Este documento discute os conceitos fundamentais da cartografia temática, incluindo a semiologia gráfica e sua aplicação no processo de representação gráfica. Apresenta diferentes níveis de representação de dados e variáveis visuais que podem ser usadas para traduzir fenômenos espaciais em mapas, como cor, forma, tamanho e orientação. Discute também modos de implantação de dados espaciais em mapas como pontos, linhas, áreas e volumes.
2. Objetivos
Apresentar aos participantes uma rápida
noção sobre Cartografia Temática
procurando enfocar os conceitos de
Semiologia Gráfica e sua aplicação no
processo de representação gráfica.
Ao término do curso o participante deverá ter
a capacidade de ver o mapa com um outro
“olhar”.
6. Nível de percepção
Nível de percepção quantitativo (proporção) (Q):
“quando a distância visual entre duas categorias de um
componente ordenado podem ser imediatamente
expressadas por uma razão numérica”.
Nível de percepção ordenado (O): “quando a
classificação visual dessa categoria, sua hierarquia, é
imediata e universal”.
Nível de percepção qualitativo: subdividido em seletivo
(diferença) (#) _ “quando se é capaz de isolar
imediatamente todas as correspondências entre as
mesmas categorias”; associativo (visibilidade constante)
(≡) _ “quando é permitido o imediato agrupamento de todas
as correspondências diferenciadas por suas variáveis
comuns”; dissociativo (visibilidade variável) (≠) _ “quando
não atende ao conceito de associativo”.
8. Isolamento visual das variáveis
(representando o número de categorias que
podem ser percebidas em um relance).
Pontos
Traços
Superfícies
Tamanho
4
4
5
Valor
3
4
5
Granulação/Textura
2
4
5
Cor
7
7
8
Orientação
4
2
-
Forma
-
-
-
Fonte: Kraak e Ormeling (1996, p.126)
9. Escala dos objetos segundo Geels (1987)
apud Kraak e Ormeling (1996, p. 04 e 151)
Escala nominal – o valor dos atributos são diferentes em natureza,
sem que um aspecto seja mais importante que outro (diferenças
qualitativas: associação-dissociação e seleção);
Escala ordinal – o valor dos atributos são diferentes um em relação
a outro, mas há uma simples forma de ordená-los, alguns são mais
importantes que outros (diferença na ordem);
Escala intervalar – o valor dos atributos são diferentes, podem ser
ordenados e a distância entre medidas individuais podem ser
determinadas (exemplo: não é possível afirmar que a temperatura na
escala Fahrenheit de 32 0F é duas vezes mais frio que 64 0F, uma vez
que isso corresponde a 0 0C e 18 0C em Celsius respectivamente; isso
é explicado pela aleatoriedade da definição do ponto zero dessas
escalas de medida, portanto, não havendo um ponto de referência
único entre elas, não havendo zero absoluto).
Escala razão – o valor dos atributos são diferentes, podem ser
ordenados. As distâncias entre as medidas individuais podem ser
determinadas, e essas medidas podem ser relacionadas uma em
relação à outra, isto é, há um ponto de referência único entre elas, um
zero absoluto (exemplo: a renda de uma família pode ser duas vezes
maior que de outra).
10. Variáveis Visuais
Cor, forma, tamanho, orientação,
textura por Bertin (1983), mais
valor,
Arranjo: refere-se à regularidade ou não da
distribuição dos símbolos;
Saturação de cores (croma): é a porcentagem da
reflexão da luz por um objeto composto de
tonalidade com comprimento de onda específico;
Foco: refere-se à clareza com que os símbolos
são visíveis, e também a sua definição no plano.
Por (MORRISON ,1974) e (MacEACHREM ,1994)