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• Conhecido como: “ O poetinha ”
• Nasceu no RJ, em 1913.
• Nome completo: Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes.
• Primeiro livro: “ O caminho para a distância “
• Muito famoso por seus sonetos.
• Gênero(s): MPB, Bossa Nova, Samba
• Período em atividade: 1928-1980
• Afiliações: Carlos Lyra, Tom Jobim, Toquinho
“”O Poetinha”
• Duas de suas composições mais famosas são: “Eu sei que vou te
amar” e “Garota de Ipanema”.
• Nos anos 1940, suas obras literárias foram marcadas por versos em
linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas
sociais.
• Morreu de edema pulmonar no dia 9 de julho na banheira de sua
casa.
• Algo interessante sobre a sua morte foi a sua entrevista ,no dia
anterior, ao ser perguntado se estava com medo da morte ele
respondeu: “Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou
é com saudades da vida”.
Biografia
• Formado em direito, Vinicius de Moraes ingressou na carreira diplomática em
1943, depois de trabalhar como crítico e censor de cinema.
• À primeira fase de sua obra - iniciada com O caminho para a distância (1933)
e Forma e exegese (1935) - segue-se a aproximação definitiva com o mundo
sensorial, que se radicaliza com o passar dos anos, até que o escritor parece
desistir da poesia, optando por se dedicar unicamente às canções populares (o
que, para alguns estudiosos, não representa qualquer diferença em relação aos
trabalhos anteriores).
• A decisão de Vinicius certamente obedeceu, em parte, às influências familiares,
pois o poeta nasceu em família de músicos e cantores. Depois de ocupar papel
preponderante na bossa nova, dedicou-se, principalmente, a shows em boates,
casas noturnas e universidades.
• Década de 20 - Vinicius compõe, com os irmãos Tapajós,
Loura ou Morena e Canção da Noite, que têm grande sucesso.
• Década de 30 - Publica seu primeiro livro intitulado O
Caminho para a Distância (1933) e outros livros de poemas.
• Década de 40 - Ocorre uma nova fase em suas obras
literárias. Versos em linguagem mais sensual, simples e, por
vezes, carregados de temas sociais.
Carreira Artística
• Década de 50 - Destaque para a publicação da sua primeira
peça teatral Orfeu da Conceição. As músicas eram do próprio
Vinicius e de Tom Jobim.
• Década de 60 até a morte – Vinicius se focou na carreira
musical, fazendo várias parcerias, principalmente com
Toquinho e Tom Jobim. Se tornou um dos mais importantes
compositores da música popular brasileira.
Características estilísticas do autor
As características estilísticas do autor sofreram variações e
mudanças durante o tempo:
• Inicialmente, Vinicius é um poeta místico-religioso, típico do
Neossimbolismo, com as abstrações e levezas, mais ou menos
como Cecília Meirelles.
• Após descobrir que seu país era composto de injustiçados e
famintos, derivou para a temática social.
• Porém, o traço mais forte e aplicado nas suas obras poéticas é
o culto ao amor, sempre em relação a mulher amada, ou
mesmo apenas desejada.
 Principais Obras
Poesia:
• O caminho para a distância (1933);
• Forma e exegese (1935);
• Ariana, a mulher (1936);
• Novos poemas (1938);
• Cinco elegias (1943);
• Poemas, sonetos e baladas (1946);
• Pátria minha (1949);
• Livro de sonetos (1957);
Crônica:
• Para viver um grande amor (1962);
• Para uma menina como uma flor (1966);
Teatro:
• Orfeu da Conceição (1956);
• Procura-se uma rosa (1961);
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento .
E assim quando mais tarde me
procure Quem sabe a morte,
angústia de quem vive Quem sabe a
solidão, fim de quem ama Eu possa
lhe dizer do amor (que tive): Que não
seja imortal, posto que é chama Mas
que seja infinito enquanto dure.
Música• Teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell,
João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
• Na MPB, foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria.
• E o mais importante: Vinicius foi um dos fundadores do movimento
mais marcante da música brasileira, a Bossa Nova, que é derivado do
samba e tem forte influência do jazz. O LP que marca esse
movimento é o Canção do Amor Demais (1959), com músicas suas e
de Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizeth Cardoso.
• Garota de Ipanema - Música marcante da Bossa Nova. É uma das
poucas músicas com versão em inglês cantada originalmente pelos
seus compositores a fazer sucesso no exterior.
Palavras de Vinicius
• “Quando eu digo que sou o branco mais preto do
Brasil, digo a verdade. A minha comunicação
com a raça negra é imensa. Sinto atração por ela,
a todo momento descubro sua vitalidade. A
contribuição do negro à cultura brasileira é
importantíssima. Só a contribuição rítmica que
eles trouxeram, a magia do mundo negro, já me
liga a eles definitivamente.”
Parcerias de Vinicius de Moraes
• TOM JOBIM - Em 1955, Vinicius montaria a peça Orfeu da
Conceição, com música a cargo de um então jovem pianista; Tom
Jobim. Surgia assim uma parceria que se estenderia por toda a vida
profissional e pessoal. Uma série de intérpretes gravou composições
inesquecíveis da dupla, como Canções do Amor Demais, Luciana,
Estrada Branca, Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Só danço
Samba, Insensatez, Ela é Carioca e Samba do Avião. Mais do que
ninguém, o maestro, pianista, arranjador e violonista Tom foi um
grande amigo.
• CARLOS LYRA - Os dois se conheceram em 1961,
ano em que compuseram juntosVocê e Eu e Coisa Mais
Linda. Outras composições da dupla são Primeira
Namorada, Nada como ter Amor e A Marcha da
Quarta-feira de Cinzas.
• BADEN POWELL - A parceria com o violonista começou em 1962, ano
em que foram compostas as belas Samba da Bênção, Tem Dó, Samba em
Prelúdio,Consolação, Canto de Ossanha e Samba de Oxóssi. Valsa do
Amor que não vem, interpretada por Elizeth Cardoso, conseguiu o
segundo lugar do I Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior
de São Paulo, em 1965.
• TOQUINHO - Da intensa parceria iniciada em 1969, surgiu a
clássica Tarde em Itapoã.O primeiro disco da dupla foi lançado
em 1971, quando os dois passaram a
se apresentar em numerosos shows no Brasil e no exterior.
Ao todo, foram quase 120 músicas compostas pelos
amigos.
• EDU LOBO - O ano de 1963 marca mais uma parceria na
vida de Vinicius: Edu Lobo. A principal canção da dupla
foi Arrastão, que obteve o primeiro lugar no I Festival de
Música Popular Brasileira, da TV Excelsior de São Paulo, em
1965, interpretada por Elis Regina.
• CHICO BUARQUE - Gente Humilde, cuja letra foi escrita a
partir de um tema musical gravado na década de 50 pelo compositor
Garoto, é um dos sucessos do encontro dos dois talentosos
artistas. Eles trocavam cartas para resolver qual estrofe da música
mudariam, ou se concordavam com o título, e elas foram
encontradas. Aqui está uma delas:
• De Vinícius para Chico Mar del Plata, 24/01/71
Chiquérrimo:
Dei uma apertada linda na sua letra, depois que v. partiu, porque achei que valia a pena trabalhar
mais um pouquinho sobre ela, sobre aqueles hiatos que havia, adicionando duas ou três idéias
que tive. Mandei-a em carta a v., mas Toquinho, com a cara mais séria do mundo me disse que
Sérgio morava em Buri 11, e lá foi a carta para Buri 11.
Mas como v. me disse no telefone que não tinha recebido, estou mandando outra para ver se v.
concorda com as modificações feitas. Claro que a letra é sua, eu nada mais fiz que dar uma
aparafusada geral. Às vezes o cara de fora vê melhor estas coisas. Enfim, porra, aí vai ela. Dei-lhe
o nome de “Valsa Hippie, porque parece-me que tua letra tem esse elemento hippie que dá um
encanto todo moderno à valsa, brasileira e antigona. Que é que voce acha? O pessoal aqui no
princípio estranhou um pouco, mas depois se amarrou à idéia. Escreva logo, dizendo o que v.
VALSA HIPPIE
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar/
Olhou-a de um modo mais quente do que comumente costumava olhar/
E não falou mal da poesia como era mania sua de falar/
E nem deixou-a só num canto; pra seu grande espanto disse: /Vamos nos amar
Aí ela se recordou do tempo em que saíam para namorar
E pôs seu vestido dourado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços coma a gente antiga costumava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a bailar
E logo toda a vizinhança ao som daquela dança foi e despertou
E veio para a praça escura, e muita gente jura que se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais
Que o mundo compreendeu
• Na madrugada de 19 de outubro de 1913, em meio a um forte temporal, nascia,
em uma casa na Rua Lopes Quintas, 114, Gávea, Rio de Janeiro, Marcus
Vinicius da Cruz e Mello Moraes. A casa era ao lado da chácara de seu avô
materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. Hoje, a casa não existe mais,
foi demolida. Aos nove anos de idade, Marcus Vinicius, acompanhado da irmã
Lygia, foi até o cartório da Rua São José, no Centro do Rio e alterou seu nome
para Vinicius de Moraes.
As moradias de Vinicius
• Em 1916, a família mudou-se para o bairro de Botafogo.
Foram morar na casa de seus avós paternos, D. Maria da
Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva
Moraes, que ficava na Rua Voluntários da Pátria, 192.
Atualmente, neste local, existe um prédio comercial.
• Em 1917, a família muda-se novamente. O destino é a Rua da
Passagem, 100, ainda no bairro de Botafogo. Hoje, neste
endereço, funciona a Escola Municipal João Saldanha.
• Ainda no ano de 1917, Vinicius e sua irmã Lygia ingressaram
na escola primária Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz,
também em Botafogo, onde hoje é o Colégio Qi.
• Em 1919, a família transferiu-se para Rua da Passagem, 192,
onde hoje funciona o prédio da Receita Federal. No ano
seguinte, Vinicius de Moraes muda-se para a Rua Real
Grandeza, 130. A estrutura foi mantida e, hoje, pode ser vista
por todos.
• No bairro de Botafogo, a última residência na qual Vinicius
morou foi um sobrado, na Rua Voluntários da Pátria, 195.
Neste endereço, hoje, funciona uma lanchonete e uma clínica
dentária.
• Terminado os estudos secundários, foi a hora de pensar em que
carreira seguir. Foi quando, em 1930, Vinicius ingressou na
Faculdade de Direito do Catete. O prédio onde funcionava a
faculdade passou a abrigar, em 1980, a UNE – União Nacional
dos Estudantes. Hoje, o casarão não passa de ruínas.
• No ano de 1938, Vinicius é contemplado com a
primeira bolsa de estudos do Conselho Britânico para
estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford.
• Entre 1940 e 1964, Vinicius passou por São Paulo, Los Angeles, onde trabalhou com
Vice-Cônsul, Paris, sendo Segundo Secretário da Embaixada e Montevidéu. Já em
1965, mudou-se para Rua Diamantina, 20, no Jardim Botânico. Em 1971, muda-se
para Bahia, na Rua do Flamengo, 44, Farol de Itapuã, onde hoje se encontra o
Hotel Mar Brasil. A antiga casa é acoplada ao hotel.
• Em 9 de julho de 1980, Vinicius de Moraes morreu, aos 66
anos, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, Rio de
Janeiro, a mesma em que nasceu. Foi enterrado no
cemitério São João Batista, que é sua atual morada.
• "Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não
tinha nada. Ninguém podia entrar nela não, porque na
casa não tinha chão. Ninguém podia dormir na rede,
porque na casa não tinha parede. Ninguém podia fazer
pipi, porque penico não tinha ali, mas era feita com
pororó, era a casa de Vilaró".
Vinicius e sua banheira
• Vinicius de Moraes tinha como canto principal e mais
querido de sua casa a banheira. Isso mesmo. Para o poetinha,
não existia algo tão bom quanto o inusitado local para ler,
refletir e pinçar as mais diversas inspirações para suas belas e
eternas obras. Nela, Vinicius também concedia entrevistas
quando se sentia dominado pela preguiça, e assim fazia ao
lado do sempre indispensável copo de uísque, o seu melhor
amigo, "um cachorro engarrafado" como costumava dizer.
• As manias, ou talvez meras necessidades do poeta, começavam pelas
torneiras. Vinicius não se sentia a vontade sem que estivessem inclinadas
sempre na mesma direção, para que o singelo fio de água quente o
acalmasse e o de água fria o mantivesse aceso. Evidentemente, não era
isso que o faria produzir obras para a história, que marcariam época na
cultura nacional, e sim a sua genialidade, que falava mais alto, refletida
na voz clara e inteligente de suas obras imortais.
• Deve-se atentar para a complexidade dos elementos da banheira de Vinicius.
Significavam não apenas manias de um poeta, mas sim a abertura de seus horizontes,
para um mundo essencialmente abstrato e ao mesmo tempo tão real.
• O ‘escritório alternativo’ de Vinicius se tornava completo com a mesa improvisada, que
não passava de uma simples tábua apoiada nas bordas da banheira, onde ele punha
os livros e todo o material utilizado. Em contrapartida, a bela história da banheira,
que tantos frutos rendeu, termina com um trágico final.
• O mesmo palco das grandes inspirações ou simplesmente das refeições diárias que davam força
para o poetinha seguir além, serviria para pôr um ponto final ou uma vírgula em sua vida, que
segue até hoje não só materializada em suas obras, como também no imaginário popular. O dia
nove de julho de 1980 marcaria a morte de Vinicius e o derradeiro suspiro do poeta ocorreria
justamente em sua tão querida banheira. Quisera o destino que esta imortal figura brasileira,
marcada por um inigualável amor à vida, a deixasse no berço de suas magnifícas composições.
• Durante a madrugada, Vinicius de Moraes veio a
falecer após sentir-se mal. O poeta compunha a trilha
do programa infantil Arca de Noé, da Rede Globo, e
após alegar cansaço, dirigiu-se ao seu canto predileto
para tomar um banho. Para a tristeza de seus
familiares, fãs e admiradores, lá não resistiu, sendo
vencido pela dificuldade em respirar, causada por um
edema pulmonar agudo. Seu parceiro e amigo pessoal
Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do
álbum, juntamente a sua última esposa, Gilda Mattoso,
tentou socorrê-lo, mas não houve tempo.
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Vinicius de Moraes - Tudo sobre vida, obra e curiosidades

  • 1.
  • 2. • Conhecido como: “ O poetinha ” • Nasceu no RJ, em 1913. • Nome completo: Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes. • Primeiro livro: “ O caminho para a distância “ • Muito famoso por seus sonetos. • Gênero(s): MPB, Bossa Nova, Samba • Período em atividade: 1928-1980 • Afiliações: Carlos Lyra, Tom Jobim, Toquinho “”O Poetinha”
  • 3. • Duas de suas composições mais famosas são: “Eu sei que vou te amar” e “Garota de Ipanema”. • Nos anos 1940, suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. • Morreu de edema pulmonar no dia 9 de julho na banheira de sua casa. • Algo interessante sobre a sua morte foi a sua entrevista ,no dia anterior, ao ser perguntado se estava com medo da morte ele respondeu: “Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou é com saudades da vida”.
  • 4. Biografia • Formado em direito, Vinicius de Moraes ingressou na carreira diplomática em 1943, depois de trabalhar como crítico e censor de cinema. • À primeira fase de sua obra - iniciada com O caminho para a distância (1933) e Forma e exegese (1935) - segue-se a aproximação definitiva com o mundo sensorial, que se radicaliza com o passar dos anos, até que o escritor parece desistir da poesia, optando por se dedicar unicamente às canções populares (o que, para alguns estudiosos, não representa qualquer diferença em relação aos trabalhos anteriores). • A decisão de Vinicius certamente obedeceu, em parte, às influências familiares, pois o poeta nasceu em família de músicos e cantores. Depois de ocupar papel preponderante na bossa nova, dedicou-se, principalmente, a shows em boates, casas noturnas e universidades.
  • 5. • Década de 20 - Vinicius compõe, com os irmãos Tapajós, Loura ou Morena e Canção da Noite, que têm grande sucesso. • Década de 30 - Publica seu primeiro livro intitulado O Caminho para a Distância (1933) e outros livros de poemas. • Década de 40 - Ocorre uma nova fase em suas obras literárias. Versos em linguagem mais sensual, simples e, por vezes, carregados de temas sociais. Carreira Artística
  • 6. • Década de 50 - Destaque para a publicação da sua primeira peça teatral Orfeu da Conceição. As músicas eram do próprio Vinicius e de Tom Jobim. • Década de 60 até a morte – Vinicius se focou na carreira musical, fazendo várias parcerias, principalmente com Toquinho e Tom Jobim. Se tornou um dos mais importantes compositores da música popular brasileira.
  • 7. Características estilísticas do autor As características estilísticas do autor sofreram variações e mudanças durante o tempo: • Inicialmente, Vinicius é um poeta místico-religioso, típico do Neossimbolismo, com as abstrações e levezas, mais ou menos como Cecília Meirelles. • Após descobrir que seu país era composto de injustiçados e famintos, derivou para a temática social. • Porém, o traço mais forte e aplicado nas suas obras poéticas é o culto ao amor, sempre em relação a mulher amada, ou mesmo apenas desejada.
  • 8.  Principais Obras Poesia: • O caminho para a distância (1933); • Forma e exegese (1935); • Ariana, a mulher (1936); • Novos poemas (1938); • Cinco elegias (1943); • Poemas, sonetos e baladas (1946); • Pátria minha (1949); • Livro de sonetos (1957);
  • 9. Crônica: • Para viver um grande amor (1962); • Para uma menina como uma flor (1966); Teatro: • Orfeu da Conceição (1956); • Procura-se uma rosa (1961);
  • 10. Soneto de Fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento . E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
  • 11. Música• Teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. • Na MPB, foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. • E o mais importante: Vinicius foi um dos fundadores do movimento mais marcante da música brasileira, a Bossa Nova, que é derivado do samba e tem forte influência do jazz. O LP que marca esse movimento é o Canção do Amor Demais (1959), com músicas suas e de Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizeth Cardoso. • Garota de Ipanema - Música marcante da Bossa Nova. É uma das poucas músicas com versão em inglês cantada originalmente pelos seus compositores a fazer sucesso no exterior.
  • 12. Palavras de Vinicius • “Quando eu digo que sou o branco mais preto do Brasil, digo a verdade. A minha comunicação com a raça negra é imensa. Sinto atração por ela, a todo momento descubro sua vitalidade. A contribuição do negro à cultura brasileira é importantíssima. Só a contribuição rítmica que eles trouxeram, a magia do mundo negro, já me liga a eles definitivamente.”
  • 13. Parcerias de Vinicius de Moraes • TOM JOBIM - Em 1955, Vinicius montaria a peça Orfeu da Conceição, com música a cargo de um então jovem pianista; Tom Jobim. Surgia assim uma parceria que se estenderia por toda a vida profissional e pessoal. Uma série de intérpretes gravou composições inesquecíveis da dupla, como Canções do Amor Demais, Luciana, Estrada Branca, Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Só danço Samba, Insensatez, Ela é Carioca e Samba do Avião. Mais do que ninguém, o maestro, pianista, arranjador e violonista Tom foi um grande amigo.
  • 14. • CARLOS LYRA - Os dois se conheceram em 1961, ano em que compuseram juntosVocê e Eu e Coisa Mais Linda. Outras composições da dupla são Primeira Namorada, Nada como ter Amor e A Marcha da Quarta-feira de Cinzas.
  • 15. • BADEN POWELL - A parceria com o violonista começou em 1962, ano em que foram compostas as belas Samba da Bênção, Tem Dó, Samba em Prelúdio,Consolação, Canto de Ossanha e Samba de Oxóssi. Valsa do Amor que não vem, interpretada por Elizeth Cardoso, conseguiu o segundo lugar do I Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior de São Paulo, em 1965.
  • 16. • TOQUINHO - Da intensa parceria iniciada em 1969, surgiu a clássica Tarde em Itapoã.O primeiro disco da dupla foi lançado em 1971, quando os dois passaram a se apresentar em numerosos shows no Brasil e no exterior. Ao todo, foram quase 120 músicas compostas pelos amigos.
  • 17. • EDU LOBO - O ano de 1963 marca mais uma parceria na vida de Vinicius: Edu Lobo. A principal canção da dupla foi Arrastão, que obteve o primeiro lugar no I Festival de Música Popular Brasileira, da TV Excelsior de São Paulo, em 1965, interpretada por Elis Regina.
  • 18. • CHICO BUARQUE - Gente Humilde, cuja letra foi escrita a partir de um tema musical gravado na década de 50 pelo compositor Garoto, é um dos sucessos do encontro dos dois talentosos artistas. Eles trocavam cartas para resolver qual estrofe da música mudariam, ou se concordavam com o título, e elas foram encontradas. Aqui está uma delas:
  • 19. • De Vinícius para Chico Mar del Plata, 24/01/71 Chiquérrimo: Dei uma apertada linda na sua letra, depois que v. partiu, porque achei que valia a pena trabalhar mais um pouquinho sobre ela, sobre aqueles hiatos que havia, adicionando duas ou três idéias que tive. Mandei-a em carta a v., mas Toquinho, com a cara mais séria do mundo me disse que Sérgio morava em Buri 11, e lá foi a carta para Buri 11. Mas como v. me disse no telefone que não tinha recebido, estou mandando outra para ver se v. concorda com as modificações feitas. Claro que a letra é sua, eu nada mais fiz que dar uma aparafusada geral. Às vezes o cara de fora vê melhor estas coisas. Enfim, porra, aí vai ela. Dei-lhe o nome de “Valsa Hippie, porque parece-me que tua letra tem esse elemento hippie que dá um encanto todo moderno à valsa, brasileira e antigona. Que é que voce acha? O pessoal aqui no princípio estranhou um pouco, mas depois se amarrou à idéia. Escreva logo, dizendo o que v.
  • 20. VALSA HIPPIE Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar/ Olhou-a de um modo mais quente do que comumente costumava olhar/ E não falou mal da poesia como era mania sua de falar/ E nem deixou-a só num canto; pra seu grande espanto disse: /Vamos nos amar Aí ela se recordou do tempo em que saíam para namorar E pôs seu vestido dourado cheirando a guardado de tanto esperar Depois os dois deram-se os braços coma a gente antiga costumava dar E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a bailar E logo toda a vizinhança ao som daquela dança foi e despertou E veio para a praça escura, e muita gente jura que se iluminou E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais Que o mundo compreendeu
  • 21. • Na madrugada de 19 de outubro de 1913, em meio a um forte temporal, nascia, em uma casa na Rua Lopes Quintas, 114, Gávea, Rio de Janeiro, Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes. A casa era ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. Hoje, a casa não existe mais, foi demolida. Aos nove anos de idade, Marcus Vinicius, acompanhado da irmã Lygia, foi até o cartório da Rua São José, no Centro do Rio e alterou seu nome para Vinicius de Moraes. As moradias de Vinicius
  • 22. • Em 1916, a família mudou-se para o bairro de Botafogo. Foram morar na casa de seus avós paternos, D. Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes, que ficava na Rua Voluntários da Pátria, 192. Atualmente, neste local, existe um prédio comercial.
  • 23. • Em 1917, a família muda-se novamente. O destino é a Rua da Passagem, 100, ainda no bairro de Botafogo. Hoje, neste endereço, funciona a Escola Municipal João Saldanha.
  • 24. • Ainda no ano de 1917, Vinicius e sua irmã Lygia ingressaram na escola primária Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz, também em Botafogo, onde hoje é o Colégio Qi. • Em 1919, a família transferiu-se para Rua da Passagem, 192, onde hoje funciona o prédio da Receita Federal. No ano seguinte, Vinicius de Moraes muda-se para a Rua Real Grandeza, 130. A estrutura foi mantida e, hoje, pode ser vista por todos.
  • 25. • No bairro de Botafogo, a última residência na qual Vinicius morou foi um sobrado, na Rua Voluntários da Pátria, 195. Neste endereço, hoje, funciona uma lanchonete e uma clínica dentária.
  • 26. • Terminado os estudos secundários, foi a hora de pensar em que carreira seguir. Foi quando, em 1930, Vinicius ingressou na Faculdade de Direito do Catete. O prédio onde funcionava a faculdade passou a abrigar, em 1980, a UNE – União Nacional dos Estudantes. Hoje, o casarão não passa de ruínas.
  • 27. • No ano de 1938, Vinicius é contemplado com a primeira bolsa de estudos do Conselho Britânico para estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford.
  • 28. • Entre 1940 e 1964, Vinicius passou por São Paulo, Los Angeles, onde trabalhou com Vice-Cônsul, Paris, sendo Segundo Secretário da Embaixada e Montevidéu. Já em 1965, mudou-se para Rua Diamantina, 20, no Jardim Botânico. Em 1971, muda-se para Bahia, na Rua do Flamengo, 44, Farol de Itapuã, onde hoje se encontra o Hotel Mar Brasil. A antiga casa é acoplada ao hotel.
  • 29. • Em 9 de julho de 1980, Vinicius de Moraes morreu, aos 66 anos, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, Rio de Janeiro, a mesma em que nasceu. Foi enterrado no cemitério São João Batista, que é sua atual morada.
  • 30.
  • 31. • "Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não, porque na casa não tinha chão. Ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede. Ninguém podia fazer pipi, porque penico não tinha ali, mas era feita com pororó, era a casa de Vilaró".
  • 32. Vinicius e sua banheira
  • 33. • Vinicius de Moraes tinha como canto principal e mais querido de sua casa a banheira. Isso mesmo. Para o poetinha, não existia algo tão bom quanto o inusitado local para ler, refletir e pinçar as mais diversas inspirações para suas belas e eternas obras. Nela, Vinicius também concedia entrevistas quando se sentia dominado pela preguiça, e assim fazia ao lado do sempre indispensável copo de uísque, o seu melhor amigo, "um cachorro engarrafado" como costumava dizer.
  • 34. • As manias, ou talvez meras necessidades do poeta, começavam pelas torneiras. Vinicius não se sentia a vontade sem que estivessem inclinadas sempre na mesma direção, para que o singelo fio de água quente o acalmasse e o de água fria o mantivesse aceso. Evidentemente, não era isso que o faria produzir obras para a história, que marcariam época na cultura nacional, e sim a sua genialidade, que falava mais alto, refletida na voz clara e inteligente de suas obras imortais.
  • 35. • Deve-se atentar para a complexidade dos elementos da banheira de Vinicius. Significavam não apenas manias de um poeta, mas sim a abertura de seus horizontes, para um mundo essencialmente abstrato e ao mesmo tempo tão real. • O ‘escritório alternativo’ de Vinicius se tornava completo com a mesa improvisada, que não passava de uma simples tábua apoiada nas bordas da banheira, onde ele punha os livros e todo o material utilizado. Em contrapartida, a bela história da banheira, que tantos frutos rendeu, termina com um trágico final.
  • 36. • O mesmo palco das grandes inspirações ou simplesmente das refeições diárias que davam força para o poetinha seguir além, serviria para pôr um ponto final ou uma vírgula em sua vida, que segue até hoje não só materializada em suas obras, como também no imaginário popular. O dia nove de julho de 1980 marcaria a morte de Vinicius e o derradeiro suspiro do poeta ocorreria justamente em sua tão querida banheira. Quisera o destino que esta imortal figura brasileira, marcada por um inigualável amor à vida, a deixasse no berço de suas magnifícas composições.
  • 37. • Durante a madrugada, Vinicius de Moraes veio a falecer após sentir-se mal. O poeta compunha a trilha do programa infantil Arca de Noé, da Rede Globo, e após alegar cansaço, dirigiu-se ao seu canto predileto para tomar um banho. Para a tristeza de seus familiares, fãs e admiradores, lá não resistiu, sendo vencido pela dificuldade em respirar, causada por um edema pulmonar agudo. Seu parceiro e amigo pessoal Toquinho, com quem planejava os últimos detalhes do álbum, juntamente a sua última esposa, Gilda Mattoso, tentou socorrê-lo, mas não houve tempo.