O documento discute o comportamento parental do gato doméstico (Felis catus), descrevendo as etapas da gestação, parto, cuidados com os filhotes recém-nascidos, neonatos e jovens, incluindo amamentação, limpeza, ensino de caça e desmame. Também aborda adoção e rejeição de filhotes.
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Comportamento Parental de gatos domésticos
1. D I S C I P L I N A : C O M P O R T A M E N T O E B E M - E S T A R A N I M A L
D O C E N T E : D AV I D R O C H A
D I S C E N T E S : N AY L L A M AY A N A
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO
FRANCISCO
COMPORTAMENTO ANIMAL
3. O GATO
• A convivência do felino com o ser humano, não modificou significativamente
o comportamento primário do gato.
4. COMPORTAMENTO PARENTAL
• É todo esforço (com gasto de energia e de tempo) que o pai ou a mãe, ou
ambos dedicam aos descendentes resultando em chances aumentadas de
sobrevivência e reprodução.
5. COMPORTAMENTO PARENTAL DE GATOS
• Comportamentos:
Gestacional
parto
Pós-parto
Cuidados com: neonato, jovem, adulto (ensino de comport. Ex.: caçar)
Adoção
Rejeições
6. GESTACIONAL
• No início da gestação, a gata tem comportamento natural (caça, repousa)
• Influência da progesterona e peso do abdome a faz repousar mais
• Copia a maturidade emocional que viveu com a progenitora
• Na gata, o período de gestação varia de 60 a 68 dias, sendo a média 65
dias. sendo que o nascimento antes do dia 60 é considerado prematuro
7. GESTACIONAL
• Alimentação da fêmea, principalmente nas últimas 3 semanas de gestação
(desenvolvimento do neonato e acúmulo de gordura)
• Precisa estar imunizada e com controle parasitário
• Ninhada tem progenitores múltiplos
8. PARTO
• Uma semana antes do parto a gata procura um lugar escuro, protegido e
silencioso
• Compartilhamento de ninhos com outras fêmeas é normal
• Mais irritável e agressiva
9. PARTO
• No período pré-parto a concentração de prolactina aumenta
• Durante o período de parto a gata recusa-se a comer e fica inquieta,
lambendo a região reprodutiva
• A gata expulsa os gatinhos da ninhada anterior durante a última semana
• Com a iminência do parto a gata fica inquieta, e simula posição de
defecação, sem defecar
10. ESTÁGIOS DO PARTO
1. Caracterizado pela organização do ninho, inquietação, tremores e anorexia.
Nesse período a cérvix dilata-se e a contração uterina aumenta em
frequência, duração e força.
2. Caracterizado por evidente contração abdominal, passagem de fluido
amniótico e parição de um filhote.
3. Saída da placenta de 5 a 15 minutos. Espera para o nascimento dos outros
filhotes (que em média pode ir de 10 min até 2h)
11. INTERAÇÃO MÃE-FILHOTE (PÓS-PARTO)
• Lambedura exagerada de si mesma e de seu filhote
• Cuidado com os filhotes: lambedura dos genitais do neonato para limpar e
estimular micção e defecação (come os dejetos)
• Estimula os filhotes a mamar
• Nunca os deixam sozinhos por mais de duas horas (sai apenas para
alimentar-se e exercitar)
12. PÓS-PARTO
• Se o filhote se encontrar em outro local, ela o carrega de volta ao ninho pela
parte dorsal do pescoço
• A interação entre mãe-filhote muda à medida que ele se desenvolve
• Ao passo que crescem a mãe pode bater no nariz dos gatinhos, arrastá-los
para longe ou ir embora para evitar mordida dos mamilos
13. PÓS-PARTO
• Ato de comer a placenta além de ser para a manutenção de um local limpo
para os filhotes, também serve para não atrair predadores.
• O peso do neonato aumenta significativamente em torno de 14-15 dias
• Mudança de local: impedir que predadores encontrem os filhotes, evitar
acúmulo de ectoparasitas, restos de alimentos
14. O NEONATO
• Nasce com o canal auditivo, e o olho fechados
• Tato, olfato e paladar são funcionais desde o nascimento
• Função hepática e renal imatura
• Não controla termorregulação
• Funções cardiopulmonar, gastrintestinal e imunológica ainda imaturas
15. CUIDADOS COM O NEONATO
• Após o nascimento a gata reanima o filhote liberando-os das membranas fetais
sobre a boca e nariz, lambendo para estimular a respiração, secagem e manutenção
da temperatura corporal, secção do cordão umbilical e estímulo à amamentação
(colostro).
• A mãe deve alimentá-los de hora em hora, e periodicamente os lamber para
estimular reflexos de micção e defecação (reflexo anogenital)
• Passa muito tempo com o filhote que depende do seu calor e alimento(não se deve
separar todos os filhotes da mãe, a gata fica desesperada procurando-os)
16. CUIDADOS COM O NEONATO
• Os filhotes apegam-se a uma mama em particular por costume
• Diferentes colostros são produzidos de 24 a 72 h após o nascimento, e
depois torna-se leite (que sempre muda em decorrer do desenvolvimento do
filhote)
Composição do leite -GATA
PROTEÍNA TOTAL 9,50%
LACTOSE 100%
GORDURA TRANS 6,80%
SÓDIOS TOTAIS 23%
ENERGIA 142%
17. CUIDADOS COM O FILHOTE
• Crescimento até maturidade sexual
• Em aproximadamente 8 semanas, a mãe trará presas para as crias, e as
vezes até viva ensinando-os caçar e matar
• Durante as fases finais do contato com a cria ela o ensina por observação:
habilidades de caça e outras atitudes básicas necessária para a
independência da cria.
18. DESMAME
• Com o nascimento dos primeiros dentes, os incisivos (2ª ou 3ª
semana)gerando desconforto para a fêmea que para de amamenta-los
• Baixa do instinto maternal
• Habilidade dos filhotes em caçar
• A partir da 6ª semana, onde gradativamente os intervalos entre as mamadas
irão aumentar
19. FALHA NO INSTINTO MATERNO
• Rejeições
• Canibalismo: Ainda não totalmente elucidado- subnutrição da mãe, problema
de saúde com algum dos filhotes, ao comer o cordão umbilical pode comer
partes do filhote(raro)
20. ADOÇÃO
• Quando duas ou mais fêmeas tem filhotes na mesma época, elas podem
revezar a amamentação dos seus filhotes
• Uma fêmea pode “roubar” o filhote da outra gata, mais tímida
• Durante a primeira semana após o parto, a gata pode aceitar filhotes de
outras espécies
21. CUIDADO PATERNAL
• O macho não exerce importância no desenvolvimento da cria
• Pode comê-los por territorialismo.