Este documento discute a importância da Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, que completa 50 anos. O autor destaca que a Igreja deve buscar sempre a convergência e não a divergência entre os diferentes membros, promovendo a riqueza da comunidade cristã através das diversas vocações. Defende também que clero e leigos pertencem à mesma realidade no "Povo de Deus" e devem se complementar, não se sobrepondo um ao outro.
Jornal comunhão novembro 2012 - Diocese de Guaxupé
1. Impresso
Especial
FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT
9912259129/2005-DR/MG
A SERVIÇO DAS COMUNIDADES
COM NIDADES MITRA
CORREIOS
JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 276 NOVEMBRO DE 2012
Foto: Luiza
O REINO DE
DEUS ESTÁ
NO MEIO DE
VOCÊS!
(Lc 17, 21)
Encontro para animadores de Grupos de Reflexão contou com a participação de mais de 400 pessoas. Página 04
OPINIÃO ATUALIDADE
Sobre o documento conciliar Lumen Gentium, padre Robervam Martins Discorre padre Dênis Nunes de Araújo sobre a morte vista pela diversidade
escreve neste mês: “urge a consciência de que as diferenças eclesiais, ótica das religiões. Página 09
manifestadas nas mais variadas vocações, queiram promover a riqueza
da comunidade cristã. Assim, mostra-nos que a diferença, pautada na PONTO DE VISTA PASTORAL
mensagem evangélica, não deve soar como problema, mas como caminho Há algum tempo, sonha a equipe diocesana dos Grupos de Reflexão
de enriquecimento missionário do corpo eclesial, no mundo.” Leia mais, confeccionar um roteiro próprio para a Diocese de Guaxupé, até então
página 03 dirigido pela Diocese de Caratinga. Neste mês, padre José Luiz sugere
aos grupos experimentar e avaliar um modelo de roteiro feito com outra
REPORTAGEM metodologia. Página 10
O Ano da Fé é apresentado pelo padre Gladstone Miguel, a partir de alguns
destaques de falas do papa Bento XVI. Páginas 06 e 07
DIOCESE DE GUAXUPÉ 1
2. editorial
“Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.”
(Do Poema Impressionista de Adélia Prado)
O jornal COMUNHÃO de novembro resplandecer a fé, a coragem de seguir, a sofrer aqueles que querem viver numa
apresenta vários tons: cinzas de reflexão ousadia de viver, a íntima busca de amar. casa constantemente amanhecendo, em
sobre a morte; vermelhos das notícias de Batizados foram os cristãos para ilumi- outras palavras, numa casa de pessoas que
gente amante das coisas do Reino de Deus; nar, para dar ao mundo a luz de Cristo, para abraçam causa comum, sonho comum,
alaranjado brilhante de uma Igreja que amanhecer o mundo na luz da fé do amor... muito e muito além da busca de vantagens
está constantemente amanhecendo, de- se não for assim, não será Igreja, Casa de pessoais. Jesus sabia muito bem que a co-
pois do cinquentenário do Vaticano II. Tudo Jesus. No início do caminho cristão, ale- munidade de fé distinguia-se das realida-
isso indica uma diocese que, embora toca- gravam-se todos aqueles que conviviam e des temporais: “Mas, entre vós, não deve
da pela escuridão das incertezas e dúvidas deixavam-se cativar pelos primeiros evan- ser assim” (Mc 10,43). Não deve ser assim
do tempo presente, não perde a visão do gelizadores. O cristianismo haverá sempre na Igreja...
Ressuscitado que caminha a sua frente. de ser expressão de alegria e esperança, de Que constantemente amanhecendo
É preciso pintar a casa... que casa? A vida plena, radiante, iluminada. estejam as comunidades, os trabalhos
vida, se for ela mesma o espaço mais sagra- Não falta hoje quem reclame sentir-se pastorais de toda a diocese, pintados de
do. A Igreja, morada de irmãos. O mundo, sozinho dentro de seus próprios sonhos, alaranjado brilhante como casas de gente
se for ele mesmo o sonho de habitação morar em lugares não compartilhados por que tudo tem em comum, gente cristã...
comum. O importante e urgente agora é falta de cumplicidade, de entusiasmo de iluminada. Boa leitura!
pintar... de alaranjado brilhante. Cores mór- sonhar junto. A busca pelo sucesso pesso-
bidas não entusiasmam a alma. Pintar a al, pelo trabalho em vista do dinheiro e a
casa significa cintilar os espaços sagrados, evidência de relações competitivas fazem
Dom José Lanza Neto
voz do pastor
VIDA PLENA
“Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.”
De que maneira conciliar e propor “suposta morte digna”. o Estado parece interferir. Sou criador de Como falar da vida? Como propor e
vida humana plena e vida eterna numa O cenário é encantador. Aparente- mim mesmo, para que ouvir algo de fora? defender a vida? Como anunciar a vida
sociedade pós-moderna que valoriza a mente tudo está bem articulado, orga- Na verdade, não quero frustrar a nin- em plenitude? Como apresentar a vida
vida só como expressão de beleza, de nizado. Ninguém precisa preocupar-se. guém e nem apresentar algo novo, mas é nova trazida por Jesus Cristo? Como falar
riqueza, de prazer, de bem estar, de liber- Temos espaço para todos; as pessoas necessário olharmos à nossa volta e nos de vida eterna e de ressurreição?
dade e enquanto ela pode proporcionar estão felizes e realizadas, cada uma pode darmos conta de como a vida está sendo Parece que estamos fora do tempo,
felicidade? pensar o que quiser, liberdade absoluta; maltratada. da realidade e deste mundo. Não será
Parece existir uma seleção natural dos cada qual cria formas de viver da maneira Quatro situações são desafiadoras, exatamente esta mentalidade para con-
privilegiados, dos excluídos, dos de sorte. que lhe convier. desumanas e horrendas: a violência, a trapor as verdades da fé?
O nascer, o viver e o morrer estão Tudo vai bem? Ninguém tem que fome, a guerra e o aborto. São incalculá- Que o Cristo - Senhor da vida e de
relacionados a estatísticas. Não podem ensinar a ninguém. Até parece que esta veis os resultados destas situações. tudo, nos inspire e nos fortaleça em nos-
nascer mais pessoas do que está progra- vida é bem melhor que aquela inventada Só para termos ideia, 50 milhões de sa missão de batizados. Que sua luz, fruto
mado e apesar das prerrogativas: quali- pela Igreja e por Jesus Cristo. Ninguém vidas são retiradas por ano, pela prática da ressurreição, nos ilumine!
dade e expectativa de vida, estou livre quer perguntar além do que cada pes- do aborto. As nações insistem nesta prá- Viver a vida é uma questão de fé.
para minha retirada deste mundo com a soa quer construir para si. Nem mesmo tica.
expediente
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2 JORNAL COMUNHÃO
3. opinião
LUMEN GENTIUM: UMA LÂMPADA A SER SEMPRE REACENDIDA
“De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros;
e, no entanto, apesar de serem muitos,
todos os membros do corpo formam um só corpo.” (1Cor, 12)
Por Pe. Robervam Martins de Oliveira, pároco da paróquia São José de São José da Barra.
Ao completar seus cinquenta anos, vocações, queiram promover a rique-
o Concílio Vaticano II é um fenômeno za da comunidade cristã. Assim, mos-
“novo” que nos remete a uma realida- tra-nos que a diferença, pautada na
de “antiga”, uma vez que o sopro vi- mensagem evangélica, não deve soar
vificador do Espírito, manifestado na como problema, mas como caminho
Palavra Eterna e Encarnada do Criador, de enriquecimento missionário do
Jesus Cristo, sempre impulsionou uma corpo eclesial no mundo.
eclesialidade embasada na mensagem
evangélica, cabendo aos discípulos do POVO DE DEUS
Mestre de Nazaré uma permanente Se partirmos da categoria “povo
Metanóia. Somente se pode mudar a de Deus”, entenderemos que as mais
realidade, mudando-se a maneira de variadas funções eclesiais nos devem
pensar a vida. Sendo assim, a conver- mover para um mesmo norte. Pre-
são deve sempre estar no itinerário cisamos buscar, permanentemente,
daqueles e daquelas que se envolvem a convergência e não a divergência,
na dinâmica do Evangelho que, mes- uma vez que o próprio Deus sempre
mo sendo “velho”, apresenta-se sem- sonhou para o ser humano a fraterni-
pre “novo”. Caso contrário, deixaria dade, tendo como inspiração a comu-
de ser aquilo que se propôs a ser: Boa nhão trinitária, que não faz da diferen-
Notícia. Dentre os vários documentos ça um empecilho, mas um modelo a
conciliares do Vaticano II, discorrere- ser vivenciado pela Igreja, peregrina
mos, rapidamente, sobre a Constitui- no mundo, a caminho da casa pater-
ção Dogmática Lumen Gentium, tendo na. Mesmo pelo fato de ainda sermos
em vista despertar a consciência para embrionários na mentalidade do Vati-
a importância de sempre voltarmos às cano II, faz-se necessária a constante
inspirações desta fonte conciliar. busca de harmonia entre o clero e o
laicato, entendendo que um não se so-
LUZ DOS POVOS brepõe ao outro, mas se complemen-
“Luz dos Povos”, tradução de Lumen tam. Ambos pertencem a uma mesma
Gentium, é estruturada nas seguintes realidade. Assim, já nos inspiravam os
partes: o Mistério da Igreja, o Povo de escritos paulinos: “Existem dons di-
Deus, a constituição hierárquica da ferentes, mas o Espírito é o mesmo;
Igreja e, em especial, o episcopado, os diferentes serviços, mas o Senhor é o
leigos, a vocação de todos à santida- mesmo; diferentes modos de agir, mas
de na Igreja, os religiosos, a índole es- é o mesmo Deus que realiza tudo em
catológica da Igreja peregrina e a sua todos” (1Cor 12, 4-6).
união com a Igreja celeste e a bem- Após este pequeno comentário,
-aventurada Virgem Maria, Mãe de podemos apoiar-nos na fala do teólo-
Deus, no mistério de Cristo e da Igreja. go padre Libanio, que considera a Lu-
Esta última parte, segundo algumas men Gentium uma “mina inesgotável”.
fontes, tornou-se objeto de polêmi- Para enfatizar sua expressão, ele cita
ca, decorrente da opinião de certos as palavras do padre Lima Vaz, eviden-
padres conciliares desejarem elaborar ciando a atualidade da “Luz dos Povos”
um documento que se dedicasse so- para a Igreja de hoje: “...a Constituição
mente a Maria. Porém, tal ideia parece Em uma rápida análise das partes dogmática Lumen Gentium permanece
não ter obtido repercussão, cabendo à atual e contém novidades ainda não
Mãe de Deus apenas um capítulo nas
componentes da Lumen Gentium, per- assimiladas pelo conjunto da Igreja
conclusões conciliares, comprovando cebemos a necessidade vital de a católica. Nada melhor que fazer uma
que Maria deve ser entendida em co- rememoração no sentido profundo do
munhão com a Igreja e não, como um Igreja buscar sempre uma comunhão termo. Captar-lhe as intuições funda-
paralelo. Citemos como documento mentais na contingência de seu mo-
papal, a Exortação Apostólica de Paulo
com as “diferenças”. mento histórico e atualizá-las nas vi-
VI, Marilialis Cultus, publicada no ano percebemos a necessidade vital de a dade, com evidência para o Sacerdó- cissitudes presentes. Processa-se uma
de 1979, pouco conhecida pelo clero Igreja buscar sempre uma comunhão cio Comum dos Fiéis, fonte dos demais operação hermenêutica que é uma
e pelos leigos, a qual disserta sobre a com as “diferenças”. Forma-se assim o ministérios. Foi, nas águas do Batismo, leitura eclesial de hoje, à luz dos en-
necessidade do equilíbrio cristão no Povo de Deus, categoria esta tão res- o início do nosso “caso de amor” com sinamentos básicos dos padres conci-
culto mariano. saltada nos bastidores conciliares, o Cristo e sua Igreja. Para isso, urge a liares” [Vida Pastoral 45 (2004), n. 236,
Em uma rápida análise das par- que provocou o mundo católico a ter consciência de que as diferenças ecle- pp. 3-8].
tes componentes da Lumen Gentium, uma visão mais aberta de sua eclesiali- siais, manifestadas nas mais variadas
DIOCESE DE GUAXUPÉ 3
4. notícias
ACONTECE 3 o ENCONTRO DIOCESANO DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
Por José Luiz
Foto: Luíza
Foi no CAIC, em Guaxupé, mais uma veis para se realizar a Igreja do Vaticano
vez, o Encontro Diocesano dos Grupos II. Os novos cânticos que ele ensinou es-
de Reflexão. Era o Dia da Bíblia, 30 de tarão em breve sendo cantados por toda
setembro. O Encontro contou com 420 a diocese.
participantes. Só o Setor Cássia não se Abriu o encontro a entrada solene
fez representar. da Bíblia, cantada e dançada pelos par-
O assessor foi o Irmão João Rezende ticipantes de Nova Resende. O encerra-
SDN, que encantou os participantes com mento deu-se com a missa presidida por
suas fascinantes parábolas e compara- dom Lanza que, na homilia, incentivou a
ções e motivou a todos de entusiasmo todos a buscarem, através dos Grupos de
pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Reflexão, a prática do jeito “antigo/novo”
Reflexão, como ferramentas indispensá- Assessor motivou a todos de entusiasmo pela Palavra de Deus e pelos Grupos de Reflexão de ser Igreja.
ADULTOS RECEBEM SACRAMENTOS NA
PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, EM POÇOS DE CALDAS
Por Julianne Batista
Foto: Julianne Batista
A Catequese de Adultos é um traba-
lho que foi solicitado e incentivado pela
Diocese de Guaxupé. A Paróquia São Se-
bastião, de Poços de Caldas, tem colhido
frutos em abundância neste ano. No mês
de outubro, dois adultos foram batiza-
dos, 16 receberam a Primeira Eucaristia e
28, o sacramento da Crisma.
No dia 14, realizou-se a Celebração
da Crisma, ministrada pelo padre José
Maria de Oliveira, com autorização do
bispo, dom José Lanza Neto. Na ocasião,
o pároco pediu aos crismados que procu-
rassem engajar-se nos diversos trabalhos
desenvolvidos na paróquia, através das
pastorais e movimentos, Dessa forma,
eles estarão, efetivamente, vivendo a fé
que confirmaram através do sacramento
Em outubro, 02 adultos foram batizados, 16 receberam a Primeira Eucaristia e 28, o sacramento da Crisma recebido.
PROVÍNCIA ECLESIÁTICA PROMOVE ASSEMBLEIA VOCACIONAL
Por Hudson Ivan Teixeira
Foto: SAV Diocese de Guaxupé
Nos dias 28, 29 e 30 de setembro, mesma, bem como saber quais são os
aconteceu em Poços de Caldas a IV As- objetivos a serem alcançados. Destacou
sembleia da Pastoral Vocacional e Servi- ainda que o amor do agente vocacional
ço de Animação Vocacional (PV/SAV) da para com o SAV é essencial. Com bas-
Província Eclesiástica de Pouso Alegre, tante didática e conhecimento bíblico,
constituída pelas dioceses de Campanha refletiu ainda sobre vários personagens
e Guaxupé e pela arquidiocese de Pouso bíblicos, aplicando suas características à
Alegre. Com a participação de mais de 80 vida e missão do animador vocacional.
animadores vocacionais, sendo estes, re- Como João Batista, o animador vocacio-
ligiosos, religiosas, padres, seminaristas, nal tem a missão de apontar aquele que
leigos e leigas, o evento contou com a é o mestre: Jesus de Nazaré. Irmã Clotil-
assessoria da Irmã Clotilde Prates de Aze- de ainda fez uma breve reflexão sobre as
vedo que faz parte da congregação das novas comunidades de vida e ressaltou a
Irmãs Apostolinas. Durante o encontro, importância de acolher e conhecer mais
ocorreu a visita de vários padres e a missa suas propostas e carismas, tendo em vis-
de encerramento foi presidida por dom ta que muitos jovens se identificam com
José Lanza Neto. as mesmas.
Assembleia foi assessorada por irmã Clotilde Prates de Azevedo e teve como tema “As Equipes Vocacionais Paro-
A assembleia teve como temática “As Para padre Alexandre José Gonçal-
quiais - Constituição, Espiritualidade e Atuação”
Equipes Vocacionais Paroquiais - Cons- ves, responsável pelo SAV da Diocese de
tituição, Espiritualidade e Atuação”. A Guaxupé e representante da província com isso, a troca de experiências; reani- gando”. Além disso, houve uma grande
assessora levou o grupo a refletir vários no regional Leste 2, “esta IV Assembleia mar aqueles que há tempos ‘pelejam’ no mobilização de voluntários que estão na
pontos acerca do tema. Destaca-se, em contribuiu de maneira excelente no sen- SAV e, às vezes, por vários motivos, sen- Igreja em diversos movimentos e pasto-
sua fala, a importância de uma equipe tido de promover o encontro dos vários tem a necessidade de um novo fôlego rais e que poderão ser, nesses ambientes,
bem estruturada, da vida espiritual da animadores vocacionais da província e, e entusiasmar àqueles que estão che- animadores vocacionais.
4 JORNAL COMUNHÃO
5. notícias
RCC REALIZA ‘SEMANAS MISSIONÁRIAS’ EM POÇOS DE CALDAS
Por Julianne Batista
Foto: João Paulo Ferreira
O Grupo de Oração Parque de Cristo, das Missões, comemorado em 21 de
da paróquia São Francisco de Assis e San- outubro. “Esperamos colher os frutos do
ta Clara, no bairro Parque Pinheiros, em trabalho dos missionários não somente
Poços de Caldas, realizou desde o dia 17 para o Grupo de Oração, mas para toda a
de outubro, as ‘Semanas Missionárias’. O paróquia, tendo em vista o levantamento
evento tem acontecido, a pedido da Re- que será feito sobre as necessidades das
novação Carismática Católica do Brasil, famílias visitadas.”
em dioceses espalhadas por todo o país.
Foram duas semanas de atividades, FORMAÇÃO
durante as quais 20 missionários percor- Antes de iniciarem as missões, os ser-
reram sete bairros da zona leste da cida- vos receberam orientações. Eles tiveram
de. No sábado (13), os missionários rece- contato com o subsídio de planejamen-
beram o envio do pároco padre Gledson to e formação, fornecido pela RCCBrasil.
Antônio Domingos, durante a celebração Este conteúdo foi, anteriormente, anali-
da missa. Na ocasião, o padre falou sobre sado e autorizado pelo pároco local.
a importância de atividades como esta, O Grupo Parque de Cristo mapeou
promovida pela RCC. os locais e dividiu os setores por onde os Durante 02 semanas de atividades, 20 missionários percorreram a Paróquia São Francisco e Santa Clara
Domingos também lembrou o Dia missionários passariam.
SETOR POÇOS CELEBRA 10 ANOS DE FORMAÇÃO CRISTÃ
Por Dora Scassiotti
Foto: Dora Scassiotti
Realizou-se no dia 22 de setembro, no de fé. Ela se encontra no evangelho, na
salão paroquial da Paróquia São Sebas- pessoa de Jesus. Por isso, toca o coração
tião, o primeiro encontro do setor Poços através do Espírito Santo.
para celebração dos 10 anos de forma- A segunda palestra esteve a cargo do
ção cristã na diocese, contando com a padre Henrique Neveston da Silva, da
participação de 120 membros do curso Paróquia Nossa Senhora da Assunção de
de iniciação teológica e dos grupos de Cabo Verde, com o tema “Tempo de ver,
formação cristã. tempo de crer... e amar.” Discorreu que a
Houve duas palestras, a primeira mi- Igreja precisa deixar de ser de manuten-
nistrada pelo padre Reginaldo da Silva, ção e passar a ser uma Igreja missionária.
da Paróquia Nossa Senhora das Dores Ver - assumir um compromisso de forma-
de Guaxupé, com o tema “A mística na ção; Crer - estudar, racionalizar e transfor-
formação - caminho para a santidade.” mar esta fé em vida; Amar esta Igreja, as-
Segundo Reginaldo, a mística cristã é um sumindo a fé para não mais deixar Cristo.
“A mística na formação” e “Tempo de ver, tempo de crer... e amar” foram temas ministrados para membros do curso
conjunto de experiências amorosas, o O encontro foi avaliado como muito
de iniciação teológica e dos grupos de formação cristã amor de Deus vivenciado na caminhada bem sucedido.
FUNDADORA DAS IRMÃS CONCEPCIONISTAS É CANONIZADA
Por Pe. Gilvair Messias
Foto: www.anec.org.br
No domingo, 21 de outubro, o papa ao contemplar o progresso da Congre-
Bento XVI, em Santa Missa na Praça São gação das Religiosas Concepcionistas
Pedro, em Roma, canonizou Jacques Missionárias do Ensino, pôde cantar
Bethieu, Maria del Monte Carmelo Sal- junto com a Mãe de Deus: ‘Seu amor,
les y Barangueras, Marianna Cope, Ka- de geração em geração, chega a todos
teri Tekakwitha e Anna Schäffer. que o respeitam’. Sua obra educativa,
Maria del Monte Carmelo Salles y confiada à Virgem Imaculada, conti-
Barangueras ou Madre Carmen Salles nua a dar frutos abundantes entre os
é a fundadora das Irmãs Concepcionis- jovens e através da entrega generosa
tas Missionárias do Ensino. Ao referir- de suas filhas que, como ela, se con-
-se à santa, disse o papa Bento XVI “So- fiam ao Deus que pode tudo.”
bre nós venha, Senhor, a vossa graça, A fundadora foi canonizada no ano
pois, em vós, nós esperamos!WW Com em que a Congregação completou
estas palavras, a liturgia nos convida a cem anos de presença no Brasil e o
fazermos nosso, este hino a Deus cria- milagre que levou a santa aos altares
dor e providente, aceitando seu plano ocorreu em terras brasileiras. Na Dio-
em nossas vidas. Assim o fez Santa cese de Guaxupé, a congregação mar-
Maria del Carmelo Salles y Barangue- ca significativa presença nas cidades
ras, religiosa nascida em Vic, Espanha, de Machado e de Passos.
em 1848. Quando viu sua esperança
preenchida, após muitas dificuldades, A fundadora foi canonizada no ano em que a Congregação completou cem anos de presença no Brasil
DIOCESE DE GUAXUPÉ 5
6. reportagem
Foto: caladamusica.blogspot.com
A PORTA DA FÉ
Por padre Gladstone Miguel da Fonseca
Fé! uma pequenina palavra que carrega
em si grande conteúdo e significado. Du-
rante muito tempo, fé era ligada à razão. O
que não podia ser comprovado pela razão
era conteúdo da fé. Nas últimas décadas,
a Igreja através de seu magistério, tem
levantado a questão de modo um pouco
diferenciado. O papa João Paulo II discur-
sava sobre fé e ciência não mais como con-
trárias, mas a razão, a ciência, auxiliando
à fé. O inverso também acontece. No dia
a dia, muitas vezes, ouvimos expressões
como: sou uma pessoa de fé; ou, aque-
la pessoa tem fé; aquela outra não tem
fé... Agora perguntamos: o que é Fé? Fé é
acreditar, confiar. No entanto, continua-
mos a perguntar: em que e ou em quem
você depositou sua fé? O Papa Bento XVI
publicou recentemente a carta apostólica
Porta Fidei (A Porta da Fé), com a qual se
proclama o Ano da Fé. A partir da carta, o
COMUNHÃO apresenta algumas pergun-
tas respondidas com dizeres do pontífice.
6 JORNAL COMUNHÃO
7. reportagem
O ANO DA FÉ. O QUE É E QUANDO testemunho e um compromisso públi- transformar com a força da sua ressur- am para acudir às necessidades dos ir-
ACONTECERÁ? cos. O cristão não pode jamais pensar reição. mãos (cf. At 2, 42-47). Pela fé, os márti-
que crer seja um fato privado. A fé é res deram sua vida para testemunhar a
Decidi proclamar um Ano da Fé. decidir estar com o Senhor, para viver QUAIS EXEMPLOS DE FÉ MARCARAM verdade do Evangelho que os transfor-
Este terá início a 11 de outubro de com ele. E esse estar com ele implica ESTES DOIS MIL ANOS DE NOSSA mara, tornando-os capazes de chegar
2012, no cinquentenário da abertu- a compreensão das razões pelas quais HISTÓRIA DE SALVAÇÃO? ao dom maior do amor com o perdão
ra do Concílio Vaticano II e terminará se acredita. A fé, precisamente porque de seus próprios perseguidores. Pela
na Solenidade de Nosso Senhor Jesus é um ato da liberdade, exige também Pela fé, Maria acolheu a palavra do fé, homens e mulheres consagraram
Cristo, Rei do Universo, a 24 de no- um assumir a responsabilidade social Anjo e acreditou no anúncio de que se- a própria vida a Cristo, deixando tudo
vembro de 2013. Desejamos que este daquilo em que se acredita. No dia de ria Mãe de Deus na obediência da sua para viver em simplicidade evangélica
Ano suscite, em cada crente, o anseio dedicação (cf. Lc 1,38). Ao visitar Isabel, à obediência, à pobreza e à castidade.
de confessar a fé plenamente e com elevou seu cântico de louvor ao Altíssi- Pela fé, muitos cristãos se fizeram pro-
renovada convicção, com confiança e A fé é decidir es- mo pelas maravilhas que realizava em motores de uma ação em prol da jus-
esperança. Será uma ocasião propícia quantos a ele se confiavam (cf. Lc 1, 46- tiça, para tornar palpável a palavra do
também para intensificar a celebração tar com o Senhor, 55). Com a mesma fé, seguiu o Senhor Senhor, que veio anunciar a libertação
da fé na liturgia, particularmente na na sua pregação e permaneceu ao seu da opressão e um ano de graça para
Eucaristia, que à meta para a qual se
para viver com lado, mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25- todos (cf. Lc 4, 18-19). Pela fé, vivemos
encaminha a ação da Igreja e fonte de
onde emana toda sua força.
ele. E esse estar 27). Com fé, Maria saboreou os frutos
da ressurreição de Jesus e, conservan-
também nós, reconhecendo o Senhor
Jesus, vivo e presente na nossa vida e
com ele implica a do no coração a memória de tudo (cf. na história.
EM QUE SE FUNDAMENTA O ANO DA Lc 2,19.51), transmitiu aos Doze, reuni-
FÉ? compreensão das dos com ela no Cenáculo, para recebe- CONSIDERAÇÕES FINAIS
rem o Espírito Santo (cf. At 1,14; 2,1-4).
Não podemos aceitar que o sal se razões pelas quais Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo Que venha o ano da fé! E junto com
torne insípido e a luz fique escondida para seguir o Mestre (cf. Mc 10,28). ele, a esperança renasça. A fé seja o ali-
(cf. MT 5,13-16). Também o homem
se acredita. Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obe- cerce de nossa caminhada e teremos
contemporâneo pode sentir de novo decendo ao mandato de levar o Evan- a força de, assim como Pedro, realizar
a necessidade de ir como a samari- Pentecostes, a Igreja manifesta, com gelho a toda criatura (cf. Mc 16,15) e, nossa confissão de fé: “Então, disse
tana ao poço, para ouvir Jesus, que toda a clareza, essa dimensão pública sem temor algum, anunciaram a todos Jesus aos Doze: ‘Não quereis também
convida a crer nele e a beber na sua do crer e do anunciar sem temor a pró- a alegria da ressurreição, de que foram partir? ’Simão Pedro respondeu-lhe:
fonte, donde jorra água viva (cf. Jo pria fé a toda gente. É o dom do Espíri- fiéis testemunhas. Pela fé, os discípulos ‘Senhor, a quem iremos? Só tu Tens
4,14). Devemos readquirir o gosto de to Santo que prepara a missão e forta- formaram a primeira comunidade reu- palavras de vida eterna e nós cremos e
nos alimentarmos da Palavra de Deus, lece o nosso testemunho, tornando-o nida à volta do ensino dos Apóstolos, reconhecemos que és o Santo de Deus”
transmitida fielmente pela Igreja e do franco e corajoso. A própria profissão na oração, na celebração da Eucaristia, (J0 6, 67-69).
Pão da Vida, oferecidos como sustento da fé é um ato simultaneamente pes- pondo em comum aquilo que possuí-
de quantos são seus discípulos (cf. Jo soal e comunitário. De fato, o primeiro
6,51). De fato, em nossos dias, ressoa sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comu-
ainda, com a mesma força, este ensi- nidade cristã que cada um recebe o Ba-
namento de Jesus: “Trabalhai, não pelo tismo, sinal eficaz da entrada no povo
alimento que desaparece, mas pelo ali- dos crentes, para obter a salvação.
mento que perdura e dá a vida eterna”
(Jo 6,27). E a questão, então posta por COMO DEVE SER VISTA A HISTÓRIA
aqueles que o escutavam, é a mesma DE NOSSA FÉ DURANTE ESTE ANO?
que colocamos também hoje: “Que
havemos nós de fazer para realizar as Será decisivo repassar, durante este
obras de Deus? (Jo 6,28). Conhecemos Ano, a história de nossa fé, que faz ver
a resposta de Jesus: “A obra de Deus é o mistério insondável da santidade,
esta: crer naquele que ele enviou” (Jo, entrelaçado ao pecado. Enquanto a
6,29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o primeira coloca em evidência a grande
caminho para se poder chegar definiti- contribuição que homens e mulheres
vamente à salvação.” prestaram para o crescimento e o pro-
gresso da comunidade com o testemu-
QUE PERCURSO PODE AJUDAR A nho da sua vida, o segundo deve pro-
COMPREENDER DE MANEIRA MAIS vocar em todos uma sincera e contínua
PROFUNDA OS CONTEÚDOS DA FÉ? obra de conversão para experimentar
a misericórdia do Pai, que vem ao en-
De fato, existe uma unidade pro- contro de todos. Ao longo deste tem-
funda entre o ato com que se crê e os po, manteremos o olhar fixo em Jesus
conteúdos aos quais damos nosso as- Cristo, “autor e consumador da fé” (Hb
sentimento. O apóstolo Paulo permite 12,2): nele encontra plena realização
entrar nessa realidade, quando escre- toda a ânsia e anélito do coração hu-
ve: “Acredita-se com o coração e, com mano. A alegria do amor, a resposta ao
a boca, faz-se a profissão de fé” (Rm drama da tribulação e do sofrimento,
10,10). O coração indica que o primeiro a força do perdão diante da ofensa re-
ato, pelo qual se chega à fé, é dom de cebida e a vitória da vida sobre o va-
Deus e ação da graça que age e trans- zio da morte, tudo isso encontra plena
forma a pessoa até o mais íntimo dela realização no mistério de sua Encarna-
mesma (...). Por sua vez, o professar, ção, de seu fazer-se homem e partilhar
com a boca, indica que a fé implica um conosco a fragilidade humana para a
DIOCESE DE GUAXUPÉ 7
8. catequese
COMO ABORDAR NA CATEQUESE A FÉ CRISTÃ NA RESSURREIÇÃO
Por Pe. Sandro Santos, pároco do Santuário de Santa Rita de Cássia, Cássia (MG) e assessor diocesano de catequese
Neste mês, lembramos o dia e Homem numa só existência,
dos finados. É oportuno apro- o Belo que se une ao Ilimitado,
veitar esta data para dar uma para transformá-lo. Por isso,
boa catequese, pois alguns as- a fé na Ressurreição de Cristo
suntos são pertinentes não só muda a sorte da face da terra
para a catequese, mas também e impulsiona os cristãos a faze-
para a vida cristã. rem a diferença.
A Ressurreição é um misté-
Entendendo o assunto: rio e, por isso, não tem como
ser provado cientificamente,
Ressurreição não é apenas mas pode sê-lo através das
um ato de fé, mas uma experi- realidades que vemos a partir
ência concreta com Jesus que da Ressurreição. É muito bom
está vivo. Esta é a certeza que falar que há coisas na vida que
devemos expressar em toda não se explicam, mas sabe-
nossa catequese. É a experiên- -se que existem. O essencial é
cia vivida, naquela manhã, por ver a ressurreição como vida
algumas mulheres e também transformada, vida renovada.
a experiência vivida pelos dis-
cípulos de Emaús, por Paulo e Missão da Catequese
tantos outros que, após a ex-
periência, foram tomados de A catequese tem uma mis-
alegria por sentir a presença do são fundamental: orientar os
Ressuscitado. catequizandos e a própria co-
Ressurreição é Deus inva- munidade cristã sobre o ver-
dindo a vida de quem faz esta dadeiro sentido da vida, da
experiência: “Ele está no meio ressurreição e da eternidade.
de nós.” Falar sobre a fé na Res- Quem não coloca em seu ho-
surreição numa homilia é fácil, rizonte a ressurreição, perde-
mas numa linguagem catequé- -se no cotidiano da vida e fica
tica, respeitando as várias fases preso a situações constantes
do desenvolvimento humano é de morte.
outra coisa. Temos que usar o Muitos autores falam sobre
recurso da linguagem e do grau ressurreição fazendo compa-
de compreensão em que cada rações. O próprio Jesus nos
interlocutor se encontra. falava deste modo. Ele usou a
Espero que esta matéria comparação da semente que
contribua para que nossos ca- jogada na terra, se ela mor-
tequistas, espalhados por nos- re, transforma-se. O Apóstolo
sa diocese e, quem sabe, por Paulo também vai na mesma
outros lugares, possa amenizar direção. E um autor muito per-
a insegurança quando se veem to de nós, fala da relação do
diante deste assunto tão subli- milho de pipoca e a própria
me, pois a ressurreição é o cen- pipoca, e de como no mistério
tro de nossa fé é a certeza de do calor, um se transforma no
que nossa vida não termina com a mor- do mal e do coração carregado de pessoas para com Jesus Cristo. outro.
te. Aliás, isto nós professamos ao rezar maldade, a morte entrou no mun- O tema é sublime, mas não deixa de Sendo assim, estimados catequis-
o “Creio em Deus Pai”, mas ao mesmo do. ser difícil de expressar, principalmente tas, não é preciso de palavras eloquen-
tempo, um assunto tão complexo por- • Jesus Cristo passou pela morte numa realidade de sociedade em que tes e difíceis para falar da Fé na Res-
que é mistério. No entanto, não se fala Apesar de não ter pecado. Mas não uma boa, para não dizer grande parte surreição de Cristo. É preciso sim, um
de ressurreição sem se falar de morte. ficou na morte. Três dias após seu dela, tem a tendência a ver e a ter como conhecimento teórico, mas, acima de
Dom Juventino Kestering, um gran- sepultamento, ele ressuscitou. É verdade algo que seja empírico, dificul- tudo, estar aberto à experiência de fé e
de catequista, em uma de suas análises, na ressurreição de Jesus que nossa tando a compreensão ou, até mesmo, a ter um olhar de transformação da vida,
diz que a morte deve ser entendida em vida adquire novo sentido. aceitação do Mistério. pois por vários momentos, passamos
três dimensões: Jesus de Nazaré foi um homem con- pela realidade de ressurreição. Nossa
Como afirma São Paulo “Se Cristo creto que viveu num dado momento catequese deve ser anunciadora da es-
• A morte é o fim da vida terrestre não ressuscitou, inútil é nossa fé” (1Cor da história humana. Sua vida foi tão perança e da vida.
Nossa vida é medida pelo tempo, 15,14). Sabe-se que numa formação, marcante que muitas religiões fazem
ao longo do qual passamos por seja ela religiosa ou não, deve-se ter menção a ela. E para nós, cristãos, ter Para refletir no grupo:
mudanças, envelhecemos e, como como princípio, o respeito à fase de de- a certeza de que esse homem viveu,
acontece com todos os seres vivos senvolvimento em que o ser humano sofreu e morreu, nada difere de outras • Quem, em sã consciência, já ex-
da terra, a morte aparece como fim se encontra (se é criança, adolescente, religiões. No entanto, ter a certeza de perimentou uma sensação de
normal da vida. jovem ou adulto), seu contexto sócio- que ele viveu, morreu e ressuscitou dos superação e transformação de si
• A morte é consequência do pecado -econômico, cultural, político e religio- mortos, muda tudo. Fato que Jesus de mesmo?
O pecado entrou no mundo e de- so e até, por que não dizer, educacio- Nazaré, para muitos, é apenas um ser
sorganizou desígnios de Deus. nal. Agindo assim, pode-se alcançar especial, um homem perfeito. Para nós,
Como consequência do pecado, com mais sucesso o encantamento das Ele é nosso Salvador e Redentor, Deus
8 JORNAL COMUNHÃO
9. atualidade
A CONCEPÇÃO SOBRE A MORTE NAS RELIGIÕES E DOUTRINAS NOS DIAS ATUAIS
“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus
um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (II Cor 5,1).
Pe. Dênis Nunes de Araújo, vigário paroquial na Paróquia São Sebastião de Poços de Caldas
A morte é a cessação total da vida e libertar deste ciclo, é preciso levar uma lo: ‘o meu desejo é partir e ir estar com senta o fim do corpo, mas o espírito, que
não há possibilidade alguma de existên- vida sem contradições. A alma nunca Cristo’ (Fl 1, 23)”. Jesus Cristo transfor- não morre, toma nova forma e se reen-
cia. Os seres humanos são dotados de morre, ela vai mudando de corpo. Após mou a maldição da morte em bênção carna. Após o desligamento do corpo,
inteligência, através da qual, somente longas reencarnações, encontra-se com (2Tm1,11; Fl1,21). “Contudo, semeia-se o espírito parte para um longo proces-
estes conseguem saber que morrerão. um grande santo (Sad-Guru) e ela se no túmulo um corpo corruptível, ele so de reencarnações e purificação. São,
Desta forma, surgem os grandes ques- auto-desenvolve e vai ao encontro do ressuscita um corpo incorruptível, um nas várias reencarnações, que o espírito
tionamentos: Como será a morte? Para transcendental em Deus. ‘corpo espiritual’ (I Cor 15, 44).” Porém, se purifica até atingir a perfeição. É um
onde o ser humano vai após a morte? No budismo, com a morte, o espírito “na morte Deus chama o homem para si. processo que não é conhecido ao ser
O que existe após a morte? Muitos se abandona seu corpo físico que fica inu- É por isso que o cristão pode sentir, em humano, pode ser que sucedam várias
inquietam a responder sobre o assun- tilizado e retorna ao mundo espiritual. relação à morte, um desejo semelhante vidas ou não. O fato é que ao purificar-
to; mas a resposta depende, em grande Neste, reinicia uma nova vida de purifi- ao de São Paulo: ‘o meu desejo é partir e -se plenamente, o espírito se torna bem
parte, de valores culturais e religiosos cação. A morte significa “o que vai nas- ir estar com Cristo’ (Fl 1, 23)” (CIC 1011). aventurado, um espírito puro.
pessoais. cer”. Morre-se para o mundo material e Jesus Cristo transformou a maldição A maioria das igrejas evangélicas
O ser humano sente-se intrigado nasce para o mundo espiritual. Após um da morte em bênção (2Tm1,11; Fl1,21). acredita na eternidade da alma e que há
diante do fato da morte. O processo período, renasce no mundo físico, mas “Contudo, semeia-se no túmulo um cor- a salvação para os justos e a condena-
civilizatório mostra que esta é uma das vai acumulando impurezas e máculas po corruptível, ele ressuscita um corpo ção para os injustos.
preocupações de quase todos os povos durante a existência, tanto no corpo físi- incorruptível, um ‘corpo espiritual’ (I Cor A cultura afro-brasileira, em sua
que habitaram o planeta Terra. Várias co quanto no espiritual. O corpo é nova- 15, 44)” (CIC 1017). grande parte, supõe que a vida e a mor-
doutrinas e religiões que surgiram du- mente abandonado e o espírito volta a A revista Época, em sua edição de te são uma alternação de ciclos. Deste
rante a existência humana buscaram purificar-se no mundo espiritual em um nº 325, publicou um artigo de Caroli- modo, o morto volta ao mundo dos vi-
satisfações para seus seguidores sobre ciclo. na Nascimento intitulado: “Saiba como vos que pode até mesmo se reencarnar
seus entes que morreram. O cristianismo crê na ressurreição, a morte é vista em diferentes religiões na própria família. Para o candomblé,
Nas religiões antigas, já se percebia assim como Jesus Cristo ressuscitou to- e doutrinas.” A autora explana que nos por exemplo, o morrer é passar para
que o tema é referente. dos ressuscitarão. A morte marca o fim pensadores da filosofia grega, entre uma dimensão diferente, a da existência
No judaísmo, acredita-se em uma da existência terrena, porém início da eles, Pitágoras, Platão e Plotino, a ideia terrena e permanecer junto aos espíri-
vida após a morte. Não se sabe como eterna. “O Cristão, que une a sua própria é de que há uma existência após a mor- tos daqueles que já morreram, junto aos
é esta continuidade, pois enquanto se morte à de Jesus, vê a morte como um te e um julgamento. Na doutrina niilista orixás e guias.
vive neste mundo, é impossível saber o caminhar ao seu encontro e uma entra- (nihil, nada), o ser possui toda sua es- Os mórmons acreditam que, após
que há após a morte. A alma se separa da na vida eterna (CIC 1020).” Também sência na matéria. Morrer significa o fim a morte, o espírito vai para um mundo
do corpo e possui outras experiências no parágrafo 1005 diz o Catecismo da de qualquer possibilidade, não há nada espiritual, no qual aqueles que não re-
até voltar na ressurreição dos mortos. Igreja Católica: “Para ressuscitar com além de sua existência. Na doutrina ceberam o evangelho em vida poderão
No islamismo, o muçulmano é sub- Cristo é preciso morrer com Cristo, é panteísta (o universo, a natureza e Deus ouvi-lo e aceitá-lo através de missioná-
misso a Deus (Alah). A morte não é ani- preciso ‘deixar a mansão deste corpo têm o mesmo valor), ao iniciar a vida, o rios. Nesse lugar, esperam a segunda
quilação do indivíduo, é a passagem de para ir morar junto do Senhor’ (2 Cor espírito e o corpo são reunidos em todo vinda de Jesus Cristo.
uma vida para outra. Esta vida é uma via 5,8). Nesta ‘partida’ que é a morte, a o universo e, ao morrer, os mesmos vol- Portanto, a morte é algo que impul-
para a grande recompensa que há de alma é separada do corpo. Ela será reu- tam a ser uma massa comum para nova- siona várias religiões e doutrinas que
receber. “A Deus pertence tudo quanto nida a seu corpo no dia da ressurreição mente se reunir e voltar em outra vida buscam orientar seus seguidores a te-
existe nos céus e na terra, para castigar dos mortos.” A morte é consequência do ou forma. rem um olhar para o estágio pós-morte.
os malévolos, segundo o que tenham pecado. O homem, sendo mortal, não Os ateus são aqueles grupos que não Pode-se notar que apesar das diferenças
cometido, e recompensar os benfeitores foi criado por Deus para morrer. A morte acreditam na existência de um Deus. no pensar, há semelhança entre elas. A
com o melhor.” (Alcorão 53:31). foi contrária aos desígnios de Deus (cf. Não acreditam que exista alguma forma morte continuará ainda um grande mis-
O hinduísmo concebe que, após a CIC 1008). Porém, “na morte Deus cha- de vida após a morte. Esta fundamenta- tério, mas a partir de princípios teológi-
morte, há reencarnação. A vida na Ter- ma o homem para si. É por isso que o ção está na posição de que não há qual- cos da vida e da morte, é possível torná-
ra é um eterno ciclo de nascimentos, cristão pode sentir, em relação à morte, quer comprovação desta existência. -la crível.
mortes e reencarnações. Para alguém se um desejo semelhante ao de São Pau- Para o espiritismo, a morte repre-
DIOCESE DE GUAXUPÉ 9
10. ponto de vista pastoral
EXPERIÊNCIA DE NOVOS ROTEIROS DOS GRUPOS DE REFLEXÃO
Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende
A diocese de Guaxupé pretende preparar seus próprios roteiros para os Grupos de Reflexão. A seguir, é apresentado um roteiro experimental, entre 25 de novembro a
02 de dezembro. Outras semanas de novembro podem ser encontradas no site www.guaxupe.org.br.
Pensou-se em mudar o estilo. Começa-se por um fato da vida, motivando, em seguida, a discussão sobre as causas e consequências daquele fato. É o VER. Em seguida,
vem o JULGAR. Primeiro, descobrir coisas boas e ruins que se encontram no fato, nas suas raízes e nos seus resultados, depois iluminar tudo com a Palavra de Deus, o
Evangelho do domingo seguinte. Não fica de fora o AGIR, que é fazer alguma coisa para melhorar a situação que o fato com suas causas e consequências revelou.
Pede-se aos grupos que, após utilizarem este roteiro, digam à coordenação dos Grupos de Reflexão se o novo roteiro conseguiu motivar mais os participantes, se as
reuniões ficaram mais animadas, ou se houve dificuldades grandes, desânimo e/ou abandono.
Semana entre 25 de novembro a 2 de dezembro
Canto: (a escolher) são uma oportunidade para a verdadeira
Oração inicial mensagem de Jesus ir mais longe? A gente
L. 1: Nosso mundo carece de fé, a força que pode fazer alguma coisa?
vem de dentro e nasce de Deus, Deus que (Tempo para pensar e cada qual ver o que
está dentro e me enche de forças, busca de poderá fazer)
Deus que não me deixa errar.
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem ORAR
luz apagada! - Pelos grupos de reflexão e comunidades
cristãs do mundo inteiro, para que sejam
L. 2: Nosso mundo carece de amor, que sempre um caminho seguro para enten-
vence a guerra e a violência nascidas den- dermos a mensagem de Jesus e irmos ao
tro de casa. Nosso mundo carece de solida- seu encontro, rezemos ao Senhor!
riedade, que vence a competição e une os com o fim do mundo, pode ser a qualquer L. 5: Neste Evangelho, Jesus comenta a
rivais. momento e sem avisar. Conhecem fatos destruição de Jerusalém, bem próxima de - Pelos dirigentes da nossa Igreja, para que
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem semelhantes? acontecer. Foi o fim da antiga religião judai- nos ajudem a ver em todos os aconteci-
luz apagada! (Tempo para pensar e conversar) ca – os cristãos ainda estavam presos a ela mentos um chamado de Deus para sermos
– e a abertura de um novo horizonte para o mais fiéis ao seu projeto de vida, de justiça,
L 3: Nosso mundo carece de caminho para Os porquês, a raiz cristianismo. O Evangelho usa uma lingua- de amor e de igualdade, rezemos ao Se-
sair da dor, do sofrimento, da incompreen- L. 2: Será que a pessoa pensa mesmo que gem apocalíptica como “caí das nuvens” e nhor!
são, da imoralidade, da vingança e do ódio. pode, a qualquer momento, ser arrebatada “o céu veio abaixo”. Precisamos estar prepa-
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem para ir ao encontro do Cristo que “vem nas rados, é a chegada de Jesus. - Pelos que têm nas mãos os poderes des-
luz apagada! nuvens”, como diziam no tempo de Jesus? Canto de Aclamação: (a escolher) te mundo, para que coloquem sua autori-
Por que só ela será arrebatada ou outros dade e poder a serviço não dos próprios
L. 4: Nosso mundo carece do perdão, que não? Que vinda de Jesus será essa, será o EVANGELHO SEGUNDO LUCAS: Lc 21, 25- interesses passageiros, mas do povo que
transforma as armas da luta, da compe- fim do mundo? Por que será que tanta gen- 28. 34-36 permanece, rezemos ao Senhor!
tição e da rivalidade em ferramentas de te pensa uma coisa dessas?
trabalho para construirmos um mundo de (Tempo para pensar e conversar) - Depois de falar da destruição de Jerusa- - Por todos os que sofrem como vítimas
irmãos. O resultado, os frutos lém (ler vv. 20-24) em linguagem apocalíp- das desigualdades do nosso mundo, para
Todos: Que eu nunca seja sal sem sabor nem L. 3: O dono desse carro acha que não vai tica (vv. 25-26), o Evangelho fala da vinda que não coloquem sua esperança apenas
luz apagada! morrer e será arrebatado. E os outros? Esse “do Filho do Homem nas nuvens” (ler Dn numa próxima vinda de Cristo, mas lutem
pensamento de vinda próxima de Jesus 7,13-14) e da libertação do povo das comu- eles mesmos para ter seus direitos respei-
L. 5: Nosso grupo procura em Jesus Cris- como juiz da humanidade tem influência nidades (v. 28). Que sentido tinha isso para tados e para que seja vencido, ainda neste
to a força que vem de Deus para iluminar nas pessoas? Quais os resultados de as pes- o tempo quando o Evangelho foi escrito e mundo, todo tipo de desigualdade, reze-
e transformar, para ser modelo e força de soas ficarem pensando muito nisso aí? que sentido tem para hoje? mos ao Senhor!
mudança em um mundo perdido em con- (Tempo para pensar e conversar) - Por que motivo o Evangelho manda os (espontâneas)
tínuas discórdias. cristãos ficarem vigiando sobre si mesmos
Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal JULGAR na oração, sem pensar que a vida é só co- - Nas intenções de nosso Grupo
sem sabor ou luz apagada! O pecado e a graça mer, beber e ganhar dinheiro? (vv. 34-36)
L. 4: É bom a gente pensar no próprio fim - Que sentido tinha isso para as comunida- - de nossa Comunidade
L. 6: Nossas comunidades estão precisan- e no encontro final com Cristo. Isso faz as des cristãs onde este Evangelho foi escrito
do de mais animação e coragem. Seu in- pessoas serem mais honestas, viverem e que sentido tem para nós hoje? - de nossa cidade.
centivo e força dependem da força da Pala- mais de acordo com a própria consciência,
vra de Deus, que nos alimenta nos Grupos não é verdade? AGIR Pai Nosso
de Reflexão. Insistir demais numa imaginária próxima L. 6: Quando ouvimos falar que o fim do
Todos: Que o nosso grupo jamais seja sal vinda do Cristo pode parecer um pouco mundo está próximo, a gente pode dizer Oração Final
sem sabor, luz apagada ou fermento derran- doentio até. Pode, talvez, ser um meio de alguma coisa, deixar uma orientação se- Ó Deus poderoso, só fazendo o que deve-
cado! amedrontar as pessoas e trazê-las para sua gura? E quando citam passagens da Bíblia mos é que vamos ao encontro de Jesus, que
religião. Pode dar a ideia de um Deus que para confirmar isso? esperamos. Ajudai-nos a servi-lo em nossos
VER só pensa em castigar, com sede de sangue Se o fim do mundo não acontece tão logo, irmãos, para sermos os benditos que ele
Fato da vida e destruição. isso não quer dizer que nossa vida pesso- chamará para o reino de seu Pai. Pelo mes-
Leitor 1: No vidro traseiro de um carro, es- Esse que diz esperar “ser arrebatado”, não al não esteja com os dias contados. Esse mo Nosso Senhor Jesus Cristo, que convos-
tava escrito: EM CASO DE ARREBATAMEN- estará se achando um privilegiado? pensamento não deve fazer a gente pres- co vive na unidade do Espírito Santo.
TO, ESTE CARRO FICARÁ DESGOVERNADO. Que mais do lado bom e ruim, você encon- tar mais atenção no que está fazendo para Combinar a casa onde será a próxima
Quem colocou isso no carro está pensando tra nesse fato? ver se está se preparando para a vinda do reunião.
certamente na palavra de Paulo (1Ts 4,17): (Tempo para pensar e conversar) Cristo? Bênção final: Que o Senhor nos abençoe e
“nós os vivos, os que tivermos ficado, sere- As grandes mudanças que acontecem no nos guarde e nos conduza pelos caminhos
mos arrebatados nas nuvens ao encontro A PALAVRA DE DEUS mundo são motivo para a gente pensar do seu Reino. Amém.
do Senhor.” Pensa que a “vinda de Jesus”, Antes de ler o Evangelho em castigo de Deus ou fim do mundo, ou Canto final: (a escolher)
10 JORNAL COMUNHÃO
11. comunicação
COMEMORAÇÕES DE NOVEMBRO
NATALÍCIO ORDENAÇÃO
2 02 Pe. Bruce Éder Nascimento 5 05 Mons. Benedito José da Silva
3 O3 Mons. José dos Reis 9 09 Pe.André Aparecido da Silva
4 04 Pe. Luiz Gonzaga Lemos 09 Pe. Fernando Alves da Silva
5 05 Pe. Darci Donizetti da Silva 09 Pe. João Batista da Silva
6 06 Pe. Paulo Sérgio Barbosa 14 14 Pe. Maurício Marques da Silva
7 07 Pe. Norival Sardinha Filho 21 21 Pe. Claudionor de Barros
13 13 Pe. Jorge Eugênio da Silva 25 25 Pe. Antônio Carlos Maia
20 20 Pe. Henrique Neveston da Silva 31 31 Pe. Moisés Campos Gonçalves
23 23 Pe. Antônio Garcia
30 30 Pe. Álvaro Alves da Silva
AGENDA PASTORAL DE NOVEMBRO
4 Setor Areado: Encontro de MECEs 14 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros
8 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé 18 Reunião dos agentes do SAV
9 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros Setor Alfenas: Encontro de MECEs
9-11 Encontro Vocacional no Seminário São José em Guaxupé 21 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em Muzambinho
10 Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em 22 Diocese: Reunião do Setor Famílias em Guaxupé
Guaxupé 23 Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
Reunião da Coord. Diocesana da RCC em Guaxupé Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros
Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé 24 Diocese: Encontro Diocesano para Animadores da CF 2013 em
Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Guaxupé
Reunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
Setores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. Reunião do Conselho Diocesano do ECC (Setor Guaxupé)
Paroquiais da Catequese Oficinas de Comunicação em Guaxupé
11 Setores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da 25 Diocese: Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança em Paraguaçu
Catequese Cenáculo Diocesano da RCC
12 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros Setor Cássia: Encontro de MECEs
IN MEMORIAN
Faleceu no dia 03 de outubro padre Nossa Senhora de Sion. Seu corpo foi velado na paróquia Nossa Mário estava com 41 anos, era pároco
Maguinaldo Vicente da Silva e no dia 12 Natural de Sabará (MG), padre Ma- Senhora de Sion, em São Sebastião do na Paróquia Senhor Bom Jesus de Arujá
de outubro padre Mário Faleiros, mem- guinaldo estava com 51 anos e foi orde- Paraíso. (SP).
bros da congregação dos padres de nado no dia 15 de novembro de 2008. Natural de Capetinga (MG), padre
sugestões de leitura
Consolo para quem está de luto - Renold J. Blank, Editora Paulinas
Este livro é dirigido aos que passam pela dor da perda de um ente querido e também aos
que se encontram com a perspectiva da própria morte. Ele busca responder, entre outras,
a questões como estas: Como lidar com a tristeza que enche o nosso coração, quando
somos confrontados com a morte de um ente querido? Será que ele, agora, está bem?
Como nossa tristeza encontrará alento? O que dizer a nós mesmos e aos nossos amigos
quando ficamos emudecidos e abalados pela dor diante do inevitável que não queremos
aceitar? E, por fim, o que acontecerá a nós mesmos? Por quais experiências passaremos
depois de nossa morte?
O autor quer, com este inspirado livro, acompanhar a tristeza e o medo daqueles que
estão chorando para que, na sua depressão, não estejam sozinhos e abandonados e para
que, na sua dor, não se apague a esperança dentro deles.
DIOCESE DE GUAXUPÉ 11
12. saúde
NUTRINDO A VIDA, VIVE-SE MELHOR
Por Mônica Cirilo Magalhães, nutricionista com clínica em Poços de Caldas
No processo evolutivo do homem,
ao longo da história, a alimentação
demarcou etapas importantes. O ser
humano, no início, sobrevivia da caça,
pesca e coletas de vegetais. Com o
desenvolvimento cultural, houve uma
grande mudança adaptativa em re-
lação aos animais e plantas. Surgiu a
agropecuária que possibilitou o plane-
jamento e produção de alimentos que
se destinavam não somente às neces-
sidades das comunidades como tam-
bém para comercialização. Daí para
frente, com a modernização e o cres-
cimento industrial, houve um aumen-
to na disponibilidade de alimentos e,
junto a este desenvolvimento, mudan-
ça no padrão dietético. Assim, houve
um declínio nas taxas de mortalidade
por doenças infecciosas e um aumen-
to de mortalidade pelas doenças crô-
nicas não transmissíveis (obesidade,
hipertensão arterial, diabetes melli-
tus, doenças cardiovasculares, câncer
etc.) devido a mudanças na composi-
ção dos alimentos que passaram a ter
alto teor de gorduras totais, colesterol,
açúcares, conservantes etc e passaram • Aumentar o consumo de água • Evitar frituras, empanados, em- ças;
a ser mais refinados, isto é, menos nu- entre as refeições; butidos; • Procurar variar os alimentos e
tritivos e reduzidos de fibras e gordu- • Consumir grãos, vegetais e frutas • Substituir manteiga e banha por comer de tudo, um pouco. Não
ras boas e devido também à ingestão frescas todos os dias; margarinas light, óleos vegetais e encarar as refeições como uma ida
aumentada desses alimentos. Diante • Consumir fibras na forma de cere- azeite extravirgem; à farmácia, mas procurar um equi-
destes fatos, a necessidade de buscar ais integrais cozidos ou em flocos, • Substituir leite e derivados inte- líbrio tentando incluir alimentos
o conhecimento da ciência da nutri- frutas cruas, vegetais com casca e grais por leite desnatado e queijos saudáveis;
ção, alimentação e mudanças de hábi- feijões em geral; magros; • A manutenção da saúde deve ser
tos saudáveis vem aumentando e tem • Substituir pães e farinhas brancas • Reduzir o sal e, em seu lugar, uma consequência, e não o úni-
sido um dos fatores mais importantes por farinhas e pães integrais de tri- temperar os vegetais e legumes co objetivo do ato de comer bem
para a manutenção da saúde e o equi- go, centeio, aveia, milho, bolinhos com ervas, especiarias e gotas de e lembre-se de que o principal
líbrio entre o corpo e a mente. de fibra, mingau de grãos etc.; limão, reduzindo assim o risco de tempero para o sucesso da reedu-
• Evitar gorduras saturadas e trans. pressão alta; cação alimentar é o bom senso e
Algumas dicas práticas: Esta é a melhor prevenção contra • Reduzir o uso de açúcar e evitar a moderação aliados à prática de
• Fracionar as refeições em 5 ou 6, o aumento de peso, problemas bebidas alcoolicas; atividade física.
ao dia, em volumes menores, evi- cardiovasculares e certos tipos de • Manter o peso corporal adequa-
tando o jejum prolongado; câncer; do, reduzindo os riscos de doen-
sugestão de filme
Cartas para Deus, 2010
Tyler Doherty tem 8 anos e sofre de câncer, os médicos estão desacreditados sobre suas chances de vida. Ape-
sar da situação difícil, Tyler coloca sua fé em Deus acima de tudo, por meio de cartas diárias começa a escrever um
diário sobre suas esperanças de que algum anjo possa salvá-lo.
“Inspirado em uma história verdadeira, ‘Cartas a Deus’ é uma íntima, tocante e muitas vezes engraçada história
sobre o efeito da crença que uma criança pode ter em sua família, amigos e comunidade”, diz um dos promotores
do filme.
12 JORNAL COMUNHÃO