2. Teoria da Deriva Continental
A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por
Alfred Wegener em 1912. Em 1915 publicou o livro "A origem
dos Continentes e dos Oceanos", onde propôs a teoria, com base
nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que
pareciam se encaixar.
Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este
fato. A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final
do século XVI, com o trabalho do cartógrafo Abraham Ortelius.
Na sua obra de 1596, Thesaurus Geographicus, Ortelius sugeriu
que os continentes estivessem unidos no passado. A sua sugestão
teve origem apenas na similaridade geométrica das costas atuais da
Europa e África com as costas da América do Norte e do Sul;
mesmo para os mapas relativamente imperfeitos da época, ficava
evidente que havia um bom encaixe entre os continentes. A ideia
evidentemente não passou de uma curiosidade que não produziu
conseqüências.
3. Teoria da Deriva Continental
Outro geógrafo, Antonio Snider-Pellegrini, utilizou o mesmo
método de Ortelius para desenhar o seu mapa com os
continentes encaixados em 1858. Como nenhuma prova
adicional fosse apresentada, além da consideração
geométrica, a ideia foi novamente esquecida.
A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes
continentes, bem como entre formações geológicas, levou
alguns geólogos do hemisfério Sul a acreditar que todos os
continentes já estiveram unidos, na forma de um
supercontinente que recebeu o nome de Pangea.
A hipótese da deriva continental tornou-se parte de uma
teoria maior, a teoria da tectônica de placas. Este artigo
trata do desenvolvimento da teoria da deriva continental
antes de 1950.
4. Ilustração feita pelo geógrafo Antonio Snider-Pellegrini
Ilustração feita pelo geógrafo Antonio SniderPellegrini, em 1858, ilustrando a justaposição das
margens africana e americana do Oceano Atlântico., em
1858, ilustrando a justaposição das margens africana e
americana do Oceano Atlântico.