1. Aula para seleção de professor - FIC
As formas emergentes de
produção, difusão e consumo
nas mídias digitais
2. O contexto atual do mundo em que vivemos
➲ Reestruturação do capitalismo em novo modo de
desenvolvimento: o informacionalismo (Manuel Castells);
➲ No informacionalismo, a fonte de produtividade está na
tecnologia de geração de conhecimentos e no
processamento destes conhecimentos;
➲ A sociedade em rede: a conectividade é pano de fundo
para a construção de uma nova identidade partilhada.
3. A web 2.0
➲ Uma estrutura em rede que interliga todos que estão
conectados e permite a possibilidade de interatividade;
➲ Esta conectividade está cada vez mais presente na vida
das pessoas: pode-se acessar a rede de um aparelho de
telefone celular, por exemplo.
4. A cibercultura
➲ A interação promovida pela web 2.0 deu origem a uma
nova cultura: a cibercultura;
➲ Para André Lemos, a cibercultura é definida pelas
relações entre as tecnologias informacionais de
comunicação e informação e a cultura, emergentes a partir
da convergência informática/telecomunicações a partir da
década de 1970.
5. A cibercultura
➲ Ainda segundo Lemos, a cibercultura estabelece uma
nova relação entre as tecnologias e a sociabilidade,
configurando a cultura contemporânea.
6. A cibercultura e o ciberespaço
➲ Para Pierre Lévy, a cibercultura só se pode definir a partir
da conceituação de ciber-espaço;
➲ Ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da
interconexão mundial de computadores.
➲ Cibercultura seria um neologismo para especificar o
conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas,
de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se
desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespa-
ço.
7. A cibercultura configura os novos padrões de produção,
circulação e consumo
➲ Segundo André Lemos, o princípio que rege a cibercultura
é a re-mixagem, conjunto de práticas sociais e
comunicacionais de colagens e combinações de
informações a partir das tecnologias digitais;
➲ Esse processo de re-mixagem começa com o pós-
modernismo, ganha contornos planetários com a
globalização e atinge seu apogeu com as mídias digitais.
8. A cibercultura configura os novos padrões de produção,
circulação e consumo
➲ A cibercultura está proporcionando processos de troca,
cooperação e modificação criativa de obras, dadas as
características da tecnologia digital em rede;
➲ Estes processos ganharam o nome de copyleft, em
oposição à lógica proprietária do copyright, que dominou
a dinâmica sociocultural dos meios de comunicação de
massa.
9. A cibercultura configura os novos padrões de produção,
circulação e consumo
➲ O conceito de propriedade intelectual e de direitos autorais
entra em crise;
➲ As apropriações culturais se tornam comuns na rede;
10. Os novos padrões de produção,
circulação e consumo nas mídias
digitais
➲ O consumo da informação nas mídias digitais se configura
de maneira distinta do que nas mídias analógicas;
➲ Nas mídias analógicas, 'participar' do processo
comunicativo era apenas ter acesso às informações e, no
máximo, selecioná-las de acordo com as convicções e
repertório intelectual e social.
11. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ Já nas mídias digitais, o consumidor vem gradativamente
passando do papel passivo de mero consumidor da
informação, para o papel de consumidor ativo, que agora
quer interagir, participar das discussões e modificar o
conteúdo das informações produzidas;
➲ No limite, o consumidor passa a ser também produtor das
informações que compartilha.
12. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ E os padrões de produção, circulação e consumo mudam
também com relação aos conteúdos veiculados pela
televisão;
➲ A segmentação dos canais, graças às redes de fibra ótica
que criaram a estrutura física para a distribuição dos sinais
eletrônicos, aposta num perfil de consumidor que deseja
uma informação mais individualizada, adaptada ao seu
'way of life'.
13. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ A situação da indústria fonográfica é dramática: a partir da
rede, pelo sistema 2P2 (peer to peer), os usuários trocam
arquivos inteiros de música entre si gratuitamente;
➲ Instaura-se assim um novo meio de distribuição de
música, no qual a própria questão da autoria está sendo
questionada, já que a livre apropriação do conteúdo
permite recriações do mesmo por outros.
14. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ A proliferação de gadgets com múltiplas funções permite
ao usuário filmar, fotografar, gravar, enfim criar seu próprio
conteúdo e a internet é uma porta aberta para que este
usuário divulgue o que está produzindo;
15. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ Na indústria cinematográfica está havendo um
crescimento de novos diretores por causa do
barateamento das tecnologias de produção de um filme;
➲ O Youtube e todos os portais de vídeo on line são o canal
por excelência nos quais esta produção é veiculada. Tudo
de graça.
16. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ O Youtube, o mais popular portal de distribuição de vídeo,
é hoje um irresistível lócus dessa ágora virtual que,
independente dos seus problemas e formatos, permite a
cada um ser a própria mídia, celebridades do nosso
cotidiano.
17. Os novos padrões de produção, circulação e consumo nas
mídias digitais
➲ Com a convergência das mídias, propiciada pela
digitalização das mesmas, a produção, a distribuição e o
consumo na nossa cultura atual estão profundamente
modificados;
18. A convergência das mídias digitais
➲ Henry Jenkins define convergência como um fluxo de
conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, à
cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao
comportamento migratório dos públicos dos meios de
comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca
das experiências de entretenimento que desejam.
19. A convergência das mídias digitais
➲ Jenkins não se limita ao conceito de convergência como
um processo tecnológico que une múltiplas funções dentro
dos mesmos aparelhos.
➲ Para ele, convergência representa uma transformação
cultural, à medida que consumidores são incentivados a
procurar novas informações e fazer conexões em meio a
conteúdos de mídia dispersos.
20. A convergência das mídias digitais
➲ De acordo com Jenkins, estamos imersos dentro de uma
cultura da convergência. Este seria o espírito do nosso
tempo.
➲ Na cultura da convergência, as novas e as velhas mídias
convivem entre si.
21. A convergência das mídias
➲ Agora, não é o momento de esperar pelo novo Youtube ou
Facebook, mas descobrir o que essas ferramentas vão
fazer daqui pra frente e, sobretudo, o que poderemos
fazer com elas.