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RESUMO DA DOUTRINA DO SANTUÁRIO 
Edílson Constantino 
OS RITUAIS TÍPICOS DO ANTIGO ISRAEL E SEUS SIGNIFICADOS: 
Ideias Básicas: 
1. O pecado nos separa de Deus, que é Santo e moralmente perfeito. 
2. Deus estabeleceu o sistema de sacrifícios no AT para pôr um fim a essa 
separação. 
3. Por meio das Ofertas Sacrificais simbólicas, Deus nos ensina como Ele nos 
reconciliaria consigo mesmo mediante o Sacrifício Perfeito de Jesus Cristo. 
4. Havia 5 categorias de Ofertas individuais no sistema levítico: 1. Ofertas 
Queimadas ou Holocaustos (Consagração); 2. Ofertas de Manjares 
(Reconhecimento); 3. Oferta Pacífica (Dedicação); 4. Oferta Pelo Pecado 
(Ignorância); 5. Oferta Pela Culpa. 
5. Existem três categorias de Pecado descritas no AT: Pecado Involuntário (ou 
Inadvertido), Pecado Deliberado (ou Intencional) e o Pecado de Rebelião (o 
mais hediondo). Em geral, havia uma oferta para o pecado dos dois primeiros 
tipos, mas não para o terceiro. A rebelião era punida com a pena capital. 
6. Nos dois primeiros casos, o pecador arrependido deveria levar ao santuário 
uma Oferta Sacrifical (leia Levítico 4). 
PROCEDIMENTOS RITUAIS DA OFERTA PELO PECADO (Lv. 4): 
1. RITO DE IMPOSIÇÃO DE MÃOS (TRANSFERÊNCIA DE PECADO); 
2. SACRIFÍCIO (IMOLAÇÃO DA VÍTIMA); 
3. RITO DA MANIPULAÇÃO DO SANGUE SACRIFICAL; 
4. A QUEIMA DA GORDURA; 
5. RITO DE COMER A CARNE SACRIFICAL;
1° CASO: PECADO DO SACERDOTE OU DE TODA A CONGREGAÇÃO 
(PECADO COLETIVO). 
(a) Natureza da Oferta: Individual (Pecado da Ignorância). 
(b) Significado da Oferta: Expiação, Substituição, Purificação, Perdão. 
(c) Animal Oferecido: Novilho sem defeito. 
(d) Ritual: 
1. O Sacerdote (ou anciãos) porá a mão sobre a cabeça do novilho e o imolará; 
2. O Sacerdote levará o sangue do novilho para o interior do Lugar Santo; 
3. O Sacerdote aspergirá o sangue sete vezes diante do véu, colocará nas 
pontas do Altar de Ouro (de incenso aromático) e derramará o resto na base do 
Altar de Bronze no Pátio. 
4. Queimará a gordura do animal sobre o Altar de Bronze. 
5. O animal em si será queimado fora do arraial. 
2° CASO: PECADO DO PRÍNCIPE OU DO INDIVÍDUO. 
(a) Natureza da Oferta: Individual (Pecado da Ignorância). 
(b) Significado da Oferta: Expiação, Substituição, Purificação, Perdão. 
(c) Animal Oferecido: Bode ou cabra sem defeitos. 
(d) Ritual: 
1. O Ofertante porá a mão sobre a cabeça do bode (ou cabra) e o imolará; 
2. O Sacerdote porá o sangue no Altar de Bronze e derramará o resto em sua 
base. 
3. O sacerdote queimará a gordura do animal sobre o Altar de Bronze. 
4. O Sacerdote comerá a carne da vítima sacrifical (Lv. 6; 10). 
OBSERVAÇÕES: 
1. Note as diferenças entre ambos os rituais; 
2. Estes rituais ocorriam diariamente (Tamid - Contínuo), no primeiro 
compartimento (Lugar Santo).
SIGNIFICADOS: 
1. O objetivo da Oferta era remover o pecado e a culpa do pecador 
arrependido, transferir a responsabilidade para o santuário, e permitir que o 
pecador saísse perdoado e purificado. “Pelo ato de levar a oferta ao santuário, 
o indivíduo confessava que era pecador, merecedor da ira de Deus, e 
expressava seu arrependimento e fé em Jesus Cristo, cujo sangue removeria a 
culpa do transgressor” (Ellen White, Signs of the Times, 15 julho 1880). 
2. A imposição de mãos transferia o pecado para o animal inocente (símbolo de 
Cristo). 
3. Depois, o animal era morto (morte substitutiva) e seu sangue era usado para 
fazer expiação. O animal morria no lugar do pecador. Era o próprio pecador 
que matava a vítima e deveria refletir sobre as consequências de sua 
transgressão. 
4. Uma vez que o sangue levava o pecado, ele também contaminava o 
santuário. Isso ocorria devido a dupla função do sangue na mentalidade 
hebraica (Purificar-Contaminar). Ou seja, o sangue purifica o que é impuro, e 
contamina o que é puro. 
5. O sangue só ia diretamente para dentro do santuário, no caso do pecado do 
Sacerdote ou da coletividade. No caso do príncipe ou do indivíduo comum, o 
sangue não era levado para dentro do santuário. Era derramado no Altar de 
Bronze, no Pátio. Contudo, nesse caso em que o sangue não era levado para 
dentro do recinto sagrado, o sacerdote deveria comer a carne da vítima 
sacrifical no lugar santo. Assim, o sacerdote levaria as iniquidades do pecador 
(Lv. 10:16) e, mais cedo ou mais tarde, acabaria contaminando o santuário em 
última instância. 
6. Percebam que, embora o pecador saísse dali absolutamente perdoado de 
seu pecado, o registro de seu pecado era mantido no santuário. O pecado era 
transferido ao santuário e dali só seria definitivamente removido no Dia da 
Expiação (Lv. 16). “O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da 
condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado. Este ficaria 
registrado no santuário até a expiação final. Assim, no cerimonial típico, o 
sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas esse 
permanecia no santuário até o dia da expiação” (Ellen White, Patriarcas e 
Profetas, p. 357). 
7. No Dia da Expiação, Deus daria um trato final ao pecado. Esse ponto é 
muito importante de ser entendido. O pecador era perdoado, seu pecado era 
transferido (pelo rito da imposição de mãos) para a vítima substituta e o sangue 
(ou a carne) "contaminado" (simbolicamente) ia ter com o santuário, 
contaminando-o. Embora o pecador penitente saísse sem pecado,
absolutamente perdoado, seu registro permanecia no santuário até o dia da 
expiação (representando o dia do juízo final), quando Deus resolveria 
definitivamente o problema do pecado. 
O DIA DA EXPIAÇÃO E SEUS SIGNIFICADOS 
O Dia da Expiação (Yom Kippur), dia 10 do sétimo mês judaico, está relatado 
em Levítico 16. Trata-se do momento mais solene do ano litúrgico hebreu. Era 
um símbolo do Dia do Juízo Final. Levítico 16 ocupa posição literária central no 
livro de Levítico que, por sua vez, acha-se no centro do Pentateuco. Daí a 
importância do assunto. Era considerado um dos sete "sábados" cerimoniais, o 
principal deles. 
OS SETE "SÁBADOS" CERIMONIAIS: 1° e 7° dia da Festa dos Pães Asmos 
(15 e 21 de abib); Dia de Pentecostes (50 dias após a Festa das Primícias); 
Festa das Trombetas ou das Solenidades (1° de Tishri); Dia da Expiação (10 
de Tshri); 1° e 8° dia da Festa dos Tabernáculos (15 e 22 de Tishri). 
[CONFORME LEVÍTICO 23]. 
IDEIAS BÁSICAS: 
1. Ao longo do ano, os pecados do penitente e suas impurezas eram 
transferidos para o santuário por meio dos sacrifícios; o Dia da Expiação era o 
momento para removê-los definitivamente. 
Lembre-se: Havia dois tipos de contaminação no santuário ao longo do ano - 
Legal e Ilegal. 
CONTAMINAÇÃO LEGAL: Somente os pecados confessados, do pecador 
arrependido (e para os quais se prescrevia uma oferta sacrifical) eram 
transferidos legalmente ao santuário, contaminando-o até o Dia da Expiação. O 
santuário representava o próprio Deus que assumia a responsabilidade por 
nossos pecados através da morte de um substituto inocente. Mas no dia da 
Expiação, o caráter de Deus era vindicado e Deus eliminava o mal. 
CONTAMINAÇÃO ILEGAL: Toda contaminação do tabernáculo que não 
ocorresse por meios legais (prescritos nas leis do sacrifício). Alguns pecados 
gravíssimos, não confessados, contaminavam a terra e o santuário ilegalmente. 
Não havia expiação substitutiva neste caso, Deus não aceitava um substituto, o 
transgressor deveria ser morto e seu sangue "faria expiação [purificação]" pela 
terra ou o santuário. Essa contaminação ilegal teria de ser punida com a morte 
do transgressor. 
2. Os rituais do Dia da Expiação eram, praticamente, divididos em três partes 
principais:
1. Oferta de Purificação do sacerdote e sua família pelo sangue do Novilho; 2. 
A Purificação do Santuário pelo sangue do Bode "para o Senhor"; 3. O ritual de 
eliminação do pecado do acampamento de Israel mediante o Bode vivo "para 
Azazel". 
RITUAIS DO DIA DA EXPIAÇÃO 
Leia cuidadosamente Levítico 16. 
1. No Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote serviria como Mediador entre Deus 
e a Humanidade, era um exemplo vivo de Cristo. Era o único dia no ano que 
ele entrava no segundo compartimento, no lugar santíssimo diante da arca do 
testemunho e do propiciatório. Naquele dia, dois Bodes deveriam ser usados 
para os rituais especiais. 
2. Não havia imposição de mãos nem confissão de pecados sobre o Bode 
"para o Senhor"; logo, seu sangue não era portador de pecados. Não 
contaminava, não transferia pecado algum para dentro do santuário; antes, 
pelo contrário, o purificava da contaminação preexistente. 
3. Notem que o sangue do Bode "para o Senhor" fazia expiação pelo santuário. 
O santuário é o objeto da expiação. O sangue purificava o altar, a tenda da 
congregação (lugar santo) e o lugar santíssimo. Eram os objetos que deveriam 
ser purificados. Mas, é óbvio que, no final, o próprio povo também era 
beneficiado com a purificação, porque eram seus pecados que estavam lá, 
contaminando o recinto e a mobília sagrados. O Dia da Expiação era especial 
porque somente nesse dia tanto o santuário como o povo eram definitivamente 
purificados. 
Percebe-se claramente uma expiação em duas fases: 
1° FASE: Ocorria ao longo do ano. Os pecadores arrependidos eram 
PERDOADOS por meio da oferta sacrifical. Seus pecados NÃO ERAM 
APAGADOS, mas confiados ao próprio Deus, que assumia a responsabilidade 
por eles. 
2° FASE: Não lidava com o perdão diretamente, porque as pessoas já tinham 
sido perdoadas ao longo do ano litúrgico. O plano da salvação lida com algo 
mais que o perdão, a purificação moral do universo.
O RITUAL DO BODE "PARA AZAZEL". 
1. O ritual com o bode vivo não era uma oferta sacrifical; não havia 
derramamento de sangue, e "sem derramamento de sangue, não há remissão" 
(Hebreus 9:22). 
2. Ao lançar sorte sobre os bodes, um era "para o Senhor" e o outro era "para 
Azazel". Percebe-se um contraste linguístico entre duas personagens 
antagônicas. 
3. O Bode "para o Senhor" é sacrificado como oferta pelo pecado (Lv. 16:9,15) 
e seu sangue realiza completa expiação pelo santuário (v. 15, 16). O Bode vivo 
só entra em cena depois que a expiação fora completamente realizada (v. 20). 
Logo, não tem função purificadora. O ritual com o Bode vivo nada tinha a ver 
com a purificação efetiva do santuário. 
4. O ritual do Bode vivo (símbolo de Satanás) é um rito de eliminação ou 
remoção final do pecado (no sentido cósmico). Os pecados são colocados, 
punitivamente, sobre a cabeça de seu originador e instigador. Ele suportará a 
responsabilidade final pelo pecado uma vez que tem parte na culpa de todos os 
pecados já cometidos. A expiação, portanto, é feita sobre ele no sentido 
punitivo, não salvífico-redentor (veja os casos da morte de um transgressor não 
arrependido e de um homicida em que o derramamento de seu sangue 
produziu "expiação" (punitiva, é claro) para a terra e o povo de Israel - Números 
25; 35). O mesmo se dará com Satanás no Juízo Final. Ele "expiará" os 
pecados dos quais foi o originador mediante sua própria morte no inferno de 
fogo. 
ATENÇÃO: ISTO SIGNIFICA QUE SATANÁS DESEMPENHA UM PAPEL EM 
NOSSA SALVAÇÃO? 
JAMAIS! A ACUSAÇÃO É ABSOLUTAMENTE FALSA. SATANÁS NUNCA 
CARREGA O NOSSO PECADO COMO NOSSO SUBSTITUTO E SALVADOR; 
ISSO SERIA BLASFÊMIA. SÓ CRISTO LEVOU OS NOSSOS PECADOS DE 
MODO SUBSTITUTIVO. SATÃ SERÁ RESPONSABILIZADO PELOS 
PECADOS QUE FEZ O POVO DE DEUS COMETER, POIS É, EM ÚLTIMA 
INSTÂNCIA, SEU AUTOR INTELECTUAL. 
"Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia 
da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os 
pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta 
pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor; e
na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele “todas as 
iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos 
os seus pecados”, pondo-os sobre a cabeça do bode. Lev. 16:21. 
Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, 
na presença de Deus e dos anjos do Céu e do exército dos remidos, serão 
então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; declarar-se-á ser ele 
o culpado de todo o mal que os fez cometer". [Ellen White, O Grande Conflito, 
p. 658]. 
Principais Objeções à Doutrina Adventista: 
1° OBJEÇÃO: SATANÁS COMO CO-REDENTOR: Os Adventistas ensinam 
que os pecados dos justos são atribuídos a Satanás, de modo que ele se torna 
o portador desses pecados. Isto não significa que Satanás é co-redentor dos 
adventistas? 
RESPOSTA: NÃO, JAMAIS. OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA REJEITAM 
INTEIRAMENTE QUALQUER IDEIA, INFERÊNCIA OU SUGESTÃO DE QUE 
SATANÁS SEJA O PORTADOR DE NOSSOS PECADOS. ESSE 
PENSAMENTO NOS CAUSA HORROR E É EXCESSIVAMENTE SACRÍLEGO 
E BLASFEMO. TAL TESE, FRUTO DA IGNORÂNCIA OU MÁ VONTADE, 
CONSISTE EM UMA TOTAL DETURPAÇÃO DE NOSSO ENSINOS. A 
MORTE DE SATANÁS, REPETIDA MILHÕES DE VEZES, NUNCA O 
TORNARIA UM SALVADOR. 
Vejamos mais de perto a questão: 
CRENÇA FUNDAMENTAL: Compartilhamos sem reservas da crença 
evangélica de que a morte de Cristo é a única propiciação pelos pecados e que 
Jesus é nosso único e suficiente salvador. Unicamente o sangue de Cristo 
pode produzir REMISSÃO. Isso é algo dado. 
TEXTO: 
"Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para a oferta pelo 
pecado, e um carneiro, para holocausto. Arão trará o novilho da sua oferta pelo 
pecado e fará expiação por si e pela sua casa. Também tomará ambos os 
bodes e os porá perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação. 
Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a outra, para o 
bode emissário. Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte para o 
SENHOR e o oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre que cair a
sorte para bode emissário será apresentado vivo perante o SENHOR, para 
fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário 
(Levítico 16:5-10). 
1. No Dia da Expiação, dois bodes eram utilizados no ritual que culminava com 
a purificação do santuário. 
2. A expressão "tomará dois bodes, para a oferta pelo pecado" não significa 
que ambos os bodes eram oferecidos. A esta altura do relato, o tema é 
apresentado em linhas gerais. Só depois é-nos dito que a sorte será lançada 
sobre os bodes para ver qual dos dois será sacrificado como "oferta pelo 
pecado". Os versículos 9 e 10 afirmam que somente aquele sobre o qual caiu a 
sorte "para o Senhor" é, de fato, sacrificado como "oferta pelo pecado". Em 
nenhum momento no relato, o bode vivo é chamado de "oferta pelo pecado". 
Percebam o contraste no verso 10: "MAS" o outro bode será apresentado vivo. 
3. O Bode "para o Senhor" é morto e seu sangue purifica o Santuário (em 
Levítico 16, significa o "Lugar Santíssimo", o segundo compartimento), a Tenda 
da Congregação (O "Lugar Santo", primeiro compartimento) e o Altar (de 
bronze, no Pátio). [Conforme Levítico 16: 15-19]. 
4. O bode vivo não é uma oferta de sangue e "sem derramamento de sangue 
não há remissão" (Hebreus 9:22). O bode "para Azazel" só entra em cena 
DEPOIS que a purificação do santuário estava concluída (Levítico 16:20). 
Portanto, o bode vivo não serve para PURIFICAR o santuário dos pecados dos 
filhos de Israel. 
5. SERVIÇO DIÁRIO: Ao longo do ano litúrgico, diariamente, animais sacrificais 
eram mortos como "oferta pelo pecado" e transferiam o pecado/impureza do 
Pecador para o santuário (Contaminação Legal). Estas vítimas sacrificais 
representavam Cristo, que por seu sacrifício expiatório perdoa o pecador e 
transfere o seu pecado para o Santuário Celestial (Obra tipificada no Serviço 
Contínuo, Diário). 
6. SERVIÇO ANUAL: No Dia da expiação, uma vez no ano, no final do ano 
litúrgico, o bode "para o Senhor" era sacrificado para purificar o santuário que 
fora contaminado ao longo do ano pela transferência de pecados. Esse bode 
"para o Senhor" também simbolizava Cristo que, no juízo, purifica o Santuário 
Celestial, pelos méritos de sua morte expiatória. Cristo remove todo e qualquer 
registro de pecado que foi transferido ao Santuário Celestial (Obra tipificada no 
Serviço Anual, no Dia da Expiação). 
7. O Simbolismo é claro: No Dia da Expiação, Cristo era simbolizado pelo bode 
"para o Senhor" e Satanás era representado pelo bode "para Azazel". O 
contraste linguístico entre esses dois seres antagônicos é evidente. Um é 
oferecido como sacrifício vicário pelo pecado e com seu sangue se purifica o
santuário das impurezas do povo de Deus; o outro, é enviado vivo ao deserto, 
carregando os pecados para a terra solitária, e deixado para morrer à míngua. 
8. Em que sentido Satanás "carrega sobre si" os pecados do povo de Deus? 
No sentido PUNITIVO. Nunca de forma substitutiva e redentora como o faz 
Cristo. 
Vejamos mais de perto: 
1. Todo pecado tem DUPLA RESPONSABILIDADE: Em primeiro lugar, MINHA 
RESPONSABILIDADE como perpetrador, agente ou instrumento. Em segundo 
lugar, a RESPONSABILIDADE DE SATANÁS como autor intelectual 
(originador) e instigador (tentador). 
2. Exemplo: Satanás tentou nossos primeiros pais a pecarem, comendo do 
fruto proibido; mas tanto ele como Adão e Eva têm responsabilidade nesse ato. 
E desde então, o mesmo tem sucedido. Satanás tem culpa em todo pecado 
cometido ao longo da história. 
3. No tocante à MINHA CULPA: Cristo tomou voluntariamente sobre si (de 
modo vicário) as minhas iniquidades (Isaías 53). Assumiu a minha culpa e 
morreu em meu lugar (Romanos 5:8); perdoou-me os pecados (1 João 1:9) e 
me purificou (1 João 1:7). A expiação pelos meus pecados foi efetuada 
unicamente pelo sangue de Cristo. 
4. No tocante à CULPA DE SATANÁS: Não lhe foi provida nenhuma solução. 
logo, deve ser castigado por sua responsabilidade e culpa. Não existe salvador 
ou substituto para suportar o castigo em seu lugar. Ele próprio "expiará" seu 
pecado, de modo PUNITIVO. É neste sentido que o bode "para Azazel" servia 
"para fazer expiação por meio dele" (Levítico 16: 10). 
5. Os tribunais de justiça reconhecem o princípio da dupla responsabilidade. 
Por exemplo, um pai que ensina o filho a roubar merece tanto a penalidade 
quanto o filho; uma mãe que entrega a filha à prostituição profissional; o chefe 
de uma quadrilha de ladrões; etc. O mentor intelectual do crime é tão culpado 
com aquele que o pratica. Do mesmo modo, Satanás é o principal responsável 
pelo crime do pecado e, no final, sua responsabilidade cairá sobre sua própria 
cabeça. Nada mais justo. 
6. Satanás não faz "expiação" por nossos pecados, como afirmam os 
detratores, mas terá de sofrer o castigo por sua responsabilidade nos seus 
pecados, naqueles que fez o povo de Deus cometer e nos dos ímpios.
CONCLUSÃO: 
O verdadeiro cristão não deseja pecar. Mas satanás o tenta. Ele resiste várias 
vezes, até que cede. Todo pecado envolve cumplicidade. Seu pecado é 
registrado no Céu. Porém, arrepende-se e pede perdão. Deus o perdoa e 
registra o perdão nos livros do Céu. Homem volta a uma posição correta diante 
de Deus, feliz e perdoado. Vem, então, o juízo. O registro do pecado é 
apagado definitivamente. Mas quanto à parte de Satanás na culpa? Também 
foi "expiada"? Não! O próprio Satanás deve "expiá-la" com a vida. Daí os 
pecados recaírem sobre ele como culpado, no final . O bode "para Azazel" era 
o "carro de lixo" usado para remover definitivamente o pecado do 
acampamento de Israel. Era um ritual de eliminação e representava o modo 
como Deus erradicará o pecado para sempre do universo. 
"No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e 
abençoava a congregação. Assim Cristo, no final de Sua obra de mediador, 
aparecerá “sem pecado, … para salvação” (Heb. 9:28), a fim de abençoar com 
a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do 
santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, 
semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador 
e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era 
enviado “à terra solitária” (Lev. 16:22); de igual modo Satanás, levando a culpa 
de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil 
anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele 
sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos 
os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na 
extirpação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos 
a renunciar ao mal" (EGW, O Grande Conflito, p. 485). 
O QUE SIGNIFICA "AZAZEL"? 
O tema do Bode Azazel é bastante polêmico entre alguns. A doutrina 
adventista sustenta uma interpretação bem nítida sobre esse tópico, mas 
muitos irmãos têm dificuldades em compreendê-la plenamente. 
SENTIDO ETIMOLÓGICO: 
A discussão sobre esse assunto tem uma longa história. Há três hipóteses 
principais sobre o significado etimológico de "Azazel".
1. Entre os católicos predomina, em geral, um apego à forma como o termo 
"Azazel" é vertido na LXX (tou Apopompaion - "o enviado") e na Vulgata Latina 
("Caprum Emissarium" - bode emissário ou bode enviado para fora). Ou seja, 
Azazel é um termo abstrato indicando apenas o papel ou função do animal. 
Mas tal tradução é falha por três motivos imediatos: 1) Padece de dificuldades 
linguísticas e filológicas insuperáveis, uma vez que Azazel é claramente um 
substantivo próprio; 2) Despreza o evidente contraste linguístico entre as 
expressões "Para Yahweh" e "Para Azazel", o que deixa evidente a oposição 
entre dois seres; e 3) Torna supérflua a frase seguinte "para enviá-lo ao 
deserto" (Lv.16: 10). A passagem ficaria desajeitada demais: "o bode enviado 
para enviá-lo ao deserto"! Tal posicionamento não é, de modo algum, 
necessário, então. 
2. Há quem entenda o termo “Azazel” como o nome de um lugar geográfico. 
Trata-se de um substantivo comum significando, em geral, “precipício”, o lugar 
onde o bode vivo era lançado. Este ponto de vista tem representação na 
exegese rabínica (Mishná [Yoma 6:6]) e é preferido pela versão árabe de 
Saádya que verte: “Monte Azaz” ou “Colina escarpada”. Contudo, para se 
chegar a essa tradução é necessário dividir a palavra hebraica em duas 
distintas e alterar certas consoantes do vocábulo. Não acho que temos o direito 
de fazer tais "ajustes" ao texto (digo isso com "um pedido de desculpas" aos 
teólogos que seguem o método histórico-crítico!). Além do mais, o texto bíblico 
NÃO afirma que o bode vivo era lançado do alto de uma colina; tal ideia é 
posterior na literatura talmúdica. A maioria dos eruditos já abandonaram essa 
tese. 
3. A MAIORIA dos estudiosos da Bíblia considera o contraste linguístico ("para 
o Senhor" e "para Azazel") como muito significativo. A maioria vê o termo como 
um nome próprio, o nome de um ser oposto a Deus, um demônio. 
Vejamos: 
1) No livro etíope de Enoque (literatura judaica antiga), “Azazel” é o nome do 
dirigente dos anjos rebeldes (Enoque 6:7; 8:1; 9:6; 10:4; 13:1; 54:5; 55:4; 69:2). 
Ele representa a fonte de todo mal e corrupção. 
2) Há um manuscrito de Qumran (Caverna 4) que fala de Azazel e seus anjos 
maus, muito semelhante a lenda de Enoque supracitada. 
3) A ideia dominante na literatura midráshica é que Azazel é um anjo caído ou 
demônio. 
4) O termo Azazel aparece no "Apocalipse de Abraão" para se referir a um anjo 
caído. 
5) O Talmude Babilônico fala de Azazel como um anjo demoníaco.
6) Entre os pais da Igreja, Irineu identifica Azazel como Satanás (Contra 
Heresias, I, 12). 
7) Orígenes dá muitos significados alegóricos a Azazel, mas principalmente 
Satanás (Contra Celso, V1 43, p. 305). 
8) Epifânio também via Azazel como um demônio (Heresias XXXIV. 11). 
9) Na Idade Média, alguns escritores judeus, como Ibn-Ezra e Rambán, 
identificaram Azazel como um demônio. 
10) Atualmente, muitos pensadores identificam Azazel com o Diabo, como por 
exemplo: A. R. S. Kennedy, S. R. Driver, J. Russel Howden, Samuel M. 
Zwemer, E. W. Hengstenberg, J. B. Rotherham, GuilhermJenks, William 
Milligan, James Hastings, William Smith, Elmer Flack, H. C. Alleman, Charles 
Beecher, George A. Barton, James Strong, etc. 
Não há dúvidas de que este ponto de vista é o correto. Os Adventistas do 
Sétimo Dia também sustentam que o Bode "Azazel" era um símbolo de 
Satanás e não estão sozinhos nessa interpretação. 
Contudo, alguns cristãos, com marcada tendência dogmática, e seguindo 
alguns pais da igreja (tradição eclesiástica), veem "Azazel" como "Bode 
Expiatório", um símbolo de Cristo. Mas isso não resiste a análise textual de 
Levítico 16. 
O QUE SIGNIFICA A PALAVRA "EXPIAÇÃO"? 
Os adventistas do Sétimo Dia são acusados de subestimar o sacrifício 
expiatório de Cristo na cruz como se fosse uma expiação "incompleta e 
parcial". É verdadeira essa acusação? 
RESPOSTA: NÃO, não é verdade! Nós não cremos que a obra realizada na 
cruz seja incompleta e parcial. Só entendemos a palavra "Expiação" em um 
sentido mais amplo, que envolve a morte de Cristo na cruz e outros aspectos 
de seu ministério salvífico. 
Ideias Básicas: 
1. O todo-suficiente sacrifício expiatório de Cristo foi OFERECIDO e 
COMPLETADO na cruz. Não se trata de uma "EXPIAÇÃO FINALIZADA"; o 
sacrifício é que foi completo, ou seja, foi finalizado o aspecto sacrifical da 
Expiação. 
2. Mas a morte sacrifical de Cristo no Calvário não terá qualquer significado 
expiatório efetivo à parte de sua intercessão sacerdotal; assim como seu 
sacerdócio intercessório seria sem sentido se faltassem os méritos de sua 
morte expiatória. Ambos os eventos não podem ser separados.
3. Cristo morreu por todos na cruz (Hebreus 2:9; 1 João 2:2), mas seu sacrifício 
no Calvário não salva os homens de seus pecados automaticamente, em 
massa, de modo involuntário e impessoal; sua morte é provisional e potencial 
em favor de todos. 
4. Contudo, é necessário que os pecadores venham a Ele e se apropriem 
individualmente dos Seus méritos, pela Fé. A morte de Cristo só tem proveito 
ao coração humano quando a alma se entrega a Deus com fé; então, Jesus, 
nosso Sumo Sacerdote, APLICA OS BENEFÍCIOS de seu sacrifício ao crente 
individual. 
5. No sistema sacrifical, o pecador só era declarado "perdoado" depois do ritual 
de manipulação do sangue sacrifical. A morte do cordeiro não era a única 
etapa para o perdão. O sacerdote oficiante deveria ministrar em favor do 
pecador, aspergindo o sangue no Altar e/ou comendo a carne sacrifical e 
queimando a gordura. Só depois que todo o rito se completava era que o 
pecador era declarado "perdoado". "O sacerdote fará EXPIAÇÃO por ele no 
tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado" (levítico 4: 26). A morte da 
vítima sacrifical não perdoa automaticamente o pecado; é necessário aplicação 
individual. 
6. O sacrifício era TODO-SUFICIENTE, PERFEITO, completamente PROVIDO, 
mas seus benefícios deveriam ser APLICADOS. Ambos os processos 
perfaziam o conceito de Expiação no AT. Neste sentido, a Expiação é algo que 
vai além da cruz e envolve a mediação de Cristo no Santuário que começou 
após sua ascensão. "O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, e o 
Espírito Santo, que desceu no dia de Pentecoste, levou a mente dos discípulos 
do santuário terrestre para o celestial, onde Jesus havia entrado com o Seu 
próprio sangue, a fim de derramar sobre os discípulos os BENEFÍCIOS de Sua 
expiação" (EGW, Primeiros Escritos, p. 260). 
7. O ministério sacerdotal de Cristo está incluído na Grande obra da Expiação. 
Embora sua morte expiatória tenha sido completa, suficiente e todo-abrangente 
(não será necessário morrer outra vez), ela só será EFICAZ para os que a 
aceitam. É preciso haver arrependimento e apropriação, por parte do pecador, 
das infinitas provisões do sacrifício expiatório inteiramente realizado na cruz. 
O termo "Expiação" é usado no AT de quatro formas diferentes: 
1) Sacrifício (morte substituta e sacrifical ocorrida diariamente, manhã e tarde); 
2) Intercessão/ministração sacerdotal no Serviço Diário em prol do pecador 
(Levítico 4:34, 35); 
2) A purificação do santuário no Dia da Expiação realizada pelo sangue do 
bode "para o Senhor" (Levítico 16:15, 16);
3) A eliminação final do pecado, sua remoção do meio do povo de Deus pelo 
rito do Bode "para Azazel" (Levítico 16:10). 
No primeiro caso, temos "EXPIAÇÃO PROVIDA" em favor de todos. Esta fase 
se cumpriu na cruz. 
No segundo caso, temos "EXPIAÇÃO APLICADA", por meio da mediação do 
sacerdote ao oferecer incenso, manipular o sangue sacrifical, comer a carne, 
queimar a gordura, etc. isto ocorria diariamente e transferia os pecados para o 
santuário. Esta fase se cumpre através da MEDIAÇÃO/INTERCESSÃO de 
Cristo no Santuário Celeste. 
No terceiro caso, temos a "EXPIAÇÃO ELIMINATÓRIA", através da qual se 
remove o pecado do próprio santuário para o qual foi transferido e onde 
constava seu registro. Isto ocorria, no sistema típico, no final do ano litúrgico, 
no Dia da Expiação quando o santuário era purificado. Neste caso, a 
"Expiação" era feita pelo próprio santuário. Representava um juízo de 
investigação. E começou seu cumprimento antitípico na data apontada pela 
profecia de Daniel 8:14 e se desenrola até então. 
No quarto caso, temos a "EXPIAÇÃO RETRIBUTIVA/PUNITIVA", 
representada, no serviço típico, pela imposição da responsabilidade final pelos 
pecados do povo sobre a cabeça o bode "para Azazel" e pela eliminação dos 
impenitentes que não afligiam sua alma em arrependimento. Isto se cumprirá 
no desfecho do grande conflito. Quando todos os registros de pecados forem 
removidos do Santuário celestial, serão postos sobre Satanás, de modo 
punitivo. Então Satanás vagará pela terra deserta por mil anos e, ao término 
desse período, receberá a pena final. Será destruído e também os 
impenitentes. Pecados e pecadores não mais existirão. Deus dará um trato 
final ao problema do pecado e o removerá para sempre do universo. 
Esses quatro sentidos são contemplados pela palavra "Expiação" na Bíblia. 
EXPIAÇÃO PUNITIVA: 
Ocorre quando uma pessoa culpada não pode ser perdoada. Então, perde a 
vida por sua ofensa. 
I. O CASO DO ASSASSINO: O derramamento do sangue inocente 
"contamina" a terra e só se pode fazer "Expiação" em favor da terra mediante o 
sangue do próprio assassino (Números 35:33). 
II. O CASO DO ISRAELITA IMORAL E SUA ESPOSA MIDIANITA: O 
sacerdote Fineias matou o casal rebelde e, por meio desse ato, "Fez Expiação 
pelos Israelitas" (Números 25: 13).
ALGO SEMELHANTE OCORRERÁ A SATANÁS NO FINAL DO GRANDE 
CONFLITO. 
CONCLUSÃO: 
O termo "Expiação" abrange não apenas o que foi realizado na cruz (Cristo 
como vítima sacrifical), mas também a aplicação eficaz dos méritos ali 
angariados em favor do penitente (Cristo como Sacerdote no "Serviço Diário"). 
O termo também envolve a purificação do Santuário (Cristo como Sumo 
Sacerdote no "Serviço Anual") e a eliminação definitiva do pecado do universo 
(Cristo como Vencedor definitivo do Mal).

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  • 1. RESUMO DA DOUTRINA DO SANTUÁRIO Edílson Constantino OS RITUAIS TÍPICOS DO ANTIGO ISRAEL E SEUS SIGNIFICADOS: Ideias Básicas: 1. O pecado nos separa de Deus, que é Santo e moralmente perfeito. 2. Deus estabeleceu o sistema de sacrifícios no AT para pôr um fim a essa separação. 3. Por meio das Ofertas Sacrificais simbólicas, Deus nos ensina como Ele nos reconciliaria consigo mesmo mediante o Sacrifício Perfeito de Jesus Cristo. 4. Havia 5 categorias de Ofertas individuais no sistema levítico: 1. Ofertas Queimadas ou Holocaustos (Consagração); 2. Ofertas de Manjares (Reconhecimento); 3. Oferta Pacífica (Dedicação); 4. Oferta Pelo Pecado (Ignorância); 5. Oferta Pela Culpa. 5. Existem três categorias de Pecado descritas no AT: Pecado Involuntário (ou Inadvertido), Pecado Deliberado (ou Intencional) e o Pecado de Rebelião (o mais hediondo). Em geral, havia uma oferta para o pecado dos dois primeiros tipos, mas não para o terceiro. A rebelião era punida com a pena capital. 6. Nos dois primeiros casos, o pecador arrependido deveria levar ao santuário uma Oferta Sacrifical (leia Levítico 4). PROCEDIMENTOS RITUAIS DA OFERTA PELO PECADO (Lv. 4): 1. RITO DE IMPOSIÇÃO DE MÃOS (TRANSFERÊNCIA DE PECADO); 2. SACRIFÍCIO (IMOLAÇÃO DA VÍTIMA); 3. RITO DA MANIPULAÇÃO DO SANGUE SACRIFICAL; 4. A QUEIMA DA GORDURA; 5. RITO DE COMER A CARNE SACRIFICAL;
  • 2. 1° CASO: PECADO DO SACERDOTE OU DE TODA A CONGREGAÇÃO (PECADO COLETIVO). (a) Natureza da Oferta: Individual (Pecado da Ignorância). (b) Significado da Oferta: Expiação, Substituição, Purificação, Perdão. (c) Animal Oferecido: Novilho sem defeito. (d) Ritual: 1. O Sacerdote (ou anciãos) porá a mão sobre a cabeça do novilho e o imolará; 2. O Sacerdote levará o sangue do novilho para o interior do Lugar Santo; 3. O Sacerdote aspergirá o sangue sete vezes diante do véu, colocará nas pontas do Altar de Ouro (de incenso aromático) e derramará o resto na base do Altar de Bronze no Pátio. 4. Queimará a gordura do animal sobre o Altar de Bronze. 5. O animal em si será queimado fora do arraial. 2° CASO: PECADO DO PRÍNCIPE OU DO INDIVÍDUO. (a) Natureza da Oferta: Individual (Pecado da Ignorância). (b) Significado da Oferta: Expiação, Substituição, Purificação, Perdão. (c) Animal Oferecido: Bode ou cabra sem defeitos. (d) Ritual: 1. O Ofertante porá a mão sobre a cabeça do bode (ou cabra) e o imolará; 2. O Sacerdote porá o sangue no Altar de Bronze e derramará o resto em sua base. 3. O sacerdote queimará a gordura do animal sobre o Altar de Bronze. 4. O Sacerdote comerá a carne da vítima sacrifical (Lv. 6; 10). OBSERVAÇÕES: 1. Note as diferenças entre ambos os rituais; 2. Estes rituais ocorriam diariamente (Tamid - Contínuo), no primeiro compartimento (Lugar Santo).
  • 3. SIGNIFICADOS: 1. O objetivo da Oferta era remover o pecado e a culpa do pecador arrependido, transferir a responsabilidade para o santuário, e permitir que o pecador saísse perdoado e purificado. “Pelo ato de levar a oferta ao santuário, o indivíduo confessava que era pecador, merecedor da ira de Deus, e expressava seu arrependimento e fé em Jesus Cristo, cujo sangue removeria a culpa do transgressor” (Ellen White, Signs of the Times, 15 julho 1880). 2. A imposição de mãos transferia o pecado para o animal inocente (símbolo de Cristo). 3. Depois, o animal era morto (morte substitutiva) e seu sangue era usado para fazer expiação. O animal morria no lugar do pecador. Era o próprio pecador que matava a vítima e deveria refletir sobre as consequências de sua transgressão. 4. Uma vez que o sangue levava o pecado, ele também contaminava o santuário. Isso ocorria devido a dupla função do sangue na mentalidade hebraica (Purificar-Contaminar). Ou seja, o sangue purifica o que é impuro, e contamina o que é puro. 5. O sangue só ia diretamente para dentro do santuário, no caso do pecado do Sacerdote ou da coletividade. No caso do príncipe ou do indivíduo comum, o sangue não era levado para dentro do santuário. Era derramado no Altar de Bronze, no Pátio. Contudo, nesse caso em que o sangue não era levado para dentro do recinto sagrado, o sacerdote deveria comer a carne da vítima sacrifical no lugar santo. Assim, o sacerdote levaria as iniquidades do pecador (Lv. 10:16) e, mais cedo ou mais tarde, acabaria contaminando o santuário em última instância. 6. Percebam que, embora o pecador saísse dali absolutamente perdoado de seu pecado, o registro de seu pecado era mantido no santuário. O pecado era transferido ao santuário e dali só seria definitivamente removido no Dia da Expiação (Lv. 16). “O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado. Este ficaria registrado no santuário até a expiação final. Assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas esse permanecia no santuário até o dia da expiação” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 357). 7. No Dia da Expiação, Deus daria um trato final ao pecado. Esse ponto é muito importante de ser entendido. O pecador era perdoado, seu pecado era transferido (pelo rito da imposição de mãos) para a vítima substituta e o sangue (ou a carne) "contaminado" (simbolicamente) ia ter com o santuário, contaminando-o. Embora o pecador penitente saísse sem pecado,
  • 4. absolutamente perdoado, seu registro permanecia no santuário até o dia da expiação (representando o dia do juízo final), quando Deus resolveria definitivamente o problema do pecado. O DIA DA EXPIAÇÃO E SEUS SIGNIFICADOS O Dia da Expiação (Yom Kippur), dia 10 do sétimo mês judaico, está relatado em Levítico 16. Trata-se do momento mais solene do ano litúrgico hebreu. Era um símbolo do Dia do Juízo Final. Levítico 16 ocupa posição literária central no livro de Levítico que, por sua vez, acha-se no centro do Pentateuco. Daí a importância do assunto. Era considerado um dos sete "sábados" cerimoniais, o principal deles. OS SETE "SÁBADOS" CERIMONIAIS: 1° e 7° dia da Festa dos Pães Asmos (15 e 21 de abib); Dia de Pentecostes (50 dias após a Festa das Primícias); Festa das Trombetas ou das Solenidades (1° de Tishri); Dia da Expiação (10 de Tshri); 1° e 8° dia da Festa dos Tabernáculos (15 e 22 de Tishri). [CONFORME LEVÍTICO 23]. IDEIAS BÁSICAS: 1. Ao longo do ano, os pecados do penitente e suas impurezas eram transferidos para o santuário por meio dos sacrifícios; o Dia da Expiação era o momento para removê-los definitivamente. Lembre-se: Havia dois tipos de contaminação no santuário ao longo do ano - Legal e Ilegal. CONTAMINAÇÃO LEGAL: Somente os pecados confessados, do pecador arrependido (e para os quais se prescrevia uma oferta sacrifical) eram transferidos legalmente ao santuário, contaminando-o até o Dia da Expiação. O santuário representava o próprio Deus que assumia a responsabilidade por nossos pecados através da morte de um substituto inocente. Mas no dia da Expiação, o caráter de Deus era vindicado e Deus eliminava o mal. CONTAMINAÇÃO ILEGAL: Toda contaminação do tabernáculo que não ocorresse por meios legais (prescritos nas leis do sacrifício). Alguns pecados gravíssimos, não confessados, contaminavam a terra e o santuário ilegalmente. Não havia expiação substitutiva neste caso, Deus não aceitava um substituto, o transgressor deveria ser morto e seu sangue "faria expiação [purificação]" pela terra ou o santuário. Essa contaminação ilegal teria de ser punida com a morte do transgressor. 2. Os rituais do Dia da Expiação eram, praticamente, divididos em três partes principais:
  • 5. 1. Oferta de Purificação do sacerdote e sua família pelo sangue do Novilho; 2. A Purificação do Santuário pelo sangue do Bode "para o Senhor"; 3. O ritual de eliminação do pecado do acampamento de Israel mediante o Bode vivo "para Azazel". RITUAIS DO DIA DA EXPIAÇÃO Leia cuidadosamente Levítico 16. 1. No Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote serviria como Mediador entre Deus e a Humanidade, era um exemplo vivo de Cristo. Era o único dia no ano que ele entrava no segundo compartimento, no lugar santíssimo diante da arca do testemunho e do propiciatório. Naquele dia, dois Bodes deveriam ser usados para os rituais especiais. 2. Não havia imposição de mãos nem confissão de pecados sobre o Bode "para o Senhor"; logo, seu sangue não era portador de pecados. Não contaminava, não transferia pecado algum para dentro do santuário; antes, pelo contrário, o purificava da contaminação preexistente. 3. Notem que o sangue do Bode "para o Senhor" fazia expiação pelo santuário. O santuário é o objeto da expiação. O sangue purificava o altar, a tenda da congregação (lugar santo) e o lugar santíssimo. Eram os objetos que deveriam ser purificados. Mas, é óbvio que, no final, o próprio povo também era beneficiado com a purificação, porque eram seus pecados que estavam lá, contaminando o recinto e a mobília sagrados. O Dia da Expiação era especial porque somente nesse dia tanto o santuário como o povo eram definitivamente purificados. Percebe-se claramente uma expiação em duas fases: 1° FASE: Ocorria ao longo do ano. Os pecadores arrependidos eram PERDOADOS por meio da oferta sacrifical. Seus pecados NÃO ERAM APAGADOS, mas confiados ao próprio Deus, que assumia a responsabilidade por eles. 2° FASE: Não lidava com o perdão diretamente, porque as pessoas já tinham sido perdoadas ao longo do ano litúrgico. O plano da salvação lida com algo mais que o perdão, a purificação moral do universo.
  • 6. O RITUAL DO BODE "PARA AZAZEL". 1. O ritual com o bode vivo não era uma oferta sacrifical; não havia derramamento de sangue, e "sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hebreus 9:22). 2. Ao lançar sorte sobre os bodes, um era "para o Senhor" e o outro era "para Azazel". Percebe-se um contraste linguístico entre duas personagens antagônicas. 3. O Bode "para o Senhor" é sacrificado como oferta pelo pecado (Lv. 16:9,15) e seu sangue realiza completa expiação pelo santuário (v. 15, 16). O Bode vivo só entra em cena depois que a expiação fora completamente realizada (v. 20). Logo, não tem função purificadora. O ritual com o Bode vivo nada tinha a ver com a purificação efetiva do santuário. 4. O ritual do Bode vivo (símbolo de Satanás) é um rito de eliminação ou remoção final do pecado (no sentido cósmico). Os pecados são colocados, punitivamente, sobre a cabeça de seu originador e instigador. Ele suportará a responsabilidade final pelo pecado uma vez que tem parte na culpa de todos os pecados já cometidos. A expiação, portanto, é feita sobre ele no sentido punitivo, não salvífico-redentor (veja os casos da morte de um transgressor não arrependido e de um homicida em que o derramamento de seu sangue produziu "expiação" (punitiva, é claro) para a terra e o povo de Israel - Números 25; 35). O mesmo se dará com Satanás no Juízo Final. Ele "expiará" os pecados dos quais foi o originador mediante sua própria morte no inferno de fogo. ATENÇÃO: ISTO SIGNIFICA QUE SATANÁS DESEMPENHA UM PAPEL EM NOSSA SALVAÇÃO? JAMAIS! A ACUSAÇÃO É ABSOLUTAMENTE FALSA. SATANÁS NUNCA CARREGA O NOSSO PECADO COMO NOSSO SUBSTITUTO E SALVADOR; ISSO SERIA BLASFÊMIA. SÓ CRISTO LEVOU OS NOSSOS PECADOS DE MODO SUBSTITUTIVO. SATÃ SERÁ RESPONSABILIZADO PELOS PECADOS QUE FEZ O POVO DE DEUS COMETER, POIS É, EM ÚLTIMA INSTÂNCIA, SEU AUTOR INTELECTUAL. "Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor; e
  • 7. na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele “todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados”, pondo-os sobre a cabeça do bode. Lev. 16:21. Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e do exército dos remidos, serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; declarar-se-á ser ele o culpado de todo o mal que os fez cometer". [Ellen White, O Grande Conflito, p. 658]. Principais Objeções à Doutrina Adventista: 1° OBJEÇÃO: SATANÁS COMO CO-REDENTOR: Os Adventistas ensinam que os pecados dos justos são atribuídos a Satanás, de modo que ele se torna o portador desses pecados. Isto não significa que Satanás é co-redentor dos adventistas? RESPOSTA: NÃO, JAMAIS. OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA REJEITAM INTEIRAMENTE QUALQUER IDEIA, INFERÊNCIA OU SUGESTÃO DE QUE SATANÁS SEJA O PORTADOR DE NOSSOS PECADOS. ESSE PENSAMENTO NOS CAUSA HORROR E É EXCESSIVAMENTE SACRÍLEGO E BLASFEMO. TAL TESE, FRUTO DA IGNORÂNCIA OU MÁ VONTADE, CONSISTE EM UMA TOTAL DETURPAÇÃO DE NOSSO ENSINOS. A MORTE DE SATANÁS, REPETIDA MILHÕES DE VEZES, NUNCA O TORNARIA UM SALVADOR. Vejamos mais de perto a questão: CRENÇA FUNDAMENTAL: Compartilhamos sem reservas da crença evangélica de que a morte de Cristo é a única propiciação pelos pecados e que Jesus é nosso único e suficiente salvador. Unicamente o sangue de Cristo pode produzir REMISSÃO. Isso é algo dado. TEXTO: "Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para a oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto. Arão trará o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si e pela sua casa. Também tomará ambos os bodes e os porá perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação. Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o SENHOR, e a outra, para o bode emissário. Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte para o SENHOR e o oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre que cair a
  • 8. sorte para bode emissário será apresentado vivo perante o SENHOR, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário (Levítico 16:5-10). 1. No Dia da Expiação, dois bodes eram utilizados no ritual que culminava com a purificação do santuário. 2. A expressão "tomará dois bodes, para a oferta pelo pecado" não significa que ambos os bodes eram oferecidos. A esta altura do relato, o tema é apresentado em linhas gerais. Só depois é-nos dito que a sorte será lançada sobre os bodes para ver qual dos dois será sacrificado como "oferta pelo pecado". Os versículos 9 e 10 afirmam que somente aquele sobre o qual caiu a sorte "para o Senhor" é, de fato, sacrificado como "oferta pelo pecado". Em nenhum momento no relato, o bode vivo é chamado de "oferta pelo pecado". Percebam o contraste no verso 10: "MAS" o outro bode será apresentado vivo. 3. O Bode "para o Senhor" é morto e seu sangue purifica o Santuário (em Levítico 16, significa o "Lugar Santíssimo", o segundo compartimento), a Tenda da Congregação (O "Lugar Santo", primeiro compartimento) e o Altar (de bronze, no Pátio). [Conforme Levítico 16: 15-19]. 4. O bode vivo não é uma oferta de sangue e "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hebreus 9:22). O bode "para Azazel" só entra em cena DEPOIS que a purificação do santuário estava concluída (Levítico 16:20). Portanto, o bode vivo não serve para PURIFICAR o santuário dos pecados dos filhos de Israel. 5. SERVIÇO DIÁRIO: Ao longo do ano litúrgico, diariamente, animais sacrificais eram mortos como "oferta pelo pecado" e transferiam o pecado/impureza do Pecador para o santuário (Contaminação Legal). Estas vítimas sacrificais representavam Cristo, que por seu sacrifício expiatório perdoa o pecador e transfere o seu pecado para o Santuário Celestial (Obra tipificada no Serviço Contínuo, Diário). 6. SERVIÇO ANUAL: No Dia da expiação, uma vez no ano, no final do ano litúrgico, o bode "para o Senhor" era sacrificado para purificar o santuário que fora contaminado ao longo do ano pela transferência de pecados. Esse bode "para o Senhor" também simbolizava Cristo que, no juízo, purifica o Santuário Celestial, pelos méritos de sua morte expiatória. Cristo remove todo e qualquer registro de pecado que foi transferido ao Santuário Celestial (Obra tipificada no Serviço Anual, no Dia da Expiação). 7. O Simbolismo é claro: No Dia da Expiação, Cristo era simbolizado pelo bode "para o Senhor" e Satanás era representado pelo bode "para Azazel". O contraste linguístico entre esses dois seres antagônicos é evidente. Um é oferecido como sacrifício vicário pelo pecado e com seu sangue se purifica o
  • 9. santuário das impurezas do povo de Deus; o outro, é enviado vivo ao deserto, carregando os pecados para a terra solitária, e deixado para morrer à míngua. 8. Em que sentido Satanás "carrega sobre si" os pecados do povo de Deus? No sentido PUNITIVO. Nunca de forma substitutiva e redentora como o faz Cristo. Vejamos mais de perto: 1. Todo pecado tem DUPLA RESPONSABILIDADE: Em primeiro lugar, MINHA RESPONSABILIDADE como perpetrador, agente ou instrumento. Em segundo lugar, a RESPONSABILIDADE DE SATANÁS como autor intelectual (originador) e instigador (tentador). 2. Exemplo: Satanás tentou nossos primeiros pais a pecarem, comendo do fruto proibido; mas tanto ele como Adão e Eva têm responsabilidade nesse ato. E desde então, o mesmo tem sucedido. Satanás tem culpa em todo pecado cometido ao longo da história. 3. No tocante à MINHA CULPA: Cristo tomou voluntariamente sobre si (de modo vicário) as minhas iniquidades (Isaías 53). Assumiu a minha culpa e morreu em meu lugar (Romanos 5:8); perdoou-me os pecados (1 João 1:9) e me purificou (1 João 1:7). A expiação pelos meus pecados foi efetuada unicamente pelo sangue de Cristo. 4. No tocante à CULPA DE SATANÁS: Não lhe foi provida nenhuma solução. logo, deve ser castigado por sua responsabilidade e culpa. Não existe salvador ou substituto para suportar o castigo em seu lugar. Ele próprio "expiará" seu pecado, de modo PUNITIVO. É neste sentido que o bode "para Azazel" servia "para fazer expiação por meio dele" (Levítico 16: 10). 5. Os tribunais de justiça reconhecem o princípio da dupla responsabilidade. Por exemplo, um pai que ensina o filho a roubar merece tanto a penalidade quanto o filho; uma mãe que entrega a filha à prostituição profissional; o chefe de uma quadrilha de ladrões; etc. O mentor intelectual do crime é tão culpado com aquele que o pratica. Do mesmo modo, Satanás é o principal responsável pelo crime do pecado e, no final, sua responsabilidade cairá sobre sua própria cabeça. Nada mais justo. 6. Satanás não faz "expiação" por nossos pecados, como afirmam os detratores, mas terá de sofrer o castigo por sua responsabilidade nos seus pecados, naqueles que fez o povo de Deus cometer e nos dos ímpios.
  • 10. CONCLUSÃO: O verdadeiro cristão não deseja pecar. Mas satanás o tenta. Ele resiste várias vezes, até que cede. Todo pecado envolve cumplicidade. Seu pecado é registrado no Céu. Porém, arrepende-se e pede perdão. Deus o perdoa e registra o perdão nos livros do Céu. Homem volta a uma posição correta diante de Deus, feliz e perdoado. Vem, então, o juízo. O registro do pecado é apagado definitivamente. Mas quanto à parte de Satanás na culpa? Também foi "expiada"? Não! O próprio Satanás deve "expiá-la" com a vida. Daí os pecados recaírem sobre ele como culpado, no final . O bode "para Azazel" era o "carro de lixo" usado para remover definitivamente o pecado do acampamento de Israel. Era um ritual de eliminação e representava o modo como Deus erradicará o pecado para sempre do universo. "No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e abençoava a congregação. Assim Cristo, no final de Sua obra de mediador, aparecerá “sem pecado, … para salvação” (Heb. 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado “à terra solitária” (Lev. 16:22); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na extirpação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar ao mal" (EGW, O Grande Conflito, p. 485). O QUE SIGNIFICA "AZAZEL"? O tema do Bode Azazel é bastante polêmico entre alguns. A doutrina adventista sustenta uma interpretação bem nítida sobre esse tópico, mas muitos irmãos têm dificuldades em compreendê-la plenamente. SENTIDO ETIMOLÓGICO: A discussão sobre esse assunto tem uma longa história. Há três hipóteses principais sobre o significado etimológico de "Azazel".
  • 11. 1. Entre os católicos predomina, em geral, um apego à forma como o termo "Azazel" é vertido na LXX (tou Apopompaion - "o enviado") e na Vulgata Latina ("Caprum Emissarium" - bode emissário ou bode enviado para fora). Ou seja, Azazel é um termo abstrato indicando apenas o papel ou função do animal. Mas tal tradução é falha por três motivos imediatos: 1) Padece de dificuldades linguísticas e filológicas insuperáveis, uma vez que Azazel é claramente um substantivo próprio; 2) Despreza o evidente contraste linguístico entre as expressões "Para Yahweh" e "Para Azazel", o que deixa evidente a oposição entre dois seres; e 3) Torna supérflua a frase seguinte "para enviá-lo ao deserto" (Lv.16: 10). A passagem ficaria desajeitada demais: "o bode enviado para enviá-lo ao deserto"! Tal posicionamento não é, de modo algum, necessário, então. 2. Há quem entenda o termo “Azazel” como o nome de um lugar geográfico. Trata-se de um substantivo comum significando, em geral, “precipício”, o lugar onde o bode vivo era lançado. Este ponto de vista tem representação na exegese rabínica (Mishná [Yoma 6:6]) e é preferido pela versão árabe de Saádya que verte: “Monte Azaz” ou “Colina escarpada”. Contudo, para se chegar a essa tradução é necessário dividir a palavra hebraica em duas distintas e alterar certas consoantes do vocábulo. Não acho que temos o direito de fazer tais "ajustes" ao texto (digo isso com "um pedido de desculpas" aos teólogos que seguem o método histórico-crítico!). Além do mais, o texto bíblico NÃO afirma que o bode vivo era lançado do alto de uma colina; tal ideia é posterior na literatura talmúdica. A maioria dos eruditos já abandonaram essa tese. 3. A MAIORIA dos estudiosos da Bíblia considera o contraste linguístico ("para o Senhor" e "para Azazel") como muito significativo. A maioria vê o termo como um nome próprio, o nome de um ser oposto a Deus, um demônio. Vejamos: 1) No livro etíope de Enoque (literatura judaica antiga), “Azazel” é o nome do dirigente dos anjos rebeldes (Enoque 6:7; 8:1; 9:6; 10:4; 13:1; 54:5; 55:4; 69:2). Ele representa a fonte de todo mal e corrupção. 2) Há um manuscrito de Qumran (Caverna 4) que fala de Azazel e seus anjos maus, muito semelhante a lenda de Enoque supracitada. 3) A ideia dominante na literatura midráshica é que Azazel é um anjo caído ou demônio. 4) O termo Azazel aparece no "Apocalipse de Abraão" para se referir a um anjo caído. 5) O Talmude Babilônico fala de Azazel como um anjo demoníaco.
  • 12. 6) Entre os pais da Igreja, Irineu identifica Azazel como Satanás (Contra Heresias, I, 12). 7) Orígenes dá muitos significados alegóricos a Azazel, mas principalmente Satanás (Contra Celso, V1 43, p. 305). 8) Epifânio também via Azazel como um demônio (Heresias XXXIV. 11). 9) Na Idade Média, alguns escritores judeus, como Ibn-Ezra e Rambán, identificaram Azazel como um demônio. 10) Atualmente, muitos pensadores identificam Azazel com o Diabo, como por exemplo: A. R. S. Kennedy, S. R. Driver, J. Russel Howden, Samuel M. Zwemer, E. W. Hengstenberg, J. B. Rotherham, GuilhermJenks, William Milligan, James Hastings, William Smith, Elmer Flack, H. C. Alleman, Charles Beecher, George A. Barton, James Strong, etc. Não há dúvidas de que este ponto de vista é o correto. Os Adventistas do Sétimo Dia também sustentam que o Bode "Azazel" era um símbolo de Satanás e não estão sozinhos nessa interpretação. Contudo, alguns cristãos, com marcada tendência dogmática, e seguindo alguns pais da igreja (tradição eclesiástica), veem "Azazel" como "Bode Expiatório", um símbolo de Cristo. Mas isso não resiste a análise textual de Levítico 16. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA "EXPIAÇÃO"? Os adventistas do Sétimo Dia são acusados de subestimar o sacrifício expiatório de Cristo na cruz como se fosse uma expiação "incompleta e parcial". É verdadeira essa acusação? RESPOSTA: NÃO, não é verdade! Nós não cremos que a obra realizada na cruz seja incompleta e parcial. Só entendemos a palavra "Expiação" em um sentido mais amplo, que envolve a morte de Cristo na cruz e outros aspectos de seu ministério salvífico. Ideias Básicas: 1. O todo-suficiente sacrifício expiatório de Cristo foi OFERECIDO e COMPLETADO na cruz. Não se trata de uma "EXPIAÇÃO FINALIZADA"; o sacrifício é que foi completo, ou seja, foi finalizado o aspecto sacrifical da Expiação. 2. Mas a morte sacrifical de Cristo no Calvário não terá qualquer significado expiatório efetivo à parte de sua intercessão sacerdotal; assim como seu sacerdócio intercessório seria sem sentido se faltassem os méritos de sua morte expiatória. Ambos os eventos não podem ser separados.
  • 13. 3. Cristo morreu por todos na cruz (Hebreus 2:9; 1 João 2:2), mas seu sacrifício no Calvário não salva os homens de seus pecados automaticamente, em massa, de modo involuntário e impessoal; sua morte é provisional e potencial em favor de todos. 4. Contudo, é necessário que os pecadores venham a Ele e se apropriem individualmente dos Seus méritos, pela Fé. A morte de Cristo só tem proveito ao coração humano quando a alma se entrega a Deus com fé; então, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, APLICA OS BENEFÍCIOS de seu sacrifício ao crente individual. 5. No sistema sacrifical, o pecador só era declarado "perdoado" depois do ritual de manipulação do sangue sacrifical. A morte do cordeiro não era a única etapa para o perdão. O sacerdote oficiante deveria ministrar em favor do pecador, aspergindo o sangue no Altar e/ou comendo a carne sacrifical e queimando a gordura. Só depois que todo o rito se completava era que o pecador era declarado "perdoado". "O sacerdote fará EXPIAÇÃO por ele no tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado" (levítico 4: 26). A morte da vítima sacrifical não perdoa automaticamente o pecado; é necessário aplicação individual. 6. O sacrifício era TODO-SUFICIENTE, PERFEITO, completamente PROVIDO, mas seus benefícios deveriam ser APLICADOS. Ambos os processos perfaziam o conceito de Expiação no AT. Neste sentido, a Expiação é algo que vai além da cruz e envolve a mediação de Cristo no Santuário que começou após sua ascensão. "O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, e o Espírito Santo, que desceu no dia de Pentecoste, levou a mente dos discípulos do santuário terrestre para o celestial, onde Jesus havia entrado com o Seu próprio sangue, a fim de derramar sobre os discípulos os BENEFÍCIOS de Sua expiação" (EGW, Primeiros Escritos, p. 260). 7. O ministério sacerdotal de Cristo está incluído na Grande obra da Expiação. Embora sua morte expiatória tenha sido completa, suficiente e todo-abrangente (não será necessário morrer outra vez), ela só será EFICAZ para os que a aceitam. É preciso haver arrependimento e apropriação, por parte do pecador, das infinitas provisões do sacrifício expiatório inteiramente realizado na cruz. O termo "Expiação" é usado no AT de quatro formas diferentes: 1) Sacrifício (morte substituta e sacrifical ocorrida diariamente, manhã e tarde); 2) Intercessão/ministração sacerdotal no Serviço Diário em prol do pecador (Levítico 4:34, 35); 2) A purificação do santuário no Dia da Expiação realizada pelo sangue do bode "para o Senhor" (Levítico 16:15, 16);
  • 14. 3) A eliminação final do pecado, sua remoção do meio do povo de Deus pelo rito do Bode "para Azazel" (Levítico 16:10). No primeiro caso, temos "EXPIAÇÃO PROVIDA" em favor de todos. Esta fase se cumpriu na cruz. No segundo caso, temos "EXPIAÇÃO APLICADA", por meio da mediação do sacerdote ao oferecer incenso, manipular o sangue sacrifical, comer a carne, queimar a gordura, etc. isto ocorria diariamente e transferia os pecados para o santuário. Esta fase se cumpre através da MEDIAÇÃO/INTERCESSÃO de Cristo no Santuário Celeste. No terceiro caso, temos a "EXPIAÇÃO ELIMINATÓRIA", através da qual se remove o pecado do próprio santuário para o qual foi transferido e onde constava seu registro. Isto ocorria, no sistema típico, no final do ano litúrgico, no Dia da Expiação quando o santuário era purificado. Neste caso, a "Expiação" era feita pelo próprio santuário. Representava um juízo de investigação. E começou seu cumprimento antitípico na data apontada pela profecia de Daniel 8:14 e se desenrola até então. No quarto caso, temos a "EXPIAÇÃO RETRIBUTIVA/PUNITIVA", representada, no serviço típico, pela imposição da responsabilidade final pelos pecados do povo sobre a cabeça o bode "para Azazel" e pela eliminação dos impenitentes que não afligiam sua alma em arrependimento. Isto se cumprirá no desfecho do grande conflito. Quando todos os registros de pecados forem removidos do Santuário celestial, serão postos sobre Satanás, de modo punitivo. Então Satanás vagará pela terra deserta por mil anos e, ao término desse período, receberá a pena final. Será destruído e também os impenitentes. Pecados e pecadores não mais existirão. Deus dará um trato final ao problema do pecado e o removerá para sempre do universo. Esses quatro sentidos são contemplados pela palavra "Expiação" na Bíblia. EXPIAÇÃO PUNITIVA: Ocorre quando uma pessoa culpada não pode ser perdoada. Então, perde a vida por sua ofensa. I. O CASO DO ASSASSINO: O derramamento do sangue inocente "contamina" a terra e só se pode fazer "Expiação" em favor da terra mediante o sangue do próprio assassino (Números 35:33). II. O CASO DO ISRAELITA IMORAL E SUA ESPOSA MIDIANITA: O sacerdote Fineias matou o casal rebelde e, por meio desse ato, "Fez Expiação pelos Israelitas" (Números 25: 13).
  • 15. ALGO SEMELHANTE OCORRERÁ A SATANÁS NO FINAL DO GRANDE CONFLITO. CONCLUSÃO: O termo "Expiação" abrange não apenas o que foi realizado na cruz (Cristo como vítima sacrifical), mas também a aplicação eficaz dos méritos ali angariados em favor do penitente (Cristo como Sacerdote no "Serviço Diário"). O termo também envolve a purificação do Santuário (Cristo como Sumo Sacerdote no "Serviço Anual") e a eliminação definitiva do pecado do universo (Cristo como Vencedor definitivo do Mal).