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GRUPOS COLABORATIVOS NA WEB
Arte interativa e colaborativa em rede:
coletivo Re:combo
Prof Marilei Fiorelli
>> as TIC estão potencializando trabalhos artísticos que
podem ser realizados de forma colaborativa?
Objetivo: mostrar o potencial das TIC para a elaboração
de obras de arte interativas e participativas.
Alguns grupos....
Coletivo SITO (eua)
SARAI (india)
VISIO (brasil)
RECOMBO (brasil)
o grupo de arte colaborativa Re:combo, um
projeto multimídia de produção artística
audiovisual, fundado em Recife, Pernambuco.
www.recombo.art.br
- utilização das novas tecnologias dentro do campo da arte
- particularidades das imagens digitais, elementos que
fazem parte de obras do grupo Re:combo, como a
questão da virtualidade, da autoria e da originalidade nas
imagens virtuais
- Simulação e desmaterialização
- Circulação de imagens em rede, desde as redes analógicas
até a telemática
ARTE E NOVAS TECNOLOGIAS
- telemática (informática+telecomunicações), citando
definições e situando algumas das primeiras experiências
no Brasil
- considerações sobre a arte feita e criada para a rede
Internet, a net.arte, a partir da busca das origens desse
termo, gerado ao acaso por uma máquina
- diferença entre os sites de arte na rede – os que utilizam a
rede apenas como divulgação e circulação, e os sites de
arte que utilizam a rede como seu próprio meio, sua
própria linguagem
ARTE TELEMÁTICA
- definições básicas sobre o termo
- co-autoria por parte dos fruidores das obras de arte
interativas eletrônicas, mostrando que esses não mais
apenas assistem a obra, mas participam dela, interagindo
em tempo real
- interfaces, sistemas e instalações interativos, instaurando
e incluindo o receptor/interator no processo de
participação
- classificação dos tipos de interatividade proposta por
Tavares é apresentada para sua identificação nas obras
analisadas nesse trabalho.
INTERATIVIDADE NA ARTE
outubro de 2001
Recife, Pernambuco
5 amigos resolveram trabalhar com criações em
música, mas não dispunham de tempo para realizar
os ensaios;
segmentos da música (samples)
arquivos trocados entre eles
abertura dos arquivos para que outras pessoas
conhecidas pudessem trabalhar no mesmo projeto.
RE:COMBO – ESTUDO DE CASO
o nome proposto para o grupo, Re:combo
deriva do propósito de recombinar uma fração –
seja de música ou imagem – à outras frações,
em direção à construção de uma obra coletiva e
aberta
>Conceitos ideológicos:
princípio de recombinação aliado à estrutura funcional
e estética dos “Combos de Jazz”
onde cada integrante combinava sua criação (o som de
seu instrumento) para uma criação única, a música.
Assim como no jazz, o acaso e o improviso são fatores
importantes e diferenciais na execução/criação das
obras.
>Participação:
A participação no coletivo é totalmente livre e aberta a
quaisquer interessados que concordem com os
conceitos do grupo.
O coletivo conta com mais de 100 integrantes, entre
músicos, artistas plásticos, designers, professores,
engenheiros de software, geólogos, DJs e
profissionais de cinema e vídeo.
>Criação das obras:
Todos os projetos são disponibilizados pela lista de
discussão para quem estiver com mais oportunidade
ou disponibilidade de criar a obra.
Vídeos, imagens, músicas, instalações: as criações do
coletivo partem do agrupamento de fragmentos para
a constituição final da obra.
Estes fragmentos de obras, as “células” – são
produzidas ao mesmo tempo a partir de diferentes
cidades.
Estes “combos”, via rede, são recombinados com
outros,
gerando obras colaborativas
participativas e
abertas à recriação
Toda produção artística executada dentro do coletivo
Re:combo com a participação unicamente de seus
membros é automaticamente considerada livre.
Para garantir a abertura da obra, o grupo criou a
“Licença de uso completo Re:combo” – LUCR 1.0
a LUCR 1.0 prevê:
“abrir mão do retorno financeiro do esforço criativo do
artista em prol do novo conceito de generosidade
intelectual, que substituiria o modelo da
propriedade”
Este conceito de distribuição de obras é a favor do
copyleft (deixar copiar) em prol da diversidade de
produção, estimulando a recriação e participação.
A “Licença de uso Re:combo” inspirou o “Creative
Commons”, organização sem fins lucrativos fundada
no princípio da não-propriedade sobre bens
intelectuais, a criar uma licença mundial chamada
“Recombinação”, em homenagem ao coletivo,
que consiste na autorização para a livre recombinação
de uma obra, permite sampling, mesclagens e
colagens de obras desde que a fonte seja citada e o
uso não vise lucro.
O coletivo, assim como outros coletivos de arte no
mundo que usam este princípio, está voltado a
produzir “arte pela arte, como forma de retomar a
liberdade de criação de modo independente” (MARIANO,
2003).
Recombinações são bem-vindas.
(obras)
Dificuldades:
-> projetos espalhados e desorganizados pela rede:
além do site do grupo, há relatos, blogs e fotologs
dispersos em vários endereços
->o coletivo cria obras artísticas em formatos variados,
muito diferentes entre si
- a partir de uma análise geral das ações do grupo
pesquisadas, propomos uma classificação dos
projetos de acordo com o tipo de obra desenvolvida,
sobretudo a partir da relação das obras com o uso
das NTC
>Classificação das obras do coletivo
Classificação das obras do coletivo
1. Web arte: a obra precisa da web para se realizar,
acontecer;
2. Performances: acontecem com a utilização das NTC para o
Vjing, e recursos de vídeo e áudio e Internet são utilizados
para sua execução/difusão pela rede;
3. Instalações: instalações interativas que utilizam as
tecnologias digitais e instalações analógicas (pintura,
escultura, gravura);
4. Vídeo: trabalhos em vídeo-arte;
5. Exposições: em número menor, acontecem em espaços
institucionais ou não, e normalmente abarcam obras
analógicas (pintura, escultura, gravura);
6. Intervenções urbanas: street-art, grafites, adesivos etc;
7. Música: criações musicais através de faixas de música
abertas aos participantes, utilizando fragmentos de sons;
apresentações improvisadas ou não.
>Obras:
Em vários casos, a obra é composta da junção dessas
categorias, por exemplo, performance e/ou instalação ou
intervenção urbana e/ou apresentações.
Por utilizarem potencialmente as NTC, principalmente a rede
Internet, e terem um resultado final visual, utilizaremos
como recorte, algumas obras pertencentes as três
primeiras classificações – web arte, performance e
instalações.
obs.: a produção musical também é criada de forma
colaborativa e utiliza a rede Internet. Porém, por não
apresentar uma interface gráfica ou elementos visuais
específicos, será mencionada enquanto elemento
constitutivo de alguma performance ou instalação.
:: Translocal mixer (2003)
“ remixagem dos sons do mundo”
resulta numa trilha sonora única, de um local que
geograficamente não existe.
Trás a experiência sensível de ouvir os ruídos de uma
cidade imaginária, fruto da combinação dos sons
de cidades existentes.
-sons coletados via rede através da “call for noises”
Web arte – arte na web
::Translocal mixer (2003)
Web arte – arte na web
:: Warzzle (2002)
-analogia a palavra inglesa puzzle, quebra-cabeça
- interface apresenta um quebra-cabeça com imagens que
representam uma “violência velada” .
- Cada peça do quebra-cabeça simula situações que remetem
à violência, não somente de guerra, mas urbana também.
“Num exercício de engenharia reversa da "Guerra das Imagens"
definida por Paul Virilio, O Re:combo se apropria de imagens
do dia-a-dia para, através das distorções de formas e
saturações das cores, revelar uma guerra urbana, dentro do
supostamente inofensivo cotidiano da cidade.” (memorial da
obra)
Web arte – arte na web
::Warzzle (2002)
Web arte – arte na web
:: Carnaval 1.0
“o carnaval de Recife prima pela mistura de cores, formas e
ruídos, transformando a região, nesses três dias, numa
verdadeira Zona Autônoma Temporária*. Esse projeto
procurou trazer esse momento para o formato digital.”
-a realidade sensível do artista criou a obra: o ritual do carnaval,
ruidoso e colorido foi recriado on-line.
A combinação e a ordem do acionamento das teclas criam uma
composição com várias imagens intercaladas.
O jogo da experimentação das várias imagens e vários sons,
acionados pelo teclado, criam a poética da obra.
Web arte – arte na web
*Hakim Bey
::Rádio Re:combo
Objetivando uma interação direta com o público, o grupo
articulou a “Rádio Re:combo”, uma proposta onde os vários
elementos desenvolvidos pelo coletivo (som, VJ, imagens,
softwares) fossem apresentados de uma forma mais ampla,
totalmente aberta à improvisos e à participação do público –
uma performance
-Músicos munidos com seus instrumentos improvisam uma
apresentação, mesclando os sons dos instrumentos com
fragmentos de sons digitalizados vindos dos computadores.
Performances
-Muitos destes sons são captados ou enviados por
colaboradores via rede Internet.
-A recombinação destes sons dá origem a um espetáculo
efêmero único.
-O público é chamado à participação, na manipulação de objetos
que possam emitir som, disponíveis no local do evento.
-A apresentação é acompanhada de VJing – os vj´s do re:combo
mesclam imagens ao vivo, em tempo real, com imagens
recolhidas via rede
:: Rádio Re:combo
Performance Rádio Re:combo
:: Pause and Play - Perfomance em telepresença
-em conexão, Recife e Weimar, na Alemanha, foram
intermediados e colocados em contato via rede.
-no centro do Recife, onde o público assistia a apresentação e
era convidado a interagir com dançarinos/performers, junto a
uma tela com imagens ao vivo de Dj´s e dançarinos de
Weimar. O processo todo pode ser acessado, em tempo real,
via Internet.
-uma espécie de “jam session telemática”, ou seja, uma
performance musical em tempo real, realizada a partir de um
processo de interação entre os artistas conectados via rede e
entre os espectadores presentes no local.
Performances
Performances – Pause and play
::Rádio Re:combo Transmidia” - Instalação e performance
A já descrita performance “Rádio Re:combo” foi mais uma vez
apresentada, porém com um diferencial: após a abertura, os
equipamentos eletrônicos e alguns instrumentos ficaram
disponíveis como uma instalação interativa, aberta à
participação.
A interface gráfica do software “Rádio Re:combo” foi exibida em
telões, ampliando o que acontecia na tela dos computadores. A
interação dos fruidores se deu na manipulação dos fragmentos
de som e vídeo no local da instalação e remotamente, em tempo
real, via Internet.
Instalações:
“Rádio Re:combo Transmidia” - Instalação e performance
Instalações:
:: Constelações
o projeto utiliza recursos de envio de mensagens de texto
através de telefones celulares, tecnologia wireless (sem fios
de conexão), possibilitando participação e mobilidade.
Os recados e textos enviados pelos aparelhos celulares a um
número específico podem ser lidos numa projeção no teto do
espaço expositivo (e no web site), e as mensagens recebidas
apresentam-se como estrelas, pontos luminosos, agrupando-
se em constelações, alimentando a obra.
Instalações:
>Quadro comparativo
as obras de arte eletrônicas do grupo Re:combo
utilizam as novas tecnologias de comunicação
em seus projetos artísticos colaborativos,
ampliando assim as possibilidades de
interatividade e principalmente da participação,
desde a criação do projeto até sua fase final, de
apresentação/fruição por parte do receptores.
> Conclusão
Projetos artísticos colaborativos e descentralizados,
desenvolvidos a partir da utilização das NTC, são
criados e disponibilizados à participação na rede
Internet pelo grupo Re:combo e por outros coletivos
artísticos, aproveitando as características do meio
digital para interagir com mais pessoas.
Há assim o uso da potência interativa, gráfica e
colaborativa da rede.
> o autor cria de modo compartilhado e o apreciador
participa e recria a obra.
Conclusão
O caráter interativo das obras que utilizam as TIC
possibilitaram e ampliaram a experiência de troca.
Com as obras analisadas vimos que o artista pode
ultrapassar o limite físico/presença. As obras podem
assim serem mais facilmente expandidas e recriadas.
A obra pode mudar e ser mudada pelos diversos
participantes ao redor do mundo.
Conclusão
Sendo assim, esta pesquisa, que objetivou apresentar
algumas experiências do grupo de arte colaborativa
digital Re:combo através do estudo de suas obras,
constatou que as tecnologias estão sendo largamente
utilizadas na construção das poéticas digitais das
obras, ultrapassando fronteiras espaço-temporais,
circulando em rede, insistindo em dimensões
interativas e colaborativas.
Conclusão
“Computadores fazem arte”
(Fred04, mundolivre s.a , 1996, mov. mangue beach)

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recombo - Cibercultura - grupos colaborativos na web

  • 1. GRUPOS COLABORATIVOS NA WEB Arte interativa e colaborativa em rede: coletivo Re:combo Prof Marilei Fiorelli
  • 2. >> as TIC estão potencializando trabalhos artísticos que podem ser realizados de forma colaborativa? Objetivo: mostrar o potencial das TIC para a elaboração de obras de arte interativas e participativas.
  • 3. Alguns grupos.... Coletivo SITO (eua) SARAI (india) VISIO (brasil) RECOMBO (brasil)
  • 4. o grupo de arte colaborativa Re:combo, um projeto multimídia de produção artística audiovisual, fundado em Recife, Pernambuco.
  • 6. - utilização das novas tecnologias dentro do campo da arte - particularidades das imagens digitais, elementos que fazem parte de obras do grupo Re:combo, como a questão da virtualidade, da autoria e da originalidade nas imagens virtuais - Simulação e desmaterialização - Circulação de imagens em rede, desde as redes analógicas até a telemática ARTE E NOVAS TECNOLOGIAS
  • 7. - telemática (informática+telecomunicações), citando definições e situando algumas das primeiras experiências no Brasil - considerações sobre a arte feita e criada para a rede Internet, a net.arte, a partir da busca das origens desse termo, gerado ao acaso por uma máquina - diferença entre os sites de arte na rede – os que utilizam a rede apenas como divulgação e circulação, e os sites de arte que utilizam a rede como seu próprio meio, sua própria linguagem ARTE TELEMÁTICA
  • 8. - definições básicas sobre o termo - co-autoria por parte dos fruidores das obras de arte interativas eletrônicas, mostrando que esses não mais apenas assistem a obra, mas participam dela, interagindo em tempo real - interfaces, sistemas e instalações interativos, instaurando e incluindo o receptor/interator no processo de participação - classificação dos tipos de interatividade proposta por Tavares é apresentada para sua identificação nas obras analisadas nesse trabalho. INTERATIVIDADE NA ARTE
  • 9. outubro de 2001 Recife, Pernambuco 5 amigos resolveram trabalhar com criações em música, mas não dispunham de tempo para realizar os ensaios; segmentos da música (samples) arquivos trocados entre eles abertura dos arquivos para que outras pessoas conhecidas pudessem trabalhar no mesmo projeto. RE:COMBO – ESTUDO DE CASO
  • 10. o nome proposto para o grupo, Re:combo deriva do propósito de recombinar uma fração – seja de música ou imagem – à outras frações, em direção à construção de uma obra coletiva e aberta
  • 11. >Conceitos ideológicos: princípio de recombinação aliado à estrutura funcional e estética dos “Combos de Jazz” onde cada integrante combinava sua criação (o som de seu instrumento) para uma criação única, a música. Assim como no jazz, o acaso e o improviso são fatores importantes e diferenciais na execução/criação das obras.
  • 12. >Participação: A participação no coletivo é totalmente livre e aberta a quaisquer interessados que concordem com os conceitos do grupo. O coletivo conta com mais de 100 integrantes, entre músicos, artistas plásticos, designers, professores, engenheiros de software, geólogos, DJs e profissionais de cinema e vídeo.
  • 13. >Criação das obras: Todos os projetos são disponibilizados pela lista de discussão para quem estiver com mais oportunidade ou disponibilidade de criar a obra. Vídeos, imagens, músicas, instalações: as criações do coletivo partem do agrupamento de fragmentos para a constituição final da obra.
  • 14. Estes fragmentos de obras, as “células” – são produzidas ao mesmo tempo a partir de diferentes cidades. Estes “combos”, via rede, são recombinados com outros, gerando obras colaborativas participativas e abertas à recriação
  • 15. Toda produção artística executada dentro do coletivo Re:combo com a participação unicamente de seus membros é automaticamente considerada livre. Para garantir a abertura da obra, o grupo criou a “Licença de uso completo Re:combo” – LUCR 1.0
  • 16. a LUCR 1.0 prevê: “abrir mão do retorno financeiro do esforço criativo do artista em prol do novo conceito de generosidade intelectual, que substituiria o modelo da propriedade” Este conceito de distribuição de obras é a favor do copyleft (deixar copiar) em prol da diversidade de produção, estimulando a recriação e participação.
  • 17. A “Licença de uso Re:combo” inspirou o “Creative Commons”, organização sem fins lucrativos fundada no princípio da não-propriedade sobre bens intelectuais, a criar uma licença mundial chamada “Recombinação”, em homenagem ao coletivo, que consiste na autorização para a livre recombinação de uma obra, permite sampling, mesclagens e colagens de obras desde que a fonte seja citada e o uso não vise lucro.
  • 18. O coletivo, assim como outros coletivos de arte no mundo que usam este princípio, está voltado a produzir “arte pela arte, como forma de retomar a liberdade de criação de modo independente” (MARIANO, 2003). Recombinações são bem-vindas. (obras)
  • 19. Dificuldades: -> projetos espalhados e desorganizados pela rede: além do site do grupo, há relatos, blogs e fotologs dispersos em vários endereços ->o coletivo cria obras artísticas em formatos variados, muito diferentes entre si - a partir de uma análise geral das ações do grupo pesquisadas, propomos uma classificação dos projetos de acordo com o tipo de obra desenvolvida, sobretudo a partir da relação das obras com o uso das NTC >Classificação das obras do coletivo
  • 20. Classificação das obras do coletivo 1. Web arte: a obra precisa da web para se realizar, acontecer; 2. Performances: acontecem com a utilização das NTC para o Vjing, e recursos de vídeo e áudio e Internet são utilizados para sua execução/difusão pela rede; 3. Instalações: instalações interativas que utilizam as tecnologias digitais e instalações analógicas (pintura, escultura, gravura); 4. Vídeo: trabalhos em vídeo-arte; 5. Exposições: em número menor, acontecem em espaços institucionais ou não, e normalmente abarcam obras analógicas (pintura, escultura, gravura); 6. Intervenções urbanas: street-art, grafites, adesivos etc; 7. Música: criações musicais através de faixas de música abertas aos participantes, utilizando fragmentos de sons; apresentações improvisadas ou não.
  • 21. >Obras: Em vários casos, a obra é composta da junção dessas categorias, por exemplo, performance e/ou instalação ou intervenção urbana e/ou apresentações. Por utilizarem potencialmente as NTC, principalmente a rede Internet, e terem um resultado final visual, utilizaremos como recorte, algumas obras pertencentes as três primeiras classificações – web arte, performance e instalações. obs.: a produção musical também é criada de forma colaborativa e utiliza a rede Internet. Porém, por não apresentar uma interface gráfica ou elementos visuais específicos, será mencionada enquanto elemento constitutivo de alguma performance ou instalação.
  • 22. :: Translocal mixer (2003) “ remixagem dos sons do mundo” resulta numa trilha sonora única, de um local que geograficamente não existe. Trás a experiência sensível de ouvir os ruídos de uma cidade imaginária, fruto da combinação dos sons de cidades existentes. -sons coletados via rede através da “call for noises” Web arte – arte na web
  • 23. ::Translocal mixer (2003) Web arte – arte na web
  • 24. :: Warzzle (2002) -analogia a palavra inglesa puzzle, quebra-cabeça - interface apresenta um quebra-cabeça com imagens que representam uma “violência velada” . - Cada peça do quebra-cabeça simula situações que remetem à violência, não somente de guerra, mas urbana também. “Num exercício de engenharia reversa da "Guerra das Imagens" definida por Paul Virilio, O Re:combo se apropria de imagens do dia-a-dia para, através das distorções de formas e saturações das cores, revelar uma guerra urbana, dentro do supostamente inofensivo cotidiano da cidade.” (memorial da obra) Web arte – arte na web
  • 25. ::Warzzle (2002) Web arte – arte na web
  • 26. :: Carnaval 1.0 “o carnaval de Recife prima pela mistura de cores, formas e ruídos, transformando a região, nesses três dias, numa verdadeira Zona Autônoma Temporária*. Esse projeto procurou trazer esse momento para o formato digital.” -a realidade sensível do artista criou a obra: o ritual do carnaval, ruidoso e colorido foi recriado on-line. A combinação e a ordem do acionamento das teclas criam uma composição com várias imagens intercaladas. O jogo da experimentação das várias imagens e vários sons, acionados pelo teclado, criam a poética da obra. Web arte – arte na web *Hakim Bey
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  • 29. ::Rádio Re:combo Objetivando uma interação direta com o público, o grupo articulou a “Rádio Re:combo”, uma proposta onde os vários elementos desenvolvidos pelo coletivo (som, VJ, imagens, softwares) fossem apresentados de uma forma mais ampla, totalmente aberta à improvisos e à participação do público – uma performance -Músicos munidos com seus instrumentos improvisam uma apresentação, mesclando os sons dos instrumentos com fragmentos de sons digitalizados vindos dos computadores. Performances
  • 30. -Muitos destes sons são captados ou enviados por colaboradores via rede Internet. -A recombinação destes sons dá origem a um espetáculo efêmero único. -O público é chamado à participação, na manipulação de objetos que possam emitir som, disponíveis no local do evento. -A apresentação é acompanhada de VJing – os vj´s do re:combo mesclam imagens ao vivo, em tempo real, com imagens recolhidas via rede :: Rádio Re:combo
  • 32. :: Pause and Play - Perfomance em telepresença -em conexão, Recife e Weimar, na Alemanha, foram intermediados e colocados em contato via rede. -no centro do Recife, onde o público assistia a apresentação e era convidado a interagir com dançarinos/performers, junto a uma tela com imagens ao vivo de Dj´s e dançarinos de Weimar. O processo todo pode ser acessado, em tempo real, via Internet. -uma espécie de “jam session telemática”, ou seja, uma performance musical em tempo real, realizada a partir de um processo de interação entre os artistas conectados via rede e entre os espectadores presentes no local. Performances
  • 34. ::Rádio Re:combo Transmidia” - Instalação e performance A já descrita performance “Rádio Re:combo” foi mais uma vez apresentada, porém com um diferencial: após a abertura, os equipamentos eletrônicos e alguns instrumentos ficaram disponíveis como uma instalação interativa, aberta à participação. A interface gráfica do software “Rádio Re:combo” foi exibida em telões, ampliando o que acontecia na tela dos computadores. A interação dos fruidores se deu na manipulação dos fragmentos de som e vídeo no local da instalação e remotamente, em tempo real, via Internet. Instalações:
  • 35. “Rádio Re:combo Transmidia” - Instalação e performance Instalações:
  • 36. :: Constelações o projeto utiliza recursos de envio de mensagens de texto através de telefones celulares, tecnologia wireless (sem fios de conexão), possibilitando participação e mobilidade. Os recados e textos enviados pelos aparelhos celulares a um número específico podem ser lidos numa projeção no teto do espaço expositivo (e no web site), e as mensagens recebidas apresentam-se como estrelas, pontos luminosos, agrupando- se em constelações, alimentando a obra. Instalações:
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  • 40. as obras de arte eletrônicas do grupo Re:combo utilizam as novas tecnologias de comunicação em seus projetos artísticos colaborativos, ampliando assim as possibilidades de interatividade e principalmente da participação, desde a criação do projeto até sua fase final, de apresentação/fruição por parte do receptores. > Conclusão
  • 41. Projetos artísticos colaborativos e descentralizados, desenvolvidos a partir da utilização das NTC, são criados e disponibilizados à participação na rede Internet pelo grupo Re:combo e por outros coletivos artísticos, aproveitando as características do meio digital para interagir com mais pessoas. Há assim o uso da potência interativa, gráfica e colaborativa da rede. > o autor cria de modo compartilhado e o apreciador participa e recria a obra. Conclusão
  • 42. O caráter interativo das obras que utilizam as TIC possibilitaram e ampliaram a experiência de troca. Com as obras analisadas vimos que o artista pode ultrapassar o limite físico/presença. As obras podem assim serem mais facilmente expandidas e recriadas. A obra pode mudar e ser mudada pelos diversos participantes ao redor do mundo. Conclusão
  • 43. Sendo assim, esta pesquisa, que objetivou apresentar algumas experiências do grupo de arte colaborativa digital Re:combo através do estudo de suas obras, constatou que as tecnologias estão sendo largamente utilizadas na construção das poéticas digitais das obras, ultrapassando fronteiras espaço-temporais, circulando em rede, insistindo em dimensões interativas e colaborativas. Conclusão
  • 44. “Computadores fazem arte” (Fred04, mundolivre s.a , 1996, mov. mangue beach)