1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
TÓPICOS ESPECIAIS EM FINANÇAS
Profª. Kelmara Mendes Vieira
Acadêmica: Maria Leonilda Lopes Goularte Data: 06/11/2017
Trabalho dirigido
1) Qual o valor mínimo que você precisa dispor para investir no tesouro direto?
R$30,00
2) Quais procedimentos você precisa adotar para começar a negociar no tesouro direto?
PASSO A PASSO:
a) Primeiramente, você precisa ter CPF e conta corrente em uma instituição
financeira.
b) A partir daí, você deverá escolher uma instituição financeira, que pode ser um
banco ou uma corretora, também chamada de agente de custódia, para intermediar
suas transações com o Tesouro Direto. No botão apresentado no final desta
página, você encontra a lista de todas as instituições habilitadas a operar com
títulos públicos federais. Também são apresentadas as taxas de administração
cobradas por elas.
c) Entre em contato com a instituição financeira escolhida e solicite seu
cadastramento. Você deverá fornecer a documentação necessária para que essa
instituição abra uma conta em seu nome para operar com o Tesouro Direto.
d) A partir disso, você receberá uma senha provisória da BM&FBovespa para o
primeiro acesso à área restrita do Tesouro Direto, em que são realizadas as
operações de compra e venda, assim como consultas a saldos e extratos.
e) Troque a senha provisória por uma nova que deverá conter entre 8 e 16 dígitos,
composta por letras, números e caracteres especiais. Pronto! Você já será
investidor habilitado e poderá começar a investir.
f) Agora, você precisa descobrir qual título é mais adequado para alcançar o seu
objetivo financeiro. Para ajudá-lo nessa escolha, utilize a ferramenta Orientador
Financeiro oferecida tanto no site do Tesouro Direto quanto na área restrita ao
investidor. Definido o título adequado, basta efetuar a sua compra.
CANAIS PARA APLICAÇÃO:
Você pode investir acessando de 3 formas:
2. Através do site do Tesouro Direto: com a sua senha, você acessa a área restrita do site
e realiza a compra, a venda, a programação de investimentos, a consulta de extrato,
dentre outras transações;
Através do site da sua Instituição Financeira: algumas instituições habilitadas
integraram seus sites ao do Tesouro Direto, tornando-se um agente integrado. Isso
significa que você pode comprar e vender títulos públicos no site da própria instituição
financeira, a qualquer momento, com os mesmos preços e taxas do site do Tesouro
Direto.
Por meio de sua Instituição Financeira: você autoriza sua instituição financeira a
negociar títulos públicos em seu nome. Procure saber se a instituição que você
escolheu oferece essa funcionalidade.
3) A venda de títulos antes do vencimento é permitida? Quais os riscos?
Sim. Não é possível afirmar se haverá perda ou ganho financeiro no caso de venda
antecipada, pois isso dependerá das condições de mercado na referida data de venda.
Mas corremos esse pequeno risco de resgatar um valor menor do que o que foi investido no
Título Público. Tudo depende da variação da taxa de juros: Se diminuir a taxa de juros o valor
do resgate do título será menos. VP = FCn
(1 + i)n
3. Vale lembrar, entretanto, que se o investidor permanecer com os títulos até a sua data de
vencimento, receberá o valor correspondente à rentabilidade pactuada no momento da
compra, independente das variações de preço do título ao longo da aplicação.
4) No mês de setembro de 2017:
4.1) qual foi o título mais vendido? O título mais demandado pelos investidores foi o indexado
à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 54,2%
4.2) quantos investidores haviam cadastrados no site? O número total de investidores
cadastrados ao fim do mês atingiu 1.662.449, o que representa aumento de 70,7% nos últimos
doze meses.
4.3) dentre os investidores no tesouro, qual o percentual de mulheres? 26,8% no total e no
mês 32,8%
4.4 ) qual a faixa de valores mais negociada? Até R$ 1 mil teve 56,0%, foi a mais negociada,
mas segundo o relatório de setembro de 2017: A utilização do programa por pequenos
investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5.000,00, que
correspondeu a 79,8% das vendas ocorridas no mês. Foram realizadas, no mês, 181.163
operações de venda de títulos a investidores. Sendo que em torno de 101.451 foi a quantidade
de operações de vendas de títulos a investidores com valores até R$ 1 mil.
5) Qual a diferença entre a NTNB 15.05.2035 e a NTNB principal 15.05.2035?
A diferença está na taxa de rendimento (% a.a.) - Os juros semestrais representam uma
antecipação do pagamento da rentabilidade do título. Não significam, portanto, uma
rentabilidade adicional. Já nos títulos que não pagam juros semestrais, toda a rentabilidade é
acumulada e paga somente no seu vencimento.
4. 6) Qual a rentabilidade líquida da LTN 01.01.2020? Se você tivesse R$1000,00 reais
disponíveis preferiria investir neste título ou na poupança? Explique. Dica: utilize o
simulador do site. Investiria neste título, pois me rende R$ 38,51 a mais que a poupança na
data de vencimento.
5. 7) Qual a tributação dos títulos públicos?
8) Além do IR, quais os outros custos você terá que pagar?
São 2 as taxas cobradas no Tesouro Direto, sendo 1 pela sua Instituição Financeira e 1 pela
BM&FBOVESPA, referentes aos serviços prestados.
Taxas cobradas pela BM&FBOVESPA:
Taxa de custódia de 0,30% a.a. sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda
dos títulos e às informações e movimentações dos saldos. Essa taxa é provisionada
diariamente a partir da liquidação da operação de compra (D+2). Por ser provisionada
diariamente, é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título, e
é cobrada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de custódia.
Taxa cobrada pela Instituição Financeira:
A taxa cobrada pela Instituição Financeira é livremente pactuada com o investidor. O Tesouro
Direto disponibiliza em sua página um ranking com as taxas cobradas por cada instituição,
vide botão ao lado "Conheça as Instituições Habilitadas". Cabe ao investidor confirmá-las no
momento da contratação.
A taxa pode ser uma cobrada anualmente, modalidade mais comum, ou por operação. Para
esclarecimentos quanto ao pagamento dessa taxa, contate a Instituição financeira
correspondente.
Taxa para o primeiro ano de aplicação (para taxas anuais): Cobrada quando da compra dos
títulos, sobre o valor da transação (preço unitário dos títulos vezes a quantidade adquirida),
para o primeiro ano de aplicação, que finda em D+2+365 dias (onde D é o dia da compra).
Caso o investidor venda o título antes de completar um ano de sua aquisição, essa taxa não é
6. devolvida. Caso o título adquirido tenha prazo de vencimento inferior a um ano, a taxa
cobrada no momento da compra é proporcional ao prazo do papel.
Taxa para demais anos de aplicação (para taxas anuais): Depois do primeiro ano de
aplicação (D+2+365), as taxas passam a ser acumuladas diariamente e, por isso, são
proporcionais ao período em que o investidor mantiver os títulos em carteira.
Em relação ao modo de cobrança, em regra geral, para títulos adquiridos a partir de
06.04.2009, as taxas são cobradas semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro ou de julho,
quando o valor das taxas de toda a carteira ultrapassar R$ 10,00, ou, por título, na ocorrência
de um evento de custódia (pagamento de juros e vencimento do título) ou na venda
antecipada, o que ocorrer primeiro. Enquanto esses eventos não ocorrem, as taxas devidas
são diariamente acumuladas no extrato, sob o status de devida, o que, não quer dizer que é
exigido o pagamento imediato.
As informações sobre o recolhimento dos recursos para o pagamento das taxas devem ser
obtidas junto à sua Instituição Financeira (Agente de Custódia).
De maneira detalhada, a cobrança ocorre da seguinte maneira:
Em eventos de custódia (resgate do principal, pagamento de juros) e venda antecipada, o que
ocorrer primeiro, são cobradas as taxas acumuladas até então, relativas aos títulos envolvidos
na operação, independente do valor acumulado por título; e
Quando a soma das taxas devidas de todos os títulos em carteira à BM&FBOVESPA e à
Instituição Financeira (Agente de Custódia), por conta (em cada Agente de Custódia),
ultrapassar R$ 10,00, será feita a cobrança no 1º dia útil de janeiro ou 1º dia útil de julho, o
que ocorrer primeiro.
7. 9) Quais as principais diferenças entre comprar um título no site do tesouro e investir na
poupança?
Os rendimentos da poupança vêm majoritariamente do financiamento imobiliário do SFH – o
Sistema Financeiro de Habitação do Governo Federal. Quando você investe na poupança, os
juros que você recebe são pagos pelos mutuários, ou seja, as pessoas que pegaram
empréstimos para comprar imóveis. Já o Tesouro direto nada mais é que uma ferramenta
para que o cidadão possa investir em títulos públicos, pois permite movimentações (compra e
venda de títulos) com valores pequenos. Quando você investe em títulos públicos, está
emprestando dinheiro para o governo, e cobrando juros por isso. Os títulos públicos são
ativos de renda fixa que financiam a dívida e os gastos da União. Quando você investe em
títulos públicos, está emprestando dinheiro para o governo, e cobrando juros. Portanto, quem
paga os juros é o Governo Federal. Existem títulos vinculados à taxa Selic, outros vinculados
aos índices de inflação, como IPCA e IGP-M, e ainda títulos pré-fixados, nos quais a taxa de
juros permanece a mesma até o vencimento, ainda que a taxa Selic varie. Como a chance de
o governo brasileiro não honrar seus compromissos financeiros é remota, esses títulos são
considerados o investimento mais seguro.
A rentabilidade é definida da seguinte forma (nova regra da poupança):
Quando a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a
Taxa Referencial (TR)
Quando a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da taxa
Selic mais TR.
A TR é calculada em função de operações bancárias e mais um fator determinado pelo
governo, e funciona como correção monetária. É de se esperar que a TR seja zero, ou bem
perto de zero, principalmente quando a taxa Selic estiver abaixo de 8,5%.
O rendimento da poupança tende a ser mais baixo que o dos títulos públicos. Quando a
queda da taxa Selic estava quase fazendo os títulos públicos renderem menos que a
poupança, o governo mudou as regras da poupança. Apesar do rendimento mais baixo, a
poupança é isenta de imposto de renda para investimentos até R$ 50 mil, e ainda tem uma
garantia do Fundo Garantidor de Créditos para investimentos de até R$ 70 mil. Enquanto nos
títulos públicos você precisar pagar o IR para quaisquer valores. Na poupança você tem a
liberdade de retirar o dinheiro investido diariamente, portanto ela tem mais alta liquidez que os
títulos públicos, já estes possuem data de vencimento obrigatória e é recomendado que se
retire o valor investido na data de vencimento, pois se retirá-lo antes corre-se mais riscos de
perdê-lo.
Em qual banco a poupança rende mais? A resposta: são todos iguais. A rentabilidade da
poupança é a mesma para todos os bancos e não há taxa de administração. Enquanto nos
títulos públicos dependendo dos bancos ou das corretoras o valor investido pode variar de um
8. para outro, pois são pagas taxas de administração para instituição financeira e taxas de
custódia. E essas taxas são diferentes dependendo do banco.
10)Se você tivesse R$ 10.000,00 disponíveis e tivesse pensando em investir pelos
próximos três anos. Complete a Tabela com a sua decisão e suas expectativas de
ganho.
Título Valor Unitário
Quantidade
Comprada
Investimento
Total
Rentabilidade
Líquida (a.a.)
Tesouro
Prefixado (LTN)
R$33,64 74,32 2500,00 R$ 3.038,04 - 6,61%
Tesouro IPCA+
com Juros
Semestrais 2026
(NTNB)
R$32,61 76,66 2500,00 R$ 3.690,89 - 5,40%
Tesouro Selic
2023 (LFT)
R$ 91,91 27,20 2500,00 R$ 3.456,42 – 5,51%
Tesouro
Prefixado com
Juros Semestrais
2027 (NTNF)
R$ 31,06 80,48 2500,00 R$ 4.377,18 – 8,31%
Observações:
No investimento total, incluir custos. Para isso você pode usar a calculadora do site.
Na rentabilidade líquida dizer qual a taxa líquida ao ano você espera ganhar com o título.