O documento discute as relações entre cérebro e mente, abordando conceitos como dualismo, funcionalismo e teorias computacionais da mente. Apresenta as visões de Searle, Dennett e outros pensadores sobre a natureza da mente e sua possível explicação por meio da ciência cognitiva e da computação.
2. Agenda
Conceito de Cérebro;
Conceito de Mente;
Teorias Filosóficas;
Teoria da Subjetividade de John Searle;
Tese do Computacionalismo;
Funcionalismo;
Teoria Reducionista de Daniel Dennett;
Teoria Computacional da Mente.
3. Cérebro
O cérebro é uma entidade material localizada
dentro do crânio, que pode ser visualizado,
tocado e manipulado.
É composto de substâncias químicas, enzimas
e hormônios que podem ser medidos e
analisados.
4. Evolução
Já foi sede das funções
Mentais, as cavidades e
ventrículos cerebrais e o coração.
7. Ilusão de ótica
ou
ilusão mágica provocada
pela inteligência
humana?
8. Mente
Uma visão fortemente sustentada é
que a mente é uma entidade separada do
corpo, com uma característica física não
definida.
Termo vem do latim mèntem
que significa pensar, conhecer, entender e medir.
9. Mente é uma definição que tenta resgatar a
essência do homem;
A essência de uma pessoa emerge da existência
de funções mentais;
Estas expressões estão estreitamente
relacionadas ao funcionamento cerebral. Assim,
sem o cérebro, a mente não pode existir, sem a
manifestação comportamental, a mente não pode
ser expressa .
10. Teorias Filosóficas
Existem três posições sobre a natureza da mente:
Monismo - Mente e corpo é uma e a mesma coisa.
Dualismo - Mente é uma substância distinta do corpo.
Para a concepção dualista o conceito de mente pode ser aproximado aos
conceitos de intelecto, de pensamento, de espírito e de alma do ser humano.
Epifenomenalismo - Existe apenas uma única coisa, o
corpo, e a mente é produzida por algum fenômeno.
11. Teoria da Subjetividade
John Rogers Searle
é professor na Universidade
de Berkeley na Califórnia.
Dedica-se até os dias atuais
a Filosofia da Mente.
Searle se
notabilizou ao propor o
argumento hipotético do
Quarto Chinês, no qual
criticava a Inteligência
Artificial Forte. John Searle
12. Teoria da Subjetividade
Os nossos estados de consciência
(experiências sensoriais, pensamentos, etc.)
são estados que constitui a essência
subjetiva.
Portanto, quanto a esse aspecto, são
irredutíveis a qualquer definição e
explicação de caráter científico
13. Se os meus pensamentos são acerca de alguma
coisa, então as séries devem ter um significado, que faz
que os pensamentos sejam a propósito dessas coisas.
Numa palavra, a mente tem mais do que uma sintaxe,
possui também uma semântica. A razão por que nenhum
programa de computador pode alguma vez ser uma mente
é simplesmente porque um programa de computador é
apenas sintático, e as mentes são mais do que sintáticas.
As mentes são semânticas, no sentido de que possuem
mais do que uma estrutura formal, têm um conteúdo.
John Searle
15. Programas de computador e seus
sistemas de processamento de dados não
são suficientes para duplicar os processos
dos estados mentais;
Os computadores realizam tarefas de
forma sintática.
16. Tese do Computacionalismo
A tese do Computacionalismo pode ser
resumida em três alegações centrais:
1. “O cérebro é um computador digital.”
2. “A mente é um programa computacional.”
3. “As operações do cérebro podem ser
simuladas em um computador digital.”
17. John Searle faz uma crítica a cada uma
dessas alegações, como veremos a seguir:
Para a segunda tese Searle diz que o argumento
evidencia que a dimensão sintática não é
suficiente para explicar o que faz a mente, esta
tese é rebatida com o Argumento do Quarto
Chinês.
18. A terceira das teses centrais é eliminada por ele
de forma simples. Sua resposta é: sim, as
operações do cérebro podem ser simuladas em um
computador digital.
Mas assim como ao simular o comportamento de um furacão
nós não produzimos um furacão nem todas as suas propriedades,
ao simular o comportamento de um cérebro nós não produzimos a
consciência e suas propriedades emergentes.
19. Assim resta a primeira alegação, de que “o
cérebro é um computador digital”.
Analogamente à questão três Searle responde
sim. “Um cérebro é um computador digital
porque, em última análise, seguindo as
definições dadas por Turing, tudo é um
computador digital”.
20. Funcionalismo
O funcionalismo é uma teoria que
acredita que a mente pode ser instanciada
por dispositivos que não sejam
necessariamente o cérebro humano.
22. Teoria Reducionista
Daniel Dennett é
um dos filósofos da mente
e cientistas cognitivos
vivos mais importantes da
contemporaneidade. Tem
influências naturalistas, isto
é, aceita que a natureza da
mente pode ser explicada
pela ciência.
Daniel Dennett.
23. Teoria Reducionista
Tenta definir e explicar os estados e processos
mentais conscientes em termos de uma atividade
funcional específica (não necessariamente exercida
pelo cérebro enquanto um órgão biológico).
Para Dennett, nosso cérebro pode ser
comparado a uma espécie de computador e a
consciência – enquanto uma propriedade
funcional – a certo tipo de software, uma
“máquina virtual” em nosso cérebro.
24. Dennett explica os estados mentais como um
processo específico de um sistema.
Recebimento de
Informações (input)
Processamento
Respostas comportamentais
adequadas (output)
25. Este sistema não precisaria
necessariamente ser algo constituído
biologicamente como o cérebro, mas
poderia ser realizado em outros meios
físicos desde que realizasse os mesmos
processos funcionais.
26. Teoria Computacional da
Mente
Uma das principais contribuições da
ciência cognitiva foi o fato de sugerir que os
processos mentais consistem essencialmente
em manipulação simbólica, ou seja,
computação.
27. Crenças, sentimentos, lembranças são
informações armazenadas em bancos de dados no
cérebro segundo padrões pré-estabelecidos de
armazenamento;
Essas informações podem ser resgatadas,
processadas e transformadas, o que poderíamos
denominar como pensar;
28. Mecanismo de feedback informacional
realimentam e atualizam a imagem contida neste
gigantesco banco de dados;
Esse funcionamento, análogo a de um
computador, foi suficiente para nomear tal teoria de
Teoria Computacional da Mente.
29. Tal teoria não se preocupa em entender a forma
de aquisição de conhecimento;
As experiências exteriores são tratadas como
inputs do sistema cerebral, no mesmo nível de
igualdade de qualquer outro input;
A teoria descreve, apenas, o modo como
funciona a mente humana em termos de
processamento de informação.
30. Segundo a teoria, seria possível explicar
os processos de pensamento, de criação e
quaisquer outros desprezando o cérebro;
Admitindo-se que isto seja possível,
podemos, portanto, reproduzir tais
mecanismos em cérebros artificiais.
31. Cinco idéias da revolução cognitiva de 1950
reformularam o modo de pensar e falar sobre a
mente:
1) “o mundo mental pode ser alicerçado no mundo
físico pelos conceitos de informação, computação
e feedback”;
2) “a mente não pode ser uma Tabula Rasa, pois
„tabulas rasas‟ não fazem nada”;
32. 3) “um conjunto infinito de comportamentos pode
ser gerado por programas combinatórios finitos na
mente”;
4) “mecanismos mentais universais podem
fundamentar a variação superficial entre culturas”;
5) “a mente é um sistema complexo composto de
muitas partes que interagem”.
33. Não é possível prever o limite para esses
processos simbióticos. Hoje a neurotecnologia é
capaz de substituir e de controlar funções
sensoriais e motores mais simples.
A questão é: será que ela progredirá ao ponto
em que os processos cognitivos também serão
substituídos?
34. Referências Bibliográficas
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