Uma nova galinha chamada galinha d'angola chega ao galinheiro causando brigas por seu canto alto. Quando um incêndio começa, só o canto alto da galinha d'angola alerta as outras galinhas, que acabam por perceber que ela só queria ajudar e passam a aceitá-la.
3. Naquele galinheiro sempre houve muita harmonia. As galinhas eram amigas, trocavam confidências e procuravam sempre se ajudar. Até que um dia...
4. Chega no galinheiro uma galinha diferente das outras. E, já chega fazendo pose, olhando as outras com pouco caso, achando-se superior a todas. Quem seria ela? Quem seria essa metida tão diferente das outras? Vocês já viram a metida que chegou???
5. É essa aí... Ouviram dizer que é uma tal galinha d’angola, uma raça trazida da África há muito tempo, na época da escravidão no Brasil. É uma galinha escura, com bolas brancas e muito escandalosa.
6. As amigas galinhas conversam... -Comadre, como é que nós vamos aguentar essa outra que chegou? Ela é muito escandalosa! -Pois é, comadre, minhas crianças andam muito assustadas com ela... É só aparecer alguém ou um barulho estranho que ela começa na maior gritaria. E como grita!!! E ainda por cima grita: “Tô fraco, tô fraco, tô fraco!!” Pode uma coisa dessas acontecer por aqui?
7. A vida no galinheiro virou um verdadeiro inferno! Era só briga o dia todo, ninguém aguentava mais... A galinha d’angola gritava: “Tô fraco, tô fraco...” e as outras gritavam: “Cale a boca, cale a boca, pare de ser escandalosa!” Eu sou o manda-chuva daqui e não sei mais o que fazer!?!?!
8. Os dias vão passando, mas a confusão, a brigaiada não... É só pena voando dia e noite, uma verdadeira guerra!!! Vem, marido, vamos embora daqui!!!
9. A galinha d’angola não entendia a razão de tanta implicância! Achava que era porque era diferente, não sabia cantar como as outras... E ficava triste, muito triste, sentindo-se só e abandonada por todos.
10. Uma noite... Silêncio... Todos dormiam... Menos a galinha d’angola que gritava na maior agitação e, todos acabaram acordando e, é claro, saiu mais uma briga daquelas! Será que ninguém mais tinha sossego naquele galinheiro? Mas, nada da galinha calar a boca – só gritava, gritava!!!
11. Mas, perceberam um grande clarão vermelho lá no meio da fazenda e calorão tremendo!!! O que poderia ser??? Mas, sentiam que alguma coisa errada estava acontecendo... E a d’angola continuava a gritar, a gritar... Será que ninguém entendia o que estava acontecendo???
12. Era um grande incêndio!!! Foi a maior correria – as galinhas salvando os filhos, o galo salvando as galinhas... Correram, correram pra longe, bem longe, pois o fogo já estava chegando perto do galinheiro.
13. Quando já estavam a salvo se lembraram daquela que os salvou – a galinha d’angola! Precisavam agradecer! Mas, onde estava ela??? Estava escondida, e também muito assustada... Será que iam brigar com ela de novo? Ela só quis ajudar...
14. Queriam agradecer , só isso!!! Só isso nada!!! Queriam que ela aceitasse desculpas por tudo que tinham feito a ela... Foram perdoados e, a d’angola passou a ser a “rainha do galinheiro” e... Ninguém mais implicou com o seu “tô fraco, tô fraco, tô fraco”...
15. Estória criada e formatada por MIMA (WILMA) BADAN, a VOVÓ MIMA [email_address] MÚSICA: Chorinho na praia – Jacob do Bandolim IMAGENS: da Net (Repasse com os devidos créditos) BLOG: wwwcasadavovomima .blogspot.com OUTRAS ESTÓRIAS em: www.slideshare.net/mimabadan PARA MINHAS NETAS QUERIDAS, PIETRA e MARTINA, com o carinho da Vovó