O documento descreve os princípios básicos da ultrassonografia, incluindo a geração e propagação de ondas ultrassônicas, sua interação com os tecidos e formação de imagens. É explicado que as ondas são geradas por cristais piezoelétricos e refletidas nos tecidos, sendo a intensidade dos ecos proporcional à diferença de impedância acústica entre os meios. A localização anatômica é determinada pelo tempo decorrido entre a emissão e recepção dos ecos.
2. Ultrassom é definido como
a onda mecânica com
vibração de frequência
superior a 20kHz, inaudível
para os humanos.
No exame
ultrassonográfico utilizamos
frequências de 2 a 18 MHz.
3. As ondas de ultrassom são geradas por cristais piezoelétricos
localizados no interior do transdutor, que possuem a
característica de contrair-se e expandir-se ao receber um
estímulo elétrico, causando a formação de ondas ultrassônicas;
portanto, é capaz de transformar a energia elétrica em
mecânica.
O oposto também é verdade, ou seja, ao receber um estímulo
mecânico sua contração gera uma diferença de potencial
elétrico em sua superfície, formando um sinal elétrico que é lido
pelo aparelho. Desse modo, o mesmo transdutor é capaz de
emitir e receber os sinais
4. Como toda onda
mecânica, o
ultrassom
necessita de um
meio físico para
se propagar. Ao
longo de seu
caminho, ao
entrar em
contato com a
superfície entre
dois meios de
impedâncias
acústicas
distintas, a onda
é refletida e
retorna ao
transdutor.
5. Impedância acústica é
a resistência do tecido
ao movimento das
partículas causado
pelo ultrassom e é igual
ao produto da
densidade pela
velocidade de
propagação do
ultrassom no meio;
sendo assim, cada
meio possuirá sua
própria impedância.
A intensidade do brilho no monitor é proporcional à intensidade do eco,
sendo que este depende da diferença entre as impedâncias de dois meios.
Quanto maior o eco, mais branca aparecerá a imagem.
6. A ultrassonografia, portanto, é o resultado da leitura
dos ecos gerados pelas reflexões do ultrassom nos
diversos meios ao longo de seu caminho.
A localização de cada ponto
corresponde à localização anatômica da
estrutura que gerou o eco: a direção em
que ela se encontra é a do feixe de
ultrassom gerado pelo transdutor e sua
profundidade é calculada por meio do
tempo decorrido entre a emissão do pulso
e a leitura de seu eco.
7. A energia do ultrassom é modificada constantemente ao
longo de seu trajeto.
Chamados de atenuação a diminuição da intensidade
do utrassom por vários mecanismos, como absorção,
dispersão, reflexão e divergência do feixe.
A absorção é o mecanismo mais importante e trata-se
da transferência de energia do ultrassom para o tecido
(resultando na produção de calor); é maior quanto maior
for a frequência da onda.
8. Quando uma estrutura absorve mais intensidade do que
o tecido circunjacente, a porção distal da imagem
aparece mais escura (porque sobrou menos intensidade
para a formação de ecos), fenômeno chamado sombra
acústica.
Se absorve menos do que os outros tecidos, ocorre o
efeito inverso chamado de reforço acústico.
A resolução da imagem é diretamente proporcional à
frequência; desse modo, altas frequências geram
imagens com alta definição. No entanto, ao
aumentarmos a frequência também aumentamos a
atenuação do ultrassom pelos tecidos, ou seja, o campo
de visibilização fica limitado a alguns centímetros de
profundidade.
9. Amplificação: os ecos que retornam de estruturas
profundas não têm a mesma força que aqueles que
chegam de tecidos vizinhos à superfície; eles devem,
portando, ser amplificados na ultrassonografia pelo
amplificador de compensação ganho-tempo (TGC).
Em todos os aparelhos é possível variar o grau de
amplificação para compensar a atenuação do
ultrassom e melhorar a qualidade da imagem final.
10. Erros na apresentação da imagem
› Problemas no equipamento
› Interação do som com os tecidos
› Técnica utilizada
•O som propaga-se em linha reta;
•Os ecos que retornam ao aparelho são de
esestruturas localizadas somente no eixo do
transdutor.
•A distancia é proporcional ao tempo de
emissão e recepção do som;
•A intensidade do eco está diretamente
realcionada à força de reflexão da estrutura.
11. Interação do som com os tecidos
› 1. Resolução axial e lateral
› 2. Interferência
› 3. Espessura do feixe
› 4. Reflexão
Reverberação
Trajetória múltipla
Imagem em espelho
› 5. Refração
› 6. Lobos laterais
› 7. Atenuação
Sombra
Reforço
12. Resolução axial e lateral:
› A resolução axial é sempre melhor que a
lateral.
› Lateral depende da espessura do feixe.
Melhor na zona focal.
13. Interferência
› A textura homogênea nas zonas próximas
ao transdutor é irreal.
› A textura na zona focal é a mais próxima da
verdadeira.
14. Espessura do feixe
› Pode simular acúmulo de resíduo
› Mudar a posição do transdutor
› É suprimido pela diminuição do ganho
› Acompanha o bordo da estrutura líquida
› Não se altera com a mudança de dcúbito
15. Reflexão
› A amplitude da reflexão depende da
intensidade do feixe incidente e da
diferença de impedância acústica entre os
dois meios que formam a interface.
› Reverberação:
16.
17. Reflexão
› Reverberação
Cauda de cometa: reverbera onde existe grande
diferença de impedancia acústica.
Distais a estrutura cuja reflexão é intensa (tecido-alca,
diafragma-pulmão, obj metálicos, colelitíase,
colesterolose)
18. Reflexão
› Trajetória múltipla
Interface especular curva.
Como o tempo gasto é maior, os ecos podem
ser registrados em profundidade irreal.
19. Reflexão
› Imagem em espelho
Em superficies grandes, , onde o feixe incide
obliquamente (diafragma e pulmao
adjacente)
20. Refração
› Mudança de direção do
feixe ao atravessar uma
interface entre dois meios,
cujas velocidades são
diferentes.
› Ex: reto abdominais e
gordura da linha média,
fantasma ou imagem dupla.
21.
22. Sombra posterior: a áreas
líquidas ou imagens
esféricas.
Reflexão e refração