2. Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo
criar várias situações de leitura e análise textual, a
fim de levar os alunos a desenvolverem capacidades
leitoras além da decodificação,contemplando assim a
leitura cidadã que envolve as capacidades de
apreciação e réplica e de compreensão por meio da
ativação de conhecimentos de mundo, antecipação
de conteúdos, checagem de hipóteses, localização e
comparação de informações e por fim
generalizações.
3. PÚBLICO ALVO: 6º ano
TEMPO PREVISTO: 5 a 6 aulas
CONTEÚDO E TEMAS: Capacidades de leitura
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: ativar o conhecimento de mundo,
antecipar e checar hipóteses, localizar e comparar informações, elaborar
conclusões, produzir inferências locais e globais, reconhecer a
intertextualidade a interdiscursividade e outras linguagens e elaborar
apreciações relativas a valores estéticos e políticos.
ESTRATÉGIAS: aula interativa, com a participação dialógica do aluno, com
a preparação e o conhecimento de estratégias de leitura por parte do
professor; rodas de leitura; trabalhos em grupo; uso de recursos
audiovisuais; valorização de um aprendizado ativo centrado especialmente
no refletir.
RECURSOS: texto, letra de música, vídeo, dicionário de Língua Portuguesa
AVALIAÇÃO: desenvolvimento de atividades durante os debates,
elaboração da ficha técnica, apresentação oral.
4. ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTOS DE MUNDO;
ANTECIPAÇÃO OU PREDIÇÃO; CHECAGEM DE
HIPÓTESES
Professor, importante! O objetivo dessa atividade não é fazer com que os
alunos respondam questões complexas que demonstrem seu
conhecimento prévio.Você deverá considerar a idade e o repertório que
possuem.
- Você tem animal de estimação ?
- Que animal?
- Você já viu um avestruz ?
- Conhece a expressão “ fulano tem estômago de avestruz” o que significa
isto ?
- Como seria ter uma avestruz como animal de estimação em casa ?
Agora leia o texto “Avestruz” de Mário Prata
5. Avestruz
Mário Prata
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz.
Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me
mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa,
em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação
deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em
domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro
da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e
cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho,
a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a
minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem
absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso,
então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em
bandos por aí assustando as demais aves normais.
6. Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo
depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio
abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é
o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de
salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro
erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta
anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não
têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois
ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala
do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais
o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de
ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times
inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de
vez em quando cai bem.
7. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por
cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que
fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2
Caderno aluno p. 9
Caderno do Professor p. 18
8. LOCALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES;
COMPARAÇÃO DE INFORMAÇÕES;
GENERALIZAÇÕES.
Professor! O objetivo dessa atividade é levar os alunos a construírem caminhos
de leitura que revelem uma informação, muitas vezes despercebida no texto.
Preencha a ficha técnica abaixo, com base nas informações do texto:
Ficha Técnica
Nome científico
Peso
Altura
Expectativa de vida
9. PARAVOCÊ, PROFESSOR!
Sobre o conceito de inferência, Maria Laura Franco, autora do livro
Análise de conteúdo, diz:“Se a descrição(a enumeração das características
do texto, resumida após um tratamento inicial) é a primeira etapa
necessária e se a interpretação(a significação concedida a essa
características) é a última fase, a inferência é o procedimento
intermediário que vai permitir a passagem, explícita e controlada, da
descrição à interpretação”.
FRANCO, Maria Laura. Análise de conteúdo.
Brasília: Liber Livro, 2007. Série Pesquisa,
sob coordenação de Bernadete A. Gatti.
10. PRODUÇÃO DE INFERÊNCIAS LOCAIS;
PRODUÇÃO DE INFERÊNCIAS GLOBAIS
Responda às questões:
Você sabe por que os animais tem nomes
científicos?
Na sua opinião por que o garoto desistiu de ter o
avestruz e se interessou em gaivotas e urubus?
11. RECUPERAÇÃO DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO;
DEFINIÇÃO DE FINALIDADES E METAS DA
ATIVIDADE DE LEITURA
Professor, uma dica! É importante que os alunos
observem os traços característicos de uma crônica.
O texto que você leu é uma crônica, geralmente os
textos deste gênero são publicados em jornais. Quem
você acha que lê este tipo de texto?
Uma das características da crônica é a narrativa atual de
um fato do cotidiano. Que elementos do próprio texto
confirmam isto?
12. PROFESSOR,ATENÇÃO!
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou
implícita de um texto em outro.Também pode ocorrer com outras formas
além do texto, música, pintura,filme, novela etc.Toda vez que uma obra
fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua
citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é
indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante
para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer
e identificar quando há um diálogo entre os textos.A intertextualidade
pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-
as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-
parodia/
13. PERCEPÇÃO DAS RELAÇÕES DE
INTERTEXTUALIDADE ; PERCEPÇÃO DAS
RELAÇÕES DE INTERDISCURSIVIDADE
Leia a letra da música Avestruz de Dé Di Paula e
Zé Henrique:
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/de-di-
paula-ze-henrique/avestruz.html
Compare as informações referentes às
características do avestruz com as informações na
letra da música e na ficha que você elaborou.
Aponte as semelhanças entre os textos.
14. PERCEPÇÃO DE OUTRAS LINGUAGENS; ELABORAÇÃO
DE APRECIAÇÕES ESTÉTICAS E AFETIVAS; ELABORAÇÃO
DE APRECIAÇÕES RELATIVAS AVALORES ÉTICOS E
POLÍTICOS
Agora participe junto com seus colegas de um
debate a respeito da imposição de limites pelos
pais :
Você acha normal o pedido do garoto?
E os pais atenderem ao pedido do garoto, você
concorda?
15. Junto com seu professor, assista ao vídeo: O
avestruz nascendo.
Disponível em: www.youtube.com/watch?
v=P_rAtx0wcAE
Compare as informações do vídeo com o
texto de Mário Prata e responda:
O que dá o tom de humor ao texto?
16. BIBLIOGRAFIA
DOLZ , J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita.
Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In “Gêneros Orais e
escritos na escola”. Campinas(SP): Mercado de Letras; 2010
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE:
CENP, 2004.
Textos:
Avestruz, de Mário Prata
Disponível em: http://efp-
ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/404291,36D/Assets/linguaportuguesa/pdf/Avestruz
.pdf
Avestruz, de Dé Di Paula e Zé Henrique
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/de-di-paula-ze-henrique/avestruz.html
Vídeos:
Avestruz
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=P_rAtx0wcAE
17. Caderno do professor :língua portuguesa, ensino fundamental – 5ª série, volume 4/
Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim
de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira Mateos, José Luís Marques
López Landeira. – São Paulo:SEE, 2009
Caderno do professor :língua portuguesa, ensino fundamental – 6ª série, volume 2/
Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim
de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira Mateos, José Luís Marques
López Landeira. – São Paulo:SEE, 2009
Caderno do professor :língua portuguesa, ensino fundamental – 7ª série, volume 2/
Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim
de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira Mateos, José Luís Marques
López Landeira. – São Paulo:SEE, 2009
18. COMPONENTES DO GRUPO 8 – TURMA 1:
EDNALDO TORRES DA SILVA – DER – Leste 3
JANE RÚBIA ADAMI – DER – Centro Oeste
MÔNICA SILVA DE LIMA – DER Leste 1