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Universidade Federal Rural de Pernambuco

  Unidade Acadêmica de Serra Talhada

           Curso: Agronomia

 Disciplina: Física do Ambiente Agrícola

        Professor: Mário Oliveira
                     
          Data: 15 /08/2011




                                           1
Notas
                                      1 
• Aprovação Qualificada:                              .. − 3                                                           
                                        1 V . A. + 2 V . A             a                  a                 a
                                                                                                                   V . A. ≥ 7,0
                                      2     
                                                                                                                      
                                                                         2 / 5+3 / 5       2 / 5+ 3 / 5                


                          2
                            [(1 V .A. + 2 V .A.) − 3 V .A.] ≥ 3,0
                                                     1
• Aprovação Simples: se                                     , pode-se fazer a final: 
                                                         a       a                      a


 

    2 2
         [           a           a
                                        ]
       (1 V . A. + 2 V . A.) − 3 V . A. + V . A.Final  ≥ 5,0
    1 1 a                                             
                                                       



• A primeira e a segunda verificação serão divididas em duas partes. 
  A primeira parte com 4,0 pontos e a segunda parte com 6,0 pontos. 
•   Primeira V.A. : 09/05/2011 e 12/05/2011
•   Segunda V.A.: 16/06/2011 e 20/06/2011
•   Terceira V.A.: 07/07/2011
•   V.A. Final: 18/07/2011
•   Aulas extras: 24/03/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-10:00), 14/04/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-
    10:00), 19/05/2011 (Sala 02 Bloco 03 08:00-10:00), 26/05/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-
    10:00), 02/06/2011(Sala 01 Bloco 03 08:00-10:00)
 
                                                                                                                                   2
Faltas
  • 25% é o limite máximo.
  • O número máximo de faltas é 19.
                           Listas de Exercícios
https://sites.google.com/site/ensinodefisicanauast/home/listas-de-exercicios


                                  Gabaritos
   https://sites.google.com/site/ensinodefisicanauast/home/gabaritos




                                                                               3
Bibliografia
• Fundamentos de Física I,II, IV Halliday e 
  Resnick. Editora L.T.C., 2009, 8a ed.. 
• Física I, Sears e Zemansky, Addison Wesley, 
  2006, 10a ed.  
• Física, Volume 1, Paul A. Tipler, Gene Mosca, 
  Editora L.T.C., 2006, 5a ed. 



                                                   4
Física do Ambiente Agrícola

           Turma: SA3
  Código da Disciplina: FISC5002



                                   5
Movimento Retilíneo

      Unidade I




                      6
Movimento
• Quando um objeto ocupa lugares diferentes em 
  tempos diferentes, dizemos que ele está em 
  movimento.
• O movimento mais simples é aquele que 
  acontece sobre uma linha reta. Para simplificar 
  ainda mais, vamos considerar o objeto como um 
  ponto: ponto material (ponto dotado de massa).
• O movimento retilíneo (sobre uma linha reta) é o 
  que vamos tratar no início.
                                                  7
Posição e Deslocamento
• Posição é uma coordenada do referencial do observador, 
  representada por um vetor que aponta da origem (onde está 
  o observador) até o objeto que estamos estudando 
  (partícula).
• É a trilha deixada pela partícula quando se move de uma 
  posição para outra.

                      ∆x = x2 − x1   Deslocamento 1-D

                         
                      ∆r = r2 − r1   Deslocamento 2-D ou 3-D


• Sua unidade no S.I. é o metro.
                                                               8
Exemplo 4-1




              9
Solução




          10
Exemplo 4-2




              11
Solução




          12
(b) Podemos obter as seguintes coordenadas para x e y nos seguintes tempos:


          Tempo (s)            Coordenada x (m)     Coordenada y (m)
          0                    28                   30
          5                    56,25                -10
          10                   69                   -39
          15                   66,25                -57
          20                   48                   -64
          25                   14,25                -60

                                 y



                                                          x



                                                                              13
Velocidade Média
• Velocidade média é a medida da rapidez de 
  uma partícula em um intervalo de tempo. É 
  obtida através da inclinação da secante que 
  une dois pontos no gráfico da posição em 
  função do tempo. Unidade do S.I.: m/s.
                         ∆x x futuro − x passado
              vmédia   =   =
                         ∆t t futuro − t passado
                       Velocidade média 1-D
                                            
                               ∆r r futuro − rpassado
                       vmédia =   =
                                ∆t t futuro − t passado

                        Velocidade média 2-D ou 3-D       14
A velocidade média faz parte da secante à trajetória da partícula.
x

    x2




                                                       tan ( α ) = vmédia

                          α
    x1




            t1                                    t2                    t

                                                                              15
Velocidade Escalar Média
• A velocidade escalar média mede a rapidez, 
  mas sem considerar o sentido ou a direção do 
  deslocamento.
• É definida com a razão entre a distância 
  percorrida pelo intervalo de tempo gasto no 
  percurso:
                           Distância percorrida
                smédia   =
                                    ∆t


                                                  16
Exemplo 2-1
•   Você dirige uma picape ao longo de uma estrada retilínea por 8,4 km a 70 
    km/h, quando ela para por falta de gasolina. Nos próximos 30 minutos, 
    você caminha ao longo da estrada na direção de um posto de gasolina.
•   (a) Qual o deslocamento desde do início da viagem até a chegada ao 
    posto de gasolina?
•   (b)  Qual é o intervalo de tempo desde do início da viagem até a chegada 
    ao posto de gasolina?
•   (c) Qual é a velocidade média do começo da viagem até a chegada ao 
    posto de gasolina? Encontre-a numericamente e graficamente.
•   (d) Suponha que para pegar a gasolina, pagar e voltar até o carro; você 
    gaste 45 minutos. Qual é a velocidade escalar média desde do começo da 
    viagem até a volta até o carro 



                                                                           17
Solução




          18
10,4

8,4




       19
Velocidade instantânea
• Quando desejamos analisar a rapidez em um 
  instante de tempo, usamos a velocidade instantânea. 
  Ela é dada pela derivada da posição em relação ao 
  tempo ou pela inclinação da tangente no gráfico da 
  posição em função do tempo. Unidade do S.I.: m/s.
                           dx       ∆x
                      v=      = lim
                           dt ∆t →0 ∆t

                    Velocidade instantânea 1-D
                                
                    dr         ∆r dx ˆ dy ˆ
                   v=     = lim    = i+      j
                      dt ∆t →0 ∆t dt      dt
                   Velocidade instantânea 2-D 

                                                    20
x
    x2

                                      α

                                                                   Tan(α)=v




x1




                                                    t2
                    t1                                                           t

         A velocidade instantânea faz parte da tangente à trajetória da partícula.

                                                                                     21
Velocidade Escalar
• A velocidade escalar instantânea é o módulo 
  da velocidade instantânea:
                         
                      s= v




                                                 22
Exemplo 2-3
• A posição de uma partícula se movendo em 
  um eixo x é dada por:
• x=7,8+9,2t-2,1t3
• Com x em metros e t em segundos. Qual é a 
  velocidade em t= 3,5 s? A velocidade é 
  constante ou está variando continuamente?



                                               23
Solução




          24
Exemplo 4-3
• Para o coelho do Exemplo 4-2, encontre a 
  velocidade no tempo t=15 s.




                                              25
Solução




          26
Aceleração
• A aceleração média mede o avanço ou recuo da 
  velocidade em um intervalo de tempo. É dada 
  pela inclinação da secante em um gráfico de 
  velocidade contra tempo. Unidade do S.I.: m/s2

                      ∆v v2 − v1
                 a=     =
                      ∆t t 2 − t1
                  Aceleração média 1-D
                  
             ∆v v2 − v1 ∆v x ˆ ∆v y ˆ
            a=   =         =    i+    j
               ∆t t 2 − t1   ∆t    ∆t
                    Aceleração média 2-D

                                                   27
v1        Tan (α) = amédia



                   α

v2




     t1       t2



                             28
Aceleração Instantânea
• A aceleração instantânea é a medida do 
  avanço ou do recuo da velocidade em certo 
  instante de tempo. Unidade do S.I.: m/s2
                        dv       ∆v
                   a=      = lim
                        dt ∆t →0 ∆t
                Aceleração instantânea 1-D
                           
                dv        ∆v dv x ˆ dv y ˆ
               a=    = lim    =    i+     j
                  dt ∆t →0 ∆t   dt    dt

                   Aceleração instantânea 2-D



                                                29
v


 v2




           α



v1




                    t
      t1       t2

                        30
Exemplo 2-4




              31
Solução




          32
Exemplo 4-4
• Para o coelho do Exemplo 4-2 e 4-3, encontre 
  a aceleração do coelho para t=15s.




                                              33
Solução




          Θ=145o



               34
Aceleração Constante



                                     Velocidade inicial.
Posição inicial.




                   Velocidade inicial.



                                                           35
Equação de Torricelli




  Velocidade inicial
                       Posição inicial



                                         36
Exemplo 2-5
• A cabeça de um pica-pau está se movendo 
  para frente com uma velocidade de 7,49 m/s 
  até o bico encontrar o tronco da árvore. O 
  bico para depois de penetrar o tronco em 1,87 
  mm. Assuma que a aceleração é constante, 
  encontre o módulo da aceleração em 
  unidades de g.


                                              37
Solução




          38
Exemplo 2-6
• A Figura abaixo mostra o gráfico da velocidade 
  v da partícula contra a posição, quando a 
  partícula se move ao longo do eixo x com 
  aceleração constante. Qual é a velocidade da 
  partícula em x=0?
                   v (m/s)

                       20



                             8   70   x(m)

                                               39
Solução




50
               40
41
Exemplo 4-5




              42
Solução




          43
Queda livre
• Queda livre é quando a partícula, que está sendo estudada, se 
  move somente pela influência da gravidade da Terra. 
• Supondo o ar rarefeito, podemos considerar o movimento 
  nas proximidades da superfície da Terra com uma queda livre.
• Próximo ao nível do mar e para regiões planas (planícies e 
  planaltos), podemos dizer que a gravidade da Terra impõe 
  que os objetos se movam com aceleração constante para 
  baixo e de módulo constante igual a g=9,8 m/s2.




                                                              44
45
Exemplo 2-7
•   Em 26 de setembro de 1993, Dave Munday foi para o lado canadense das 
    Cataratas do Niágara equipado com uma bola de aço com um furo de ar 
    para entrada de ar e caiu 48m na direção da água (e das rochas). Assuma 
    que a velocidade inicial foi zero, e despreze a resistência do ar.
•   (a) Quanto durou a queda de Munday até atingir a superfície da água?
•   (b)  Munday conseguia contar três segundos até a queda, mas não podia 
    ver o quanto ele tinha caído a cada segundo. Determine a sua posição no 
    final de cada segundo.
•   (c) Qual era a velocidade de Munday quando ele atingiu a superfície da 
    água?
•   (d) Qual era a velocidade de Munday no final de cada segundo? Ele podia 
    perceber o aumento da velocidade?



                                                                           46
Solução




          47
Tempo(segundo)   Posição(metro)
0s               48m
1s               43,1m
2s               28,4m
3s               3,9m


                                  48
49
Tempo              Velocidade
                                 (segundo)          (m/s)
                                 0                  0
                                 1                  -9,8
                                 2                  -19,6
                                 3                  -29,4




proporcionais e é difícil distinguir um do outro.
                                                                 50
Exemplo 2-8
• Na figura abaixo, um jogador joga uma bola 
  de beisebol para cima com um velocidade de 
  12 m/s ao longo do eixo y.
                            y




• (a) Quanto tempo a bola leva para chegar na 
  sua altura máxima?
                                                 51
(b) Qual é a altura máxima da bola em 
relação ao seu ponto de partida?

(c) Quanto tempo a bola leva para 
atingir a altura de 5m em relação ao 
seu ponto de partida?



                                        52
Solução
• (a) A altura máxima ocorrerá quando a 
  velocidade da bola for nula, pois ela deve 
  parar de subir. Substituindo essa condição na 
  equação para a velocidade em função do 
  tempo:
  v = v0 − gt    0 = 12m / s − 9,8m / s t
                                       2    t=
                                                 12
                                                 9,8
                                                     s = 1,224 s


• (b) Podemos obter a altura máxima usando a 
  equação da posição em função do tempo:

                                                                   53
g 2
 y = y0 + v0t − t
               2

                         9,8m / s 2
y = 0 + 12m / s1,224 s −            (1,224s ) 2 = 7,348m
                            2

(c) A equação da posição em função do tempo 
pode fornecer o tempo necessário para que a bola 
atinja 5m de altura:
               g 2 5m = 0 + 12m / st − 9,8m / s 2 t 2
 y = y0 + v0t − t                         2
               2

                                                           54
2
               t          t 
         − 4,9
               seg.  + 12 seg .  − 5 = 0
                                 
                                

   − 12 ± 144 − 4 ⋅ ( − 4,9 ) ⋅ ( − 5)         12 6,782 
t=                                     seg. =            seg .
            2 ⋅ (−4,9)                         9,8   9,8 
t = 0,532 seg   ou t = 1,916 seg




                                                                    55
Movimento em Duas e Três 
      Dimensões
        Unidade II




                            56
Movimento de Projéteis
• Quando lançamos objetos e os deixamos somente 
  sobre a influência da gravidade da Terra, temos um 
  movimento balístico. A partícula estudada é tida 
  como um projétil.
• Considere a componente horizontal da posição como 
  x e a componente vertical como y. 
• O ângulo da velocidade inicial com o eixo x é o 
  ângulo de lançamento do projétil.



                                                   57
y


    O movimento horizontal é independente do movimento vertical. 
    O movimento horizontal tem velocidade constante, enquanto o
    Movimento vertical possui aceleração constante.




        θ0




                                                           x
                                                                    58
59
Equação de Torricelli:


                         v y = v0, y − 2 ⋅ g ⋅ ( y − y0 )
                           2    2




Eliminando o tempo através do uso da equação para a componente horizontal da 
posição, podemos obter a equação que determina a forma geométrica da trajetória:

                                                                      2
                                                    g  x − x0 
                     y = y0 + tan (θ 0 )( x − x0 ) −  v cos(θ ) 
                                                                  
                                                                          (*
                                                    2 0       0         )


Percebemos que sem a presença da gravidade da Terra (g=0), o projétil seguiria 
uma linha reta. Entretanto, a trajetória é parabólica. A parábola possui 
concavidade para baixo e cresce sua concavidade com o aumento da velocidade 
inicial e da aceleração da gravidade.



                                                                                   60
Exemplo 4-6
• Na Figura abaixo, um avião de resgate voa à 
  198 km/h (=55 m/s) e uma altura constante de 
  500 m dirigindo-se a um ponto diretamente 
  sobre a vítima, onde uma balsa deve ser 
  lançada.

        h


                                             61
(a)Qual deve ser o ângulo da linha de 
  visada do piloto até a vítima, onde a 
  balsa deve chegar?

(b)Quando a cápsula atinge a água, 
  qual deve ser sua velocidade em 
  termos de vetores unitários e na 
  notação módulo e ângulo ?

                                           62
Solução
• (a) O ângulo da linha de visada é oposto ao 
  deslocamento horizontal do avião e adjacente 
  à altura do avião, sua tangente é dada pela 
  razão do deslocamento horizontal pela altura 
  do avião. O deslocamento horizontal pode ser 
  calculado através do uso da equação da 
  componente vertical da posição (para 
  encontrar o tempo) e da componente 
  horizontal (para encontrar o deslocamento):
                                              63
g 2
    y = y0 + v0 senθ 0 ⋅ t − t
                            2
                             9,8m / s 2 2
0 = 500m + 55m / s ⋅ sen0o −           t
                                2
                 1.000
            t=         s = 10,101s
                  9,8

         x = x0 + v0 cos θ 0 ⋅ t
      ∆x = 55m / s ⋅ cos 0o ⋅10,101s = 555,555m
                        ∆x 555,555m
              tan φ =     =         = 1,111
                        h    500m


                   φ = 48o
                                                  64
(b) A equação para a velocidade em função do tempo 
possui duas componentes. A componente horizontal é 
constante e a componente vertical varia linearmente 
com o tempo:
             v x = v0 ⋅ cos θ 0 = 55m / s ⋅ cos 0o = 55m / s
                         v y = v0 senθ 0 − g ⋅ t
v y = 55m / s ⋅ sen0o − 9,8m / s 2 ⋅10,101s = −98,990m / s
               
               v = ( 55m / s ) i + ( − 98,990m / s ) ˆ
                               ˆ                     j

       v=113,243m / s e θ =− ,943o
                            60


                                                               65
Exemplo 4-7




              66
(b) Qual é o alcance máximo 
das balas de canhão ?




                           67
Solução
• (a) Podemos obter o alcance das balas de 
  canhão com o uso combinado das equações 
  para a componente horizontal em função do 
  tempo e da componente vertical em função 
  do  tempo. A componente vertical em função 
  do tempo permite obter o tempo de voo da 
  bala de canhão:


                                            68
69
70
Movimento Circular Uniforme
• Quando uma partícula possui um trajetória em forma de 
  círculo dizemos que seu movimento é circular.
• Se o movimento é realizado percorrendo deslocamentos 
  angulares proporcionais aos tempos gastos para realizá-los, 
  temos um movimento circular uniforme.
• O movimento circular é periódico, devido à forma do fechada 
  do círculo.
• O movimento circular sendo não-reto possui aceleração. 
  Apesar disso o M.C.U. (movimento circular uniforme) possui 
  velocidade de módulo constante (e direção, sentido variáveis)


                                                              71
y            
                                   v


                      R            
                                   r
                                    θ



                                                       x




Partícula se movendo em movimento circular uniforme.

                                                           72
Para um observador no centro do círculo, temos para um movimento circular 
uniforme com raio R e período T:

i)Componente x da posição:

                      x = ⋅
                              
                         R cos
                               2 t 
                                   
                                             π
                               T 

ii) Componente y da posição:

 
                                           2πt 
                               y = R ⋅ sen     
                                           T 

    Esse resultado vem da decomposição do vetor posição em coordenadas 
    cartesianas e da proporção existente entre o ângulo percorrido e o tempo
    gasto para atingir esse ângulo.




                                                                               73
Para obter a velocidade, basta efetuar a derivada da posição em relação ao tempo.

Componente x da velocidade:
                                        2πR       2πt 
                               vx = −       ⋅ sen     
                                         T         T 
Componente y da velocidade:

                                  2πR       2πt 
                             vy =     ⋅ cos     
                                   T        T 
Fazendo o produto escalar com o vetor posição, observamos que o mesmo é nulo. 
Portanto, o vetor posição e a velocidade são perpendiculares. Um resultado esperado, 
pois a velocidade faz parte da tangente ao círculo. O módulo da velocidade é dado por:
                                             2πR
                                        v=       ,
                                              T
Comprimento do círculo dividido pelo período.



                                                                                    74
A aceleração pode ser obtida como derivada da velocidade em relação ao tempo:

Componente x da aceleração:

                                    v2     2πt 
                             a x = − ⋅ cos     
                                    R       T 

Componente y da aceleração:
                                      v2     2πt 
                               a y = − ⋅ sen     
                                      R       T 
A aceleração é centrípeta (aponta para o centro do círculo):

                                          2
                                    v r
                                 a=−
                                     R R
O módulo é dado por:

                                         v2
                                      a=
                                         R
                                                                                75
A frequência do movimento circular uniforme é dada por (unidade do S.I. é o 
hertz):
                                 1
                         f       =
                                 T
   A velocidade angular do movimento circular uniforme é dada por (unidade do 
   S.I. é rad/s) :

                                         v
                               ω = 2πf =
                                         R




                                                                                 76
Exemplo 4-10
• Pilotos de caça sempre se preocuparam em 
  fazer uma volta muito fechada. Quando o 
  piloto sofre os efeitos da aceleração 
  centrípeta, com a cabeça ao longo do centro 
  de curvatura, a pressão sanguínea no cérebro 
  decresce, levando à perda das funções 
  cerebrais. Há vários sinais de aviso. Quando a 
  aceleração centrípeta é 2g ou 3g, o piloto se 
  sente pesado.
                                                77
78
Solução
• Como a velocidade muda de sentido durante 
  o loop, temos que o loop corresponde a um 
  semicírculo. Sendo assim, o tempo do loop 
  corresponde a um meio período e o período 
  do M.C.U. é portanto T=48s. Com o período 
  podemos obter o raio da trajetória, mas antes 
  devemos calcular a velocidade escalar:


                                               79
80
Movimento Relativo
• As medidas feitas por um observador são, em 
  princípio, diferentes das realizadas por outro 
  observador.
• Considere a relatividade de Galileu, onde 
  temos observadores que se separam um do 
  outro através de uma velocidade constante.
•   Temos o observador A (Alex) em repouso sobre o solo e o referencial 
    B(Bárbara) em movimento com velocidade constante, em linha reta 
    horizontal, em relação à Alex (ou ao solo).


                                                                           81
Dois Referenciais de Galileu
Alex                                     Bárbara


                                                     Objeto
            xOA                          xOB




                                               VBA




                                                              82
Transformações de Galileu
      xOB = xOA − vBA ⋅ tOA
     
     tOB = tOA
      Dicionário das posições e tempos


         vOB = vOA − vBA
         Dicionário de velocidades




                                         83
Invariantes
•   Tempo (tempo absoluto).
•   Aceleração.
•   Força.
•   Qualquer lei física, e em especial,as fórmulas 
    que representam a lei física.
                Um referencial de Galileu é 
                conhecido como referencial inercial, 
                pois deixa as leis de Newton 
                invariantes.


                                                        84
Exemplo 4-11




               85
86
Solução




          87
88
Relatividade 2-D
                           Objeto


               
rOA             rOB

        
        vBA           Bárbara




         Alex




                                    89
Transformações de Galileu
                        
             rOB = rOA − vBA ⋅ tOA
             
             tOB = tOA
              Dicionário das posições e tempos.
                            
                  vOB = vOA − vBA
                 Dicionário de velocidades.

 Um referencial que não obedece à relatividade de 
 Galileu é conhecido como referencial não-inercial. 
 (Por exemplo, um observador girando em torno de 
 um eixo fixo no espaço).
                                                       90
Exemplo 4-12




               91
N



    20o




          L



              92
Solução




          93
94
Força e Movimento

     Unidade III




                    95
Primeira Lei de Newton




                         96
• A primeira Lei de Newton supõe que o observador é inercial (obedece à 
  relatividade de Galileu), e portanto, admite que um observador que se move 
  com velocidade constante em relação à ele é equivalente a esse observador 
  em questão.
• Um observador inercial sempre garante que na ausência de forças temos que a 
  partícula observada se move em linha reta com velocidade constante (M.R.U.) 
  ou permanece em repouso.
• Dessa forma, na ausência de forças a partícula está em equilíbrio. Este 
  equilíbrio pode ser estático, se tivermos repouso (ausência de movimento); ou 
  dinâmico, se tivermos um movimento retilíneo uniforme.
• Um corpo em M.R.U. ou repouso está inerte do ponto de vista da dinâmica.
• Quanto mais massa (quantidade de matéria) um corpo tiver, maior será a sua 
  inércia (tendência a permanecer em equilíbrio).
• As outras leis de Newton também exigem que o observador seja inercial.
• Força é a causa unidimensional do movimento (puxar, empurrar, etc.)
• Força resultante é a soma vetorial de todas as forças.
• O efeito combinado de um conjunto de forças é dado pela força resultante.



                                                                               97
Segunda Lei de Newton
A força resultante que age sobre um corpo é 
dada pelo produto da massa do corpo por sua 
aceleração.
Unidade de Força no S.I.: Newton (N).
Unidade de massa no S.I.: quilograma (kg)




                                               98
• Devemos fazer um diagrama de corpo livre isolando as forças que atuam sobre o 
  corpo observado.
• Em seguida, devemos somar as forças que atuam sobre o corpo; obtendo a força 
  resultante.
• Resta obter massa ou aceleração do corpo, em questão, dependendo das medidas 
  feitas ou dos dados fornecidos.
• A segunda lei de Newton propõe que o fator entre força (causa do movimento) e 
  aceleração (efeito do movimento) é a massa. Por isso a massa é conhecida como a 
  inércia do corpo (em coordenadas cartesianas).
• Quanto maior a massa, menor será a aceleração adquirida pelo corpo.
• Quanto maior a força, maior será a aceleração adquirida pelo corpo.




                                                                                 99
Exemplo 5-3




              100
(A)   (B)   (C)




                  101
Solução




          102
103
Exemplo 5-2
• Na vista superior da Figura, uma lata de 
  biscoitos de 2kg é acelerada a 3m/s2 na 
                            
  orientação definida por     , em uma superfície 
                            a

  horizontal sem atrito. A aceleração é causada 
  por três forças horizontais, das quais apenas 
                                               
                                               F2
  duas são mostradas;     , de módulo 10N e       , 
                        F1
                                            
  de módulo 20N. Qual é a terceira força,      , 
                                           F3
  em termos dos vetores unitários e na notação 
  módulo-ângulo?
                                                  104
y
      
      F2   
           a
               50o



30o                  x


F1




                         105
Solução
• A segunda lei de Newton para o problema diz 
  que a soma das três forças é igual ao produto 
  da massa pela aceleração. Esta equação 
  vetorial corresponde a duas equações 
  escalares:
     F1, x + F2, x + F3, x = ma x   − F1 cos 300 + 0 + F3, x = ma cos 50o
                                     
                                    
                                     − F1sen30 + F2 + F3, y = masen50
                                                0                         o
     F1, y + F2, y + F3, y = ma y   



                                    m
    − 10 N cos 30o + F3, x = 2kg ⋅ 3 2 ⋅ cos 50 o    F3, x = 12,5 N

                                    s               
                                        m
− 10 Nsen30o + 20 N + F3, y = 2kg ⋅ 3 2 ⋅ sen50o    F3, y = −10,4 N
                                       s
                                                                              106
Em coordenadas cartesianas, a terceira 
força vale:
                    
                    F3 = (12,5 N ) i + ( − 10,4 N ) ˆ
                                   ˆ                j

Para obter a força em coordenadas polares, 
devemos calcular o módulo da força e  o ângulo 
que ela faz com o eixo x:

  F3 = F32x + F32y
         ,      ,                F3 = 16 N
            F3, y
  tan θ =                      θ = −40     o
            F3, x

                                                        107
Força Gravitacional




                Terra




                        108
Força Normal
•   Esta é a força que aparece devido 
    ao contanto entre duas 
    superfícies.
•   É perpendicular a superfície onde 
    o corpo observado foi posto.
•   Surge para impedir que o corpo, 
    ao permanecer sobre a 
    superfície, acabe deformando a 
    superfície em questão.
•   Sua ausência indica que o corpo 
    não está mais sobre a superfície.




                                         109
Força Elástica




         A força elástica é sempre 
         oposta ao deslocamento, de 
         maneira a garantir o retorno 
         da mola à sua posição de 
         equilíbrio.




                                         110
Tensão (Tração)
• Quando prendemos 
  uma corda a um objeto, 
  a corda realiza uma 
  força conhecida como 
  tensão da corda; 
  fazendo o objeto se 
  mover.
• Essa força aponta do 
  objeto para a corda.


                                111
Resistência do Ar




                    112
113
Terceira Lei de Newton

Quando dois corpos interagem, as forças que 
um corpo realiza sobre outro são iguais em 
módulo e têm sentidos opostos.




          A               B



                                               114
A terceira lei de Newton nos diz como um sistema mecânico se forma. 
O sistema se forma aos  pares como um corpo agindo (ação) e outro 
reagindo (reação), com forças opostas.
Existem duas versões da terceira lei:

Fraca: o par de forças (ação e reação) são opostos, mas não estão na
linha que une os corpos.
Forte: o par de força (ação e reação) são opostos e estão na linha que 
une os corpos.

A terceira lei de Newton é uma expressão da conservação do momento. 
Um dos princípios mais queridos da Física.




                                                                          115
Exemplo 5-4
• A Figura mostra um bloco D (o bloco 
  deslizante) de massa M=3,3 kg. O bloco está 
  livre para se mover ao longo de uma 
  superfície horizontal sem atrito e está ligado, 
  por uma corda que passa por uma polia sem 
  atrito, a um segundo bloco P (o bloco 
  pendente), de massa m=2,1 kg. As massas da 
  corda e da polia podem ser desprezadas em 
  comparação com a massa dos blocos. 
                                                 116
Enquanto o bloco pendente P desce, o bloco 
deslizante D acelera para a direita. 
Determine (a) a aceleração do bloco D, (b) a 
aceleração do bloco P e (c) a tensão na 
corda.
             Bloco deslizante D


                M



     Superfície sem atrito

                                  m
                                      Bloco pendente P

                                                         117
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco D:
                      
                     FN              
                                     T
                      
                      Fg

• Diagrama de corpo livre para o bloco P:
                         
                           FN

                                
                                Fg          118
A segunda lei de Newton para o bloco D é dada por (esquecendo o movimento na 
direção vertical):

                             T = Ma (I )
A segunda lei de Newton para o bloco P é dada por:


                                T − mg = m( − a ) (II )
Subtraindo a equação (II) da equação (I), podemos obter o módulo da aceleração dos 
dois blocos (eles têm o mesmo módulo de aceleração, pois estão unidos por uma corda 
e perfazem o mesmo deslocamento em um dado intervalo de tempo):
                                      m          m
                                  a=      g = 3,8 2
                                     M +m        s
Substituindo na equação (I) obtemos a tensão na corda:

                                          Mm
                                      T=      g
                                         M +m                                    119
Exemplo 5-5
• Na Figura, uma corda puxa para cima uma 
  caixa de biscoitos ao longo de um plano 
  inclinado sem atrito cujo ângulo é  θ = 30o
A massa da caixa é m=5kg, e o módulo da força 
  exercida pela corda é T=25N. Qual é a 
  componente a da aceleração da caixa ao 
  longo do plano inclinado?


                                             120
Corda




θ




            121
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco:
                         
                         FN
                                     
                                     T
         y
                                
                    x   90º-θ   Fg




                                          122
O movimento se dá ao longo do eixo x (paralelo ao plano inclinado) a componente da 
força gravitacional é negativa e tem módulo dado pelo produto do peso pelo seno da 
inclinação do plano inclinado. Portanto a segunda lei de Newton para este caso é:


   T − mgsenθ = ma                      T
                                   a=     − gsenθ
                                        m

  Se a tensão da corda estivesse ausente, a inclinação do plano iria reduzir a 
  aceleração do bloco (comparando com uma queda livre) com um fator dado pelo 
  seno da inclinação do plano inclinado. O valor da aceleração é dado por:

                                              m
                                       a = 0,1 2
                                              s
  Portanto o bloco acelera para cima com uma aceleração de módulo baixo. Na 
  ausência da corda cairia com uma aceleração menor em módulo que a aceleração 
  da gravidade.


                                                                                      123
Exemplo 5-7
• A Figura mostra um arranjo no qual duas forças são 
                               
   aplicadas a um bloco de 4kg em um piso sem atrito, 
                              F1
   mas apenas a força      está indicada. Essa força tem 
   módulo fixo, mas o ângulo θ entre ela e o semi-eixo x 
                                         
   positivo pode variar. A força        é horizontal e seu 
                                         F2
   módulo é constante. A Figura mostra a aceleração 
   horizontal ax do bloco em função de θ no intervalo      
          .         Qual é o valor de ax para θ=180º ?
 0 ≤ θ ≤ 90
       o




                                                        124
        ax (m/s2)
F1          3
     θ
            2


           1




                0o       90o

                     θ




                               125
Solução
• A segunda lei de Newton para o bloco pode ser aplicada 
  apenas para a direção onde ocorre o movimento (eixo x):
                       F1 cos θ + F2 = ma
• Podemos usar o primeiro ponto do gráfico para obter:
                     F1 + F2 = 12 N     (I )
• O segundo ponto do gráfico fornece uma segunda equação:

                   F2 = 2 N         ( II )
• Substituindo a segunda equação na primeira equação, 
  obtemos:
                        F1 = 10 N
                                                            126
Portanto a aceleração para um ângulo de 180º será:

                               F1        F2
                          a x = cos180 +
                                      0

                               m         m
A aceleração para esse ângulo vale:

                                         m
                                 a x = −2 2
                                         s




                                                     127
Exemplo 5-9




              128
A
    B




        129
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco A:




                                            130
• Diagrama de corpo livre para o bloco B:




                                            131
132
133
Exemplo 6-5




              134
Solução




          135
136
Atrito
• Atrito é a resistência que uma superfície impõe a um corpo se movendo sobre 
    ela.
•   O atrito é tangencial à superfície envolvida.
•   O atrito é uma força oposta a força (resultante) que atua sobre um corpo, fazendo 
    com que ele se mova (ou tenha tendência a se mover) sobre uma superfície.
•   O atrito passa por três etapas. Primeiro, o atrito equilibra a força resultante que 
    age sobre corpo sobre a superfície. Segundo, o atrito atinge um valor máximo, na 
    iminência do movimento, de módulo proporcional à força normal que age sobre o 
    corpo. Terceiro, quando o corpo se move o atrito reduz seu valor, mas ainda é 
    proporcional à força normal que a superfície impõe sobre o corpo.
•   Juntos, atrito e força normal, representam as forças que uma superfície realiza 
    sobre um corpo em contato com ela. A força normal empurra o corpo para fora da 
    superfície e o atrito impede o movimento do corpo sobre a superfície.



                                                                                     137
Propriedades do Atrito




                         138
Exemplo 6-1
Se a roda de um carro estiver travada (impedida de 
girar) durante uma frenagem de emergência, o carro 
desliza pela pista. Pedaços queimados de pneus e 
pequenos trechos derretidos da pista formam as 
marcas de derrapagem. O recorde de marcas de 
derrapagem que ocorreu em uma via pública 
aconteceu em 1960 em um Jaguar na rodovia M1 na 
Inglaterra – as marcas tinha 290m de comprimento!



                                                      139
v=0




290m




             140
Solução
• Diagrama de corpo livre para o carro:




                                          141
142
Exemplo 6-3




              143
O bloco desliza sobre uma rampa e está preso por várias cordas 
(apenas uma é mostrada). A rampa é lubrificada com água para 
diminuir o coeficiente de atrito estático para 0,4. Assuma atrito 
desprezível no ponto (lubrificado) onde as cordas passam pelo 
canto superior da rampa. Se cada homem homem no topo da 
pirâmide puxa com uma força (razoável) de 686 N , quantos 
homens são necessários para colocar o bloco na iminência do 
movimento?




                  x
            y            θ



                                                                 144
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco:




                        θ




                                          145
146
Força Centrípeta




                   147
Exemplo 6-7
• Em um apresentação circense de 1901, Allo 
  “Dare Devil” Diavolo apresentou o desafio de 
  fazer uma bicicleta atravessar um loop 
  (Figura). Assumindo que o loop é um círculo 
  de raio R=2,7m, qual é a menor velocidade 
  que Diavolo deve ter no topo do loop para 
  permanecer em contato com a pista?


                                              148
R




    149
Solução
• Diagrama de corpo livre no topo do loop:




                       Direção centrípeta




                                             150
151
Exemplo 6-8
• Até mesmo os aficionados por montanha-
  russa se amedrontam quando pensam no 
  Rotor, que é essencialmente um grande 
  cilindro oco que está rodando em torno do 
  seu eixo central. Antes de uma volta começar, 
  o participante entra por uma porta lateral e se 
  apoia em uma parede coberta com uma lona. 
  A porta é fechada e quando o cilindro começa 
  a girar, o participante e a parede giram juntos.
                                                152
153
Solução
• Diagrama de corpo livre para o participante
                                y   
                                   fs
                FN

           Direção centrípeta       
                                    Fg




                                                154
(a) A segunda lei de Newton possui duas componentes: a centrípeta e a vertical

                                    f s − Fg = 0
                                   
                                             v2
                                    FN = m R
                                   

A força de atrito estática é sempre menor que o produto do coeficiente de atrito 
    estático pelo módulo da força normal:

                       R     R f s Rg                          Rg
                    v = FN ≥
                      2
                                  =   , v≥
                       m     m µs µs                           µs
Portanto a velocidade mínima será dada por:

                                   Rg   2,1m9,8m / s 2
                          vmin =      =                = 7,17m / s
                                   µs       0,4


                                                                                    155
(b) O módulo da força centrípeta é dado pela componente centrípeta da segunda lei de 
Newton:

                       v2
                 FN = m = 49kg
                               ( 7,17m / s ) = 1.200 N2


                       R            2,1m




                                                                                   156
Energia Cinética e Trabalho

         Unidade IV




                              157
6.4 Energia Cinética




                       158
Exemplo 7-1
• Em 1896 em Waco, Texas, William Crush estacionou 
  duas locomotivas em lados opostos de um ferrovia 
  de 6,4km de comprimento, e as permitiu colidir na 
  velocidade máxima na frente de 30.000 
  espectadores. Assumindo que cada locomotiva 
  pesava 1,2x106N e que a aceleração foi constante e 
  igual à 0,26 m/s2, qual era a energia cinética total das 
  duas locomotivas imediatamente antes da colisão?



                                                         159
Solução
• Podemos usar a Equação de Toriccelli para 
  obter a velocidade das duas locomotivas no 
  instante da colisão:
          v 2 = v0 + 2a∆x = 0 2 + 2 ⋅ 0,26m / s 2 ⋅ 3,2 ×103 m, v = 40,8m / s
                 2



• A massa de cada locomotiva é dada por:
                            P 1,2 ⋅106 N
                          m= =           = 1,22 × 105 kg
                            g 9,8m / s 2

• A energia cinética total das duas locomotivas 
  é dada por:  = 2 1 mv  = 1,22 ×10 kg ( 40,8m / s ) = 2 ×10 J
             K    
                    2
                         
                                 2             5              2         8

                                    

                                                                                160
Trabalho de uma força constante e de 
         uma força variável



     W = Fd cos θ    W = Fx ⋅ ∆x + Fy ⋅ ∆y




                                             161
Trabalho (conceito)
• O trabalho é a quantidade de energia 
  necessária para fazer a partícula romper com 
  seu estado de equilíbrio.
• Somente as componentes da força paralelas 
  ao deslocamento contribuem para o trabalho.
• Energia é a capacidade de um sistema físico 
  de mudar ao longo do tempo.


                                              162
163
Exemplo 7-2
•   Dois espiões industriais estão deslizando um cofre de massa 225kg, 
    inicialmente estacionário, de um deslocamento de módulo 8,5m ao longo 
    da horizontal, indo na direção do caminhão deles. O empurrão do espião 
    001 faz um ângulo de 30o com a horizontal e aponta para baixo e tem 
    módulo 12N; o empurrão do espião 002 tem módulo 10N e faz um ângulo 
    de 40o com a horizontal e aponta para cima. O módulo e a direção das 
    forças não mudam quando o cofre é deslocado horizontalmente, e o 
    atrito entre o cofre e o piso é desprezível.
•   (a) Qual o trabalho total feito pelos dois espiões durante o deslocamento 
    do cofre?
•   (b) Durante o deslocamento, qual é o trabalho da força gravitacional 
    sobre o cofre e qual o trabalho da força normal do piso sobre o cofre?
•   (c) O cofre está inicialmente em repouso, qual é a velocidade final do 
    cofre após do deslocamento?

                                                                           164
Solução
• (a) O trabalho realizado pelo espião 001 é 
  dado por:
               
         W1 = F1 • d = F1d cos θ = 12 N 8,5m cos 300 = 88,33 J

• O trabalho realizado pelo espião 002 é dado 
                
  por:     W = F • d = 10 N 8,5m cos 40 = 65,11J
              2    2
                                            o



• O trabalho total é a soma do trabalho dos dois 
  espiões:
                    W = W1 + W2 = 153,4 J


                                                                 165
(b) O trabalho da força gravitacional é dado por:


                                  Wg = Fg d cos 900 = 0

O trabalho da força normal é dado por:

                                                (
                             W = FN d cos − 90 0 = 0     )
Ambos trabalhos são nulos, pois as forças gravitacional e normal são perpendiculares 
ao deslocamento!

(c) O trabalho total é portanto dado pela soma do trabalho dos dois espiões e é igual a 
variação da energia cinética (teorema do trabalho e energia cinética):
                                      1 2 1 2             2W
                           W = ∆K =     mv f − m0 , v 2 =
                                                      f
                                      2       2            m

A velocidade final é dada por:           2W   2(153,4 J )
                                  vf =      =             = 1,17m / s
                                          m     225kg
                                                                                      166
Trabalho realizado pela força 
             gravitacional
• Como a força gravitacional aponta na direção 
  vertical e é constante, temos:
                  W = m⋅ g ⋅( y
                  g      inicial−y )
                                   final


• A massa da partícula é m, o módulo da 
  aceleração da gravidade é g e y é a altura do 
  objeto.



                                               167
Exemplo 7-6
• Um elevador de massa m=500kg está descendo com 
              vi = 4m / s
  velocidade                  ,quando o cabo de sustentação começa a 
                                                                   
                                                                 g
  deslizar fazendo com que o elevador caia com aceleração         
                                                                a=
                                                                   5

• (a) Durante a queda de 12m, qual é o trabalho da força 
  gravitacional sobre o elevador?
• (b) Durante a queda de 12m, qual é o trabalho sobre o 
  elevador realizado pela tensão no cabo de sustentação?
• (c) Qual é o trabalho resultante sobre o elevador durante a 
  queda?
• (d)Qual é a energia cinética do elevador no fim da queda de 
  12m?
                                                                  168
Solução
• (a) O trabalho da força gravitacional é dado 
  por:W = − m ⋅ g ⋅ ∆ y = − 500kg ⋅ 9,8m / s ⋅ ( − 12m) = 5,88 × 10 J
          g
                                        2                      4



• (b) Para obter o trabalho da tensão no cabo, 
  considere a segunda lei de Newton:
                                             g      4
                  T − Fg = m ⋅ a, T − mg = m − , T = m ⋅ g
                                             5      5

• O trabalho da tensão na corda será dado por:
                       4       4
  WT = Td cos 180 0 = − mgd = − 500kg ⋅ 9,8m / s 2 ⋅12m = −4,7 × 10 4 J
                       5       5



                                                                          169
(c) O trabalho total é a soma dos trabalhos da força gravitacional e da tensão no cabo:


                      W = WT + Wg = 1,18 ×10 4 J

(d) A energia cinética final pode ser obtida através do teorema do  trabalho e energia 
cinética, utilizando o trabalho total e a velocidade inicial:
 

                          W = ∆K = K f − K i
                    1 2        1
                      mvi + W = 500kg ( 4m / s ) + 1,18 ×10 4 J = 1,58 × 10 4 J
                                                2
             Kf =
                    2          2




                                                                                     170
Trabalho da força elástica
• A força elástica é diretamente oposta ao 
  sentido do deslocamento da mola, portanto é 
  uma força variável. Seu trabalho é dado por:
                    1              2 1              2
                We = ⋅ k ⋅ xinicial − ⋅ k ⋅ x final
                    2                2
• A constante de mola é k e x é o deslocamento 
  da mola.


                                                        171
Exemplo 7-8
• Na Figura, um pote de cominho de massa 
  m=0,4kg desliza sobre uma superfície 
  horizontal sem atrito com uma velocidade 
  v=0,5m/s. Então atinge uma mola de 
  constante elástica k=750N/m e a comprime. 
  Quando o pote é parado momentaneamente 
  pela mola, de que distância d a mola é 
  comprimida?

                                           172
k                
                 v
                     m

    Sem atrito




                         173
Solução
• O trabalho da força elástica é dado por:
                       1 2 1 2 1 2 1                     1
                         kxi − kx f = k 0 − k ( − d ) = − kd 2
                                                     2
              W=
                       2      2      2     2             2


• A variação da energia cinética é dada por:
                                  1 2 1 2 1 2 1 2           1
                           ∆K =     mv f − mvi = m0 − mv = − mv 2
                                  2       2     2    2      2
• O teorema do trabalho e energia cinética diz 
  que: 1     1       m    0,4kg
              kd 2 =       mv 2 , d =       v=               0,5m / s = 1,2 ×10 − 2 m = 1,2cm
          2            2                k        750 N / m


                                                                                                174
Potência
• A potência média de uma força, atuando durante um 
  intervalo de tempo Δt, é dada pelo razão do trabalho 
  realizado pela força pelo intervalo de tempo:
                                      W
                           Pmédia   =
                                      ∆t
• A potência instantânea é dada pela derivada do trabalho 
  realizado pela força em relação ao tempo:
                             dW
                          P =
                              dt
• A unidade de potência no S.I. é o Watt (W).


                                                             175
Podemos relacionar a potência média com a força média atuando sobre a partícula e a 
velocidade média:
                                       
                    Pmédia   = Fmédia • vmédia = Fmédia vmédia
Também podemos relacionar a potência instantânea diretamente com a força aplicada 
sobre a partícula, e a sua velocidade instantânea:
                                
                           P = F • v = Fv cos θ
Durante o movimento de uma máquina mecânica (por exemplo, um carro), somente a 
energia dissipada para o ambiente não é utilizada pela máquina. Podemos definir o 
rendimento da máquina, η,  como a razão entre a potência utilizada, Pu , e a potência 
total fornecida à máquina, que é soma da potência utilizada com a potência dissipada, 
Pt = Pu + Pd . Sendo assim, 

                                       Pu
                                    η=
                                       Pt
                                                                                    176
Exemplo 7-11
• Duas forças constantes agindo sobre uma caixa 
  quando a caixa se desloca para a direita sobre um 
  piso sem atrito. A primeira força é horizontal e 
  aponta no sentido oposto ao da velocidade, com 
  módulo 12N; a segunda força faz um ângulo de 60o 
  com o piso e tem módulo 4N. A velocidade da caixa 
  em certo instante é 3 m/s. Qual é a potência devida à 
  cada força naquele instante e qual a potência 
  resultante? O trabalho total está variando naquele 
  instante?

                                                     177
Solução
• A potência da primeira força é dada por:
                
           P = F1 • v = F1v cos 180 o = 2 N ⋅ 3m / s ⋅ −1 = −6W
            1


• A potência da segunda força é dada por:
                    
           P2 = F2 • v = F2 v cos 600 = 4 N ⋅ 3m / s ⋅ 0,5 = 6W

• A potência resultante é dada pela soma das duas 
  potências:             P=0
• Como a potência é a derivada do trabalho em 
  relação ao tempo, temos que o trabalho não está 
  variando naquele instante.
                                                                  178
Energia Potencial e Conservação 
          de Energia
           Unidade IV




                               179
Energia Potencial




                    180
•O valor numérico da energia potencial depende de um 
valor de referência escolhido pelo observador. Geralmente 
o valor da energia potencial na origem (onde está o 
observador), ou no infinito (muito distante do observador).
•Este valor de referência é, geralmente, o número zero.
•A energia potencial, assim, se torna uma função da posição 
atribuindo valores em energia para a possibilidade da 
partícula passar por a posição observada.
•O trabalho é realizado através da extração da energia 
potencial do sistema; transformando potencial em energia 
cinética, fazendo a partícula sair de uma posição para outra.




                                                            181
A força aplicada sobre a partícula pode ser obtida a partir da energia potencial:

                                             dU
                                     F =−
                                             dx
Um mínimo na energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio estável  
(onde a força sobre a partícula é nula, sem causas para se mover naquele ponto).




                                 U


Um máximo na energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio instável 
                                                           x
(onde a força sobre a partícula é nula, sem causas para se mover naquele ponto).



                               U


                                                        x
                                                                                    182
Exemplo 8-2
• Uma preguiça repousa sobre um galho colocado a 5m acima 
  do solo.
• (a) Qual é a energia potencial gravitacional U do sistema 
  Terra-preguiça se o ponto de referência y=0 é escolhido como 
  sendo (1) o solo, (2) um balcão três metros acima do solo, (3) 
  no galho, (4) 1 m acima do galho? Considere a energia 
  potencial gravitacional como sendo nula em y=0. 
• (b) A preguiça desce até o chão. Em cada situação qual á a 
  variação da energia potencial gravitacional do sistema Terra-
  preguiça durante a descida?


                                                              183
Solução
• (a) (1) Tomando o solo como ponto de 
  referência, temos para a energia potencial 
  gravitacional: U = mgy = 2kg ⋅ 9,8m / s 2 ⋅ 5m = 98 J
• (2) Considerando o balcão como ponto de 
  referência, a altura da preguiça vale 2m, 
  portanto: U = mgy = 2kg ⋅ 9,8m / s 2 ⋅ 2m = 39,2 J
• (3) Tomando o galho como ponto de 
  referência, a altura da preguiça vale 0, 
  portanto:  U = mgy = 2kg ⋅ 9,8m / s ⋅ 0 = 0 J
                                   2



                                                          184
(4) Escolhendo o ponto de referência como estando a um 1m acima do galho, a altura da 
preguiça vale -1m, portanto:
                           U = mgy = 2kg ⋅ 9,8m / s 2 ⋅ ( − 1m ) = −19,6 J

(b) Para todos os pontos de referência observa-se que a variação na altura da preguiça foi 
-5m, portanto a variação na energia potencial será a mesma nas quatro situações:


                ∆U = mg∆y = 2kg ⋅ 9,8m / s 2 ⋅ ( − 5m ) = −98 J




                                                                                       185
Força conservativa e força dissipativa
• Força conservativa é aquela em que o 
  trabalho em uma trajetória fechada é nulo. 
  Com isso o trabalho da força conservativa 
  independe do caminho. Exemplo: força 
  gravitacional e força elástica.
• Força dissipativa é aquela em que o trabalho 
  em uma trajetória fechada é diferente de 
  zero. Exemplo: força de atrito. 

                                                  186
Energia Mecânica
• A energia mecânica é a soma da energia cinética com 
  a energia potencial:

                     Emecânica = K + U
• Para partículas submetidas à uma força conservativa, 
  temos um dos princípios mais queridos da Física: a 
  conservação da energia (mecânica)! A energia 
  mecânica não muda com o passar do tempo.
                       Einicial = E final


                                                     187
•No caso de forças dissipativas, a energia mecânica não é 
conservada. Neste caso, ela se transforma em outras formas de 
energia: calor, som, etc. Sendo assim, a energia mecânica 
acaba diminuindo, enquanto a energia do ambiente (onde a 
partícula se encontra) acaba aumentando; através da injeção 
de energia devida ao trabalho das forças dissipativas.
• O trabalho das forças dissipativas é igual a variação da energia 
mecânica do sistema:


                      Wdissipativas = ∆Emecânica
•Apesar da energia mecânica não ser conservada, a energia do 
sistema : ambiente mais partícula é conservada. Sendo assim, 
podemos garantir que a energia (total) ainda é conservada.


                                                               188
Exemplo 8-3
• Uma criança de massa m desce até o solo 
  através de um toboágua à uma altura de 8,5m 
  acima do solo. Assumindo que o toboágua é 
  uma superfície sem atrito devido à água 
  contida nele, obtenha a velocidade da criança 
  quando ela chega ao solo.




                                              189
Solução
• Como não existe atrito no toboágua, a energia 
  mecânica é conservada durante o 
  deslocamento da criança. No alto do toboágua 
  a sua energia mecânica é devida à energia 
  potencial:
                    Etopo = mgh

• Quando chega no solo, a energia mecânica da 
  criança é devida somente a energia cinética:
                             1 2
                   Esolo =     mv
                             2
                                              190
Como a energia mecânica se conserva, temos a seguinte equação:


                                Etopo = Esolo
                                        1 2
                                mgh =     mv
                                        2

                       v = 2 gh = 2 ⋅ 9,8m / s 2 ⋅ 8,5m = 13m / s




                                                                    191
Exemplo 8-7
• Na Figura, um pacote de pamonha desliza sobre um 
  piso com velocidade            . Ele atinge, então, uma 
                                         i  v = 4m / s
  mola; comprimindo-a até parar momentaneamente. 
  O caminho até a mola, inicialmente relaxada, é sem 
  atrito, mas a partir do instante em que o pacote 
  começa a comprimir a mola, uma força de atrito de 
  módulo 15N atua sobre o pacote. Se k=10.000 N/m, 
  de que distância d a mola é comprimida pelo pacote?



                                                        192

    vi
k

         Pacote de Pamonha




                             193
Solução
• Como existe atrito durante a compressão da mola, 
  não podemos assumir que a energia mecânica se 
  conserva. Neste caso o trabalho da força de atrito 
  será igual a variação na energia mecânica. A energia 
  mecânica inicial era devida à energia cinética do 
  pacote:                   1 2
                      Ei =        mvi
                             2
• A energia mecânica final é devida à energia potencial 
  elástica da mola:        1
                                  k(− d )
                                            2
                       Ef =
                              2

                                                      194
O trabalho da força de atrito será dado por:

                                    W = fk ⋅ ( − d ) = − fk ⋅ d
Este trabalho será igual a variação na energia mecânica:

                                       W = ∆E = E f − Ei
A equação anterior pode ser escrita na seguinte forma:
                                         1 2           1
                                           kd + f k d − mvi2 = 0
                                         2             2
Cuja solução será:

                                         − fk +      f k2 + kmvi2
                                   d=
                                                     k
A solução negativa foi esquecida pois seria uma solução inválida, pois apontaria uma 
distensão da mola e não uma compressão. Substituindo os valores:

                     − 15 N + (15 N ) 2 + (10.000 N / m) ⋅ 2kg ⋅ ( 4m / s )
                                                                       2

                  d=                                                        = 0,055m = 5,5cm
                                        10.000 N / m

                                                                                               195
Exemplo 8-8
• A figura mostra uma encosta montanhosa e 
  um vale aonde um deslizamento acontece. As 
  rochas tem uma massa total m, caem de uma 
  altura y=H, movem-se de uma distância d1 ao 
  longo de uma encosta de inclinação θ=450 , e 
  depois movem de uma distância d2 ao longo 
                                     d
  de um vale plano. Qual é a razão     , se o 
                                   2
                                     H
  coeficiente de atrito cinético tem um valor 
  razoável de 0,6?
                                              196
Rochas
y=H

                d1
       θ             d2

 y=0
                     Vale




                            197
Solução
• A energia mecânica no início deslizamento é 
  devida apenas a energia potencial 
  gravitacional das rochas:
                      Ei = mgH

• A energia mecânica final é nula:
                       Ef = 0
• Para obter a força de atrito na encosta 
  considere o diagrama de corpo livre:
                                                 198
y

                                                     
                                                     FN
                                
                        x       fk
                                               
                                               Fg      θ
                                        θ



A segunda Lei de Newton para a componente y é dada por:

                            FN − mg cos θ = 0
De maneira que a força de atrito cinética será dada por:
                                     f k ,1 = µ k mg cos θ


                                                             199
Para obter a força de atrito cinético no vale, vamos utilizar o seguinte diagrama de corpo 
livre:
                                                      
                                                      FN
                y
                        x       
                                fk

                                                        
                                                        Fg
A segunda Lei de Newton para a componente y é dada por:

                                            FN − mg = 0

Portanto a força de atrito cinético no vale será:

                                               f k , 2 = µ k mg
O trabalho da força de atrito será dado por:

                            W = ( − f k ,1 ) d1 + ( − f k , 2 ) d 2 = − µ k mgd1 cos θ − µ k mgd 2

                                                                                                     200
A distância d1 pode ser obtida em termos da altura da encosta, H, através do uso da 
trigonometria:
                                               H          H
                                      senθ =      , d1 =
                                               d1        senθ
De maneira que o trabalho da força de atrito é dado por:

                                                     H          
                                       W = − µ k mg        + d2 
                                                     tan θ      
O trabalho da força de atrito é igual a variação na energia mecânica:

                                           H           
                        W = ∆E , − µ k mg        + d 2  = −mgH
                                           tan θ       
Resolvendo a equação anterior para d2/H, nós obtemos:

                              d2   1   1   1     1
                                 =   −   =   −         = 0,67
                              H µ k tan θ 0,6 tan 45 0




                                                                                       201
Centro de Massa e Momento 
           Linear
         Unidade V




                             202
Centro de Massa
• O centro de massa é a partícula equivalente que 
  substitui todas as partículas de um sistema, 
  possuindo a massa total do sistema de partículas.
• O centro de massa é a média ponderada das 
  posições das partículas, com a massa de cada 
  partícula sendo o peso associado à cada posição da 
  partícula:
                      n                               n                               n

                     ∑m x    i       i               ∑m y    i       i               ∑m z    i i
             xCM =   i =1
                        n
                                         ,   yCM =   i =1
                                                        n
                                                                         ,   zCM =   i =1
                                                                                        n

                     ∑m
                      i =1
                                 i                    ∑m
                                                      i =1
                                                                 i                   ∑m
                                                                                      i =1
                                                                                              i




                                                                                                   203
Exemplo 9-1
• Três partículas de massa m1=1,2kg, m2=2,5kg e 
  m3=3,4kg formam um triângulo equilátero de 
  lado a=140 cm. Qual é o centro de massa do 
  sistema?                 m
                           3

            y
                a
                               a

       m1
                                     m2

                       a
                                          x

                                              204
Solução
• As posições das partículas são dadas por:
      Partícula               Componente x da        Componente y da
                              posição                posição
      1                       0                      0
      2                       a=140cm                0
      3                       a/2=70cm                 3
                                                         a = 120cm
                                                      2


• Componente x do centro de massa:
              m1 x1 + m2 x2 + m3 x3 1,2kg ⋅ 0 + 2,5kg ⋅140cm + 3,4kg ⋅ 70cm
      xCM =                        =                                        = 83cm
                 m1 + m2 + m3                 1,2kg + 2,5kg + 3,4kg


                                                                                     205
Componente y do centro de massa:


                m1 y1 + m2 y2 + m3 y 3 1,2kg ⋅ 0 + 2,5kg ⋅ 0 + 3,4kg ⋅120cm
        yCM =                         =                                     = 58cm
                    m1 + m2 + m3              1,2kg + 2,5kg + 3,4kg




                                                                                     206
Para o caso de um corpo contínuo, devemos trocar a soma por um integral e as 
massas pela densidade (“derivada” da massa em relação ao comprimento, área e 
volume do corpo).

Unidimensional:


 xCM     =
           ∫ xλdl ,    yCM   =
                               ∫ yλdl ,    zCM   =
                                                   ∫ zλdl
             M                   M                   M
Bidimensional:

   xCM   =
           ∫ xσdA ,    yCM   =
                               ∫ yσdA ,   zCM    =
                                                   ∫ zσdA
              M                  M                   M
Tridimensional:

    xCM   =
            ∫ xρdV ,   yCM   =
                               ∫ yρdV ,   zCM    =
                                                   ∫ zρdV
                 M               M                   M



                                                                                207
Exemplo 9-2
• A Figura mostra um disco de densidade 
  superficial de massa uniforme de raio 2R em 
  que um buraco de raio R foi feito em uma 
  linha de montagem. Utilizando o sistema de 
  coordenadas xy mostrado, encontre a posição 
  do centro de massa do disco.




                                            208
y




    x




        209
Solução
• Primeiro devemos encontrar o centro de 
  massa de um disco homogêneo. Como a 
  densidade superficial de massa é constante, 
  apenas devemos buscar o centróide (centro 
  geométrico) do disco:
                     R 2π                             R 2π

                     ∫ ∫ r cosθrdθdr                  ∫ ∫ rsenθrdθdr
             xCM =   0 0
                                       = 0,   yCM =   0 0
                                                                       =0
                            πR   2
                                                             πR   2




• Portanto o centróide se localiza no centro do 
  disco!
                                                                            210
O centro de massa da placa poderá ser obtido através do centro de massa do disco 
completo, para isso considere o disco sendo composta pelo disco com o buraco, S, e o 
buraco, B, D=S+B. Sendo o disco composto por essas duas partículas, nós obtemos a 
seguinte equação:


                           xD =
                                  (     2
                                                )
                                π ( 2 R ) − R 2 xS + πR 2 ⋅ (− R)
                                                                  =0
                                            π ( 2R)
                                                    2



                         yD =
                                  (     2
                                                )
                               π ( 2 R ) − R 2 y S + πR 2 ⋅ (0)
                                                                =0
                                          π ( 2R )
                                                   2

Resolvendo as duas equações, nós encontramos a posição do disco com o buraco:


                                                  R
                                             xs =
                                                  3
                                             ys = 0
                                            




                                                                                   211
A força que atua sobre a partícula equivalente, o centro de massa é a força 
resultante que atua no sistema de partículas (ou corpo contínuo). A massa do centro 
de massa é a massa total do sistema de partículas, M; sua aceleração é a derivada 
segunda da posição do centro de massa em relação ao tempo.

A segunda lei de Newton para o centro de massa é dada por:
               Fres , x = M ⋅ aCM , x , Fres , y = M ⋅ aCM , y , Fres , z = M ⋅ aCM , z ,
onde
                             n
                  M = ∑ mi ,
                            i =1

                              d 2 xCM             d 2 yCM             d 2 zCM
                  aCM , x   =         , aCM , y =         , aCM , z =
                                dt 2                dt 2                dt 2




                                                                                            212
Exemplo 9-3
• As três partículas na Figura estão inicialmente 
  em repouso. Cada uma experimenta forças 
  devidas às partículas fora do sistema. As 
  direções estão indicadas, e os módulos são F1 
  = 6N, F2=12N e F3=14N. Qual a aceleração do 
  centro de massa do sistema, e em que direção 
  ele se move?


                                                213
y
                  θ=45o


4kg         8kg



                      x




          4kg




                          214
Solução




          215
216
Momento linear
• O momento é relacionado com a capacidade 
  de um ente físico mudar de um lugar para 
  outro (no espaço).
• Para uma partícula pontual (ponto dotado de 
  massa), o momento linear (em um sistema 
  coordenadas cartesiano, referencial de 
  Galileu) é dado por:
                        
                   p = m⋅v

                                             217
Momento linear do C.M.
• Para um sistema de partículas, o momento do sistema de 
  partículas é o momento do centro de massa (momento da 
  partícula equivalente)
• O momento do centro de massa é a soma dos momentos de 
  cada partícula:
                        n                   
                                            drCM
                 PCM = ∑ mi ⋅ vi , PCM = M ⋅
                       i =1                   dt
• Para o caso contínuo, o momento do centro de massa 
  (momento do corpo) é dado em termos da densidade de 
  massa:                       
                         P = ∫ ρv dV

                                                         218
Impulso
• O impulso, J, de uma força mede o quanto a 
  força (efetivamente) contribuiu para produzir 
  movimento sobre a partícula em um intervalo 
  de tempo:
                               
                  J = ∫ F ⋅ dt = Fmédia ⋅ ∆t
• Através da segunda lei de Newton, podemos 
  obter o teorema do impulso momento-linear:
                                         
     J res = ∆p = p f − pi , J res = PCM , f − PCM ,i
                                                    219
Exemplo 9-5
• Colisão contra o muro de carros de corrida. A Figura é uma 
  vista superior da trajetória de um carro de corrida quando 
  entra em rota de colisão com um muro de proteção. 
  Imediatamente antes da colisão, ele está trafegando com 
  uma velocidade vi=70m/s ao longo de uma linha reta fazendo 
  um ângulo de 30º com o muro. Imediatamente depois da 
  colisão a velocidade era vf=50m/s e fazia um ângulo de 10º 
  com o muro. A massa do piloto é m=80kg.
• (a) Qual é o impulso sobre o piloto devido à colisão?
• (b) A colisão dura 14ms. Qual é o módulo da força média que 
  age sobre o piloto durante a colisão?

                                                            220
Solução




          221
222
O impulso faz com que a conservação do momento seja quebrada. Sendo assim, somente 
a presença da força durante aquele intervalo de tempo impede a conservação do 
momento.


                             Choques Mecânicos

    Tipo de Choque          Conservação            Condição do sistema
                                                   de partículas

    Elástico.               Energia Cinética.      Isolado.
                            Momento Linear.        Sem forças internas.

    Inelástico.             Momento Linear.        Isolado.
                                                   Com forças internas.




                                                                             223
Conservação do momento linear
• Se as forças externas que atuam sobre um 
  sistema possuem uma resultante nula, o 
  momento linear é conservado.
                             
                   Pinicial = Pfinal
• Isto se deve à forma geral da segunda lei de 
  Newton (que admite a mudança da massa 
  com o decorrer do tempo):
                                     
                         dp        dP
                   Fres =    , Fres = CM
                          dt          dt

                                                  224
Exemplo 9-6 
• Explosão unidimensional. Uma urna de 
  votação de massa m=6kg desliza com 
  velocidade v=4 m/s em um piso sem atrito no 
  sentido positivo de um eixo x. A urna explode 
  em dois pedaços. Um pedaço, de massa 
  m1=2kg, se move no sentido positivo do eixo x 
  com velocidade v1=8 m/s. Qual é a velocidade 
  do segundo pedaço, de massa m2?

                                              225
Solução




          226
227
Exemplo 9-8




              228
y




A       C
                  80o

    B

                        x

                50o




                            229
Solução




          230
231
Exemplo 9-9
• O pêndulo balístico era usado para medir a velocidade de 
  projéteis antes que os dispositivos eletrônicos fossem 
  inventados. A versão mostrada na Figura era composta por 
  um grande bloco de madeira de massa M=5,4kg, pendurado 
  por duas cordas compridas. Uma bala de massa m=9,5g é 
  disparada contra o bloco e sua velocidade se anula 
  rapidamente. O sistema bloco-bala oscila para cima, com o 
  centro de massa subindo a uma distância h=6,3 cm antes de o 
  pêndulo parar momentaneamente no final da trajetória em 
  arco de circunferência. Qual é a velocidade da bala antes da 
  colisão?


                                                             232
M

m

        h




            233
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  1. R