2. Relato de Experiência
“VAMOS ÀS COMPRAS”
Grandezas e Medidas: sistema monetário, massa e capacidade
Professoras Alfabetizadoras: Adriana Fischer Ribeiro
Carmem Lúcia Coelho da Silva
Orientadora de Estudo: Ana Carolina Conceição
Marléte Tólio Comassetto
3. SITUANDO...
Este trabalho foi realizado com turmas do
primeiro e segundo ano do ensino fundamental, da
Escola de Ensino Fundamental Professora
Georgina de Carvalho Ramos da Luz, da rede
municipal de educação de Brusque- Santa
Catarina, com crianças entre seis a oito anos
respectivamente, somando um total de 33 e 41
alunos respectivamente, durante o ano letivo de
2014.
8. AÇÕES PRÉVIAS
Conversas, levando em conta o conhecimento prévio dos
alunos;
Análise e leitura de receitas trazidas pelos alunos;
Estudo das medidas não convencionais (xícara, copo,
colher) e medidas convencionais (quilo, litro, mililitro e
grama).
Com isso, foi possível fazer com que os alunos adquirissem
conhecimentos mais aprofundados sobre o assunto em questão, incluindo
a função social do gênero do discurso, receita.
9. Para iniciar o trabalho, os alunos foram
solicitados a trazer diversos tipos de receitas,
incluindo doces e salgadas, àquelas do seu
cotidiano.
10. Em seguida, houve a roda de conversa,
que já faz parte da rotina, para que se
observassem:
O título da receita;
Os ingredientes utilizados para pesquisa
de preço;
Quantidades e os instrumentos de medidas
descritos na receita;
Escolha da receita a ser executada na
escola por meio de eleição.
11. Com auxílio da professora e dos colegas, as
crianças leram o que estava escrito nas receitas e
perceberam que estes textos informam sobre como
fazer (passo a passo), percebendo assim a sua
função social. Em seguida, elegeram a receita para
execução e escreveram no caderno, registrando
principalmente os ingredientes para pesquisa de
preço e levantamento dos gastos.
12. Texto retirado do livro de Letramento e Alfabetização:
A Escola É Nossa (2° ano), Editora Scipione, 2013.
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14. Foram apresentados e analisados os instrumentos
de medida descritos em receitas e comparados com
as medidas convencionais. Os alunos mediram a
capacidade dos objetos comuns e transformaram em
conhecimento fmedidas
cientifico, registrando a medida
padrão. Foi possível perceber a empolgação das
crianças ao comparar estas medidas, bem como
elaborar hipóteses, vivenciadas anteriormente por
eles.
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18. DIZERES DOS ALUNOS
• “Professora, podemos usar um potinho que marca a
quantidade para sabermos quanto tem no copo.”
• “Se todos ganharem um copo igual podemos dividir
a mesma quantidade para cada um.”
• “Minha mãe não mede certinho, ela faz a receita e
diz que é mais ou menos uma xícara de água. Ela faz
muitas vezes arroz lá em casa, é por isso que sabe
fazer sem ler, né professora?”
19. Com a lista dos produtos já anotados pelas
crianças, fez-se a pesquisa de preço no
mercado, onde pode-se pesquisar os valores e
registrar a marca, para depois realizar o
comparativo. Os alunos puderam fazer
compras e adquirir produtos do seu interesse e
do valor que possuíam, proporcionando uma
relação prática com o sistema monetário.
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22. DIZERES DOS ALUNOS
“Professora, tem muitos produtos iguais,
mas o preço é diferente, por quê?”
“Minha mãe sempre compra deste, ela disse
que é mais barato e a gente tem sempre que
comprar o mais barato.”
“ Prô, por que tem alguns produtos que o
preço está marcado em papel maior e de outra
cor?(àqueles promocionais).”
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24. Depois da pesquisa no mercado, fez-se a
comparação dos preços pesquisados e o levantamento
de gastos para a execução da receita escolhida. Vários
questionamentos foram elencados pelos alunos:
“A receita terá o mesmo sabor se for feita com o
produto mais barato?”
“É possível fazer mais de uma receita com esta
quantidade?”
“Uma receita irá dar para todos nós?”
“Quantas porções dará uma receita?”
Neste momento de comparar, classificar, contar e
registrar, a partir do desejo das crianças, foi feita a
receita escolhida podendo assim, solucionar as dúvidas
que surgiram entre os alunos.
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26. “Cuidado com o menino!”, de Tony
Blundell
Como leitura deleite, ouviram a
história e cada um falou sobre sua
compreensão e as conexões do texto
com fatos que haviam vivenciado.
27. Este trabalho resultou em uma aprendizagem realmente
significativa, por meio do qual puderam perceber as
características matemáticas presentes nas receitas e os
objetos de medida convencional do cotidiano. Perceberam a
função social da receita e do sistema monetário. Foi possível
perceber também, a construção da linguagem matemática a
partir das expressões como “cheio, vazio, menor, maior,
metade, meio...”
O trabalho com materiais manipuláveis e cotidianos, o
desafio, o questionamento e o espírito investigativo
garantiram o envolvimento ativo das crianças com as práticas
de letramento.
31. DIZERES DOS ALUNOS
“A gente aprendeu a comprar no mercado e
fazer receitas.”
“Dá pra medir a quantidade com muitos
objetos, mas precisamos saber quanto cabe
dentro deles, se não a receita fica errada e
estraga tudo.”
“A minha mãe nunca erra a receita da “nega
maluca” porque ela mede a quantidade de
todos os ingredientes toda vez que faz. Fica
sempre uma delícia.”
“ Prô, a gente tem que medir o tempo que vai
assar né? Porque pode ficar cru ou queimado.”
34. REFERÊNCIA S:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão
Educacional Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa: Grandezas e
Medidas. Ministério da Educação. Brasília: MEC, SEB, 2014.
BRUSQUE/SC. Prefeitura de Brusque. Secretaria Municipal de Educação.
Diretrizes Curriculares Municipais. Brusque, 2012.
BLUNDELL, Tony. Cuidado com o menino! Salamandra.
CAVÉQUIA, Márcia Paganini. A Escola é Nossa: alfabetização e letramento, 2°
ano. São Paulo, Scipione, 2013.