SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 51
Os desafios osmoticos dos ambientes aquático e terrestre Aula 02 Silvia Mitiko Nishida
INVERTEBRADOS Aquáticos e Terrestres
A maioria dos invertebrados marinhos são  isosmóticos  em relação ao mar. Não enfrentam o movimento osmótico de água, mas precisam regular a composição de solutos, que é diferente daquela do mar. AMBIENTE MARINHO Libinia emarginata
Os invertebrados marinhos são, na maioria, ISOSMOTICOS em relação à água do mar. Entretanto, precisam regular determinados tipos de íons como o  Mg ++  e o SO 4  -   - mM/Kg de água Cátions Anions Na Mg Ca K Cl SO4 Proteínas Água marinha 478,3 54,5 10,5 10,1 558,4 28,8 - Medusa 474 53,0 10,0 10,7 580 15,8 0,7 Ouriço do mar 474 53,5 10,6 10,1 557 28,7 0,3 Lula 456 55,4 10,6 22,2 578 8,1 150,0 Caranguejo (Maia) 488 44,1 13,6 12,4 554 14,5 - Caranguejo (Carcinus) 531 19,5 13,3 12,3 557 16,5 60 Lagosta  541 9,3 11,9 7,8 552 19,8 33
Já vimos que a variação de volume celular é indesejável.  Uma tática é a de adicionar e remover, controladamente,  osmólitos  nos fluidos corporais.  Os eletrólitos (Na +  ou K +)  não são desejáveis porque afetam a velocidade das reações enzimáticas mas  solutos orgânicos e neutros  como aminoácidos (glicina, alanina, etc.) e outros osmólitos (betaina, TMAO) são muito uteis.  Soluto  Adicionado (M) Km (um) 40 80 120 160 200 0 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8 1,0 Lis Arg K K Na Na Glicina Betaina TMAO
A medusa precisa manter os níveis de SO 4  mais baixos do que meio para garantir a flutuabilidade, ou seja, regular a densidade do corpo.  Ele é um regulador iônico e, ao mesmo tempo, osmoconformador. E precisa eliminar  magnésio que competem com o  cálcio. Por que 1Kg de cortiça flutua mas 1 Kg de aço, não? Porque mesmo tendo a mesma massa, a cortiça ocupa um volume muito maior, ou seja, a  densidade  (massa/volume) da cortiça é menor do que a do líquido circundante e, a densidade do aço maior. O nosso corpo é um pouco menos denso do que da água porque há ar nos pulmões e presença de gordura na nossa constituição, flutuamos com facilidade.
Entre 200 e 650 mOsm/Kg, o  Upogebia  é osmorregulador hiperosmotico e o  Callianassa , osmoconformador. Acima de 650mOsm/Kg, o Upogebia torna-se conformador usando a  glicina  como osmolito. Regulação  hiperosmótica Osmocoformador
Por onde ocorrem as trocas (obrigatórias ou reguladas) de solventes e de soluto? Epitélio de Revestimento Brânquias Pele Nefrídios Trato gastrintestinal 0,5 1,7 0,7 1,5 1,5 0,0 0,0
Os invertebrados de água doce são hiperosmóticos e hipertônicos em relação ao  meio circundante: SÃO OSMOREGULADORES E IONOREGULADORES ATIVOS. AMBIENTE DE ÁGUA DOCE Todos esses  animais ganham água osmoticamente pois a água doce é bastante diluída em relação aos fluidos corporais. O excesso de água é eliminado na urina e como conseqüência, o fluxo urinário é bastante elevado quando comparado com os invertebrados marinhos. A eliminação de água acaba arrastando íons e a urina e o balanço de sais é compensado por mecanismos ativos de captação.  Animal Na (mM) K (mM) Cl (mM) Cosm (mOsm) Molusco Pomacea 55,7 3,0 52,0 139 Anelideo Lumbricus 75,6 4,0 42,8 299 Crustaceo Eriocheir 309,0 5,7 279,0 636
Eriocheir sinensis  (caranguejo mitene-chines) Os adultos vivem em água-doce mas na época da reprodução precisam ir até os estuários para a desova. As larvas migram depois para os rios. O caranguejo chinês é osmorregulador e regulador iônico na água doce.  Transitando entre os dois ambientes:  água doce e salobra
O PREÇO PELA CONSUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE
Quanto menor em tamanho maior a perda evaporativa de água AMBIENTE TERRESTRE Quanto mais quente o ambiente, maior a taxa evaporativa O grande desafio : ser pequeno, viver no ambiente seco e quente...que soluções adaptativas seriam necessárias?
Animais de superfície seca e encerada Animais de pele úmida
Barreira tegumentar contra as perdas evaporativas
ARTROPODOS Não possuem nefrídios;  A osmolaridade dos fluidos corporais é regulada no intestino posterior. Produzem fezes secas. TÚBULOS DE MALPIGHI Derivados o TGI que exercem funções osmorreguladoras
VERTEBRADOS AQUÁTICOS Peixes Marinhos e Dulcícolas
Vertebrados Aquáticos
Rim funcional das lampreias, Peixes e anfíbios Rim funcional dos répteis, aves e mamíferos
1.000.000 nefrons em cada rim Capacidade ampla de diluir e concentrar a urina RIM DE MAMÍFERO
Os  teleósteos  são osmorreguladores hiposmóticos e ionoreguladores. AMBIENTE MARINHO
Osmolaridade   da água doce Todos os peixes de água doce são osmorreguladores hipeorsmóticos e ionorrguladores  AMBIENTE ÁGUA DOCE
TELEÓSTEO MARINHO MAR Na+  460 mM Cl-  540 mM 1000 mOsm FLUIDO CORPORAL Na+  180 mM Cl -   160 mM 337 mOsm
TELEÓSTEO DE ÁGUA DOCE ÁGUA DOCE Na+  0.3 mM Cl-  0.28 mM 1.0 mOsm FLUIDO CORPORAL Na+ 142 mM Cl-  107 mM 293 mOsm
osmoconformador osmoconformer Osmoregulador Osmoregulador Concentração Água  doce Mar Agnatas Elasmob. Marinhos Teleósteos marinhos Teleósteos Dulcicolas Na+  ( Mm) 0,3 460 554 269 180 142 K+  ( Mm) 0,02 10 6,8 4,3 4 2 Ca2 +   ( Mm) 0,2 10 8,8 3,2 3 6 Mg2 +  ( Mm) 0,45 53 23,4 1,1 1 3 Cl -   ( Mm) 0,28 540 532 258 160 107 Urea  ( Mm) - - 3 376 8 - TMAO  ( Mm) - - - 78 - - Osmolaridade  (mOsm) 1 1000 1002 1075 337 293
Mecanismo de concentração urinária Vertebrados Terrestres
Existe um compromisso funcional entre o uso de uma estrutura como órgão de trocas gasosas e a troca obrigatória de solutos e água através desta... Alta permeabilidade aos gases respiratórios Alta permeabilidade aos solutos e a água O volume de sangue que perfunde as brânquias diminui quando a demanda respiratória cai... Por quê? Tanto a pele dos anfíbios quanto as brânquias dos peixes estão envolvidas no transporte ativo de sais.
Quanto menor o tamanho do corpo, maior será a perda de água
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Como minimizar as perdas obrigatórias de água no  ambiente terrestre?
Perdas evaporativas cutâneas
EXPERIMENTE! a) Molhe a superfície do corpo com água. Observe. O que você sentiu? b) Molhe novamente e agora abane o local. Observe. E agora? Quais são as diferenças? Entendeu o que significa  sensação térmica ? T= 2º C e vento está a 40 km/h A sensação térmica  será como T = -13º C!!  A nossa região serrana proporciona-nos isso
Xenopus laevis Hyla cinerea Scaphiopus holbrooki Os anfíbios anuros possuem “grau de terrestrialidade relativa”
Anuros  apresentam uma postura típica em situações de desidratação. Algumas espécies produzem um muco seroso, que espalham sobre a pele, reduzindo drasticamente a taxa de perda de água por evaporação.
Algumas espécies adicionam camadas mortas de pele sobre a superfície do corpo durante a estivação (casulo), reduzindo as taxas de perda de água por evaporação.
Suamos o tempo todo mas a sudorese aumenta devido a estimulação simpática (ACh) aumentada; calor Aumentando-se a velocidade de fluxo aumenta-se a sudorese Glândulas écrinas:  principalmente   na   palma da mão, pés, axilas e testa. Sem proteínas e gordura.  Termorregulação. Glândulas apócrinas:  principalmente   axilas e regiões pudendas. Drenam pelos folículos.  Ancestrais das glândulas de marcação. Controle SNA simpático (catecolaminas)
Perdas evaporativas pela respiração pulmonar
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Os animais que termorregulam  ofegando  ou  suando  (sudorese) perdem MUITA água  Por que o focinho do cão está sempre úmido e gelado? Por que o cão baba quando está ofegando?
As  coanas respiratórias  são estruturas associadas à  conservação de água e calor em endotermos, e aparentemente evoluíram independentemente em aves e mamíferos.
Perda de água evaporativa em animais representativos em condições de  deserto Espécie Perda de água (mg.cm -2 .h -1 ) Observações Artrópodes Eleodes armata 0,20 30 o C, 0% u.r. Hadrurus arizonensis 0,02 30 o C, 0% u.r. Locusta migratoria 0,70 30 o C, 0% u.r. Anfíbios Cyclorana alboguttatus 4,90 25 o C, 100% u.r. Lepidossauros Gehyra variegata 0,22 30 o C, ar seco Uta stansburiana 0,10 30 o C Aves Amphispiza belli 1,48 30 o C Phalaenoptilus nuttallii 0,86 30 o C Mamíferos Peromyscus eremicus 0,66 30 o C Oryx beisa 3,24 22 o C Homo sapiens 22,32 35 o C, despido
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Será que já podemos responder as perguntas sobre o dromedário, o cavalo, o homem, a gaivota e o rato do deserto?
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Após e durante o exercício,  a reposição de água e eletrólitos  é fundamental para a reposição dos fluidos perdidos com o suor. Em outras palavras, a termorregulação e a regulação hidroeletrolítica estão intimamente relacionados.
Os dromedários não suam! Toleram uma perda de água (perdas evaporativas e urina) equivalente a 40% da massa corpórea! Depois, quando tiverem oportunidade, ingerem  até 20 a 25% da massa corpórea em água de uma única vez: toleram grande diluição do plasma! Adaptações do dromedário Regulam a temperatura corpórea em 39º C, reduzindo o gradiente térmico com o ambiente. Possuem um rim poderoso que evita ao máximo a perda de água na urina e desviam a uréia (excreta nitrogenado) para o rúmen. Produzem fezes secas (45% de umidade)
Porque o cavalo morreu? Para evitar o choque de calor devido ao exercício  extenuante o cavalo tentará eliminar o excesso de calor por:  1.  respiração rápida  (20%) 2.  a redistribuição da circulação sanguínea para a pele  3.  a transpiração  A respiração dará conta dos 20% e o restante será por perda de 10 a 15 L de fluido corporal por hora, ou seja, intensa sudorese. A sudorese causará  intensa desidratação e perda de eletrólitos, aumento de osmolaridade e perda de volume.  Além disso, haverá intensa produção de  ácido lático  e redução do pH plasmático.  Hipertemia não compensada . Em outras palavras, o sistemas vitais entram em falência aguda.
Aves e répteis marinhos bebem água do mar para obterem  água, mas, são incapazes de eliminar o excesso de sal pelos rins.. Uma rota alternativa, as  glândulas de sal  eliminam  excesso de sal, às custas de energia metabólica.  Os répteis marinhos também usam mesma estratégia. Adaptações da gaivota:  por que ela pode beber água do mar?
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O ser humano não deve beber água do mar!
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Adaptações do rato cangurú
Fontes de ganho e perda de água em um rato canguru Schmidt-Nielsen (1972) Ganhos Perdas Água metabólica 90% Evaporação 70% Água livre com o alimento 10% Urina 25% Ingestão 0% Fezes 5% +100% -100%
 
Se houver uma forma de resfriar o ar exalado, será possível condensar os vapores de água e recuperar parte da água.  Ar inalado Ar  exalado recuperação Por isso, no frio apresentamos corisa...e no verão seco, é difícil respirar! O rato cangurú que é noturno, obtem essa vantagem pois a noite no deserto é frio.
http://www.youtube.com/watch?v=-93c-MiNw4A&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=ZUsARF-CBcI&feature=related Rain frog  http://www.youtube.com/watch?v=mISMwN-0ggE&feature=related  E-book:  Endocrines and osmoregulation: a comparative account in vertebrates, Volume 1   Por P. J. Bentley Vertebrate ecophysiology: an introduction to its principles and applications   Por Sidney Donald Bradshaw The physiological ecology of vertebrates: a view from energetics   Por Brian Keith McNab Dá-lhes Fisiologia! Referencias adicionais

Más contenido relacionado

Similar a Desafios osmóticos do ambiente aquático e terrestre

Adaptações a ambientes extremos aula 2
Adaptações a ambientes extremos aula 2Adaptações a ambientes extremos aula 2
Adaptações a ambientes extremos aula 2Shirley Lima
 
Água e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaÁgua e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaCaio Maximino
 
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdf
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdfSistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdf
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdfJosuSouza28
 
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoB25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoIsaura Mourão
 
B25 regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25   regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoB25   regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoNuno Correia
 
Excrecão osmorregulação
Excrecão osmorregulaçãoExcrecão osmorregulação
Excrecão osmorregulaçãomarco ferreira
 
Água
ÁguaÁgua
ÁguaURCA
 
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgada
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgadaManual sera-os-aquarios-de-agua-salgada
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgadajlna
 
Tratamento de águas e efluentes.ppt
Tratamento de águas e efluentes.pptTratamento de águas e efluentes.ppt
Tratamento de águas e efluentes.pptMateusDantas28
 
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdf
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdfAula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdf
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdfFabianaFarias43
 
Ecossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para MonitoresEcossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para MonitoresMarcus Corradini
 
Osmorregulao 110614174608-phpapp01
Osmorregulao 110614174608-phpapp01Osmorregulao 110614174608-phpapp01
Osmorregulao 110614174608-phpapp01Pelo Siro
 
Termorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoTermorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoAnaGomes40
 

Similar a Desafios osmóticos do ambiente aquático e terrestre (18)

Adaptações a ambientes extremos aula 2
Adaptações a ambientes extremos aula 2Adaptações a ambientes extremos aula 2
Adaptações a ambientes extremos aula 2
 
Água e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaÁgua e regulação osmótica
Água e regulação osmótica
 
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdf
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdfSistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdf
Sistemas de Utilidades - Aula- 2 Agua.pdf
 
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoB25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 - Regulação Nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
 
B25 regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25   regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulaçãoB25   regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
B25 regulação nervosa e hormonal em animais - osmorregulação
 
Excretor - E.M.
Excretor - E.M.Excretor - E.M.
Excretor - E.M.
 
Excrecão osmorregulação
Excrecão osmorregulaçãoExcrecão osmorregulação
Excrecão osmorregulação
 
Água
ÁguaÁgua
Água
 
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgada
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgadaManual sera-os-aquarios-de-agua-salgada
Manual sera-os-aquarios-de-agua-salgada
 
Tratamento de águas e efluentes.ppt
Tratamento de águas e efluentes.pptTratamento de águas e efluentes.ppt
Tratamento de águas e efluentes.ppt
 
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdf
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdfAula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdf
Aula - Água e Eletrólitos (Engenharia de Alimentos).pdf
 
Aula sobre água
Aula sobre águaAula sobre água
Aula sobre água
 
Biquímica celular
Biquímica celularBiquímica celular
Biquímica celular
 
Ecossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para MonitoresEcossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para Monitores
 
O cascudo (catfish)
O cascudo (catfish)O cascudo (catfish)
O cascudo (catfish)
 
Osmorregulao 110614174608-phpapp01
Osmorregulao 110614174608-phpapp01Osmorregulao 110614174608-phpapp01
Osmorregulao 110614174608-phpapp01
 
Termorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e OsmorregulaçãoTermorregulação e Osmorregulação
Termorregulação e Osmorregulação
 
Roteiros de estudos volume 3 unidade 2
Roteiros de estudos volume 3 unidade 2Roteiros de estudos volume 3 unidade 2
Roteiros de estudos volume 3 unidade 2
 

Más de Marcelo Tadeu Melo da Silva

Más de Marcelo Tadeu Melo da Silva (8)

Direito previdenciário em cordel corrigido
Direito previdenciário em cordel   corrigidoDireito previdenciário em cordel   corrigido
Direito previdenciário em cordel corrigido
 
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade
 
Apresentacao de zoologia
Apresentacao de zoologiaApresentacao de zoologia
Apresentacao de zoologia
 
C:\Fakepath\ApresentaçãO1 Atv Zoologia Geral
C:\Fakepath\ApresentaçãO1   Atv  Zoologia GeralC:\Fakepath\ApresentaçãO1   Atv  Zoologia Geral
C:\Fakepath\ApresentaçãO1 Atv Zoologia Geral
 
Transpondo o rio.doc folheto modificado
Transpondo o rio.doc folheto modificadoTranspondo o rio.doc folheto modificado
Transpondo o rio.doc folheto modificado
 
Xerox humana
Xerox humanaXerox humana
Xerox humana
 
C:\Fakepath\Primeiro Web De Microbiologia
C:\Fakepath\Primeiro Web De MicrobiologiaC:\Fakepath\Primeiro Web De Microbiologia
C:\Fakepath\Primeiro Web De Microbiologia
 
C:\fakepath\a bactéria comedora de carne humana slide share
C:\fakepath\a bactéria comedora de carne humana slide shareC:\fakepath\a bactéria comedora de carne humana slide share
C:\fakepath\a bactéria comedora de carne humana slide share
 

Último

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfHELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxandrenespoli3
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 

Desafios osmóticos do ambiente aquático e terrestre

  • 1. Os desafios osmoticos dos ambientes aquático e terrestre Aula 02 Silvia Mitiko Nishida
  • 3. A maioria dos invertebrados marinhos são isosmóticos em relação ao mar. Não enfrentam o movimento osmótico de água, mas precisam regular a composição de solutos, que é diferente daquela do mar. AMBIENTE MARINHO Libinia emarginata
  • 4. Os invertebrados marinhos são, na maioria, ISOSMOTICOS em relação à água do mar. Entretanto, precisam regular determinados tipos de íons como o Mg ++ e o SO 4 - - mM/Kg de água Cátions Anions Na Mg Ca K Cl SO4 Proteínas Água marinha 478,3 54,5 10,5 10,1 558,4 28,8 - Medusa 474 53,0 10,0 10,7 580 15,8 0,7 Ouriço do mar 474 53,5 10,6 10,1 557 28,7 0,3 Lula 456 55,4 10,6 22,2 578 8,1 150,0 Caranguejo (Maia) 488 44,1 13,6 12,4 554 14,5 - Caranguejo (Carcinus) 531 19,5 13,3 12,3 557 16,5 60 Lagosta 541 9,3 11,9 7,8 552 19,8 33
  • 5. Já vimos que a variação de volume celular é indesejável. Uma tática é a de adicionar e remover, controladamente, osmólitos nos fluidos corporais. Os eletrólitos (Na + ou K +) não são desejáveis porque afetam a velocidade das reações enzimáticas mas solutos orgânicos e neutros como aminoácidos (glicina, alanina, etc.) e outros osmólitos (betaina, TMAO) são muito uteis. Soluto Adicionado (M) Km (um) 40 80 120 160 200 0 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8 1,0 Lis Arg K K Na Na Glicina Betaina TMAO
  • 6. A medusa precisa manter os níveis de SO 4 mais baixos do que meio para garantir a flutuabilidade, ou seja, regular a densidade do corpo. Ele é um regulador iônico e, ao mesmo tempo, osmoconformador. E precisa eliminar magnésio que competem com o cálcio. Por que 1Kg de cortiça flutua mas 1 Kg de aço, não? Porque mesmo tendo a mesma massa, a cortiça ocupa um volume muito maior, ou seja, a densidade (massa/volume) da cortiça é menor do que a do líquido circundante e, a densidade do aço maior. O nosso corpo é um pouco menos denso do que da água porque há ar nos pulmões e presença de gordura na nossa constituição, flutuamos com facilidade.
  • 7. Entre 200 e 650 mOsm/Kg, o Upogebia é osmorregulador hiperosmotico e o Callianassa , osmoconformador. Acima de 650mOsm/Kg, o Upogebia torna-se conformador usando a glicina como osmolito. Regulação hiperosmótica Osmocoformador
  • 8. Por onde ocorrem as trocas (obrigatórias ou reguladas) de solventes e de soluto? Epitélio de Revestimento Brânquias Pele Nefrídios Trato gastrintestinal 0,5 1,7 0,7 1,5 1,5 0,0 0,0
  • 9. Os invertebrados de água doce são hiperosmóticos e hipertônicos em relação ao meio circundante: SÃO OSMOREGULADORES E IONOREGULADORES ATIVOS. AMBIENTE DE ÁGUA DOCE Todos esses animais ganham água osmoticamente pois a água doce é bastante diluída em relação aos fluidos corporais. O excesso de água é eliminado na urina e como conseqüência, o fluxo urinário é bastante elevado quando comparado com os invertebrados marinhos. A eliminação de água acaba arrastando íons e a urina e o balanço de sais é compensado por mecanismos ativos de captação. Animal Na (mM) K (mM) Cl (mM) Cosm (mOsm) Molusco Pomacea 55,7 3,0 52,0 139 Anelideo Lumbricus 75,6 4,0 42,8 299 Crustaceo Eriocheir 309,0 5,7 279,0 636
  • 10. Eriocheir sinensis (caranguejo mitene-chines) Os adultos vivem em água-doce mas na época da reprodução precisam ir até os estuários para a desova. As larvas migram depois para os rios. O caranguejo chinês é osmorregulador e regulador iônico na água doce. Transitando entre os dois ambientes: água doce e salobra
  • 11. O PREÇO PELA CONSUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE
  • 12. Quanto menor em tamanho maior a perda evaporativa de água AMBIENTE TERRESTRE Quanto mais quente o ambiente, maior a taxa evaporativa O grande desafio : ser pequeno, viver no ambiente seco e quente...que soluções adaptativas seriam necessárias?
  • 13. Animais de superfície seca e encerada Animais de pele úmida
  • 14. Barreira tegumentar contra as perdas evaporativas
  • 15. ARTROPODOS Não possuem nefrídios; A osmolaridade dos fluidos corporais é regulada no intestino posterior. Produzem fezes secas. TÚBULOS DE MALPIGHI Derivados o TGI que exercem funções osmorreguladoras
  • 16. VERTEBRADOS AQUÁTICOS Peixes Marinhos e Dulcícolas
  • 18. Rim funcional das lampreias, Peixes e anfíbios Rim funcional dos répteis, aves e mamíferos
  • 19. 1.000.000 nefrons em cada rim Capacidade ampla de diluir e concentrar a urina RIM DE MAMÍFERO
  • 20. Os teleósteos são osmorreguladores hiposmóticos e ionoreguladores. AMBIENTE MARINHO
  • 21. Osmolaridade da água doce Todos os peixes de água doce são osmorreguladores hipeorsmóticos e ionorrguladores AMBIENTE ÁGUA DOCE
  • 22. TELEÓSTEO MARINHO MAR Na+ 460 mM Cl- 540 mM 1000 mOsm FLUIDO CORPORAL Na+ 180 mM Cl - 160 mM 337 mOsm
  • 23. TELEÓSTEO DE ÁGUA DOCE ÁGUA DOCE Na+ 0.3 mM Cl- 0.28 mM 1.0 mOsm FLUIDO CORPORAL Na+ 142 mM Cl- 107 mM 293 mOsm
  • 24. osmoconformador osmoconformer Osmoregulador Osmoregulador Concentração Água doce Mar Agnatas Elasmob. Marinhos Teleósteos marinhos Teleósteos Dulcicolas Na+ ( Mm) 0,3 460 554 269 180 142 K+ ( Mm) 0,02 10 6,8 4,3 4 2 Ca2 + ( Mm) 0,2 10 8,8 3,2 3 6 Mg2 + ( Mm) 0,45 53 23,4 1,1 1 3 Cl - ( Mm) 0,28 540 532 258 160 107 Urea ( Mm) - - 3 376 8 - TMAO ( Mm) - - - 78 - - Osmolaridade (mOsm) 1 1000 1002 1075 337 293
  • 25. Mecanismo de concentração urinária Vertebrados Terrestres
  • 26. Existe um compromisso funcional entre o uso de uma estrutura como órgão de trocas gasosas e a troca obrigatória de solutos e água através desta... Alta permeabilidade aos gases respiratórios Alta permeabilidade aos solutos e a água O volume de sangue que perfunde as brânquias diminui quando a demanda respiratória cai... Por quê? Tanto a pele dos anfíbios quanto as brânquias dos peixes estão envolvidas no transporte ativo de sais.
  • 27. Quanto menor o tamanho do corpo, maior será a perda de água
  • 28.
  • 30. EXPERIMENTE! a) Molhe a superfície do corpo com água. Observe. O que você sentiu? b) Molhe novamente e agora abane o local. Observe. E agora? Quais são as diferenças? Entendeu o que significa sensação térmica ? T= 2º C e vento está a 40 km/h A sensação térmica será como T = -13º C!! A nossa região serrana proporciona-nos isso
  • 31. Xenopus laevis Hyla cinerea Scaphiopus holbrooki Os anfíbios anuros possuem “grau de terrestrialidade relativa”
  • 32. Anuros apresentam uma postura típica em situações de desidratação. Algumas espécies produzem um muco seroso, que espalham sobre a pele, reduzindo drasticamente a taxa de perda de água por evaporação.
  • 33. Algumas espécies adicionam camadas mortas de pele sobre a superfície do corpo durante a estivação (casulo), reduzindo as taxas de perda de água por evaporação.
  • 34. Suamos o tempo todo mas a sudorese aumenta devido a estimulação simpática (ACh) aumentada; calor Aumentando-se a velocidade de fluxo aumenta-se a sudorese Glândulas écrinas: principalmente na palma da mão, pés, axilas e testa. Sem proteínas e gordura. Termorregulação. Glândulas apócrinas: principalmente axilas e regiões pudendas. Drenam pelos folículos. Ancestrais das glândulas de marcação. Controle SNA simpático (catecolaminas)
  • 35. Perdas evaporativas pela respiração pulmonar
  • 36.
  • 37. Os animais que termorregulam ofegando ou suando (sudorese) perdem MUITA água Por que o focinho do cão está sempre úmido e gelado? Por que o cão baba quando está ofegando?
  • 38. As coanas respiratórias são estruturas associadas à conservação de água e calor em endotermos, e aparentemente evoluíram independentemente em aves e mamíferos.
  • 39. Perda de água evaporativa em animais representativos em condições de deserto Espécie Perda de água (mg.cm -2 .h -1 ) Observações Artrópodes Eleodes armata 0,20 30 o C, 0% u.r. Hadrurus arizonensis 0,02 30 o C, 0% u.r. Locusta migratoria 0,70 30 o C, 0% u.r. Anfíbios Cyclorana alboguttatus 4,90 25 o C, 100% u.r. Lepidossauros Gehyra variegata 0,22 30 o C, ar seco Uta stansburiana 0,10 30 o C Aves Amphispiza belli 1,48 30 o C Phalaenoptilus nuttallii 0,86 30 o C Mamíferos Peromyscus eremicus 0,66 30 o C Oryx beisa 3,24 22 o C Homo sapiens 22,32 35 o C, despido
  • 40.
  • 41. Será que já podemos responder as perguntas sobre o dromedário, o cavalo, o homem, a gaivota e o rato do deserto?
  • 42.
  • 43. Os dromedários não suam! Toleram uma perda de água (perdas evaporativas e urina) equivalente a 40% da massa corpórea! Depois, quando tiverem oportunidade, ingerem até 20 a 25% da massa corpórea em água de uma única vez: toleram grande diluição do plasma! Adaptações do dromedário Regulam a temperatura corpórea em 39º C, reduzindo o gradiente térmico com o ambiente. Possuem um rim poderoso que evita ao máximo a perda de água na urina e desviam a uréia (excreta nitrogenado) para o rúmen. Produzem fezes secas (45% de umidade)
  • 44. Porque o cavalo morreu? Para evitar o choque de calor devido ao exercício extenuante o cavalo tentará eliminar o excesso de calor por: 1. respiração rápida (20%) 2. a redistribuição da circulação sanguínea para a pele 3. a transpiração A respiração dará conta dos 20% e o restante será por perda de 10 a 15 L de fluido corporal por hora, ou seja, intensa sudorese. A sudorese causará intensa desidratação e perda de eletrólitos, aumento de osmolaridade e perda de volume. Além disso, haverá intensa produção de ácido lático e redução do pH plasmático. Hipertemia não compensada . Em outras palavras, o sistemas vitais entram em falência aguda.
  • 45. Aves e répteis marinhos bebem água do mar para obterem água, mas, são incapazes de eliminar o excesso de sal pelos rins.. Uma rota alternativa, as glândulas de sal eliminam excesso de sal, às custas de energia metabólica. Os répteis marinhos também usam mesma estratégia. Adaptações da gaivota: por que ela pode beber água do mar?
  • 46.
  • 47.
  • 48. Fontes de ganho e perda de água em um rato canguru Schmidt-Nielsen (1972) Ganhos Perdas Água metabólica 90% Evaporação 70% Água livre com o alimento 10% Urina 25% Ingestão 0% Fezes 5% +100% -100%
  • 49.  
  • 50. Se houver uma forma de resfriar o ar exalado, será possível condensar os vapores de água e recuperar parte da água. Ar inalado Ar exalado recuperação Por isso, no frio apresentamos corisa...e no verão seco, é difícil respirar! O rato cangurú que é noturno, obtem essa vantagem pois a noite no deserto é frio.
  • 51. http://www.youtube.com/watch?v=-93c-MiNw4A&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=ZUsARF-CBcI&feature=related Rain frog http://www.youtube.com/watch?v=mISMwN-0ggE&feature=related E-book: Endocrines and osmoregulation: a comparative account in vertebrates, Volume 1   Por P. J. Bentley Vertebrate ecophysiology: an introduction to its principles and applications   Por Sidney Donald Bradshaw The physiological ecology of vertebrates: a view from energetics   Por Brian Keith McNab Dá-lhes Fisiologia! Referencias adicionais