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Ciberespaço como o lugar do acontecimento social.  O conceito de rede e redes sociais Ana Roberta V. de Alcântara Antonia Alves Pereira Giseli Adornato de Aguiar Viviane Fushimi Velloso
Autores RAINER RANDOLPH Sociedade em rede: paraíso ou pesadelo? GEO graphia,  vol. 1, n. 2, 1999 MANUEL CASTELLS Communication, power and counter-power in the networked society   International Journal of Communication, v. 1 , 2007  DAVID DE UGARTE  O poder das redes Porto Alegre: [s.n.], 2008 NELSON PRETTO e SERGIO AMADEU DA SILVEIRA (Orgs)   Além das redes de colaboração Salvador: EDUFBA, 2008
Sociedade em Rede Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - IPPUR / UFRJ Rainer Randolph é pesquisador do grupo Laboratório Oficina Redes & Espaço, Universidade Federal do RJ.  Faz uma crítica ao vol. 1 de  "A Era da informação" , de Castells - antes de sua edição no Brasil. Neste artigo... conta sua trajetória de pesquisa sobre as redes na mesma direção de Castells, mas sem chamá-la de "sociedade em rede"... sobre este artigo, fora publicado uma 1ª versão em 1997.
Sociedade em Rede - trajetória de Randolph 1 - opção instrumental: articulação de movimentos sociais na década de 80; 2 - identifica "agentes" externos nesses movimentos em diferentes escalas sociais e territoriais; 3 - A partir de 94/95 essa questão vai tornando-se desafio para a reflexão teórica (grupo) em direção à busca do conceito de rede. 4 - chama as articulações de  "redes de solidariedade"  - elemento de viabilização e sustentação dos movimentos.
Sociedade em Rede - trajetória de Randolph 1991 -  Ilse SCHERER-WARREN   - rede como potencialidade de “pensar na possibilidade de integração da diversidade, distinguindo-a da idéia de ‘unicidade’ totalizadora.   Ele/grupo estavam focados em questões de ecologia, meio ambiente e conflitos territoriais. Cátedra de Administração Industrial da Universidade de Erlangen-Nuremberg (1992/93): novas formas de gerenciamento empresarial - redes estratégicas que expressam um novo arranjo de funções produtivas e administrativas dentro e entre empresas que representam um padrão qualitativamente diferente em relação a reformulações anteriores.
Na Alemanha, teoria social de Habermas: sistema e mundo da vida... procura compreender o surgimento de  "redes de solidariedade"  e  "redes estratégicas”. Seus estudos investigam: - novas formas de consumo; - deslocamento de fronteiras; - novas formas de articulação entre poder público e sociedade; - novas formas de planejamento "comunicativo"; - o conceito de comunicação tornou-se foco: TIC e comunicação no universo das redes (a partir de 1995) - modificação nas formas  tradicionais de troca, intercâmbio, comunicação e integração social. Sociedade em Rede - trajetória de Randolph
- Assembléia Geral no VI Encontro Nacional da ANPUR em 1995 (Brasília) - rede de pequenos pesquisadores; - 1º Workshop sobre Redes no Rio de Janeiro (1996); - VII Encontro Nacional da ANPUR (1997) - mesa de debate sob o tema  “Redes: metodologias em construção”; -  1999 foram debatidas em duas mesas questões relacionadas com o avanço das tecnologias de informação e comunicação no meio urbano sob o título de “Telecidades”. Sociedade em Rede  - Pesquisadores
Afirma que o histórico dessa trajetória de estudos, análises, reflexões e debates serve para vislumbrar uma percepção que foi se repetindo em relação a cada transformação ou tendência de mudança investigada.  Nesse momento, - seria prematuro falar em uma  “sociedade em rede”  pois não se sabia como essa  lógica de rede  se tornaria dominante nas sociedades pós-fordistas.  É nesse momento que tem acesso ao primeiro volume do livro  “Sociedade em Rede”  de  Manuel Castells  e aproveita suas investigações globais a respeito das novas formas de articulação social e territorial das sociedades contemporâneas.  Sociedade em Rede - trajetória de Randolph
Questiona se numa perspectiva crítico-emancipatória, estas sociedades serão capazes de resolver seus problemas econômicos, sociais, políticos, culturais... prometendo um “paraíso” ou se  “vão aprofundar e radicalizar ainda formas atuais de desigualdades e exclusão social e política, de violência e crises - portanto, configurar-se como um pesadelo?”  (RANDOLPH, 1999, p.32) Sociedade em Rede – releitura de Castells
Castells - Sociedade em Rede: - funções e processos organizados em torno de redes na EF; - expansão persuasiva: poder de fluxos x fluxos de poder; - fluxos financeiros: quem são os capitalista? Há um capitalista coletivo sem rosto gerado nos fluxos financeiros em redes eletrônicas; - o ponto sob o qual Randolph se fixa:  “o capital coordenado globalmente e o trabalho individualizado”; “ É o paraíso com o qual o capital sempre sonhou - a mistura entre Hilferding e Schumpeter como diz Castells - e o pesadelo que sempre ameaçou os trabalhadores e lhes roubou seu sono. O capitalismo tornado fluxo transcende qualquer limitação do tempo e do espaço”  (RANDOLPH, 1999, p.37) Sociedade em Rede – releitura de Castells
  não há mais espaço para antagonismos; Randolph faz uma releitura dos antagonismos, contradições e conflitos endógenos x secularização há 300 anos; - distingue a trajetória dos antogonismo:  1) sociedades industrializadas (Marx, Adam Smith); 2) reflexão dialética (Habermas - categoria: comunicação; esfera sistêmica e esfera do mundo da vida) - afirma que Castells não trabalha o arcabouço habermasiano, fixando-se nos fluxos financeiros em oposição ao mundo da vida e que a sociedade em rede é escassa em conexões... Para Randolph essa compreensão de castells não é rede nem sociedade. Sociedade em Rede – releitura de Castells
  ... rede é um conjunto de nós interconectados. Um nó é um ponto no qual uma curva apresenta uma interseção com ela mesma (intersects itself). O que um nó é, falando concretamente, depende da espécie da rede concreta da qual estamos falando”. Critica-o por uma visão/lógica instrumentalista... Compreende rede por uma  “busca de formas de articulação entre o local e o global, entre o particular e o universal, entre o uno e o diverso, nas interconexões das identidades dos atores com o pluralismo” .  (SCHERER-WARREN apud RANDOLPH, 1999, p. 45). Sociedade em Rede – releitura de Castells
  - as redes encontram-se num “ponto de interseção”  entre uma heterogeneidade de conteúdos e de formas; - seria uma “unidade do heterogêneo”- este último termo compreendido como o antagonismo ou contradição;   - reconhece que isso exige certo esforço, gerando mais complicações na compreensão dos fenômenos em curso, pois no momento,  “não temos, por enquanto, como “competir” com Castells”; - sua intenção é chegar a uma caracterização da nova etapa de desenvolvimento das sociedades capitalistas sobre o instrumento de redes; é compreender o processo de transição e a nova qualidade da “realidade” e das próprias redes; Sociedade em Rede – releitura de Castells
- Concorda com Castells que a sociedade passa por uma nova  ordem social, porém, seu principal  desafio é compreender  o deslocamento de fronteiras entre as diferentes esferas da vida econômica, social, política e cultural das pessoas e instituições; - não vê seu posicionamento como oposição, mas “apenas dois caminhos diferentes que procuram explicitar e explicar o surgimento de uma nova realidade social-econômica-política-cultural e física com uma idéia-força semelhante: as redes”;  - Castells parte para uma hipótese macro de uma sociedade em rede em ascensão; Randolph dedica-se a descobrir as características micro de certos sinais do “novo” que tem sua origem no “velho”;  - Seu trabalho é capturar antagonismos e contradições sutis e profundos que podem definir a relação entre o total e parcial, o geral e o particular, o global e o local. Sociedade em Rede – releitura de Castells
A principal hipótese de Randolph é que a ascensão de novas redes é o fator determinante que, faz com que antigos antagonismos e contradições percam sua eficácia social e política, dando lugar a um padrão mais diferenciado e heterogêneo cujos protagonistas são as próprias redes.  Essas redes absorvem dentro de si certas parcelas de antagonismos que vão ser integradas temporariamente e territorialmente em uma unidade heterogênea.  Esses antagonismos tornam-se fonte de dinamismo devido à flexibilidade, rapidez, agilidade, intantaneidade possibilitada pelas tecnologias da informação. Sociedade em Rede – Redes
Conclui que diante das transformações apresentadas não se identifica mais nem uma contradição fundamental nem uma geral nas sociedades onde as redes vão ocupar cada vez mais  “espaço” .  As forças em contradição se encontraram em alguma  “síntese”  maior que lhes permitiu expressar sua essência: no interior de relações de produção enquanto antagonismo entre duas classes, no primeiro momento; ou numa dinâmica única de produção e reprodução da sociedade baseada na institucionalização de duas lógicas antagônicas, no segundo momento.  Sociedade em Rede – Redes
Edgar Morin: norte para esta reflexão na medida em que trabalha com noções como “caos”, “complexidade”, “abstração”, “sistema”, etc. -  indica um caminho para lidar com o deslocamento e desaparecimento de fronteiras entre as esferas habermasianas... - para ele Castells tem uma perspectiva conservadora da sociedade (hipótese de nova articulação entre partes e todo...). Sociedade em Rede – Redes
Sociedade em Rede - REDES - em Castells, convergência entre tecnologia e evolução social: uma  meta-rede ... - para Randolph essa meta-rede provoca total desterritorialização e deshistorização... ... cuja própria lógica sem espaço e tempo apenas  “pode-se cumprir num caos cuja única lógica consiste na sua própria reprodução enquanto caos”; Seria a instalação da entropia como princípio social máximo de uma rede das redes cuja finalidade seria a de destruir outras finalidades; Ou seja, “ao mesmo tempo “deus” e “diabo” na terra de ninguém e de todos. Simultaneamente o “paraíso” instantâneo e a eterna “perdição”.
É Verdade?! Não encontramos  outras críticas em relação a Castells e suas obras!!! Não encontramos trabalhos atualizados de Randolph e seu grupo sobre essas ideias...
Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede Comunicação e Informação =  fonte de poder, contra-poder, de dominação e mudanças sociais; ,[object Object],[object Object],[object Object]
PODER  capacidade estrutural do ator social para fazer valer sua vontade sobre os outros atores sociais. CONTRA-PODER é a capacidade de uma ator social de resistir e desafiar as relações de poder institucionalizadas . RELAÇÕES DE PODER são por natureza conflitivas.... A relação entre tecnologia, comunicação e poder refletem valores e interesses opostos, e afeta a uma pluralidade de atores sociais em conflito. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
Jornais "todo poderosos“ sujeito dos projetos de contra-poder funcionam dentro de uma nova estrutura tecnológica x consequências nas formas, meios e metas de sua prática conflitiva. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
comunicação e poder – transformação contexto caracterizado por várias tendências: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
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Política midiática, política dos escândalos e crise da legitimidade política ,[object Object],[object Object],[object Object],Os meios de comunicação conformam o espaço no qual se exerce o poder, não a fonte que o sustenta... Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
Política midiática, política dos escândalos e crise da legitimidade política ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
A emergência da autocomunicação de massa A difusão da internet, da comunicação móvel, dos meios digitais e das ferramentas de software social impulsionaram as redes horizontais que conectam local e globalmente. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
A emergência da autocomunicação de massa Qualquer mensagem na Internet,  à margem da intenção do autor, se torna ma garrafa navegando a deriva no oceano da comunicação global, suscetível de ser recebida e reprocessada de formas inesperadas. Os principais meios de comunicação utilizam  blogs  e redes interativas para distribuir seus conteúdos e interagir com o público, mesclando modos de comunicação horizontal e vertical. Isso significa que existe um processo contraditório que dá origem a uma nova realidade midiática, cujos contornos e efeitos serão decididos por meio de uma série de lutas de poder políticos e empresariais. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
A emergência da autocomunicação de massa O interesse dos meios de comunicação corporativos pelas formas de comunicação através da internet é reflexo do surgimento da uma nova forma de comunicação socializada: a comunicação massiva individual. ,[object Object],[object Object],Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
En efecto, nos encontramos en un nuevo ámbito de comunicación y, en última instancia, en un nuevo medio, cuyo eje principal está compuesto por redes informáticas, cuyo lenguaje es digital y cuyos remitentes están distribuidos por todo el mundo y son globalmente interactivos.  En verdad, el medio, incluso un medio tan revolucionario como este, no determina el contenido y el efecto de sus mensajes.  Pero hace posible la diversidad ilimitada y el origen en gran medida autónomo de la mayoría de los flujos de comunicación que construyen y reconstruyen a cada segundo la producción global y local de significado en la opinión pública. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
O Poder das Redes David de Ugarte     "A sociedade sempre foi uma rede" (p. 13)   "Algo está mudando. Definir esse algo e como nós, pessoas normais, podemos com ele ganhar independência e poder de comunicação é o objeto deste livro"(p. 14 )   Economista, tecnólogo e empreendedor comprometido com os novos modelos de democracia econômica.  
O Poder das Redes Os três gráficos unem os mesmos pontos de diferentes maneiras. Essas três disposições, tecnicamente denominadas topologias, descrevem três formas completamente diferentes de organizar uma rede: a centralizada, a descentralizada e a distribuída. (2008, p.15). Gráficos baseados nas estruturas de rede de Paul Baran 
O Poder das Redes  
O Poder das Redes             Você sabe que a vida é grátis?     Ugarte acredita em uma nova forma de organização e comunicação social que, pouco a pouco, vai ganhando força com a rede e que pode trazer mudanças nas relações de poder existentes hoje na sociedade. 
Além das Redes de Colaboração Nelson De Luca Pretto  Físico e Mestre em Educação pela UFBA e Doutor em Ciências da Comunicação pela USP. É professor da Faculdade de Educação da UFBA. Tem experiência em Educação, nos temas: internet, educação e comunicação, informática educativa, tecnologia educacional e educação a distância. Responsável pelo projeto de inclusão sociodigital: "Tabuleiros Digitais" [http://www.tabuleirosdigitais.org].    Sérgio Amadeu da Silveira Sociólogo e Doutor em Ciência Política pela USP. Professor da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (2003-2005) e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (2003-2005). Pesquisa as relações entre comunicação e tecnologia, práticas colaborativas na internet e a teoria da propriedade dos bens imateriais. É militante do Software Livre.
O rossio não-rival  - Imre Simon; Miguel Said Vieira Rossio  e  Commons  - Origem e  definição   Rossio  (Houaiss):  “terreno ou largo bastante espaçoso; grande praça” ou “terreno roçado e usufruído em comum”  Commons : terras utilizadas coletivamente. Idade Média, Inglaterra   Commons:  bens comuns (ruas, estradas, ar, oceanos e meio ambiente)   Levando em conta esses usos, os autores afirmam que:   Rossio =conjunto de recursos utilizados em comum e equitativamente por uma determinada comunidade. Não existem direitos individuais de exclusão no rossio.
Recursos rivais e não-rivais - definição Rival   Bem ou recurso cujo uso por alguém impede (ou compete com) o uso por outra pessoa.          Bens materiais são sempre rivais: meu uso de cadeira, maçã ou exemplar de um livro impede (ou compete com) o uso desses objetos por outra pessoa. Não-rival   Bem ou recurso que admite usos simultâneos que não competem entre si: o conteúdo de um livro (o uso do conteúdo não interfere nem compete com o uso por outra pessoa).    Bens intangíveis (idéias, programas de computador, obras artísticas, científicas e culturais) são não-rivais.
Rossio rival e  não-rival  - definição   Rossio rival   Conjunto de bens ou recursos rivais.        Caracteriza-se pela escassez.     Exemplo: terra  Rossio não-rival   Conjunto de bens ou recursos não-rivais que são utilizados em comum por uma comunidade (uso simultâneo).    Caracteriza-se pela abundância.    Exemplo: língua portuguesa (uso simultâneo; quanto maior o uso, maior a riqueza do núcleo comum)
Tecnologia viabiliza implementações inovadoras de rossios não-rivais   Ato 1: a tecnologia digital viabiliza armazenar e processar os bens de rossios não-rivais Projeto Gutenberg ( http://www.gutenberg.org ), 1971: acervo de literatura em domínio público digitalizada e de acesso gratuito.   Ato 2: a rede dissemina os bens dos rossios não-rivais Distribuição de arquivos digitais é simplificada, barateada e descentralizada.  Exemplos:  1- Avanço do acervo do rossio Projeto Gutenberg com a internet 2- Movimento do software livre 3- Wikipedia
Reflexão acadêmica e importância de politizar a discussão Ato 3: estudo e análise acadêmicos Citação de Yochai Benkler, autor de  The wealth of networks  (2006).   Ato 4: a política / conclusão do artigo Autores afirmam que é  importante politizar o debate e apontam desafios: rever postura frente à propriedade intelectual; governança dos rossios não-rivais   Apesar da desigualdade social-digital, mais pessoas podem se expressar e compartilhar pontos de vista pela internet do que por meios de comunicação de massa   
Convergência digital, diversidade cultural e esfera pública  Sérgio Amadeu da Silveira A esfera pública interconectada  – conceito de Y. Benkler    Esfera pública interconectada é potencialmente mais democrática que a esfera pública dominada pelos mass media.    Esfera pública = “quadro de práticas que os membros de uma sociedade usam para comunicar questões que eles entendem ser de interesse público e que potencialmente requerem uma ação ou reconhecimento coletivos” (Benkler)   Indivíduos: tornam-se ativos participantes da esfera pública   Rede pode exercer um enorme contrapoder, seja no sentido político ou econômico
A internet: aberta e reconfigurável Arquitetura da internet = conjunto de regras básicas de comunicação, os protocolos de rede que  foram configurados sem interferência decisiva do capital.    Internet: rede em constante evolução; inacabada   Na internet: possível criar novos conteúdos, formatos e soluções tecnológicas desde que se comuniquem com os protocolos principais da rede.    Criação de algo novo a partir da reconfiguração das regras de comunicação tem mobilizado inúmeros usuários da rede.   Exemplos: Napster (1999); BitTorrent (2003)
Redes digitais conduzem à convergência e à desintermediação   Digital: separaçao de conteúdos de seus suportes físicos e recombinação dos bens intangíveis. Dinâmicas que estão afetando processos de intermediação.    Exemplo: entre artista/músico e fã ( indústria de intermediários da música perdeu sentido).     Convergência digital: lógica da competição monopolista (formação de oligopólios) X redes digitais: práticas colaborativas e formação de economia da dádiva (gift economy)   Exemplo: software livre, wiki e Creative Commons
Nuvens abertas de conexão colaborativa, celulares p2p e tvip Reconfiguração atinge as telecomunicações digitais: práticas colaborativas da internet atingem a infraestrutura. Ex: WI-FI (Wireless Fidelity)-tecnologia de transmissão de dados via rádio.   Hotspot WI-FI: montagem barata expandiu seu uso nos aeroportos, cafés, escolas, bares e também residências   Usos coletivos: 1-cidades usando  conexão sem fio WI-FI para ligar os órgãos públicos e permitir a conexão dos moradores em banda larga; 2-coletivos voluntários fazem conexão cooperativa: liberam o sinal de seus roteadores wireless. Explo de rede de compartilhamento livre de conexão: Free Network ( www.freenetworks.org )
Tornar o espectro radioelétrico um espaço comum Benkler: transformação do espectro radioelétrico em espaço comum, superando modelo de ocupação privada/licenciada das freqüências de transmissão. Não há recurso físico finito que necessite ser alocado   Benkler propôs  regulação de transmissões wireless como “espaço comum”/espaço público, tal como regulamos sitema de rodovias e redes de computador   Foco: regulação do uso do equipamento, não do “recurso”(espectro)   Movimento Open Spectrum/“espectro aberto”:eliminação ou redução da necessidade dos governos regulamentarem as comunicações sem fio e os pedaços do espectro radioelétrico   Proposta: regular espectro como internet: protocolos e padrões de comunicação que todos devem seguir e que foram desenvolvidos colaborativamente (técnicos, empresas, pesquisadores, usuários) de modo aberto e não-proprietário
Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser, conhecer, comunicar e produzir em sociedade – Alex Primo  Levantamento de como as tecnologias se transformaram com o tempo e como elas mesmas transformaram o seu tempo.    Fase da indiferença (até a Idade Média) Fase do conforto (Modernidade) Fase da ubiqüidade (Pós-modernidade)   A partir daí, ele analisa em cada fase como se caracterizam: a) conhecimento b) autoria c)educação d)economia e)processos midiáticos f)metáforas
Custo social: propriedade imaterial, software, cultura e natureza – Pedro Antônio Dourado de Rezende   Software tratado como bem rival;   Modelo proprietário e produção colaborativa; Banco de propriedade intelectual X inovação;   Sementes transgênicas e software proprietário.
Direitos autorais, novas tecnologias e acesso ao conhecimento – Pedro Paranaguá   Praticamente tudo em que encostamos, usamos, vemos, ingerimos está direta ou indiretamente protegido por propriedade intelectual (PI)   Política maximalista afeta não só os países pobres, mas também os ricos   Direito de exclusividade de exploração do produto industrial ou criação intelectual significa também exclusão dos demais, que ficam sem acesso ao conhecimento

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Ciberespaco como lugar do acontecimento social: o conceito de rede e redes sociais

  • 1. Ciberespaço como o lugar do acontecimento social. O conceito de rede e redes sociais Ana Roberta V. de Alcântara Antonia Alves Pereira Giseli Adornato de Aguiar Viviane Fushimi Velloso
  • 2. Autores RAINER RANDOLPH Sociedade em rede: paraíso ou pesadelo? GEO graphia, vol. 1, n. 2, 1999 MANUEL CASTELLS Communication, power and counter-power in the networked society International Journal of Communication, v. 1 , 2007 DAVID DE UGARTE O poder das redes Porto Alegre: [s.n.], 2008 NELSON PRETTO e SERGIO AMADEU DA SILVEIRA (Orgs) Além das redes de colaboração Salvador: EDUFBA, 2008
  • 3. Sociedade em Rede Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - IPPUR / UFRJ Rainer Randolph é pesquisador do grupo Laboratório Oficina Redes & Espaço, Universidade Federal do RJ.  Faz uma crítica ao vol. 1 de "A Era da informação" , de Castells - antes de sua edição no Brasil. Neste artigo... conta sua trajetória de pesquisa sobre as redes na mesma direção de Castells, mas sem chamá-la de "sociedade em rede"... sobre este artigo, fora publicado uma 1ª versão em 1997.
  • 4. Sociedade em Rede - trajetória de Randolph 1 - opção instrumental: articulação de movimentos sociais na década de 80; 2 - identifica "agentes" externos nesses movimentos em diferentes escalas sociais e territoriais; 3 - A partir de 94/95 essa questão vai tornando-se desafio para a reflexão teórica (grupo) em direção à busca do conceito de rede. 4 - chama as articulações de "redes de solidariedade" - elemento de viabilização e sustentação dos movimentos.
  • 5. Sociedade em Rede - trajetória de Randolph 1991 - Ilse SCHERER-WARREN   - rede como potencialidade de “pensar na possibilidade de integração da diversidade, distinguindo-a da idéia de ‘unicidade’ totalizadora.   Ele/grupo estavam focados em questões de ecologia, meio ambiente e conflitos territoriais. Cátedra de Administração Industrial da Universidade de Erlangen-Nuremberg (1992/93): novas formas de gerenciamento empresarial - redes estratégicas que expressam um novo arranjo de funções produtivas e administrativas dentro e entre empresas que representam um padrão qualitativamente diferente em relação a reformulações anteriores.
  • 6. Na Alemanha, teoria social de Habermas: sistema e mundo da vida... procura compreender o surgimento de "redes de solidariedade" e "redes estratégicas”. Seus estudos investigam: - novas formas de consumo; - deslocamento de fronteiras; - novas formas de articulação entre poder público e sociedade; - novas formas de planejamento "comunicativo"; - o conceito de comunicação tornou-se foco: TIC e comunicação no universo das redes (a partir de 1995) - modificação nas formas  tradicionais de troca, intercâmbio, comunicação e integração social. Sociedade em Rede - trajetória de Randolph
  • 7. - Assembléia Geral no VI Encontro Nacional da ANPUR em 1995 (Brasília) - rede de pequenos pesquisadores; - 1º Workshop sobre Redes no Rio de Janeiro (1996); - VII Encontro Nacional da ANPUR (1997) - mesa de debate sob o tema “Redes: metodologias em construção”; -  1999 foram debatidas em duas mesas questões relacionadas com o avanço das tecnologias de informação e comunicação no meio urbano sob o título de “Telecidades”. Sociedade em Rede - Pesquisadores
  • 8. Afirma que o histórico dessa trajetória de estudos, análises, reflexões e debates serve para vislumbrar uma percepção que foi se repetindo em relação a cada transformação ou tendência de mudança investigada.  Nesse momento, - seria prematuro falar em uma “sociedade em rede” pois não se sabia como essa lógica de rede  se tornaria dominante nas sociedades pós-fordistas.  É nesse momento que tem acesso ao primeiro volume do livro “Sociedade em Rede”  de Manuel Castells e aproveita suas investigações globais a respeito das novas formas de articulação social e territorial das sociedades contemporâneas.  Sociedade em Rede - trajetória de Randolph
  • 9. Questiona se numa perspectiva crítico-emancipatória, estas sociedades serão capazes de resolver seus problemas econômicos, sociais, políticos, culturais... prometendo um “paraíso” ou se “vão aprofundar e radicalizar ainda formas atuais de desigualdades e exclusão social e política, de violência e crises - portanto, configurar-se como um pesadelo?”  (RANDOLPH, 1999, p.32) Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 10. Castells - Sociedade em Rede: - funções e processos organizados em torno de redes na EF; - expansão persuasiva: poder de fluxos x fluxos de poder; - fluxos financeiros: quem são os capitalista? Há um capitalista coletivo sem rosto gerado nos fluxos financeiros em redes eletrônicas; - o ponto sob o qual Randolph se fixa:  “o capital coordenado globalmente e o trabalho individualizado”; “ É o paraíso com o qual o capital sempre sonhou - a mistura entre Hilferding e Schumpeter como diz Castells - e o pesadelo que sempre ameaçou os trabalhadores e lhes roubou seu sono. O capitalismo tornado fluxo transcende qualquer limitação do tempo e do espaço” (RANDOLPH, 1999, p.37) Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 11.   não há mais espaço para antagonismos; Randolph faz uma releitura dos antagonismos, contradições e conflitos endógenos x secularização há 300 anos; - distingue a trajetória dos antogonismo:  1) sociedades industrializadas (Marx, Adam Smith); 2) reflexão dialética (Habermas - categoria: comunicação; esfera sistêmica e esfera do mundo da vida) - afirma que Castells não trabalha o arcabouço habermasiano, fixando-se nos fluxos financeiros em oposição ao mundo da vida e que a sociedade em rede é escassa em conexões... Para Randolph essa compreensão de castells não é rede nem sociedade. Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 12.   ... rede é um conjunto de nós interconectados. Um nó é um ponto no qual uma curva apresenta uma interseção com ela mesma (intersects itself). O que um nó é, falando concretamente, depende da espécie da rede concreta da qual estamos falando”. Critica-o por uma visão/lógica instrumentalista... Compreende rede por uma  “busca de formas de articulação entre o local e o global, entre o particular e o universal, entre o uno e o diverso, nas interconexões das identidades dos atores com o pluralismo” . (SCHERER-WARREN apud RANDOLPH, 1999, p. 45). Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 13.   - as redes encontram-se num “ponto de interseção”  entre uma heterogeneidade de conteúdos e de formas; - seria uma “unidade do heterogêneo”- este último termo compreendido como o antagonismo ou contradição;   - reconhece que isso exige certo esforço, gerando mais complicações na compreensão dos fenômenos em curso, pois no momento, “não temos, por enquanto, como “competir” com Castells”; - sua intenção é chegar a uma caracterização da nova etapa de desenvolvimento das sociedades capitalistas sobre o instrumento de redes; é compreender o processo de transição e a nova qualidade da “realidade” e das próprias redes; Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 14. - Concorda com Castells que a sociedade passa por uma nova  ordem social, porém, seu principal  desafio é compreender  o deslocamento de fronteiras entre as diferentes esferas da vida econômica, social, política e cultural das pessoas e instituições; - não vê seu posicionamento como oposição, mas “apenas dois caminhos diferentes que procuram explicitar e explicar o surgimento de uma nova realidade social-econômica-política-cultural e física com uma idéia-força semelhante: as redes”; - Castells parte para uma hipótese macro de uma sociedade em rede em ascensão; Randolph dedica-se a descobrir as características micro de certos sinais do “novo” que tem sua origem no “velho”; - Seu trabalho é capturar antagonismos e contradições sutis e profundos que podem definir a relação entre o total e parcial, o geral e o particular, o global e o local. Sociedade em Rede – releitura de Castells
  • 15. A principal hipótese de Randolph é que a ascensão de novas redes é o fator determinante que, faz com que antigos antagonismos e contradições percam sua eficácia social e política, dando lugar a um padrão mais diferenciado e heterogêneo cujos protagonistas são as próprias redes. Essas redes absorvem dentro de si certas parcelas de antagonismos que vão ser integradas temporariamente e territorialmente em uma unidade heterogênea. Esses antagonismos tornam-se fonte de dinamismo devido à flexibilidade, rapidez, agilidade, intantaneidade possibilitada pelas tecnologias da informação. Sociedade em Rede – Redes
  • 16. Conclui que diante das transformações apresentadas não se identifica mais nem uma contradição fundamental nem uma geral nas sociedades onde as redes vão ocupar cada vez mais “espaço” . As forças em contradição se encontraram em alguma “síntese” maior que lhes permitiu expressar sua essência: no interior de relações de produção enquanto antagonismo entre duas classes, no primeiro momento; ou numa dinâmica única de produção e reprodução da sociedade baseada na institucionalização de duas lógicas antagônicas, no segundo momento. Sociedade em Rede – Redes
  • 17. Edgar Morin: norte para esta reflexão na medida em que trabalha com noções como “caos”, “complexidade”, “abstração”, “sistema”, etc. - indica um caminho para lidar com o deslocamento e desaparecimento de fronteiras entre as esferas habermasianas... - para ele Castells tem uma perspectiva conservadora da sociedade (hipótese de nova articulação entre partes e todo...). Sociedade em Rede – Redes
  • 18. Sociedade em Rede - REDES - em Castells, convergência entre tecnologia e evolução social: uma meta-rede ... - para Randolph essa meta-rede provoca total desterritorialização e deshistorização... ... cuja própria lógica sem espaço e tempo apenas “pode-se cumprir num caos cuja única lógica consiste na sua própria reprodução enquanto caos”; Seria a instalação da entropia como princípio social máximo de uma rede das redes cuja finalidade seria a de destruir outras finalidades; Ou seja, “ao mesmo tempo “deus” e “diabo” na terra de ninguém e de todos. Simultaneamente o “paraíso” instantâneo e a eterna “perdição”.
  • 19. É Verdade?! Não encontramos outras críticas em relação a Castells e suas obras!!! Não encontramos trabalhos atualizados de Randolph e seu grupo sobre essas ideias...
  • 20.
  • 21. PODER  capacidade estrutural do ator social para fazer valer sua vontade sobre os outros atores sociais. CONTRA-PODER é a capacidade de uma ator social de resistir e desafiar as relações de poder institucionalizadas . RELAÇÕES DE PODER são por natureza conflitivas.... A relação entre tecnologia, comunicação e poder refletem valores e interesses opostos, e afeta a uma pluralidade de atores sociais em conflito. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
  • 22.
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  • 30. A emergência da autocomunicação de massa Qualquer mensagem na Internet, à margem da intenção do autor, se torna ma garrafa navegando a deriva no oceano da comunicação global, suscetível de ser recebida e reprocessada de formas inesperadas. Os principais meios de comunicação utilizam blogs e redes interativas para distribuir seus conteúdos e interagir com o público, mesclando modos de comunicação horizontal e vertical. Isso significa que existe um processo contraditório que dá origem a uma nova realidade midiática, cujos contornos e efeitos serão decididos por meio de uma série de lutas de poder políticos e empresariais. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
  • 31.
  • 32. En efecto, nos encontramos en un nuevo ámbito de comunicación y, en última instancia, en un nuevo medio, cuyo eje principal está compuesto por redes informáticas, cuyo lenguaje es digital y cuyos remitentes están distribuidos por todo el mundo y son globalmente interactivos.  En verdad, el medio, incluso un medio tan revolucionario como este, no determina el contenido y el efecto de sus mensajes.  Pero hace posible la diversidad ilimitada y el origen en gran medida autónomo de la mayoría de los flujos de comunicación que construyen y reconstruyen a cada segundo la producción global y local de significado en la opinión pública. Comunicação, poder e contra-poder na sociedade em rede
  • 33. O Poder das Redes David de Ugarte     "A sociedade sempre foi uma rede" (p. 13)   "Algo está mudando. Definir esse algo e como nós, pessoas normais, podemos com ele ganhar independência e poder de comunicação é o objeto deste livro"(p. 14 )   Economista, tecnólogo e empreendedor comprometido com os novos modelos de democracia econômica.  
  • 34. O Poder das Redes Os três gráficos unem os mesmos pontos de diferentes maneiras. Essas três disposições, tecnicamente denominadas topologias, descrevem três formas completamente diferentes de organizar uma rede: a centralizada, a descentralizada e a distribuída. (2008, p.15). Gráficos baseados nas estruturas de rede de Paul Baran 
  • 35. O Poder das Redes  
  • 36. O Poder das Redes           Você sabe que a vida é grátis?   Ugarte acredita em uma nova forma de organização e comunicação social que, pouco a pouco, vai ganhando força com a rede e que pode trazer mudanças nas relações de poder existentes hoje na sociedade. 
  • 37. Além das Redes de Colaboração Nelson De Luca Pretto Físico e Mestre em Educação pela UFBA e Doutor em Ciências da Comunicação pela USP. É professor da Faculdade de Educação da UFBA. Tem experiência em Educação, nos temas: internet, educação e comunicação, informática educativa, tecnologia educacional e educação a distância. Responsável pelo projeto de inclusão sociodigital: "Tabuleiros Digitais" [http://www.tabuleirosdigitais.org].    Sérgio Amadeu da Silveira Sociólogo e Doutor em Ciência Política pela USP. Professor da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (2003-2005) e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (2003-2005). Pesquisa as relações entre comunicação e tecnologia, práticas colaborativas na internet e a teoria da propriedade dos bens imateriais. É militante do Software Livre.
  • 38. O rossio não-rival - Imre Simon; Miguel Said Vieira Rossio e Commons - Origem e  definição   Rossio (Houaiss):  “terreno ou largo bastante espaçoso; grande praça” ou “terreno roçado e usufruído em comum” Commons : terras utilizadas coletivamente. Idade Média, Inglaterra  Commons: bens comuns (ruas, estradas, ar, oceanos e meio ambiente)   Levando em conta esses usos, os autores afirmam que:   Rossio =conjunto de recursos utilizados em comum e equitativamente por uma determinada comunidade. Não existem direitos individuais de exclusão no rossio.
  • 39. Recursos rivais e não-rivais - definição Rival   Bem ou recurso cujo uso por alguém impede (ou compete com) o uso por outra pessoa.          Bens materiais são sempre rivais: meu uso de cadeira, maçã ou exemplar de um livro impede (ou compete com) o uso desses objetos por outra pessoa. Não-rival   Bem ou recurso que admite usos simultâneos que não competem entre si: o conteúdo de um livro (o uso do conteúdo não interfere nem compete com o uso por outra pessoa).    Bens intangíveis (idéias, programas de computador, obras artísticas, científicas e culturais) são não-rivais.
  • 40. Rossio rival e não-rival - definição   Rossio rival   Conjunto de bens ou recursos rivais.        Caracteriza-se pela escassez.     Exemplo: terra Rossio não-rival   Conjunto de bens ou recursos não-rivais que são utilizados em comum por uma comunidade (uso simultâneo).    Caracteriza-se pela abundância.    Exemplo: língua portuguesa (uso simultâneo; quanto maior o uso, maior a riqueza do núcleo comum)
  • 41. Tecnologia viabiliza implementações inovadoras de rossios não-rivais Ato 1: a tecnologia digital viabiliza armazenar e processar os bens de rossios não-rivais Projeto Gutenberg ( http://www.gutenberg.org ), 1971: acervo de literatura em domínio público digitalizada e de acesso gratuito.   Ato 2: a rede dissemina os bens dos rossios não-rivais Distribuição de arquivos digitais é simplificada, barateada e descentralizada. Exemplos: 1- Avanço do acervo do rossio Projeto Gutenberg com a internet 2- Movimento do software livre 3- Wikipedia
  • 42. Reflexão acadêmica e importância de politizar a discussão Ato 3: estudo e análise acadêmicos Citação de Yochai Benkler, autor de The wealth of networks (2006).   Ato 4: a política / conclusão do artigo Autores afirmam que é  importante politizar o debate e apontam desafios: rever postura frente à propriedade intelectual; governança dos rossios não-rivais   Apesar da desigualdade social-digital, mais pessoas podem se expressar e compartilhar pontos de vista pela internet do que por meios de comunicação de massa  
  • 43. Convergência digital, diversidade cultural e esfera pública Sérgio Amadeu da Silveira A esfera pública interconectada – conceito de Y. Benkler   Esfera pública interconectada é potencialmente mais democrática que a esfera pública dominada pelos mass media.   Esfera pública = “quadro de práticas que os membros de uma sociedade usam para comunicar questões que eles entendem ser de interesse público e que potencialmente requerem uma ação ou reconhecimento coletivos” (Benkler)   Indivíduos: tornam-se ativos participantes da esfera pública   Rede pode exercer um enorme contrapoder, seja no sentido político ou econômico
  • 44. A internet: aberta e reconfigurável Arquitetura da internet = conjunto de regras básicas de comunicação, os protocolos de rede que  foram configurados sem interferência decisiva do capital.    Internet: rede em constante evolução; inacabada   Na internet: possível criar novos conteúdos, formatos e soluções tecnológicas desde que se comuniquem com os protocolos principais da rede.    Criação de algo novo a partir da reconfiguração das regras de comunicação tem mobilizado inúmeros usuários da rede.   Exemplos: Napster (1999); BitTorrent (2003)
  • 45. Redes digitais conduzem à convergência e à desintermediação  Digital: separaçao de conteúdos de seus suportes físicos e recombinação dos bens intangíveis. Dinâmicas que estão afetando processos de intermediação.    Exemplo: entre artista/músico e fã ( indústria de intermediários da música perdeu sentido).     Convergência digital: lógica da competição monopolista (formação de oligopólios) X redes digitais: práticas colaborativas e formação de economia da dádiva (gift economy)   Exemplo: software livre, wiki e Creative Commons
  • 46. Nuvens abertas de conexão colaborativa, celulares p2p e tvip Reconfiguração atinge as telecomunicações digitais: práticas colaborativas da internet atingem a infraestrutura. Ex: WI-FI (Wireless Fidelity)-tecnologia de transmissão de dados via rádio.   Hotspot WI-FI: montagem barata expandiu seu uso nos aeroportos, cafés, escolas, bares e também residências   Usos coletivos: 1-cidades usando  conexão sem fio WI-FI para ligar os órgãos públicos e permitir a conexão dos moradores em banda larga; 2-coletivos voluntários fazem conexão cooperativa: liberam o sinal de seus roteadores wireless. Explo de rede de compartilhamento livre de conexão: Free Network ( www.freenetworks.org )
  • 47. Tornar o espectro radioelétrico um espaço comum Benkler: transformação do espectro radioelétrico em espaço comum, superando modelo de ocupação privada/licenciada das freqüências de transmissão. Não há recurso físico finito que necessite ser alocado   Benkler propôs  regulação de transmissões wireless como “espaço comum”/espaço público, tal como regulamos sitema de rodovias e redes de computador   Foco: regulação do uso do equipamento, não do “recurso”(espectro)   Movimento Open Spectrum/“espectro aberto”:eliminação ou redução da necessidade dos governos regulamentarem as comunicações sem fio e os pedaços do espectro radioelétrico   Proposta: regular espectro como internet: protocolos e padrões de comunicação que todos devem seguir e que foram desenvolvidos colaborativamente (técnicos, empresas, pesquisadores, usuários) de modo aberto e não-proprietário
  • 48. Fases do desenvolvimento tecnológico e suas implicações nas formas de ser, conhecer, comunicar e produzir em sociedade – Alex Primo Levantamento de como as tecnologias se transformaram com o tempo e como elas mesmas transformaram o seu tempo.   Fase da indiferença (até a Idade Média) Fase do conforto (Modernidade) Fase da ubiqüidade (Pós-modernidade)   A partir daí, ele analisa em cada fase como se caracterizam: a) conhecimento b) autoria c)educação d)economia e)processos midiáticos f)metáforas
  • 49. Custo social: propriedade imaterial, software, cultura e natureza – Pedro Antônio Dourado de Rezende   Software tratado como bem rival;   Modelo proprietário e produção colaborativa; Banco de propriedade intelectual X inovação;   Sementes transgênicas e software proprietário.
  • 50. Direitos autorais, novas tecnologias e acesso ao conhecimento – Pedro Paranaguá   Praticamente tudo em que encostamos, usamos, vemos, ingerimos está direta ou indiretamente protegido por propriedade intelectual (PI)   Política maximalista afeta não só os países pobres, mas também os ricos   Direito de exclusividade de exploração do produto industrial ou criação intelectual significa também exclusão dos demais, que ficam sem acesso ao conhecimento

Notas del editor

  1. A lo largo de la historia, la comunicación y la información han constituido fuentes fundamentales de poder y contrapoder, de dominación y de cambio social. Esto se debe a que la batalla más importante que hoy se libra en la sociedad es la batalla por la opinión pública. La forma en que la gente piensa determina el destino de las normas y valores sobre los que se construyen las sociedades. Comunicação - comunicação socializada -  ofrece el apoyo para la producción social del significado la sociedad en red, que se caracteriza por la omnipresencia de redes de comunicación en un hipertexto multimodal. las relaciones de poder -  se determinan y deciden cada vez más en el campo de la comunicación.  
  2. Entiendo el poder como la capacidad estructural del actor social para imponer su voluntad sobre otro(s) actor(es) social(es). el proceso de formación de un contrapoder, que a mi entender es la capacidad de un actor social de resistirse y desafiar a las relaciones de poder institucionalizadas. las relaciones de poder son por naturaleza conflictivas, del mismo modo que las sociedades son diversas y contradictorias. Por lo tanto, la relación entre tecnología, comunicación y poder refleja valores e intereses opuestos, y afecta a una pluralidad de actores sociales en conflicto.  
  3. periódicos todopoderosos como los sujetos de los proyectos del contrapoder funcionan en la actualidad dentro de una nueva estructura tecnológica: y esto tiene consecuencias en las formas, medios y metas de su conflictiva práctica.  algunas hipótesis sobre la transformación de esta relación: el papel predominante de la política mediática y su interacción con la crisis de la legitimidad política en la mayoría de los países del mundo; el papel clave de los medios de comunicación segmentados, personalizados en la producción de la cultura; el surgimiento de una nueva forma de comunicación relativa a la cultura y la tecnología de la sociedad en red, y basada en las redes de comunicación horizontales: lo que yo llamo autocomunicación de masa; y los usos tanto de los medios de comunicación de masas unidireccionales como la autocomunicación de masa en la relación entre el poder y el contrapoder, en la política formal, en la política insurgente y en las nuevas manifestaciones de los movimientos sociales.  
  4. transformación entre comunicación y poder situada en un contexto social caracterizado por varias tendencias importantes: a) O Estado - desafiado pela globalização, as pressões de mercado à desregulação que diminui sua capacidade de intervenção, uma crise de legitimidade que debilita sua influência sobre os cidadãos; b) As indústrias culturais e os meios corporativos - concentração empresarial e segmentação de mercado até uma  competição oligopolista, distribuição personalizada de mensagens; c) oposição mundial entre o individual e o comunitário define la cultura das sociedades - construção da identidade funciona com materiais herdados da história e da geografia. A cultura do coletivo: religião, nação, territorialidade, gênero, etnia, entorno; A cultura do individual: consumismo dirigido pelo mercado, novo patron de sociabilidade baseado em individualismo estruturado em redes, o desejo de autonomia individual baseado em projetos autodefinidos.  
  5. Comunicação de massa e política midiática La política se basa en la comunicación socializada, en la capacidad para influir en la opinión de las personas.  En nuestra sociedad, la política es básicamente política mediática. .. los ciudadanos que se convierten en consumidores en el mercado político Esto no significa, naturalmente, que el poder esté en manos de los medios... Ni tampoco el público se limita a seguir lo que le dicen los medios. 
  6. la cuestión principal no es la modelación de la opinión través de mensajes explícitos en los medios de comunicación, sino la ausencia de un contenido determinado en los medios. Lo que no existe en los medios no existe en la opinión del público, aunque tenga una presencia fragmentada en las opiniones individuales Por lo tanto, un mensaje político es necesariamente un mensaje mediático. Y cuando un mensaje relacionado con la política se transmite a través de los medios, tiene que expresarse en el lenguaje específico de los medios. (...)  no es del todo cierto que el medio sea el mensaje, pero desde luego tiene una influencia sustancial en la forma y efecto de éste.
  7. los medios de comunicación de masas no son los depositarios del poder, pero en conjunto constituyen el espacio en el que se decide el poder.  Por lo tanto, el personaje, tal y como ha quedado retratado en los medios, pasa a ser esencial; porque los valores -lo que más importa a la mayoría de la gente- están encarnados en la persona de los candidatos. Los políticos son los rostros de las políticas.
  8. Política mediática, política de los escándalos y crisis de la legitimidad política La crisis de la legitimidad política en la mayor parte del mundo no puede ser atribuida exclusivamente, de ningún modo, a los escándalos políticos y a la política mediática. Sin embargo, es probable que los escándalos sean como mínimo un factor desencadenante del cambio político a corto plazo y del arraigo del escepticismo respecto a la política formal a largo plazo los medios de comunicación conforman el espacio en el que se ejerce el poder, no la fuente que lo sostiene.
  9. Varios estudios, incluyendo el del World Values Survey, indican que muchos ciudadanos creen que pueden influir en el mundo con su movilización...  Sólo que no piensan que puedan hacerlo a través de la política, como es habitual. Así pues, en este punto del análisis, voy a plantearme un cambio de rumbo hacia el surgimiento de los procesos de contrapoder vinculados a los movimientos sociales y a la movilización social.  Sin embargo, cualquier intervención política en el espacio público requiere la presencia en el espacio mediático. surgimiento de un nuevo tipo de espacio mediático: el espacio creado en torno al proceso de comunicación masiva individual.
  10. La emergencia de la autocomunicación de masa La difusión de Internet, la comunicación móvil, los medios digitales y una variedad de herramientas de software social han impulsado el desarrollo de redes horizontales de comunicación interactiva que conectan local y globalmente en un tiempo determinado.  La base de la comunicación de la sociedad red es la web global de redes de comunicación horizontal que incluyen el intercambio multimodal de mensajes interactivos de muchos a muchos, tanto sincrónicos como asincrónicos.  Con la convergencia entre Internet y la comunicación móvil y la difusión gradual de la capacidad de la Banda Ancha, el poder comunicador de Internet está siendo distribuido en todos los ámbitos de la vida social, del mismo modo que la red de suministro eléctrico y el motor eléctrico distribuían energía en la sociedad industrial
  11. La emergencia de la autocomunicación de masa Así, hasta cierto punto, una buena parte de esta forma de comunicación masiva individual está más próxima al "autismo electrónico" que a la comunicación real. Sin embargo, cualquier mensaje en Internet, al margen de la intención de su autor, se convierte en una botella navegando a la deriva en el océano de la comunicación global, un mensaje susceptible de ser recibido y reprocesado de formas inesperadas. Lo que es más, el RSS fomenta el consentimiento de la integración y la filtración de contenidos en todas partes.  Existe un creciente uso de esas redes de comunicación horizontales en el campo de la comunicación de masas. Desde luego, los principales medios de comunicación utilizan los blogs y las redes interactivas para distribuir sus contenidos e interactuar con su público, mezclando los modos de comunicación horizontal y vertical. Por tanto, la creciente interacción entre redes de comunicación horizontales y verticales no significa que los principales medios se estén apoderando de las nuevas formas autónomas de generación y distribución de contenidos. Significa que existe un proceso contradictorio que da origen a una nueva realidad mediática, cuyos contornos y efectos se decidirán finalmente por medio de una serie de luchas de poder políticas y empresariales, mientras los propietarios de las redes de telecomunicación se están posicionando ya para controlar el acceso y el tráfico en favor de sus socios y clientes preferidos.
  12. El creciente interés de los medios de comunicación corporativos por las formas de comunicación a través de Internet es, en realidad, el reflejo del surgimiento de una nueva forma de comunicación socializada: la comunicación masiva individual.  Es comunicación masiva porque alcanza potencialmente a un público global a través de redes de P2P y conexión a Internet. Es multimodal, ya que la digitalización del contenido y el avanzado software social, en muchas ocasiones basado en códigos libres que se pueden descargar de forma gratuita, permite el reformateo de casi todos los contenidos en prácticamente cualquier formato, que se distribuye mediante redes inalámbricas cada vez con mayor frecuencia. Y de contenido autogenerado, de emisión autodirigida y de recepción autoselectiva por medio de muchos que se comunican con muchos.  En efecto, nos encontramos en un nuevo ámbito de comunicación y, en última instancia, en un nuevo medio, cuyo eje principal está compuesto por redes informáticas, cuyo lenguaje es digital y cuyos remitentes están distribuidos por todo el mundo y son globalmente interactivos. En verdad, el medio, incluso un medio tan revolucionario como este, no determina el contenido y el efecto de sus mensajes. Pero hace posible la diversidad ilimitada y el origen en gran medida autónomo de la mayoría de los flujos de comunicación que construyen y reconstruyen a cada segundo la producción global y local de significado en la opinión pública.
  13. En efecto, nos encontramos en un nuevo ámbito de comunicación y, en última instancia, en un nuevo medio, cuyo eje principal está compuesto por redes informáticas, cuyo lenguaje es digital y cuyos remitentes están distribuidos por todo el mundo y son globalmente interactivos. En verdad, el medio, incluso un medio tan revolucionario como este, no determina el contenido y el efecto de sus mensajes. Pero hace posible la diversidad ilimitada y el origen en gran medida autónomo de la mayoría de los flujos de comunicación que construyen y reconstruyen a cada segundo la producción global y local de significado en la opinión pública.