Tecnologias da informação aplicadas à bibliotecas universitárias. Uma proposta de otimização da gestão do conhecimento
1. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO APLICADAS À BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS:
UMA PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO
Ricardo Nagel Machado
UFSC – Universidade Federal de Santa
Catarina
ricardo.nagel@hotmail.com
RESUMO
As bibliotecas universitárias são ambientes
acadêmicos que sobrevivem aos métodos antigos de acesso
ao conhecimento apesar da recente democratização do
acesso à internet ter modificado essa busca. Apesar das
BUs manterem-se vivas em ambientes físicos, é inegável
desde o surgimento das TICs o interesse das bibliotecas por
beneficiarem-se dessas ferramentas.O intuito desse
interesse sempre foi centrado em oferecer processos
inovadores de compartilhamento de conhecimento aos seus
usuários.
A tendência das BUs hoje é a migração de
serviços para o ambiente virtual, o que moderniza e facilita
o acesso ao conhecimento a medida que as novas gerações
já nascem utilizando computadores, smartphones e tablets.
Contudo não basta a migração de serviços físicos para
online, se os mesmos não forem embasados em um
planejamento junto à gestão do conhecimento da biblioteca.
A junção de aplicações inovadoras utilizando as NTICs e
uma gestão do conhecimento bem estruturada, somente
tende a beneficiar um ambiente tão importante aos
interesses acadêmicos como a biblioteca.
Objetiva-se através desse artigo a apresentação de
uma proposta que agregue NTICs junto à gestão do
conhecimento do ambiente bibliotecário. A proposto possui
o intuito de otimizar os serviços online das BUs a partir da
implementação de processos que proporcionem o maior
feedback o sistema com o usuário, além dessa aplicação ser
voltada para a utilização em tecnologias muito difundidas
atualmente, como smartphones e tablets.
PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento, Bibliotecas
universitárias, Gestão do Conhecimento, BUs,
Organizações.
I - INTRODUÇÃO
De acordo com o passar o tempo muitos conceitos
tornaram-se obsoletos quanto à importância que se dá a
informação e o conhecimento. A partir dos diferentes
pensamentos a humanidade tem passado por várias eras,
tais como a Era da Informação e atualmente nos situamos
na Era do Conhecimento. Esta parte do princípio que o
valor do conhecimento é imensurável, contudo a real
relevância encontrasse na sua disseminação, principalmente
através do repasse do mesmo entre as pessoas. Entende-se
então que gerir o conhecimento de forma eficaz e eficiente
nos trará mais conhecimento, formando assim um ciclo de
compartilhamento. Estes conceitos devem ser abstraídos e
posteriormente internalizados nas instituições para melhor
administrar o conteúdo gerado nas mesmas, partindo do
pressuposto que atualmente temos muitas informações
disponíveis na rede, contudo em muitas situações estas
informações não nos trazem embasamento para determinar
a sua valia, por exemplo, para uma pesquisa.
A necessidade de uma melhor gestão do
conhecimento nas bibliotecas universitárias implica não só
no desenvolvimento de novos processos e a melhoria dos já
existentes, como também a implementação de sistemas
inovadores aproveitando as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs) hoje disponíveis.
“As bibliotecas universitárias, como parte dessas
instituições de ensino superior, devem estar preparadas
para atuar no processo, bem como desenvolver seus
próprios projetos de gestão do conhecimento” (CASTRO,
2005)
Utilizando-se então dos princípios de conversão
do conhecimento, mais precisamente a internalização, onde
através da aplicação o usuário fará de forma mais eficiente
a busca e consequentemente a conversão do conhecimento
explícito para o tácito, objetiva-se propor uma aplicação a
qual se aproveite do potencial das NTICs e que viabilize a
otimização do sistema de empréstimo online de livros das
BUs. A melhoria parte do princípio que hoje nos sistemas
de empréstimos de livros das BUs não têm-se informações
suficientes para que os usuários assim possam determinar a
relevância que o livro do qual fará empréstimo terá
realmente para os seus estudos. Dessa maneira, muitas
vezes são realizados empréstimos de materiais que não
serão aproveitados, prejudicando acadêmicos que
buscariam por exatamente este material que já está alocado.
Além das características apresentadas acima como sendo
motivações para o desenvolvimento desse artigo, outros
importantes fatores foram analisados, tais como qual o
papel na web que as BUs vem desempenhando e se essas
atividades satisfazem as necessidades dos usuários.
2. II - REVISÃO BIBILIOGRÁFICA
A - Gestão do Conhecimento: Abordagem conceitual.
Cabe salientar que o correto conceito de gestão do
conhecimento é importantíssimo para o melhor
entendimento dos stakeholders que virão a analisar esse
estudo, pois conceitos bem fundamentados tornam a prática
viável.
Entende-se que em plena Era do Conhecimento
deparar-se com palavras às quais já estão intrínsecas ao
olhar é comum, contudo ao analisar seu real conceito
conclui-se que o conhecimento sobre tais era superficial.
Dito isso, conceituar gestão do conhecimento passa antes
por alguns sinônimos que geralmente trazem confusão, são
eles: dados, informações e conhecimento.
Segundo Tuomi (1999) apud Silva (2004, p. 144)
“dados são tratados como simples fatos que tornam
informação se forem combinados em uma estrutura
compreensível; ao passo que informação torna-se
conhecimento, se for colocada em um contexto, podendo
ser usada para fazer previsões.”.
Dentro de uma biblioteca universitária, dados
podem ser caracterizados como os dados pessoais dos
acadêmicos, bibliotecários, dados relativos aos serviços
prestados (empréstimo, devolução, o acesso às bases de
dados da BU e biblioteca virtual).
Nonaka e Takeuchi (1997) apud Silva (2004, p.
145) afirmam que “conhecimento é formado por
informação que pode ser expressa, verbalizada, e é
relativamente estável ou estática, em completo
relacionamento com uma característica mais subjetiva e
não palpável, que está na mente das pessoas e é
relativamente instável ou dinâmica, e que envolve
experiência, contexto, interpretação e reflexão”.
Em um ambiente bibliotecário podem ser
consideradas como informações: listas de aquisições de
livros, levantamento bibliográfico, listas de materiais
catalogados recentemente, lista de materiais com maior
índice de empréstimo, dentre outras.
A partir desses conceitos expostos pode-se tomar
como base que o conhecimento nada mais é que a
transformação da informação através da interpretação de
tal, tendo assim variações de interpretações de indivíduo
para indivíduo. Isso mostra o porquê do conhecimento ser
um bem intangível, único e difícil de ser compartilhado.
Este está presente na mente das pessoas, as quais utilizam
as mais diferentes formas para interpretarem e
transformarem as informações em conhecimento.
A mudança na estrutura da sociedade fica mais
evidente a cada dia com a quebra de paradigmas, a
consolidação da globalização e o alto fluxo de informação
e conhecimento gerados os quais temos acesso nas redes.
Esse conjunto de fatores a partir da década de 80
proporcionou o surgimento da necessidade de gerir essas
produções de conhecimento de forma eficiente e eficaz
para a obtenção de vantagem competitiva. Essa necessidade
vem ganhando espaço tanto no meio acadêmico, quanto no
organizacional, chama-se gestão do conhecimento.
Conforme Robbins (2005) apud Sousa, Quoniam,
Trigo(2008 p.4) “A gestão do conhecimento é um processo
de organização e distribuição do saber coletivo da
organização, de maneira a fazer com que a informação
certa chegue à pessoa certa, na hora certa.”
Tratando do conceito em poucas palavras, a gestão
do conhecimento possui como foco o gerenciamento da
informação a fim de agregá-la de tal maneira que a
transforme em conhecimento, possibilitando então a
circulação desta gama de conhecimentos entre as pessoas
de forma eficaz.
Desmistificar a gestão do conhecimento e torná-la
um mecanismo eficiente dentro de uma organização, não é
uma tarefa das mais simples. Um fator a ser levado em
consideração é que um dos principais problemas da gestão
do conhecimento é tornar os envolvidos mais maleáveis a
esse processo, fazendo com que não retenham seus
conhecimentos. Para isso a mudança comportamental e
cultural das organizações é fundamental, pois além da
gestão do conhecimento fornecer vantagens competitivas e
um melhor desempenho organizacional, o não
compartilhamento do conhecimento acarretará na morte do
mesmo em algum dado momento, pois não foi
disseminado.
O compartilhamento do conhecimento faz parte da
essência da gestão do conhecimento, não faz sentido então
estruturar processos de gestão do conhecimento se os
indivíduos não estão preparados para esta prática.
Takahashi, (2007) apud Sousa, Quoniam,
Trigo(2008 p.4) afirma que “o conhecimento precisa
circular com rapidez e eficiência por toda a organização. O
novo conhecimento tem mais impacto quando é partilhado,
do que quando é propriedade de poucos.”
Em resumo, só existem benefícios quando o
conhecimento é difundido, transferido ou compartilhado.
Esse processo torna-se importante à medida que se
necessita a criação de novos conhecimentos. Contudo o
mesmo torna-se falho quando ocorre de qualquer maneira,
ou seja, sem uma estratégia da organização que garanta ao
fim do processo que o conhecimento gerado seja realmente
válido a organização. Por esse motivo é importante a
aplicação de estratégias voltadas a gestão do conhecimento
na organização, para que os processos ocorram de forma
ordenada.
B - Bibliotecas no contexto universitário
3. A partir da Era da Informação tornou-se mais fácil
a captura e organização da informação. Por conta das suas
características de disseminadoras de conhecimento e dos
ideais intrínsecos nas suas missões, universidades e
bibliotecas destacam-se das demais organizações.
Organizações com essas características baseiam-se
principalmente na construção e compartilhamento do
conhecimento, convertendo informações em conhecimento
e tornando-se valorizada por possuir muitos ativos
intangíveis.
Nesse contexto Choo (2003) apud Castro(2005,
p.37) afirma que “a organização que for capaz de integrar
eficientemente os processos de criação de significado,
construção do conhecimento e tomada de decisões pode ser
considerada uma organização do conhecimento”.
Dado o conceito apresentado por Castro (2005),
pode-se afirmar também que as organizações do
conhecimento possuem como objetivo a mudança de
abordagem dada à conceituação de conhecimento como
sendo um objeto ou algo a ser alcançado. Seu significado
então, se torna mais amplo, podendo ser dito como um
processo contínuo de construção principalmente coletivo.
Dentro desse contexto, as Instituições de Ensino Superior
(IES) podem ser caracterizadas como organizações do
conhecimento que promovem atividades em três áreas,
ensino, pesquisa e extensão. Ensino é a atividade na qual há
transmissão de conhecimento, já a pesquisa tem como
intuito gerar novos conhecimentos. Em contrapartida a
extensão equivale à área de atividades de interação entre a
universidade e a comunidade na qual está presente.
Com base no diz respeito às IES serem o principal
exemplo de organizações do conhecimento, pois para
progredirem as mesmas dependem da geração de
conhecimento por meio dos três pilares (Ensino, pesquisa e
extensão), Maia, (2003) apud Castro (2005, p.17)
argumenta que “as instituições de ensino e, em particular,
as IES que pretendem crescer com qualidade terão
necessariamente que profissionalizar seus recursos
humanos e investir em seu aparato tecnológico. Mais ainda,
terão que trazer a prática de seu dia-a-dia a Gestão do
Conhecimento, não mais como conceito teórico a ser
introduzido na sala de aula, mas como instrumento
imprescindível para o seu desenvolvimento e para a
disseminação do conhecimento.”
Dentro do contexto das IES como organizações do
conhecimento pode-se apresentar as bibliotecas
universitárias como centrais que gerenciam as informações
da universidade. As BUs, dada suas responsabilidades, são
órgãos orientados a informação que hoje com o advento
das novas tecnologias da informação e comunicação,
investem cada vez mais nestas NTICs. Vários fatores
contribuem para que esses investimentos sejam levados
adiante, tais como proporcionar a melhora nos fluxos de
informação além de que investimentos na digitalização de
conteúdos e disponibilização dos mesmos na web
diminuem os custos do órgão.
Através do conjunto de investimentos nas áreas de
tecnologia da informação e recursos humanos qualificados,
o órgão bibliotecário consolida-se dentro das instituições
de ensino superior como um dos principais participantes
ativos para a inovação do conhecimento.
Sobre esta indagação Shanhong, (2000) apud
CASTRO (2005, p. 39) diz que “as funções convencionais
de uma biblioteca são de coletar, processar, disseminar,
armazenar e utilizar informação documental para
proporcionar serviços para a sociedade. Na era da
economia do conhecimento, a biblioteca se tornará a casa-
do-tesouro do conhecimento humano, participando na
inovação do conhecimento, e tornando-se um importante
elo na corrente da inovação.”
As bibliotecas desempenham papel importante
dentro da universidade. Proporcionam hoje, diante da era
do conhecimento funções como repositórios e
disseminação do conhecimento, o que as tornam a principal
ligação entre o conhecimento produzido dentro da
universidade e as pessoas que necessitam do conhecimento,
denominadas usuários no contexto da biblioteca. Em
contrapartida, apesar de serem importantíssimas no
processo de inovação do conhecimento, as BUs
caracterizam-se como uma organização do conhecimento
sem autonomia. Esta dependência da organização a qual
pertencem, pode ser vista por meio das suas atividades,
planejamento, direção serem moldadas de acordo com os
objetivos da instituição que está inserida, a fim de que os
objetivos da mesma sejam alcançados. Tarapanoff, (1984)
apud Castro (2005, p. 41) diz que a “estrutura da biblioteca
é determinada pela estrutura da organização à qual
pertence, podemos concluir que a estrutura da biblioteca é
resultado do meio ambiente”
III - Proposta
Tarapanoff (1982) e Dodebei (1998) apud Castro (2005,
p.44) fazem menção que “os processos essenciais das
bibliotecas universitárias têm a finalidade de prestar
serviços de apoio às unidades de ensino, pesquisa e
extensão. A universidade processa informação e a
biblioteca gerencia a informação. A função da biblioteca
universitária é servir as necessidades informacionais dos
estudantes, professores, especialistas, pesquisadores e toda
a comunidade acadêmica.”
Embasado nesses ideais e na revolução
digital que nos proporciona o crescimento exponencial das
informações na rede, é notável a necessidade da
digitalização dos conteúdos produzidos dentro das IES,
assim como o desenvolvimento de novos mecanismos para
resgatar os mesmos e tornar mais eficiente o processo de
inovação de conhecimento.
4. Clarke (2004) apud Castro (2005, p. 46) afirma
que “as diversas atividades desenvolvidas por uma
biblioteca encontram-se em constante redefinição, para que
possam sempre auxiliar da melhor forma no cumprimento
da função da biblioteca. Devido às constantes mudanças e
evoluções tanto na relação ensino-aprendizagem, quanto
nas tecnologias e na forma de armazenagem e acesso à
informação, as universidades têm repensado seu papel e
processos, passando inclusive muitos de seus processos e
atividades para um formato virtual, e por estarem ligados às
universidades, esses também têm trazido consequências
para os serviços e processos das bibliotecas. A biblioteca
pode influenciar e garantir seu futuro, tornando-se, assim,
mestra nas ferramentas do mundo digital.”
As bibliotecas universitárias são órgãos que
sobrevivem hoje a uma era de mudanças, as quais
principalmente são relacionadas a transição de foco do
interesse dos usuários aos materiais tangíveis, para cada
vez mais optarem pela praticidade do acesso à serviços
online de empréstimos, referencias bibliográficas, de modo
que a pesquisa possa ser realizada fora das bibliotecas
físicas.
Miranda (2010, p.66) afirma que “A evolução dos
suportes de informação, ocorrida na década de 1980,
mostrou que a biblioteca não era apenas um depósito de
livros ou, como às vezes chamada, “cemitério do saber”. Já
no século 21, houve uma mudança significativa no
oferecimento de serviços; os usuários passaram a ter
facilidades, não precisando mais sair das suas salas para ter
o conteúdo das bibliotecas 24 horas por dia disponível; e o
acesso a textos completos ou ainda à renovação/reserva de
documentos na biblioteca física; isso sem mencionar as
salas de entretenimento, igualmente disponíveis. Essas
mídias, surgidas e incorporadas no cotidiano, provocaram
mudanças na gestão da informação.”
A evolução dos meios de disseminação de
conhecimento sempre interessaram as BUs a fim de
tornarem-se especializadas. Dentre a linha do tempo das
evoluções tecnológicas incorporadas pelas BUs, podemos
citar na década de 80 os disquetes, fitas cassetes e VHS que
eram comuns no ambiente bibliotecário. Logo após
começaram a adquirir microcomputadores e na década
seguinte o CD-ROM se tornou peça chave para ter base de
dados, além da corrida para integrar-se na rede com o
desenvolvimento de sites disponibilizando serviços online.
Tarapanoff et al (2000) apud Miranda(2010, p. 72)
afirmam que “unidades de informação (bibliotecas, centros
e sistemas de informação e de documentação) foram e são,
tradicionalmente, organizações sociais sem fins lucrativos”,
cuja característica principal é a prestação de serviços à
sociedade. Com o foco dirigido a essa prestação de
serviços, percebe-se hoje a preocupação dos gestores em
realmente conseguir satisfazer seus usuários,
disponibilizando o acesso à biblioteca pelo maior período
de tempo possível.
Dentro do contexto de serviços diferenciados, as
BUs carecem de serviços mais completos e para
plataformas novas que atendam de forma eficiente e eficaz
seu usuário. O foco desta proposta encontra-se na
dificuldade em determinar relevância ao material que o
usuário poderá fazer empréstimo através do serviço online
da BU, pois o mesmo não lhe oferece diferenciais que lhe
dê embasamento para concluir se o material poderá ser
utilizado para a sua pesquisa. Com esta proposta, então,
objetiva-se tornar mais eficiente o sistema de empréstimo
de livros online, através do desenvolvimento de
mecanismos que dê informações adicionais sobre a
bibliografia que o usuário irá requerer. Esses mecanismos
teriam como base a disponibilização dos sumários dos
livros como retorno da pesquisa, além do resumo dos
livros. São mecanismos simples, porém que auxiliariam o
usuário nas tomadas de decisões. Além disso, NTICs
surgiram nos últimos anos e estão em alta no mercado.
Fala-se muito hoje na mudança do papel para o digital,
principalmente a partir da presença cada vez mais forte dos
smartphones e tablets no mercado. Os valores desses
gadgets estão em conta atualmente, inserindo-os assim nos
lares da maioria das classes sociais brasileiras.
Uma proposta de aplicação para smartphones e
tablets, para que assim os principais serviços da BU
estariam disponíveis de forma mais interativa, o que
aproximaria os usuários ao ambiente de pesquisa, mudando
então o foco desses gadgets que hoje são utilizados em
maior parte para o entretenimento, tornando-os usuais junto
ao ambiente bibliotecário.
Assim, propõe-se desenvolver um sistema de
empréstimo com mais feedback ao usuário, além de uma
ferramenta de avaliação onde os mesmos poderão opinar
sobre o livro o qual utilizaram, fornecendo embasamento
para que outros usuários possam tomar conhecimento sobre
o conteúdo da obra. Essa aplicação atrelada as NTICs
atuais (smartphones, tablets) nada mais será do que dar
continuidade aos interesses das bibliotecas universitários
em estarem sempre incorporando novos processos e
ferramentas ao seu ambiente a fim de facilitar e inovar a
busca por conhecimento.
A estrutura da aplicação seria formada da seguinte
maneira:
5. O modelo para desenvolvimento da aplicação de
avaliações dos livros pelos usuários pode ser baseado em
sistemas implantados em sites de compras como
submarino:
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS
As bibliotecas universitárias são consideradas
órgãos das universidades que contribuem de uma forma
importante para o processo de inovação e a consolidação de
novos conhecimentos, assim o investimento no
aprimoramento da gestão do conhecimento nas mesmas
deve ser tratado como um processo contínuo. Os benefícios
da gestão do conhecimento devem ser levados além do
ambiente físico e do aperfeiçoamento dos recursos
humanos, para o ambiente virtual onde se encontram
repositórios e aplicações de serviços das BUs.
A incorporação das NTICs no nosso dia-a-dia é
cada vez mais comum, contudo as mesmas tendem a serem
utilizadas em sua maior parte para o entretenimento
(smartphones, tablets). O desenvolvimento de aplicações
utilizando essas plataformas tem crescido
exponencialmente. Isso tem ocorrido a partir dos incentivos
das empresas e das facilidades que as principais
plataformas (IOS e Android) oferecem aos
desenvolvedores.
Agregar as NTICs a fim de proporcionar uma
maior eficiência e eficácia ao sistema de empréstimo das
BUs é o foco principal da proposta apresentada nesse
artigo. Através dessa proposta, aumentar as informações
disponíveis, o feedback do sistema para com o usuário e a
interação usuário/usuário, são fatores importantes nos quais
os sistemas online de empréstimos das bibliotecas
universitárias carecem.
A proposta pode vir a se tornar viável a partir de
projetos de pesquisa dentro da própria universidade,
oferecendo oportunidades a acadêmicos. Com isso
proporcionaria o estudo aplicado de gestão do
conhecimento através do desenvolvimento dessa aplicação.
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