Apresentação para a palestra “A sustentabilidade para além dos muros da universidade”, apresentada no dia 18 de outubro no Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte - MG).
2. • As práticas de crescimento econômico convencionais resultam
em elevados custos socioambientais.
(Rattner, 1999).
• Desde a década de 1960, os impactos ambientais dos sistemas
produtivos vendo sendo percebidos como um problema:
- 1962, Rachel Carson, em sua publicação “Silent Spring”, propôs
se pensar em “uma primavera sem pássaros e mamíferos nos
Estados Unidos”, em virtude da utilização indiscriminada de
pesticidas e seus efeitos nocivos.
- 1968, Paul Elrich - “Population Bomb”. Esta obra associa o
crescimento da população humana com a degradação do meio-
ambiente.
3. Ano Acontecimentos
1972 - Publicação do Relatório do Clube de Roma (The Limits to Growth).
- Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente
Humano, em Estocolmo, Suécia.
- Criação do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e de
diversos outros programas com preocupação ecológica.
1973 - O conceito de Eco-desenvolvimento - Ignacy Sachs, considerado precursor do
Desenvolvimento Sustentável.
1974 - Declaração de Cocoyoc: Resultado de uma reunião do Programa de Meio
Ambiente das Nações Unidas - UNEP e da Conferência das Nações Unidas
sobre Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD.
- A conexão existente entre explosão populacional, pobreza, degradação e a
responsabilidade dos países desenvolvidos com esses problemas, devido a
seu elevado nível de consumo, desperdício e poluição.
1975 - Relatório Que Faire - críticas contundentes ao abuso de poder dos
desenvolvidos, ao excesso de interferência desses países nos destinos dos países
do terceiro mundo e às graves consequências ambientais, daí resultantes.
- Elaboração do Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND-1975/79) -
prioridades para o controle da poluição industrial.
4. Ano Acontecimentos
1980 - Ecologia profunda, que coloca o homem como o componente de sistema
ambiental complexo, holístico e unificado.
1983 - A ONU criou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
1987 - Relatório Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland ).
1989 Iniciou o desenvolvimento da Agenda 21 com a aprovação em assembléia
extraordinária das Nações Unidas.
1991 - A Câmara de Comércio Internacional (CCI) aprovou "Diretrizes
Ambientais para a Indústria Mundial".
- Brasil : criação da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.
1992 - ECO-92 - Carta da Terra (Declaração do Rio) e a Agenda 21, que reflete o
consenso global e compromisso político objetivando o desenvolvimento e
o compromisso ambiental.
5. Ano Acontecimentos
1997 - Kyoto no Japão, o Protocolo propõe um calendário pelo qual os países-
membros teriam obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
Em novembro de 2009, 187 países haviam aderido ao Protocolo.
- Mecanismo de desenvolvimento limpo.
1999 - John Elkington concebeu o Triple Bottom Line (TBL) para ajudar empresas
a entrelaçarem os componentes do desenvolvimento sustentável:
prosperidade econômica, justiça social e proteção ao meio ambiente em suas
operações.
2002 - Aconteceu, em Johanesburgo, Rio +dez, onde se instituiu a iniciativa
“Business Action For Sustainable Development”.
2005 Ano que marcou o início efetivo do Protocolo de Kyoto.
2008 - Economia verde: Surgiu na Eco-92 e foi adotada em 2008 pelo Programa das
Nações Unidas para o Meio ambiente.
2009 - Realiza-se em Copenhagen a 15ª Conferência do Clima (COP 15) das
Nações Unidas.
9. A definição mais aceita é o desenvolvimento capaz de suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade
de atender as necessidades das futuras gerações.
É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação
ambiental.
(Kazazian, 2005; Scotto et al., 2007).
10. Sustentabilidade
• De maneira geral as definições procuram integrar viabilidade
econômica com prudência ecológica e justiça social, nas três
dimensões conhecidas como TRIPPLE BOTTOM LINE.
(Almeida, 2002; Moura, 2002).
• A perspectiva da sustentabilidade põe em discussão o atual modelo de
desenvolvimento.
(Manzini & Vezzoli, 2008).
• Numa sociedade sustentável, o progresso é medido pela qualidade de
vida (saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente
limpo, espírito comunitário e lazer criativo) ao invés de puro consumo
material.
(Ferreira, 2005).
11. • Um dos argumentos que tem encontrado satisfatório apoio para a
implementação de ações sustentáveis é a progressiva
deterioração, redução e a perspectiva de uma futura escassez dos
recursos naturais.
(Silva & Heemann, 2000).
• Cientistas, engenheiros e técnicos buscam novas alternativas
tecnológicas para a sustentabilidade econômica e ambiental.
(Souza, 2006).
12.
13. • De acordo com Shweigert (2007) é necessário um comportamento
prudente: um predador deve explorar sua presa com moderação,
por tempo indeterminado.
• É necessário que o ser humano conheça as particularidades do
planeta para utilizá-lo por longo tempo assegurando a continuidade
da própria espécie.
14. Indicadores de sustentabilidade
• Informações sobre a realidade brasileira que integram as dimensões:
social, ambiental, econômica e institucional.
• Indica as necessidades e prioridades para a formulação e avaliação de
políticas de desenvolvimento.
Os indicadores referem-se a 4 diretrizes:
• Reúne 60 indicadores:
- Ambiental: 23 indicadores • Equidade: aspectos distributivos;
- Social: 19 indicadores • Eficiência: uso racional dos recursos;
- Econômica: 12 indicadores • Adaptabilidade: diversificação, alternativas
- Institucional: 6 indicadores nos processos de produção;
• Atenção a gerações futuras: recursos e os
bens econômicos, ecológicos e humanos que
serão legados às futuras gerações.
IBGE, 2010
15. Dimensão ambiental
• Fornecem informações relacionadas com o uso dos recursos naturais e
com a degradação ambiental, organizadas nos seguintes temas:
- Atmosfera.
- Terra.
- Água doce.
- Oceanos, mares e áreas costeiras.
- Biodiversidade.
- Saneamento.
IBGE, 2010
16. Dimensão social
Abrangem os temas população, trabalho e rendimento, saúde, educação,
habitação e segurança, vinculados à satisfação das necessidades humanas,
melhoria da qualidade de vida e justiça social.
Dimensão econômica
Busca retratar o desempenho macroeconômico e financeiro, os impactos no
consumo de recursos materiais e uso de energia, mediante a abordagem dos
temas do quadro econômico e padrões de produção e consumo.
Dimensão institucional
Desdobrada nos temas quadro institucional e capacidade institucional, oferece
informações sobre a orientação política, a capacidade e os esforços realizados
com vistas às mudanças necessárias para a implementação do desenvolvimento
sustentável.
IBGE, 2010
18. • A destinação final dos resíduos sólidos tem evoluído de forma
diferenciada no Mundo.
• Estados Unidos, Japão e boa parte da Europa estão vários passos à frente,
no que se refere à gestão dos resíduos, em comparação com os outros
países menos desenvolvidos.
19. • Nos países mais desenvolvidos, o gerenciamento de resíduos sólidos já
passou por três fases:
1ª) 1970: disposição dos resíduos - Os lixões da década de 1960 na maioria
dos países da Europa Ocidental foram transformados em aterros sanitários e
parte dos resíduos passou ainda a ser encaminhada à incineração.
2ª) a reutilização e reciclagem dos materiais foram consideradas metas
prioritárias.
- 1980: hierarquia dos três R (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) que vige hoje
no Brasil.
3ª) Redução do volume de resíduos desde o início do processo produtivo.
Prioridades: evitar, diminuir; reutilizar, reciclar; utilizar a energia contida nos
resíduos; e tornar inertes os resíduos antes da disposição final (reduzir a
fração orgânica dos rejeitos aterrados).
Alguns países da UE, os EUA e o Japão, encontram-se nesta última fase.
20. O Brasil após a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) está seguindo a tendência mundial quando nos referimos a
destinação e disposição final dos resíduos:
21. Também é prevista a utilização de tecnologias visando à recuperação
energética dos resíduos, que sejam comprovadamente seguras nos
âmbitos operacionais, ambientais e ocupacionais:
• Incineração
- Vapor em alta pressão e temperatura, para uso térmico
- Conjuntos turbinas e geradores para geração de energia elétrica.
• Gaseificação/Pirólise - gás hidrogênio e monóxido de carbono
conhecido como syngas:
- Pode ser queimado em geradores especiais para geração de energia
elétrica.
- Intermediários para reações que geram produtos químicos.
22. • Na União Europeia pratica-se a mesma hierarquia da PNRS há
mais de 30 anos.
• Os países que mais reduziram eficazmente a dependência do
aterro sanitário (1% e abaixo) têm as maiores taxas de
reciclagem, e tem alcançado esta meta combinando
reciclagem mecânica (triagem), orgânica (compostagem) e
energética (Ex: Alemanha, Países Baixos, Áustria e Suécia).
23.
24. De acordo com a definição da Lei Federal nº 12.305/10 (PNRS), os resíduos
sólidos urbanos englobam os resíduos domiciliares, isto é, aqueles originários de
atividades domésticas em residências urbanas e os resíduos de limpeza urbana,
quais sejam, os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas,
bem como de outros serviços.
29. Os maiores desafios se concentram, de fato, no processo de
materialização da sustentabilidade, ou seja, na transformação
da filosofia e do discurso em ação e realização.
(Lima, 1997).
31. O que é extensão?
• LDB/1996
Art. 43. A educação superior tem
por finalidade:
(...)
VII - promover a extensão, aberta à
participação da população,
visando à difusão das
conquistas e benefícios
resultantes da criação cultural e
da pesquisa científica e
tecnológica geradas na
instituição.
32. O que é extensão?
Atividades de extensão universitária, segundo o
decreto 7.416, 2010:
• I - programa
• II - projeto
• III - evento
• IV - curso
Relação dialógica entre Universidade e Sociedade
33. Responsabilidade
• A universidade como parceira no desenvolvimento
sócio-econômico-ambiental da região em que se
insere.
• Interferência no desenvolvimento regional, com
base nas metas globais.
Agenda 21
35. Educação para o desenvolvimento
sustentável
Diferentes atores
Sujeitos culturais
Sujeitos sustentáveis
Emancipação !!!!
36. Projetos de EU e Sustentabilidade
Exemplos
• Unesp/Bauru
Laboratório de Design
Solidário
Auxiliar e aprimorar a produção já existente em algumas comunidades.
37. Projetos de EU e Sustentabilidade
Exemplos
• UFFS/Erechim
Escola + Sustentável
Realizar ações multiplicadoras que possam, de imediato e no futuro, atuar
visando contribuir com a proteção ambiental do planeta .
38. Projetos de EU e Sustentabilidade
Exemplos
• CUMIH
Laboratório de Oficinas
Promover iniciativas sustentáveis de reaproveitamento de óleo de cozinha.
39. Projetos de EU e Sustentabilidade
Exemplos
• CUMIH
Trilhas
Promover a educação ambiental.
40. Projetos de EU e Sustentabilidade
Exemplos
• CUMIH
Projeto Hortas
Realizar atividades de agricultura urbana nos moldes agroecológicos, disseminando
conhecimentos que possibilitem o desenvolvimento humano como agente sustentável .
41. Desafios...
• Ser indissociável da pesquisa e do ensino;
• Participação da sociedade em todos os
processos;
• Ser emancipadora
• Recursos financeiros