus. No início do caminho cristão, ale- munidade de fé distinguia-se das realida- isso indica uma diocese que, embora toca- gravam-se todos aqueles que conviviam e des temporais: “Mas, entre vós, não deve da pela escuridão das incertezas e dúvidas deixavam-se cativar pelos primeiros evan- ser assim” (Mc 10,43). Não deve ser assim do tempo presente, não perde a visão do gelizadores. O cristianismo haverá sempre na Igreja... Ressuscitado que caminha a sua frente. de ser expressão de alegria e esperança, de Que constantemente amanhecendo É preciso pintar a casa... que casa? A vida plena, radiante, iluminada. estejam as comunidades, os trabalhos vida, se for ela mesma o espaço mais sagra- Não falta hoje quem reclame sentir-se pastorais de toda a diocese, pintados de do. A Igreja, morada de irmãos. O mundo, sozinho dentro de seus próprios sonhos, alaranjado brilhante como casas de gente se for ele mesmo o sonho de habitação morar em lugares não compartilhados por que tudo tem em comum, gente cristã... comum. O importante e urgente agora é falta de cumplicidade, de entusiasmo de iluminada. Boa leitura! pintar... de alaranjado brilhante. Cores mór- sonhar junto. A busca pelo sucesso pesso- bidas não entusiasmam a alma. Pintar a al, pelo trabalho em vista do dinheiro e a casa significa cintilar os espaços sagrados, evidência de relações competitivas fazem Dom José Lanza Neto voz do pastor VIDA PLENA “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.” De que maneira conciliar e propor “suposta morte digna”. o Estado parece interferir. Sou criador de Como falar da vida? Como propor e vida humana plena e vida eterna numa O cenário é encantador. Aparente- mim mesmo, para que ouvir algo de fora? defender a vida? Como anunciar a vida sociedade pós-moderna que valoriza a mente tudo está bem articulado, orga- Na verdade, não quero frustrar a nin- em plenitude? Como apresentar a vida vida só como expressão de beleza, de nizado. Ninguém precisa preocupar-se. guém e nem apresentar algo novo, mas é nova trazida por Jesus Cristo? Como falar riqueza, de prazer, de bem estar, de liber- Temos espaço para todos; as pessoas necessário olharmos à nossa volta e nos de vida eterna e de ressurreição? dade e enquanto ela pode proporcionar estão felizes e realizadas, cada uma pode darmos conta de como a vida está sendo Parece que estamos fora do tempo, felicidade? pensar o que quiser, liberdade absoluta; maltratada. da realidade e deste mundo. Não será Parece existir uma seleção natural dos cada qual cria formas de viver da maneira Quatro situações são desafiadoras, exatamente esta mentalidade para con- privilegiados, dos excluídos, dos de sorte. que lhe convier. desumanas e horrendas: a violência, a trapor as verdades da fé? O nascer, o viver e o morrer estão Tudo vai bem? Ninguém tem que fome, a guerra e o aborto. São incalculá- Que o Cristo - Senhor da vida e de relacionados a estatísticas. Não podem ensinar a ninguém. Até parece que esta veis os resultados destas situações. tudo, nos inspire e nos fortaleça em nos- nascer mais pessoas do que está progra- vida é bem melhor que aquela inventada Só para termos ideia, 50 milhões de sa missão de batizados. Que sua luz, fruto mado e apesar das prerrogativas: quali- pela Igreja e por Jesus Cristo. Ninguém vidas são retiradas por ano, pela prática da ressurreição, nos ilumine! dade e expectativa de vida, estou livre quer perguntar além do que cada pes- do aborto. As nações insistem nesta prá- Viver a vida é uma questão de fé. para minha retirada deste mundo com a soa quer construir para si. Nem mesmo tica. expediente Diretor geral Impressão Redação DOM JOSÉ LANZA NETO GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO Praça Santa Rita, 02 - Centro Editor e Jornalista Responsável CEP. 37860-000, Nova Resende - MG PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP Ilustração Telefone Revisão MARCELO A. VENTURA (35) 3562.1347 MYRTHES BRANDÃO E-mail Projeto gráfico e editoração Conselho editorial PASCOM.GUAXUPE@GMAIL.COM AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380 PADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE FRANCISCO Os Artigos assinados não representam necessariamente a Tiragem CARLOS PEREIRA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS opinião do Jornal. 3.950 EXEMPLARES MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO. Uma Publicação da Diocese de Guaxupé www.guaxupe.org.br 2 JORNAL COMUNHÃO
  • 3. opinião LUMEN GENTIUM: UMA LÂMPADA A SER SEMPRE REACENDIDA “De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e, no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo.” (1Cor, 12) Por Pe. Robervam Martins de Oliveira, pároco da paróquia São José de São José da Barra. Ao completar seus cinquenta anos, vocações, queiram promover a rique- o Concílio Vaticano II é um fenômeno za da comunidade cristã. Assim, mos- “novo” que nos remete a uma realida- tra-nos que a diferença, pautada na de “antiga”, uma vez que o sopro vi- mensagem evangélica, não deve soar vificador do Espírito, manifestado na como problema, mas como caminho Palavra Eterna e Encarnada do Criador, de enriquecimento missionário do Jesus Cristo, sempre impulsionou uma corpo eclesial no mundo. eclesialidade embasada na mensagem evangélica, cabendo aos discípulos do POVO DE DEUS Mestre de Nazaré uma permanente Se partirmos da categoria “povo Metanóia. Somente se pode mudar a de Deus”, entenderemos que as mais realidade, mudando-se a maneira de variadas funções eclesiais nos devem pensar a vida. Sendo assim, a conver- mover para um mesmo norte. Pre- são deve sempre estar no itinerário cisamos buscar, permanentemente, daqueles e daquelas que se envolvem a convergência e não a divergência, na dinâmica do Evangelho que, mes- uma vez que o próprio Deus sempre mo sendo “velho”, apresenta-se sem- sonhou para o ser humano a fraterni- pre “novo”. Caso contrário, deixaria dade, tendo como inspiração a comu- de ser aquilo que se propôs a ser: Boa nhão trinitária, que não faz da diferen- Notícia. Dentre os vários documentos ça um empecilho, mas um modelo a conciliares do Vaticano II, discorrere- ser vivenciado pela Igreja, peregrina mos, rapidamente, sobre a Constitui- no mundo, a caminho da casa pater- ção Dogmática Lumen Gentium, tendo na. Mesmo pelo fato de ainda sermos em vista despertar a consciência para embrionários na mentalidade do Vati- a importância de sempre voltarmos às cano II, faz-se necessária a constante inspirações desta fonte conciliar. busca de harmonia entre o clero e o laicato, entendendo que um não se so- LUZ DOS POVOS brepõe ao outro, mas se complemen- “Luz dos Povos”, tradução de Lumen tam. Ambos pertencem a uma mesma Gentium, é estruturada nas seguintes realidade. Assim, já nos inspiravam os partes: o Mistério da Igreja, o Povo de escritos paulinos: “Existem dons di- Deus, a constituição hierárquica da ferentes, mas o Espírito é o mesmo; Igreja e, em especial, o episcopado, os diferentes serviços, mas o Senhor é o leigos, a vocação de todos à santida- mesmo; diferentes modos de agir, mas de na Igreja, os religiosos, a índole es- é o mesmo Deus que realiza tudo em catológica da Igreja peregrina e a sua todos” (1Cor 12, 4-6). união com a Igreja celeste e a bem- Após este pequeno comentário, -aventurada Virgem Maria, Mãe de podemos apoiar-nos na fala do teólo- Deus, no mistério de Cristo e da Igreja. go padre Libanio, que considera a Lu- Esta última parte, segundo algumas men Gentium uma “mina inesgotável”. fontes, tornou-se objeto de polêmi- Para enfatizar sua expressão, ele cita ca, decorrente da opinião de certos as palavras do padre Lima Vaz, eviden- padres conciliares desejarem elaborar ciando a atualidade da “Luz dos Povos” um documento que se dedicasse so- para a Igreja de hoje: “...a Constituição mente a Maria. Porém, tal ideia parece Em uma rápida análise das partes dogmática Lumen Gentium permanece não ter obtido repercussão, cabendo à atual e contém novidades ainda não Mãe de Deus apenas um capítulo nas componentes da Lumen Gentium, per- assimiladas pelo conjunto da Igreja conclusões conciliares, comprovando cebemos a necessidade vital de a católica. Nada melhor que fazer uma que Maria deve ser entendida em co- rememoração no sentido profundo do munhão com a Igreja e não, como um Igreja buscar sempre uma comunhão termo. Captar-lhe as intuições funda- paralelo. Citemos como documento mentais na contingência de seu mo- papal, a Exortação Apostólica de Paulo com as “diferenças”. mento histórico e atualizá-las nas vi- VI, Marilialis Cultus, publicada no ano percebemos a necessidade vital de a dade, com evidência para o Sacerdó- cissitudes presentes. Processa-se uma de 1979, pouco conhecida pelo clero Igreja buscar sempre uma comunhão cio Comum dos Fiéis, fonte dos demais operação hermenêutica que é uma e pelos leigos, a qual disserta sobre a com as “diferenças”. Forma-se assim o ministérios. Foi, nas águas do Batismo, leitura eclesial de hoje, à luz dos en- necessidade do equilíbrio cristão no Povo de Deus, categoria esta tão res- o início do nosso “caso de amor” com sinamentos básicos dos padres conci- culto mariano. saltada nos bastidores conciliares, o Cristo e sua Igreja. Para isso, urge a liares” [Vida Pastoral 45 (2004), n. 236, Em uma rápida análise das par- que provocou o mundo católico a ter consciência de que as diferenças ecle- pp. 3-8]. tes componentes da Lumen Gentium, uma visão mais aberta de sua eclesiali- siais, manifestadas nas mais variadas DIOCESE DE GUAXUPÉ 3
  • 4. notícias ACONTECE 3 o ENCONTRO DIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Por José Luiz Foto: Luíza Foi no CAIC, em Guaxupé, mais uma veis para se realizar a Igreja do Vaticano vez, o Encontro Diocesano dos Grupos II. Os novos cânticos que ele ensinou es- de Reflexão. Era o Dia da Bíblia, 30 de tarão em breve sendo cantados por toda setembro. O Encontro contou com 420 a diocese. participantes. Só o Setor Cássia não se Abriu o encontro a entrada solene fez representar. da Bíblia, cantada e dançada pelos par- O assessor foi o Irmão João Rezende ticipantes de Nova Resende. O encerra- SDN, que encantou os participantes com mento deu-se com a missa presidida por suas fascinantes parábolas e compara- dom Lanza que, na homilia, incentivou a ções e motivou a todos de entusiasmo todos a buscarem, através dos Grupos de pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Reflexão, a prática do jeito “antigo/novo” Reflexão, como ferramentas indispensá- Assessor motivou a todos de entusiasmo pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Reflexão de ser Igreja. ADULTOS RECEBEM SACRAMENTOS NA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, EM POÇOS DE CALDAS Por Julianne Batista Foto: Julianne Batista A Catequese de Adultos é um traba- lho que foi solicitado e incentivado pela Diocese de Guaxupé. A Paróquia São Se- bastião, de Poços de Caldas, tem colhido frutos em abundância neste ano. No mês de outubro, dois adultos foram batiza- dos, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma. No dia 14, realizou-se a Celebração da Crisma, ministrada pelo padre José Maria de Oliveira, com autorização do bispo, dom José Lanza Neto. Na ocasião, o pároco pediu aos crismados que procu- rassem engajar-se nos diversos trabalhos desenvolvidos na paróquia, através das pastorais e movimentos, Dessa forma, eles estarão, efetivamente, vivendo a fé que confirmaram através do sacramento Em outubro, 02 adultos foram batizados, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma recebido. PROVÍNCIA ECLESIÁTICA PROMOVE ASSEMBLEIA VOCACIONAL Por Hudson Ivan Teixeira Foto: SAV Diocese de Guaxupé Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, mesma, bem como saber quais são os aconteceu em Poços de Caldas a IV As- objetivos a serem alcançados. Destacou sembleia da Pastoral Vocacional e Servi- ainda que o amor do agente vocacional ço de Animação Vocacional (PV/SAV) da para com o SAV é essencial. Com bas- Província Eclesiástica de Pouso Alegre, tante didática e conhecimento bíblico, constituída pelas dioceses de Campanha refletiu ainda sobre vários personagens e Guaxupé e pela arquidiocese de Pouso bíblicos, aplicando suas características à Alegre. Com a participação de mais de 80 vida e missão do animador vocacional. animadores vocacionais, sendo estes, re- Como João Batista, o animador vocacio- ligiosos, religiosas, padres, seminaristas, nal tem a missão de apontar aquele que leigos e leigas, o evento contou com a é o mestre: Jesus de Nazaré. Irmã Clotil- assessoria da Irmã Clotilde Prates de Aze- de ainda fez uma breve reflexão sobre as vedo que faz parte da congregação das novas comunidades de vida e ressaltou a Irmãs Apostolinas. Durante o encontro, importância de acolher e conhecer mais ocorreu a visita de vários padres e a missa suas propostas e carismas, tendo em vis- de encerramento foi presidida por dom ta que muitos jovens se identificam com José Lanza Neto. as mesmas. Assembleia foi assessorada por irmã Clotilde Prates de Azevedo e teve como tema “As Equipes Vocacionais Paro- A assembleia teve como temática “As Para padre Alexandre José Gonçal- quiais - Constituição, Espiritualidade e Atuação” Equipes Vocacionais Paroquiais - Cons- ves, responsável pelo SAV da Diocese de tituição, Espiritualidade e Atuação”. A Guaxupé e representante da província com isso, a troca de experiências; reani- gando”. Além disso, houve uma grande assessora levou o grupo a refletir vários no regional Leste 2, “esta IV Assembleia mar aqueles que há tempos ‘pelejam’ no mobilização de voluntários que estão na pontos acerca do tema. Destaca-se, em contribuiu de maneira excelente no sen- SAV e, às vezes, por vários motivos, sen- Igreja em diversos movimentos e pasto- sua fala, a importância de uma equipe tido de promover o encontro dos vários tem a necessidade de um novo fôlego rais e que poderão ser, nesses ambientes, bem estruturada, da vida espiritual da animadores vocacionais da província e, e entusiasmar àqueles que estão che- animadores vocacionais. 4 JORNAL COMUNHÃO
  • 5. notícias RCC REALIZA ‘SEMANAS MISSIONÁRIAS’ EM POÇOS DE CALDAS Por Julianne Batista Foto: João Paulo Ferreira O Grupo de Oração Parque de Cristo, das Missões, comemorado em 21 de da paróquia São Francisco de Assis e San- outubro. “Esperamos colher os frutos do ta Clara, no bairro Parque Pinheiros, em trabalho dos missionários não somente Poços de Caldas, realizou desde o dia 17 para o Grupo de Oração, mas para toda a de outubro, as ‘Semanas Missionárias’. O paróquia, tendo em vista o levantamento evento tem acontecido, a pedido da Re- que será feito sobre as necessidades das novação Carismática Católica do Brasil, famílias visitadas.” em dioceses espalhadas por todo o país. Foram duas semanas de atividades, FORMAÇÃO durante as quais 20 missionários percor- Antes de iniciarem as missões, os ser- reram sete bairros da zona leste da cida- vos receberam orientações. Eles tiveram de. No sábado (13), os missionários rece- contato com o subsídio de planejamen- beram o envio do pároco padre Gledson to e formação, fornecido pela RCCBrasil. Antônio Domingos, durante a celebração Este conteúdo foi, anteriormente, anali- da missa. Na ocasião, o padre falou sobre sado e autorizado pelo pároco local. a importância de atividades como esta, O Grupo Parque de Cristo mapeou promovida pela RCC. os locais e dividiu os setores por onde os Durante 02 semanas de atividades, 20 missionários percorreram a Paróquia São Francisco e Santa Clara Domingos também lembrou o Dia missionários passariam. SETOR POÇOS CELEBRA 10 ANOS DE FORMAÇÃO CRISTÃ Por Dora Scassiotti Foto: Dora Scassiotti Realizou-se no dia 22 de setembro, no de fé. Ela se encontra no evangelho, na salão paroquial da Paróquia São Sebas- pessoa de Jesus. Por isso, toca o coração tião, o primeiro encontro do setor Poços através do Espírito Santo. para celebração dos 10 anos de forma- A segunda palestra esteve a cargo do ção cristã na diocese, contando com a padre Henrique Neveston da Silva, da participação de 120 membros do curso Paróquia Nossa Senhora da Assunção de de iniciação teológica e dos grupos de Cabo Verde, com o tema “Tempo de ver, formação cristã. tempo de crer... e amar.” Discorreu que a Houve duas palestras, a primeira mi- Igreja precisa deixar de ser de manuten- nistrada pelo padre Reginaldo da Silva, ção e passar a ser uma Igreja missionária. da Paróquia Nossa Senhora das Dores Ver - assumir um compromisso de forma- de Guaxupé, com o tema “A mística na ção; Crer - estudar, racionalizar e transfor- formação - caminho para a santidade.” mar esta fé em vida; Amar esta Igreja, as- Segundo Reginaldo, a mística cristã é um sumindo a fé para não mais deixar Cristo. “A mística na formação” e “Tempo de ver, tempo de crer... e amar” foram temas ministrados para membros do curso conjunto de experiências amorosas, o O encontro foi avaliado como muito de iniciação teológica e dos grupos de formação cristã amor de Deus vivenciado na caminhada bem sucedido. FUNDADORA DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS É CANONIZADA Por Pe. Gilvair Messias Foto: www.anec.org.br No domingo, 21 de outubro, o papa ao contemplar o progresso da Congre- Bento XVI, em Santa Missa na Praça São gação das Religiosas Concepcionistas Pedro, em Roma, canonizou Jacques Missionárias do Ensino, pôde cantar Bethieu, Maria del Monte Carmelo Sal- junto com a Mãe de Deus: ‘Seu amor, les y Barangueras, Marianna Cope, Ka- de geração em geração, chega a todos teri Tekakwitha e Anna Schäffer. que o respeitam’. Sua obra educativa, Maria del Monte Carmelo Salles y confiada à Virgem Imaculada, conti- Barangueras ou Madre Carmen Salles nua a dar frutos abundantes entre os é a fundadora das Irmãs Concepcionis- jovens e através da entrega generosa tas Missionárias do Ensino. Ao referir- de suas filhas que, como ela, se con- -se à santa, disse o papa Bento XVI “So- fiam ao Deus que pode tudo.” bre nós venha, Senhor, a vossa graça, A fundadora foi canonizada no ano pois, em vós, nós esperamos!WW Com em que a Congregação completou estas palavras, a liturgia nos convida a cem anos de presença no Brasil e o fazermos nosso, este hino a Deus cria- milagre que levou a santa aos altares dor e providente, aceitando seu plano ocorreu em terras brasileiras. Na Dio- em nossas vidas. Assim o fez Santa cese de Guaxupé, a congregação mar- Maria del Carmelo Salles y Barangue- ca significativa presença nas cidades ras, religiosa nascida em Vic, Espanha, de Machado e de Passos. em 1848. Quando viu sua esperança preenchida, após muitas dificuldades, A fundadora foi canonizada no ano em que a Congregação completou cem anos de presença no Brasil DIOCESE DE GUAXUPÉ 5
  • 6. reportagem Foto: caladamusica.blogspot.com A PORTA DA FÉ Por padre Gladstone Miguel da Fonseca Fé! uma pequenina palavra que carrega em si grande conteúdo e significado. Du- rante muito tempo, fé era ligada à razão. O que não podia ser comprovado pela razão era conteúdo da fé. Nas últimas décadas, a Igreja através de seu magistério, tem levantado a questão de modo um pouco diferenciado. O papa João Paulo II discur- sava sobre fé e ciência não mais como con- trárias, mas a razão, a ciência, auxiliando à fé. O inverso também acontece. No dia a dia, muitas vezes, ouvimos expressões como: sou uma pessoa de fé; ou, aque- la pessoa tem fé; aquela outra não tem fé... Agora perguntamos: o que é Fé? Fé é acreditar, confiar. No entanto, continua- mos a perguntar: em que e ou em quem você depositou sua fé? O Papa Bento XVI publicou recentemente a carta apostólica Porta Fidei (A Porta da Fé), com a qual se proclama o Ano da Fé. A partir da carta, o COMUNHÃO apresenta algumas pergun- tas respondidas com dizeres do pontífice. 6 JORNAL COMUNHÃO
  • 7. reportagem O ANO DA FÉ. O QUE É E QUANDO testemunho e um compromisso públi- transformar com a força da sua ressur- am para acudir às necessidades dos ir- ACONTECERÁ? cos. O cristão não pode jamais pensar reição. mãos (cf. At 2, 42-47). Pela fé, os márti- que crer seja um fato privado. A fé é res deram sua vida para testemunhar a Decidi proclamar um Ano da Fé. decidir estar com o Senhor, para viver QUAIS EXEMPLOS DE FÉ MARCARAM verdade do Evangelho que os transfor- Este terá início a 11 de outubro de com ele. E esse estar com ele implica ESTES DOIS MIL ANOS DE NOSSA mara, tornando-os capazes de chegar 2012, no cinquentenário da abertu- a compreensão das razões pelas quais HISTÓRIA DE SALVAÇÃO? ao dom maior do amor com o perdão ra do Concílio Vaticano II e terminará se acredita. A fé, precisamente porque de seus próprios perseguidores. Pela na Solenidade de Nosso Senhor Jesus é um ato da liberdade, exige também Pela fé, Maria acolheu a palavra do fé, homens e mulheres consagraram Cristo, Rei do Universo, a 24 de no- um assumir a responsabilidade social Anjo e acreditou no anúncio de que se- a própria vida a Cristo, deixando tudo vembro de 2013. Desejamos que este daquilo em que se acredita. No dia de ria Mãe de Deus na obediência da sua para viver em simplicidade evangélica Ano suscite, em cada crente, o anseio dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel, à obediência, à pobreza e à castidade. de confessar a fé plenamente e com elevou seu cântico de louvor ao Altíssi- Pela fé, muitos cristãos se fizeram pro- renovada convicção, com confiança e A fé é decidir es- mo pelas maravilhas que realizava em motores de uma ação em prol da jus- esperança. Será uma ocasião propícia quantos a ele se confiavam (cf. Lc 1, 46- tiça, para tornar palpável a palavra do também para intensificar a celebração tar com o Senhor, 55). Com a mesma fé, seguiu o Senhor Senhor, que veio anunciar a libertação da fé na liturgia, particularmente na na sua pregação e permaneceu ao seu da opressão e um ano de graça para Eucaristia, que à meta para a qual se para viver com lado, mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25- todos (cf. Lc 4, 18-19). Pela fé, vivemos encaminha a ação da Igreja e fonte de onde emana toda sua força. ele. E esse estar 27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservan- também nós, reconhecendo o Senhor Jesus, vivo e presente na nossa vida e com ele implica a do no coração a memória de tudo (cf. na história. EM QUE SE FUNDAMENTA O ANO DA Lc 2,19.51), transmitiu aos Doze, reuni- FÉ? compreensão das dos com ela no Cenáculo, para recebe- CONSIDERAÇÕES FINAIS rem o Espírito Santo (cf. At 1,14; 2,1-4). Não podemos aceitar que o sal se razões pelas quais Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo Que venha o ano da fé! E junto com torne insípido e a luz fique escondida para seguir o Mestre (cf. Mc 10,28). ele, a esperança renasça. A fé seja o ali- (cf. MT 5,13-16). Também o homem se acredita. Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obe- cerce de nossa caminhada e teremos contemporâneo pode sentir de novo decendo ao mandato de levar o Evan- a força de, assim como Pedro, realizar a necessidade de ir como a samari- Pentecostes, a Igreja manifesta, com gelho a toda criatura (cf. Mc 16,15) e, nossa confissão de fé: “Então, disse tana ao poço, para ouvir Jesus, que toda a clareza, essa dimensão pública sem temor algum, anunciaram a todos Jesus aos Doze: ‘Não quereis também convida a crer nele e a beber na sua do crer e do anunciar sem temor a pró- a alegria da ressurreição, de que foram partir? ’Simão Pedro respondeu-lhe: fonte, donde jorra água viva (cf. Jo pria fé a toda gente. É o dom do Espíri- fiéis testemunhas. Pela fé, os discípulos ‘Senhor, a quem iremos? Só tu Tens 4,14). Devemos readquirir o gosto de to Santo que prepara a missão e forta- formaram a primeira comunidade reu- palavras de vida eterna e nós cremos e nos alimentarmos da Palavra de Deus, lece o nosso testemunho, tornando-o nida à volta do ensino dos Apóstolos, reconhecemos que és o Santo de Deus” transmitida fielmente pela Igreja e do franco e corajoso. A própria profissão na oração, na celebração da Eucaristia, (J0 6, 67-69). Pão da Vida, oferecidos como sustento da fé é um ato simultaneamente pes- pondo em comum aquilo que possuí- de quantos são seus discípulos (cf. Jo soal e comunitário. De fato, o primeiro 6,51). De fato, em nossos dias, ressoa sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comu- ainda, com a mesma força, este ensi- nidade cristã que cada um recebe o Ba- namento de Jesus: “Trabalhai, não pelo tismo, sinal eficaz da entrada no povo alimento que desaparece, mas pelo ali- dos crentes, para obter a salvação. mento que perdura e dá a vida eterna” (Jo 6,27). E a questão, então posta por COMO DEVE SER VISTA A HISTÓRIA aqueles que o escutavam, é a mesma DE NOSSA FÉ DURANTE ESTE ANO? que colocamos também hoje: “Que havemos nós de fazer para realizar as Será decisivo repassar, durante este obras de Deus? (Jo 6,28). Conhecemos Ano, a história de nossa fé, que faz ver a resposta de Jesus: “A obra de Deus é o mistério insondável da santidade, esta: crer naquele que ele enviou” (Jo, entrelaçado ao pecado. Enquanto a 6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o primeira coloca em evidência a grande caminho para se poder chegar definiti- contribuição que homens e mulheres vamente à salvação.” prestaram para o crescimento e o pro- gresso da comunidade com o testemu- QUE PERCURSO PODE AJUDAR A nho da sua vida, o segundo deve pro- COMPREENDER DE MANEIRA MAIS vocar em todos uma sincera e contínua PROFUNDA OS CONTEÚDOS DA FÉ? obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao en- De fato, existe uma unidade pro- contro de todos. Ao longo deste tem- funda entre o ato com que se crê e os po, manteremos o olhar fixo em Jesus conteúdos aos quais damos nosso as- Cristo, “autor e consumador da fé” (Hb sentimento. O apóstolo Paulo permite 12,2): nele encontra plena realização entrar nessa realidade, quando escre- toda a ânsia e anélito do coração hu- ve: “Acredita-se com o coração e, com mano. A alegria do amor, a resposta ao a boca, faz-se a profissão de fé” (Rm drama da tribulação e do sofrimento, 10,10). O coração indica que o primeiro a força do perdão diante da ofensa re- ato, pelo qual se chega à fé, é dom de cebida e a vitória da vida sobre o va- Deus e ação da graça que age e trans- zio da morte, tudo isso encontra plena forma a pessoa até o mais íntimo dela realização no mistério de sua Encarna- mesma (...). Por sua vez, o professar, ção, de seu fazer-se homem e partilhar com a boca, indica que a fé implica um conosco a fragilidade humana para a DIOCESE DE GUAXUPÉ 7
  • 8. catequese COMO ABORDAR NA CATEQUESE A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃO Por Pe. Sandro Santos, pároco do Santuário de Santa Rita de Cássia, Cássia (MG) e assessor diocesano de catequese Neste mês, lembramos o dia e Homem numa só existência, dos finados. É oportuno apro- o Belo que se une ao Ilimitado, veitar esta data para dar uma para transformá-lo. Por isso, boa catequese, pois alguns as- a fé na Ressurreição de Cristo suntos são pertinentes não só muda a sorte da face da terra para a catequese, mas também e impulsiona os cristãos a faze- para a vida cristã. rem a diferença. A Ressurreição é um misté- Entendendo o assunto: rio e, por isso, não tem como ser provado cientificamente, Ressurreição não é apenas mas pode sê-lo através das um ato de fé, mas uma experi- realidades que vemos a partir ência concreta com Jesus que da Ressurreição. É muito bom está vivo. Esta é a certeza que falar que há coisas na vida que devemos expressar em toda não se explicam, mas sabe- nossa catequese. É a experiên- -se que existem. O essencial é cia vivida, naquela manhã, por ver a ressurreição como vida algumas mulheres e também transformada, vida renovada. a experiência vivida pelos dis- cípulos de Emaús, por Paulo e Missão da Catequese tantos outros que, após a ex- periência, foram tomados de A catequese tem uma mis- alegria por sentir a presença do são fundamental: orientar os Ressuscitado. catequizandos e a própria co- Ressurreição é Deus inva- munidade cristã sobre o ver- dindo a vida de quem faz esta dadeiro sentido da vida, da experiência: “Ele está no meio ressurreição e da eternidade. de nós.” Falar sobre a fé na Res- Quem não coloca em seu ho- surreição numa homilia é fácil, rizonte a ressurreição, perde- mas numa linguagem catequé- -se no cotidiano da vida e fica tica, respeitando as várias fases preso a situações constantes do desenvolvimento humano é de morte. outra coisa. Temos que usar o Muitos autores falam sobre recurso da linguagem e do grau ressurreição fazendo compa- de compreensão em que cada rações. O próprio Jesus nos interlocutor se encontra. falava deste modo. Ele usou a Espero que esta matéria comparação da semente que contribua para que nossos ca- jogada na terra, se ela mor- tequistas, espalhados por nos- re, transforma-se. O Apóstolo sa diocese e, quem sabe, por Paulo também vai na mesma outros lugares, possa amenizar direção. E um autor muito per- a insegurança quando se veem to de nós, fala da relação do diante deste assunto tão subli- milho de pipoca e a própria me, pois a ressurreição é o cen- pipoca, e de como no mistério tro de nossa fé é a certeza de do calor, um se transforma no que nossa vida não termina com a mor- do mal e do coração carregado de pessoas para com Jesus Cristo. outro. te. Aliás, isto nós professamos ao rezar maldade, a morte entrou no mun- O tema é sublime, mas não deixa de Sendo assim, estimados catequis- o “Creio em Deus Pai”, mas ao mesmo do. ser difícil de expressar, principalmente tas, não é preciso de palavras eloquen- tempo, um assunto tão complexo por- • Jesus Cristo passou pela morte numa realidade de sociedade em que tes e difíceis para falar da Fé na Res- que é mistério. No entanto, não se fala Apesar de não ter pecado. Mas não uma boa, para não dizer grande parte surreição de Cristo. É preciso sim, um de ressurreição sem se falar de morte. ficou na morte. Três dias após seu dela, tem a tendência a ver e a ter como conhecimento teórico, mas, acima de Dom Juventino Kestering, um gran- sepultamento, ele ressuscitou. É verdade algo que seja empírico, dificul- tudo, estar aberto à experiência de fé e de catequista, em uma de suas análises, na ressurreição de Jesus que nossa tando a compreensão ou, até mesmo, a ter um olhar de transformação da vida, diz que a morte deve ser entendida em vida adquire novo sentido. aceitação do Mistério. pois por vários momentos, passamos três dimensões: Jesus de Nazaré foi um homem con- pela realidade de ressurreição. Nossa Como afirma São Paulo “Se Cristo creto que viveu num dado momento catequese deve ser anunciadora da es- • A morte é o fim da vida terrestre não ressuscitou, inútil é nossa fé” (1Cor da história humana. Sua vida foi tão perança e da vida. Nossa vida é medida pelo tempo, 15,14). Sabe-se que numa formação, marcante que muitas religiões fazem ao longo do qual passamos por seja ela religiosa ou não, deve-se ter menção a ela. E para nós, cristãos, ter Para refletir no grupo: mudanças, envelhecemos e, como como princípio, o respeito à fase de de- a certeza de que esse homem viveu, acontece com todos os seres vivos senvolvimento em que o ser humano sofreu e morreu, nada difere de outras • Quem, em sã consciência, já ex- da terra, a morte aparece como fim se encontra (se é criança, adolescente, religiões. No entanto, ter a certeza de perimentou uma sensação de normal da vida. jovem ou adulto), seu contexto sócio- que ele viveu, morreu e ressuscitou dos superação e transformação de si • A morte é consequência do pecado -econômico, cultural, político e religio- mortos, muda tudo. Fato que Jesus de mesmo? O pecado entrou no mundo e de- so e até, por que não dizer, educacio- Nazaré, para muitos, é apenas um ser sorganizou desígnios de Deus. nal. Agindo assim, pode-se alcançar especial, um homem perfeito. Para nós, Como consequência do pecado, com mais sucesso o encantamento das Ele é nosso Salvador e Redentor, Deus 8 JORNAL COMUNHÃO
  • 9. atualidade A CONCEPÇÃO SOBRE A MORTE NAS RELIGIÕES E DOUTRINAS NOS DIAS ATUAIS “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Cor 5,1). Pe. Dênis Nunes de Araújo, vigário paroquial na Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas A morte é a cessação total da vida e libertar deste ciclo, é preciso levar uma lo: ‘o meu desejo é partir e ir estar com senta o fim do corpo, mas o espírito, que não há possibilidade alguma de existên- vida sem contradições. A alma nunca Cristo’ (Fl 1, 23)”. Jesus Cristo transfor- não morre, toma nova forma e se reen- cia. Os seres humanos são dotados de morre, ela vai mudando de corpo. Após mou a maldição da morte em bênção carna. Após o desligamento do corpo, inteligência, através da qual, somente longas reencarnações, encontra-se com (2Tm1,11; Fl1,21). “Contudo, semeia-se o espírito parte para um longo proces- estes conseguem saber que morrerão. um grande santo (Sad-Guru) e ela se no túmulo um corpo corruptível, ele so de reencarnações e purificação. São, Desta forma, surgem os grandes ques- auto-desenvolve e vai ao encontro do ressuscita um corpo incorruptível, um nas várias reencarnações, que o espírito tionamentos: Como será a morte? Para transcendental em Deus. ‘corpo espiritual’ (I Cor 15, 44).” Porém, se purifica até atingir a perfeição. É um onde o ser humano vai após a morte? No budismo, com a morte, o espírito “na morte Deus chama o homem para si. processo que não é conhecido ao ser O que existe após a morte? Muitos se abandona seu corpo físico que fica inu- É por isso que o cristão pode sentir, em humano, pode ser que sucedam várias inquietam a responder sobre o assun- tilizado e retorna ao mundo espiritual. relação à morte, um desejo semelhante vidas ou não. O fato é que ao purificar- to; mas a resposta depende, em grande Neste, reinicia uma nova vida de purifi- ao de São Paulo: ‘o meu desejo é partir e -se plenamente, o espírito se torna bem parte, de valores culturais e religiosos cação. A morte significa “o que vai nas- ir estar com Cristo’ (Fl 1, 23)” (CIC 1011). aventurado, um espírito puro. pessoais. cer”. Morre-se para o mundo material e Jesus Cristo transformou a maldição A maioria das igrejas evangélicas O ser humano sente-se intrigado nasce para o mundo espiritual. Após um da morte em bênção (2Tm1,11; Fl1,21). acredita na eternidade da alma e que há diante do fato da morte. O processo período, renasce no mundo físico, mas “Contudo, semeia-se no túmulo um cor- a salvação para os justos e a condena- civilizatório mostra que esta é uma das vai acumulando impurezas e máculas po corruptível, ele ressuscita um corpo ção para os injustos. preocupações de quase todos os povos durante a existência, tanto no corpo físi- incorruptível, um ‘corpo espiritual’ (I Cor A cultura afro-brasileira, em sua que habitaram o planeta Terra. Várias co quanto no espiritual. O corpo é nova- 15, 44)” (CIC 1017). grande parte, supõe que a vida e a mor- doutrinas e religiões que surgiram du- mente abandonado e o espírito volta a A revista Época, em sua edição de te são uma alternação de ciclos. Deste rante a existência humana buscaram purificar-se no mundo espiritual em um nº 325, publicou um artigo de Caroli- modo, o morto volta ao mundo dos vi- satisfações para seus seguidores sobre ciclo. na Nascimento intitulado: “Saiba como vos que pode até mesmo se reencarnar seus entes que morreram. O cristianismo crê na ressurreição, a morte é vista em diferentes religiões na própria família. Para o candomblé, Nas religiões antigas, já se percebia assim como Jesus Cristo ressuscitou to- e doutrinas.” A autora explana que nos por exemplo, o morrer é passar para que o tema é referente. dos ressuscitarão. A morte marca o fim pensadores da filosofia grega, entre uma dimensão diferente, a da existência No judaísmo, acredita-se em uma da existência terrena, porém início da eles, Pitágoras, Platão e Plotino, a ideia terrena e permanecer junto aos espíri- vida após a morte. Não se sabe como eterna. “O Cristão, que une a sua própria é de que há uma existência após a mor- tos daqueles que já morreram, junto aos é esta continuidade, pois enquanto se morte à de Jesus, vê a morte como um te e um julgamento. Na doutrina niilista orixás e guias. vive neste mundo, é impossível saber o caminhar ao seu encontro e uma entra- (nihil, nada), o ser possui toda sua es- Os mórmons acreditam que, após que há após a morte. A alma se separa da na vida eterna (CIC 1020).” Também sência na matéria. Morrer significa o fim a morte, o espírito vai para um mundo do corpo e possui outras experiências no parágrafo 1005 diz o Catecismo da de qualquer possibilidade, não há nada espiritual, no qual aqueles que não re- até voltar na ressurreição dos mortos. Igreja Católica: “Para ressuscitar com além de sua existência. Na doutrina ceberam o evangelho em vida poderão No islamismo, o muçulmano é sub- Cristo é preciso morrer com Cristo, é panteísta (o universo, a natureza e Deus ouvi-lo e aceitá-lo através de missioná- misso a Deus (Alah). A morte não é ani- preciso ‘deixar a mansão deste corpo têm o mesmo valor), ao iniciar a vida, o rios. Nesse lugar, esperam a segunda quilação do indivíduo, é a passagem de para ir morar junto do Senhor’ (2 Cor espírito e o corpo são reunidos em todo vinda de Jesus Cristo. uma vida para outra. Esta vida é uma via 5,8). Nesta ‘partida’ que é a morte, a o universo e, ao morrer, os mesmos vol- Portanto, a morte é algo que impul- para a grande recompensa que há de alma é separada do corpo. Ela será reu- tam a ser uma massa comum para nova- siona várias religiões e doutrinas que receber. “A Deus pertence tudo quanto nida a seu corpo no dia da ressurreição mente se reunir e voltar em outra vida buscam orientar seus seguidores a te- existe nos céus e na terra, para castigar dos mortos.” A morte é consequência do ou forma. rem um olhar para o estágio pós-morte. os malévolos, segundo o que tenham pecado. O homem, sendo mortal, não Os ateus são aqueles grupos que não Pode-se notar que apesar das diferenças cometido, e recompensar os benfeitores foi criado por Deus para morrer. A morte acreditam na existência de um Deus. no pensar, há semelhança entre elas. A com o melhor.” (Alcorão 53:31). foi contrária aos desígnios de Deus (cf. Não acreditam que exista alguma forma morte continuará ainda um grande mis- O hinduísmo concebe que, após a CIC 1008). Porém, “na morte Deus cha- de vida após a morte. Esta fundamenta- tério, mas a partir de princípios teológi- morte, há reencarnação. A vida na Ter- ma o homem para si. É por isso que o ção está na posição de que não há qual- cos da vida e da morte, é possível torná- ra é um eterno ciclo de nascimentos, cristão pode sentir, em relação à morte, quer comprovação desta existência. -la crível. mortes e reencarnações. Para alguém se um desejo semelhante ao de São Pau- Para o espiritismo, a morte repre- DIOCESE DE GUAXUPÉ 9
  • 10. ponto de vista pastoral EXPERIÊNCIA DE NOVOS ROTEIROS DOS GRUPOS DE REFLEXÃO Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende A diocese de Guaxupé pretende preparar seus próprios roteiros para os Grupos de Reflexão. A seguir, é apresentado um roteiro experimental, entre 25 de novembro a 02 de dezembro. Outras semanas de novembro podem ser encontradas no site www.guaxupe.org.br. Pensou-se em mudar o estilo. Começa-se por um fato da vida, motivando, em seguida, a discussão sobre as causas e consequências daquele fato. É o VER. Em seguida, vem o JULGAR. Primeiro, descobrir coisas boas e ruins que se encontram no fato, nas suas raízes e nos seus resultados, depois iluminar tudo com a Palavra de Deus, o Evangelho do domingo seguinte. Não fica de fora o AGIR, que é fazer alguma coisa para melhorar a situação que o fato com suas causas e consequências revelou. Pede-se aos grupos que, após utilizarem este roteiro, digam à coordenação dos Grupos de Reflexão se o novo roteiro conseguiu motivar mais os participantes, se as reuniões ficaram mais animadas, ou se houve dificuldades grandes, desânimo e/ou abandono. Semana entre 25 de novembro a 2 de dezembro Canto: (a escolher) são uma oportunidade para a verdadeira Oração inicial mensagem de Jesus ir mais longe? A gente L. 1: Nosso mundo carece de fé, a força que pode fazer alguma coisa? vem de dentro e nasce de Deus, Deus que (Tempo para pensar e cada qual ver o que está dentro e me enche de forças, busca de poderá fazer) Deus que não me deixa errar. Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem ORAR luz apagada! - Pelos grupos de reflexão e comunidades cristãs do mundo inteiro, para que sejam L. 2: Nosso mundo carece de amor, que sempre um caminho seguro para enten- vence a guerra e a violência nascidas den- dermos a mensagem de Jesus e irmos ao tro de casa. Nosso mundo carece de solida- seu encontro, rezemos ao Senhor! riedade, que vence a competição e une os com o fim do mundo, pode ser a qualquer L. 5: Neste Evangelho, Jesus comenta a rivais. momento e sem avisar. Conhecem fatos destruição de Jerusalém, bem próxima de - Pelos dirigentes da nossa Igreja, para que Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem semelhantes? acontecer. Foi o fim da antiga religião judai- nos ajudem a ver em todos os aconteci- luz apagada! (Tempo para pensar e conversar) ca – os cristãos ainda estavam presos a ela mentos um chamado de Deus para sermos – e a abertura de um novo horizonte para o mais fiéis ao seu projeto de vida, de justiça, L 3: Nosso mundo carece de caminho para Os porquês, a raiz cristianismo. O Evangelho usa uma lingua- de amor e de igualdade, rezemos ao Se- sair da dor, do sofrimento, da incompreen- L. 2: Será que a pessoa pensa mesmo que gem apocalíptica como “caí das nuvens” e nhor! são, da imoralidade, da vingança e do ódio. pode, a qualquer momento, ser arrebatada “o céu veio abaixo”. Precisamos estar prepa- Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem para ir ao encontro do Cristo que “vem nas rados, é a chegada de Jesus. - Pelos que têm nas mãos os poderes des- luz apagada! nuvens”, como diziam no tempo de Jesus? Canto de Aclamação: (a escolher) te mundo, para que coloquem sua autori- Por que só ela será arrebatada ou outros dade e poder a serviço não dos próprios L. 4: Nosso mundo carece do perdão, que não? Que vinda de Jesus será essa, será o EVANGELHO SEGUNDO LUCAS: Lc 21, 25- interesses passageiros, mas do povo que transforma as armas da luta, da compe- fim do mundo? Por que será que tanta gen- 28. 34-36 permanece, rezemos ao Senhor! tição e da rivalidade em ferramentas de te pensa uma coisa dessas? trabalho para construirmos um mundo de (Tempo para pensar e conversar) - Depois de falar da destruição de Jerusa- - Por todos os que sofrem como vítimas irmãos. O resultado, os frutos lém (ler vv. 20-24) em linguagem apocalíp- das desigualdades do nosso mundo, para Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem L. 3: O dono desse carro acha que não vai tica (vv. 25-26), o Evangelho fala da vinda que não coloquem sua esperança apenas luz apagada! morrer e será arrebatado. E os outros? Esse “do Filho do Homem nas nuvens” (ler Dn numa próxima vinda de Cristo, mas lutem pensamento de vinda próxima de Jesus 7,13-14) e da libertação do povo das comu- eles mesmos para ter seus direitos respei- L. 5: Nosso grupo procura em Jesus Cris- como juiz da humanidade tem influência nidades (v. 28). Que sentido tinha isso para tados e para que seja vencido, ainda neste to a força que vem de Deus para iluminar nas pessoas? Quais os resultados de as pes- o tempo quando o Evangelho foi escrito e mundo, todo tipo de desigualdade, reze- e transformar, para ser modelo e força de soas ficarem pensando muito nisso aí? que sentido tem para hoje? mos ao Senhor! mudança em um mundo perdido em con- (Tempo para pensar e conversar) - Por que motivo o Evangelho manda os (espontâneas) tínuas discórdias. cristãos ficarem vigiando sobre si mesmos Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal JULGAR na oração, sem pensar que a vida é só co- - Nas intenções de nosso Grupo sem sabor ou luz apagada! O pecado e a graça mer, beber e ganhar dinheiro? (vv. 34-36) L. 4: É bom a gente pensar no próprio fim - Que sentido tinha isso para as comunida- - de nossa Comunidade L. 6: Nossas comunidades estão precisan- e no encontro final com Cristo. Isso faz as des cristãs onde este Evangelho foi escrito do de mais animação e coragem. Seu in- pessoas serem mais honestas, viverem e que sentido tem para nós hoje? - de nossa cidade. centivo e força dependem da força da Pala- mais de acordo com a própria consciência, vra de Deus, que nos alimenta nos Grupos não é verdade? AGIR Pai Nosso de Reflexão. Insistir demais numa imaginária próxima L. 6: Quando ouvimos falar que o fim do Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal vinda do Cristo pode parecer um pouco mundo está próximo, a gente pode dizer Oração Final sem sabor, luz apagada ou fermento derran- doentio até. Pode, talvez, ser um meio de alguma coisa, deixar uma orientação se- Ó Deus poderoso, só fazendo o que deve- cado! amedrontar as pessoas e trazê-las para sua gura? E quando citam passagens da Bíblia mos é que vamos ao encontro de Jesus, que religião. Pode dar a ideia de um Deus que para confirmar isso? esperamos. Ajudai-nos a servi-lo em nossos VER só pensa em castigar, com sede de sangue Se o fim do mundo não acontece tão logo, irmãos, para sermos os benditos que ele Fato da vida e destruição. isso não quer dizer que nossa vida pesso- chamará para o reino de seu Pai. Pelo mes- Leitor 1: No vidro traseiro de um carro, es- Esse que diz esperar “ser arrebatado”, não al não esteja com os dias contados. Esse mo Nosso Senhor Jesus Cristo, que convos- tava escrito: EM CASO DE ARREBATAMEN- estará se achando um privilegiado? pensamento não deve fazer a gente pres- co vive na unidade do Espírito Santo. TO, ESTE CARRO FICARÁ DESGOVERNADO. Que mais do lado bom e ruim, você encon- tar mais atenção no que está fazendo para Combinar a casa onde será a próxima Quem colocou isso no carro está pensando tra nesse fato? ver se está se preparando para a vinda do reunião. certamente na palavra de Paulo (1Ts 4,17): (Tempo para pensar e conversar) Cristo? Bênção final: Que o Senhor nos abençoe e “nós os vivos, os que tivermos ficado, sere- As grandes mudanças que acontecem no nos guarde e nos conduza pelos caminhos mos arrebatados nas nuvens ao encontro A PALAVRA DE DEUS mundo são motivo para a gente pensar do seu Reino. Amém. do Senhor.” Pensa que a “vinda de Jesus”, Antes de ler o Evangelho em castigo de Deus ou fim do mundo, ou Canto final: (a escolher) 10 JORNAL COMUNHÃO
  • 11. comunicação COMEMORAÇÕES DE NOVEMBRO NATALÍCIO ORDENAÇÃO 2 02 Pe. Bruce Éder Nascimento 5 05 Mons. Benedito José da Silva 3 O3 Mons. José dos Reis 9 09 Pe.André Aparecido da Silva 4 04 Pe. Luiz Gonzaga Lemos 09 Pe. Fernando Alves da Silva 5 05 Pe. Darci Donizetti da Silva 09 Pe. João Batista da Silva 6 06 Pe. Paulo Sérgio Barbosa 14 14 Pe. Maurício Marques da Silva 7 07 Pe. Norival Sardinha Filho 21 21 Pe. Claudionor de Barros 13 13 Pe. Jorge Eugênio da Silva 25 25 Pe. Antônio Carlos Maia 20 20 Pe. Henrique Neveston da Silva 31 31 Pe. Moisés Campos Gonçalves 23 23 Pe. Antônio Garcia 30 30 Pe. Álvaro Alves da Silva AGENDA PASTORAL DE NOVEMBRO 4 Setor Areado: Encontro de MECEs 14 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros 8 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé 18 Reunião dos agentes do SAV 9 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros Setor Alfenas: Encontro de MECEs 9-11 Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé 21 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em Muzambinho 10 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em 22 Diocese: Reunião do Setor Famílias em Guaxupé Guaxupé 23 Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu Reunião da Coord. Diocesana da RCC em Guaxupé Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé 24 Diocese: Encontro Diocesano para Animadores da CF 2013 em Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. Reunião do Conselho Diocesano do ECC (Setor Guaxupé) Paroquiais da Catequese Oficinas de Comunicação em Guaxupé 11 Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da 25 Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu Catequese Cenáculo Diocesano da RCC 12 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros Setor Cássia: Encontro de MECEs IN MEMORIAN Faleceu no dia 03 de outubro padre Nossa Senhora de Sion. Seu corpo foi velado na paróquia Nossa Mário estava com 41 anos, era pároco Maguinaldo Vicente da Silva e no dia 12 Natural de Sabará (MG), padre Ma- Senhora de Sion, em São Sebastião do na Paróquia Senhor Bom Jesus de Arujá de outubro padre Mário Faleiros, mem- guinaldo estava com 51 anos e foi orde- Paraíso. (SP). bros da congregação dos padres de nado no dia 15 de novembro de 2008. Natural de Capetinga (MG), padre sugestões de leitura Consolo para quem está de luto - Renold J. Blank, Editora Paulinas Este livro é dirigido aos que passam pela dor da perda de um ente querido e também aos que se encontram com a perspectiva da própria morte. Ele busca responder, entre outras, a questões como estas: Como lidar com a tristeza que enche o nosso coração, quando somos confrontados com a morte de um ente querido? Será que ele, agora, está bem? Como nossa tristeza encontrará alento? O que dizer a nós mesmos e aos nossos amigos quando ficamos emudecidos e abalados pela dor diante do inevitável que não queremos aceitar? E, por fim, o que acontecerá a nós mesmos? Por quais experiências passaremos depois de nossa morte? O autor quer, com este inspirado livro, acompanhar a tristeza e o medo daqueles que estão chorando para que, na sua depressão, não estejam sozinhos e abandonados e para que, na sua dor, não se apague a esperança dentro deles. DIOCESE DE GUAXUPÉ 11
  • 12. saúde NUTRINDO A VIDA, VIVE-SE MELHOR Por Mônica Cirilo Magalhães, nutricionista com clínica em Poços de Caldas No processo evolutivo do homem, ao longo da história, a alimentação demarcou etapas importantes. O ser humano, no início, sobrevivia da caça, pesca e coletas de vegetais. Com o desenvolvimento cultural, houve uma grande mudança adaptativa em re- lação aos animais e plantas. Surgiu a agropecuária que possibilitou o plane- jamento e produção de alimentos que se destinavam não somente às neces- sidades das comunidades como tam- bém para comercialização. Daí para frente, com a modernização e o cres- cimento industrial, houve um aumen- to na disponibilidade de alimentos e, junto a este desenvolvimento, mudan- ça no padrão dietético. Assim, houve um declínio nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e um aumen- to de mortalidade pelas doenças crô- nicas não transmissíveis (obesidade, hipertensão arterial, diabetes melli- tus, doenças cardiovasculares, câncer etc.) devido a mudanças na composi- ção dos alimentos que passaram a ter alto teor de gorduras totais, colesterol, açúcares, conservantes etc e passaram • Aumentar o consumo de água • Evitar frituras, empanados, em- ças; a ser mais refinados, isto é, menos nu- entre as refeições; butidos; • Procurar variar os alimentos e tritivos e reduzidos de fibras e gordu- • Consumir grãos, vegetais e frutas • Substituir manteiga e banha por comer de tudo, um pouco. Não ras boas e devido também à ingestão frescas todos os dias; margarinas light, óleos vegetais e encarar as refeições como uma ida aumentada desses alimentos. Diante • Consumir fibras na forma de cere- azeite extravirgem; à farmácia, mas procurar um equi- destes fatos, a necessidade de buscar ais integrais cozidos ou em flocos, • Substituir leite e derivados inte- líbrio tentando incluir alimentos o conhecimento da ciência da nutri- frutas cruas, vegetais com casca e grais por leite desnatado e queijos saudáveis; ção, alimentação e mudanças de hábi- feijões em geral; magros; • A manutenção da saúde deve ser tos saudáveis vem aumentando e tem • Substituir pães e farinhas brancas • Reduzir o sal e, em seu lugar, uma consequência, e não o úni- sido um dos fatores mais importantes por farinhas e pães integrais de tri- temperar os vegetais e legumes co objetivo do ato de comer bem para a manutenção da saúde e o equi- go, centeio, aveia, milho, bolinhos com ervas, especiarias e gotas de e lembre-se de que o principal líbrio entre o corpo e a mente. de fibra, mingau de grãos etc.; limão, reduzindo assim o risco de tempero para o sucesso da reedu- • Evitar gorduras saturadas e trans. pressão alta; cação alimentar é o bom senso e Algumas dicas práticas: Esta é a melhor prevenção contra • Reduzir o uso de açúcar e evitar a moderação aliados à prática de • Fracionar as refeições em 5 ou 6, o aumento de peso, problemas bebidas alcoolicas; atividade física. ao dia, em volumes menores, evi- cardiovasculares e certos tipos de • Manter o peso corporal adequa- tando o jejum prolongado; câncer; do, reduzindo os riscos de doen- sugestão de filme Cartas para Deus, 2010 Tyler Doherty tem 8 anos e sofre de câncer, os médicos estão desacreditados sobre suas chances de vida. Ape- sar da situação difícil, Tyler coloca sua fé em Deus acima de tudo, por meio de cartas diárias começa a escrever um diário sobre suas esperanças de que algum anjo possa salvá-lo. “Inspirado em uma história verdadeira, ‘Cartas a Deus’ é uma íntima, tocante e muitas vezes engraçada história sobre o efeito da crença que uma criança pode ter em sua família, amigos e comunidade”, diz um dos promotores do filme. 12 JORNAL COMUNHÃO