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Instituto Politécnico de Beja

                 Escola Superior de Educação de Beja

                 Educação e Comunicação Multimédia

                       U.C.: Laboratório Multimédia III




           Pesquisa

Setembro molhado, figo estragado




                                             Docentes:

                                           Tiago Nunes

                                     Alexandra Moedas




                                              Discente:

                                   Neide Jorge n.º 3815



                                   9 de Outubro de 20009
Índice




Considerações Iniciais ............................................................................................................... 3
Provérbio ...................................................................................................................................... 4
Pesquisa ...................................................................................................................................... 4
   •       O que são os provérbios? ............................................................................................. 4
   •       Figos ................................................................................................................................. 5
   •       Provérbios relativos ao clima ........................................................................................ 5
Origem:......................................................................................................................................... 6
Explicação / Fundamento: ......................................................................................................... 6
Mito ou Verdade: ........................................................................................................................ 7
Conclusão .................................................................................................................................... 8
Referencias Web ........................................................................................................................ 9




                                                                                                                                                  2
Considerações Iniciais


Esta pesquisa esta inserida na disciplina de Laboratório Multimédia III, presente no
curso de Educação e Comunicação Multimédia inserido no Instituto Politécnico de Beja
e pretende analisar o provérbio “Setembro molhado, figo estragado”. A pesquisa inclui
informações relativas ao fruto Figo, informações sobre o significado dos provérbios, a
origem, explicação e fundamentação do provérbio e por final a verificação de que o
provérbio não é mito mas sim verdade.




                                                                                    3
Provérbio


                              “Setembro molhado, figo estragado”




Pesquisa




    •   O que são os provérbios?


Os provérbios memorizam-se com facilidade e são usados por políticos, literatos,
pensadores e outros que, a seu modo, os incluem nos seus discursos. Cada vez mais
são ensinados às crianças durante o 1º ciclo escolar, pois os provérbios são uma
tradição criada pelo povo para o povo, actualmente apesar de alguns estarem
desactualizados, devido ao avanço das novas tecnologias e ao aquecimento global,
outros continuam reais e funcionais.


“A Filosofia espontânea também se manifesta nos provérbios, que são considerados
sentenças que veicula mensagens de alto significado.
Os provérbios que aqui damos como exemplo, transmitidos de geração em geração,
são ditos para justificar acções, fundamentar comportamentos ou mesmo situações,
tanto a nível do quotidiano como a nível intelectual.”


Informação retirada do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm




                                                                                  4
• Figos

“Pelas suas qualidades alimentares e nutricionais, a sua versatilidade gastronómica...
o figo é ingrediente indispensável na doçaria nacional. O Figo cheio, o Queijo de figo
ou o Morgado de figo são apenas alguns exemplos de como este fruto pode ser
preparado.
Seco no inverno, fresco no Verão, alimentou sucessivas gerações de Algarvios,
Transmontanos e Beirões. Matou-lhes a fome, deu-lhes esperança e capacidade de
trabalho muscular, graças às suas propriedades nutricionais”


Informação retirada no website: http://www.vaqueiro.pt/glossarios/ingredientes_detail.aspx?id=38




    •   Provérbios relativos ao clima


“Estes provérbios populares como, aliás, todos os outros, revelam um tipo de
conhecimento denominado «senso comum», apanágio da maioria das pessoas para
quem, apenas, o espírito prático conta.

Como não é difícil verificar, os provérbios, considerados sabedoria popular, estão
longe de enunciar princípios universais. Expressam, não um conjunto indiscutível de
conhecimentos criticamente elaborados, que se manifesta universalmente, mas um
conjunto incompleto de «actos de conhecimento» que se aplicam em cada instante
concreto e que, na grande maioria dos casos, apenas são utilizados como analogias
(de forma intelectual) ou como exemplo moral ou de previsão (conforme a tradição
popular).”




Informação retirada do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm




                                                                                                   5
Origem:


Este provérbio está inserido na categoria de provérbios relativos ao tempo, assim
como os seguintes:

    •   «Água de Agosto, açafrão, mel e mosto».
    •   «Ande o frio por onde andar, pelo Natal há-de chegar».
    •   «Camisa de seda em Janeiro é sinal de pouco dinheiro».
    •   «Em Abril, águas mil».
    •   «Lua nova trovejada 30 dias é (será) molhada».
    •   «No dia de S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço».
    •   «Pelo S. Martinho vai à adega e prova o vinho».
    •   «Quando florir o maracotão, os dias iguais são».
    •   «Quando não chove em Janeiro, nem bom prado nem bom celeiro»


Provérbios retirados do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm




Explicação / Fundamento:


Esta tradição popular foi muito útil em tempos passados, como não havia forma de
prever quais se iria chover ou fazer sol, foram criadas expressões, curtas com rimas,
para que as pessoas pudessem contar umas às outras, de forma que a noticia
chegasse a todas as aldeias, assim os agricultores começaram a criar um calendário
para as suas cultivações, tendo sempre atenção aos provérbios que foram passando
de geração em geração.



A sabedoria popular afirma que esta analogia com a época do ano, Setembro, mês em
que os figos estão prontos para deixar as figueiras, só pode acontecer caso não
chova, pois durante o mês de Agosto os figos vão crescendo e amadurecendo, até
estarem prontos a serem consumidos durante o mês de Setembro, quando chove, os
diversos pingos que caiem nos figos são como “facas”, racham e estalam os figos,
deixando-os à merecer dos animais, como por exemplo aves e insectos.



                                                                                   6
Mito ou Verdade:


Este provérbio é verdade, apesar de já estar inserido em várias gerações de famílias,
continua a ser utilizado actualmente, pois os melhores figos são os de Setembro,
apesar de estes já se consumirem em várias alturas do ano, devido à utilização de
adubos e fertilizantes.


Para comprovar esta afirmação pedi à Sra. Lisete Galinha, de setenta e três anos
habitante da aldeia de Charneca do Casal do Guerra, do concelho de Alcobaça, possui
na sua propriedade cerca de vinte figueiras para fins comerciais. Esta afirmou-me que
“sempre que vejo que vai chover, vou apanhar os figos mais maduros, pois a chuva
provoca cortes profundos nos figos, muitos deles chegam mesmo a cair e a apodrecer
em apenas uma noite.” “O melhor mês para apanhar figos é Setembro, depende se o
Verão é muito ou pouco quente, como este ano o Verão foi bastante quente, os figos
ficaram maduros mais cedo, por isso apanhei-os logo no inicio de Setembro, antes que
começasse a chuva”




                                                                                   7
Conclusão


Para a realização desta pesquisa utilizei principalmente a sabedoria popular, apesar
de muitos provérbios estarem desactualizados devido às alterações climáticas este
continua real e utilizado por diversas pessoas na área da agricultura.
Para tal entrevistei via telefone a Sra. Lisete que me facultou diversas informações
sobre este provérbio.




                                                                                  8
Referencias Web


http://www.suapesquisa.com/musicacultura/proverbios.htm



http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm



http://www.filologia.org.br/revista/artigo/4%2812%2954-76.html



http://members.fortunecity.com/danaugu/ditos.htm




                                                                 9

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Setembro Molhado Figo Estragado

  • 1. Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Educação de Beja Educação e Comunicação Multimédia U.C.: Laboratório Multimédia III Pesquisa Setembro molhado, figo estragado Docentes: Tiago Nunes Alexandra Moedas Discente: Neide Jorge n.º 3815 9 de Outubro de 20009
  • 2. Índice Considerações Iniciais ............................................................................................................... 3 Provérbio ...................................................................................................................................... 4 Pesquisa ...................................................................................................................................... 4 • O que são os provérbios? ............................................................................................. 4 • Figos ................................................................................................................................. 5 • Provérbios relativos ao clima ........................................................................................ 5 Origem:......................................................................................................................................... 6 Explicação / Fundamento: ......................................................................................................... 6 Mito ou Verdade: ........................................................................................................................ 7 Conclusão .................................................................................................................................... 8 Referencias Web ........................................................................................................................ 9 2
  • 3. Considerações Iniciais Esta pesquisa esta inserida na disciplina de Laboratório Multimédia III, presente no curso de Educação e Comunicação Multimédia inserido no Instituto Politécnico de Beja e pretende analisar o provérbio “Setembro molhado, figo estragado”. A pesquisa inclui informações relativas ao fruto Figo, informações sobre o significado dos provérbios, a origem, explicação e fundamentação do provérbio e por final a verificação de que o provérbio não é mito mas sim verdade. 3
  • 4. Provérbio “Setembro molhado, figo estragado” Pesquisa • O que são os provérbios? Os provérbios memorizam-se com facilidade e são usados por políticos, literatos, pensadores e outros que, a seu modo, os incluem nos seus discursos. Cada vez mais são ensinados às crianças durante o 1º ciclo escolar, pois os provérbios são uma tradição criada pelo povo para o povo, actualmente apesar de alguns estarem desactualizados, devido ao avanço das novas tecnologias e ao aquecimento global, outros continuam reais e funcionais. “A Filosofia espontânea também se manifesta nos provérbios, que são considerados sentenças que veicula mensagens de alto significado. Os provérbios que aqui damos como exemplo, transmitidos de geração em geração, são ditos para justificar acções, fundamentar comportamentos ou mesmo situações, tanto a nível do quotidiano como a nível intelectual.” Informação retirada do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm 4
  • 5. • Figos “Pelas suas qualidades alimentares e nutricionais, a sua versatilidade gastronómica... o figo é ingrediente indispensável na doçaria nacional. O Figo cheio, o Queijo de figo ou o Morgado de figo são apenas alguns exemplos de como este fruto pode ser preparado. Seco no inverno, fresco no Verão, alimentou sucessivas gerações de Algarvios, Transmontanos e Beirões. Matou-lhes a fome, deu-lhes esperança e capacidade de trabalho muscular, graças às suas propriedades nutricionais” Informação retirada no website: http://www.vaqueiro.pt/glossarios/ingredientes_detail.aspx?id=38 • Provérbios relativos ao clima “Estes provérbios populares como, aliás, todos os outros, revelam um tipo de conhecimento denominado «senso comum», apanágio da maioria das pessoas para quem, apenas, o espírito prático conta. Como não é difícil verificar, os provérbios, considerados sabedoria popular, estão longe de enunciar princípios universais. Expressam, não um conjunto indiscutível de conhecimentos criticamente elaborados, que se manifesta universalmente, mas um conjunto incompleto de «actos de conhecimento» que se aplicam em cada instante concreto e que, na grande maioria dos casos, apenas são utilizados como analogias (de forma intelectual) ou como exemplo moral ou de previsão (conforme a tradição popular).” Informação retirada do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm 5
  • 6. Origem: Este provérbio está inserido na categoria de provérbios relativos ao tempo, assim como os seguintes: • «Água de Agosto, açafrão, mel e mosto». • «Ande o frio por onde andar, pelo Natal há-de chegar». • «Camisa de seda em Janeiro é sinal de pouco dinheiro». • «Em Abril, águas mil». • «Lua nova trovejada 30 dias é (será) molhada». • «No dia de S. Lourenço vai à vinha e enche o lenço». • «Pelo S. Martinho vai à adega e prova o vinho». • «Quando florir o maracotão, os dias iguais são». • «Quando não chove em Janeiro, nem bom prado nem bom celeiro» Provérbios retirados do website: http://www.eurosophia.com/outros/proverbios.htm Explicação / Fundamento: Esta tradição popular foi muito útil em tempos passados, como não havia forma de prever quais se iria chover ou fazer sol, foram criadas expressões, curtas com rimas, para que as pessoas pudessem contar umas às outras, de forma que a noticia chegasse a todas as aldeias, assim os agricultores começaram a criar um calendário para as suas cultivações, tendo sempre atenção aos provérbios que foram passando de geração em geração. A sabedoria popular afirma que esta analogia com a época do ano, Setembro, mês em que os figos estão prontos para deixar as figueiras, só pode acontecer caso não chova, pois durante o mês de Agosto os figos vão crescendo e amadurecendo, até estarem prontos a serem consumidos durante o mês de Setembro, quando chove, os diversos pingos que caiem nos figos são como “facas”, racham e estalam os figos, deixando-os à merecer dos animais, como por exemplo aves e insectos. 6
  • 7. Mito ou Verdade: Este provérbio é verdade, apesar de já estar inserido em várias gerações de famílias, continua a ser utilizado actualmente, pois os melhores figos são os de Setembro, apesar de estes já se consumirem em várias alturas do ano, devido à utilização de adubos e fertilizantes. Para comprovar esta afirmação pedi à Sra. Lisete Galinha, de setenta e três anos habitante da aldeia de Charneca do Casal do Guerra, do concelho de Alcobaça, possui na sua propriedade cerca de vinte figueiras para fins comerciais. Esta afirmou-me que “sempre que vejo que vai chover, vou apanhar os figos mais maduros, pois a chuva provoca cortes profundos nos figos, muitos deles chegam mesmo a cair e a apodrecer em apenas uma noite.” “O melhor mês para apanhar figos é Setembro, depende se o Verão é muito ou pouco quente, como este ano o Verão foi bastante quente, os figos ficaram maduros mais cedo, por isso apanhei-os logo no inicio de Setembro, antes que começasse a chuva” 7
  • 8. Conclusão Para a realização desta pesquisa utilizei principalmente a sabedoria popular, apesar de muitos provérbios estarem desactualizados devido às alterações climáticas este continua real e utilizado por diversas pessoas na área da agricultura. Para tal entrevistei via telefone a Sra. Lisete que me facultou diversas informações sobre este provérbio. 8