O documento discute estratégias de educação ambiental para promover a justiça ambiental e territorialidades sustentáveis nas cidades. Ele propõe que a educação ambiental deve utilizar a produção de conhecimentos sobre o lugar e diálogo de saberes para estimular a percepção das territorialidades e identificação de problemas socioambientais, visando envolver a população na gestão ambiental de forma compartilhada.
1. Rosa Maris Rosado
Educadora Ambiental, Bióloga e
Dra em Geografia/UFRGS
GRAVATAÍ 2015
TERRITORIALIDADES E
JUSTIÇA AMBIENTAL
NAS CIDADES
2. A PRODUÇÃO DEA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTOSCONHECIMENTOS
ACERCA DO LUGARACERCA DO LUGAR
Educação AmbientalEducação Ambiental
3. Quem vive neste lugar?Quem vive neste lugar?
Quais suas características?Quais suas características?
Que lugar é esse?Que lugar é esse?
Que memórias tem desse lugar?Que memórias tem desse lugar?
4. “O lugar é o quadro de uma referência pragmática ao mundo,
do qual lhe vêm solicitações e ordens precisas de ações
condicionadas, mas é também o teatro insubstituível
das paixões humanas, responsáveis, através da ação
comunicativa, pelas mais diversas manifestações
A Força do Conhecimento do Lugar
5. O LIAU: A TRILHA DEO LIAU: A TRILHA DE
DESCOBERTADESCOBERTA
Pesquisa dePesquisa de
campocampo
6. O LIAU: A TRILHA DEO LIAU: A TRILHA DE
DESCOBERTADESCOBERTA
Pesquisa dePesquisa de
campocampo
7. O LIAU: A TRILHA DE DESCOBERTAO LIAU: A TRILHA DE DESCOBERTA
Pesquisa dePesquisa de
campocampo
16. - Cuidado com o planeta Terra
- Cuidado com as pessoas
- Distribuição dos excedentes
- Limites ao consumo
Curso Vida
Verde
Arca Verde
ÉTICA
DA
PERMACULTURA:
Arca Verde
17. O LIAU: REDE DE SABERESO LIAU: REDE DE SABERES
O LIAU em rede:O LIAU em rede:
UniversidadesUniversidades
Órgãos de gestãoÓrgãos de gestão
ambiental,ambiental,
EscolasEscolas
18. O LIAU: CENTRO DEO LIAU: CENTRO DE
MEMÓRIA DA DESCOBERTAMEMÓRIA DA DESCOBERTA
A história do Liau na
memória da escola
e da aprendizagem
21. “A educação ambiental deve ser entendida como educação
política, no sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos
para exigir justiça social, cidadania nacional e planetária,
autogestão e ética nas relações sociais e com a natureza...
procurando incentivar o indivíduo/as coletividades a participar
ativamente da resolução dos problemas no seu contexto de
realidades específicas... pois os problemas socioambientais
foram criados por homens e mulheres e deles virão as
soluções. Estas não serão obras de gênios, de políticos ou
tecnocratas, mas sim de cidadãos e cidadãs.”
Marcos Reigota
41. HUMANO URBANO
• 54% da população mundial vive em áreas
urbanas
• a proporção que deve chegar a 66% em
2050, conforme a Organização das
Nações Unidas (ONU)
49. Mas… quem é este
Ser Humano?
A que Ser nos
referimos?
CERTAMENTE É PARA O SER
HUMANO!
50. “O Ser Humano é a natureza com consciência de si”
Reclus
51.
52. A Carta da Terra
“Movimento ético global com a
missão de promover a transição
para formas sustentáveis de vida e
de uma sociedade global
fundamentada em um modelo de
ética compartilhada, que inclui o
respeito e o cuidado pela
comunidade da vida, a
integridade ecológica, a
democracia e uma cultura de
paz”.
São mais de 60 milhões de
professores no planeta
Fonte: www.unesco.org.Acesso em 25 de janeiro de 2010
53. • Essa estratégia aponta para um novo
paradigma educacional, no qual a
troca de saberes promove a necessária
união das diferentes áreas e níveis do
conhecimento. A organização desse
novo conhecimento depende da
articulação em rede. Assim,
acreditamos que a educação possa
contribuir efetivamente para a Gestão
Ambiental da cidade, fomentando a
constituição de comunidades humanas
sustentáveis no meio urbano.
54. • Educação ambiental
• Percepção do pertencimento- Descoberta
da territorialidade
• Identificação dos problemas
socioambientais- responsabilidade
individual e coletiva
• Dialogo de saberes como estratégia
• Modelo de gestão em consonância com a
população envolvida (socialmente
comprometido)
55. JUSTIÇA AMBIENTAL
• O conceito de Justiça Ambiental refere-se
ao tratamento justo e ao envolvimento
pleno de todos os grupos sociais,
independente de sua origem ou renda nas
decisões sobre o acesso, ocupação e uso
dos recursos naturais em seus territórios.
59. Como “alter ego civilizacional”, o lixo expõe de forma crua e desafiadora os
horizontes e limites de um modo de vida presidido por uma contradição
inconciliável: como explorar em frenética velocidade um planeta que se
regenera em ritmo natural e, após ter dele absorvido o que o nutre,
devolver na forma de dejetos indigeríveis ???
66. Catadores de materiais recicláveis
Na base da reciclagem, desigualdade a ser desvelada
Preconceito ainda impera,
Apoio diminui com a Privatização do lixo.
71. Chico Mendes, o seringueiro
afirmava:
“não há como defender a
floresta sem o povo da
floresta e sua cultura”.
Com relação aos resíduos
sólidos, é importante afirmar
que não há como gerenciar de
forma adequada lixo urbano
sem valorizar o povo que nele
trabalha e sua cultura.
72. Aumento da percepção da premência do enfrentamento dos complexos desafiosAumento da percepção da premência do enfrentamento dos complexos desafios
ambientais.ambientais.
As necessidades planetárias, as discussões, avanços históricos e experiênciasAs necessidades planetárias, as discussões, avanços históricos e experiências
acumuladas quanto à temática no Brasil e no âmbito internacionalacumuladas quanto à temática no Brasil e no âmbito internacional
FORTALECEM O RECONHECIMENTO DO PAPEL TRANSFORMADOR DAFORTALECEM O RECONHECIMENTO DO PAPEL TRANSFORMADOR DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, EXIGINDO A REVISÃO DA REFERÊNCIA SUPERFICIAL,EDUCAÇÃO AMBIENTAL, EXIGINDO A REVISÃO DA REFERÊNCIA SUPERFICIAL,
QUE APRESENTA A TEMÁTICA DE FORMA DESCONEXA, REDUCIONISTA,QUE APRESENTA A TEMÁTICA DE FORMA DESCONEXA, REDUCIONISTA,
DESARTICULADA...DESARTICULADA...
73. Com a leitura do território, a educação ambiental se afirma com processo estruturante
de mediação na produção de conhecimentos que tornam possível a percepção das
territorialidades na complexa tecnourbesfera.
74. Assim criam-se espaços sustentáveis, apontando para a r-existência de
distintas territorialidades, como contraponto ao modelo globalizante e
homogeneizador dos territórios.
Essa estratégia visa inserir a temática ambiental no ensino na forma de um
verdadeiro dialogo de saberes, assumindo centralidade nos projetos político-
pedagógicos das escolas e apresentando essa temática, portanto, não somente
como transversal, mas como sendo o coração do currículo escolar.
76. Essa estratégia educativaEssa estratégia educativa
avança na direção de uma cidadania responsável,avança na direção de uma cidadania responsável,
estimulando a construção de interações mais justasestimulando a construção de interações mais justas
entre os seres humanos e os demais seres que habitam oentre os seres humanos e os demais seres que habitam o
Planeta,Planeta,
para a construção de um presente e um futuropara a construção de um presente e um futuro sustentável,sustentável,
sadio e socialmente justo.sadio e socialmente justo.
77. UTOPIA
"Ela está no horizonte...
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para caminhar"
Eduardo Galeno
Foram feitos desde o lançamento cursos para professores : AAPA usos no ensino-aprendizagem em sala de aula
Assim começa essa publicação que sem sombra de dúvida é um marco para a educação ambiental na rede municipal de ensino de Poa
Não somos mais a biosfera somos a TECNOURBESFERA e temos que aprender a viver nela...
Esta aí a cidade deporto alegre e o atlas e um convite ao deleite conhecer suas pelas paisagens e os territorios nelas inscritos começando por um dos canais do labirinto de ilhas do delta do jacuí.
Esta é a forma de olhar na qual não enxergamos mais um continente que influencia e impoe a nos uma cultura de consumo “american way of life”. Nela vemos a america latina inteira e parte da nossa visita africa e este continente gelado da antartida que tanto influencia nosso clima em POA nos períodos que se aproximam.
Esta posição tem como centro do planeta a cidade de Porto Alegre (bairrismo dos gauchos?) não! Vivemos no planeta a partir da nossa cidade que é o nosso território local. Por que essa é a forma de nos sentimos pertencentes a terra.
Somos praticamente 7 bilhões de humanos vivendo na Terra. Nos conectamos pelas redes mais e mais. A ponto de visualizarmo-nos nesta imagem real da como colares ao redor de gaia. Proximos mais distantes. A escala planetária sempre nos foi uma coisa distante hoje a escala..
A cidade se espande deixando sua marca na paisagem global
A forma humana de viver no planeta é urbana. É tão urbana que não se percebem mais fronteiras entre ambiente natural e contruido- vivemos no ambiente urbano
Se a cidade vai mal todos vamos e o planeta também . As escalas estão proximas. As cidades conectadas. E nos incorporados a ela vivemos em territórios urbanos que precisam ser levados em conta na mais distintas areas que dirá na educação.
capa
Como “alter ego civilizacional”, o lixo expõe de forma crua e desafiadora os horizontes e limites de um modo de vida presidido por uma contradição inconciliável: como explorar em frenética velocidade um planeta que se regenera em ritmo natural e, após ter dele absorvido o que o nutre, devolver na forma de dejetos indigeríveis
O campo do lixo, é associado diretamente ao do consumo, é um campo social estruturado em que as necessidades e os bens transitam da camada da população economicamente mais favorecida para as camadas populares.
pois mesmo que aprendamos a digerir o lixo indigerível, o processo de digestão pode produzir outras consequências ambientais, se tornando também agressivo do ponto de vista da sustentabilidade planetária. Se seguirmos neste percurso haverá neste planeta espaço suficiente para ser compartilhado com a vida e com o lixo? Reside então no lixo além de um problema “ecológico”, econômico e social, também, político, filosófico e cultural. Em geral, aspectos recorrentes na abordagem do lixo referem-se às primeiras dimensões citadas, mas há pouca discussão sobre as demais dimensões.
Neste sentido, a sociedade poderia prescindir da necessidade de reduzir os atuais padrões de consumo, conforme o alerta dos ambientalistas. Assim, a reciclagem dependeria mais do consumidor que deve comprar mercadorias com embalagens recicláveis. Neste sentido, o consumidor é responsabilizado, através de sua atitude individual, pelas mudanças nas matrizes energéticas e tecnológicas do sistema de produção.
As representações de lixo tornam-se um forte indicativo que denuncia as relações sociais efêmeras, descartáveis e alienadas. Nesta direção, para as pessoas envolvidas na ressignificação do lixo, parece haver uma diferenciação entre aqueles que consideram lixo como lixo e aqueles, aos quais se identificam, que afirmam “lixo não é lixo”. O compartilhar desta forma de representar o lixo, como “material”, reforça a identidade no território cotidiano da reciclagem. Ao viver do lixo, exibindo-o, as(os) catadoras(es) obrigam a sociedade a olhar para o próprio modo de consumo que adota. Pode-se perceber que reciclando o lixo, as(os) catadoras(es) também se reciclam, resta saber se a sociedade se recicla a partir de um olhar para esta realidade, como parte dela.
Concluindo o que continua, após ter apresentado as leituras na esteira do galpão estas tornaram visível a “microgeografia relacional” que rege as práticas cotidianas na catação de lixo. Esta pode servir para deslegitimar as oposições sociedade-natureza, material-imaterial, objetivo-subjetivo entre outras tantas dicotomias que tem produzido formas de pensar que em nada favorecem a compreensão do mundo em que vivemos.
Haesbaert-
Sua relação com processo de exclusão social, aparecimento de dificuldades
a territorialidade (apropriação, valorização e consciencia do espaço que ocupam -Heidrich) se dissipa e são buscadas outras taticas para permanecer no jogo.
Redução dos ganhos devido a queda na quantidade e qualidade do material que chega ao galpão via coleta seletiva
Mudança de gestão
Centralidade na rede interna
Observa-se que os processos de organização têm contribuído para um maior reconhecimento da atividade, garantindo-lhes espaços de participação em fóruns e debates sobre a temática dos resíduos sólidos. Embora os estudos envolvendo catadores de materiais recicláveis em sua a maioria apresenta caráter técnico-ambiental e econômico, mas poucos têm enfatizado as relações intersubjetivas nos espaços de sociabilidade destes atores. Parece que, invisíveis no cotidiano das cidades, permanecem também na penumbra do campo acadêmico.