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Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.
"O futuro pertence àqueles que acreditam
na beleza dos seus sonhos."
Eleanor Roosevelt
9 788576 942061
ISBN: 978-85-7694-206-1
Venda
Proibida
Autora
Keyla Ferrari
Coordenação editorial
Sílnia N. Martins Prado
Revisão de texto
Katia Rossini
Ilustração,
Projeto gráfico e diagramação
Pandora Estúdio
www.pandora.art.br
Realização
Fundação Educar DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão
Art Premium Tech e papel Couché Suzano Matte, ambos produzidos pela
Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto.
Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1° edição, datada de
2008 com tiragem de 12.000 exemplares.
Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição
destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion
Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, Transportadora
Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan.
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para dar suporte aos
investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura e de
educação, tendo sempre como objetivo promover a educação para a
cidadania como estratégia de transformação social. Atualmente, são três os
projetos desenvolvidos pela Fundação.
Por meio do projeto Leia Comigo!, utilizando recursos próprios e de outras
empresas através da Lei Rouanet, produz e distribui gratuitamente livros
educativos para crianças e adolescentes, já tendo distribuído mais de 30
milhões de exemplares, em todo o Brasil.
Com a Academia Educar, promove a formação de núcleos de Protagonistas
Juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem
descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade.
O Trote da Cidadania incentiva e premia universitários de todo o Brasil
a promover ações sociais com os calouros, visando a substituir
o trote humilhante ou violento.
Ao desenvolver esses projetos, procurando contar sempre com valiosas
parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à
sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania.
A tiragem e a prestação de conta
referentes a esta publicação foram
conferidas pela Deloitte.
Conteúdo adequado a nova ortografia da língua portuguesa.
16
Quando ele era bem
pequeno, não aprendeu
a falar como as outras
crianças. Quando sua mãe o chamava, ele
não respondia e não brincava com a vizinha, a Bia.
Quando queria uma coisa, não sabia como pedir — chorava
e apontava. Seu pai achava que ele nunca iria se comunicar, brincar com as outras
crianças, ou aprender a ler. Por isso, seu Alceu, Cauã e dona Bela viviam aborrecidos na
casinha amarela, sem brincar e quase sem conversar.
3
Cauã é um garoto de 11 anos que mora numa
linda casinha amarela. Filho de seu Alceu e
dona Bela, Cauã gosta muito de conversar,
jogar bola e fazer desenhos. Ele desenha o
rosto das pessoas e tudo o que ele acha
bonito, pois é muito esperto e observador.
Mas nem sempre Cauã foi assim.
2
Até que, um dia, dona Bela e Cauã foram
conhecer o doutor Luís, um médico otorrino, isto
é, ele cuida do nosso ouvido, garganta e do nosso
nariz. Ele era muito bacana e fez alguns
exames... Finalmente, descobriu que o Cauã não
podia escutar os sons do nosso dia-a-dia e da
fala. Ele vive num mundo sem som, nasceu surdo,
e, neste mundo de silêncio, muitas dificuldades
precisam ser superadas.
4
O doutor Luís ainda explicou
que, hoje em dia, a surdez pode ser
descoberta bem cedo, assim que o bebê
nasce, através do “teste da orelhinha”.
Cauã teve, sim, muitas dificuldades para superar. Quando começou ainda pequenino na
escola, percebeu que a professora, tia Rosa, mexia a boca de maneira muito engraçada,
e ele não conseguia aprender e falar as letrinhas que ela ensinava. Queria ficar apenas
desenhando as coisas de que mais gostava. Seus desenhos eram sempre em
branco-e-preto... Não havia cores.
5
Um dia, em comemoração ao mês das crianças, o mímico Sílvio foi fazer uma
apresentação na escola, e só então Cauã começou a mostrar que podia
compreender a linguagem dos gestos.
6
Ele até fez um desenho do mímico Sílvio, com seu nariz grande
de palhaço. Isso chamou a atenção da professora Rosa.
A pedido da tia Rosa, ele e sua mãe foram visitar a
fonoaudióloga Mônica, uma profissional que cuida da voz e
ensina as pessoas com dificuldades a pronunciar os
sons da fala. Ela pôde encontrar uma nova maneira
de ensinar Cauã a se comunicar com as pessoas
e começar a dar significado a
todas as coisas que ele via,
mas não entendia.
7
A fono Mônica atendia numa instituição onde ele conheceu outras
crianças que também eram surdas. Algumas ficaram surdas bem
pequeninas, após terem aprendido a falar. Tinha também
aquelas que podiam escutar um pouco
e usavam um aparelhinho
no ouvido...
8
Outras, como Cauã, eram surdas desde
que nasceram e faziam sinais, falavam com
as mãozinhas e usavam a LIBRAS (língua
brasileira de sinais) para se comunicar.
9
Cauã, que já estava
com quase 6 anos,
começou então a entender
muitas coisas. O mundo passou a ter
significado. A primeira coisa que a fono
Mônica fez foi colocar nomes escritos
nos objetos da casa de Cauã, da sala da
instituição e da escola.
10
Ele adorou aprender
o seu nome e o nome dos
colegas em sinais. Você sabia
que os surdos criam um sinal que
corresponde ao nome de cada amiguinho?
A fono Mônica foi para a escola e
orientou a professora Rosa a aprender
LIBRAS, juntamente com os pais de Cauã. Assim, todos
começaram a se entender e se comunicar melhor, e Cauã ficou
muito mais feliz. Ele passou a aprender as letrinhas do alfabeto
e os seus sinais; e fazia todas as lições que a professora ensinava.
11
A Marissol, que adora tocar o dó, ré, mi, fá, sol,
é a professora de música da escola e teve uma
grande ideia. Ensaiou um lindo coral.
12
Explicou para as crianças
ouvintes, amigas de Cauã, que o
ritmo vem do coração, e mostrou
como ele poderia sentir a música
através da vibração, tocando as
mãozinhas na caixa de som, sentindo
o tremer e o vibrar das ondas sonoras.
Na apresentação do coral, as crianças ouvintes cantavam e Cauã
fazia a tradução das músicas em LIBRAS, cantando com as mãos,
mostrando a todos que o ritmo nasce do coração e os sons e os
movimentos podem nascer do silêncio.
As crianças gostaram tanto que
também quiseram aprender a falar com as mãos. E Cauã as ensinou.
13
Hoje, Cauã tem muitos amigos: amigos surdos como
Maria Inês, que fala LIBRAS com muita rapidez; o
Maurício, que usa aparelho, sabe falar e gosta de
desenhar; e também a dona Anita, que já é idosa e
ficou surda há pouco tempo. Amigos ouvintes, ele
também tem muuuitos...
14
Agora, ele sabe ler
e escrever, frequenta a
escola e a instituição em que
trabalha a fonoaudióloga Mônica.
Nos finais de semana, joga
futebol, adora fazer seus
desenhos — que, aliás, estão cada
dia mais bonitos e coloridos. Cauã
entende as pessoas, o significado
das coisas e o mundo.
15
Autora
Keyla Ferrari
Coordenação editorial
Sílnia N. Martins Prado
Revisão de texto
Katia Rossini
Ilustração,
Projeto gráfico e diagramação
Pandora Estúdio
www.pandora.art.br
Realização
Fundação Educar DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão
Art Premium Tech e papel Couché Suzano Matte, ambos produzidos pela
Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto.
Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1° edição, datada de
2008 com tiragem de 12.000 exemplares.
Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição
destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion
Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, Transportadora
Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan.
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para dar suporte aos
investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura e de
educação, tendo sempre como objetivo promover a educação para a
cidadania como estratégia de transformação social. Atualmente, são três os
projetos desenvolvidos pela Fundação.
Por meio do projeto Leia Comigo!, utilizando recursos próprios e de outras
empresas através da Lei Rouanet, produz e distribui gratuitamente livros
educativos para crianças e adolescentes, já tendo distribuído mais de 30
milhões de exemplares, em todo o Brasil.
Com a Academia Educar, promove a formação de núcleos de Protagonistas
Juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem
descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade.
O Trote da Cidadania incentiva e premia universitários de todo o Brasil
a promover ações sociais com os calouros, visando a substituir
o trote humilhante ou violento.
Ao desenvolver esses projetos, procurando contar sempre com valiosas
parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à
sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania.
A tiragem e a prestação de conta
referentes a esta publicação foram
conferidas pela Deloitte.
Teste da orelhinha:
Conhecido popularmente como teste da orelhinha, trata-se
de um exame que pode detectar se o recém-nascido tem
algum déficit auditivo e evitar problemas na fala e no
aprendizado da criança. A avaliação é rápida e indolor.
Existe desde os anos 90, sob vigência de leis de
obrigatoriedade, em diversas maternidades.
A média brasileira de diagnóstico de surdez está em torno
dos três a quatro anos de idade – o que é tarde, pois uma
criança com problemas auditivos deve começar a utilizar o
aparelho de correção até os seis meses, para evitar
comprometimento posterior.
Conteúdo adequado a nova ortografia da língua portuguesa.
E a casinha amarela? A casinha amarela está sempre cheia de gente;
são os amigos de Cauã, que adoram sua companhia, e também de seu Alceu
e dona Bela, que, muito tagarela e contente, faz cachorro-quente para todos.

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A casa amarela

  • 1. Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto. "O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos." Eleanor Roosevelt 9 788576 942061 ISBN: 978-85-7694-206-1 Venda Proibida
  • 2. Autora Keyla Ferrari Coordenação editorial Sílnia N. Martins Prado Revisão de texto Katia Rossini Ilustração, Projeto gráfico e diagramação Pandora Estúdio www.pandora.art.br Realização Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8129 Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech e papel Couché Suzano Matte, ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1° edição, datada de 2008 com tiragem de 12.000 exemplares. Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, Transportadora Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan. Sobre a Fundação Educar DPaschoal A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para dar suporte aos investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura e de educação, tendo sempre como objetivo promover a educação para a cidadania como estratégia de transformação social. Atualmente, são três os projetos desenvolvidos pela Fundação. Por meio do projeto Leia Comigo!, utilizando recursos próprios e de outras empresas através da Lei Rouanet, produz e distribui gratuitamente livros educativos para crianças e adolescentes, já tendo distribuído mais de 30 milhões de exemplares, em todo o Brasil. Com a Academia Educar, promove a formação de núcleos de Protagonistas Juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade. O Trote da Cidadania incentiva e premia universitários de todo o Brasil a promover ações sociais com os calouros, visando a substituir o trote humilhante ou violento. Ao desenvolver esses projetos, procurando contar sempre com valiosas parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania. A tiragem e a prestação de conta referentes a esta publicação foram conferidas pela Deloitte. Conteúdo adequado a nova ortografia da língua portuguesa.
  • 3. 16 Quando ele era bem pequeno, não aprendeu a falar como as outras crianças. Quando sua mãe o chamava, ele não respondia e não brincava com a vizinha, a Bia. Quando queria uma coisa, não sabia como pedir — chorava e apontava. Seu pai achava que ele nunca iria se comunicar, brincar com as outras crianças, ou aprender a ler. Por isso, seu Alceu, Cauã e dona Bela viviam aborrecidos na casinha amarela, sem brincar e quase sem conversar. 3 Cauã é um garoto de 11 anos que mora numa linda casinha amarela. Filho de seu Alceu e dona Bela, Cauã gosta muito de conversar, jogar bola e fazer desenhos. Ele desenha o rosto das pessoas e tudo o que ele acha bonito, pois é muito esperto e observador. Mas nem sempre Cauã foi assim. 2
  • 4. Até que, um dia, dona Bela e Cauã foram conhecer o doutor Luís, um médico otorrino, isto é, ele cuida do nosso ouvido, garganta e do nosso nariz. Ele era muito bacana e fez alguns exames... Finalmente, descobriu que o Cauã não podia escutar os sons do nosso dia-a-dia e da fala. Ele vive num mundo sem som, nasceu surdo, e, neste mundo de silêncio, muitas dificuldades precisam ser superadas. 4 O doutor Luís ainda explicou que, hoje em dia, a surdez pode ser descoberta bem cedo, assim que o bebê nasce, através do “teste da orelhinha”. Cauã teve, sim, muitas dificuldades para superar. Quando começou ainda pequenino na escola, percebeu que a professora, tia Rosa, mexia a boca de maneira muito engraçada, e ele não conseguia aprender e falar as letrinhas que ela ensinava. Queria ficar apenas desenhando as coisas de que mais gostava. Seus desenhos eram sempre em branco-e-preto... Não havia cores. 5
  • 5. Um dia, em comemoração ao mês das crianças, o mímico Sílvio foi fazer uma apresentação na escola, e só então Cauã começou a mostrar que podia compreender a linguagem dos gestos. 6 Ele até fez um desenho do mímico Sílvio, com seu nariz grande de palhaço. Isso chamou a atenção da professora Rosa. A pedido da tia Rosa, ele e sua mãe foram visitar a fonoaudióloga Mônica, uma profissional que cuida da voz e ensina as pessoas com dificuldades a pronunciar os sons da fala. Ela pôde encontrar uma nova maneira de ensinar Cauã a se comunicar com as pessoas e começar a dar significado a todas as coisas que ele via, mas não entendia. 7
  • 6. A fono Mônica atendia numa instituição onde ele conheceu outras crianças que também eram surdas. Algumas ficaram surdas bem pequeninas, após terem aprendido a falar. Tinha também aquelas que podiam escutar um pouco e usavam um aparelhinho no ouvido... 8 Outras, como Cauã, eram surdas desde que nasceram e faziam sinais, falavam com as mãozinhas e usavam a LIBRAS (língua brasileira de sinais) para se comunicar. 9
  • 7. Cauã, que já estava com quase 6 anos, começou então a entender muitas coisas. O mundo passou a ter significado. A primeira coisa que a fono Mônica fez foi colocar nomes escritos nos objetos da casa de Cauã, da sala da instituição e da escola. 10 Ele adorou aprender o seu nome e o nome dos colegas em sinais. Você sabia que os surdos criam um sinal que corresponde ao nome de cada amiguinho? A fono Mônica foi para a escola e orientou a professora Rosa a aprender LIBRAS, juntamente com os pais de Cauã. Assim, todos começaram a se entender e se comunicar melhor, e Cauã ficou muito mais feliz. Ele passou a aprender as letrinhas do alfabeto e os seus sinais; e fazia todas as lições que a professora ensinava. 11
  • 8. A Marissol, que adora tocar o dó, ré, mi, fá, sol, é a professora de música da escola e teve uma grande ideia. Ensaiou um lindo coral. 12 Explicou para as crianças ouvintes, amigas de Cauã, que o ritmo vem do coração, e mostrou como ele poderia sentir a música através da vibração, tocando as mãozinhas na caixa de som, sentindo o tremer e o vibrar das ondas sonoras. Na apresentação do coral, as crianças ouvintes cantavam e Cauã fazia a tradução das músicas em LIBRAS, cantando com as mãos, mostrando a todos que o ritmo nasce do coração e os sons e os movimentos podem nascer do silêncio. As crianças gostaram tanto que também quiseram aprender a falar com as mãos. E Cauã as ensinou. 13
  • 9. Hoje, Cauã tem muitos amigos: amigos surdos como Maria Inês, que fala LIBRAS com muita rapidez; o Maurício, que usa aparelho, sabe falar e gosta de desenhar; e também a dona Anita, que já é idosa e ficou surda há pouco tempo. Amigos ouvintes, ele também tem muuuitos... 14 Agora, ele sabe ler e escrever, frequenta a escola e a instituição em que trabalha a fonoaudióloga Mônica. Nos finais de semana, joga futebol, adora fazer seus desenhos — que, aliás, estão cada dia mais bonitos e coloridos. Cauã entende as pessoas, o significado das coisas e o mundo. 15
  • 10. Autora Keyla Ferrari Coordenação editorial Sílnia N. Martins Prado Revisão de texto Katia Rossini Ilustração, Projeto gráfico e diagramação Pandora Estúdio www.pandora.art.br Realização Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8129 Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech e papel Couché Suzano Matte, ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1° edição, datada de 2008 com tiragem de 12.000 exemplares. Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves, Transportadora Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan. Sobre a Fundação Educar DPaschoal A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para dar suporte aos investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura e de educação, tendo sempre como objetivo promover a educação para a cidadania como estratégia de transformação social. Atualmente, são três os projetos desenvolvidos pela Fundação. Por meio do projeto Leia Comigo!, utilizando recursos próprios e de outras empresas através da Lei Rouanet, produz e distribui gratuitamente livros educativos para crianças e adolescentes, já tendo distribuído mais de 30 milhões de exemplares, em todo o Brasil. Com a Academia Educar, promove a formação de núcleos de Protagonistas Juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade. O Trote da Cidadania incentiva e premia universitários de todo o Brasil a promover ações sociais com os calouros, visando a substituir o trote humilhante ou violento. Ao desenvolver esses projetos, procurando contar sempre com valiosas parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania. A tiragem e a prestação de conta referentes a esta publicação foram conferidas pela Deloitte. Teste da orelhinha: Conhecido popularmente como teste da orelhinha, trata-se de um exame que pode detectar se o recém-nascido tem algum déficit auditivo e evitar problemas na fala e no aprendizado da criança. A avaliação é rápida e indolor. Existe desde os anos 90, sob vigência de leis de obrigatoriedade, em diversas maternidades. A média brasileira de diagnóstico de surdez está em torno dos três a quatro anos de idade – o que é tarde, pois uma criança com problemas auditivos deve começar a utilizar o aparelho de correção até os seis meses, para evitar comprometimento posterior. Conteúdo adequado a nova ortografia da língua portuguesa. E a casinha amarela? A casinha amarela está sempre cheia de gente; são os amigos de Cauã, que adoram sua companhia, e também de seu Alceu e dona Bela, que, muito tagarela e contente, faz cachorro-quente para todos.