SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 26
AULA 3




       OCEANOGRAFIA QUÍMICA DE
                    ESTUÁRIOS



        Professora Responsável: Susy E. M. Gouveia
Estag. Doc.: Camila C. Santos - santos.camilac@gmail.com
Estuário do latim aestuarium, que significa pântano
     ou canal.                      (Merriam-Webster,
     1979)
               O QUE SÃO ESTUÁRIOS?

“Corpos de água costeiros parcialmente fechados e
livremente conectados com o oceano; situados na parte
terminal de uma bacia hidrográfica onde a água salgada
marinha é mensuravelmente diluida pela água doce fluvial.”
                                         (Pritchard, 1967)
ESTUÁRIOS

 Formados pela alteração no nível do mar (eustáticas e
  isostáticas);

 Idade geológica: < 5 mil anos (Holoceno);

 Alguns registros geológicos de 200 milhões de anos;

 Ecossistemas muito dinâmicos;

 Apresentam maior produtividade dentre os demais ambientes
  aquáticos.
ESTUÁRIOS


            Bacias Hidrográficas
                                   Continente




                                                 Zona
                                                Costeira


                                       Mar
Estuários
ESTUÁRIOS
ESTUÁRIOS
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DOS
                   ESTUÁRIOS




   Brasil:
-   25 na região Norte;
-   11 na região Nordeste;
-   4 região Sudeste;
-   4 região Sul.
IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS

 Zonas abrigadas para construção de portos e práticas de

  lazer;
 Elevada capacidade de dispersão e mistura (área favorável

  para despejo de efluentes);
 Berçário ecológico;

 Zona de migração de espécies (alimentação e reprodução);

 Cadeia alimentar muito ativa devido à retenção de

  nutrientes;
 Econômica.
IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS
IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS
IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS

Processos físico-biológicos que interagem no estuário

      Nutrientes (N, Si, DOM)                      Salinidade
                                        Chl a


     Turbidez
     Penetração de luz




      Fluxo de                   Pluma estuarina
     água doce
                         Cunha salina                Água
                                                   oceânica
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS


1. Origem:           2. Regime de Salinidade:
-Delta;              -Positivo
-Ilha Barreira;      -Negativo;
-Ria;                -Neutro;
-Fiorde;             -Altamente estratificado.
-Tectônico;
-Laguna.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS




3. Domínio por Ondas ou Marés


    4. Critério Ambiental


   5. Padrões de Circulação
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS

                      Critério Ambiental

   Tem como ponto de partida critérios morfodinâmicos
que condicionam os processos bioquímicos, assim como as
pressões antrópicas exercidas sobre os estuários e os
aspectos de qualidade da água e ecológicos .

   Qualidade estética;
   Qualidade sanitária;
   Estado trófico;
   Poluição por tóxicos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS
            Critério Ambiental – Qualidade Estética
 Relacionada com a frequência em que são observados resíduos
   de aspecto desagradável.




     Diminuem a tensão
     superficial da água




Alcatrão: resíduo negro e viscoso produto da destilação de alguns
materiais orgânicos (ex: carvão), é composto por centenas de
substâncias químicas (muitas tóxicas e carcinogênicas).
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS

          Critério Ambiental – Qualidade Sanitária

 Relacionada com a presença de microorganismos patogênicos;

      Número Mais
        Provável




Os coliformes totais compõem os grupos de bactérias gram-
negativas que podem ser aeróbicas ou anaeróbicas e realizam suas
atividades biológicas à 35-37°C. Já os coliformes fecais ou
termotolerantes suportam uma temperatura superior à 40°C,
convivendo assim em simbiose com aninais de sangue quente.
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS


            Critério Ambiental – Estado Trófico

 Relacionado com o excesso ou desequilíbrio da concentração de
  nutrientes e efeitos associados a isso;
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS


     Critério Ambiental – Poluição por Tóxicos


 Relacionada com a presença de substâncias nocivas aos
  organismos aquáticos;


 Dificuldade em propor valores absolutos;


 Baseados em valores de background para cada área.
PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM
                 ESTUÁRIOS
 A circulação é uma das mais importantes características de um
 estuário porque ela determina o fluxo salino e a dispersão
 horizontal de partículas;

 Além de ser esta a variável que determina o grau de
 estratificação do sistema estuarino;

 De maneira geral existem 4 padrões de circulação estuarina: a)
 estuários bem misturados; b)parcialmente misturados; c)
 altamente estratificados; e d) cunha salina.
PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM ESTUÁRIOS




a) Bem misturado (Homogêneo);    b) Parcialmente misturado;




 c) Altamente estratificado;         d) Cunha salina.
PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM ESTUÁRIOS

 A mistura das águas salgada e doce ocorre através de difusão e
 processos mecânicos de mistura;

 A ação das marés e do vento aumenta o grau de mistura;

 A mistura dessas diferentes massas d’água tem extrema
 importância bioquímica (ex.: oxigênio e nutrientes);

 De forma geral, o fluxo fluvial e a amplitude das marés, assim
 como o transporte e deposição de sedimentos, estão em
 constante alteração nos estuários;

 Estes ecossistemas constituem, por conseguinte, sistemas
 dinâmicos.
ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO
              DA SALINIDADE
 Muitos dos processos biogeoquímicos envolvidos no encontro
 entre massas de água ocorrem em valores de salinidade muito
 baixos (≤ 1);
 A interface entre as duas massas de água assume um papel
 extremamente importante no desencadeamento de reações
 biológicas e químicas;
 O reconhecimento da importância do fator salinidade para o
 estabelecimento do gradiente ecológico estuarino levou ao
 surgimento de esquemas de classificação.
ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO DA SALINIDADE

 Sistema de Veneza, 1958, expandido por Carriker, em 1967:



• Zona limnética: Rio, salinidade inferior a 0,5;

• Zona oligohalina: Topo do estuário, 0,5 ≤ salinidade > 5;

• Zona mesohalina: Secção superior do estuário, 5 ≤ salinidade <
 18;
• Zona polihalina: Abrangendo as secções média e inferior do
 estuário;
• Secção média: 18 ≤ salinidade < 25;

• Secção inferior: 25 ≤ salinidade < 30;

• Zona euhalina: Barra, 30 ≤ salinidade < 35.
ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO DA SALINIDADE




Zonação do estuário do Mondego (Portugal) em função das diferentes salinidades.
Exercício para o dia da 1ª Avaliação


• Resumo de uma página do paper “A dinâmica da salinidade
 como uma ferramenta para a gestão integrada de recursos
 hídricos na zona costeira: uma aplicação à realidade
 brasileira”.


• www.quimicadeestuarios.blogspot.com.br
BIBLIOGRAFIA




SILVA, M. G. Estuários – Critérios para uma classificação
ambiental. Rev. Bras. de Rec. Híd., v. 5, n. 1, p. 25-35.
2000.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
Pedro Wallace
 
Rochas sedimentares
Rochas sedimentaresRochas sedimentares
Rochas sedimentares
s1lv1alouro
 
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte IIntrodução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
LCGRH UFC
 
O ciclo das rochas
O ciclo das rochasO ciclo das rochas
O ciclo das rochas
Catir
 

La actualidad más candente (20)

Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Ecossistemas aquáticos
Ecossistemas aquáticosEcossistemas aquáticos
Ecossistemas aquáticos
 
Rochas sedimentares
Rochas sedimentaresRochas sedimentares
Rochas sedimentares
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
 
Rochas sedimentares
Rochas sedimentaresRochas sedimentares
Rochas sedimentares
 
Granulometria grossa e média
Granulometria grossa e médiaGranulometria grossa e média
Granulometria grossa e média
 
Geomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvialGeomorfologia fluvial
Geomorfologia fluvial
 
Osmorregulação
OsmorregulaçãoOsmorregulação
Osmorregulação
 
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte IIntrodução Águas Subterrâneas - Parte I
Introdução Águas Subterrâneas - Parte I
 
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos SedimentosAula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
 
Ventos
VentosVentos
Ventos
 
Tempo Geológico e a Idade te Terra
Tempo Geológico e a Idade te TerraTempo Geológico e a Idade te Terra
Tempo Geológico e a Idade te Terra
 
Macrófitas Aquáticas
Macrófitas AquáticasMacrófitas Aquáticas
Macrófitas Aquáticas
 
Eco marinho
Eco marinhoEco marinho
Eco marinho
 
Sedimentologia margem continental
Sedimentologia margem continentalSedimentologia margem continental
Sedimentologia margem continental
 
Ecossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para MonitoresEcossistemas Marinhos Para Monitores
Ecossistemas Marinhos Para Monitores
 
Vulcanismo 7º
Vulcanismo 7ºVulcanismo 7º
Vulcanismo 7º
 
Água e regulação osmótica
Água e regulação osmóticaÁgua e regulação osmótica
Água e regulação osmótica
 
O ciclo das rochas
O ciclo das rochasO ciclo das rochas
O ciclo das rochas
 
RECIFE E ESTUÁRIOS
RECIFE E ESTUÁRIOSRECIFE E ESTUÁRIOS
RECIFE E ESTUÁRIOS
 

Destacado

Ecosistema arrecifes de coral
Ecosistema arrecifes de coralEcosistema arrecifes de coral
Ecosistema arrecifes de coral
Yair Taborda
 
Bosques de pinos y encinos
Bosques de pinos y encinosBosques de pinos y encinos
Bosques de pinos y encinos
Paty Salazar
 
Regiones naturales formato
Regiones naturales formatoRegiones naturales formato
Regiones naturales formato
mariana
 
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y LagunasFlora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
guesta3877e
 
Bosque de coníferas
Bosque de coníferasBosque de coníferas
Bosque de coníferas
helenaana1999
 
Las regiones naturales cuadro
Las regiones naturales cuadroLas regiones naturales cuadro
Las regiones naturales cuadro
mariana
 
Flora y fauna de los biomas
Flora y fauna de los biomasFlora y fauna de los biomas
Flora y fauna de los biomas
KAtiRojChu
 
Las regiones naturales
Las regiones naturalesLas regiones naturales
Las regiones naturales
mariana
 

Destacado (20)

Ecosistema arrecifes de coral
Ecosistema arrecifes de coralEcosistema arrecifes de coral
Ecosistema arrecifes de coral
 
Bosques
BosquesBosques
Bosques
 
Arrecifes coralinos
Arrecifes coralinosArrecifes coralinos
Arrecifes coralinos
 
Los bosques tropicales
Los bosques tropicalesLos bosques tropicales
Los bosques tropicales
 
Bosque tropical
Bosque tropicalBosque tropical
Bosque tropical
 
Bosques de pinos y encinos
Bosques de pinos y encinosBosques de pinos y encinos
Bosques de pinos y encinos
 
Regiones naturales formato
Regiones naturales formatoRegiones naturales formato
Regiones naturales formato
 
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y LagunasFlora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
Flora Y Fauna Representativa De Estuarios Y Lagunas
 
Bosque de coníferas
Bosque de coníferasBosque de coníferas
Bosque de coníferas
 
Pastizales
PastizalesPastizales
Pastizales
 
Estuarios
EstuariosEstuarios
Estuarios
 
Las regiones naturales cuadro
Las regiones naturales cuadroLas regiones naturales cuadro
Las regiones naturales cuadro
 
Flora y fauna de los biomas
Flora y fauna de los biomasFlora y fauna de los biomas
Flora y fauna de los biomas
 
Regiones naturales 1
Regiones naturales 1Regiones naturales 1
Regiones naturales 1
 
Biomas argentinas pastizal pampeano
Biomas argentinas  pastizal pampeanoBiomas argentinas  pastizal pampeano
Biomas argentinas pastizal pampeano
 
Pastizales
PastizalesPastizales
Pastizales
 
Bosques Tropicales
Bosques TropicalesBosques Tropicales
Bosques Tropicales
 
Las regiones naturales
Las regiones naturalesLas regiones naturales
Las regiones naturales
 
Bosque tropical
Bosque tropicalBosque tropical
Bosque tropical
 
Regiones naturales
Regiones naturalesRegiones naturales
Regiones naturales
 

Similar a Estuários

Ecomarinho 110508162057-phpapp01
Ecomarinho 110508162057-phpapp01Ecomarinho 110508162057-phpapp01
Ecomarinho 110508162057-phpapp01
carolinedousseau
 
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptxBiomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
AdrianaPaula45
 
Ambiente aquático de água doce
Ambiente aquático de água doceAmbiente aquático de água doce
Ambiente aquático de água doce
Gabriela Bruno
 
Bioma Maritmo Costeiro
Bioma   Maritmo CosteiroBioma   Maritmo Costeiro
Bioma Maritmo Costeiro
Jade
 
abrolhos
abrolhosabrolhos
abrolhos
Jade
 

Similar a Estuários (20)

Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
 
Ecomarinho 110508162057-phpapp01
Ecomarinho 110508162057-phpapp01Ecomarinho 110508162057-phpapp01
Ecomarinho 110508162057-phpapp01
 
Proposta desafio 8ºano
Proposta desafio 8ºanoProposta desafio 8ºano
Proposta desafio 8ºano
 
Proposta desafio 8ºano
Proposta desafio 8ºanoProposta desafio 8ºano
Proposta desafio 8ºano
 
6_Geossistemas_Paisagens biogeográficas.ppt
6_Geossistemas_Paisagens biogeográficas.ppt6_Geossistemas_Paisagens biogeográficas.ppt
6_Geossistemas_Paisagens biogeográficas.ppt
 
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptxBiomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
 
Ambiente aquático de água doce
Ambiente aquático de água doceAmbiente aquático de água doce
Ambiente aquático de água doce
 
Bioma Maritmo Costeiro
Bioma   Maritmo CosteiroBioma   Maritmo Costeiro
Bioma Maritmo Costeiro
 
Bioma Maritmo Costeiro
Bioma   Maritmo CosteiroBioma   Maritmo Costeiro
Bioma Maritmo Costeiro
 
Slide juliany 1
Slide juliany 1Slide juliany 1
Slide juliany 1
 
Recursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.pptRecursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.ppt
 
Projeto seminarios
Projeto seminarios Projeto seminarios
Projeto seminarios
 
Agua
AguaAgua
Agua
 
bioma Abrolhos
bioma Abrolhosbioma Abrolhos
bioma Abrolhos
 
abrolhos
abrolhosabrolhos
abrolhos
 
2.9 carac hidrogeologica
2.9   carac hidrogeologica2.9   carac hidrogeologica
2.9 carac hidrogeologica
 
limnociclo
limnociclolimnociclo
limnociclo
 
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIAEcologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA
 
Balneabilidade
BalneabilidadeBalneabilidade
Balneabilidade
 
Introdução -- Aplicação de modelos hidridinâmicos, de qualidade de água, e ec...
Introdução -- Aplicação de modelos hidridinâmicos, de qualidade de água, e ec...Introdução -- Aplicação de modelos hidridinâmicos, de qualidade de água, e ec...
Introdução -- Aplicação de modelos hidridinâmicos, de qualidade de água, e ec...
 

Último

República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
azulassessoria9
 

Último (20)

República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 

Estuários

  • 1. AULA 3 OCEANOGRAFIA QUÍMICA DE ESTUÁRIOS Professora Responsável: Susy E. M. Gouveia Estag. Doc.: Camila C. Santos - santos.camilac@gmail.com
  • 2. Estuário do latim aestuarium, que significa pântano ou canal. (Merriam-Webster, 1979) O QUE SÃO ESTUÁRIOS? “Corpos de água costeiros parcialmente fechados e livremente conectados com o oceano; situados na parte terminal de uma bacia hidrográfica onde a água salgada marinha é mensuravelmente diluida pela água doce fluvial.” (Pritchard, 1967)
  • 3. ESTUÁRIOS  Formados pela alteração no nível do mar (eustáticas e isostáticas);  Idade geológica: < 5 mil anos (Holoceno);  Alguns registros geológicos de 200 milhões de anos;  Ecossistemas muito dinâmicos;  Apresentam maior produtividade dentre os demais ambientes aquáticos.
  • 4. ESTUÁRIOS Bacias Hidrográficas Continente Zona Costeira Mar Estuários
  • 7. DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DOS ESTUÁRIOS  Brasil: - 25 na região Norte; - 11 na região Nordeste; - 4 região Sudeste; - 4 região Sul.
  • 8. IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS  Zonas abrigadas para construção de portos e práticas de lazer;  Elevada capacidade de dispersão e mistura (área favorável para despejo de efluentes);  Berçário ecológico;  Zona de migração de espécies (alimentação e reprodução);  Cadeia alimentar muito ativa devido à retenção de nutrientes;  Econômica.
  • 11. IMPORTÂNCIA DOS ESTUÁRIOS Processos físico-biológicos que interagem no estuário Nutrientes (N, Si, DOM) Salinidade Chl a Turbidez Penetração de luz Fluxo de Pluma estuarina água doce Cunha salina Água oceânica
  • 12. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS 1. Origem: 2. Regime de Salinidade: -Delta; -Positivo -Ilha Barreira; -Negativo; -Ria; -Neutro; -Fiorde; -Altamente estratificado. -Tectônico; -Laguna.
  • 13. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS 3. Domínio por Ondas ou Marés 4. Critério Ambiental 5. Padrões de Circulação
  • 14. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS Critério Ambiental Tem como ponto de partida critérios morfodinâmicos que condicionam os processos bioquímicos, assim como as pressões antrópicas exercidas sobre os estuários e os aspectos de qualidade da água e ecológicos . Qualidade estética; Qualidade sanitária; Estado trófico; Poluição por tóxicos.
  • 15. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS Critério Ambiental – Qualidade Estética  Relacionada com a frequência em que são observados resíduos de aspecto desagradável. Diminuem a tensão superficial da água Alcatrão: resíduo negro e viscoso produto da destilação de alguns materiais orgânicos (ex: carvão), é composto por centenas de substâncias químicas (muitas tóxicas e carcinogênicas).
  • 16. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS Critério Ambiental – Qualidade Sanitária  Relacionada com a presença de microorganismos patogênicos; Número Mais Provável Os coliformes totais compõem os grupos de bactérias gram- negativas que podem ser aeróbicas ou anaeróbicas e realizam suas atividades biológicas à 35-37°C. Já os coliformes fecais ou termotolerantes suportam uma temperatura superior à 40°C, convivendo assim em simbiose com aninais de sangue quente.
  • 17. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS Critério Ambiental – Estado Trófico  Relacionado com o excesso ou desequilíbrio da concentração de nutrientes e efeitos associados a isso;
  • 18. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUÁRIOS Critério Ambiental – Poluição por Tóxicos  Relacionada com a presença de substâncias nocivas aos organismos aquáticos;  Dificuldade em propor valores absolutos;  Baseados em valores de background para cada área.
  • 19. PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM ESTUÁRIOS  A circulação é uma das mais importantes características de um estuário porque ela determina o fluxo salino e a dispersão horizontal de partículas;  Além de ser esta a variável que determina o grau de estratificação do sistema estuarino;  De maneira geral existem 4 padrões de circulação estuarina: a) estuários bem misturados; b)parcialmente misturados; c) altamente estratificados; e d) cunha salina.
  • 20. PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM ESTUÁRIOS a) Bem misturado (Homogêneo); b) Parcialmente misturado; c) Altamente estratificado; d) Cunha salina.
  • 21. PADRÕES DE CIRCULAÇÃO E MISTURA EM ESTUÁRIOS  A mistura das águas salgada e doce ocorre através de difusão e processos mecânicos de mistura;  A ação das marés e do vento aumenta o grau de mistura;  A mistura dessas diferentes massas d’água tem extrema importância bioquímica (ex.: oxigênio e nutrientes);  De forma geral, o fluxo fluvial e a amplitude das marés, assim como o transporte e deposição de sedimentos, estão em constante alteração nos estuários;  Estes ecossistemas constituem, por conseguinte, sistemas dinâmicos.
  • 22. ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO DA SALINIDADE  Muitos dos processos biogeoquímicos envolvidos no encontro entre massas de água ocorrem em valores de salinidade muito baixos (≤ 1);  A interface entre as duas massas de água assume um papel extremamente importante no desencadeamento de reações biológicas e químicas;  O reconhecimento da importância do fator salinidade para o estabelecimento do gradiente ecológico estuarino levou ao surgimento de esquemas de classificação.
  • 23. ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO DA SALINIDADE  Sistema de Veneza, 1958, expandido por Carriker, em 1967: • Zona limnética: Rio, salinidade inferior a 0,5; • Zona oligohalina: Topo do estuário, 0,5 ≤ salinidade > 5; • Zona mesohalina: Secção superior do estuário, 5 ≤ salinidade < 18; • Zona polihalina: Abrangendo as secções média e inferior do estuário; • Secção média: 18 ≤ salinidade < 25; • Secção inferior: 25 ≤ salinidade < 30; • Zona euhalina: Barra, 30 ≤ salinidade < 35.
  • 24. ZONAÇÃO DOS ESTUÁRIOS EM FUNÇÃO DA SALINIDADE Zonação do estuário do Mondego (Portugal) em função das diferentes salinidades.
  • 25. Exercício para o dia da 1ª Avaliação • Resumo de uma página do paper “A dinâmica da salinidade como uma ferramenta para a gestão integrada de recursos hídricos na zona costeira: uma aplicação à realidade brasileira”. • www.quimicadeestuarios.blogspot.com.br
  • 26. BIBLIOGRAFIA SILVA, M. G. Estuários – Critérios para uma classificação ambiental. Rev. Bras. de Rec. Híd., v. 5, n. 1, p. 25-35. 2000.