O documento lista alunos indígenas que se destacaram em olimpíadas de matemática, descreve eventos culturais com povos indígenas e atividades em escolas indígenas, incluindo cursos de formação para professores e implantação de trilhas.
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
Jornal escola
1. Lista de Alunos da Escola Indígena Manoel Francisco dos San-
tos, que passaram na 11°Olimpíada Brasileira de Matemática
das Escolas Publicas. A (OBMEP) tem como objetivo estimular o
estudo da matemática e revelar talentos na área. Em setembro estes
alunos irão representa a escola na 2ª fase da Olimpíada.
Representantes jovens e lideranças do povo Kanindé parti-
ciparam do Herança Nativa, a programação contem-
plou rodas de conversa, vivências e oficinas.
Destinada a estudantes, professores, pesquisadores e co-
munidade em geral, a iniciativa buscou valorizar e difun-
dir as culturas dos povos indígenas cearenses que estão
organizados em 18 municípios, O encontro reúniu cultu-
ras dos povos Tabajara, Potyguara, Tupiba-Tapuia, Tapuia
-Kariri, Kalabaça, Tapeba, Gavião, Jenipapo-Kanindé,
Anacé, Kanidé de Aratuba, Tremembé, Tupinambá, Kariri
e Pitaguary, que participaram da programação através de
processos dialógicos.
Durante o evento o Sesc lançou o Almanaque Foto biográ-
fico das Culturas Indígenas, além de um DVD que reúne
depoimentos, informações e registros sobre os povos indí-
genas. O trabalho é resultado de um mapeamento feito
junto a representantes das comunidades, pesquisadores e
membros dos programas sociais da instituição, no período
de fevereiro a abril deste ano, com visitas às comunidades
do Ceará para o registro dos povos.
Nos três dias de 16 à 18 de agosto, , aconteceram sociali-
zações de práticas alimentares com o objetivo de compar-
tilhar a identidade e memória cultural dos povos. A pro-
gramação também reuniu oficinas como: artesanato; ade-
reços e esculturas indígenas; arco e flecha; artesanato de
búzios e sementes; incensos; instrumentos de pesca artesa-
nal; plantas medicinais; garrafada medicinal indígena e
artesanato em Palha.
Lideranças Kanindé ministraram palestras relacionada a
saúde indígenas e espiritualidade Kanindé.
Jornal Informativo e Cultural
Kanindé
Professores kanindé passaram um ano de formação, com o
projeto Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino Médio, no
qual se estendeu agosto de 2014 à agosto de 2015. A formação
foi somente para professores do Ensino Médio.
O curso teve como objetivo promover melhoria da qualidade
do Ensino Médio, ampliando os espaços de formação de todos
os profissionais envolvidos nesta etapa da educação básica.
Desencadear um movimento de reflexão sobre as práticas cur-
riculares que se desenvolvem nas escolas e o essencial que é o
desenvolvimento de práticas educativas efetivas com foco na
formação humana integral.
Sítio Fernandes – Aratuba - CE Agosto de 2015 05ª Edição 2015
HERANÇA NATIVA
ALUNOS DETAQUES
Adrielly da Silva Mendes
Francisca Iane Santos
Ivanice Mourao Abrel
Jose Ivan Maciel da Silva
Antônia da Silva Santos
Antônio Josueldo Aprigio
Guilherme Henrique Freitas
Gustavo Agostinho Mendes
Lucas Eduardo Alves Martins
Raquel da Silva Vieira
PACTO NACIONAL DE
FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
2. Meu grande exemplo
Quem disse que por de trás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um
coração moleque querendo brincar?
Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo que-
rendo falar?
Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho
chorar?
Quem foi que pensou, que aqueles pés enormes, não deslizam suaves na calada
da noite, para o sono do filho velar?
Quem é que achou que no fundo do peito largo e viril não tem um coração de
pudim, quando o filho amado, com um sorriso largo se põe a chamar?
Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos não sabe da vida
para querer me ensinar?
Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo!
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ENEM 2015
DIA DOS PAIS
Escola Indígena Manoel Francisco dos san-
tos, irá desenvolver nos meses de setembro e
outubro atividades educacionais e motivacio-
nal voltada ao ENEM 2015, com o objetivo
de estimular e desenvolver os conhecimentos
dos alunos.
As atividades são: Palestras, documentários ,
simulados preparatórios, oficinas de redação
entre outras.
Desde já pais motivem seus filhos a estuda-
rem para fazer um boa prova e ter bons resul-
tados no ENEM.
Edição 04
REUNIÕES E EVENTOS
Reunião da associação
AIKA, na aldeia Fernan-
des, sábado dia 05 de
setembro de 2015 às
14h00min em sua própria
sede.
Reunião da associação
AIKA, na Aldeia Balança,
sábado dia 12 de setem-
bro de 2015 às 14h00min
no centro Cultural.
Reunião da D’água na
aldeia Fernandes, dia 19
de setembro de 2015 às
14h00min, na sede da
Associação AIKA.
TEMPO COMUNIDADE AGOSTO 2015
O tempo comunidade do mês de agosto tra-
ta-se da Oralidade do povo kanindé de Ara-
tuba, nesse mês foi dividido em dois grupos
de quarenta e dois alunos, uma parte no
centro de artesanato indígena kanindé e
outro na associação indígena kanindé. os
alunos não ficaram na escola por causa de
está acontecendo na escola a faculdade onde
se reúnem os indígenas de outras etnias do
Ceará.
O objetivo do mesmo é proporcionar aos
alunos um pouco do conhecimento do povo
kanindé, através de pesquisas de campo
com os mais velhos, mas sem isolar o co-
nhecimento dos jovens críticos da comuni-
dade indígena Kanindé.
3. Escola Indígena Manoel Francisco dos santos
Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena – realizou, nos dias 1
e 2 de agosto, a II Etapa do Curso de Implantação de Trilhas na etnia
Kanindé de Aratuba, com participantes das aldeias Fernandes e Balan-
ça.
Neste segundo encontro foi discutido o que poderia ser melhorado nas
trilhas, se haveria alguma necessidade de construção de pontos de
apoios e quais seriam esse pontos, a definição das placas de identifica-
ção, direção e informativas.
Os jovens receberam orientações de como receber os visitantes e par-
ticiparam de uma prática onde puderam testar suas aptidões e habili-
dades como futuros guias das trilhas que estão sendo implantadas.
O Projeto Etnodesenvolvimento – Ceará Indígena – conta com a reali-
zação da ADELCO e com o patrocínio da Petrobras.
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II Etapa – Curso de Trilhas etnia Kanindé de Aratuba
Mata da Gia
Eu tava na mata gia
Eu tava armando quixó
Foi quando eu ouví o canta da juriti
auê, auê , auê , auê , o canta da jurití. 4x
Durante os dias 14 à 16 de agosto aconteceu na escola Kanindé
um trabalho formativo com os professores indígenas e lideran-
ças da escola indígena do povo Kanindé de Aratuba.
A atividade é parte do cronograma de atividades do Projeto de
Pesquisa intitulado: Histórias da Educação Escolar Indígena no
Ceará: ancestralidade, interculturalidade e resistência étnica
dos Kanindé de Aratuba/CE.
Os mediadores foram; Pedro González – Professor/Formador,
Universidade dos Açores/Portugal.
Roberto Kennedy Gomes Franco – Professor/Coordenador do
Projeto de Pesquisa (UNILAB)
Francisco Wallison Batista de Lima – Bolsista do Projeto de
Pesquisa (UNILAB)
Tânia Serra Azul Machado Bezerra – Professora/Formadora,
Universidade Estadual do Ceará. (UECE).
Durante essa formação os professores Kanindé viram ativida-
des pedagógicas , organização de sala de aula e experiências de
escolas de Portugal.
CURSO
NOVAS CANÇÕES CRIADAS POR CRIANÇAS KANINDÉ
Cacique kanindé
Cacique kanindé, cacique kanindé
você é o guerreiro do nosso toré. (2x)
Usa cocar, usa colar , para deus tupã ir respeitar. (2x)
FONTE: http://adelco.org.br/2015/08/ii-etapa-
curso-de-trilhas-etnia-kaninde-de-aratuba/
4. O museu indígena é um potencial vetor para dar visibilidade as
diferenças culturais e terreno fértil para as lutas provindas do processo de
construção social da memória. A atuação de sujeitos outrora
marginalizados e as potencialidades de reescrita da história tornam o
museu indígena um lugar privilegiado no conjunto das lutas provindas da
organização dos povos indígenas contemporâneos.
A organização do museu indígena kanindé é fruto é fruto dos
esforços das lideranças indígenas kanindé principalmente do cacique
Sotero, pois sua história estar diretamente relacionada com a afirmação
da identidade indígena do povo. O museu indígena kanindé vem se
constituindo como um importante espaço de preservação da memória,
servindo as finalidades de pesquisa e também divulgação da cultura. A
parceria com a escola indígena Manoel Francisco dos santos e a
associação indígena kanindé de Aratuba (AIKA) é fundamental na realização das diversas atividades com a memória e o
patrimônio a partir do museu indígena kanindé: pesquisas, visitas, oficinas, exposições, palestras, rodas de conversa,
vídeos, etc.
Atualmente o acervo do museu indígena kanindé vem aumentando
quantitativamente, totalizando 430 peças já catalogadas, sem contar com o
acervo documental e bibliográfico. O museu indígena kanindé encontra-se
filiado ao sistema brasileiro de museus (SBM) do instituto brasileiro de
museus (IBRAM) e também ao sistema estadual de museus do Ceará (SEM-
CE), da secretaria de cultura do estado do Ceará e integram também a rede
cearense de museus comunitários (RCMC) aonde vem realizando varias ações
em parceria.
O museu indígena kanindé vem realizando um importante papel no
fomento a salvaguarda, pesquisa e comunicação de seu acervo, estando em
um momento de formação permanente de um grupo de indígenas para assumir
a gestão do museu indígena kanindé, através da implementação de atividades programadas, que são registradas pelos
integrantes do núcleo educativo e pedagógico, jovens estudantes indígenas da escola indígena kanindé que executam
através de uma proposta pedagógica educacional em parceria com a escola indígena kanindé uma vasta programação
cultural e educativa envolvendo varias gerações de moradores da aldeia Fernandes.
Inúmeras são as atividades que são desenvolvidas no espaço do museu indígena: expressões da ritualidade, oficinas
para aprender e reinventar saberes aparentemente esquecidos, trabalhos com a história oral. Os mais velhos conhecidos
como guardiões da memória podem narrar para as novas gerações suas lembranças e conhecimentos a partir da cultura
material e simbólica, reiterando sua memória quando são interpretadas de forma a justificar, no presente, a forma de viver
da comunidade .
Texto: Suzenalson Kanindé
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Expediente:
Alunos: Maykon, Thomas, Beatriz, Ivanice, Cleidiane.
Professores Coordenadores: Nilton Gomes, Daniela Barroso e Terezinha Gomes.
Colaboradora: Professora Elicleide Pereira.
REALIZAÇÃO APOIO
OS KANINDÉ NO CEARÁ: “MUSEU INDÍGENA KANINDÉ UMA EXPERIÊCIA
EM MUSEOLOGIA SOCIAL