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A IMPORTÂNCIA DA
O RAÇÃO O BRIGATÓRIA
E DO J EJUM
A IMPORTÂNCIA DA
O RAÇÃO O BRIGATÓRIA
E DO J EJUM

Seleção de Excertos e Orações
das Escrituras Bahá’ís Compilada pelo
Departamento de Pesquisa da
Casa Universal de Justiça

CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í
Título original em inglês:
The Importance of Obligatory Prayer and Fasting

© 2000
Todos os direitos reservados:

Editora Bahá’í do Brasil
C.P. 198
13800-970 - Mogi Mirim - SP
www.bahai.org.br/editora
1ª. EDIÇÃO: 2002 (Conselho Bahá’í de Sâo Paulo)
2ª. EDIÇÃO: 2003 (ampliada)

Tradução: Luís Henrique Beust
Revisão: Iradj Roberto Eghrari

Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo

Impressão: R. Vieira Gráfica e Editora Ltda
Campinas
A Casa Universal de Justiça, ao
rever a aplicabilidade adicional das leis de
Bahá’u’lláh no decorrer dos últimos
quatro anos, determinou ser imperativo
para todos os bahá’ís “aprofundarem sua
consciência das bênçãos concedidas pelas
leis que diretamente promovem a vida
devocional do indivíduo e, dessa maneira,
da comunidade”. Entre estas leis estão a
oração obrigatória e o jejum, os quais
foram descritos pela Abençoada Beleza
como “duas asas para a vida do homem”.
Esta nova seleção de traduções
recentemente autorizadas foi extraída
vasto oceano dos Escritos originais de
Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá. Seu propósito
é ampliar ainda mais a percepção dos
crentes quanto à importante significação
dessas duas grandes leis.
Maio de 2000
CONTEÚDO
1 Dos Escritos de Bahá’u’lláh

1

2 Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá

9

3 Orações de Bahá’u’lláh para o Jejum

19

Notas

32
1
DOS ESCRITOS

DE

BAHÁ’U’LLÁH

I. Nós, verdadeiramente, expusemos todas as coisas
em Nosso Livro, como um sinal de graça àqueles que
acreditaram em Deus, o Onipotente, o Protetor, O que
subsiste por Si próprio. E ordenamos a oração obrigatória
e o jejum para que através deles todos possam aproximarse de Deus, o Mais Poderoso, o Bem-Amado. Assentamos
por escrito estas duas leis e explanamos todo decreto
irrevogável. Proibimos aos homens seguir tudo aquilo que
possa desviá-los da Verdade, e lhes ordenamos o que os
aproximará dAquele que é o Onipotente, o Todo-Benévolo.
Dize: Observai os mandamentos de Deus por amor à Sua
beleza, e não sejais dos que seguem os caminhos dos tolos e
desprezíveis.
II. Todo louvor a Deus, Que revelou a lei da oração
obrigatória a fim de manter seus servos atentos, e ordenoulhes o Jejum para que os abastados apreendam as dores e
sofrimentos dos destituídos.
III. Aquele que não realiza boas obras nem atos de
adoração é como uma árvore infrutífera. É como uma ação
que não deixa um traço sequer. Quem experimentar o santo
êxtase da adoração jamais trocará tal ato – ou qualquer

1
louvor de Deus – por tudo o que no mundo existe. O jejum
e a oração obrigatória são como duas asas para a vida do
homem. Bem-aventurado quem por meio delas se eleva ao
paraíso do amor de Deus, o Senhor de todos os mundos.
IV. Firma-te firme na oração obrigatória e no jejum.
Verdadeiramente, a religião de Deus é como o céu; o jejum
é o seu sol e a oração obrigatória, a sua lua. Em verdade,
eles são os pilares da religião, através dos quais os retos se
distinguem daqueles que transgridem Seus mandamentos.
Suplicamos a Deus, exaltado e glorificado seja Ele, que
generosamente capacite a todos a observarem aquilo por
Ele revelado em Seu Livro Antigo.
V. Sabe tu que a religião é como o céu; e o jejum e
a oração obrigatória são seu sol e sua lua. Suplicamos a
Deus, enaltecido e glorificado seja, que bondosamente
ampare cada um que age segundo Sua vontade e Seu belprazer.
VI. Não sejas negligente com a oração obrigatória
e o jejum. Aquele que os não observa jamais foi e jamais
será aceitável aos olhos de Deus. Segue tu a sabedoria sob
todas as condições. Ele, verdadeiramente, ordenou que
todos seguissem o que lhes tem sido e será benéfico. Ele,
em verdade, é o Todo-Suficiente, o mais Elevado.
VII. Quanto à oração obrigatória: a Pena do
Altíssimo a fez descer de uma maneira tal que inflama os
corações e cativa as almas e mentes dos homens.

2
VIII. No tocante à oração obrigatória: ela foi
revelada de tal modo que quem a recitar com coração
desprendido, mesmo que apenas uma vez, encontrar-se-á
inteiramente apartado do mundo.
IX. Ó Meu irmão! Quão grande, quão magnífica
pode ser a lei da oração obrigatória quando se é capacitado
a observá-la através de Sua misericórdia e amorosa
bondade. Quando um homem se põe a recitar a Oração
Obrigatória, ele dever-se-ia achar independente de todas
as coisas criadas e considerar a si mesmo como
simplesmente nada ante a vontade e o propósito de Deus,
de tal modo que nada mais contemple no mundo dos seres,
a não ser Ele. Esta é a condição dos favorecidos por Deus e
dos que Lhe são inteiramente devotados. Quem realizar a
oração obrigatória deste modo será contado por Deus e
pela Assembléia no alto como um daqueles que
verdadeiramente ofertaram a oração.
X. Um dos atos em obediência à lei é a oração
obrigatória. Aquele que é Portador dos mistérios divinos
referiu-se a ela como a escada para a ascensão. Diz Ele: “A
oração obrigatória é uma escada de ascensão para o crente”.1
Em seu seio se encobertam e ocultam miríades de efeitos e
benefícios. De fato, são incalculáveis. Quão grande seria a
indolência e a injustiça de um homem para consigo mesmo
fosse ele abandonar esta escada de ascensão e se prender
aos tesouros da terra. É nossa esperança que sejamos
capacitados a realizar atos puros e aceitáveis. Imploramos
a Deus, louvado e glorificado seja, que nos confirme no

3
que for Seu desejo e agrado e naquilo que nos aproxime
dEle. Verdadeiramente, Ele é o Todo-Poderoso, o
Onipotente, Aquele que se compraz em atender às preces
de todos os homens.
XI. Dentre as novas Orações Obrigatórias que
foram posteriormente reveladas, a Oração Obrigatória
longa deveria ser dita naqueles momentos em que a pessoa
se encontra inclinada à oração. Em verdade, de tal modo
foi ela revelada que se fosse recitada a uma pedra, a pedra
agitar-se-ia e por-se-ia a falar; e se fosse recitada a uma
montanha, a montanha haveria de se mover e deslizar. Feliz
aquele que a recita e cumpre os preceitos de Deus. É
suficiente ler qualquer uma das orações.
XII. Suplicamos a Deus que ajude Seu povo, para
possam observar o supremo e excelso Jejum, o qual visa
proteger os olhos de contemplarem tudo o que é proibido
e apartar o homem de alimento, bebida e tudo o que não
provenha dEle. Oramos a Deus para que confirme seus
amados, de modo que tenham êxito no cumprimento
daquilo que lhes foi ordenado neste Dia.
XIII. Louvores Àquele que revelou leis segundo Seu
bel-prazer. Verdadeiramente, soberano é Ele sobre tudo o
que deseja. Ó Meus amigos! Agi em conformidade àquilo
que vos foi ordenado no Livro. Decretou-se-vos jejuar
durante o mês de ‘Alá. Jejuai por amor ao vosso Senhor, o
Poderoso, o Altíssimo. Abstende-vos do nascer ao pôr do
sol. Assim vos instrui o Bem-Amado da humanidade,

4
conforme determinado por Deus, o Todo-Poderoso, o
Irrestrito. Ninguém deve exceder os limites impostos por
Deus e por Sua lei, nem seguir suas próprias imaginações
vãs. Feliz aquele que cumpre Meus decretos por amor à
Minha Beleza, e ai de quem é negligente para com a Alvorada
do Comando nos dias de seu Senhor, o Todo-Poderoso, o
Onipotente.
XIV. Esta é uma das noites do Jejum e no seu decurso
a Língua da Grandeza proclamou: Não há outro Deus senão
Eu, o Protetor Onipotente, O que subsiste por Si próprio.
Nós, verdadeiramente, como um favor de Nossa parte,
ordenamos a todos observarem o Jejum nestes dias.
Entretanto, o povo segue inconsciente, exceto os que
lograram atingir o propósito de Deus assim como foi revelado
em Suas leis, aqueles que compreenderam Sua sabedoria,
que permeia todas as coisas visíveis e invisíveis. Dize: Por
Deus! Sua Lei é uma fortaleza para vós, pudésseis apenas
compreender. Verdadeiramente, Ele não tem nisso outro
propósito que não seja beneficiar as almas de Seus servos.
Porém – que lástima! – a maioria da humanidade permanece
indiferente. Firmai-vos à corda das Leis de Deus, e não segui
os que se afastaram do Livro, pois eles, verdadeiramente,
opuseram-se a Deus, o Poderoso, o Amado.
XV. Estes sãos os dias do Jejum. Bem-aventurado
quem aumenta seu amor através do calor gerado pelo Jejum,
e que, com alegria e radiância, ergue-se para realizar obras
dignas. Verdadeiramente, Ele guia ao caminho reto quem
quer que Ele queira.

5
XVI. Apesar de o Jejum ser exteriormente difícil e
trabalhoso, entretanto, interiormente ele é graça e
tranqüilidade. A purificação e a capacitação estão sob
condição e dependência apenas daquelas práticas rigorosas
que estejam em conformidade com o Livro de Deus e
tenham sido sancionadas pela Lei divina, e não daquelas
que os insanos infligiram ao povo. A alma ama tudo aquilo
que Deus revela. Nós Lhe suplicamos que generosamente
nos ajude a realizar o que Ele deseja e aceita.
XVII. Verdadeiramente, digo: jejuar é o remédio
supremo e o mais poderoso tratamento para a enfermidade
do ego e da paixão.
XVIII. Todo louvor ao Deus uno e verdadeiro,
Aquele que ajudou Seus amados a observarem o Jejum e
os amparou para cumprirem o que foi decretado no
Livro.Em verdade, incessante louvor e gratidão Lhe são
devidos por ter Ele generosamente confirmado Seus
amados na realização daquilo que é a causa de exaltação
de Sua Palavra. Se um homem possuísse dez mil vidas e as
oferecesse todas para estabelecer a verdade das leis e
mandamentos de Deus, ainda assim Lhe seria devedor, pois
tudo o que provêm de Seu irresistível decreto serve tão
somente para beneficiar Seus amigos e Seus bem-amados.
XIX. Há vários estágios e condições no Jejum, e
incalculáveis efeitos e benefícios jazem nele ocultos. Felizes
os que os atingiram.

6
XX. Em casos evidentes de fraqueza, doença ou
ferimento, a lei do Jejum não é aplicável. Esta injunção
está em conformidade com os preceitos de Deus, eterno
no passado, eterno no futuro. Felizes os que agem de
acordo.
XXI. A lei do Jejum é ordenada para aqueles que
estão fortes e saudáveis. Quanto aos enfermos e debilitados,
a lei nunca lhes foi aplicável, nem o é agora.

7
8
2
DOS ESCRITOS

DE

‘ABDU’L-BAHÁ

I. A oração obrigatória e o jejum estão entre as
maiores ordenanças desta sagrada Dispensação.
II. No reino da adoração, o jejum e a oração
obrigatória constituem os dois mais firmes pilares da
sagrada Lei de Deus. De modo algum é permitido
negligenciá-los, e certamente não é aceitável falhar em seu
cumprimento. Na Epístola da Visitação Ele diz: “Suplico a
Deus por Ti e por aqueles cujas faces foram iluminadas
pelos esplendores da luz do Teu semblante – aqueles que
obser varam, por amor a Ti, tudo o que lhes fora
mandado”. 2 Ele declara que o cumprimento das
ordenanças de Deus advém do amor pela beleza do MaisAmado. O buscador, quando imerso no oceano do amor
de Deus, será movido por intenso anelo e erguer-se-á para
cumprir as leis de Deus. Destarte, é impossível que um
coração no qual se encontra a fragrância do amor de Deus
possa, no entanto, deixar de adorá-Lo, exceto em
circunstâncias quando tal ato causaria a agitação dos
inimigos e despertaria dissensão e intriga. Não sendo assim,
um amante da Beleza de Abhá seguramente demonstrará
incessante perseverança na adoração do Senhor.

9
III. As leis de Deus relativas ao jejum e à oração
obrigatória se impõem a Seus servos de maneira absoluta.
Portanto, eles devem volver as faces ao Ponto de Adoração
da Assembléia celestial, firmar-se à Condição mais sublime
e orar e suplicar para serem libertos das dúvidas das
interpretações equivocadas. É este o modo de ‘Abdu’l-Bahá.
É esta a religião de ‘Abdu’l-Bahá. É esta a senda de ‘Abdu’lBahá. Que escolham este caminho reto os que nutrem o
amor de Bahá. Quem abandona esta trilha conta-se entre
aqueles apartados dEle como que por um véu. Se
observares uma alma que nutre dúvidas sobre este
mandamento, ou que o mal-interpreta, mas que não possui
motivos secretos ou antagonismo em seus atos, oferece-lhe
tua amizade e, com a maior cordialidade e as palavras mais
gentis, esforça-te por desviá-la de tal interpretação,
reconduzindo-a ao pleno significado dos versículos de
Deus.
IV. As leis de Deus, tais como o jejum e a oração
obrigatória, bem como Seus conselhos com relação às
virtudes, boas obras e conduta adequada, precisam ser
praticados em todas as partes na medida do possível, a
menos que algum obstáculo intransponível ou algum
grande perigo se apresente, ou se for contra os ditames da
sabedoria. Pois a indolência e a lassidão estancam as
emanações de amor das nuvens da misericórdia divina e,
assim, as pessoas permanecerão destituídas.
V. Ó vós, amados de Deus! Em agradecimento pela
firmeza no Convênio eterno, erguei-vos para servir o limiar

10
do Senhor onipotente, observai a oração obrigatória e o
jejum e ocupai-vos com a difusão dos doces aromas de
Deus e a disseminação dos versículos divinos. Rompei os
véus! Removei os obstáculos! Ofertai as águas vivificadoras!
Indicai o caminho da salvação! É isto que ‘Abdu’l-Bahá
vos admoesta toda manhã e noite.
VI. Ó tu, filha do Reino! As orações obrigatórias
são indispensáveis, pois conduzem à humildade e à
submissão e fazem com que se volva a face a Deus e se Lhe
expresse devoção. Através desta oração o homem comunga
com Deus, busca aproximar-se dEle, conversa com o
verdadeiro Bem-Amado de seu coração e atinge graus
espirituais.
VII. Ó tu, amigo espiritual! Perguntaste qual a
sabedoria da oração obrigatória. Sabe tu que esta oração é
mandatória e indispensável. Sob nenhum pretexto está o
homem dispensado de sua prática, a menos que seja incapaz
de cumpri-la, ou que algum grande obstáculo o impeça. A
sabedoria da oração obrigatória é esta: ela conecta o servo
ao Ser Verdadeiro, porque naquele momento o homem
volve a face para o Onipotente com todo seu coração e
alma, buscando a associação com Ele e desejando Seu amor
e Sua companhia. Para aquele que ama, não existe nenhum
prazer maior do que conversar com quem é o objeto de
seu amor; e para aquele que busca, não há bênção maior
do que a intimidade com o alvo de seu desejo. O maior
anseio de toda alma atraída ao Reino de Deus é achar
tempo para volver-se com interira devoção para seu Bem-

11
Amado, a fim de buscar Sua generosidade e Sua bênção, e
imergir-se no oceano da comunhão, do rogo e da súplica.
Ademais, a oração obrigatória e o jejum tornam o homem
atento e desperto, e o protegem e preservam das provações.
VIII. Fortalece tu os alicerces da Fé do Deus
Onipotente e ocupa-te em adorá-Lo. Sê constante na
prática da oração obrigatória e não descuides o jejum.
Dedica-te dia e noite à oração, ao rogo e à súplica,
especialmente nas horas prescritas.
IX. As orações obrigatórias foram enviadas pela
Pena do Altíssimo e são mencionadas no “Perguntas e
Respostas” persa, que suplementa o Kitáb-i-Adqas. Elas são
evidentemente indispensáveis e sem dúvida todos têm de
fazer uma dessas três orações...
Através da adoração o homem se torna espiritual,
seu coração é atraído e sua alma e seu ser interior alcançam
tal ternura e contentamento que a Oração Obrigatória
infunde-lhe nova vida. É por esta razão que na Epístola da
Visitação foi revelado: “Suplico a Deus por Ti e por aqueles
cujas faces foram iluminadas pelos esplendores da luz do
Teu semblante – aqueles que observaram, por amor a Ti,
tudo o que lhes fora mandado”.3 É evidente, pois, que o
amor pela beleza do Todo-Misericordioso nos impele a
adorar o Deus Onipotente.
X. Ó tu, servo de Deus! Todo amanhecer a infinita
graça de Deus confirma as invocações de ‘Abdu’l-Bahá,
feitas com ardor e em lágrimas. Da mesma forma, que cada

12
alma vigilante alcance, na medida de sua capacidade, uma
porção desta graça espiritual. Isso pode ser alcançado ao
se oferecer a Deus ardorosas orações e súplicas a cada
alvorada e através da observância à lei da oração obrigatória.
Desta maneira cada um poderá deliciar-se com os doces
aromas que sopram do jardim da graça divina, alcançará
nova vida para sua alma e sua realidade espelhará os
fulgores do Todo-Misericordioso.
XI. A oração obrigatória faz com que o coração fique
atento ao reino divino. Está-se a sós com Deus, conversando
com Ele e alcançando bênçãos. Da mesma forma, se alguém
realiza a Oração Obrigatória com o coração num estado
de máxima pureza, esta pessoa obterá as confirmações do
Espírito Santo, e isto eliminará completamente o amor ao
ego. Espero que perseveres na recitação da Oração
Obrigatória e assim venhas a testemunhar o poder do rogo
e da súplica.
XII. Escreveste a respeito da oração obrigatória. Esta
oração é indispensável e mandatória para todos. Com toda
certeza deves guiar a todos para sua prática, porque ela é
como uma escada para as almas, uma lâmpada para o
coração dos retos e a água da vida que flui do jardim do
paraíso. Trata-se de um claro dever prescrito pelo TodoMisericordioso, no qual não se aceita o adiamento ou a
negligência.
XIII. A oração obrigatória e a súplica fazem com
que o homem alcance o reino dos mistérios, e a adoração

13
ao Ser Supremo. Elas conferem proximidade ao Seu limiar.
Na prática da oração existe um prazer que transcende todos
os demais prazeres, e na recitação e entoação dos versículos
de Deus há uma doçura que é o desejo supremo de todos
os crentes, sejam homens ou mulheres. Durante a recitação
da Oração Obrigatória conversamos intimamente com o
verdadeiro Bem-Amado, e com Ele compartilhamos
segredos. Não há prazer maior do que este, se agirmos com
a alma desprendida, vertendo lágrimas, com o coração
cheio de confiança e pleno de anseio o espírito. Toda alegria
é terrena, exceto esta, cuja doçura é divina.
XIV. A oração obrigatória é o próprio alicerce da
Causa de Deus. Através dela a alegria e a vitalidade
preenchem o coração. Ainda que todos os sofrimentos Me
cerquem, no momento em que me ponho a conversar com
Deus através da oração obrigatória, todas as Minhas
tristezas desaparecem e Eu alcanço o júbilo e o regozijo.
Desce sobre Mim um estado que não consigo nem descrever
nem expressar. Sempre que, plenos de consciência e
humildade, nos dedicarmos a realizar a Oração Obrigatória
ante Deus, e a recitarmos com ternura sincera, haveremos
de experimentar uma doçura tamanha que é capaz de
conferir vida eterna a toda a existência.
XV. Pratica a Oração Obrigatória que te está
disponível para que o portal da generosidade se possa abrir
e a máxima espiritualidade possa ser alcançada; grandes
sinais serão testemunhados e a ascensão espiritual haverá
de ocorrer.

14
XVI. Persevera no uso da Oração Obrigatória e das
súplicas no começo da manhã, para que dia a dia te tornes
mais vigilante e, através do poder do conhecimento de
Deus, possas romper o véu do erro do povo da dúvida, e
conduzi-los à Sua guia infalível. Em toda congregação,
como uma vela, deves emanar a luz do conhecimento
divino.
XVII. Recita a Oração Obrigatória e as súplicas
tanto quanto fores capaz, para que dia a dia possas crescer
em firmeza e constância e desfrutar de maior júbilo e
regozijo. Assim o círculo do conhecimento divino ampliarse-á e o fogo do amor de Deus queimará mais ardentemente
dentro de ti.
XVIII. As orações obrigatórias e as súplicas são a
própria água da vida. São a causa da existência, do
refinamento das almas e da obtenção do maior júbilo. Deves
ter o maior cuidado com relação a isso, e encorajar os outros
a recitar as orações obrigatórias e as súplicas.
XIX. Ó tu, servo do Senhor Verdadeiro! A oração
obrigatória e as demais súplicas são requisitos essenciais da
servitude Àquele que é Todo-Suficiente... Quando as
Orações Obrigatórias e as demais preces se unem e seguem
umas às outras, a adoração alcança a perfeição. Vê-se que
elas são companheiras espirituais e como uma alma em dois
corpos. Que Deus vos ajude a todos para crescer em amor
e camaradagem.

15
XX. Ao dizer a oração obrigatória, a pessoa deve
volver-se para a Santa Realidade de Bahá’u’lláh, aquela
Realidade que a tudo abarca.
XXI. Quanto à Oração Obrigatória, ela possui um
Qiblih fixo, específico, santo e abençoado. Peço a Deus
que abra ao teu coração o portal do conhecimento desta
posição, para que possas apreender tudo o que é necessário
e adequado, acumular bênçãos espirituais do céu do TodoMisericordioso, obter os esplendores do conhecimento do
Sol da Realidade e tornar-te uma manifestação da
inspiração do Invisível e uma fonte das boas-novas do TodoMisericordioso.
XXII. Com relação à Oração Obrigatória, ela deve
ser dita individualmente, porém não requer um lugar
privado.
XXIII. Ó servo do sagrado limiar! Perguntaste a
respeito daquelas orações que excedem ao que foi prescrito,
aquelas que são recomendadas, invocações e preces
honradas pela tradição. Nesta Dispensação, aquilo que foi
expressamente prescrito é obrigatório. Mas atos de
adoração pessoal, invocações, preces supererrogatórias4 e
orações especialmente recomendadas não são mandatórias.
Entretanto, a recitação individual de qualquer prece em
seqüência às Orações Obrigatórias é aceitável e bem-vinda,
mas não há nenhuma em particular que tenha sido
destinada a este fim.

16
XXIV. Prescrições obrigatórias e decretos
mandatórios são os que emanaram da Pena Suprema, ou
aqueles determinados por uma decisão da Casa Universal
de Justiça. Pois nós somos os comandados, não os
comandantes. Somos aqueles aos quais se impõem deveres,
não aqueles que os impõem. Esta é a realidade da lei de
Deus e o alicerce da religião de Deus. Quanto às preces e
invocações, quem desejar poderá, depois das orações
obrigatórias, recitar outras súplicas da Abençoada
Perfeição.
XXV. Escreveste a respeito do Jejum. Este é um
assunto da maior importância e deverias esforçar-te ao
máximo para cumpri-lo. É uma parte essencial da lei divina
e um dos pilares da religião de Deus.
XXVI. Feliz és tu, pois seguiste a Lei de Deus e te
ergueste para obser var o Jejum durante estes dias
abençoados, já que este jejum físico é um símbolo do jejum
espiritual. Este Jejum faz com que a alma se purifique de
todos os desejos egoístas, adquira atributos espirituais, seja
atraída pelas brisas do Todo-Misericordioso e se inflame
com o fogo do amor divino.
XXVII. Jejuar causa a elevação do grau espiritual
da pessoa.

17
18
3
ORAÇÕES

BAHÁ’U’LLÁH
O JEJUM

DE

PARA

I. Este, ó Meus Deus, é o primeiro dos dias em que
ordenaste a Teus amados observarem o Jejum. Peço-te, por
Ti próprio e por aquele que jejuou por amor a Ti e para
Teu agrado – e não por causa do ego e do desejo, nem
movido por medo à Tua ira – e Te peço, por Teus mais
excelentes nomes e Teus majestosos atributos, que purifiques
Teus servos do amor a tudo que não sejas Tu e que os
aproximes do Nascente onde alvorecem as luzes do Teu
semblante e da Sede do trono de Tua unicidade. Ilumina
seus corações, ó Meu Deus, com a luz do Teu conhecimento
e alegra suas faces com os raios do Sol que brilha do
horizonte de Tua vontade. Potente és para fazer o que Te
apraz. Não há outro Deus senão Tu, o Todo-Glorioso, cujo
amparo é implorado por todos os homens.
Ajuda-os, ó Meu Deus, a Te fazerem vitorioso e a
exaltarem Tua Palavra. Faze, então, que sejam como as mãos
de Tua Causa entre Teus servos, e torna-os reveladores de
Tua religião e de Teus sinais em meio à humanidade, de tal
modo que o mundo inteiro se torne pleno de Tua
lembrança e louvor, e de Tuas provas e evidências. Em
verdade, Tu és o Todo-Generoso, o Mais Excelso, o
Poderoso, o Grande, o Misericordioso.

19
II. Em nome dAquele que foi prometido nos Livros
de Deus, o Conhecedor de tudo, O de tudo informado!
Chegaram os dias do Jejum, durante os quais jejuaram os
servos que circundam Teu trono, aqueles que alcançaram
Tua presença. Dize: Ó Deus dos nomes e criador dos céus
e da terra! Eu te suplico por Teu Nome, o Todo-Glorioso,
que aceites o jejum dos que jejuaram por amor a Ti e para
Teu agrado, e que cumpriram o que Lhes ordenaste em
Teus Livros e Tuas Epístolas. Eu Te imploro, por eles, que
me ajudes a promover Tua Causa e que me faças firme em
Teu amor, para que meus passos não vacilem devido ao
clamor de Tuas criaturas. Verdadeiramente, tens poder
sobre tudo o que desejas. Não há outro Deus senão Tu, o
Vivificador, o Todo-Poderoso, o Mais Generoso, o Ancião
dos Dias.

III. Louvado sejas, ó Senhor meu Deus! Observamos
o Jejum de acordo com Tua vontade e o quebramos agora
por Teu amor e Teu agrado. Digna-Te de aceitar, ó Meus
Deus, as obras que temos realizado em Teu caminho
inteiramente por amor à Tua beleza, com nossas faces
voltadas para Tua Causa, livres de tudo senão de Ti.
Concede, pois, Teu perdão a todos nós e aos nossos
antepassados, e a todos os que acreditaram em Ti e em Teus
poderosos sinais nesta mais sublime, nesta mais gloriosa
Revelação. Potente é para fazer o que desejas.
Verdadeiramente, Tu és o Mais Excelso, o Onipotente, o
Irrestrito.

20
IV. Ó meu Deus e meu Mestre! Tu me vês em meio
àquelas criaturas Tuas que transgrediram e se rebelaram
contra Ti. Sempre que os convido para o oceano de Teu
conhecimento, seu repúdio à Tua Causa aumenta e cresce
sua rejeição ao Nascente de Tua vontade. Suplico-Te, ó meu
Deus, por aqueles que jejuaram por amor a Ti e que
sorveram, das mãos da Tua generosidade, as águas
vivificadoras da submissão, que ordenes para Teus amados
– aqueles que sob o fogo do orbe de Tuas provações
firmaram-se à corda da paciência – todo o bem que
apontaste em Teus Livros e Tuas Epístolas. Decreta, pois,
para os que sofreram adversidades por amor a Ti, a
recompensa dos que foram martirizados na senda de Tua
aprovação. Ainda mais, ó Senhor, faze descer sobre eles o
que lhes alegre os corações, console os olhos e faça suas
almas rejubilarem. Tu és, verdadeiramente, o Mais
Poderoso, o Excelso, O amparo no perigo, o Onissapiente,
a Suma Sabedoria.

V. Louvores a Ti, ó Deus, meu Deus! Estes são os
dias durante os quais ordenaste que Teus eleitos, Teus
amados e Teus servos observassem o Jejum, o qual fizeste
ser uma luz para o povo do Teu reino, assim como fizeste
da oração obrigatória uma escada de ascensão para os que
reconheceram Tua unidade. Eu Te suplico, ó meu Deus,
por estes dois firmes pilares que ordenaste como fonte de
glória e honra para toda a humanidade, que guardes Tua

21
religião a salvo das intrigas dos ímpios e das maquinações
de todo malfeitor. Ó Senhor, não ocultes a luz que revelaste
através de Tua força e Tua onipotência. Ajuda, pois, aqueles
que em Ti crêem verdadeiramente com as hostes do visível
e do invisível através de Teu comando e Tua soberania. Não
há outro Deus a não ser Tu, o Onipotente, o Mais Poderoso.

VI. Enaltecido és Tu, ó Senhor meu Deus! SuplicoTe, por aqueles a quem ordenaste observar o Jejum por
amor a Ti e para Teu agrado, aqueles que demonstraram
lealdade à Tua lei e que seguiram Teus versículos e preceitos,
e que quebraram o jejum em Tua presença e contemplando
Teu semblante. Por Tua glória! Todos os seus dias são dias
de jejum, pois eles estão volvidos para a corte de Teu
beneplácito. Se a boca de Tua vontade lhes dirigisse estas
palavras: “Observai o Jejum, ó povo, por amor à Minha
Beleza, e não coloqueis término à sua duração”, Eu juro,
pela majestade de Tua glória, que cada um deles irá cumprilo fielmente, abster-se-á de tudo o que viole Tua lei, e
continuará a fazê-lo até render a alma a Ti, pois
experimentaram a doçura de Teu chamado e ficaram
inebriados com Tua lembrança e Teu louvor e com as
palavras emanadas dos lábios de Teu decreto.
Eu Te suplico, ó Senhor, por Ti mesmo, o Excelso,
o Altíssimo, e por Tua mais recente Manifestação, através
de Quem o reino dos nomes e o domínio dos atributos
foram abalados, e os habitantes da terra e do céu ficaram
inebriados, e todos os que vivem nos reinos da Revelação e

22
da criação tremeram – exceto os que jejuaram de tudo o
que Teu agrado repugna e abstiveram-se de mirar qualquer
outra coisa além de Ti – que nos incluas entre eles, e
escrevas nossos nomes na Epístola onde registraste seus
nomes. Ó Deus, através das maravilhas de Teu poder e os
sinais de Tua majestade e grandeza, Tu fizeste seus nomes
emanarem do oceano de Teus nomes e, da substância de
Teu amor, criaste sua essência mais íntima e do espírito de
Tua Causa fizeste o íntimo de seus seres. Eles desfrutam de
uma reunião que não é seguida de afastamento, de uma
proximidade que desconhece distanciamento e uma
perpetuidade que jamais finda. Verdadeiramente, estes sãos
servos que sempre Te mencionam, que eternamente giram
ao Teu redor e que circumpercorrem o santuário de Tua
presença e a Caaba da reunião contigo. Tu não decretaste,
ó meu Deus, nenhuma distinção entre eles e Ti, exceto
que quando contemplam as luzes de Tua face eles se volvem
para Ti e se prostram ante Tua beleza, submissos ante Tua
grandeza e desprendidos de tudo exceto de Ti.
Nós jejuamos neste dia, ó meu Senhor, por Tua
determinação e ordem e em conformidade com o que
revelaste em Teu Livro perspícuo. Abstivemos nossas almas
da paixão e de tudo o que abominas até o dia aproximar-se
do fim e chegar a hora de quebrar o Jejum. Portanto, eu
Te imploro, ó Tu que és o Desejo dos corações dos que
amam ardentemente e o Bem-Amado das almas daqueles
dotados de compreensão – ó Êxtase dos corações dos que
por Ti anseiam e Objeto do desejo dos que Te buscam –
que nos faças voar na atmosfera de Tua proximidade e no
céu de Tua presença e que aceites de nossa parte o que

23
realizamos na senda de Teu amor e Teu agrado. Inscreve
nossos nomes, então, entre aqueles que reconheceram Tua
unicidade e confessaram Tua singularidade e se
humilharam ante as evidências de Tua majestade e os sinais
de Tua grandeza – aqueles que buscaram refúgio em Tua
proximidade e abrigo em Ti, que despenderam a vida no
anseio de Te encontrar e atingir a corte de Tua presença, e
que, na ânsia de se aproximarem de Ti, deitaram fora o
mundo por amor a Ti e romperam todos os laços salvo
contigo. Estes são servos cujos corações se dissolvem em
ardoroso desejo por Tua beleza sempre que Teu nome é
mencionado, e cujos olhos transbordam lágrimas em seu
anseio de Te encontrar e de ingressar nos recintos de Tua
corte.
Aqui tens, ó Senhor, minha língua a dar testemunho
de que és uno e inigualável, meus olhos a contemplar a
sede de Tua generosidade e incontáveis bênçãos, e meus
ouvidos prontos para atender a Teus chamados e Teus
pronunciamentos, pois estou certo, ó meu Deus, de haveres
decretado serem inexauríveis as palavras que emanam da
boca de Tua vontade, e a elas os ouvidos que santificaste
para escutar Tuas palavras e versículos prestam constante
atenção. E aqui tens minhas mãos, ó meu Senhor, erguidas
para o céu de Teu favor e terna misericórdia. Poderás, então,
rejeitar este pobre ser que não buscou outro bem-amado a
não ser Tu, nenhum doador além de Ti, nem outro rei senão
Tu, nenhum outro abrigo que não seja sob a sombra de
Tua mercê ou qualquer refúgio que não seja ante Tua porta,
a qual tens aberta para todos os que habitam Teu céu e
Tua terra? Não! Por Tua glória! Sou aquele cuja confiança

24
em Tua terna bondade permanecerá inquebrantável ainda
que me aflijas com tormentos por toda a duração de Teu
domínio. E se alguém me perguntar sobre Ti, cada membro
de meu corpo proclamará: “Ele é amado em Seus atos e
obedecido em Seu decreto, misericordioso em Sua natureza
e compassivo para com Suas criaturas!”
Teu poder me dá testemunho – ó Bem-Amado dos
corações dos que por Ti anseiam – fosses Tu afastar-me de
Tua porta e abandonar-me às espadas dos tiranos entre
Teus servos e ao açoite dos ímpios dentre Tuas criaturas, e
alguém me perguntasse sobre Ti, cada cabelo de meu corpo
ainda declararia: “Ele é, em verdade, o Mais Amado dos
mundos; Ele é o Mais Generoso; Ele é o Sempiterno! Ele
me aproxima quando dEle me afasta; Ele me concede Seu
santuário quando me impede de Sua presença. Jamais
encontrei outro mais generoso do que Ele, através de
Quem me tornei independente de tudo o que não seja Ele
e fui erguido acima de tudo que não Ele próprio.”
Feliz aquele, ó meu Deus, que foi tão enriquecido
por Ti a ponto de se tornar independente dos reinos da
terra e do céu. Rico é quem se firmou à corda de Tua
riqueza, quem é submisso ante Tua face e para quem és
suficiente sobre todas as coisas. Pobre é aquele que Te
dispensou, que se fez arrogante ante Tua face, que se afastou
de Tua presença e desacreditou em Teus sinais. Permiteme, pois, ó meu Deus e meu Bem-Amado, ser contado
entre aqueles que as brisas de Tua vontade movem a seu
bel-prazer, e não entre aqueles que o vento do ego e da
paixão sacode e orienta conforme seu desejo. Não há outro
Deus senão Tu, o Onipotente, o Excelso, o Mais Generoso.

25
Toda glória a Ti, ó meu Deus, por me haveres
generosamente capacitado a jejuar durante este mês que
relacionaste ao Teu Nome, o Excelso, chamando-o ‘Alá
(Sublimidade). Tu ordenaste que Teus servos e Teu povo
jejuassem durante seu curso e assim buscassem aproximarse de Ti. Os dias e meses do ano culminaram com o Jejum,
do mesmo modo que o primeiro mês começou com Teu
Nome, Bahá, para que todos possam testemunhar que Tu
és o Primeiro e o Último, o Manifesto e o Oculto, e possam
assim estar bem seguros de que a glória de todos os nomes
somente é concedida através da glória de Tua Causa, e que
a palavra é exposta por Tua vontade e revelada através de
Teu propósito. Tu ordenaste que este mês seja uma
lembrança e uma honra provinda de Ti, e um sinal de Tua
presença entre eles, para que não esqueçam de Tua
grandeza e majestade, de Tua soberania e glória, e possam
saber com toda firmeza que Tu, desde tempos imemoriais,
sempre foste e sempre serás o Governante sobre a criação
inteira. Nada do que foi criado no céu ou na terra pode Te
impedir de Teu governo, nem pode qualquer um nos reinos
da Revelação e da criação Te impedir de cumprires Teu
propósito.
Eu te imploro, ó Meu Deus, por Teu Nome, que
causou o lamento de todos os povos da terra – exceto
aqueles que protegeste com Tua infalível proteção e
abrigaste à sombra de Tua transcendente mercê – que nos
faças tão firmes em Tua Causa e tão perseverantes em Teu
amor que se Teus servos se levantassem contra Ti e Teu povo
se afastasse de Ti e ninguém restasse na terra que invocasse
Teu nome e volvesse a face para o santuário da comunhão

26
contigo e a Caaba de Tua santidade, eu ainda assim erguerme-ia, desamparado e só, para a vitória de Tua Causa, para
exaltar Tua palavra, para proclamar Tua soberania e
celebrar o louvor a Teu Ser Excelso. E isso, ó meu Deus,
apesar de eu me encher de perplexidade cada vez que tento
Te exaltar através de qualquer nome, pois estou bem
consciente que todos os Teus sublimes atributos e todos os
mais excelentes nomes que associo a Ti e pelos quais em
Tua santa presença eu Te suplico, nada refletem senão a
medida de minha própria compreensão, já que sempre
associei a Ti qualquer nome que eu considerasse louvável.
Imensamente elevada é Tua verdadeira condição
acima da descrição ou do conhecimento de qualquer um
senão Tu, e santificado estás da glorificação de Tuas criaturas
e do louvor de Teus servos em suas tentativas de a Ti
ascenderem. Tudo o que emana de Teus servos é circunscrito
pelas limitações de seus próprios seres e é obra de suas
próprias vãs fantasias e imaginações.
Lástima, lástima, ó meu Bem-Amado, por minha
inabilidade de Te louvar de um modo digno e por minhas
faltas durante Teus dias! Se eu Te louvar, ó Meus Deus,
como Aquele que tudo conhece, imediatamente percebo
que, fosses Tu apontar para uma pedra silente com um
único dedo de Tua vontade, Tua a capacitarias a desdobrar
o conhecimento de todas as eras passadas e futuras; e se eu
Te glorificar como o Todo-Poderoso, descubro que uma
palavra emanada da boca de Teu propósito é suficiente
para convulsionar os céus e a terra.
Tua glória me dá testemunho, ó Bem-Amado de
todos os que Te reconheceram, se algum erudito falhasse

27
em confessar sua ignorância antes as revelações de Teu
conhecimento, ele seria considerado o mais ignorante de
Teu povo; e se qualquer um dotado de poder se recusasse
a admitir sua fraqueza ante as evidências de Teu poder, ele
seria tido como a mais fraca e desatenta de Tuas criaturas.
Uma vez que sei e estou certo disso, como posso, pois, Te
glorificar, ou Te descrever, ou louvar? Portanto, sabendo
de minha fraqueza, apressei-me ao abrigo de Tua força; e
reconhecendo minha pobreza, busquei refúgio à sombra
de Tua riqueza; e sabendo de minha incapacidade, erguime para me colocar ante o tabernáculo de Tua força e Teu
poder. Podes expulsar esta pobre criatura após ter ela
desprezado o auxílio de todos a não ser Tu, ou afastar este
estranho depois de ele apenas ter achado a Ti como seu
bem-amado?
Tu sabes tudo o que vai em mim, ó meu Senhor,
mas eu não sei o que vai em Ti. Tem misericórdia de mim,
pois, através de Tua amorosa providência e inspira-me com
o que possa trazer paz a meu coração durante Teus dias e
tranqüilidade à minha alma através das revelações de Tua
santa presença. Todas as coisas criadas foram iluminadas
com os esplendores das luzes de Teu semblante, ó Senhor,
e os habitantes da terra e do céu brilham
resplandecentemente por conta das manifestações de Tua
incomparável majestade, de tal modo que nada contemplo
sem que em seu imo eu contemple primeiro a revelação de
Ti próprio, uma revelação oculta das vistas daqueles servos
Teus que estão profundamente adormecidos.
Não me prives, é meu Senhor, de Tua graça, que
abarcou todos os reinos da existência, quer visíveis, quer

28
invisíveis. Poderás permanecer distante, ó meu Deus,
depois de haveres convidado toda a humanidade a
regressar e a se aproximar de Ti, e os haveres instado a se
segurarem firmemente à Tua corda? Poderás Tu me
expulsar, ó meu Bem-Amado, apesar de teres prometido,
em Teu Livro incorruptível e em Teus maravilhosos
versículos, reunir dentro do pavilhão de Tua generosa
providência todos aqueles que por Ti anseiam, e à sombra
de Teu generoso favor todos aqueles que Te desejam, e sob
o pálio de Tua misericórdia e amorosa ternura aqueles que
por Ti buscam?
Juro por Teu poder, ó meu Deus, que meus lamentos
contiveram minha Pena e, em verdade, o pranto de meu
coração arrancou as rédeas de minhas mãos! Sempre que
me tranqüilizo e alegro minh’alma com as maravilhas de
Tua misericórdia, com os sinais de Tua amorosa providência
e as evidências de Tua generosidade, tremo diante das
manifestações de Tua justiça e dos sinais de Tua ira. Atesto
que és conhecido por estes dois nomes e és descrito por
estes dois atributos; entretanto, Te é indiferente se és
invocado por Teu nome O que sempre perdoa, ou por Teu
nome o Deus de ira. Por Tua glória! Não fosse por meu
conhecimento de que Tua misericórdia supera todas as
coisas, os membros de meu corpo teriam deixado de existir,
minha realidade haver-se-ia extinguido e meu ser interior
ter-se-ia reduzido ao nada absoluto. Mas quando
contemplo que Tua graça abarca todas as coisas e Tua
misericórdia envolve a criação inteira, minh’alma e o mais
íntimo de meu ser se tornam serenos.
Lástima, lástima, ó meu Deus, pelas coisas que me

29
escaparam durante Teus dias, e, novamente, lástima,
lástima, ó Desejo de meu coração, pelo que deixei
incompleto no serviço e na obediência a Ti durante estes
dias cujos semelhantes jamais foram contemplados pelos
olhos de Teus eleitos e Teus fidedignos. Eu Te suplico, ó
meu Senhor, por Ti mesmo e pelo Manifestante de Tua
Causa, o Qual está assentado no trono de Tua misericórdia,
que me confirmes em Teu serviço e em Teu bel-prazer.
Protege-me, então, dos que se afastaram de Ti e
desacreditaram em Teus versículos, que negaram Tua
verdade, rechaçaram Tuas evidências e violaram Teu
Convênio e testamento.
Todo louvor, ó Senhor meu Deus, Àquele que é a
Manifestação de Tua Essência, o Sol de Tua unidade, a
Mina de Teu conhecimento, a Fonte de Tua Revelação, o
Repositório de Tua inspiração, a Sede de Tua soberania e o
Nascente de Tua Divindade – Aquele que é o Ponto Primaz,
o Semblante Mais Sublime, a Raiz Antiga e o Vivificador
nas nações; e glória àquele que foi o primeiro a acreditar
nEle5 e em Seus versículos, do qual fizeste um trono para a
ascendência de Tua mais sublime Palavra, um ponto focal
para a manifestação de Teus mais excelentes nomes, uma
alvorada da radiância do Sol de Tua providência, um
nascente para o aparecimento de Teus nomes e atributos e
um tesouro das pérolas de Tua sabedoria e de Teus
mandamentos. E toda honra àquele6 que foi o último a vir
até Ele, cuja chegada foi como Sua chegada, e Tua
manifestação nele7 como Tua manifestação nEle8, exceto
pelo fato de que ele era iluminado pelas luzes de Sua face
e se prostrou ante Ele e deu testemunho de sua servitude a

30
Ele; e glória àqueles que foram martirizados em Seu
caminho e que sacrificaram suas vidas por amor à Sua
beleza.
Nós damos testemunho, ó meu Deus, de que estes
são servos que acreditaram em Ti e em Teus sinais, que
buscaram o santuário de Tua presença e se volveram para
Tua face, que voltaram os rostos para a corte de Tua
proximidade e caminharam na trilha de Teu agrado, que
Te adoraram segundo Teu desejo e se desprenderam de
tudo menos de Ti. Ó Senhor, concede a seus espíritos e
seus corpos, em todos os tempos, uma medida das
maravilhas de Tua misericórdia toda envolvente. Tu és,
verdadeiramente, poderoso para agir como te apraz. Não
há outro Deus senão Tu, o Onipotente, o Todo-Glorioso,
cujo amparo todos os homens imploram.
Eu Te suplico, ó Senhor, por Ele e por eles, e por
Aquele a Quem estabeleceste sobre o trono de Tua Fé e
fizeste sobrepujar todos os habitantes da terra e do céu,
que nos purifiques de nossas transgressões, que ordenes para
nós um assento de verdade em Tua presença e nos faças
associar com aqueles aos quais as adversidades do mundo e
seus infortúnios não impediram de se volverem a Ti. Tu és,
em verdade, o Todo-Poderoso, o Mais Sublime, o Protetor,
O que sempre perdoa, o Misericordioso.

31
NOTAS
1

2

3

Tradição atribuída ao Imame ‘Alí
Orações Bahá’ís p.127 (Edição 1983)
Ibid.

Adjetivo bastante específico, inclusive de cunho teológico,
que designa aquilo que está além do necessário ou
obrigatório. NT
4

5

Mullá Husayn

6

Quddús

7

Idem

8

o Báb

32
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Importância da oração obrigatória e do jejum, a

  • 1.
  • 2.
  • 3. A IMPORTÂNCIA DA O RAÇÃO O BRIGATÓRIA E DO J EJUM
  • 4.
  • 5. A IMPORTÂNCIA DA O RAÇÃO O BRIGATÓRIA E DO J EJUM Seleção de Excertos e Orações das Escrituras Bahá’ís Compilada pelo Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça CENTRO MUNDIAL BAHÁ’Í
  • 6. Título original em inglês: The Importance of Obligatory Prayer and Fasting © 2000 Todos os direitos reservados: Editora Bahá’í do Brasil C.P. 198 13800-970 - Mogi Mirim - SP www.bahai.org.br/editora 1ª. EDIÇÃO: 2002 (Conselho Bahá’í de Sâo Paulo) 2ª. EDIÇÃO: 2003 (ampliada) Tradução: Luís Henrique Beust Revisão: Iradj Roberto Eghrari Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo Impressão: R. Vieira Gráfica e Editora Ltda Campinas
  • 7. A Casa Universal de Justiça, ao rever a aplicabilidade adicional das leis de Bahá’u’lláh no decorrer dos últimos quatro anos, determinou ser imperativo para todos os bahá’ís “aprofundarem sua consciência das bênçãos concedidas pelas leis que diretamente promovem a vida devocional do indivíduo e, dessa maneira, da comunidade”. Entre estas leis estão a oração obrigatória e o jejum, os quais foram descritos pela Abençoada Beleza como “duas asas para a vida do homem”. Esta nova seleção de traduções recentemente autorizadas foi extraída vasto oceano dos Escritos originais de Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá. Seu propósito é ampliar ainda mais a percepção dos crentes quanto à importante significação dessas duas grandes leis. Maio de 2000
  • 8.
  • 9. CONTEÚDO 1 Dos Escritos de Bahá’u’lláh 1 2 Dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá 9 3 Orações de Bahá’u’lláh para o Jejum 19 Notas 32
  • 10.
  • 11. 1 DOS ESCRITOS DE BAHÁ’U’LLÁH I. Nós, verdadeiramente, expusemos todas as coisas em Nosso Livro, como um sinal de graça àqueles que acreditaram em Deus, o Onipotente, o Protetor, O que subsiste por Si próprio. E ordenamos a oração obrigatória e o jejum para que através deles todos possam aproximarse de Deus, o Mais Poderoso, o Bem-Amado. Assentamos por escrito estas duas leis e explanamos todo decreto irrevogável. Proibimos aos homens seguir tudo aquilo que possa desviá-los da Verdade, e lhes ordenamos o que os aproximará dAquele que é o Onipotente, o Todo-Benévolo. Dize: Observai os mandamentos de Deus por amor à Sua beleza, e não sejais dos que seguem os caminhos dos tolos e desprezíveis. II. Todo louvor a Deus, Que revelou a lei da oração obrigatória a fim de manter seus servos atentos, e ordenoulhes o Jejum para que os abastados apreendam as dores e sofrimentos dos destituídos. III. Aquele que não realiza boas obras nem atos de adoração é como uma árvore infrutífera. É como uma ação que não deixa um traço sequer. Quem experimentar o santo êxtase da adoração jamais trocará tal ato – ou qualquer 1
  • 12. louvor de Deus – por tudo o que no mundo existe. O jejum e a oração obrigatória são como duas asas para a vida do homem. Bem-aventurado quem por meio delas se eleva ao paraíso do amor de Deus, o Senhor de todos os mundos. IV. Firma-te firme na oração obrigatória e no jejum. Verdadeiramente, a religião de Deus é como o céu; o jejum é o seu sol e a oração obrigatória, a sua lua. Em verdade, eles são os pilares da religião, através dos quais os retos se distinguem daqueles que transgridem Seus mandamentos. Suplicamos a Deus, exaltado e glorificado seja Ele, que generosamente capacite a todos a observarem aquilo por Ele revelado em Seu Livro Antigo. V. Sabe tu que a religião é como o céu; e o jejum e a oração obrigatória são seu sol e sua lua. Suplicamos a Deus, enaltecido e glorificado seja, que bondosamente ampare cada um que age segundo Sua vontade e Seu belprazer. VI. Não sejas negligente com a oração obrigatória e o jejum. Aquele que os não observa jamais foi e jamais será aceitável aos olhos de Deus. Segue tu a sabedoria sob todas as condições. Ele, verdadeiramente, ordenou que todos seguissem o que lhes tem sido e será benéfico. Ele, em verdade, é o Todo-Suficiente, o mais Elevado. VII. Quanto à oração obrigatória: a Pena do Altíssimo a fez descer de uma maneira tal que inflama os corações e cativa as almas e mentes dos homens. 2
  • 13. VIII. No tocante à oração obrigatória: ela foi revelada de tal modo que quem a recitar com coração desprendido, mesmo que apenas uma vez, encontrar-se-á inteiramente apartado do mundo. IX. Ó Meu irmão! Quão grande, quão magnífica pode ser a lei da oração obrigatória quando se é capacitado a observá-la através de Sua misericórdia e amorosa bondade. Quando um homem se põe a recitar a Oração Obrigatória, ele dever-se-ia achar independente de todas as coisas criadas e considerar a si mesmo como simplesmente nada ante a vontade e o propósito de Deus, de tal modo que nada mais contemple no mundo dos seres, a não ser Ele. Esta é a condição dos favorecidos por Deus e dos que Lhe são inteiramente devotados. Quem realizar a oração obrigatória deste modo será contado por Deus e pela Assembléia no alto como um daqueles que verdadeiramente ofertaram a oração. X. Um dos atos em obediência à lei é a oração obrigatória. Aquele que é Portador dos mistérios divinos referiu-se a ela como a escada para a ascensão. Diz Ele: “A oração obrigatória é uma escada de ascensão para o crente”.1 Em seu seio se encobertam e ocultam miríades de efeitos e benefícios. De fato, são incalculáveis. Quão grande seria a indolência e a injustiça de um homem para consigo mesmo fosse ele abandonar esta escada de ascensão e se prender aos tesouros da terra. É nossa esperança que sejamos capacitados a realizar atos puros e aceitáveis. Imploramos a Deus, louvado e glorificado seja, que nos confirme no 3
  • 14. que for Seu desejo e agrado e naquilo que nos aproxime dEle. Verdadeiramente, Ele é o Todo-Poderoso, o Onipotente, Aquele que se compraz em atender às preces de todos os homens. XI. Dentre as novas Orações Obrigatórias que foram posteriormente reveladas, a Oração Obrigatória longa deveria ser dita naqueles momentos em que a pessoa se encontra inclinada à oração. Em verdade, de tal modo foi ela revelada que se fosse recitada a uma pedra, a pedra agitar-se-ia e por-se-ia a falar; e se fosse recitada a uma montanha, a montanha haveria de se mover e deslizar. Feliz aquele que a recita e cumpre os preceitos de Deus. É suficiente ler qualquer uma das orações. XII. Suplicamos a Deus que ajude Seu povo, para possam observar o supremo e excelso Jejum, o qual visa proteger os olhos de contemplarem tudo o que é proibido e apartar o homem de alimento, bebida e tudo o que não provenha dEle. Oramos a Deus para que confirme seus amados, de modo que tenham êxito no cumprimento daquilo que lhes foi ordenado neste Dia. XIII. Louvores Àquele que revelou leis segundo Seu bel-prazer. Verdadeiramente, soberano é Ele sobre tudo o que deseja. Ó Meus amigos! Agi em conformidade àquilo que vos foi ordenado no Livro. Decretou-se-vos jejuar durante o mês de ‘Alá. Jejuai por amor ao vosso Senhor, o Poderoso, o Altíssimo. Abstende-vos do nascer ao pôr do sol. Assim vos instrui o Bem-Amado da humanidade, 4
  • 15. conforme determinado por Deus, o Todo-Poderoso, o Irrestrito. Ninguém deve exceder os limites impostos por Deus e por Sua lei, nem seguir suas próprias imaginações vãs. Feliz aquele que cumpre Meus decretos por amor à Minha Beleza, e ai de quem é negligente para com a Alvorada do Comando nos dias de seu Senhor, o Todo-Poderoso, o Onipotente. XIV. Esta é uma das noites do Jejum e no seu decurso a Língua da Grandeza proclamou: Não há outro Deus senão Eu, o Protetor Onipotente, O que subsiste por Si próprio. Nós, verdadeiramente, como um favor de Nossa parte, ordenamos a todos observarem o Jejum nestes dias. Entretanto, o povo segue inconsciente, exceto os que lograram atingir o propósito de Deus assim como foi revelado em Suas leis, aqueles que compreenderam Sua sabedoria, que permeia todas as coisas visíveis e invisíveis. Dize: Por Deus! Sua Lei é uma fortaleza para vós, pudésseis apenas compreender. Verdadeiramente, Ele não tem nisso outro propósito que não seja beneficiar as almas de Seus servos. Porém – que lástima! – a maioria da humanidade permanece indiferente. Firmai-vos à corda das Leis de Deus, e não segui os que se afastaram do Livro, pois eles, verdadeiramente, opuseram-se a Deus, o Poderoso, o Amado. XV. Estes sãos os dias do Jejum. Bem-aventurado quem aumenta seu amor através do calor gerado pelo Jejum, e que, com alegria e radiância, ergue-se para realizar obras dignas. Verdadeiramente, Ele guia ao caminho reto quem quer que Ele queira. 5
  • 16. XVI. Apesar de o Jejum ser exteriormente difícil e trabalhoso, entretanto, interiormente ele é graça e tranqüilidade. A purificação e a capacitação estão sob condição e dependência apenas daquelas práticas rigorosas que estejam em conformidade com o Livro de Deus e tenham sido sancionadas pela Lei divina, e não daquelas que os insanos infligiram ao povo. A alma ama tudo aquilo que Deus revela. Nós Lhe suplicamos que generosamente nos ajude a realizar o que Ele deseja e aceita. XVII. Verdadeiramente, digo: jejuar é o remédio supremo e o mais poderoso tratamento para a enfermidade do ego e da paixão. XVIII. Todo louvor ao Deus uno e verdadeiro, Aquele que ajudou Seus amados a observarem o Jejum e os amparou para cumprirem o que foi decretado no Livro.Em verdade, incessante louvor e gratidão Lhe são devidos por ter Ele generosamente confirmado Seus amados na realização daquilo que é a causa de exaltação de Sua Palavra. Se um homem possuísse dez mil vidas e as oferecesse todas para estabelecer a verdade das leis e mandamentos de Deus, ainda assim Lhe seria devedor, pois tudo o que provêm de Seu irresistível decreto serve tão somente para beneficiar Seus amigos e Seus bem-amados. XIX. Há vários estágios e condições no Jejum, e incalculáveis efeitos e benefícios jazem nele ocultos. Felizes os que os atingiram. 6
  • 17. XX. Em casos evidentes de fraqueza, doença ou ferimento, a lei do Jejum não é aplicável. Esta injunção está em conformidade com os preceitos de Deus, eterno no passado, eterno no futuro. Felizes os que agem de acordo. XXI. A lei do Jejum é ordenada para aqueles que estão fortes e saudáveis. Quanto aos enfermos e debilitados, a lei nunca lhes foi aplicável, nem o é agora. 7
  • 18. 8
  • 19. 2 DOS ESCRITOS DE ‘ABDU’L-BAHÁ I. A oração obrigatória e o jejum estão entre as maiores ordenanças desta sagrada Dispensação. II. No reino da adoração, o jejum e a oração obrigatória constituem os dois mais firmes pilares da sagrada Lei de Deus. De modo algum é permitido negligenciá-los, e certamente não é aceitável falhar em seu cumprimento. Na Epístola da Visitação Ele diz: “Suplico a Deus por Ti e por aqueles cujas faces foram iluminadas pelos esplendores da luz do Teu semblante – aqueles que obser varam, por amor a Ti, tudo o que lhes fora mandado”. 2 Ele declara que o cumprimento das ordenanças de Deus advém do amor pela beleza do MaisAmado. O buscador, quando imerso no oceano do amor de Deus, será movido por intenso anelo e erguer-se-á para cumprir as leis de Deus. Destarte, é impossível que um coração no qual se encontra a fragrância do amor de Deus possa, no entanto, deixar de adorá-Lo, exceto em circunstâncias quando tal ato causaria a agitação dos inimigos e despertaria dissensão e intriga. Não sendo assim, um amante da Beleza de Abhá seguramente demonstrará incessante perseverança na adoração do Senhor. 9
  • 20. III. As leis de Deus relativas ao jejum e à oração obrigatória se impõem a Seus servos de maneira absoluta. Portanto, eles devem volver as faces ao Ponto de Adoração da Assembléia celestial, firmar-se à Condição mais sublime e orar e suplicar para serem libertos das dúvidas das interpretações equivocadas. É este o modo de ‘Abdu’l-Bahá. É esta a religião de ‘Abdu’l-Bahá. É esta a senda de ‘Abdu’lBahá. Que escolham este caminho reto os que nutrem o amor de Bahá. Quem abandona esta trilha conta-se entre aqueles apartados dEle como que por um véu. Se observares uma alma que nutre dúvidas sobre este mandamento, ou que o mal-interpreta, mas que não possui motivos secretos ou antagonismo em seus atos, oferece-lhe tua amizade e, com a maior cordialidade e as palavras mais gentis, esforça-te por desviá-la de tal interpretação, reconduzindo-a ao pleno significado dos versículos de Deus. IV. As leis de Deus, tais como o jejum e a oração obrigatória, bem como Seus conselhos com relação às virtudes, boas obras e conduta adequada, precisam ser praticados em todas as partes na medida do possível, a menos que algum obstáculo intransponível ou algum grande perigo se apresente, ou se for contra os ditames da sabedoria. Pois a indolência e a lassidão estancam as emanações de amor das nuvens da misericórdia divina e, assim, as pessoas permanecerão destituídas. V. Ó vós, amados de Deus! Em agradecimento pela firmeza no Convênio eterno, erguei-vos para servir o limiar 10
  • 21. do Senhor onipotente, observai a oração obrigatória e o jejum e ocupai-vos com a difusão dos doces aromas de Deus e a disseminação dos versículos divinos. Rompei os véus! Removei os obstáculos! Ofertai as águas vivificadoras! Indicai o caminho da salvação! É isto que ‘Abdu’l-Bahá vos admoesta toda manhã e noite. VI. Ó tu, filha do Reino! As orações obrigatórias são indispensáveis, pois conduzem à humildade e à submissão e fazem com que se volva a face a Deus e se Lhe expresse devoção. Através desta oração o homem comunga com Deus, busca aproximar-se dEle, conversa com o verdadeiro Bem-Amado de seu coração e atinge graus espirituais. VII. Ó tu, amigo espiritual! Perguntaste qual a sabedoria da oração obrigatória. Sabe tu que esta oração é mandatória e indispensável. Sob nenhum pretexto está o homem dispensado de sua prática, a menos que seja incapaz de cumpri-la, ou que algum grande obstáculo o impeça. A sabedoria da oração obrigatória é esta: ela conecta o servo ao Ser Verdadeiro, porque naquele momento o homem volve a face para o Onipotente com todo seu coração e alma, buscando a associação com Ele e desejando Seu amor e Sua companhia. Para aquele que ama, não existe nenhum prazer maior do que conversar com quem é o objeto de seu amor; e para aquele que busca, não há bênção maior do que a intimidade com o alvo de seu desejo. O maior anseio de toda alma atraída ao Reino de Deus é achar tempo para volver-se com interira devoção para seu Bem- 11
  • 22. Amado, a fim de buscar Sua generosidade e Sua bênção, e imergir-se no oceano da comunhão, do rogo e da súplica. Ademais, a oração obrigatória e o jejum tornam o homem atento e desperto, e o protegem e preservam das provações. VIII. Fortalece tu os alicerces da Fé do Deus Onipotente e ocupa-te em adorá-Lo. Sê constante na prática da oração obrigatória e não descuides o jejum. Dedica-te dia e noite à oração, ao rogo e à súplica, especialmente nas horas prescritas. IX. As orações obrigatórias foram enviadas pela Pena do Altíssimo e são mencionadas no “Perguntas e Respostas” persa, que suplementa o Kitáb-i-Adqas. Elas são evidentemente indispensáveis e sem dúvida todos têm de fazer uma dessas três orações... Através da adoração o homem se torna espiritual, seu coração é atraído e sua alma e seu ser interior alcançam tal ternura e contentamento que a Oração Obrigatória infunde-lhe nova vida. É por esta razão que na Epístola da Visitação foi revelado: “Suplico a Deus por Ti e por aqueles cujas faces foram iluminadas pelos esplendores da luz do Teu semblante – aqueles que observaram, por amor a Ti, tudo o que lhes fora mandado”.3 É evidente, pois, que o amor pela beleza do Todo-Misericordioso nos impele a adorar o Deus Onipotente. X. Ó tu, servo de Deus! Todo amanhecer a infinita graça de Deus confirma as invocações de ‘Abdu’l-Bahá, feitas com ardor e em lágrimas. Da mesma forma, que cada 12
  • 23. alma vigilante alcance, na medida de sua capacidade, uma porção desta graça espiritual. Isso pode ser alcançado ao se oferecer a Deus ardorosas orações e súplicas a cada alvorada e através da observância à lei da oração obrigatória. Desta maneira cada um poderá deliciar-se com os doces aromas que sopram do jardim da graça divina, alcançará nova vida para sua alma e sua realidade espelhará os fulgores do Todo-Misericordioso. XI. A oração obrigatória faz com que o coração fique atento ao reino divino. Está-se a sós com Deus, conversando com Ele e alcançando bênçãos. Da mesma forma, se alguém realiza a Oração Obrigatória com o coração num estado de máxima pureza, esta pessoa obterá as confirmações do Espírito Santo, e isto eliminará completamente o amor ao ego. Espero que perseveres na recitação da Oração Obrigatória e assim venhas a testemunhar o poder do rogo e da súplica. XII. Escreveste a respeito da oração obrigatória. Esta oração é indispensável e mandatória para todos. Com toda certeza deves guiar a todos para sua prática, porque ela é como uma escada para as almas, uma lâmpada para o coração dos retos e a água da vida que flui do jardim do paraíso. Trata-se de um claro dever prescrito pelo TodoMisericordioso, no qual não se aceita o adiamento ou a negligência. XIII. A oração obrigatória e a súplica fazem com que o homem alcance o reino dos mistérios, e a adoração 13
  • 24. ao Ser Supremo. Elas conferem proximidade ao Seu limiar. Na prática da oração existe um prazer que transcende todos os demais prazeres, e na recitação e entoação dos versículos de Deus há uma doçura que é o desejo supremo de todos os crentes, sejam homens ou mulheres. Durante a recitação da Oração Obrigatória conversamos intimamente com o verdadeiro Bem-Amado, e com Ele compartilhamos segredos. Não há prazer maior do que este, se agirmos com a alma desprendida, vertendo lágrimas, com o coração cheio de confiança e pleno de anseio o espírito. Toda alegria é terrena, exceto esta, cuja doçura é divina. XIV. A oração obrigatória é o próprio alicerce da Causa de Deus. Através dela a alegria e a vitalidade preenchem o coração. Ainda que todos os sofrimentos Me cerquem, no momento em que me ponho a conversar com Deus através da oração obrigatória, todas as Minhas tristezas desaparecem e Eu alcanço o júbilo e o regozijo. Desce sobre Mim um estado que não consigo nem descrever nem expressar. Sempre que, plenos de consciência e humildade, nos dedicarmos a realizar a Oração Obrigatória ante Deus, e a recitarmos com ternura sincera, haveremos de experimentar uma doçura tamanha que é capaz de conferir vida eterna a toda a existência. XV. Pratica a Oração Obrigatória que te está disponível para que o portal da generosidade se possa abrir e a máxima espiritualidade possa ser alcançada; grandes sinais serão testemunhados e a ascensão espiritual haverá de ocorrer. 14
  • 25. XVI. Persevera no uso da Oração Obrigatória e das súplicas no começo da manhã, para que dia a dia te tornes mais vigilante e, através do poder do conhecimento de Deus, possas romper o véu do erro do povo da dúvida, e conduzi-los à Sua guia infalível. Em toda congregação, como uma vela, deves emanar a luz do conhecimento divino. XVII. Recita a Oração Obrigatória e as súplicas tanto quanto fores capaz, para que dia a dia possas crescer em firmeza e constância e desfrutar de maior júbilo e regozijo. Assim o círculo do conhecimento divino ampliarse-á e o fogo do amor de Deus queimará mais ardentemente dentro de ti. XVIII. As orações obrigatórias e as súplicas são a própria água da vida. São a causa da existência, do refinamento das almas e da obtenção do maior júbilo. Deves ter o maior cuidado com relação a isso, e encorajar os outros a recitar as orações obrigatórias e as súplicas. XIX. Ó tu, servo do Senhor Verdadeiro! A oração obrigatória e as demais súplicas são requisitos essenciais da servitude Àquele que é Todo-Suficiente... Quando as Orações Obrigatórias e as demais preces se unem e seguem umas às outras, a adoração alcança a perfeição. Vê-se que elas são companheiras espirituais e como uma alma em dois corpos. Que Deus vos ajude a todos para crescer em amor e camaradagem. 15
  • 26. XX. Ao dizer a oração obrigatória, a pessoa deve volver-se para a Santa Realidade de Bahá’u’lláh, aquela Realidade que a tudo abarca. XXI. Quanto à Oração Obrigatória, ela possui um Qiblih fixo, específico, santo e abençoado. Peço a Deus que abra ao teu coração o portal do conhecimento desta posição, para que possas apreender tudo o que é necessário e adequado, acumular bênçãos espirituais do céu do TodoMisericordioso, obter os esplendores do conhecimento do Sol da Realidade e tornar-te uma manifestação da inspiração do Invisível e uma fonte das boas-novas do TodoMisericordioso. XXII. Com relação à Oração Obrigatória, ela deve ser dita individualmente, porém não requer um lugar privado. XXIII. Ó servo do sagrado limiar! Perguntaste a respeito daquelas orações que excedem ao que foi prescrito, aquelas que são recomendadas, invocações e preces honradas pela tradição. Nesta Dispensação, aquilo que foi expressamente prescrito é obrigatório. Mas atos de adoração pessoal, invocações, preces supererrogatórias4 e orações especialmente recomendadas não são mandatórias. Entretanto, a recitação individual de qualquer prece em seqüência às Orações Obrigatórias é aceitável e bem-vinda, mas não há nenhuma em particular que tenha sido destinada a este fim. 16
  • 27. XXIV. Prescrições obrigatórias e decretos mandatórios são os que emanaram da Pena Suprema, ou aqueles determinados por uma decisão da Casa Universal de Justiça. Pois nós somos os comandados, não os comandantes. Somos aqueles aos quais se impõem deveres, não aqueles que os impõem. Esta é a realidade da lei de Deus e o alicerce da religião de Deus. Quanto às preces e invocações, quem desejar poderá, depois das orações obrigatórias, recitar outras súplicas da Abençoada Perfeição. XXV. Escreveste a respeito do Jejum. Este é um assunto da maior importância e deverias esforçar-te ao máximo para cumpri-lo. É uma parte essencial da lei divina e um dos pilares da religião de Deus. XXVI. Feliz és tu, pois seguiste a Lei de Deus e te ergueste para obser var o Jejum durante estes dias abençoados, já que este jejum físico é um símbolo do jejum espiritual. Este Jejum faz com que a alma se purifique de todos os desejos egoístas, adquira atributos espirituais, seja atraída pelas brisas do Todo-Misericordioso e se inflame com o fogo do amor divino. XXVII. Jejuar causa a elevação do grau espiritual da pessoa. 17
  • 28. 18
  • 29. 3 ORAÇÕES BAHÁ’U’LLÁH O JEJUM DE PARA I. Este, ó Meus Deus, é o primeiro dos dias em que ordenaste a Teus amados observarem o Jejum. Peço-te, por Ti próprio e por aquele que jejuou por amor a Ti e para Teu agrado – e não por causa do ego e do desejo, nem movido por medo à Tua ira – e Te peço, por Teus mais excelentes nomes e Teus majestosos atributos, que purifiques Teus servos do amor a tudo que não sejas Tu e que os aproximes do Nascente onde alvorecem as luzes do Teu semblante e da Sede do trono de Tua unicidade. Ilumina seus corações, ó Meu Deus, com a luz do Teu conhecimento e alegra suas faces com os raios do Sol que brilha do horizonte de Tua vontade. Potente és para fazer o que Te apraz. Não há outro Deus senão Tu, o Todo-Glorioso, cujo amparo é implorado por todos os homens. Ajuda-os, ó Meu Deus, a Te fazerem vitorioso e a exaltarem Tua Palavra. Faze, então, que sejam como as mãos de Tua Causa entre Teus servos, e torna-os reveladores de Tua religião e de Teus sinais em meio à humanidade, de tal modo que o mundo inteiro se torne pleno de Tua lembrança e louvor, e de Tuas provas e evidências. Em verdade, Tu és o Todo-Generoso, o Mais Excelso, o Poderoso, o Grande, o Misericordioso. 19
  • 30. II. Em nome dAquele que foi prometido nos Livros de Deus, o Conhecedor de tudo, O de tudo informado! Chegaram os dias do Jejum, durante os quais jejuaram os servos que circundam Teu trono, aqueles que alcançaram Tua presença. Dize: Ó Deus dos nomes e criador dos céus e da terra! Eu te suplico por Teu Nome, o Todo-Glorioso, que aceites o jejum dos que jejuaram por amor a Ti e para Teu agrado, e que cumpriram o que Lhes ordenaste em Teus Livros e Tuas Epístolas. Eu Te imploro, por eles, que me ajudes a promover Tua Causa e que me faças firme em Teu amor, para que meus passos não vacilem devido ao clamor de Tuas criaturas. Verdadeiramente, tens poder sobre tudo o que desejas. Não há outro Deus senão Tu, o Vivificador, o Todo-Poderoso, o Mais Generoso, o Ancião dos Dias. III. Louvado sejas, ó Senhor meu Deus! Observamos o Jejum de acordo com Tua vontade e o quebramos agora por Teu amor e Teu agrado. Digna-Te de aceitar, ó Meus Deus, as obras que temos realizado em Teu caminho inteiramente por amor à Tua beleza, com nossas faces voltadas para Tua Causa, livres de tudo senão de Ti. Concede, pois, Teu perdão a todos nós e aos nossos antepassados, e a todos os que acreditaram em Ti e em Teus poderosos sinais nesta mais sublime, nesta mais gloriosa Revelação. Potente é para fazer o que desejas. Verdadeiramente, Tu és o Mais Excelso, o Onipotente, o Irrestrito. 20
  • 31. IV. Ó meu Deus e meu Mestre! Tu me vês em meio àquelas criaturas Tuas que transgrediram e se rebelaram contra Ti. Sempre que os convido para o oceano de Teu conhecimento, seu repúdio à Tua Causa aumenta e cresce sua rejeição ao Nascente de Tua vontade. Suplico-Te, ó meu Deus, por aqueles que jejuaram por amor a Ti e que sorveram, das mãos da Tua generosidade, as águas vivificadoras da submissão, que ordenes para Teus amados – aqueles que sob o fogo do orbe de Tuas provações firmaram-se à corda da paciência – todo o bem que apontaste em Teus Livros e Tuas Epístolas. Decreta, pois, para os que sofreram adversidades por amor a Ti, a recompensa dos que foram martirizados na senda de Tua aprovação. Ainda mais, ó Senhor, faze descer sobre eles o que lhes alegre os corações, console os olhos e faça suas almas rejubilarem. Tu és, verdadeiramente, o Mais Poderoso, o Excelso, O amparo no perigo, o Onissapiente, a Suma Sabedoria. V. Louvores a Ti, ó Deus, meu Deus! Estes são os dias durante os quais ordenaste que Teus eleitos, Teus amados e Teus servos observassem o Jejum, o qual fizeste ser uma luz para o povo do Teu reino, assim como fizeste da oração obrigatória uma escada de ascensão para os que reconheceram Tua unidade. Eu Te suplico, ó meu Deus, por estes dois firmes pilares que ordenaste como fonte de glória e honra para toda a humanidade, que guardes Tua 21
  • 32. religião a salvo das intrigas dos ímpios e das maquinações de todo malfeitor. Ó Senhor, não ocultes a luz que revelaste através de Tua força e Tua onipotência. Ajuda, pois, aqueles que em Ti crêem verdadeiramente com as hostes do visível e do invisível através de Teu comando e Tua soberania. Não há outro Deus a não ser Tu, o Onipotente, o Mais Poderoso. VI. Enaltecido és Tu, ó Senhor meu Deus! SuplicoTe, por aqueles a quem ordenaste observar o Jejum por amor a Ti e para Teu agrado, aqueles que demonstraram lealdade à Tua lei e que seguiram Teus versículos e preceitos, e que quebraram o jejum em Tua presença e contemplando Teu semblante. Por Tua glória! Todos os seus dias são dias de jejum, pois eles estão volvidos para a corte de Teu beneplácito. Se a boca de Tua vontade lhes dirigisse estas palavras: “Observai o Jejum, ó povo, por amor à Minha Beleza, e não coloqueis término à sua duração”, Eu juro, pela majestade de Tua glória, que cada um deles irá cumprilo fielmente, abster-se-á de tudo o que viole Tua lei, e continuará a fazê-lo até render a alma a Ti, pois experimentaram a doçura de Teu chamado e ficaram inebriados com Tua lembrança e Teu louvor e com as palavras emanadas dos lábios de Teu decreto. Eu Te suplico, ó Senhor, por Ti mesmo, o Excelso, o Altíssimo, e por Tua mais recente Manifestação, através de Quem o reino dos nomes e o domínio dos atributos foram abalados, e os habitantes da terra e do céu ficaram inebriados, e todos os que vivem nos reinos da Revelação e 22
  • 33. da criação tremeram – exceto os que jejuaram de tudo o que Teu agrado repugna e abstiveram-se de mirar qualquer outra coisa além de Ti – que nos incluas entre eles, e escrevas nossos nomes na Epístola onde registraste seus nomes. Ó Deus, através das maravilhas de Teu poder e os sinais de Tua majestade e grandeza, Tu fizeste seus nomes emanarem do oceano de Teus nomes e, da substância de Teu amor, criaste sua essência mais íntima e do espírito de Tua Causa fizeste o íntimo de seus seres. Eles desfrutam de uma reunião que não é seguida de afastamento, de uma proximidade que desconhece distanciamento e uma perpetuidade que jamais finda. Verdadeiramente, estes sãos servos que sempre Te mencionam, que eternamente giram ao Teu redor e que circumpercorrem o santuário de Tua presença e a Caaba da reunião contigo. Tu não decretaste, ó meu Deus, nenhuma distinção entre eles e Ti, exceto que quando contemplam as luzes de Tua face eles se volvem para Ti e se prostram ante Tua beleza, submissos ante Tua grandeza e desprendidos de tudo exceto de Ti. Nós jejuamos neste dia, ó meu Senhor, por Tua determinação e ordem e em conformidade com o que revelaste em Teu Livro perspícuo. Abstivemos nossas almas da paixão e de tudo o que abominas até o dia aproximar-se do fim e chegar a hora de quebrar o Jejum. Portanto, eu Te imploro, ó Tu que és o Desejo dos corações dos que amam ardentemente e o Bem-Amado das almas daqueles dotados de compreensão – ó Êxtase dos corações dos que por Ti anseiam e Objeto do desejo dos que Te buscam – que nos faças voar na atmosfera de Tua proximidade e no céu de Tua presença e que aceites de nossa parte o que 23
  • 34. realizamos na senda de Teu amor e Teu agrado. Inscreve nossos nomes, então, entre aqueles que reconheceram Tua unicidade e confessaram Tua singularidade e se humilharam ante as evidências de Tua majestade e os sinais de Tua grandeza – aqueles que buscaram refúgio em Tua proximidade e abrigo em Ti, que despenderam a vida no anseio de Te encontrar e atingir a corte de Tua presença, e que, na ânsia de se aproximarem de Ti, deitaram fora o mundo por amor a Ti e romperam todos os laços salvo contigo. Estes são servos cujos corações se dissolvem em ardoroso desejo por Tua beleza sempre que Teu nome é mencionado, e cujos olhos transbordam lágrimas em seu anseio de Te encontrar e de ingressar nos recintos de Tua corte. Aqui tens, ó Senhor, minha língua a dar testemunho de que és uno e inigualável, meus olhos a contemplar a sede de Tua generosidade e incontáveis bênçãos, e meus ouvidos prontos para atender a Teus chamados e Teus pronunciamentos, pois estou certo, ó meu Deus, de haveres decretado serem inexauríveis as palavras que emanam da boca de Tua vontade, e a elas os ouvidos que santificaste para escutar Tuas palavras e versículos prestam constante atenção. E aqui tens minhas mãos, ó meu Senhor, erguidas para o céu de Teu favor e terna misericórdia. Poderás, então, rejeitar este pobre ser que não buscou outro bem-amado a não ser Tu, nenhum doador além de Ti, nem outro rei senão Tu, nenhum outro abrigo que não seja sob a sombra de Tua mercê ou qualquer refúgio que não seja ante Tua porta, a qual tens aberta para todos os que habitam Teu céu e Tua terra? Não! Por Tua glória! Sou aquele cuja confiança 24
  • 35. em Tua terna bondade permanecerá inquebrantável ainda que me aflijas com tormentos por toda a duração de Teu domínio. E se alguém me perguntar sobre Ti, cada membro de meu corpo proclamará: “Ele é amado em Seus atos e obedecido em Seu decreto, misericordioso em Sua natureza e compassivo para com Suas criaturas!” Teu poder me dá testemunho – ó Bem-Amado dos corações dos que por Ti anseiam – fosses Tu afastar-me de Tua porta e abandonar-me às espadas dos tiranos entre Teus servos e ao açoite dos ímpios dentre Tuas criaturas, e alguém me perguntasse sobre Ti, cada cabelo de meu corpo ainda declararia: “Ele é, em verdade, o Mais Amado dos mundos; Ele é o Mais Generoso; Ele é o Sempiterno! Ele me aproxima quando dEle me afasta; Ele me concede Seu santuário quando me impede de Sua presença. Jamais encontrei outro mais generoso do que Ele, através de Quem me tornei independente de tudo o que não seja Ele e fui erguido acima de tudo que não Ele próprio.” Feliz aquele, ó meu Deus, que foi tão enriquecido por Ti a ponto de se tornar independente dos reinos da terra e do céu. Rico é quem se firmou à corda de Tua riqueza, quem é submisso ante Tua face e para quem és suficiente sobre todas as coisas. Pobre é aquele que Te dispensou, que se fez arrogante ante Tua face, que se afastou de Tua presença e desacreditou em Teus sinais. Permiteme, pois, ó meu Deus e meu Bem-Amado, ser contado entre aqueles que as brisas de Tua vontade movem a seu bel-prazer, e não entre aqueles que o vento do ego e da paixão sacode e orienta conforme seu desejo. Não há outro Deus senão Tu, o Onipotente, o Excelso, o Mais Generoso. 25
  • 36. Toda glória a Ti, ó meu Deus, por me haveres generosamente capacitado a jejuar durante este mês que relacionaste ao Teu Nome, o Excelso, chamando-o ‘Alá (Sublimidade). Tu ordenaste que Teus servos e Teu povo jejuassem durante seu curso e assim buscassem aproximarse de Ti. Os dias e meses do ano culminaram com o Jejum, do mesmo modo que o primeiro mês começou com Teu Nome, Bahá, para que todos possam testemunhar que Tu és o Primeiro e o Último, o Manifesto e o Oculto, e possam assim estar bem seguros de que a glória de todos os nomes somente é concedida através da glória de Tua Causa, e que a palavra é exposta por Tua vontade e revelada através de Teu propósito. Tu ordenaste que este mês seja uma lembrança e uma honra provinda de Ti, e um sinal de Tua presença entre eles, para que não esqueçam de Tua grandeza e majestade, de Tua soberania e glória, e possam saber com toda firmeza que Tu, desde tempos imemoriais, sempre foste e sempre serás o Governante sobre a criação inteira. Nada do que foi criado no céu ou na terra pode Te impedir de Teu governo, nem pode qualquer um nos reinos da Revelação e da criação Te impedir de cumprires Teu propósito. Eu te imploro, ó Meu Deus, por Teu Nome, que causou o lamento de todos os povos da terra – exceto aqueles que protegeste com Tua infalível proteção e abrigaste à sombra de Tua transcendente mercê – que nos faças tão firmes em Tua Causa e tão perseverantes em Teu amor que se Teus servos se levantassem contra Ti e Teu povo se afastasse de Ti e ninguém restasse na terra que invocasse Teu nome e volvesse a face para o santuário da comunhão 26
  • 37. contigo e a Caaba de Tua santidade, eu ainda assim erguerme-ia, desamparado e só, para a vitória de Tua Causa, para exaltar Tua palavra, para proclamar Tua soberania e celebrar o louvor a Teu Ser Excelso. E isso, ó meu Deus, apesar de eu me encher de perplexidade cada vez que tento Te exaltar através de qualquer nome, pois estou bem consciente que todos os Teus sublimes atributos e todos os mais excelentes nomes que associo a Ti e pelos quais em Tua santa presença eu Te suplico, nada refletem senão a medida de minha própria compreensão, já que sempre associei a Ti qualquer nome que eu considerasse louvável. Imensamente elevada é Tua verdadeira condição acima da descrição ou do conhecimento de qualquer um senão Tu, e santificado estás da glorificação de Tuas criaturas e do louvor de Teus servos em suas tentativas de a Ti ascenderem. Tudo o que emana de Teus servos é circunscrito pelas limitações de seus próprios seres e é obra de suas próprias vãs fantasias e imaginações. Lástima, lástima, ó meu Bem-Amado, por minha inabilidade de Te louvar de um modo digno e por minhas faltas durante Teus dias! Se eu Te louvar, ó Meus Deus, como Aquele que tudo conhece, imediatamente percebo que, fosses Tu apontar para uma pedra silente com um único dedo de Tua vontade, Tua a capacitarias a desdobrar o conhecimento de todas as eras passadas e futuras; e se eu Te glorificar como o Todo-Poderoso, descubro que uma palavra emanada da boca de Teu propósito é suficiente para convulsionar os céus e a terra. Tua glória me dá testemunho, ó Bem-Amado de todos os que Te reconheceram, se algum erudito falhasse 27
  • 38. em confessar sua ignorância antes as revelações de Teu conhecimento, ele seria considerado o mais ignorante de Teu povo; e se qualquer um dotado de poder se recusasse a admitir sua fraqueza ante as evidências de Teu poder, ele seria tido como a mais fraca e desatenta de Tuas criaturas. Uma vez que sei e estou certo disso, como posso, pois, Te glorificar, ou Te descrever, ou louvar? Portanto, sabendo de minha fraqueza, apressei-me ao abrigo de Tua força; e reconhecendo minha pobreza, busquei refúgio à sombra de Tua riqueza; e sabendo de minha incapacidade, erguime para me colocar ante o tabernáculo de Tua força e Teu poder. Podes expulsar esta pobre criatura após ter ela desprezado o auxílio de todos a não ser Tu, ou afastar este estranho depois de ele apenas ter achado a Ti como seu bem-amado? Tu sabes tudo o que vai em mim, ó meu Senhor, mas eu não sei o que vai em Ti. Tem misericórdia de mim, pois, através de Tua amorosa providência e inspira-me com o que possa trazer paz a meu coração durante Teus dias e tranqüilidade à minha alma através das revelações de Tua santa presença. Todas as coisas criadas foram iluminadas com os esplendores das luzes de Teu semblante, ó Senhor, e os habitantes da terra e do céu brilham resplandecentemente por conta das manifestações de Tua incomparável majestade, de tal modo que nada contemplo sem que em seu imo eu contemple primeiro a revelação de Ti próprio, uma revelação oculta das vistas daqueles servos Teus que estão profundamente adormecidos. Não me prives, é meu Senhor, de Tua graça, que abarcou todos os reinos da existência, quer visíveis, quer 28
  • 39. invisíveis. Poderás permanecer distante, ó meu Deus, depois de haveres convidado toda a humanidade a regressar e a se aproximar de Ti, e os haveres instado a se segurarem firmemente à Tua corda? Poderás Tu me expulsar, ó meu Bem-Amado, apesar de teres prometido, em Teu Livro incorruptível e em Teus maravilhosos versículos, reunir dentro do pavilhão de Tua generosa providência todos aqueles que por Ti anseiam, e à sombra de Teu generoso favor todos aqueles que Te desejam, e sob o pálio de Tua misericórdia e amorosa ternura aqueles que por Ti buscam? Juro por Teu poder, ó meu Deus, que meus lamentos contiveram minha Pena e, em verdade, o pranto de meu coração arrancou as rédeas de minhas mãos! Sempre que me tranqüilizo e alegro minh’alma com as maravilhas de Tua misericórdia, com os sinais de Tua amorosa providência e as evidências de Tua generosidade, tremo diante das manifestações de Tua justiça e dos sinais de Tua ira. Atesto que és conhecido por estes dois nomes e és descrito por estes dois atributos; entretanto, Te é indiferente se és invocado por Teu nome O que sempre perdoa, ou por Teu nome o Deus de ira. Por Tua glória! Não fosse por meu conhecimento de que Tua misericórdia supera todas as coisas, os membros de meu corpo teriam deixado de existir, minha realidade haver-se-ia extinguido e meu ser interior ter-se-ia reduzido ao nada absoluto. Mas quando contemplo que Tua graça abarca todas as coisas e Tua misericórdia envolve a criação inteira, minh’alma e o mais íntimo de meu ser se tornam serenos. Lástima, lástima, ó meu Deus, pelas coisas que me 29
  • 40. escaparam durante Teus dias, e, novamente, lástima, lástima, ó Desejo de meu coração, pelo que deixei incompleto no serviço e na obediência a Ti durante estes dias cujos semelhantes jamais foram contemplados pelos olhos de Teus eleitos e Teus fidedignos. Eu Te suplico, ó meu Senhor, por Ti mesmo e pelo Manifestante de Tua Causa, o Qual está assentado no trono de Tua misericórdia, que me confirmes em Teu serviço e em Teu bel-prazer. Protege-me, então, dos que se afastaram de Ti e desacreditaram em Teus versículos, que negaram Tua verdade, rechaçaram Tuas evidências e violaram Teu Convênio e testamento. Todo louvor, ó Senhor meu Deus, Àquele que é a Manifestação de Tua Essência, o Sol de Tua unidade, a Mina de Teu conhecimento, a Fonte de Tua Revelação, o Repositório de Tua inspiração, a Sede de Tua soberania e o Nascente de Tua Divindade – Aquele que é o Ponto Primaz, o Semblante Mais Sublime, a Raiz Antiga e o Vivificador nas nações; e glória àquele que foi o primeiro a acreditar nEle5 e em Seus versículos, do qual fizeste um trono para a ascendência de Tua mais sublime Palavra, um ponto focal para a manifestação de Teus mais excelentes nomes, uma alvorada da radiância do Sol de Tua providência, um nascente para o aparecimento de Teus nomes e atributos e um tesouro das pérolas de Tua sabedoria e de Teus mandamentos. E toda honra àquele6 que foi o último a vir até Ele, cuja chegada foi como Sua chegada, e Tua manifestação nele7 como Tua manifestação nEle8, exceto pelo fato de que ele era iluminado pelas luzes de Sua face e se prostrou ante Ele e deu testemunho de sua servitude a 30
  • 41. Ele; e glória àqueles que foram martirizados em Seu caminho e que sacrificaram suas vidas por amor à Sua beleza. Nós damos testemunho, ó meu Deus, de que estes são servos que acreditaram em Ti e em Teus sinais, que buscaram o santuário de Tua presença e se volveram para Tua face, que voltaram os rostos para a corte de Tua proximidade e caminharam na trilha de Teu agrado, que Te adoraram segundo Teu desejo e se desprenderam de tudo menos de Ti. Ó Senhor, concede a seus espíritos e seus corpos, em todos os tempos, uma medida das maravilhas de Tua misericórdia toda envolvente. Tu és, verdadeiramente, poderoso para agir como te apraz. Não há outro Deus senão Tu, o Onipotente, o Todo-Glorioso, cujo amparo todos os homens imploram. Eu Te suplico, ó Senhor, por Ele e por eles, e por Aquele a Quem estabeleceste sobre o trono de Tua Fé e fizeste sobrepujar todos os habitantes da terra e do céu, que nos purifiques de nossas transgressões, que ordenes para nós um assento de verdade em Tua presença e nos faças associar com aqueles aos quais as adversidades do mundo e seus infortúnios não impediram de se volverem a Ti. Tu és, em verdade, o Todo-Poderoso, o Mais Sublime, o Protetor, O que sempre perdoa, o Misericordioso. 31
  • 42. NOTAS 1 2 3 Tradição atribuída ao Imame ‘Alí Orações Bahá’ís p.127 (Edição 1983) Ibid. Adjetivo bastante específico, inclusive de cunho teológico, que designa aquilo que está além do necessário ou obrigatório. NT 4 5 Mullá Husayn 6 Quddús 7 Idem 8 o Báb 32