SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 48
Distúrbios Hídricos
Clínica Médica I
Distúrbios Hídricos
DESIDRATAÇÃO A desidratação é um distúrbio decorrente da
perda de água e eletrólitos frequente nos pacientes com diarréia
e/ou vômitos.
• Um complexo sistema hidroregulador e neuroendócrino tenta
manter o equilíbrio (homeostase) entre a ingestão e a eliminação de
água e sais.
Na+
Considerações
Na+
NL
O que é osmolalidade plasmática ?
Osmolalidade refere-se ao número de partículas
osmoticamente ativas de soluto presentes em um
quilograma do solvente.
Talvez o termo desidratação seja melhor
empregado em situações em que existe déficit
de água, como nas hipernatremias
IMPORTANTE
•A) Distúrbios do Equilíbrio do Sódio/Volume
extracelular
•B) Distúrbios do Balanço de água
DISTÚRBIOS HÍDRICOS
• A) Distúrbios do Equilíbrio do SódioVolume
extracelularDepleção ou expansão do volume
extracelular
• B) Distúrbios do Balanço de águaDistúrbios da
osmolalidade plasmáticaDepleção ou excesso de
água
Distúrbios Hídricos
A) Distúrbios do Equilíbrio do SódioO
diagnóstico é feito pela história clínica e do exame
físico,detectando-se a depleção ou o excesso
(edema)
B) Distúrbios do Balanço da águaO
diagnóstico é feito pela dosagem do sódio
plasmático
Causas de depleção de Sódio/Volume extracelular
Riella 2003
O diagnóstico de alteração do volume extracelular se baseia na história
clínica, exame físico e alguns exames laboratoriais.
O dado mais importante para o diagnóstico é a história de perda de líquidode perda de líquido
que contém sódioque contém sódio
HISTÓRIA CLÍNICA
• Vômitos/Diarréia
• Sudorese profusa
• Poliúria
• Fraqueza
• Anorexia
• Náuseas
• Tonturas/Síncope
• Estado de colapso circulatório
• Sede
Os sintomas dependem
• A) Magnitude da perda de volume
• B) Velocidade na perda de volume
• C) Natureza do fluido perdido
• D) Resposta vascular à perda do fluido
Exemplo
• Em uma hemorragia gastrointestinal com perda
aguda de 1 litro de sangue resulta em oligúria e
manutenção do hematócrito. Há pouca
contribuição do líquido intersticial em expandir o
intravascular. A perda mais lenta da mesma
quantidade de sangue permite que haja
transferência do fluido do interstício para o intra-
vascular, com consequente queda do hematócrito
Tipo de Fluido Perdido
• 1-Perda de 1 litro de água sem eletrólitos em 1 paciente de 70 Kg:
• Volume sanguíneo em 2,5% Hemodinâmica renal e sistêmicas inalteradas
• 2-Perda de 1 litro de fluido extracelular em 1 paciente de 70 Kg:
• Volume sanguíneo em 6,6% Oligúria e Taquicardias discretas (Deitado)
• 3-Perda de 1 litro de sangue em 1 paciente de 70 Kg:
• Volume sanguíneo em 20 % Oligúria grave e choque
PROPEDÊUTICA FÍSICA DOS DISTÚRBIOS HÍDRICOS
Um dos sinais mais sensíveis no diagnóstico de um inadequado volume circulante são
as alterações ortostáticas da pressão arterial e a determinação simultânea do pulso
periférico.
Deitado/Sentado/De pé Deitado/Sentado/De pé
Semiotécnica
•Determinam-se a pressão arterial e o
pulso com o paciente deitado, sentado
no leito, com os pés para fora da cama e
de pé.
INTERPRETAÇÃO
POSIÇÃO DEITADO
POSIÇÃO DE PÉ
POSIÇÃO SENTADO
PAs normal
Pad aumenta
5-10 mmHg
PAs normal
Pad aumenta
5-10 mmHg
INTERPRETAÇÃO
Nos casos de depleção do volume circulante as pressões sistólicas e
diastólicas caem 10 mmHg ou mais, e nota-se aumento da frequência
cardíaca ou pulso periférico
Obs.Queda ortostática da PA pode ocorrer no comprometimento do
Sistema nervoso autônomo periférico como ocorre no diabetes melito,
Insuficiencia renal crônica ou com uso de bloqueadores adrenérgicos.
Avaliação do enchimento venoso no Pescoço
• No paciente em decúbito dorsal ,as veias jugulares são visíveis até quase o ângulo
da mandíbula. Se as veias jugulares não forem visíveis ,suspeita-se de depleção de
volume extracelular
• Obs. Podemos ter pacientes sem
Com jugulares invisíveis e outros
Com veias jugulares cheias por
possuirem válvulas ou alterações
da elasticidade.
AVALIAÇÃO DAS MUCOSAS-MUCOSAS ÚMIDAS
AVALIAÇÃO DO TURGOR
Quando o sinal do turgor diminuído da pele estiver presente
Significa que o grau de depleção do volume extracelular é de
tal ordem que o paciente está quase em choque.Lembrar que
pessoas obesas ,jovens ou com depleções leves podem
Apresentar turgor de pele normal
PRESSÃO VENOSA CENTRAL
• A pressão venosa central (PVC) ou pressão da Aurícula
direita refere-se à pré- carga do ventrículo direito (VD), ou
seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao
final da diástole.
• A determinação da pressão venosa central poderia ser um
indicador sensível de redução no retorno venoso e débito
cardíaco
PRESSÃO VENOSA CENTRAL
• 1-É impossível medir hipovolemia em uma única medida (limites amplos de
normalidades em indivíduos diferentes)
• 2-Observar a resposta cardiovascular à expansão de volume
• 3-PVC reduzida não significa contração de volume
• 4-Paciente em choque com PVC baixa: expandir
• 5-PVC alta não contra-indica expansão de volume mas deverá se manter ou
diminuir a medida que o volume aumenta.Por outro lado se a PVC aumentar com
a infusão deverá ser suspensa.
• 6-A PVC não nos dá informação do ventrículo esquerdo
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
• Hematócrito elevado
• Aumento das proteínas plasmáticas
• Uréia e creatinina podem estar elevadas
• Na e Cloro diminuídos na urina
• Densidade urinária>1015 Urina concentrada
Distúrbios Clínicos
do metabolismo da
água
Alterações da osmolalidade
Essa integração permite a manutenção da osmolalidade em níveis constantes mesmo com grandes variações
Nas ingestas líquidas
Déficit de águaAumento da osmolalidadeAumento da sede
Liberação de HADAlteração da permeabilidade do epitélio do ducto coletor
<diurese.
Excesso de água Diminuição da osmolalidadeAusencia da sede<liberação
de HAD< permeabilidade do epitélio do ducto coletor>diurese.
CAUSAS DE HIPERNATREMIA
Hipernatremia com hipovolemia
• Perda concomitante de água e sódio,porém proporcionalmente com >perda de
água.
• Quadro clínico de contração de volume e dosagem do sódio alta.
• 1)Diarreia osmótica
Sódio urinário baixo (<20 meq/L)
• 2) Perdas de fluidos hipotônicos pelos rins pode ser observado nas diureses
osmóticas (diabetes-glicosúria).
Sódio urinário é alto (>20 mEq/L)
Hipernatremia com Hipervolemia
• Ocorre em pacientes que receberam grandes quantidades de cloreto
ou bicarbonato de sódio
• Apresentam congestão pulmonar e ingurgitamento dos vasos do
pescoço
• Dosagem do sódio alta
Hipernatremia com volume normal
• É o tipo mais frequente de hipernatremia
• Perda de água sem eletrólitos
• 1-Perdas insensíveis pelo suor e respiração,queimaduras, febre,
taquipneia e exercícios intensos urina hipertônica
• 2-Diabetes insipidus central ou nefrogênico urina hipotônica
Excesso de água/Hiponatremia/Estado hiposmolar
Situações clínicas associadas a hiponatremia
Classificação
•1) Desidratação Isotônica
•2) Desidratação Hipotônica
•3) Desidratação Hipertônica
1) Desidratação Isotônica
• É a forma mais comum (70-90% dos casos), tendo como etiologia principal à
diarréia e os vômitos. É caracterizada por perdas proporcionais de água e
eletrólitos. Tem como achados:
• (1) Sódio plasmático entre 130-150 mEq/L
• (2) Osmolaridade plasmática entre 280 e 310mOsm/L;
• (3) Redução do líquido extracelular (LEC), sem modificação da pressão
osmótica;
• (4) Nenhuma alteração do líquido intracelular(LIC).
2) Desidratação Hipotônica
• É a forma mais grave de desidratação e corresponde a 8-20% dos casos.
Caracteriza-se por uma perda de eletrólitos superior a de água.
• Tem como principais causas: a diarréia e os vômitos em crianças com
desnutrição grave, respirações com soluções hipotônicas e perdas excessivas de
suco gástrico. A desidratação hipotônica apresenta os seguintes achados:
• (1) sódio plasmático abaixo de 130mEq/L;
• (2) osmolaridade plasmática menor do que 280mOsm/L;
• (3) maior perda de eletrólitos do que de água;
• (4) diminuição de sódio no LEC;
• (5) entrada de água para o LIC.
3) Desidratação Hipertônica
• É uma outra forma perigosa de desidratação corresponde a 2-10% dos casos.
Observa-se perda de água maior do que a de eletrólitos. As principais causas são:
reposição com soluções hipertônicas, diabetes insipidus e uso de diuréticos
osmóticos.
• Os principais achados são:
• (1) sódio plasmático acima de 150mEq/I;
• (2) osmolaridade plasmática maior do que 310mOsm/L;
• (3) maior perda de água do que de eletrólitos;
• (4) maior concentração de sais no LEC;
• (5) saída de água do LIC;
• (6) desidratação intracelular.
Disturbios hídricos

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Fisiopatologia do fígado
Fisiopatologia do fígadoFisiopatologia do fígado
Fisiopatologia do fígado
LUNATH
 
Aula 1 Fisiologia cardiovascular
Aula 1 Fisiologia cardiovascularAula 1 Fisiologia cardiovascular
Aula 1 Fisiologia cardiovascular
profsempre
 

La actualidad más candente (20)

Distúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticosDistúrbios hidroeletrolíticos
Distúrbios hidroeletrolíticos
 
Diagnóstico clínico
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
Diagnóstico clínico
 
Nefrologia: Anatomia e Fisiologia dos Rins
Nefrologia: Anatomia e Fisiologia dos RinsNefrologia: Anatomia e Fisiologia dos Rins
Nefrologia: Anatomia e Fisiologia dos Rins
 
Avaliação do estado de hidratação
Avaliação do estado de hidrataçãoAvaliação do estado de hidratação
Avaliação do estado de hidratação
 
Exame físico geral 2
Exame físico geral 2Exame físico geral 2
Exame físico geral 2
 
Ascite
Ascite Ascite
Ascite
 
Doenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioDoenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratório
 
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
Aula -  SNC - AnticonvulsivantesAula -  SNC - Anticonvulsivantes
Aula - SNC - Anticonvulsivantes
 
Exame físico geral
Exame físico geralExame físico geral
Exame físico geral
 
Fisiopatologia do fígado
Fisiopatologia do fígadoFisiopatologia do fígado
Fisiopatologia do fígado
 
Livro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdfLivro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdf
 
Sistema Renina Angiotensina
Sistema Renina AngiotensinaSistema Renina Angiotensina
Sistema Renina Angiotensina
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
 
Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017Exame físico geral 2017
Exame físico geral 2017
 
Anemia 20
Anemia 20Anemia 20
Anemia 20
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
 
Aula 1 Fisiologia cardiovascular
Aula 1 Fisiologia cardiovascularAula 1 Fisiologia cardiovascular
Aula 1 Fisiologia cardiovascular
 
Náusea e vômito: Assistência de enfermagem
Náusea e vômito: Assistência de enfermagem Náusea e vômito: Assistência de enfermagem
Náusea e vômito: Assistência de enfermagem
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
 
Choque
Choque Choque
Choque
 

Destacado

Destacado (20)

Cianose 2017
Cianose 2017Cianose 2017
Cianose 2017
 
Febre
Febre Febre
Febre
 
Semiologia da dor 2017
Semiologia da dor 2017Semiologia da dor 2017
Semiologia da dor 2017
 
Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17
 
Lesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da PeleLesões Fundamentais da Pele
Lesões Fundamentais da Pele
 
Prog prop 2017 1ºsem
Prog prop 2017 1ºsemProg prop 2017 1ºsem
Prog prop 2017 1ºsem
 
Disciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -PropedêuticaDisciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
Disciplina de Clínica Médica l -Propedêutica
 
Força 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame NeurológicoForça 17 Exame Neurológico
Força 17 Exame Neurológico
 
Anamnese prática
Anamnese prática Anamnese prática
Anamnese prática
 
Grupos 2017
Grupos 2017Grupos 2017
Grupos 2017
 
Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17 Revisão neuroanatomia 17
Revisão neuroanatomia 17
 
Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17
 
Propedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivasPropedeutica das hemorragias digestivas
Propedeutica das hemorragias digestivas
 
Semiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosaSemiologia arterial e venosa
Semiologia arterial e venosa
 
Propedeutica axial osteoarticular
Propedeutica axial osteoarticularPropedeutica axial osteoarticular
Propedeutica axial osteoarticular
 
Exame físico membros superiores
Exame físico membros superiores Exame físico membros superiores
Exame físico membros superiores
 
Exame físico membros inferiores
Exame físico membros inferiores Exame físico membros inferiores
Exame físico membros inferiores
 
Sindromes diarreicas
Sindromes diarreicasSindromes diarreicas
Sindromes diarreicas
 
Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
Abdome ll
Abdome llAbdome ll
Abdome ll
 

Similar a Disturbios hídricos

Escola de enfermagem santa casa
Escola de enfermagem santa casaEscola de enfermagem santa casa
Escola de enfermagem santa casa
Rubir Ramiréz
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
Jucie Vasconcelos
 
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básico
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básicoDisturbio hidroeletrolítico e ácido básico
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básico
marciakaladinha
 

Similar a Disturbios hídricos (20)

Hidratação
HidrataçãoHidratação
Hidratação
 
Hidratação
HidrataçãoHidratação
Hidratação
 
Sodio completo
Sodio completoSodio completo
Sodio completo
 
Pacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdfPacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdf
 
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptxDISNATREMIAS+CA+P.pptx
DISNATREMIAS+CA+P.pptx
 
O rim
O rimO rim
O rim
 
Gastroenterite
GastroenteriteGastroenterite
Gastroenterite
 
Diarréia e distúrbios hidroeletrolíticos em pediatria
Diarréia e distúrbios hidroeletrolíticos em pediatriaDiarréia e distúrbios hidroeletrolíticos em pediatria
Diarréia e distúrbios hidroeletrolíticos em pediatria
 
Escola de enfermagem santa casa
Escola de enfermagem santa casaEscola de enfermagem santa casa
Escola de enfermagem santa casa
 
2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx2013-2-ascite-cirrose.pptx
2013-2-ascite-cirrose.pptx
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Gases e eletrólitos
Gases e eletrólitosGases e eletrólitos
Gases e eletrólitos
 
Sistema Renal
Sistema RenalSistema Renal
Sistema Renal
 
UFCD 6575 8- A HIDRATAÇÃO.pdf
UFCD  6575 8- A HIDRATAÇÃO.pdfUFCD  6575 8- A HIDRATAÇÃO.pdf
UFCD 6575 8- A HIDRATAÇÃO.pdf
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade
 
Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Hidratacao Venosa e Disturbios HidroeletroliticosHidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
 
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básico
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básicoDisturbio hidroeletrolítico e ácido básico
Disturbio hidroeletrolítico e ácido básico
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAISFISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA DISTURBIOS RENAIS
 

Más de Paulo Alambert

Más de Paulo Alambert (20)

Osteoporose 2019
Osteoporose 2019Osteoporose 2019
Osteoporose 2019
 
Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19Partes moles membros inferiores 19
Partes moles membros inferiores 19
 
Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19
 
Dtp18 video
Dtp18 videoDtp18 video
Dtp18 video
 
Dtp18 video
Dtp18 videoDtp18 video
Dtp18 video
 
Dtp17 sp
Dtp17 spDtp17 sp
Dtp17 sp
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso Sistêmico
 
Gota.pdf19 re
Gota.pdf19 reGota.pdf19 re
Gota.pdf19 re
 
Esclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renanEsclerose sistêmica.pdf renan
Esclerose sistêmica.pdf renan
 
Lúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso SistêmicoLúpus Eritematoso Sistêmico
Lúpus Eritematoso Sistêmico
 
Dor nos membros Inferiores
Dor nos membros InferioresDor nos membros Inferiores
Dor nos membros Inferiores
 
Dor em membros superiores
Dor em membros superioresDor em membros superiores
Dor em membros superiores
 
Gota
GotaGota
Gota
 
Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017
 
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaLombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
 
Artrite reumatóide
Artrite reumatóideArtrite reumatóide
Artrite reumatóide
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
Diagnósticos diferenciais das monoartrites.
 
Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017
 
Diagnósticos Diferenciais das monoartrites
Diagnósticos Diferenciais das monoartritesDiagnósticos Diferenciais das monoartrites
Diagnósticos Diferenciais das monoartrites
 

Último (6)

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 

Disturbios hídricos

  • 2. Distúrbios Hídricos DESIDRATAÇÃO A desidratação é um distúrbio decorrente da perda de água e eletrólitos frequente nos pacientes com diarréia e/ou vômitos. • Um complexo sistema hidroregulador e neuroendócrino tenta manter o equilíbrio (homeostase) entre a ingestão e a eliminação de água e sais.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Na+
  • 10.
  • 11. O que é osmolalidade plasmática ? Osmolalidade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em um quilograma do solvente.
  • 12.
  • 13. Talvez o termo desidratação seja melhor empregado em situações em que existe déficit de água, como nas hipernatremias
  • 14. IMPORTANTE •A) Distúrbios do Equilíbrio do Sódio/Volume extracelular •B) Distúrbios do Balanço de água
  • 15. DISTÚRBIOS HÍDRICOS • A) Distúrbios do Equilíbrio do SódioVolume extracelularDepleção ou expansão do volume extracelular • B) Distúrbios do Balanço de águaDistúrbios da osmolalidade plasmáticaDepleção ou excesso de água
  • 16. Distúrbios Hídricos A) Distúrbios do Equilíbrio do SódioO diagnóstico é feito pela história clínica e do exame físico,detectando-se a depleção ou o excesso (edema) B) Distúrbios do Balanço da águaO diagnóstico é feito pela dosagem do sódio plasmático
  • 17.
  • 18. Causas de depleção de Sódio/Volume extracelular Riella 2003
  • 19. O diagnóstico de alteração do volume extracelular se baseia na história clínica, exame físico e alguns exames laboratoriais. O dado mais importante para o diagnóstico é a história de perda de líquidode perda de líquido que contém sódioque contém sódio
  • 20. HISTÓRIA CLÍNICA • Vômitos/Diarréia • Sudorese profusa • Poliúria • Fraqueza • Anorexia • Náuseas • Tonturas/Síncope • Estado de colapso circulatório • Sede
  • 21. Os sintomas dependem • A) Magnitude da perda de volume • B) Velocidade na perda de volume • C) Natureza do fluido perdido • D) Resposta vascular à perda do fluido
  • 22. Exemplo • Em uma hemorragia gastrointestinal com perda aguda de 1 litro de sangue resulta em oligúria e manutenção do hematócrito. Há pouca contribuição do líquido intersticial em expandir o intravascular. A perda mais lenta da mesma quantidade de sangue permite que haja transferência do fluido do interstício para o intra- vascular, com consequente queda do hematócrito
  • 23. Tipo de Fluido Perdido • 1-Perda de 1 litro de água sem eletrólitos em 1 paciente de 70 Kg: • Volume sanguíneo em 2,5% Hemodinâmica renal e sistêmicas inalteradas • 2-Perda de 1 litro de fluido extracelular em 1 paciente de 70 Kg: • Volume sanguíneo em 6,6% Oligúria e Taquicardias discretas (Deitado) • 3-Perda de 1 litro de sangue em 1 paciente de 70 Kg: • Volume sanguíneo em 20 % Oligúria grave e choque
  • 24. PROPEDÊUTICA FÍSICA DOS DISTÚRBIOS HÍDRICOS Um dos sinais mais sensíveis no diagnóstico de um inadequado volume circulante são as alterações ortostáticas da pressão arterial e a determinação simultânea do pulso periférico. Deitado/Sentado/De pé Deitado/Sentado/De pé
  • 25. Semiotécnica •Determinam-se a pressão arterial e o pulso com o paciente deitado, sentado no leito, com os pés para fora da cama e de pé.
  • 26. INTERPRETAÇÃO POSIÇÃO DEITADO POSIÇÃO DE PÉ POSIÇÃO SENTADO PAs normal Pad aumenta 5-10 mmHg PAs normal Pad aumenta 5-10 mmHg
  • 27. INTERPRETAÇÃO Nos casos de depleção do volume circulante as pressões sistólicas e diastólicas caem 10 mmHg ou mais, e nota-se aumento da frequência cardíaca ou pulso periférico Obs.Queda ortostática da PA pode ocorrer no comprometimento do Sistema nervoso autônomo periférico como ocorre no diabetes melito, Insuficiencia renal crônica ou com uso de bloqueadores adrenérgicos.
  • 28. Avaliação do enchimento venoso no Pescoço • No paciente em decúbito dorsal ,as veias jugulares são visíveis até quase o ângulo da mandíbula. Se as veias jugulares não forem visíveis ,suspeita-se de depleção de volume extracelular • Obs. Podemos ter pacientes sem Com jugulares invisíveis e outros Com veias jugulares cheias por possuirem válvulas ou alterações da elasticidade.
  • 30. AVALIAÇÃO DO TURGOR Quando o sinal do turgor diminuído da pele estiver presente Significa que o grau de depleção do volume extracelular é de tal ordem que o paciente está quase em choque.Lembrar que pessoas obesas ,jovens ou com depleções leves podem Apresentar turgor de pele normal
  • 31. PRESSÃO VENOSA CENTRAL • A pressão venosa central (PVC) ou pressão da Aurícula direita refere-se à pré- carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. • A determinação da pressão venosa central poderia ser um indicador sensível de redução no retorno venoso e débito cardíaco
  • 32.
  • 33. PRESSÃO VENOSA CENTRAL • 1-É impossível medir hipovolemia em uma única medida (limites amplos de normalidades em indivíduos diferentes) • 2-Observar a resposta cardiovascular à expansão de volume • 3-PVC reduzida não significa contração de volume • 4-Paciente em choque com PVC baixa: expandir • 5-PVC alta não contra-indica expansão de volume mas deverá se manter ou diminuir a medida que o volume aumenta.Por outro lado se a PVC aumentar com a infusão deverá ser suspensa. • 6-A PVC não nos dá informação do ventrículo esquerdo
  • 34. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS • Hematócrito elevado • Aumento das proteínas plasmáticas • Uréia e creatinina podem estar elevadas • Na e Cloro diminuídos na urina • Densidade urinária>1015 Urina concentrada
  • 35. Distúrbios Clínicos do metabolismo da água Alterações da osmolalidade
  • 36. Essa integração permite a manutenção da osmolalidade em níveis constantes mesmo com grandes variações Nas ingestas líquidas
  • 37. Déficit de águaAumento da osmolalidadeAumento da sede Liberação de HADAlteração da permeabilidade do epitélio do ducto coletor <diurese. Excesso de água Diminuição da osmolalidadeAusencia da sede<liberação de HAD< permeabilidade do epitélio do ducto coletor>diurese.
  • 38.
  • 40. Hipernatremia com hipovolemia • Perda concomitante de água e sódio,porém proporcionalmente com >perda de água. • Quadro clínico de contração de volume e dosagem do sódio alta. • 1)Diarreia osmótica Sódio urinário baixo (<20 meq/L) • 2) Perdas de fluidos hipotônicos pelos rins pode ser observado nas diureses osmóticas (diabetes-glicosúria). Sódio urinário é alto (>20 mEq/L)
  • 41. Hipernatremia com Hipervolemia • Ocorre em pacientes que receberam grandes quantidades de cloreto ou bicarbonato de sódio • Apresentam congestão pulmonar e ingurgitamento dos vasos do pescoço • Dosagem do sódio alta
  • 42. Hipernatremia com volume normal • É o tipo mais frequente de hipernatremia • Perda de água sem eletrólitos • 1-Perdas insensíveis pelo suor e respiração,queimaduras, febre, taquipneia e exercícios intensos urina hipertônica • 2-Diabetes insipidus central ou nefrogênico urina hipotônica
  • 43. Excesso de água/Hiponatremia/Estado hiposmolar Situações clínicas associadas a hiponatremia
  • 44. Classificação •1) Desidratação Isotônica •2) Desidratação Hipotônica •3) Desidratação Hipertônica
  • 45. 1) Desidratação Isotônica • É a forma mais comum (70-90% dos casos), tendo como etiologia principal à diarréia e os vômitos. É caracterizada por perdas proporcionais de água e eletrólitos. Tem como achados: • (1) Sódio plasmático entre 130-150 mEq/L • (2) Osmolaridade plasmática entre 280 e 310mOsm/L; • (3) Redução do líquido extracelular (LEC), sem modificação da pressão osmótica; • (4) Nenhuma alteração do líquido intracelular(LIC).
  • 46. 2) Desidratação Hipotônica • É a forma mais grave de desidratação e corresponde a 8-20% dos casos. Caracteriza-se por uma perda de eletrólitos superior a de água. • Tem como principais causas: a diarréia e os vômitos em crianças com desnutrição grave, respirações com soluções hipotônicas e perdas excessivas de suco gástrico. A desidratação hipotônica apresenta os seguintes achados: • (1) sódio plasmático abaixo de 130mEq/L; • (2) osmolaridade plasmática menor do que 280mOsm/L; • (3) maior perda de eletrólitos do que de água; • (4) diminuição de sódio no LEC; • (5) entrada de água para o LIC.
  • 47. 3) Desidratação Hipertônica • É uma outra forma perigosa de desidratação corresponde a 2-10% dos casos. Observa-se perda de água maior do que a de eletrólitos. As principais causas são: reposição com soluções hipertônicas, diabetes insipidus e uso de diuréticos osmóticos. • Os principais achados são: • (1) sódio plasmático acima de 150mEq/I; • (2) osmolaridade plasmática maior do que 310mOsm/L; • (3) maior perda de água do que de eletrólitos; • (4) maior concentração de sais no LEC; • (5) saída de água do LIC; • (6) desidratação intracelular.