O documento discute espécies exóticas invasoras, definindo-as como espécies fora de sua área natural que ameaçam espécies nativas. Essas espécies se tornam invasoras quando se adaptam bem ao novo ambiente sem predadores, competindo por recursos. Exemplos incluem o pinheiro americano e a tilápia, que prejudicam a biodiversidade e economia, enquanto mosquitos da dengue ameaçam a saúde. Educação e controle são necessários para evitar danos.
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Espécies exóticas invasoras
1. Espécies Exóticas
Invasoras
Disciplina: Tecnologias Educacionais para o Ensino
de Ciências e Biologia
Componentes: Mariza Ligiero
Mirian Ramos
2. O que são:
Espécies exóticas são aquelas que se
encontram fora de sua área de distribuição
natural e, quando oferecem ameaça às espécies
nativas, bem como à vida humana, aos
ecossistemas ou habitats, são chamadas de
espécies exóticas invasoras.
3. Fatores que levam uma espécie a se
tornar invasora:
A adaptação às condições do ambiente no qual se inseriu;
ausência de predadores e
degradação dos ambientes naturais.
Nestas condições a espécie exótica passa a competir com
as espécies nativas por recursos - como território, água,
alimento e inclusive, em alguns casos, se alimentando
destas, causando um grande impacto ao ambiente.
4. Efeitos negativos das espécies exóticas
invasoras:
São consideradas a segunda maior ameaça à
biodiversidade.
Pinus (Pinus sp. ) - nativo da América do Norte, foi introduzido para
produção de madeira, papel e celulose. Muito agressiva, o pinheiro
americano prolifera rapidamente e domina ambientes naturais,
impedindo a instalação de outras formas de vegetação.
Carpas (Cyprinus carpio) e Tilápias ( Oreochromis niloticus) - originárias
da África e Ásia, predam espécies nativas, alteram o pH e nível de
oxigênio da água. A tilápia, ainda, pode causar erosões, uma vez que
tem como hábito reprodutivo cavar buracos nas bordas de lagos.
Coral Sol (Tubastraea sp.) – oriunda da Ásia, praticamente extermina a
vida marinha no local em que se instala. A grande ameaça é sua
migração para o extremo sul da Bahia. Caso isso ocorra, a espécie deve
alterar a região de Abrolhos, uma das mais ricas do oceano atlântico.
5. Causam prejuízos à economia.
Unha do diabo (Cryptostégia grandiflora ) - A carnaúba, espécie de
planta típica brasileira, tem sido ameaçada por essa espécie de planta
de Madagascar, Esta de enrosca na carnaúba, sufocando-a e causando
sua morte, acarretando prejuízos, inclusive econômicos, pelo fato de que
a cera desta é fonte de renda para muitos moradores da região.
Javali (Sus scrof) - Os ataques de javali a lavouras de milho, em Rio
Brilhante, cidade localizada a 163 quilômetros de Campo Grande,
causaram prejuízos de R$ 1 milhão de acordo com a Famasul
(Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).
Gafanhoto africano (Acridium edipoda migratorium) - é um gafanhoto
perigoso, migrador. Os insetos desta espécie viajam muitos quilômetros
por dia, milhares deles em cada migração, em nuvens tão espessas que
tapam o sol. Quando pousam, devoram até à última folha verde.
6. Constituem riscos à saúde humana.
Caramujo-gigante africano (Achatina fulica) - Ele destrói plantações e
também pode transmitir moléstias, como a angiostrongilíase (infecção
causada por parasita e que pode levar crianças à morte).
Mosquito da dengue ( Aedes aegypti ) - Pode ser encontrado em várias
regiões da África e América do Sul, inclusive no Brasil. Em nosso país,
tem transmitido a dengue a uma grande quantidade de pessoas. A
dengue, se não tratada corretamente, pode levar o indivíduo a morte.
Pombos ( Columba livia ) - Segundo os pneumologistas existem três
tipos de doenças transmitidas pelos pombos: infecções bacterianas ou
por fungos, reações alérgicas e doença intersticial pulmonar, que pode
cursar com fibrose pulmonar.
7. Embora não existam números precisos, calcula-se
que as espécies exóticas invasoras causem
prejuízos de US$ 1,4 trilhão por ano no mundo:
US$ 137 bilhões só nos Estados Unidos e US$
49 bilhões no Brasil. Mesmo assim, ainda se
gasta muito pouco na prevenção, no controle e na
erradicação dessas espécies.
8. Como evitar a introdução de espécies
invasoras em ambientes naturais:
Não transportar espécies, nem bulbos ou sementes como
recordação de viagens.
Evitar o cultivo e a distribuição de mudas de plantas e
árvores exóticas invasoras.
Substituir as espécies exóticas de seu jardim, por espécies
nativas.
Não soltar e nem abandonar animais de estimação em
florestas, parques ou outros ambientes naturais.
Não jogar o conteúdo do seu aquário em lagos, rios, lagoas,
açudes ou mares.
9. Para uma efetiva mobilização, faz-se necessária
a inclusão de campanhas educativas e da
temática no currículo escolar da educação
básica, assim como a ampliação da divulgação
nas mídias populares.