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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NELAS
Correcção do teste de avaliação
11º Ano – Janeiro /2009
1. O excerto da obra Frei Luís de Sousa situa-se no conflito. A intenção
dos governadores espanhóis ao pedir asilo a Manuel de Sousa Coutinho
vai implicar que este incendeie o seu palácio como recusa em albergá-
los, implicando a mudança para o palácio de D. João de Portugal. Esta
mudança irá agravar os contínuos terrores de D. Madalena de Vilhena,
que fica aterrorizada devido à possibilidade de ter de mudar para a casa
de seu primeiro marido.
1.1. Na cena transcrita, Madalena reage emocionalmente, de forma
excessiva, à possibilidade de ter de mudar para a casa onde viveu com o seu
primeiro marido, D. João de Portugal. Revela-se incapaz de argumentar de
forma coerente e racional, limitando-se a enunciar temores que não consegue
fundamentar, a profetizar catástrofes que recairão sobre a família,
evidenciando a convicção de que o passado poderá regressar e abater - se
sobre o presente. Reconhece mesmo que se trata de loucura. A emoção
perpassa ao nível do próprio discurso, pleno de hesitações, suspensões, frases
exclamativas, interjeições e apelos pungentes.
1.2. Manuel de Sousa Coutinho revela lucidez e capacidade de ajuizar sem
se deixar perturbar pelas emoções. A sua primeira fala revela-o como um
homem que, embora respeite o passado, vive o presente, agindo de modo
pragmático e determinado, de acordo com os seus valores, nomeadamente o
patriotismo e a honra , «Há-de saber-se no mundo que ainda há um português
em Portugal.»
1.2.1. Na segunda fala, Manuel de Sousa Coutinho revela uma fé
inquestionável, embora temperada pela lucidez que resulta da sua convicção
na dignidade humana e na responsabilidade individual de cada um pelos seus
actos. É exactamente à fé que recorre como forma de aquietar D. Madalena,
afirmando que rezarão ambos pela alma de D. João de Portugal. O seu apelo
final à esposa vai no sentido de ela recuperar a postura digna que deve a si
própria e aos seus antepassados…
1.2.2. No retrato de D. João de Portugal, elaborado por Manuel de Sousa
Coutinho, predominam linhas semânticas que remetem para o conceito de
santo: “ aquela santa alma que está no céu “, “santa batalha”, “pelejando por
seu Deus”, “ acabou mártir” são expressões que conferem a D. João de
Portugal a marca de santidade. Deste modo, Manuel de Sousa Coutinho afasta
D. João de Portugal dos mundos dos vivos, colocando-o num patamar de
abstracção que o transforma num espectro, ou seja, que lhe retira o estatuto de
ameaça real, concreta, à felicidade da família.
1.3. Os indícios que anunciam um final trágico consistem na referência a D.
João de Portugal como “ sombra despeitosa”, expressão que remete para o
carácter pernicioso da sua presença – “sombra”- e para o receio da sua
reacção de ciúmes, e ainda na descrição da sua figura com ameaçadora e
portadora de destruição - “ com uma espada de dous gumes(…) que atravessa
no meio de nós, entre mim e a nossa filha, que nos vai separar para sempre”.
As referências de D. madalena à sua infelicidade e morte sugerem também a
antevisão de um desenlace trágico da família.
2. O conector pois veicula um carácter conclusivo, visto que, para
Madalena, se Manuel de Sousa Coutinho quer, logo também ela
quererá. O conector mas introduz na fala de personagem a sua divisão
interior, a força dos seus receios, que a impedem de aderir
emocionalmente, como desejaria , à decisão do marido.
II
1- A- Oração subordinada relativa restritiva
B- Oração subordinada integrante; oração subordinada temporal.
2- As palavras que podem ser consideradas cognatas são: poeirento, pó, pozinho
poeirada, empoeirar e poeira.
3
33- dissuadir: Fazer mudar de propósito, de opinião ou de tenção;
persuadir: levar alguém a crer, a aceitar ou a decidir( fazer alguma coisa); instigar,
convecer,…
4. A Ana telefonou-me há dias para combinarmos uma ida ao cinema. Ela queria ir à
tarde, mas a mim convinha-me mais ir à noite. Encontrámo-nos por volta das sete
horas, jantámos e fomos ver um óptimo filme. Quando nos despedimos, ela disse-me
«Hás-de ver se tens lá em casa os apontamentos de Biologia do ano passado. Se não
tiveres, não faz mal, porque a Rita ainda os tem e trá-los amanhã.»
3POIKJCFHBC
5 5-
A. Valor restritivo
B. Valor restritivo, valor restritivo.
C. Valor não restritivo.
D. Valor não restritivo/ valor não restritivo.
III
Almeida Garrett criou a acção de Frei Luís de Sousa à luz da tragédia grega, concretizando os
vários elementos trágicos numa acção repleta de ansiedade, de presságios na qual cada
membro da família ( protagonista)vive o drama colectivo .Assim, D. Madalena cometeu um
crime de amor, ao amar Manuel de Sousa Coutinho enquanto casada com D. João de Portugal,
desafiou a ordem existente que seria guardar fidelidade ao marido (hYbris); o conflito ( Ágon)
parte desta situação desenvolvendo-se com a mudança de cenário - incêndio no palácio de
Manuel de Sousa Coutinho e mudança da família para o palácio de João de Portugal
( Peripécia) – e adensa-se com o regresso e reconhecimento do primeiro marido julgado
morto, na figura do Romeiro( anagnórise), imprevisto que provoca o desfecho com a morte de
várias personagens(catástrofe).O desenrolar dos acontecimentos dá-nos conta do
sofrimento(Pathos) , principalmente de Madalena com os seus profundos estados de
melancolia e de terror, alimentados pelos presságios de Telmo(coro) que se intensificam,
através da fatalidade das datas , destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho e
mudança de habitação( clímax), conduzindo ao desenlace. O sofrimento age sobre os
espectadores, despertando neles sentimentos de terror e de piedade para os
purificar( Catarse).Tal com na tragédia clássica, o fatalismo é uma presença constante. O
destino apresenta-se como a força que move os acontecimentos e o futuro das personagens,
tornando a obra na sua concepção essencialmente trágica - a família de Manuel de Sousa
Coutinho não se pode furtar à inexorabilidade do destino apesar da sua nobreza e integridade.
CotaCoooCotações:
Grupo I
1…………………………………………………………………………………………………..15 pontos
1.1………………………………………………………………………………………………..15
1.2………………………………………………………………………………………………...15
1.2.1……………………………………………………………………………………………..15
1.2.2……………………………………………………………………………………………..15
1.3…………………………………………………………………………………………………15
2……………………………………………………………………………………………………………….10
Grupo II
1………………………………………( 3x2)……………………………………………………………….15
2……………………………………….( 6X2)……………………………………………………………..12
3……………………………………….( 3+3)……………………………………………………………….6
4……………………………………….. ( 6X2)………………………………………………...12
5……………………………………………( 5x3)………………………………………………15
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  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE NELAS Correcção do teste de avaliação 11º Ano – Janeiro /2009 1. O excerto da obra Frei Luís de Sousa situa-se no conflito. A intenção dos governadores espanhóis ao pedir asilo a Manuel de Sousa Coutinho vai implicar que este incendeie o seu palácio como recusa em albergá- los, implicando a mudança para o palácio de D. João de Portugal. Esta mudança irá agravar os contínuos terrores de D. Madalena de Vilhena, que fica aterrorizada devido à possibilidade de ter de mudar para a casa de seu primeiro marido. 1.1. Na cena transcrita, Madalena reage emocionalmente, de forma excessiva, à possibilidade de ter de mudar para a casa onde viveu com o seu primeiro marido, D. João de Portugal. Revela-se incapaz de argumentar de forma coerente e racional, limitando-se a enunciar temores que não consegue fundamentar, a profetizar catástrofes que recairão sobre a família, evidenciando a convicção de que o passado poderá regressar e abater - se sobre o presente. Reconhece mesmo que se trata de loucura. A emoção perpassa ao nível do próprio discurso, pleno de hesitações, suspensões, frases exclamativas, interjeições e apelos pungentes. 1.2. Manuel de Sousa Coutinho revela lucidez e capacidade de ajuizar sem se deixar perturbar pelas emoções. A sua primeira fala revela-o como um homem que, embora respeite o passado, vive o presente, agindo de modo pragmático e determinado, de acordo com os seus valores, nomeadamente o patriotismo e a honra , «Há-de saber-se no mundo que ainda há um português em Portugal.» 1.2.1. Na segunda fala, Manuel de Sousa Coutinho revela uma fé inquestionável, embora temperada pela lucidez que resulta da sua convicção na dignidade humana e na responsabilidade individual de cada um pelos seus actos. É exactamente à fé que recorre como forma de aquietar D. Madalena, afirmando que rezarão ambos pela alma de D. João de Portugal. O seu apelo final à esposa vai no sentido de ela recuperar a postura digna que deve a si própria e aos seus antepassados…
  • 2. 1.2.2. No retrato de D. João de Portugal, elaborado por Manuel de Sousa Coutinho, predominam linhas semânticas que remetem para o conceito de santo: “ aquela santa alma que está no céu “, “santa batalha”, “pelejando por seu Deus”, “ acabou mártir” são expressões que conferem a D. João de Portugal a marca de santidade. Deste modo, Manuel de Sousa Coutinho afasta D. João de Portugal dos mundos dos vivos, colocando-o num patamar de abstracção que o transforma num espectro, ou seja, que lhe retira o estatuto de ameaça real, concreta, à felicidade da família. 1.3. Os indícios que anunciam um final trágico consistem na referência a D. João de Portugal como “ sombra despeitosa”, expressão que remete para o carácter pernicioso da sua presença – “sombra”- e para o receio da sua reacção de ciúmes, e ainda na descrição da sua figura com ameaçadora e portadora de destruição - “ com uma espada de dous gumes(…) que atravessa no meio de nós, entre mim e a nossa filha, que nos vai separar para sempre”. As referências de D. madalena à sua infelicidade e morte sugerem também a antevisão de um desenlace trágico da família. 2. O conector pois veicula um carácter conclusivo, visto que, para Madalena, se Manuel de Sousa Coutinho quer, logo também ela quererá. O conector mas introduz na fala de personagem a sua divisão interior, a força dos seus receios, que a impedem de aderir emocionalmente, como desejaria , à decisão do marido. II 1- A- Oração subordinada relativa restritiva B- Oração subordinada integrante; oração subordinada temporal. 2- As palavras que podem ser consideradas cognatas são: poeirento, pó, pozinho poeirada, empoeirar e poeira. 3 33- dissuadir: Fazer mudar de propósito, de opinião ou de tenção;
  • 3. persuadir: levar alguém a crer, a aceitar ou a decidir( fazer alguma coisa); instigar, convecer,… 4. A Ana telefonou-me há dias para combinarmos uma ida ao cinema. Ela queria ir à tarde, mas a mim convinha-me mais ir à noite. Encontrámo-nos por volta das sete horas, jantámos e fomos ver um óptimo filme. Quando nos despedimos, ela disse-me «Hás-de ver se tens lá em casa os apontamentos de Biologia do ano passado. Se não tiveres, não faz mal, porque a Rita ainda os tem e trá-los amanhã.» 3POIKJCFHBC 5 5- A. Valor restritivo B. Valor restritivo, valor restritivo. C. Valor não restritivo. D. Valor não restritivo/ valor não restritivo. III Almeida Garrett criou a acção de Frei Luís de Sousa à luz da tragédia grega, concretizando os vários elementos trágicos numa acção repleta de ansiedade, de presságios na qual cada membro da família ( protagonista)vive o drama colectivo .Assim, D. Madalena cometeu um crime de amor, ao amar Manuel de Sousa Coutinho enquanto casada com D. João de Portugal, desafiou a ordem existente que seria guardar fidelidade ao marido (hYbris); o conflito ( Ágon) parte desta situação desenvolvendo-se com a mudança de cenário - incêndio no palácio de Manuel de Sousa Coutinho e mudança da família para o palácio de João de Portugal ( Peripécia) – e adensa-se com o regresso e reconhecimento do primeiro marido julgado morto, na figura do Romeiro( anagnórise), imprevisto que provoca o desfecho com a morte de várias personagens(catástrofe).O desenrolar dos acontecimentos dá-nos conta do sofrimento(Pathos) , principalmente de Madalena com os seus profundos estados de melancolia e de terror, alimentados pelos presságios de Telmo(coro) que se intensificam, através da fatalidade das datas , destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho e mudança de habitação( clímax), conduzindo ao desenlace. O sofrimento age sobre os espectadores, despertando neles sentimentos de terror e de piedade para os purificar( Catarse).Tal com na tragédia clássica, o fatalismo é uma presença constante. O destino apresenta-se como a força que move os acontecimentos e o futuro das personagens, tornando a obra na sua concepção essencialmente trágica - a família de Manuel de Sousa Coutinho não se pode furtar à inexorabilidade do destino apesar da sua nobreza e integridade.
  • 4. CotaCoooCotações: Grupo I 1…………………………………………………………………………………………………..15 pontos 1.1………………………………………………………………………………………………..15 1.2………………………………………………………………………………………………...15 1.2.1……………………………………………………………………………………………..15 1.2.2……………………………………………………………………………………………..15 1.3…………………………………………………………………………………………………15 2……………………………………………………………………………………………………………….10 Grupo II 1………………………………………( 3x2)……………………………………………………………….15 2……………………………………….( 6X2)……………………………………………………………..12 3……………………………………….( 3+3)……………………………………………………………….6 4……………………………………….. ( 6X2)………………………………………………...12 5……………………………………………( 5x3)………………………………………………15 Grupo III………………………………………………………………………………………..40 Total……………………………………………………….200 pontos