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Línguas Estrangeiras
Ensino Fundamental II e Ensino Médio
Patrícia Bertachini Talhari
ptalhari@positivo.com.br
http://www.portalpositivo.com.br/spe/linguainglesa
http://www.portalpositivo.com.br/spe/linguaespanhola
0800 725 3536
Os fins da avaliação em língua estrangeira justificam os meios?
Este encontro propiciará uma discussão sobre propostas de procedimentos avaliativos
coerentes com o trabalho conduzido pelo professor em sala de aula, considerando-se a proposta
pedagógica do Livro Integrado Positivo para línguas estrangeiras. Será dada especial atenção
aos conhecimentos privilegiados e uso da língua, bem como aos eixos cognitivos, às
competênciaseàshabilidadespropostasparaopróximoENEM.
DISTRIBUIÇÃO
GRATUITA
23
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          2                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
LUGAR DE VALOR 
 
Caro(a) Educador(a): 
 
 
A  construção  do  Lugar  de  Valor  está  pautada  na 
dinâmica  das  relações  que  estabelecemos  entre 
pessoas, nas instituições. Nossa parceria se constitui 
em um Lugar de Valor que impulsiona as realizações. 
 
A  construção  do  Lugar  de  Valor  de  professores  e 
alunos  no  espaço  escolar  está  intimamente 
relacionada  ao  cultivo  e  à  qualidade  das  relações 
interpessoais,  capazes  de  oxigenar,  vitalizando  o 
movimento  criador,  por  meio  do  qual  se  extrai  a 
assinatura  da  autoria.  Esse  movimento  confere,  de 
modo singular, o sentido de valor aos processos de 
ensino e de aprendizagem, considerando a realidade 
a partir da identidade coletiva, sem a qual qualquer 
projeto humano se esvazia. 
 
Aprender  a  desaprender  para  que  a  inovação 
aconteça se torna um dos imperativos na atualidade, 
respeitando  o  espírito  de  comunidade,  capaz  de 
revelar  as  impressões  do  “agora”,  que  se  encontra 
em plena atualização. 
 
A intenção presente no Programa de Cursos 2010 é 
construir  e  desconstruir,  aprender  e  desaprender 
sobre  o  fazer  pedagógico  docente  e  da  equipe 
diretiva das Escolas Conveniadas ao Sistema Positivo 
de Ensino por meio da articulação do Livro Didático 
Integrado,  do  Portal  Positivo  e  da  Assessoria 
Pedagógica. 
 
Organizados em oficinas com temáticas que refletem 
as  necessidades  mais  subjacentes  à  realidade 
educacional contemporânea, os cursos se voltam às 
diferentes  necessidades  dos  profissionais  da 
educação. 
 
São as iniciativas promovidas por nossos encontros 
que  viabilizam  o  necessário  e  afastam  a  armadilha 
do possível, conferindo responsabilidades pelo Lugar 
de Valor que se constrói e com o qual se identifica a 
própria obra. 
 
 
                            Acedriana Vicente Sandi  
                             Diretora Pedagógica 
 
Este texto compõe o material entregue no momento 
da realização do Programa de Cursos Positivo 2010. 
Este Programa destina‐se às Escolas Conveniadas ao 
Sistema Positivo de Ensino (SPE). O texto apresenta 
aprofundamento didático‐metodológico da Proposta 
Pedagógica dos Livros Didáticos Integrados Positivo 
(LDIP),  do  CD‐ROM  e  do  Portal  Positivo.  A  seguir, 
conheça  a  Equipe  de  Assessoria  da  área  de  Língua 
Portuguesa e Línguas Estrangeiras: 
 
Equipe da Área de área de Língua Portuguesa e 
Línguas Estrangeiras: 
 
Coordenação da área: 
Climene Fávero 
cfavero@positivo.com.br
 
Assessoria de Línguas Estrangeiras: 
Assessoria do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Inglês 
e Espanhol): 
Patrícia Bertachini Talhari 
ptalhari@positivo.com.br 
 
Assessoria do Ensino Fundamental (Inglês): 
Lucienne Lautenschlager 
luciennel@positivo.com.br 
        Luciana Pereira Jasinski 
        ljasinski@positivo.com.br
 
Assessoria de Língua Portuguesa: 
Assessoria do Ensino Fundamental l: 
Cristianna Sant’Anna Monteiro 
cmonteiro@positivo.com.br 
Lucienne Lautenschlager 
luciennel@positivo.com.br 
        Luciana Pereira Jasinski 
        ljasinski@positivo.com.br
 
Assessoria do Ensino Fundamental e do Ensino Médio: 
Rosemara Custódio Vicente 
rvicente@positivo.com.br 
Vanessa H. da Fonseca 
vfonseca@positivo.com.br 
Irene Cristina Boschiero 
         iboschiero@positivo.com.br 
 
Assessoria do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio 
Robson Luiz Rodrigues de Lima 
rlima@positivo.com.br 
 
 
 
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Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          3                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
Avaliação X Aprendizagem  
ou  
Avaliação ↔ Aprendizagem? 
Se continuarmos fazendo o que estamos fazendo, 
continuaremos conseguindo o que estamos conseguindo. 
(Stephen Covey) 
Por que se avalia? 
Desde uma crítica sobre um filme, passando 
por  comentários  de  um  amigo  querido  sobre  o 
comportamento  de  uma  pessoa,  aos  dados  de 
desempenho  de  um  veículo  publicados  em  uma 
revista  especializada,  utilizamos  os  resultados  de 
processos  avaliativos,  sejam  eles  formais  ou  não, 
para nos decidirmos se algo ou alguém é adequado 
para um determinado fim. Na escola não é diferente, 
embora a relação entre fazer (ensinar e aprender) e 
avaliar não seja tão fluida ou contígua. Confundimos, 
muitas vezes, avaliar com mensurar. 
Muito se tem feito, em várias instâncias, no 
sentido  de  se  ajustar  o  processo  educacional  à 
realidade: percebe‐se que o conhecimento sistêmico 
está  cada  vez  mais  complexo  e  volumoso,  que  as 
fronteiras  entre  suas  áreas  estão  cada  vez  mais 
tênues,  e  seus  usos,  mais  flexíveis.  Começa‐se  a 
entender  que  a  aprendizagem  é  um  processo.  Por 
isso,  o  empenho  em  estabelecer  parâmetros  que 
orientem professor e aprendiz no desenvolvimento 
de  competências  e  habilidades  em  operar  com 
conceitos e dados, em vez de apenas conhecê‐los. 
Avança‐se rumo a práticas pedagógicas que reflitam 
isso.  
Cabe ressaltar que, além de ensinar, é papel 
da  escola  certificar,  razão  pela  qual  existem  as 
averiguações periódicas do aprendizado. A questão é 
que  o  formato  dessas  últimas  não  sofreu 
modificações  significativas  desde  que  a  escola  se 
estabeleceu  como  tal.  Normalmente  verifica‐se  a 
quantidade  de  conteúdos  memorizados  pelo 
educando, o que se faz, em geral, de forma escrita, 
pela  necessidade  de  documentação.  Esse  modelo 
cria  a  ilusão  de  que  o  aprendiz  acumula,  de  forma 
organizada,  subsídios  que  utilizará  mais  tarde  na 
solução de questões de ordem prática. No entanto, 
o  que  efetivamente  acontece  é  uma  resposta 
fragmentada  e  de  curta  duração,  em  termos  de 
memória, à exposição de informações. 
Seja  por  ela  ter  sido  consagrada  como  um 
instrumento  científico  de  mensuração,  seja  pela 
familiaridade  que  se  tem  com  ela,  avalia‐se  o 
conhecimento,  principalmente  por  meio  da  prova 
escrita,  cujo  índice  de  acertos  é  transformado  em 
números,  os  quais,  por  sua  vez,  serão  usados  na 
promoção  ou  retenção  de  alunos  em  determinada 
etapa. Note‐se que não é a prova em si, nem o fato 
de ela ser escrita, o que estagna o trabalho com as 
competências,  mas,  sim,  o  fato  de  se  considerar 
como  produto  (aprendizado)  um  processo  em 
andamento  (aprendizagem),  e  de  tentar  linearizar 
ou mesmo congelar o movimento espiralado desse 
processo.  Como  resultado  há,  na  educação  formal, 
de um lado, concepções e técnicas que procuram se 
atualizar  para  assegurar  o  processo  de 
aprendizagem;  de  outro,  formas  estanques  que 
julgam comprovar se houve um aprendizado preciso: 
Autoritariamente  pedimos  a  uma  criança 
que acredite em uma ideia (dos outros), em 
uma definição (que para ela nada define) ou 
em  uma  regra  pronta  e  acabada  (que  ela 
não entende) e que as repita de cor, quando 
solicitada.  Num  processo  de  ensino  assim, 
no  qual  se  privilegia  a  memória  em 
detrimento  do  raciocínio,  o  que  se  pode 
esperar do processo de avaliação? (RABELO, 
1998, p. 47). 
Prova e notas... 
A  supervalorização  das  tradicionais  provas 
periódicas em detrimento de tarefas continuadas − 
mais  adequadas  para  evidenciar  a  construção  do 
conhecimento  −  acaba  por  dissociar  o  exame  do 
trabalho desenvolvido em sala de aula. Esse sistema 
impulsiona  o  aluno  a  se  interessar  mais  em  obter 
uma  nota,  a  que  assegura  que  uma  etapa  foi 
superada,  do  que  vencê‐la,  realmente.  Os 
coeficientes  assim  alcançados  ainda  são 
considerados  indicadores  da  excelência  de 
aprendizado,  apesar  de  inúmeros  exemplos  de 
alunos  medíocres  que  se  tornaram  excelentes 
profissionais  (e  vice‐versa)  nos  demonstrarem  que 
isso não é verdade: 
O clínico‐geral Rodolfo de Farias Gomes (...) 
sempre  ostentou  notas  excelentes  no 
boletim  escolar  e  esteve  entre  os  50 
primeiros  colocados  no  vestibular  (...)  mas 
não  se  considera  um  profissional  feliz  (...). 
"Era  péssimo  aluno,  mas  sempre  consegui 
decorar  fórmulas,  nomes  de  autores  e 
teorias com facilidade, por isso sempre me 
dei  muito  bem  em  provas".  (...)  Escalado 
para  inúmeros  plantões  em  hospitais  da 
cidade,  Gomes  vem  garantindo  seu 
sustento. "Mas não consegui dar uma forma 
à minha carreira. O modelo de avaliação da 
escola  acabou  reforçando  meu  lado 
competitivo e, hoje, tenho muita dificuldade 
em  trabalhar  em  equipe  e  desenvolver 
relacionamentos de trabalho sadios." (...) 
Leitor  ávido  de  Monteiro  Lobato  e  recém‐
chegado ao mundo de Machado de Assis, o 
garoto  Frederico  Ferreira  Andrade,  12,  é 
mau aluno. (...) o estudante da sexta série 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          4                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
do  Rio  Branco  devorou  "Dom  Casmurro". 
"Queria  descobrir  se  Capitu  tinha  ou  não 
traído  Bentinho",  diz  ele.  E  tirou  uma 
conclusão:  "Acho  que  a  traição  é  coisa  da 
cabeça  dele".(...),  a  guerra  do  Iraque 
também  o  interessa.  "Ele  fala  com 
desenvoltura  dos  conflitos  no  Oriente 
Médio  e  da  estratégia  militar  norte‐
americana",  diz  sua  mãe,  (...).  Na  hora  de 
falar  de  escola,  porém,  ele  torce  o  nariz. 
(Chagas, 2003, s. p.).
O  uso  das  notas  como  elemento 
“motivador”  retroalimenta  a  classificação,  a 
separação  entre  bons  e  maus  alunos.  Segundo 
Cordeiro  (2007,  p.  21),  ainda  são  observáveis  os 
vestígios  de  subordinação  da  avaliação  escolar  à 
meritocracia, ou seja, seleção dos melhores alunos, 
que  tradicionalmente  eram  destinados  a  serem 
dirigentes.  Esse  cunho  seletivo  desvia  o  foco  da 
construção do conhecimento para a mensuração de 
resultados,  e  tem  como  maior  consequência  a 
exclusão dos que não se ajustam ao sistema. Claro 
está  que  é  uma  tendência  humana  classificar  o 
desempenho.  A  comunidade  escolar  ‐ 
principalmente  os  alunos  ‐  o  fará,  ainda  que  o 
educador  não  a  incentive.  O  problema  está  em 
fundamentar  a  prática  educativa  somente  nesse 
preceito, que nada tem de pedagógico.  
 
A proposta do curso de hoje... 
...É  começar  uma  reflexão  que  nos  permita 
sair do processo avaliativo classificatório para usar a 
avaliação  a  serviço  da  aprendizagem.  Observe  o 
percurso proposto por Jussara Hoffman: 
 
Caminhando da avaliação classificatória para a 
avaliação formativa 
 
 
Avaliação classificatória 
 
 
Avaliação mediadora 
 
De uma avaliação a serviço 
da  classificação,  seleção, 
seriação... 
a uma avaliação a serviço 
da  aprendizagem  do  aluno, 
da  formação,  da  promoção 
da cidadania. 
De  uma  atitude  de 
reprodução,  de  alienação, 
de  cumprimento  de 
normas... 
à  mobilização,  à 
inquietação,  na  busca  de 
sentido  e  significado  para 
essa ação. 
Da  intenção  prognóstica, 
somativa,  de  explicação  e 
apresentação  de 
resultados finais... 
à  intenção  de 
acompanhamento 
permanente,  de  mediação, 
de  intervenção  pedagógica 
para  a  melhoria  da 
aprendizagem. 
Da  visão  unilateral 
(centrada  no  professor)  e 
à  visão  dialógica,  de 
negociação  entre  os 
unidimensional  (centrada 
nas  medidas  padronizadas 
e  na  fragmentação 
disciplinar)... 
envolvidos  e 
multirreferencial  (objetivos, 
valores,  discussão 
interdisciplinar). 
Do  privilégio  à 
homogeneidade,  à 
classificação,  à 
competição...  
ao  respeito  à 
individualidade, à confiança 
na  capacidade  de  todos,  à 
interação e à socialização.  
O  professor  explica 
noções, ensina como se faz 
e  pergunta  ou  propõe 
tarefas  para  ver  se  a 
resposta  do  aluno  está  de 
acordo com o que ensinou. 
O  professor  pergunta  ao 
iniciar, ao desenvolver e ao 
finalizar  etapas.  Tarefas  e 
testes  diversificados  são 
propostos  em  cada  etapa, 
ajustando  propostas  a 
novas situações que surgem 
a partir do que os alunos já 
entendem  sobre  um  novo 
assunto. 
Verificação  do  alcance  de 
um objetivo ao final de um 
estudo. 
Questionamento,  desafios 
para  construção  de 
respostas. 
In Hoffman, 2001 
Se  o  que  obstrui  o  processo  pedagógico  é 
fundamentá‐lo  na  consecução  de  resultados 
numéricos,  obtê‐lo  por  meio  de  um  único 
instrumento,  em  um  único  momento,  agrava  a 
situação.  Aí  reside  a  importância  da  chamada 
avaliação  contínua,  que  tira  proveito  de  todas  as 
situações  possíveis  para  verificar  se  o  aluno  está 
aprendendo,  sem  a  preocupação  de  mensurar  o 
quanto. Mesmo ferramentas pontuais, como o teste, 
podem  ser  utilizadas  de  forma  contínua  ou 
construtiva: 
 
Uma  prova  não  deveria  servir  apenas para 
detectar o que o aluno ainda não sabe em 
um dado momento, mas deve ser também 
um bom instrumento de aprendizagem. Por 
isso  seria  conveniente,  que,  após  sua 
correção,  antes  de  ser‐lhe  atribuída  uma 
nota,  o  aluno  tivesse  a  oportunidade  de 
refazê‐la, atentando para as observações do 
professor. (RABELO, 1998). 
Nesta  breve  investigação  que  contribuirá 
para  que  nossos  procedimentos  avaliativos 
acompanhem  nossas  práticas  educacionais,  é 
conveniente  evitar  soluções  aparentemente  fáceis, 
como  demonizar  ou  abolir  a  prova  escrita  ou  suas 
notas. Benigna Villas Boas (2008, p. 21) comenta que 
muitas  escolas  afirmam  ter  transformado  seus 
procedimentos  de  avaliação  em  benefício  da 
aprendizagem ao eliminarem notas, mas continuam 
usando  a  avaliação  como  elemento  de  coerção  e 
classificação, de reprovação e aprovação, mantendo 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          5                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
aulas de recuperação até para crianças da Educação 
Infantil.  
Tampouco  é  producente  eliminar  a  prova 
escrita. Afinal, uma das principais tarefas do ensino 
formal  é  fazer  com  que  o  aluno  se  aproprie  de 
conhecimentos  já  estabelecidos  e  os  expresse  em 
forma  de  afirmações  sobre  um  tema  ou  problema, 
ou  seja,  o  educando  deve  praticar  a  escrita 
acadêmica.  Em  sua  vida  futura,  será  submetido  a 
testes  formais,  como  provas  vestibulares  e  de 
seleção a postos de trabalho; é importante que ele 
se  familiarize  também,  mas  não  só,  com  esses 
modelos. A questão está em preparar os estudantes 
desde muito cedo nesse formato, antes mesmo de 
serem capazes de abstrair, como se a prova escrita 
fosse o único modo existente de avaliar:
Se  não  se  utilizam  outros  instrumentos 
[além  da  prova  escrita],  ficam  de  fora  da 
avaliação  da  aprendizagem  muitos 
conhecimentos  e  competências,  como: 
emitir  opiniões,  escolhas  ou  juízos  morais, 
éticos  ou  estéticos,  comparar  situações 
distintas,  interagir  com  outras  pessoas  e 
extrair consequências cognitivas relevantes 
(aprender  com  o  outro),  confrontar  os 
conhecimentos adquiridos pela experiência 
e  aqueles  adquiridos  pela  leitura  ou 
assimilação  verbal,  capacidade  de  inventar 
soluções  alternativas  para  problemas 
tradicionalmente  respondidos  de  uma 
determinada  maneira  (o  que  pode  ser  útil 
diante  dos  problemas  colocados  pela 
exploração irracional do meio ambiente, por 
exemplo) (Cordeiro, 2007, p. 159). 
De  outra  parte,  as  provas  escritas  de 
processos  seletivos,  sejam  escolares,  sejam 
profissionais,  exigem,  cada  vez  mais,  não  só  a 
retenção de conceitos, mas também a habilidade em 
utilizá‐los  em  situações  práticas,  assim  como  a 
capacidade  de  organização  de  argumentos  e/ou 
dados  em  uma  linha  de  raciocínio.  No  mercado  de 
trabalho,  são  utilizados  também  entrevistas, 
dinâmicas,  testes  psicotécnicos  e  períodos  de 
experiência,  que  servem  para  avaliar  competências 
aliadas ao conhecimento. O próprio padrão da prova 
vestibular está se transformando, passando de uma 
averiguação  de  memorização  de  informações  para 
uma  verificação  do  uso  contextualizado  desses 
dados. Cabe ressaltar, também, que sua função não 
é avaliar aprendizagens consolidadas – incumbência 
da  escola  –  mas,  sim,    realmente  classificar,  para 
excluir excedentes, uma vez que não há vagas para 
todos.  
O desafio está em usar a avaliação a serviço 
da aprendizagem. Para tanto, é fundamental definir 
ou  conhecer  claramente  os  seus  objetivos.  É  por 
meio deles e do formato da avaliação que se tomam 
as  decisões  quanto  aos  conhecimentos  a  serem 
tratados e a maneira de trabalhá‐los. Essa não deve 
ser uma informação privilegiada do professor, mas, 
sim,    de  ciência  do  aluno.  Explicar  ao  educando  o 
projeto  pedagógico,  os  objetivos  específicos  do 
componente curricular em cada fase, as ferramentas 
utilizadas  para  avaliar  e  se  tais  metas  foram 
alcançadas tem se demonstrado o melhor modo de 
engajar o aluno em sua própria aprendizagem.  
Assim, o procedimento avaliativo não pode 
se  dissociar  do  que  se  faz  em  sala  da  aula.  Do 
mesmo  modo  que  se  procuram  diversificar 
procedimentos  e  técnicas  para  dar  conta  da 
cognição, é necessário variar os instrumentos de sua 
constatação.  Antes  de  nos  dedicarmos  a  eles, 
porém, é conveniente conhecer a nomenclatura de 
conceitos‐chave  em  avaliação  que  aparecem  na 
literatura da área. Vamos tentar relacioná‐los? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          6                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
TIPO DE 
AVALIAÇÃO  DEFINIÇÃO 
1. DIAGNÓSTICA 
(       )  Efetuada em um momento específico, pré‐determinado. 
 
2. PONTUAL 
(       ) Verificação de capacidades do aluno diante das novas aprendizagens e do 
domínio  de  conhecimentos  anteriores  necessários  à  nova  etapa,  para  efeitos  de 
planejamento de trabalho e escolha de estratégias. 
 
3. SOMATIVA 
(      )  Feita  em  todas  as  ocasiões  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem, 
excetuando‐se  os  momentos  de  apresentação  de  conhecimentos  novos  e  suas 
primeiras práticas. 
 
4. CONTÍNUA 
(    )  Conhecida  por  muitas  denominações,  como  avaliação  mediadora, 
construtiva,  emancipatória,  dialógica  e  fundamentada,  abrange  todas  as  atividades 
desenvolvidas  no  processo  de  aprendizagem.  Sua  função  é  fornecer  indicadores  que 
retroalimentarão o trabalho pedagógico.  
Informa  se  os  alunos  estão  atingindo  os  objetivos  pretendidos,  se  há 
compatibilidade entre tais objetivos e os resultados alcançados, além de identificar as 
dificuldades, para possibilitar reconstrução e recuperação de conhecimentos.  
Principal  meio  pelo  qual  o  estudante  conhece  seus  erros  e  acertos,  sendo 
também um estímulo para um estudo sistemático. 
 
5. FORMATIVA 
(      )  Geralmente pontual, tem como objetivo quantificar resultados já colhidos 
por outros tipos de avaliações. Transforma o domínio do aluno em números, no final de 
uma unidade de aprendizagem, permitindo outorgar uma qualificação a qual, por sua 
vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada. Por 
isso é também chamada de creditativa.  
Também  se  propõe  a  classificar  os  alunos  ao  final  de  um  período  de 
aprendizagem, de acordo com os níveis de aproveitamento. 
 
Você  deve  ter  percebido  que  a  avaliação 
classificatória,  mencionada  anteriormente,  ficou  de 
fora.  É  que  ela  não  é  realmente  um  tipo  de 
verificação,  mas,  sim,  um  efeito  negativo  da 
avaliação _______________.  
Nenhum  dos  gêneros  do  quadro  acima  é 
melhor ou pior do que outro. Na verdade, referem‐
se a classificações de diferente ordem. Os conceitos 
de  avaliação  contínua  ou  pontual  se  referem  à 
periodicidade com que instrumentos são utilizados, 
não à sua função, como são os demais. Um ou outro 
pode  ser  (in)adequado  a  determinados  objetivos  e 
passos do processo de ensino e aprendizagem. Por 
exemplo,  de  nada  serve  uma  avaliação  diagnóstica 
no fim de uma etapa, a não ser que ela sirva para 
determinar  encaminhamentos  da  fase  seguinte.  Da 
mesma  forma,  nem  todas  as  situações  da  sala  de 
aula têm  
 
 
 
como  objetivo  verificar  a  aprendizagem.  Não 
podemos  transformar  todo  encontro  em  uma 
atividade que vale nota, em nome de procedermos a 
uma avaliação contínua. 
Vejamos um esquema útil para entendermos 
quando  cada  tipo  pode  ser  aplicado,  em  uma 
unidade de ensino (bimestre, trimestre, ano).  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          7                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
Um exemplo de processo avaliativo escolar 
 
Note‐se  que  a  avaliação  somativa  não 
precisa  ter  unicamente  o  formato  de  exame,  nem 
precisa  ser  pontual.  Ela  pode  ser  uma  parte  da 
avaliação  contínua,  a  somatória  dos  acertos,  uma 
atividade  específica  de  recuperação  de 
conhecimentos  (não  de  nota).  Sua  característica 
mais  importante  é  ser  expressa  em  números,  para 
certificar  que  o  aluno  foi  aprovado  nessa  unidade 
temporal  de  ensino,  o  que  não  determina  sua 
estrutura. O que importa é que ela reflita o que (e 
como) foi trabalhado nessa área do conhecimento: 
Avaliar ↔ Aprender  
Nossa meta é usar a avaliação para ajudar o 
aluno a aprender uma LE e o professor a ensiná‐la e 
aprender como fazer isso melhor. Não se pretende 
transformar a avaliação em si, mas, sim, mudar seu 
foco, da verificação da quantidade de conteúdos que 
o aluno consegue memorizar para a averiguação das 
formas de operar com esses conteúdos. Para isso, a 
avaliação,  sua  proposta,  seu  formato,  sua 
periodicidade,  suas  exigências  e  seus  instrumentos 
devem, necessariamente, incorporar‐se ao projeto ‐‐  
e  ao  processo  –  pedagógico.  Em  outras  palavras,  a 
atividade de avaliação não pode ser diferente do que 
se propõe e se faz em sala de aula para que o aluno 
aprenda. 
Assim,  a  preocupação  em  empregar 
atividades  diversificadas,  visando  desenvolver  a 
competência  comunicativa,  as  diferentes 
inteligências e habilidades necessárias à aquisição e 
uso  de  uma  LE  estará  presente  em  todas  as  ações 
promovidas  pelo  professor,  independentemente  de 
sua  função,  consolidação  da  aprendizagem  e/ou 
avaliação  dessa  apropriação  de  conhecimentos. 
Nosso  cuidado  será  harmonizar  o  que,  para  que  e 
como ensinar/avaliar: 
Avaliação
Avaliação Avaliação Avaliação
O aluno tem bom
desempenho com os
conhecimentos privilegiados
desta etapa? 
Aferição
Resultados
numéricos
O aluno está 
aprendendo? 
 
A metodologia 
está funcionando? 
O aluno tem os 
conhecimentos/ 
habilidades 
necessários para 
esta etapa? 
“Avaliar não pode ser um ato mecânico, para que 
possamos contribuir para a construção de 
competências técnicas e sociopolítica‐culturais. 
Por isso a escola não pode continuar trabalhando 
com verdades absolutas, prontas e acabadas”  
(Rabelo, 1998, p. 11)”. 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          8                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
   
Assim  sendo,  professor,  cabem  algumas  perguntas,  ao  se  estruturarem  atividades  de  avaliação‐
aprendizagem.  
 
No  momento  de  procedermos  ao  planejamento,  já  temos,  previamente  estabelecido,  na  proposta 
pedagógica e na programação anual, o que desenvolver em sala de aula, ainda que durante o processo se façam 
necessários  alguns  ajustes.  A  proposta  pedagógica  do  Livro  Didático  Integrado  Positivo  (LDIP)  de  Línguas 
Estrangeiras (LE), a partir do 2.º ciclo do Ensino Fundamental (6.º a 9.º ano) pode ser assim sintetizada:  
 
Para  aliviar  a  ansiedade  do  professor  de  LE  do  Ensino  Médio,  consideraremos  também  os  eixos  e 
competências que orientarão o próximo Exame Nacional do Ensino Médio, ainda que estejam disseminados na 
proposta pedagógica: 
 
 
 
 
CONHECIMENTOS 
PRIVILEGIADOS 
 
Tipos
de ATIVIDADES
OBJETIVOS 
de ensino
O quê? 
O que pretendo verificar? Quais são os objetivos de ensino de uma LE na escola? Qual é a proposta 
pedagógica? Quais são os eixos temáticos, os conhecimentos privilegiados, os gêneros textuais, as 
habilidades desenvolvidas nesta unidade? Os objetivos estão claros para mim e para os alunos? 
Promover  a  competência  comunicativa  do  aluno,  ou  seja,  orientá‐lo  a  interpretar,  expressar  e 
negociar  significados,  com  base  no  trabalho  com  o  texto  escrito.  Para  tanto,  procura‐se  mobilizar 
conhecimentos: 
⇒ Linguísticos ou gramaticais: E aqui se entenda uso de língua, mais do que normas prescritivas. 
Ou seja, dar a conhecer normas gramaticais, as características lexicais, morfológicas, sintáticas 
e fonológicas da língua‐alvo para que o aprendiz as reconheça e as use para se expressar. 
⇒ Discursivos: Apresentar o discurso, especialmente o escrito, como um todo significativo, fazer 
o educando perceber a coesão entre palavras e orações para formar uma unidade coerente.  
⇒ Sociolinguísticos: Prover o aprendiz de ferramentas de comunicação, expor o contexto social 
no  qual  a  língua  é  usada,  para  permitir  o  julgamento  da  adequação  do  uso  do  idioma  às 
situações. 
⇒ Estratégicos:  Sugerir  táticas  de  compensação  de  lacunas  no  conhecimento  linguístico, 
principalmente no que tange à leitura. 
Encaminhar o educando a se posicionar, a refletir por meio da língua‐alvo. 
⇒ Nesse  sentido,  os  projetos  são  um  instrumento  privilegiado,  tanto  de  construção  de 
conhecimento como de avaliação. 
Dirigir  as  atividades  de  forma  a  que  o  estudante  possa  estabelecer  inter‐relações  entre  forma, 
conteúdo e linguagem. 
avaliação
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          9                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
 
Em  termos  de  conhecimentos  privilegiados,  para  atendermos  os  perfis  dos  educadores  presentes, 
tomaremos como exemplo a programação de uma unidade de um volume do Ensino Fundamental II e uma do 
Ensino Médio, de língua inglesa e espanhola.  
 
As  perguntas  anteriores  serão  de  fato  respondidas  durante  a  prática  pedagógica.  Hoje,  tentaremos 
considerá‐las na construção de nossos instrumentos de avaliação.  
 
 
Segundo  Hoffman  (2001),  organizar  a  avaliação  em  somente  um  formato  restringe  a  observação  da 
aprendizagem. Caso sejam oferecidos apenas testes escritos com base em aulas expositivas, não será possível 
observar  ou  intervir  se  o  aluno  apresenta  bom  desempenho  no  uso  de  língua  dentro  de  uma  situação 
sociocultural, na reflexão crítica, na proposição de propostas com base nessa LE. Da mesma forma, se sempre 
foram apresentadas questões objetivas, não haverá avaliação da expressão do pensamento em outras formas, na 
organização das ideias dentro de uma argumentação. 
 
 
Para quê? 
Os conhecimentos que solicitarei são relevantes para a aprendizagem dos conhecimentos e habilidades 
privilegiados, dentro da proposta pedagógica, neste momento? Qual é o papel desse teste/tarefa no conjunto 
de aprendizagens que estamos construindo? Quero constatar falhas no processo de aprendizagem dos alunos 
para fazer algo a respeito ou só para excluir? 
Como? 
Que instrumentos/atividades posso usar nessa verificação? As questões/tarefas permitem ao aluno 
desenvolver competência comunicativa, refletir, relacionar, criar por meio da LE, ou se exige apenas 
memorização? Há diferentes formas de representação do pensamento (verbal, plástica, dramática, etc.)? Os 
diversos tipos de inteligência, estilos de aprendizagem e habilidades estão contemplados? Os conhecimentos 
foram praticados na aula ou apresentados apenas em teoria?  
EIXOS COGNITIVOS (comuns a todas as áreas do conhecimento) 
 
Dominar linguagens: fazer uso das línguas espanhola e inglesa (no caso de LE). 
Compreender  fenômenos:  construir  e  aplicar  conceitos  das  várias  áreas  do  conhecimento  para  a 
compreensão  de  fenômenos  naturais,  de  processos  histórico‐geográficos,  da  produção  tecnológica  e  das 
manifestações artísticas. 
Enfrentar  situações‐problema:  selecionar,  organizar,  relacionar,  interpretar  dados  e  informações 
representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações‐problema. 
Construir  argumentação:  relacionar  informações,  representadas  em  diferentes  formas,  e 
conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. 
Elaborar  propostas:  recorrer  aos  conhecimentos  desenvolvidos  na  escola  para  elaboração  de 
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade 
sociocultural.  
COMPETÊNCIA DE ÁREA 
Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras 
culturas e a outros grupos sociais. 
Associar vocábulos e expressões de um texto em LE ao seu tema. 
Utilizar os conhecimentos da LE e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de 
acesso a informações, tecnologias e culturas. 
Relacionar um texto em LE às estruturas linguísticas, à sua função e ao seu uso social. 
Reconhecer a importância da produção cultural em LE como representação da diversidade cultural e 
linguística. 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          10                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
 
 
Revisemos  o  que  as  ferramentas  abaixo  (previamente  estruturadas  ou  desenvolvidas  em  conjunto) 
avaliam, quanto à aprendizagem de uma LE. Em que cada uma consiste? O que se pode acrescentar a cada uma, 
para  desenvolver  a  competência  comunicativa  e  oferecer  chances  de  uso  de  competências,  habilidades  e 
inteligências? 
 
 
Exercícios escritos _______________________________________________________________________ 
Testes________________________________________________________________________________ 
Tarefa de casa ou de classe________________________________________________________________ 
Feedback______________________________________________________________________________ 
Debates ______________________________________________________________________________ 
Jogos e/ou dinâmicas, com registro do professor _______________________________________________ 
Dramatização __________________________________________________________________________ 
Entrevista (informais ou com roteiro e registro) ________________________________________________ 
Portfólios _____________________________________________________________________________ 
Projetos ______________________________________________________________________________ 
Apresentações desenvolvidas em grupo______________________________________________________ 
Transformação de gêneros ________________________________________________________________ 
Diário  com  metas  pessoais  e  coletivas  de  enfrentamento  de  dificuldades  e  de  avanços  em  determinadas 
tarefas e/ou habilidades ___________________________________________________________________ 
 
Há mais alguma?______________________________________________________________________ 
 
 
Todos esses instrumentos podem ser complementados, no sentido de contribuir para que o processo de 
avaliação seja contínuo e formativo. Algumas sugestões: 
Anotações feitas pelo professor durante as atividades 
Ficha individual 
Ficha‐tabela, para anotar a participação de cada aluno nas atividades 
Relatórios (do professor, de grupos ou de um aluno) 
Discussão de diferentes respostas entre os estudantes 
Sugestões dos alunos sobre instrumentos de avaliação elaborados pelo professor 
Análise individual, em duplas, em grupos, da produção de textos e tarefas 
Refação da atividade antes da nota final 
 
Existe mais algum? ____________________________________________________________________ 
 
De olho na correção  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O erro é um indício da parte do processo de construção do conhecimento em que o aluno está  
(ESTEBAN, 2003). 
“O aluno precisa ter contato com diferentes formas de avaliação para que possa desenvolver o processo de 
aprendizagem e consequentemente a avaliação seja satisfatória para o seu desempenho” (Morosov; Martinez, 
2008, p. 91).  
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          11                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
De acordo com Afonso (2007), há três níveis 
de erros, aos quais devemos prestar atenção, antes 
de  corrigir.  Há  o  erro  inconsciente  para  quem  se 
equivocou.  Não  é  útil  apontá‐lo,  nem  identificar 
quem  o  comete,  principalmente  no  momento  de 
produção do discurso. Uma boa sugestão é anotar os 
erros  mais  significativos  e  oferecer  uma  correção 
coletiva,  generalizada,  no  quadro,  para  tornar  o 
equívoco observável para quem o comete.  
Existe,  também  o  erro  como  problema. 
Neste caso, quem se equivocou percebe; mas, tarde 
demais.  É  interessante,  para  impulsionar  a 
superação,  indicar  o  deslize  com  o  cuidado  de  não 
interromper a produção e propiciar uma chance de 
refação da atividade, ou outra tarefa com o mesmo 
objetivo, mas com formato/linguagem diferente. 
Quando  o  erro  já  está  superado  como 
problema,  é  evitado  ou  pré‐corrigido  nas  ações 
seguintes.  O  desafio  do  professor  é  incentivar  o 
aluno  a  não  ter  medo  de  errar.  Para  isso,  é 
primordial  não  descontar  pontos  por  erros,  razão 
pela  qual  o  aluno  produz  o  mínimo  possível,  mas, 
sim,  somar  os  acertos  e,  principalmente,  tomar  o 
desempenho comunicativo do aluno como um todo. 
Hoffman  (2001),  sugere,  também,  que 
identifiquemos cada tipo de erro, para saber como 
proceder.  Veja‐se  o  esquema  adaptado  da  autora 
para o ensino de LE:   
 
 
 
 
 
Cordeiro  (2007)  menciona  alguns  “efeitos  colaterais”  que  devemos  evitar,  no  momento  de  corrigir. 
Observe quadro adaptado:  
 
Hoffman novamente nos oferece dicas úteis. No encerramento deste encontro, vejamos como tratar a 
heterogeneidade: 
O aluno 
1. Usa a mesma palavra/sintagma com grafias/formas diferentes, no mesmo texto. 
O aluno ainda não incorporou esse conhecimento e faz tentativas de acerto. Ele precisa da intervenção do 
professor para observar as regularidades e irregularidades, que não podem ser descobertas por meio de 
jogos ou situações problematizadoras.  
2. Faz a tarefa reproduzindo textos (do livro, caderno, Internet). 
O aluno vê o sistema escolar como reprodução de conhecimentos, os quais não está disposto a memorizar. 
Tem que usar esses conhecimentos de forma contextualizada. 
3. Faz a atividade mas apresenta muitos erros de escrita. 
O  aluno  demonstra  entender  os  conceitos  e  usos  de  língua  envolvidos,  mas  não  consegue  produzir  o 
discurso. Não é útil descontar pontos ou recomendar melhorar a escrita/oralidade. É necessário apontar as 
incorreções e providenciar refação.  
4. Não realiza, nem tenta realizar a atividade. 
O aluno não assimilou os conhecimentos, as orientações estão mal formuladas, houve falta de tempo (plano 
didático), desinteresse, falta de comprometimento (plano relacional). 
Ordem: tendência para ser mais rígido na correção das primeiras atividades; 
Contraste: tendência para resultados extremos (negativos e positivos) servirem de âncora à correção; 
Assimilação: de desempenhos anteriores ao atual; 
Halo:  tendência  em  julgar  a  tarefa  em  função  da  imagem  do  aluno  (atitudes,  participação, 
características socioculturais...) e/ou da apresentação do trabalho; 
Contaminação: pela opinião de outros professores e/ou coordenação. 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          12                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
Esperamos haver contribuído para que seu processo avaliativo reflita, na medida do possível, o trabalho 
orientado por você em sala de aula.  
 
Aprender  sobre  o  aprender  dos  alunos  com  base  na  investigação  e  na  interpretação  dos  avanços  e 
obstáculos individuais no plano da construção dos conhecimentos; 
Reconhecer que o processo de conhecimento dos alunos é sempre qualitativamente diferente, uma vez 
que se dá por construções próprias; 
Saber desenvolver propostas coletivas, visando ao benefício de alguns alunos e realizar o atendimento 
individual sem perder de vista a responsabilidade do grupo; 
Administrar propostas parciais, sem perder de vista o conjunto; 
Valorizar a heterogeneidade como fator inerente à socialização, à formação moral; 
Oferecer ajudas específicas sem discriminar ou subestimar. O atendimento diferenciado tem que adquirir 
status de ação planejada. 
"A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri‐la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos 
pode poupar ou fazer por nós" (Marcel Proust). 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                              13                       Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
Referências Bibliográficas Comentadas: 
 
AFONSO,  Almerindo  Janela  et  al.  Avaliação  na 
educação. Pinhais: Melo, 2007. 
São  diversos  artigos  de  educadores  que  se  têm 
dedicado  à  avaliação  escolar  que  analisam  seus 
pontos‐chave, tais como: a relação da avaliação e a 
autoestima, a prática da exclusão, a avaliação sob a 
perspectiva  da  inteligências  múltiplas  e  da  inclusão 
tecnológica, ferramentas como o portfólio, avaliação 
para educação infantil, entre outros.  
 
CHAGAS,  CAROLINA.  Exame  é  uma  bomba?:  Folha 
Sinapse.  Disponível  em 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult106
3u432.shtml. Acesso em: 16 nov. 2009. 
Artigo informal, com depoimentos, que versa sobre 
os  efeitos  do  formato  do  exame  (prova  escrita, 
individual,  sem  consulta)  do  ponto  de  vista  do 
aprendiz. 
 
CORDEIRO,  Jaime.  Didática.  São  Paulo:  Contexto, 
2007. 
Compêndio agradável de ler, bem organizado, atual 
e  amplo  sobre  Didática,  escrito  especialmente  para 
graduandos e professores da disciplina dos cursos de 
Pedagogia  e  relacionados.  Obra  não  prescritiva, 
dirigida  às  necessidades  da  escola  em    nosso  país, 
trata  de  como  as  concepções  de  ensino  e 
aprendizagem  influenciam  na  produção  e  correção 
de processos avaliativos. 
 
ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em 
busca  de  novos  sentidos.  Rio  de  Janeiro:  DP&A, 
2003.  
Esse livro se insere na atual reflexão sobre práticas 
escolares,  com  ênfase  ao  modo  a  articulá‐las  ao 
movimento  de  emancipação  social.  Sua  linha  está 
comprometida  com  a  elaboração  de  processos  de 
avaliação  que  se  oponham  às  práticas 
classificatórias e aos instrumentos de exclusão, ainda 
presentes no cotidiano escolar, além de expressarem 
a busca de alternativas que façam da avaliação um 
processo dialógico. 
 
FRAGA,  Sandra  Madalena  da  Rocha.  Avaliação  em 
espanhol:  um  novo  olhar  sobre  velhas  questões. 
Passo Fundo: UPF, 2003. 
A  obra  traz  uma  pesquisa  sobre  a  forma  e  o 
conteúdo  do  vestibular  em  língua  espanhola, 
propondo  mudanças  que  considerem  o  ensino 
significativo do idioma estrangeiro. 
 
HOFFMANN,  Jussara.  Avaliação  mediadora:  uma 
prática em construção da pré‐escola à universidade. 
Porto Alegre. Mediação, 2003. 
Nesse  livro  em  formato  de  bolso,  a  autora  propõe 
que  o  professor  reflita  sobre  práticas  e  correções 
tradicionais  dessas  atividades,  para  sugerir 
mudanças  rumo  à  avaliação  mediadora,  em  nosso 
curso denominada formativa.  
 
HOFFMANN,  Jussara.  Avaliar  para  promover:  as 
setas do caminho. Porto Alegre. Mediação, 2001. 
Jussara  Hoffmann  primeiramente  traça  um 
panorama  crítico  da  avaliação  e  seus  principais 
conceitos  e  dificuldades  percebidas  pelos 
educadores,  para,  em  seguida,  analisar  a  relação 
entre epistemologia, conteúdo, objetivos, atividades 
e alunos. Desse modo, traça rumos para transformar 
o processo avaliativo escolar de classificatório para 
formativo.   
 
KRAEMER,  Maria  Elisabeth  Pereira.  Avaliação  da 
aprendizagem  como  processo  construtivo  de  um 
novo fazer. 
Disponível em: 
http://www.gestiopolis.com/Canales4/ger/avaliacao
.htm. Acesso em: 15 nov. 2009. 
Artigo  curto  e  prático,  que  elenca  as  funções  da 
avaliação  escolar  e  faz  um  comparativo  entre  a 
avaliação  escolar  tradicional  e  a  formativa,  aqui 
denominada pedagógica.  
 
LEWIS,  Marilyn.  Feedback  em  aulas  de  idiomas. 
Trad. Renata Lea F. Oliveira. São Paulo: Special Books 
Services Livraria, 2003. 
Livro  em  formato  de  bolso,  aborda  as  questões  de 
por que, quando e como oferecer feedback durante 
as  aulas,  com  base  em  exemplos  oriundos  de 
diversos  contextos.  Ao  fim  de  cada  unidade  há 
tarefas que ajudam os professores a refletir sobre a 
prática  de  feedback  e  sobre  novas  formas  em  que 
esse retorno pode ser dado. 
 
MALUF, Maria Irene (Coord.). Aprendizagem: tramas 
do  conhecimento,  do  saber  e  da  subjetividade. 
Petrópolis: Vozes / São Paulo: ABPp, 2006.  
Essa  obra  traz  artigos  de  diferentes  autores, 
buscando  colocar  o  processo  de  aprendizagem  em 
debate, com foco na relação das questões objetivas e 
subjetivas,  da  construção  do  conhecimento  a  partir 
do outro e da relação, e de sua ampliação por meio 
das relações familiares e socioculturais. 
 
 
Programa de Cursos Positivo 2010                                                              14                       Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio 
 
MOROSOV, Ivete; Martinez, Juliana Zeggio Martinez. 
A didática do ensino e a avaliação da aprendizagem 
em Língua Estrangeira. Curitiba: IBPEX, 2008. 
Essa  obra  oferece  uma  reflexão  acerca  de  vários 
temas envolvidos no ensino e na avaliação em LE. As 
autoras  descrevem  os  principais  métodos  e 
abordagens  no  ensino  de  línguas  estrangeiras  para 
adolescentes  e  adultos,  enfatizando‐se  suas 
tendências  atuais.  Em  seguida,  apresentam  uma 
perspectiva  contemporânea  de  avaliação,  com 
reflexões  sobre  o  erro  e  as  características 
psicológicas  envolvidas  neste  processo.  Examinam 
também, o porquê e a forma de avaliar. As autoras 
mostram  ainda  um  completo  panorama  histórico  a 
respeito  dos  exames  de  proficiência  que  possuem 
certificação internacional, em diversas LE.  
 
RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, 
novas práticas. Petrópolis: Vozes, 1998. 
O  autor  delineia  a  proposta  de  organização 
pedagógica,  com  base  no  resultado  de  vários  anos 
de  pesquisa,  descrevendo  o  Centro  Pedagógico‐
Escola  Fundamental  da  UFMG,  onde  ela  vem 
acontecendo. Ele agrupa em itens as inovações que 
sugere: a implantação de quatro ciclos de formação 
humana;  a  organização  do  ensino  por  meio  de 
projetos  coletivos  e  uma  nova  modalidade  de 
avaliação dos processos de ensino e aprendizagem. 
Nessa conjetura, sugere o desaparecimento da nota 
ou,  pelo  menos,  da  nota  como  quantificação, 
desprovida  da  noção  de  qualidade.  A 
fundamentação  teórica  do  projeto,  que  inclui 
conceitos  da  Gestalt,  do  Behaviorismo,  do 
Empirismo,  do  Racionalismo,  de  Piaget,  Vygotsky, 
Ausubel e Agnes Keller, é bastante completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REA‐DICKENS,  Pauline;  GERMAINE,  Kevin. 
Evaluation. Oxford: Oxford University Press, 1993. 
Os  autores  propõem  que  se  avaliem  todas  as 
instâncias que envolvem o ensino de língua inglesa: 
professor,  sua  aula,  material  e  conteúdo,  para 
organizar  análises  descritivas  quantitativas  que 
servirão  de  parâmetro  para,  por  fim,  desenhar 
processos de avaliação da aprendizagem.  
 
VILLAS  BOAS,  Benigna  Maria  de  Freitas.  Virando  a 
escola do avesso por meio da avaliação. Campinas: 
Papirus, 2008. 
A  autora  analisa  a  repetência  e  a  evasão  escolar, 
relacionando‐a à avaliação classificatória, propondo 
o  uso  da  avaliação  formativa  para  transformar  a 
escola,  a  fim  de  promover  uma  formação  para  a 
cidadania crítica. Ao discutir a avaliação formativa e 
suas possibilidades, apresenta suas principais formas 
Como a realizada por colegas, por meio de portfólio, 
de  provas  ou  ainda  de  registros  reflexivos.  Merece 
destaque no livro a autoavaliação que, devidamente 
empregada e associada a outros procedimentos, tem 
se  mostrado  um  excelente  recurso  para  o 
desenvolvimento  da  capacidade  de  reflexão  e  de 
tomada de decisão.  
 

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Uso justifica meio efii e em 2010

  • 1. Línguas Estrangeiras Ensino Fundamental II e Ensino Médio Patrícia Bertachini Talhari ptalhari@positivo.com.br http://www.portalpositivo.com.br/spe/linguainglesa http://www.portalpositivo.com.br/spe/linguaespanhola 0800 725 3536 Os fins da avaliação em língua estrangeira justificam os meios? Este encontro propiciará uma discussão sobre propostas de procedimentos avaliativos coerentes com o trabalho conduzido pelo professor em sala de aula, considerando-se a proposta pedagógica do Livro Integrado Positivo para línguas estrangeiras. Será dada especial atenção aos conhecimentos privilegiados e uso da língua, bem como aos eixos cognitivos, às competênciaseàshabilidadespropostasparaopróximoENEM. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 23
  • 2.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          2                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    LUGAR DE VALOR    Caro(a) Educador(a):      A  construção  do  Lugar  de  Valor  está  pautada  na  dinâmica  das  relações  que  estabelecemos  entre  pessoas, nas instituições. Nossa parceria se constitui  em um Lugar de Valor que impulsiona as realizações.    A  construção  do  Lugar  de  Valor  de  professores  e  alunos  no  espaço  escolar  está  intimamente  relacionada  ao  cultivo  e  à  qualidade  das  relações  interpessoais,  capazes  de  oxigenar,  vitalizando  o  movimento  criador,  por  meio  do  qual  se  extrai  a  assinatura  da  autoria.  Esse  movimento  confere,  de  modo singular, o sentido de valor aos processos de  ensino e de aprendizagem, considerando a realidade  a partir da identidade coletiva, sem a qual qualquer  projeto humano se esvazia.    Aprender  a  desaprender  para  que  a  inovação  aconteça se torna um dos imperativos na atualidade,  respeitando  o  espírito  de  comunidade,  capaz  de  revelar  as  impressões  do  “agora”,  que  se  encontra  em plena atualização.    A intenção presente no Programa de Cursos 2010 é  construir  e  desconstruir,  aprender  e  desaprender  sobre  o  fazer  pedagógico  docente  e  da  equipe  diretiva das Escolas Conveniadas ao Sistema Positivo  de Ensino por meio da articulação do Livro Didático  Integrado,  do  Portal  Positivo  e  da  Assessoria  Pedagógica.    Organizados em oficinas com temáticas que refletem  as  necessidades  mais  subjacentes  à  realidade  educacional contemporânea, os cursos se voltam às  diferentes  necessidades  dos  profissionais  da  educação.    São as iniciativas promovidas por nossos encontros  que  viabilizam  o  necessário  e  afastam  a  armadilha  do possível, conferindo responsabilidades pelo Lugar  de Valor que se constrói e com o qual se identifica a  própria obra.                                  Acedriana Vicente Sandi                                Diretora Pedagógica    Este texto compõe o material entregue no momento  da realização do Programa de Cursos Positivo 2010.  Este Programa destina‐se às Escolas Conveniadas ao  Sistema Positivo de Ensino (SPE). O texto apresenta  aprofundamento didático‐metodológico da Proposta  Pedagógica dos Livros Didáticos Integrados Positivo  (LDIP),  do  CD‐ROM  e  do  Portal  Positivo.  A  seguir,  conheça  a  Equipe  de  Assessoria  da  área  de  Língua  Portuguesa e Línguas Estrangeiras:    Equipe da Área de área de Língua Portuguesa e  Línguas Estrangeiras:    Coordenação da área:  Climene Fávero  cfavero@positivo.com.br   Assessoria de Línguas Estrangeiras:  Assessoria do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Inglês  e Espanhol):  Patrícia Bertachini Talhari  ptalhari@positivo.com.br    Assessoria do Ensino Fundamental (Inglês):  Lucienne Lautenschlager  luciennel@positivo.com.br          Luciana Pereira Jasinski          ljasinski@positivo.com.br   Assessoria de Língua Portuguesa:  Assessoria do Ensino Fundamental l:  Cristianna Sant’Anna Monteiro  cmonteiro@positivo.com.br  Lucienne Lautenschlager  luciennel@positivo.com.br          Luciana Pereira Jasinski          ljasinski@positivo.com.br   Assessoria do Ensino Fundamental e do Ensino Médio:  Rosemara Custódio Vicente  rvicente@positivo.com.br  Vanessa H. da Fonseca  vfonseca@positivo.com.br  Irene Cristina Boschiero           iboschiero@positivo.com.br    Assessoria do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio  Robson Luiz Rodrigues de Lima  rlima@positivo.com.br        FALE CONOSCO    0800 725 3536   
  • 3.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          3                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    Avaliação X Aprendizagem   ou   Avaliação ↔ Aprendizagem?  Se continuarmos fazendo o que estamos fazendo,  continuaremos conseguindo o que estamos conseguindo.  (Stephen Covey)  Por que se avalia?  Desde uma crítica sobre um filme, passando  por  comentários  de  um  amigo  querido  sobre  o  comportamento  de  uma  pessoa,  aos  dados  de  desempenho  de  um  veículo  publicados  em  uma  revista  especializada,  utilizamos  os  resultados  de  processos  avaliativos,  sejam  eles  formais  ou  não,  para nos decidirmos se algo ou alguém é adequado  para um determinado fim. Na escola não é diferente,  embora a relação entre fazer (ensinar e aprender) e  avaliar não seja tão fluida ou contígua. Confundimos,  muitas vezes, avaliar com mensurar.  Muito se tem feito, em várias instâncias, no  sentido  de  se  ajustar  o  processo  educacional  à  realidade: percebe‐se que o conhecimento sistêmico  está  cada  vez  mais  complexo  e  volumoso,  que  as  fronteiras  entre  suas  áreas  estão  cada  vez  mais  tênues,  e  seus  usos,  mais  flexíveis.  Começa‐se  a  entender  que  a  aprendizagem  é  um  processo.  Por  isso,  o  empenho  em  estabelecer  parâmetros  que  orientem professor e aprendiz no desenvolvimento  de  competências  e  habilidades  em  operar  com  conceitos e dados, em vez de apenas conhecê‐los.  Avança‐se rumo a práticas pedagógicas que reflitam  isso.   Cabe ressaltar que, além de ensinar, é papel  da  escola  certificar,  razão  pela  qual  existem  as  averiguações periódicas do aprendizado. A questão é  que  o  formato  dessas  últimas  não  sofreu  modificações  significativas  desde  que  a  escola  se  estabeleceu  como  tal.  Normalmente  verifica‐se  a  quantidade  de  conteúdos  memorizados  pelo  educando, o que se faz, em geral, de forma escrita,  pela  necessidade  de  documentação.  Esse  modelo  cria  a  ilusão  de  que  o  aprendiz  acumula,  de  forma  organizada,  subsídios  que  utilizará  mais  tarde  na  solução de questões de ordem prática. No entanto,  o  que  efetivamente  acontece  é  uma  resposta  fragmentada  e  de  curta  duração,  em  termos  de  memória, à exposição de informações.  Seja  por  ela  ter  sido  consagrada  como  um  instrumento  científico  de  mensuração,  seja  pela  familiaridade  que  se  tem  com  ela,  avalia‐se  o  conhecimento,  principalmente  por  meio  da  prova  escrita,  cujo  índice  de  acertos  é  transformado  em  números,  os  quais,  por  sua  vez,  serão  usados  na  promoção  ou  retenção  de  alunos  em  determinada  etapa. Note‐se que não é a prova em si, nem o fato  de ela ser escrita, o que estagna o trabalho com as  competências,  mas,  sim,  o  fato  de  se  considerar  como  produto  (aprendizado)  um  processo  em  andamento  (aprendizagem),  e  de  tentar  linearizar  ou mesmo congelar o movimento espiralado desse  processo.  Como  resultado  há,  na  educação  formal,  de um lado, concepções e técnicas que procuram se  atualizar  para  assegurar  o  processo  de  aprendizagem;  de  outro,  formas  estanques  que  julgam comprovar se houve um aprendizado preciso:  Autoritariamente  pedimos  a  uma  criança  que acredite em uma ideia (dos outros), em  uma definição (que para ela nada define) ou  em  uma  regra  pronta  e  acabada  (que  ela  não entende) e que as repita de cor, quando  solicitada.  Num  processo  de  ensino  assim,  no  qual  se  privilegia  a  memória  em  detrimento  do  raciocínio,  o  que  se  pode  esperar do processo de avaliação? (RABELO,  1998, p. 47).  Prova e notas...  A  supervalorização  das  tradicionais  provas  periódicas em detrimento de tarefas continuadas −  mais  adequadas  para  evidenciar  a  construção  do  conhecimento  −  acaba  por  dissociar  o  exame  do  trabalho desenvolvido em sala de aula. Esse sistema  impulsiona  o  aluno  a  se  interessar  mais  em  obter  uma  nota,  a  que  assegura  que  uma  etapa  foi  superada,  do  que  vencê‐la,  realmente.  Os  coeficientes  assim  alcançados  ainda  são  considerados  indicadores  da  excelência  de  aprendizado,  apesar  de  inúmeros  exemplos  de  alunos  medíocres  que  se  tornaram  excelentes  profissionais  (e  vice‐versa)  nos  demonstrarem  que  isso não é verdade:  O clínico‐geral Rodolfo de Farias Gomes (...)  sempre  ostentou  notas  excelentes  no  boletim  escolar  e  esteve  entre  os  50  primeiros  colocados  no  vestibular  (...)  mas  não  se  considera  um  profissional  feliz  (...).  "Era  péssimo  aluno,  mas  sempre  consegui  decorar  fórmulas,  nomes  de  autores  e  teorias com facilidade, por isso sempre me  dei  muito  bem  em  provas".  (...)  Escalado  para  inúmeros  plantões  em  hospitais  da  cidade,  Gomes  vem  garantindo  seu  sustento. "Mas não consegui dar uma forma  à minha carreira. O modelo de avaliação da  escola  acabou  reforçando  meu  lado  competitivo e, hoje, tenho muita dificuldade  em  trabalhar  em  equipe  e  desenvolver  relacionamentos de trabalho sadios." (...)  Leitor  ávido  de  Monteiro  Lobato  e  recém‐ chegado ao mundo de Machado de Assis, o  garoto  Frederico  Ferreira  Andrade,  12,  é  mau aluno. (...) o estudante da sexta série 
  • 4.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          4                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    do  Rio  Branco  devorou  "Dom  Casmurro".  "Queria  descobrir  se  Capitu  tinha  ou  não  traído  Bentinho",  diz  ele.  E  tirou  uma  conclusão:  "Acho  que  a  traição  é  coisa  da  cabeça  dele".(...),  a  guerra  do  Iraque  também  o  interessa.  "Ele  fala  com  desenvoltura  dos  conflitos  no  Oriente  Médio  e  da  estratégia  militar  norte‐ americana",  diz  sua  mãe,  (...).  Na  hora  de  falar  de  escola,  porém,  ele  torce  o  nariz.  (Chagas, 2003, s. p.). O  uso  das  notas  como  elemento  “motivador”  retroalimenta  a  classificação,  a  separação  entre  bons  e  maus  alunos.  Segundo  Cordeiro  (2007,  p.  21),  ainda  são  observáveis  os  vestígios  de  subordinação  da  avaliação  escolar  à  meritocracia, ou seja, seleção dos melhores alunos,  que  tradicionalmente  eram  destinados  a  serem  dirigentes.  Esse  cunho  seletivo  desvia  o  foco  da  construção do conhecimento para a mensuração de  resultados,  e  tem  como  maior  consequência  a  exclusão dos que não se ajustam ao sistema. Claro  está  que  é  uma  tendência  humana  classificar  o  desempenho.  A  comunidade  escolar  ‐  principalmente  os  alunos  ‐  o  fará,  ainda  que  o  educador  não  a  incentive.  O  problema  está  em  fundamentar  a  prática  educativa  somente  nesse  preceito, que nada tem de pedagógico.     A proposta do curso de hoje...  ...É  começar  uma  reflexão  que  nos  permita  sair do processo avaliativo classificatório para usar a  avaliação  a  serviço  da  aprendizagem.  Observe  o  percurso proposto por Jussara Hoffman:    Caminhando da avaliação classificatória para a  avaliação formativa      Avaliação classificatória      Avaliação mediadora    De uma avaliação a serviço  da  classificação,  seleção,  seriação...  a uma avaliação a serviço  da  aprendizagem  do  aluno,  da  formação,  da  promoção  da cidadania.  De  uma  atitude  de  reprodução,  de  alienação,  de  cumprimento  de  normas...  à  mobilização,  à  inquietação,  na  busca  de  sentido  e  significado  para  essa ação.  Da  intenção  prognóstica,  somativa,  de  explicação  e  apresentação  de  resultados finais...  à  intenção  de  acompanhamento  permanente,  de  mediação,  de  intervenção  pedagógica  para  a  melhoria  da  aprendizagem.  Da  visão  unilateral  (centrada  no  professor)  e  à  visão  dialógica,  de  negociação  entre  os  unidimensional  (centrada  nas  medidas  padronizadas  e  na  fragmentação  disciplinar)...  envolvidos  e  multirreferencial  (objetivos,  valores,  discussão  interdisciplinar).  Do  privilégio  à  homogeneidade,  à  classificação,  à  competição...   ao  respeito  à  individualidade, à confiança  na  capacidade  de  todos,  à  interação e à socialização.   O  professor  explica  noções, ensina como se faz  e  pergunta  ou  propõe  tarefas  para  ver  se  a  resposta  do  aluno  está  de  acordo com o que ensinou.  O  professor  pergunta  ao  iniciar, ao desenvolver e ao  finalizar  etapas.  Tarefas  e  testes  diversificados  são  propostos  em  cada  etapa,  ajustando  propostas  a  novas situações que surgem  a partir do que os alunos já  entendem  sobre  um  novo  assunto.  Verificação  do  alcance  de  um objetivo ao final de um  estudo.  Questionamento,  desafios  para  construção  de  respostas.  In Hoffman, 2001  Se  o  que  obstrui  o  processo  pedagógico  é  fundamentá‐lo  na  consecução  de  resultados  numéricos,  obtê‐lo  por  meio  de  um  único  instrumento,  em  um  único  momento,  agrava  a  situação.  Aí  reside  a  importância  da  chamada  avaliação  contínua,  que  tira  proveito  de  todas  as  situações  possíveis  para  verificar  se  o  aluno  está  aprendendo,  sem  a  preocupação  de  mensurar  o  quanto. Mesmo ferramentas pontuais, como o teste,  podem  ser  utilizadas  de  forma  contínua  ou  construtiva:    Uma  prova  não  deveria  servir  apenas para  detectar o que o aluno ainda não sabe em  um dado momento, mas deve ser também  um bom instrumento de aprendizagem. Por  isso  seria  conveniente,  que,  após  sua  correção,  antes  de  ser‐lhe  atribuída  uma  nota,  o  aluno  tivesse  a  oportunidade  de  refazê‐la, atentando para as observações do  professor. (RABELO, 1998).  Nesta  breve  investigação  que  contribuirá  para  que  nossos  procedimentos  avaliativos  acompanhem  nossas  práticas  educacionais,  é  conveniente  evitar  soluções  aparentemente  fáceis,  como  demonizar  ou  abolir  a  prova  escrita  ou  suas  notas. Benigna Villas Boas (2008, p. 21) comenta que  muitas  escolas  afirmam  ter  transformado  seus  procedimentos  de  avaliação  em  benefício  da  aprendizagem ao eliminarem notas, mas continuam  usando  a  avaliação  como  elemento  de  coerção  e  classificação, de reprovação e aprovação, mantendo 
  • 5.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          5                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    aulas de recuperação até para crianças da Educação  Infantil.   Tampouco  é  producente  eliminar  a  prova  escrita. Afinal, uma das principais tarefas do ensino  formal  é  fazer  com  que  o  aluno  se  aproprie  de  conhecimentos  já  estabelecidos  e  os  expresse  em  forma  de  afirmações  sobre  um  tema  ou  problema,  ou  seja,  o  educando  deve  praticar  a  escrita  acadêmica.  Em  sua  vida  futura,  será  submetido  a  testes  formais,  como  provas  vestibulares  e  de  seleção a postos de trabalho; é importante que ele  se  familiarize  também,  mas  não  só,  com  esses  modelos. A questão está em preparar os estudantes  desde muito cedo nesse formato, antes mesmo de  serem capazes de abstrair, como se a prova escrita  fosse o único modo existente de avaliar: Se  não  se  utilizam  outros  instrumentos  [além  da  prova  escrita],  ficam  de  fora  da  avaliação  da  aprendizagem  muitos  conhecimentos  e  competências,  como:  emitir  opiniões,  escolhas  ou  juízos  morais,  éticos  ou  estéticos,  comparar  situações  distintas,  interagir  com  outras  pessoas  e  extrair consequências cognitivas relevantes  (aprender  com  o  outro),  confrontar  os  conhecimentos adquiridos pela experiência  e  aqueles  adquiridos  pela  leitura  ou  assimilação  verbal,  capacidade  de  inventar  soluções  alternativas  para  problemas  tradicionalmente  respondidos  de  uma  determinada  maneira  (o  que  pode  ser  útil  diante  dos  problemas  colocados  pela  exploração irracional do meio ambiente, por  exemplo) (Cordeiro, 2007, p. 159).  De  outra  parte,  as  provas  escritas  de  processos  seletivos,  sejam  escolares,  sejam  profissionais,  exigem,  cada  vez  mais,  não  só  a  retenção de conceitos, mas também a habilidade em  utilizá‐los  em  situações  práticas,  assim  como  a  capacidade  de  organização  de  argumentos  e/ou  dados  em  uma  linha  de  raciocínio.  No  mercado  de  trabalho,  são  utilizados  também  entrevistas,  dinâmicas,  testes  psicotécnicos  e  períodos  de  experiência,  que  servem  para  avaliar  competências  aliadas ao conhecimento. O próprio padrão da prova  vestibular está se transformando, passando de uma  averiguação  de  memorização  de  informações  para  uma  verificação  do  uso  contextualizado  desses  dados. Cabe ressaltar, também, que sua função não  é avaliar aprendizagens consolidadas – incumbência  da  escola  –  mas,  sim,    realmente  classificar,  para  excluir excedentes, uma vez que não há vagas para  todos.   O desafio está em usar a avaliação a serviço  da aprendizagem. Para tanto, é fundamental definir  ou  conhecer  claramente  os  seus  objetivos.  É  por  meio deles e do formato da avaliação que se tomam  as  decisões  quanto  aos  conhecimentos  a  serem  tratados e a maneira de trabalhá‐los. Essa não deve  ser uma informação privilegiada do professor, mas,  sim,    de  ciência  do  aluno.  Explicar  ao  educando  o  projeto  pedagógico,  os  objetivos  específicos  do  componente curricular em cada fase, as ferramentas  utilizadas  para  avaliar  e  se  tais  metas  foram  alcançadas tem se demonstrado o melhor modo de  engajar o aluno em sua própria aprendizagem.   Assim, o procedimento avaliativo não pode  se  dissociar  do  que  se  faz  em  sala  da  aula.  Do  mesmo  modo  que  se  procuram  diversificar  procedimentos  e  técnicas  para  dar  conta  da  cognição, é necessário variar os instrumentos de sua  constatação.  Antes  de  nos  dedicarmos  a  eles,  porém, é conveniente conhecer a nomenclatura de  conceitos‐chave  em  avaliação  que  aparecem  na  literatura da área. Vamos tentar relacioná‐los?                                         
  • 6.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          6                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    TIPO DE  AVALIAÇÃO  DEFINIÇÃO  1. DIAGNÓSTICA  (       )  Efetuada em um momento específico, pré‐determinado.    2. PONTUAL  (       ) Verificação de capacidades do aluno diante das novas aprendizagens e do  domínio  de  conhecimentos  anteriores  necessários  à  nova  etapa,  para  efeitos  de  planejamento de trabalho e escolha de estratégias.    3. SOMATIVA  (      )  Feita  em  todas  as  ocasiões  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem,  excetuando‐se  os  momentos  de  apresentação  de  conhecimentos  novos  e  suas  primeiras práticas.    4. CONTÍNUA  (    )  Conhecida  por  muitas  denominações,  como  avaliação  mediadora,  construtiva,  emancipatória,  dialógica  e  fundamentada,  abrange  todas  as  atividades  desenvolvidas  no  processo  de  aprendizagem.  Sua  função  é  fornecer  indicadores  que  retroalimentarão o trabalho pedagógico.   Informa  se  os  alunos  estão  atingindo  os  objetivos  pretendidos,  se  há  compatibilidade entre tais objetivos e os resultados alcançados, além de identificar as  dificuldades, para possibilitar reconstrução e recuperação de conhecimentos.   Principal  meio  pelo  qual  o  estudante  conhece  seus  erros  e  acertos,  sendo  também um estímulo para um estudo sistemático.    5. FORMATIVA  (      )  Geralmente pontual, tem como objetivo quantificar resultados já colhidos  por outros tipos de avaliações. Transforma o domínio do aluno em números, no final de  uma unidade de aprendizagem, permitindo outorgar uma qualificação a qual, por sua  vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada. Por  isso é também chamada de creditativa.   Também  se  propõe  a  classificar  os  alunos  ao  final  de  um  período  de  aprendizagem, de acordo com os níveis de aproveitamento.    Você  deve  ter  percebido  que  a  avaliação  classificatória,  mencionada  anteriormente,  ficou  de  fora.  É  que  ela  não  é  realmente  um  tipo  de  verificação,  mas,  sim,  um  efeito  negativo  da  avaliação _______________.   Nenhum  dos  gêneros  do  quadro  acima  é  melhor ou pior do que outro. Na verdade, referem‐ se a classificações de diferente ordem. Os conceitos  de  avaliação  contínua  ou  pontual  se  referem  à  periodicidade com que instrumentos são utilizados,  não à sua função, como são os demais. Um ou outro  pode  ser  (in)adequado  a  determinados  objetivos  e  passos do processo de ensino e aprendizagem. Por  exemplo,  de  nada  serve  uma  avaliação  diagnóstica  no fim de uma etapa, a não ser que ela sirva para  determinar  encaminhamentos  da  fase  seguinte.  Da  mesma  forma,  nem  todas  as  situações  da  sala  de  aula têm         como  objetivo  verificar  a  aprendizagem.  Não  podemos  transformar  todo  encontro  em  uma  atividade que vale nota, em nome de procedermos a  uma avaliação contínua.  Vejamos um esquema útil para entendermos  quando  cada  tipo  pode  ser  aplicado,  em  uma  unidade de ensino (bimestre, trimestre, ano).                                
  • 7.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          7                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    Um exemplo de processo avaliativo escolar    Note‐se  que  a  avaliação  somativa  não  precisa  ter  unicamente  o  formato  de  exame,  nem  precisa  ser  pontual.  Ela  pode  ser  uma  parte  da  avaliação  contínua,  a  somatória  dos  acertos,  uma  atividade  específica  de  recuperação  de  conhecimentos  (não  de  nota).  Sua  característica  mais  importante  é  ser  expressa  em  números,  para  certificar  que  o  aluno  foi  aprovado  nessa  unidade  temporal  de  ensino,  o  que  não  determina  sua  estrutura. O que importa é que ela reflita o que (e  como) foi trabalhado nessa área do conhecimento:  Avaliar ↔ Aprender   Nossa meta é usar a avaliação para ajudar o  aluno a aprender uma LE e o professor a ensiná‐la e  aprender como fazer isso melhor. Não se pretende  transformar a avaliação em si, mas, sim, mudar seu  foco, da verificação da quantidade de conteúdos que  o aluno consegue memorizar para a averiguação das  formas de operar com esses conteúdos. Para isso, a  avaliação,  sua  proposta,  seu  formato,  sua  periodicidade,  suas  exigências  e  seus  instrumentos  devem, necessariamente, incorporar‐se ao projeto ‐‐   e  ao  processo  –  pedagógico.  Em  outras  palavras,  a  atividade de avaliação não pode ser diferente do que  se propõe e se faz em sala de aula para que o aluno  aprenda.  Assim,  a  preocupação  em  empregar  atividades  diversificadas,  visando  desenvolver  a  competência  comunicativa,  as  diferentes  inteligências e habilidades necessárias à aquisição e  uso  de  uma  LE  estará  presente  em  todas  as  ações  promovidas  pelo  professor,  independentemente  de  sua  função,  consolidação  da  aprendizagem  e/ou  avaliação  dessa  apropriação  de  conhecimentos.  Nosso  cuidado  será  harmonizar  o  que,  para  que  e  como ensinar/avaliar:  Avaliação Avaliação Avaliação Avaliação O aluno tem bom desempenho com os conhecimentos privilegiados desta etapa?  Aferição Resultados numéricos O aluno está  aprendendo?    A metodologia  está funcionando?  O aluno tem os  conhecimentos/  habilidades  necessários para  esta etapa?  “Avaliar não pode ser um ato mecânico, para que  possamos contribuir para a construção de  competências técnicas e sociopolítica‐culturais.  Por isso a escola não pode continuar trabalhando  com verdades absolutas, prontas e acabadas”   (Rabelo, 1998, p. 11)”. 
  • 8.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          8                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio        Assim  sendo,  professor,  cabem  algumas  perguntas,  ao  se  estruturarem  atividades  de  avaliação‐ aprendizagem.     No  momento  de  procedermos  ao  planejamento,  já  temos,  previamente  estabelecido,  na  proposta  pedagógica e na programação anual, o que desenvolver em sala de aula, ainda que durante o processo se façam  necessários  alguns  ajustes.  A  proposta  pedagógica  do  Livro  Didático  Integrado  Positivo  (LDIP)  de  Línguas  Estrangeiras (LE), a partir do 2.º ciclo do Ensino Fundamental (6.º a 9.º ano) pode ser assim sintetizada:     Para  aliviar  a  ansiedade  do  professor  de  LE  do  Ensino  Médio,  consideraremos  também  os  eixos  e  competências que orientarão o próximo Exame Nacional do Ensino Médio, ainda que estejam disseminados na  proposta pedagógica:          CONHECIMENTOS  PRIVILEGIADOS    Tipos de ATIVIDADES OBJETIVOS  de ensino O quê?  O que pretendo verificar? Quais são os objetivos de ensino de uma LE na escola? Qual é a proposta  pedagógica? Quais são os eixos temáticos, os conhecimentos privilegiados, os gêneros textuais, as  habilidades desenvolvidas nesta unidade? Os objetivos estão claros para mim e para os alunos?  Promover  a  competência  comunicativa  do  aluno,  ou  seja,  orientá‐lo  a  interpretar,  expressar  e  negociar  significados,  com  base  no  trabalho  com  o  texto  escrito.  Para  tanto,  procura‐se  mobilizar  conhecimentos:  ⇒ Linguísticos ou gramaticais: E aqui se entenda uso de língua, mais do que normas prescritivas.  Ou seja, dar a conhecer normas gramaticais, as características lexicais, morfológicas, sintáticas  e fonológicas da língua‐alvo para que o aprendiz as reconheça e as use para se expressar.  ⇒ Discursivos: Apresentar o discurso, especialmente o escrito, como um todo significativo, fazer  o educando perceber a coesão entre palavras e orações para formar uma unidade coerente.   ⇒ Sociolinguísticos: Prover o aprendiz de ferramentas de comunicação, expor o contexto social  no  qual  a  língua  é  usada,  para  permitir  o  julgamento  da  adequação  do  uso  do  idioma  às  situações.  ⇒ Estratégicos:  Sugerir  táticas  de  compensação  de  lacunas  no  conhecimento  linguístico,  principalmente no que tange à leitura.  Encaminhar o educando a se posicionar, a refletir por meio da língua‐alvo.  ⇒ Nesse  sentido,  os  projetos  são  um  instrumento  privilegiado,  tanto  de  construção  de  conhecimento como de avaliação.  Dirigir  as  atividades  de  forma  a  que  o  estudante  possa  estabelecer  inter‐relações  entre  forma,  conteúdo e linguagem.  avaliação
  • 9.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          9                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio      Em  termos  de  conhecimentos  privilegiados,  para  atendermos  os  perfis  dos  educadores  presentes,  tomaremos como exemplo a programação de uma unidade de um volume do Ensino Fundamental II e uma do  Ensino Médio, de língua inglesa e espanhola.     As  perguntas  anteriores  serão  de  fato  respondidas  durante  a  prática  pedagógica.  Hoje,  tentaremos  considerá‐las na construção de nossos instrumentos de avaliação.       Segundo  Hoffman  (2001),  organizar  a  avaliação  em  somente  um  formato  restringe  a  observação  da  aprendizagem. Caso sejam oferecidos apenas testes escritos com base em aulas expositivas, não será possível  observar  ou  intervir  se  o  aluno  apresenta  bom  desempenho  no  uso  de  língua  dentro  de  uma  situação  sociocultural, na reflexão crítica, na proposição de propostas com base nessa LE. Da mesma forma, se sempre  foram apresentadas questões objetivas, não haverá avaliação da expressão do pensamento em outras formas, na  organização das ideias dentro de uma argumentação.      Para quê?  Os conhecimentos que solicitarei são relevantes para a aprendizagem dos conhecimentos e habilidades  privilegiados, dentro da proposta pedagógica, neste momento? Qual é o papel desse teste/tarefa no conjunto  de aprendizagens que estamos construindo? Quero constatar falhas no processo de aprendizagem dos alunos  para fazer algo a respeito ou só para excluir?  Como?  Que instrumentos/atividades posso usar nessa verificação? As questões/tarefas permitem ao aluno  desenvolver competência comunicativa, refletir, relacionar, criar por meio da LE, ou se exige apenas  memorização? Há diferentes formas de representação do pensamento (verbal, plástica, dramática, etc.)? Os  diversos tipos de inteligência, estilos de aprendizagem e habilidades estão contemplados? Os conhecimentos  foram praticados na aula ou apresentados apenas em teoria?   EIXOS COGNITIVOS (comuns a todas as áreas do conhecimento)    Dominar linguagens: fazer uso das línguas espanhola e inglesa (no caso de LE).  Compreender  fenômenos:  construir  e  aplicar  conceitos  das  várias  áreas  do  conhecimento  para  a  compreensão  de  fenômenos  naturais,  de  processos  histórico‐geográficos,  da  produção  tecnológica  e  das  manifestações artísticas.  Enfrentar  situações‐problema:  selecionar,  organizar,  relacionar,  interpretar  dados  e  informações  representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações‐problema.  Construir  argumentação:  relacionar  informações,  representadas  em  diferentes  formas,  e  conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.  Elaborar  propostas:  recorrer  aos  conhecimentos  desenvolvidos  na  escola  para  elaboração  de  propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade  sociocultural.   COMPETÊNCIA DE ÁREA  Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras  culturas e a outros grupos sociais.  Associar vocábulos e expressões de um texto em LE ao seu tema.  Utilizar os conhecimentos da LE e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de  acesso a informações, tecnologias e culturas.  Relacionar um texto em LE às estruturas linguísticas, à sua função e ao seu uso social.  Reconhecer a importância da produção cultural em LE como representação da diversidade cultural e  linguística. 
  • 10.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          10                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio        Revisemos  o  que  as  ferramentas  abaixo  (previamente  estruturadas  ou  desenvolvidas  em  conjunto)  avaliam, quanto à aprendizagem de uma LE. Em que cada uma consiste? O que se pode acrescentar a cada uma,  para  desenvolver  a  competência  comunicativa  e  oferecer  chances  de  uso  de  competências,  habilidades  e  inteligências?      Exercícios escritos _______________________________________________________________________  Testes________________________________________________________________________________  Tarefa de casa ou de classe________________________________________________________________  Feedback______________________________________________________________________________  Debates ______________________________________________________________________________  Jogos e/ou dinâmicas, com registro do professor _______________________________________________  Dramatização __________________________________________________________________________  Entrevista (informais ou com roteiro e registro) ________________________________________________  Portfólios _____________________________________________________________________________  Projetos ______________________________________________________________________________  Apresentações desenvolvidas em grupo______________________________________________________  Transformação de gêneros ________________________________________________________________  Diário  com  metas  pessoais  e  coletivas  de  enfrentamento  de  dificuldades  e  de  avanços  em  determinadas  tarefas e/ou habilidades ___________________________________________________________________    Há mais alguma?______________________________________________________________________      Todos esses instrumentos podem ser complementados, no sentido de contribuir para que o processo de  avaliação seja contínuo e formativo. Algumas sugestões:  Anotações feitas pelo professor durante as atividades  Ficha individual  Ficha‐tabela, para anotar a participação de cada aluno nas atividades  Relatórios (do professor, de grupos ou de um aluno)  Discussão de diferentes respostas entre os estudantes  Sugestões dos alunos sobre instrumentos de avaliação elaborados pelo professor  Análise individual, em duplas, em grupos, da produção de textos e tarefas  Refação da atividade antes da nota final    Existe mais algum? ____________________________________________________________________    De olho na correção                         O erro é um indício da parte do processo de construção do conhecimento em que o aluno está   (ESTEBAN, 2003).  “O aluno precisa ter contato com diferentes formas de avaliação para que possa desenvolver o processo de  aprendizagem e consequentemente a avaliação seja satisfatória para o seu desempenho” (Morosov; Martinez,  2008, p. 91).  
  • 11.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          11                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    De acordo com Afonso (2007), há três níveis  de erros, aos quais devemos prestar atenção, antes  de  corrigir.  Há  o  erro  inconsciente  para  quem  se  equivocou.  Não  é  útil  apontá‐lo,  nem  identificar  quem  o  comete,  principalmente  no  momento  de  produção do discurso. Uma boa sugestão é anotar os  erros  mais  significativos  e  oferecer  uma  correção  coletiva,  generalizada,  no  quadro,  para  tornar  o  equívoco observável para quem o comete.   Existe,  também  o  erro  como  problema.  Neste caso, quem se equivocou percebe; mas, tarde  demais.  É  interessante,  para  impulsionar  a  superação,  indicar  o  deslize  com  o  cuidado  de  não  interromper a produção e propiciar uma chance de  refação da atividade, ou outra tarefa com o mesmo  objetivo, mas com formato/linguagem diferente.  Quando  o  erro  já  está  superado  como  problema,  é  evitado  ou  pré‐corrigido  nas  ações  seguintes.  O  desafio  do  professor  é  incentivar  o  aluno  a  não  ter  medo  de  errar.  Para  isso,  é  primordial  não  descontar  pontos  por  erros,  razão  pela  qual  o  aluno  produz  o  mínimo  possível,  mas,  sim,  somar  os  acertos  e,  principalmente,  tomar  o  desempenho comunicativo do aluno como um todo.  Hoffman  (2001),  sugere,  também,  que  identifiquemos cada tipo de erro, para saber como  proceder.  Veja‐se  o  esquema  adaptado  da  autora  para o ensino de LE:              Cordeiro  (2007)  menciona  alguns  “efeitos  colaterais”  que  devemos  evitar,  no  momento  de  corrigir.  Observe quadro adaptado:     Hoffman novamente nos oferece dicas úteis. No encerramento deste encontro, vejamos como tratar a  heterogeneidade:  O aluno  1. Usa a mesma palavra/sintagma com grafias/formas diferentes, no mesmo texto.  O aluno ainda não incorporou esse conhecimento e faz tentativas de acerto. Ele precisa da intervenção do  professor para observar as regularidades e irregularidades, que não podem ser descobertas por meio de  jogos ou situações problematizadoras.   2. Faz a tarefa reproduzindo textos (do livro, caderno, Internet).  O aluno vê o sistema escolar como reprodução de conhecimentos, os quais não está disposto a memorizar.  Tem que usar esses conhecimentos de forma contextualizada.  3. Faz a atividade mas apresenta muitos erros de escrita.  O  aluno  demonstra  entender  os  conceitos  e  usos  de  língua  envolvidos,  mas  não  consegue  produzir  o  discurso. Não é útil descontar pontos ou recomendar melhorar a escrita/oralidade. É necessário apontar as  incorreções e providenciar refação.   4. Não realiza, nem tenta realizar a atividade.  O aluno não assimilou os conhecimentos, as orientações estão mal formuladas, houve falta de tempo (plano  didático), desinteresse, falta de comprometimento (plano relacional).  Ordem: tendência para ser mais rígido na correção das primeiras atividades;  Contraste: tendência para resultados extremos (negativos e positivos) servirem de âncora à correção;  Assimilação: de desempenhos anteriores ao atual;  Halo:  tendência  em  julgar  a  tarefa  em  função  da  imagem  do  aluno  (atitudes,  participação,  características socioculturais...) e/ou da apresentação do trabalho;  Contaminação: pela opinião de outros professores e/ou coordenação. 
  • 12.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                                          12                                  Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    Esperamos haver contribuído para que seu processo avaliativo reflita, na medida do possível, o trabalho  orientado por você em sala de aula.     Aprender  sobre  o  aprender  dos  alunos  com  base  na  investigação  e  na  interpretação  dos  avanços  e  obstáculos individuais no plano da construção dos conhecimentos;  Reconhecer que o processo de conhecimento dos alunos é sempre qualitativamente diferente, uma vez  que se dá por construções próprias;  Saber desenvolver propostas coletivas, visando ao benefício de alguns alunos e realizar o atendimento  individual sem perder de vista a responsabilidade do grupo;  Administrar propostas parciais, sem perder de vista o conjunto;  Valorizar a heterogeneidade como fator inerente à socialização, à formação moral;  Oferecer ajudas específicas sem discriminar ou subestimar. O atendimento diferenciado tem que adquirir  status de ação planejada.  "A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri‐la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos  pode poupar ou fazer por nós" (Marcel Proust). 
  • 13.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                              13                       Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    Referências Bibliográficas Comentadas:    AFONSO,  Almerindo  Janela  et  al.  Avaliação  na  educação. Pinhais: Melo, 2007.  São  diversos  artigos  de  educadores  que  se  têm  dedicado  à  avaliação  escolar  que  analisam  seus  pontos‐chave, tais como: a relação da avaliação e a  autoestima, a prática da exclusão, a avaliação sob a  perspectiva  da  inteligências  múltiplas  e  da  inclusão  tecnológica, ferramentas como o portfólio, avaliação  para educação infantil, entre outros.     CHAGAS,  CAROLINA.  Exame  é  uma  bomba?:  Folha  Sinapse.  Disponível  em  http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult106 3u432.shtml. Acesso em: 16 nov. 2009.  Artigo informal, com depoimentos, que versa sobre  os  efeitos  do  formato  do  exame  (prova  escrita,  individual,  sem  consulta)  do  ponto  de  vista  do  aprendiz.    CORDEIRO,  Jaime.  Didática.  São  Paulo:  Contexto,  2007.  Compêndio agradável de ler, bem organizado, atual  e  amplo  sobre  Didática,  escrito  especialmente  para  graduandos e professores da disciplina dos cursos de  Pedagogia  e  relacionados.  Obra  não  prescritiva,  dirigida  às  necessidades  da  escola  em    nosso  país,  trata  de  como  as  concepções  de  ensino  e  aprendizagem  influenciam  na  produção  e  correção  de processos avaliativos.    ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em  busca  de  novos  sentidos.  Rio  de  Janeiro:  DP&A,  2003.   Esse livro se insere na atual reflexão sobre práticas  escolares,  com  ênfase  ao  modo  a  articulá‐las  ao  movimento  de  emancipação  social.  Sua  linha  está  comprometida  com  a  elaboração  de  processos  de  avaliação  que  se  oponham  às  práticas  classificatórias e aos instrumentos de exclusão, ainda  presentes no cotidiano escolar, além de expressarem  a busca de alternativas que façam da avaliação um  processo dialógico.    FRAGA,  Sandra  Madalena  da  Rocha.  Avaliação  em  espanhol:  um  novo  olhar  sobre  velhas  questões.  Passo Fundo: UPF, 2003.  A  obra  traz  uma  pesquisa  sobre  a  forma  e  o  conteúdo  do  vestibular  em  língua  espanhola,  propondo  mudanças  que  considerem  o  ensino  significativo do idioma estrangeiro.    HOFFMANN,  Jussara.  Avaliação  mediadora:  uma  prática em construção da pré‐escola à universidade.  Porto Alegre. Mediação, 2003.  Nesse  livro  em  formato  de  bolso,  a  autora  propõe  que  o  professor  reflita  sobre  práticas  e  correções  tradicionais  dessas  atividades,  para  sugerir  mudanças  rumo  à  avaliação  mediadora,  em  nosso  curso denominada formativa.     HOFFMANN,  Jussara.  Avaliar  para  promover:  as  setas do caminho. Porto Alegre. Mediação, 2001.  Jussara  Hoffmann  primeiramente  traça  um  panorama  crítico  da  avaliação  e  seus  principais  conceitos  e  dificuldades  percebidas  pelos  educadores,  para,  em  seguida,  analisar  a  relação  entre epistemologia, conteúdo, objetivos, atividades  e alunos. Desse modo, traça rumos para transformar  o processo avaliativo escolar de classificatório para  formativo.      KRAEMER,  Maria  Elisabeth  Pereira.  Avaliação  da  aprendizagem  como  processo  construtivo  de  um  novo fazer.  Disponível em:  http://www.gestiopolis.com/Canales4/ger/avaliacao .htm. Acesso em: 15 nov. 2009.  Artigo  curto  e  prático,  que  elenca  as  funções  da  avaliação  escolar  e  faz  um  comparativo  entre  a  avaliação  escolar  tradicional  e  a  formativa,  aqui  denominada pedagógica.     LEWIS,  Marilyn.  Feedback  em  aulas  de  idiomas.  Trad. Renata Lea F. Oliveira. São Paulo: Special Books  Services Livraria, 2003.  Livro  em  formato  de  bolso,  aborda  as  questões  de  por que, quando e como oferecer feedback durante  as  aulas,  com  base  em  exemplos  oriundos  de  diversos  contextos.  Ao  fim  de  cada  unidade  há  tarefas que ajudam os professores a refletir sobre a  prática  de  feedback  e  sobre  novas  formas  em  que  esse retorno pode ser dado.    MALUF, Maria Irene (Coord.). Aprendizagem: tramas  do  conhecimento,  do  saber  e  da  subjetividade.  Petrópolis: Vozes / São Paulo: ABPp, 2006.   Essa  obra  traz  artigos  de  diferentes  autores,  buscando  colocar  o  processo  de  aprendizagem  em  debate, com foco na relação das questões objetivas e  subjetivas,  da  construção  do  conhecimento  a  partir  do outro e da relação, e de sua ampliação por meio  das relações familiares e socioculturais.   
  • 14.   Programa de Cursos Positivo 2010                                                              14                       Línguas Estrangeiras – Fundamental II e Ensino Médio    MOROSOV, Ivete; Martinez, Juliana Zeggio Martinez.  A didática do ensino e a avaliação da aprendizagem  em Língua Estrangeira. Curitiba: IBPEX, 2008.  Essa  obra  oferece  uma  reflexão  acerca  de  vários  temas envolvidos no ensino e na avaliação em LE. As  autoras  descrevem  os  principais  métodos  e  abordagens  no  ensino  de  línguas  estrangeiras  para  adolescentes  e  adultos,  enfatizando‐se  suas  tendências  atuais.  Em  seguida,  apresentam  uma  perspectiva  contemporânea  de  avaliação,  com  reflexões  sobre  o  erro  e  as  características  psicológicas  envolvidas  neste  processo.  Examinam  também, o porquê e a forma de avaliar. As autoras  mostram  ainda  um  completo  panorama  histórico  a  respeito  dos  exames  de  proficiência  que  possuem  certificação internacional, em diversas LE.     RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos,  novas práticas. Petrópolis: Vozes, 1998.  O  autor  delineia  a  proposta  de  organização  pedagógica,  com  base  no  resultado  de  vários  anos  de  pesquisa,  descrevendo  o  Centro  Pedagógico‐ Escola  Fundamental  da  UFMG,  onde  ela  vem  acontecendo. Ele agrupa em itens as inovações que  sugere: a implantação de quatro ciclos de formação  humana;  a  organização  do  ensino  por  meio  de  projetos  coletivos  e  uma  nova  modalidade  de  avaliação dos processos de ensino e aprendizagem.  Nessa conjetura, sugere o desaparecimento da nota  ou,  pelo  menos,  da  nota  como  quantificação,  desprovida  da  noção  de  qualidade.  A  fundamentação  teórica  do  projeto,  que  inclui  conceitos  da  Gestalt,  do  Behaviorismo,  do  Empirismo,  do  Racionalismo,  de  Piaget,  Vygotsky,  Ausubel e Agnes Keller, é bastante completa.                                      REA‐DICKENS,  Pauline;  GERMAINE,  Kevin.  Evaluation. Oxford: Oxford University Press, 1993.  Os  autores  propõem  que  se  avaliem  todas  as  instâncias que envolvem o ensino de língua inglesa:  professor,  sua  aula,  material  e  conteúdo,  para  organizar  análises  descritivas  quantitativas  que  servirão  de  parâmetro  para,  por  fim,  desenhar  processos de avaliação da aprendizagem.     VILLAS  BOAS,  Benigna  Maria  de  Freitas.  Virando  a  escola do avesso por meio da avaliação. Campinas:  Papirus, 2008.  A  autora  analisa  a  repetência  e  a  evasão  escolar,  relacionando‐a à avaliação classificatória, propondo  o  uso  da  avaliação  formativa  para  transformar  a  escola,  a  fim  de  promover  uma  formação  para  a  cidadania crítica. Ao discutir a avaliação formativa e  suas possibilidades, apresenta suas principais formas  Como a realizada por colegas, por meio de portfólio,  de  provas  ou  ainda  de  registros  reflexivos.  Merece  destaque no livro a autoavaliação que, devidamente  empregada e associada a outros procedimentos, tem  se  mostrado  um  excelente  recurso  para  o  desenvolvimento  da  capacidade  de  reflexão  e  de  tomada de decisão.