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Sistema Urinário



      O Sistema Urinário remove do sangue subprodutos tóxicos de

metabolismo, secreta os hormônios renina e eritropoetina, conservam sais,

glicose, proteínas e água. armazena a urina produzidas no rim na bexiga

urinária e retira a urina do corpo. Essas funções são realizadas por dois

rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Por causa destas funções

de eliminação e conservação, os rins também ajudam a regular a

pressão do sangue, a hemodinâmica, assim como o equilíbrio ácido-base

do corpo.



Funções:



Reciclagem. Os rins recuperam materiais essenciais

Excreção. Os rins removem do corpo produtos residuais do metabolismo,

particulamente a uréia.

Secreção hormônios (renina e eritropoetina)



RIM



Órgãos grandes

Avermelhados


                                                                       1
Forma de feijão

Situados na parede posterior do abdômen

Ramos de artéria e veia, vasos linfáticos renais, ureter perfuram o rim no

hilo (uma depressão)

No hilo o ureter se expande formando a pelve renal

Uma extensão do hilo, cheia de gordura, situada dentro do rim, é

denominada seio renal.

O rim está dividido em córtex e medula

Forma de um feijão com uma borda convexa e a outra côncava, na qual se

situa o hilo, onde entram e saem os vasos sanguíneos, entram nervos e

saem os ureteres

O hilo contém dois ou três cálices que se reúnem para formar a pélvis

renal (parte superior dilatada do ureter) e tecido adiposo.

As paredes dos cálices menores e maiores e da pelve renal consistem em

três camadas chamadas de mucosa, muscular e adventícia.



      Mucosa. Revestido por epitélio de transição ou urotélio, que

repousa sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo.

      Muscular. Consiste em células musculares lisas dispostas em duas

camadas, uma interna longitudinal e outra externa circular.

      Adventícia. Composta por tecido conjuntivo frouxo




                                                                        2
O rim é constituído pela cápsula, a zona cortical e a zona medular.

As regiões medular e cortical são constituídas pelo conjunto de néfrons

e de tecido intersticial do rim.



                                     Cápsula



       Camada fina e resistente que cobre o rim. Ela pode ser dividida em

uma camada externa de Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado com

fibras elásticas e musculares ocasionais e uma camada interna

caracterizada por numerosos miofibroblastos que auxiliam o rim a resistir

às mudanças de volume e pressão.



                             Zona Cortical/ Córtex



       Faixa de tecido castanho avermelhado situado sob a cápsula, sendo

que sua cor é causada pelo fato de 90% a 95% do sangue que passa pelo

rim estar no córtex. Ele consiste de corpúsculos renais, de partes

contorcidas dos túbulos proximais e distais. Os glomérulos envolvidos

por suas cápsulas dão a aparência granulosa ao córtex.



                                   Zona Medular




                                                                       3
A medula é a porção mais clara do rim. Ela é constituída por

porções retas dos túbulos proximais e distais, das alças de Henle,

ductos coletores e vasos sanguíneos retos. Ela está organizada em 8 a 18

estruturas cônicas, denominadas pirâmides medulares, que apresentam

estrias radiais. A base de cada pirâmide é adjacente ao córtex e o ápice

projeta-se no seio renal. Formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de

Malpighi), cujos vértices fazem saliência nos cálices renais. Essas

saliências são as papilas, sendo cada uma perfurada por 10 a 25 orifícios

(área crivosa). Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, que

penetram na cortical.



        Colunas renais e Raios medulares. As colunas renais são

constituídas de tecido cortical que se projeta para dentro da medula e os

raios medulares são um tipo de tecido medular que se projeta para

dentro do córtex.



        Lobo = 1 pirâmide + Tecido Cortical que recobre sua base e seus

lados



        Lóbulo = Raio Medular + Tecido Cortical que lhe fica em volta




                                                                        4
Túbulo urinífero = Néfron + Túbulo Coletor



      Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal que se

continua com o escasso tecido conjuntivo do rim.



      Néfron



            O néfron é a unidade básica da estrutura e função do rim. O

rim humano possui 1,5 a 2,0 milhões de néfrons e é constituído por vários

componentes que são corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal,

segmento reto do túbulo proximal, alça de Henle, segmento reto do

túbulo contorcido distal e túbulo contorcido distal. Existem dois tipos de

néfrons, classificados pela localização de seus corpúsculos renais no

córtex do rim: o justamedular (cujo glomérulo se localiza na região

profunda da cortical apresentam glomérulo de maior volume e uma

longa alça de Henle que alcança a medula) e o cortical (cujo glomérulo

está localizado na região cortical superficial apresentam um glomérulo

de pequeno volume e uma delgada alça de Henle).

      Os néfrons justamedulares por possuir uma alça de Henle maior e os

animais que possuem essa alça produz uma urina hipertônica, e assim

poupa a água do corpo.




                                                                        5
Corpúsculo renal (corpúsculo de Malpighi). Os corpúsculos renais

constituem o início do néfron e localizam-se exclusivamente no córtex.

Um corpúsculo é constituído por um revestimento epitelial duplo, a

cápsula renal (Bowmann) que envolve um tufo de alças de capilares

anastomosadas, o glomérulo.



      Corpúsculo renal = Glomérulo + Cápsula de Bowmann



      Cada corpúsculo renal possui um pólo vascular pelo qual penetra a

arteríola aferente e sai à arteríola eferente e um pólo urinário, onde tem

início o túbulo contorcido proximal



                                   Glomérulo



      O glomérulo é formado por capilares provenientes de várias

pequenas arteríolas, ramos da arteríola aferente, que supre o corpúsculo

renal. A arteríola aferente divide-se em vários capilares, que vão

constituir alças. O glomérulo é um tufo de capilares arteriais envolvido

pela cápsula de Bowmann. Os capilares glomerulares são fenestrados,

com amplos poros e sem diafragma. Uma membrana basal (fusão das

lâminas basais do endotélio e podócitos) está interposta entre os capilares e

os podócitos que revestem a superfície externa dos capilares glomerulares.

                                                                           6
Admite-se que esta membrana basal seja a principal barreira de

filtração glomerular. Os capilares glomerulares possuem as células

mesangiais em certas regiões de suas paredes. As células mesangiais são

contráteis e têm receptores para angiotensina II. A ativação desses

receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Possui receptores para o

hormônio natriurético produzido pelas células musculares do átrio do

coração. Este hormônio é um vaso dilatador e relaxa as células

mesangiais, provavelmente aumentando o volume de sangue nos

capilares e a área disponível para a filtração. As células mesangiais

possuem outras funções como: dar suporte estrutural ao glomérulo,

sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substâncias

patológicas retidas pela barreira de filtração e produz substâncias

como a endotelina, que causa contração nas musculaturas lisas das

arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo.



      Cápsula de Bowman. É a parte do néfron na qual o sangue é

filtrado, produzindo o filtrado glomerular.



                             Estrutura da Cápsula



      A cápsula é constituída por um folheto visceral interno e um

folheto visceral externo, sendo que, o espaço situado entre os dois folhetos

                                                                          7
da cápsula renal espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através da

parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula.



            Folheto Visceral Interno. O folheto visceral é altamente

especializado e intimamente aderido aos capilares glomerulares. São

células que se modificaram durante o desenvolvimento embrionário e são

chamadas podócitos sendo formadas por um corpo celular de onde partem

diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos

secundários. Os podócitos localizam-se sobre uma membrana basal, porém

a maior parte do corpo celular e prolongamentos primários não se apóiam

na membrana basal. Os espaços entre os prolongamentos secundários são

conhecidos como fendas de filtração.



             Folheto Parietal Externo. O folheto parietal é constituído por

Epitélio Pavimentoso Simples que tem continuidade no epitélio cubóide

do túbulo contorcido proximal.




                          Túbulo Contorcido Proximal



      O espaço urinífero da cápsula renal drena para o TCP. Estes túbulos

constituem a maior parte do labirinto cortical do rim. O TCP é revestido


                                                                         8
por epitélio cubóide ou colunar baixo e são células largas, (sendo que em

corte transversal aparece apenas três a quatro núcleos esféricos), com

grande quantidade de microvilosidades que formam orla em escova para

absorção. Inúmeras mitocôndrias e invaginações na porção basal

(características de células transportadoras de íons). Os túbulos contorcidos

proximais são circundados por muitos capilares sanguíneos. O filtrado

glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, onde começa o

processo de absorção e excreção. Absorve a glicose e os aminoácidos

contidos no filtrado glomerular, 70% da água, bicarbonato de sódio e

cloreto de sódio. A glicose, aminoácidos e íons são absorvidos por

transporte ativo, com gasto de energia, porém a água acompanha

passivamente essas substâncias. Quando a quantidade de glicose no filtrado

excede a capacidade de absorção nos túbulos proximais, a urina se torna

mais abundante e contêm glicose. Além dessas atividades, o túbulo

proximal secreta creatinina e substâncias estranhas ao organismo, como

ácido úrico.



                                 Alça de Henle



      A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que participa da

retenção de água e consiste em um segmento delgado interposto a dois

segmentos espessos. Apresenta três porções distintas: Porção inicial, que


                                                                          9
corresponde a porção final do TCP; porção fina constituída por epitélio

pavimentoso simples, por isso observa-se um lúmen largo e a porção

terminal que é a porção inicial do TCD.



      Túbulo Contorcido Distal. Localiza-se no labirinto cortical e possui

somente cerca de um terço do comprimento do TCP. É formado por

epitélio cúbico simples e possui um acúmulo de células que encosta na

arteríola eferente, chamada mácula densa. Esta porção especializada do

epitélio do túbulo distal está envolvida na regulação da pressão do

sangue.



      Túbulos e Ductos Coletores. Epitélio geralmente cúbico ou

prismático simples




      Aparelho Justaglomerular. Próximo ao corpúsculo renal, a

arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana

elástica interna e suas células apresentam-se modificadas. Essas células

são chamadas células justaglomerulares ou células JG e possuem núcleos

esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção.




                                                                       10
Interstício Renal. É constituído pelo Tecido Conjuntivo Frouxo

que se encontra entre os néfrons, ductos, vasos sanguíneos e linfáticos do

rim. No córtex seu volume é pequeno, no entanto, a partir do limite

corticomedular aumenta progressivamente e, na altura das papilas

renais, representa 20% do volume tecidual.



      Ureter



      Ureter. A urina atravessa a extremidade estreita da pelve renal e é

vertida no ureter, um ducto de 30 cm de comprimento e 4 mm de

diâmetro. Possui uma luz de forma estrelada que é revestida por epitélio

de transição (urotélio), lâmina própria, camada Tecido Muscular Liso

(camada interna longitudinal e uma externa circular) e camada

adventícia.



      Bexiga



      Bexiga. A bexiga é um reservatório distensível de urina, seu

tamanho e forma mudam quando fica cheia. Quanto à organização

histológica assemelha-se ao ureter, exceto por ser uma estrutura muito

mais desenvolvida e não possui luz estrelada. A mucosa é formada por

epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo


                                                                       11
que varia de frouxo a denso. As células superficiais do epitélio de

transição são responsáveis pela barreira osmótica. Nestas células, a

membrana plasmática em contato com a urina é especializada,

apresentando placas espessas separadas por faixas de membranas mais

delgadas. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões

delgadas e as placas de espessas se envaginam e se enrolam. Ao se encher

novamente sua parede se distende. A muscular é composta por três

camadas de músculo liso (longitudinal interna, circular média e

longitudinal externa). Possui externamente uma camada adventícia.



      Uretra feminina:



            Mede 3 a 5 cm de comprimento

            Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado

(exceto próxima a bexiga onde possui epitélio polimorfo)

            Entre as glândulas epiteliais a glândulas equivalentes às

glândulas de Littré

            O Tecido Conjuntivo Frouxo da lâmina própria forma

pregas longitudinais que desaparecem durante a micção

            Abundância de vasos venosos

            Em torno da mucosa há uma camada de fibras musculares

lisas que se continua com o músculo da bexiga


                                                                     12
Há esfíncter externo constituído de tecido muscular estriado

esquelético




                                                               13
Sistema Digestório: Cavidade Oral



      O sistema digestório, constituído pela cavidade oral, trato

alimentar e glândulas associadas, atua na ingestão, mastigação,

deglutição, digestão e absorção dos alimentos, assim como na eliminação

dos resíduos não digeridos. A cavidade oral é constituída pela boca e seu

conteúdo: lábios, bochechas, palatos duro e mole, língua, dentes e

glândulas salivares.



      A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso

estratificado queratinizado ou não, dependendo se no local há agressões

mecânicas durante a mastigação.




      Lábios



            O lábio humano apresenta três superfícies (pele, borda

vermelha e a mucosa) e um núcleo comum. A superfície externa é

recoberta pela pele, composta por epiderme e derme à qual estão associadas

glândulas sudoríparas, folículo piloso e glândulas sebáceas. A borda

vermelha é a região rosada do lábio, que também está coberto pela pele

fina e é encontrada somente em seres humanas, onde as papilas dérmicas


                                                                       14
altas conduzem vasos sanguíneos próximos à superfície, contribuindo para

a região rosada dessa região. É destituída de glândulas sudoríparas e

folículo piloso, apesar de glândulas sudoríparas não funcionais estarem

presentes ocasionalmente. A mucosa (face interna) é revestida por um

epitélio úmido, estratificado pavimentoso não queratinizado e um tecido

conjuntivo denso não modelado que abriga glândulas salivares menores.

O eixo central do lábio possui tecido muscular estriado esquelético

entremeado por tecido conjuntivo, responsáveis pela motilidade dos lábios

       A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado

queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada

protege a mucosa oral das agressões mecânicas durante à mastigação e

pode ser observada na gengiva e no palato duro. A lâmina própria nestas

regiões possui varias papilas e repousa diretamente sobre o periósteo.

Epitélio pavimentoso não queratinizado reveste o palato mole, lábios,

bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria possui papilas similares

áquelas observadas na derme e é contínua com a submucosa, que contém

glândulas salivares menores.

Palato duro

Duro

Fixo

Recebe esse nome por conter uma prateleira óssea




                                                                         15
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado assentado sobre tecido

conjuntivo denso não modelado

Tecido conjuntivo com glândulas salivares mucosas e células adiposas



Palato mole

Móvel

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado

Tecido conjuntivo denso não modelado contendo pequenas glândulas

salivares mucosas

Seu eixo central é constituído por músculo estriado esquelético

responsável por seu movimento

A extensão mais posterior do palato mole forma a úvula cujo aspecto

histológico é semelhante ao do palato mole



Dentes



Moem e maceram os alimentos

São encaixados e presos ao maxilar e à mandíbula

Todos os dentes decíduos e permanentes possuem coroa, colo e raiz. Os

seres humanos possuem 2 conjuntos de dentes: 20 decíduos (de leite), que

são substituídos por 32 dentes permanentes (de adulto).




                                                                       16
8 dentes em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré molares e 3

molares

Os dentes são um componente essencial do processo digestivo, sendo o

maior órgão da cavidade oral. Os vários dentes possuem funções diferentes

como agarrar, cortar, macerar para formar um bolo.. Estão encaixados e

presos ao maxilar e à mandíbula. A parte do dente visível na cavidade oral

é denominada coroa, enquanto a região dentro do alvéolo (alojamento

ósseo) é denominada raiz. A parte entre a coroa e a raiz constitui o colo. O

dente adulto possui 4 componentes histologicamente distintos: esmalte,

cemento, dentina e cavidade pulpar.



Forame apical. Orifício que permite a entrada e saída de vasos sanguíneos,

linfáticos e nervos da polpa.



Esmalte



Cobre toda a porção visível exposta (coroa) do dente

A porção de esmalte acaba no colo

Substância mais dura do corpo humano

Produzido durante o desenvolvimento do dente pelos ameloblastos

Mais mineralizado que o osso (98% de hidroxiapatita)




                                                                         17
O esmalte pode ser danificado por bactérias produtoras de ácidos, que

vivem na superfície dos dentes causando a cárie dentária

A matriz orgânica do esmalte não é composta por fibras colágenas e sim

amelogenina e enamelina

Os bastonetes do esmalte são longos prismas de hidroxiapatita

A hidroxiapatita preenche os espaços entre os bastonetes (diferem só na

orientação dos cristais)

O esmalte maduro é acelular e não pode ser substituído, depois de formado

não cresce e nem pode ser reparado

Produzido por células denominadas ameloblastos (células colunares, altas,

possuem muitas mitocôndrias, RER e Golgi desenvolvido

Possui uma extensão apical (processo de Tomes) que possui grânulos de

secreção contendo as proteínas que constitui a matriz do esmalte. Após o

término da síntese do esmalte, os ameloblastos formam um epitélio protetor

que recobre a coroa até a erupção do dente. Esta função protetora é

importante na prevenção de vários defeitos do esmalte

Substância não viva

O corpo não pode reparar o esmalte, pois os ameloblastos morrem antes da

erupção do dente da cavidade oral.



Dentina

Envolve a cavidade pulpar


                                                                       18
Recoberta pelo esmalte na coroa e pelo cemento na raiz

Material calcificado que forma a maior parte da substância do dente

Contêm 70% de hidroxiapatita, sendo a segunda substância mais dura do

corpo

Amarelada

A maior parte da substância orgânica é colágena associada a proteoglicanas

e glicoproteínas

O seu alto grau de elasticidade protege contra fraturas o esmalte

Dentina é secretada lentamente durante toda a vida

Odontoblastos são localizados na periferia da cavidade pulpar secretam a

pré dentina que é mineralizada é forma a dentina

Os odontoblastos são células colunares

Possuem     prolongamentos       citoplasmáticos,    os    prolongamentos

odontoblásticos, que ocupam lugar semelhantes a túneis na dentina

percorrendo toda a sua extensão. Os prolongamentos odontoblásticos

ocupam canais estreitos denominados túbulos dentinários

A matriz produzida pela dentina e não mineralizada é denomina pré-

dentina

Vesículas da matriz aparecem produzidas pelos odontoblastos que devido

ao elevado conteúdo de cálcio e fosfato facilitam o aparecimento de cristais

de hidroxiapatita que crescem e servem como sítio de nucleação para

adição de minerais sobre as fibras de colágeno. Com o espessamento da pré


                                                                         19
dentina os odontoblastos são deslocados centralmente em direção              a

cavidade pulpar, mas seus prolongamentos permanecem contidos dentro da

dentina, formando canais longos e estreitos denominados canalículos da

dentina.



Cavidade Pulpar

Compartimento de Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado e

inervado

Seus principais componentes são os odontoblastos e fibroblastos

Fica dentro do dente envolvido pela dentina

Os vasos sanguíneos e nervos penetram na cavidade pulpar pelo forame

apical, uma abertura situada na ponta da raiz

A cavidade pulpar diminui com a idade porque a dentina continua a ser

secretada durante toda a vida



Periodonto (Tecidos de sustentação dos dentes)

Compreende as estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos

maxilar e mandibular. São eles: cemento, ligamento periodontal, osso

alveolar e gengiva.



Cemento

Cobre a raiz do dente, a parte do dente que se encaixa dentro do o alvéolo


                                                                             20
Mais espessa na região apical da raiz onde pode encontrar os cementócitos

(não se comunicam entre si como os osteócitos do osso)

Possui a mesma dureza do osso

Camada delgada de material semelhante ao osso

Menos mineralizado que o esmalte (45% a 50% de hidroxiapatita)

Secretado pelos cementoblastos que ficam na superfície externa do

cemento

Quando envolvidas pelo cemento, estas células são denominadas

cementócitos, ficam em lacunas e lançam prolongamentos dentro de

canalículos

A produção continua do cemento compensa o desgaste fisiológico dos

dentes

O ligamento periodontal fixa o cemento ao osso adjacente

Osso Alveolar

Esta em contato direto com o ligamento periodontal

Osso imaturo (osso primário)

Ligamento periodontal

Fixa e dá sustentação ao dente

Tecido Conjuntivo com feixes grossos de fibras colágenas (fibras de

Sharpey) inseridos no cemento e no osso alveolar, fixando o dente

firmemente no alvéolo suportar pressões exercidas durante a mastigação, o




                                                                      21
que evida a pressão diretamente sobre o osso um processo que poderia

ocasionar uma reabsorção óssea local

Permite movimentos limitados dos dentes

As fibras do ligamento são organizadas para s



Gengiva

Serve para sustentação dos dentes

Membrana mucosa firmemente aderida ao periósteo dos ossos maxilar e

mandibular

Possui um epitélio pavimentoso estratificado e abaixo do epitélio fica um

tecido conjuntivo denso não modelado

Lâmina própria contendo papilas conjuntivas

Parte especializada do epitélio chamado Epitélio Juncional esta unida ao

esmalte do dente por uma cutícula que se assemelha a uma lâmina basal

espessa

Língua



Órgão muscular (massa de músculo estriado esquelético)

As fibras musculares se intrecruzam em três planos e estão agrupadas em

feixes separadas por tecido conjuntivo

Superfície ventral lisa

Superfície dorsal irregular


                                                                      22
Essencial para a mastigação, deglutição, paladar, fala.

Massa de fibras musculares esqueléticas entrelaçadas

Possui uma superfície dorsal , uma ventral e 2 laterais

A porção mais posterior da língua é denominada raiz da língua



      Papilas linguais: Elevações do epitélio oral + lâmina propria



      Há 4 tipos: Filiforme

                   Fungiforme

                   Foliada

                   Circunvalada



      Localizadas na porção dorsal da língua



Papila Filiforme

Estruturas delgadas

Muita queratina (ajudam a retirar alimento de uma superfície)

No gato assemelha-se a uma lixa

Não possuem corpúsculos gustativos

Mais numerosas

São projeções cônicas e alongadas

Distribuídas em toda a superfície dorsal

                                                                      23
Função mecânica de fricção



Papila Fungiforme

Assemelha-se a um cogumelo

Base estreita e uma porção superior dilatada e lisa

Revestimento pavimentoso queratinizado

São pontos vermelhos entre as papilas filiformes

Possui poucos corpúsculos gustativos

Mais altas que as papilas filiformes

Corpúsculos gustativos são encontrados na superfície dorsal



Papila Foliada

Pouco desenvolvidas em humanos

Corpúsculos Gustativos são encontrados nas fendas que separam as cristas



Papila Circunvalada

Estruturas grandes e circulares

Forma de cúpula

Epitélio queratinizado

Cada papila circunvalada está rodeada por uma invaginação




                                                                       24
Este arranjo similar a um fosso permite um fluxo continuo sobre os botões

gustativos. Esse fluxo é importante na remoção de partículas de alimentos,

para que eles possam receber e processar novos estímulos

As glândulas serosas secretam uma lípase que provavelmente previne a

formação de uma camada hidrofóbica sobre os botões gustativos o que

poderia prejudicar sua funcao

Contem corpúsculos gustativos

Ductos de pequenas glândulas salivares desembocam nas invaginações. Sua

secreção remove o material presente nas invaginações e permite que os

corpúsculos gustativos respondam rapidamente a novos estímulos

Corpúsculos gustativos se encontram lateralmente



Corpúsculo Gustativo

Cada um contendo de 50 a 100 células

Muitas células são as próprias células gustativas

Outras possuem a função de suporte

Células basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os

tipos celulares

São intra-epiteliais

Agem na percepção do gosto

Estrutura oval

Possui células fusiformes


                                                                       25
Mais claro que o epitélio que o envolve

Possui uma abertura (Poro Gustativo) constituídos por células epiteliais

pavimentosas

Fibras nervosas penetram no corpúsculo gustativo

Todos os 3 tipos celulares funcionam na discriminação do gosto

Cada tipo celular possuem microvilosidades

Há 4 sensações primarias do gosto: salgado, doce, amargo e ácido.

Acredita-se que apesar de cada corpúsculo gustativo poder discernir cada

uma das 4 sensações, cada corpúsculo gustativo se especializa em 2 dos 4

gostos. O processo de percepção de gostos complexos é causado mais pelo

aparelho olfativo do que pelos corpúsculos gustativos, como evidenciando

pela diminuição da capacidade gustativa das pessoas com congestão nasal.



      Glândulas Salivares



             Fornecem os lubrificantes (mucina) para a cavidade oral,

algumas enzimas digestivas (amilase, por exemplo), eletrólitos essenciais

para a manutenção dos dentes enzima bactericida e imunoglobulina

secretora.

Funções: Digestiva, lubrificante e protetora

             São glândulas exócrinas que produzem saliva. Podem ser

glândulas salivares pequenas dispersas na submucosa da cavidade oral e


                                                                       26
recebem nomes de acordo com a sua localização. Elas são glândulas bucais,

labiais, linguais e palatinas; ou glândulas salivares maiores, as glândulas

salivares parótida, submandibular e sublingual. Nas glândulas maiores

uma cápsula de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas contorna as

glândulas e separa as glândulas em lóbulos por septo de conjuntivo que

partem da cápsula.



      As porções secretoras possuem 2 tipos de células secretoras, as

serosas e mucosas.

      Células serosas:

      Células secretoras de proteínas

      Forma piramidal

      Núcleo é bem visível e está no meio da célula

      Grânulos de secreção (Zimogênio) são encontrados no citoplasma

supranuclear

      Células mucosas:

      Células secretoras de mucina

      Núcleo fica comprimido na base

      Grânulos de mucina

      Grânulos não se cora pela coloração H/E

      Os ácinos podem ser exclusivamente serosos ou exclusivamente

mucosos, ou ainda mistos. Ácinos mistos são constituídos principalmente


                                                                        27
de células mucosas com um capuz de células serosas. O capuz de células

serosas é denominado semilua serosa porque, nos cortes histológicos, tem o

aspecto de meia lua.



Sistema de ductos das glândulas exócrinas



Existe um sistema de ductos que conduz a saliva produzida para a cavidade

oral. No sistema de ductos, as terminações secretoras se continuam com

os ductos intercalares formado por células epiteliais cubóides. São ductos

curtos que se unem para formar o ducto estriado. As estriações consistem

em invaginações da membrana plasmática. Ductos intercalares e

estriados são também denominados ductos intralobulares, devido à sua

localização dentro dos lóbulos glandulares. O ducto estriado de cada

lóbulo converge e desemboca em ductos maiores localizados nos septos do

tecido conjuntivo que separam os lóbulos, onde se tornam ductos

interlobulares ou excretores. Estes são inicialmente formados por epitélio

cubóide estratificado, mas as porções mais distais dos ductos excretores

são revestidas por epitélio colunar estratificado. O ducto principal de

cada glândula salivar maior desemboca na cavidade oral e, no final é

revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.



DUCTOS INTRALOBULARES


                                                                       28
Ductos intercalares



Ligam a luz da ácino a um ducto intralobular maior

Células epiteliais cubóides

Ductos curtos

Células basófilas

Luz pequena

Se unem para formar o ducto estriado

Pequenos ductos



Ducto estriado

Grandes ductos

Confluência de ductos intercalares

Apresentam estrias radiais

Luz evidente

Células cilíndricas e acidófilas



DUCTOS EXTRALOBULARES


Ductos revestidos por epitélio estratificado cúbico contendo luz bem

evidente. Estes ductos situam-se circundados abundantemente por tecido

conjuntivo (septos).



                                                                    29
Ducto excretor

Estes são inicialmente formados por epitélio cubóide estratificado, mas as

porções mais distais dos ductos excretores são revestidas por epitélio

colunar estratificado, aumentando o epitélio à medida que os ductos

aumentam de tamanho.




Estroma: tecido conjuntivo de sustentação reponsável pela vascularização

e inervação.


Parênquima: tecido epitelial de revestimento e glandular, ácinos e ductos.


Glândulas Salivares Menores



      São glândulas não encapsuladas distribuídas em toda mucosa oral e

submucosa. A saliva é produzida em pequenas unidades secretoras e

conduzida à cavidade oral em ductos curtos. As glândulas salivares

menores geralmente produzem muco. As glândulas serosas na parte

posterior da língua são exceção. Agregados de linfócitos podem ser

encontrados nas glândulas salivares menores, associados à secreção de IgA

(Imunoglobulina A).



Glândulas Salivares Maiores



                                                                        30
Glândula Parótida

      Glândula Submandibular

      Glândula Sublingual



Glândula Parótida



São as maiores glândulas salivares

Localização abaixo e na frente da orelha

Grande quantidade de tecido adiposo está presente na parótida

Glândula tubuloacinosa composta

Todas as suas unidades secretoras são serosas



Glândula Submandibular



Glândulas seromucosas mistas

Ácinos principalmente serosas

Localizadas no assoalho da boca junto da mandíbula

Glândula tubuloacinosa composta

A maioria de suas unidades é exclusivamente serosa, mas pode ser

encontrado alguns túbulosácidos mucosos (com capuz de semiluas serosas)



Glândula Sublingual


                                                                     31
São as menores glândulas das glândulas salivares maiores

Localizadas no assoalho da boca

Glândulas tubulosas compostas

Glândulas mistas que secretam principalmente muco

Ácinos exclusivamente serosos são raros

Alguns túbulos que secretam muco têm um capuz de semilua serosa




                                                                  32
Trato Digestório Inferior



Esôfago



Bolo alimentar é conduzido ao esôfago pela ação da língua e da

musculatura da faringe durante a deglutição

Conduz o alimento da cavidade oral para o estômago

Forte tubo muscular

Paredes musculosas efetuam movimentos peristálticos onde impulsionam o

bolo alimentar em direção distal e esse é separado em pequenas partes.

Organização Histológica:

1. MUCOSA

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado

Lâmina Própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Fibroelástico. para a

acomodação da deglutição)

Possui as glândulas esofágicas da cárdia que secretam um muco neutro

que protege o esôfago distal do conteúdo gástrico caso haja refluxo.

Muscular da mucosa. Delgada camada de músculo liso responsável pelo

pregueamento da mucosa

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo sustenta a mucosa e possui

glândulas esofágicas (muco levemente ácido e são distribuídas por todo o

esôfago onde lubrifica a luz do esôfago e o protege da fricção dos


                                                                       33
alimentos). Na submucosa possui muitas fibras elásticas, o que permite

uma considerável distensão durante a passagem do bolo alimentar

3.      CAMADA       MUSCULAR.     Porção   Proximal.   Fibras    Estriadas

Esqueléticas

                                   Porção Média. Mistura de musculatura

esquelética e lisa

                                   Porção Distal. Há células musculares

lisas

Camada Circular Interna

Camada Longitudinal Externa

A ação das duas camadas em ângulo reto entre si é a base da contração

peristáltica

4. SEROSA. Camada externa de Tecido Conjuntivo Frouxo. Nas regiões

que o tubo digestivo fica dentro da cavidade abdominal (cavidade

peritoneal) a camada é serosa (Tecido Conjuntivo Frouxo + Epitélio

simples pavimentoso)/ ADVENTÍCIA. (Tecido Conjuntivo Frouxo que se

funde com os tecidos adjacentes)



Na junção do esôfago com o estômago, a mucosa do trato sofre uma

transição abrupta de um epitélio estratificado pavimentoso não

queratinizado de proteção para uma mucosa secretora colunar simples

povoada com glândulas.


                                                                        34
Estômago

Responsável pela digestão parcial dos alimentos, secreção de enzimas e

hormônios

Segmento dilatado

Onde o alimento é retido por 2 horas ou mais

Há pouca absorção de nutrientes no estômago

Transforma o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo) por meio da

atividade muscular e química

Uma vez completada a formação do quimo o esfíncter pilórico relaxa e

permite que o quimo líquido seja esguichado para dentro do duodeno

Possui 4 regiões: Cárdia, fundo, corpo e piloro, mas apenas 3 regiões são

consideradas histologicamente.

Digestão química:

Continuação da digestão de carboidratos iniciada na boca

Adição de um fluido ácido (HCL) ao alimento ingerido

Digestão parcial da proteína (ação da pepsina)

Digestão parcial de triglicerídeos

Produz fator intrínseco

Produz hormônios



Digestão física:




                                                                      35
Executa movimentos diferentes (Ação da musculatura lisa em diferentes

direções que ajudam na ação muscular para transformar o bolo alimentar

em quimo)

Pregas Longitudinais

Possui pregas longitudinais (rugas) não permanentes que permitem

grande distensão do estômago, pois essas se desfazem para se adaptar à

expansão e ao enchimento do estômago (aumenta o volume do estômago)



Fossetas Gástricas

A mucosa sofre invaginações formando as fossetas gástricas. Aberturas

em toda região da superfície do estômago. Atuam como ductos que

transportam secreções gástricas para a luz do estômago. As glândulas

gástricas desembocam no fundo das fossetas.



Organização Histológica:



1. MUCOSA. A mucosa do estômago é protegida da autodigestão por uma

espessa cobertura de muco, que é mantido num PH mais alto que o do

suco gástrico devido à secreção de íons bicarbonato pelas células do

epitélio. Os íons bicarbonato mantêm o PH da cobertura de muco mais

alta do que o suco gástrico (líquido produzido pelo estômago, contendo




                                                                      36
água, enzimas, sais e ácido clorídrico) que atua sobre o bolo alimentar

transformando-o em quimo

Epitélio Colunar Simples (Todas as células secretam um muco alcalino e

bicarbonato)

Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo. O Tecido Conjuntivo

Frouxo é escasso por causa da grande proximidade das fossetas e glândulas

umas das outras.

Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Denso

3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso em 3 direções

      Camada interna oblíqua

      Camada média circular

      Camada externa longitudinal

4. SEROSA



Cárdia

Pequena área de glândulas secretoras de muco

Faixa circular estreita

Transição entre o esôfago e o estômago

Na mucosa da cárdia são encontradas as GLÂNDULAS CÁRDICAS que

são Glândulas Tubulares Ramificadas ou não com porções terminais

enoveladas e lúmen amplo.


                                                                      37
Possui: Células mucosas

         Células parietais

          Células-Tronco



Fundo e Corpo

Apresentam glândulas que elaboram secreções ácidas e enzimáticas que

forma o suco gástrico e muco protetor

Na mucosa do fundo e corpo são encontradas as GLÂNDULAS

CORPOFÚNDICAS que são Glândulas Tubulares que se abrem nas

fossetas gástricas.

      Possuem 3 regiões com uma população mista de células:

             Istmo

                      Células mucosas superficiais

                      Células-tronco

                      Células parietais

             Colo

                      Células-tronco

                      Células mucosas do colo

                      Células parietais

                      Células enteroendócrinas

             Base

                                                                  38
Células parietais

                     Células zimogênicas

                     Células enteroendócrinas




Piloro (gr. Porteiro)

Possui fossetas mais longas e glândulas mais curtas

Glândulas são constituídas por células secretoras de muco, um número

pequeno de células parietais Possui células enteroendócrinas (células G

que liberam o hormônio gastrina), intercaladas com células mucosas. A

presença de alimento no estômago estimula a secreção de gastrina para a

corrente sanguínea; a gastrina promove a secreção do ácido clorídrico pelas

células parietais.

Características das células encontradas nas glândulas do estômago:

1. Células-Tronco

As células-tronco se diferenciam (mitose) para substituir os todos os outros

tipos de células das glândulas, amadurecem e migram para cima ou para

baixo conforme for apropriado

2. Células Mucosas Superficiais

Cobrem a superfície luminal do estômago e revestem parcialmente as

fossetas gástricas

Cora-se mal com H/E

                                                                         39
Secretam bicarbonato e muco

3. Células Mucosas do Colo

Ficam situadas entre as células parietais

Formato irregular

Núcleos na base da célula

Grânulos de secreção próximos à superfície apical secretam mucina que

possui propriedade antibiótica

4. Células Parietais (Oxínticas)

São avermelhadas com a coloração de H/E

Secretam H e CL e o fator intrínseco (glicoproteína necessária para a

absorção da vitamina B12)

Núcleo esférico central

Invaginações da membrana plasmática formando um canalículo intracelular

Possui estruturas tubulovesiculares localizadas na região apical, abaixo da

membrana plasmática que se fundem com a membrana celular para formar

o canalículo e mais microvilos, promovendo um aumento generoso na

superfície da membrana celular. Os íons H e CL são secretados e se unem

no lúmen do estômago formando o ácido clorídrico que proporciona um

meio ácido ideal para a atuação das enzimas para que ocorra a digestão e

também ajuda a destruir as bactérias presentes no bolo alimentar.




                                                                        40
5. Células Zimogênicas (Principais)

Reconhecidas pelo citoplasma granular com pepsinogênio, o precursor da

pepsina, é secretado pelos ribossomos e armazenados em grânulos de

secreção que permanece inativo até que chegue ao lúmen do estômago,

onde é ativado pelo baixo ph do suco gástrico e transforma-se em pepsina

(enzima que atua na digestão das proteínas)

Células produtoras da enzima lípase (atua na digestão das gorduras)



6. Células Enteroendócrinas

Células secretoras de hormônios

Produz hormônios de atuação parácrina ou endócrina



Intestino Delgado

Possui de 6 a 7 metros

Possui 3 regiões: Duodeno (25 cm), jejuno (2 a 3 m) e íleo (3 a 4 m)

Processo de digestão se completa no intestino delgado

Enzimas e bile agem na luz do intestino delgado decompondo o quimo

vindo do estômago em moléculas pequenas para serem absorvidas pelas

células intestinais

Principal local da digestão e absorção de nutrientes

Secreção endócrina




                                                                       41
Organização Histológica:



1. MUCOSA. Epitélio. Colunar Simples

                Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Preenche o

centro das vilosidades intestinais).

                Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo. No Duodeno contém as

GLÂNDULAS DE BRUNNER que secretam muco alcalino. Este muco

protege a mucosa contra os efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o

PH do quimo, aproximando-o do PH ótimo para ação das enzimas

pancreáticas.

LÂMINA PRÓPRIA e SUBMUCOSA do intestino delgado contêm

agregados de nódulos linfóides que são mais numerosos no íleo e neste

órgão são conhecidos como placas de Peyer (área oval)



3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso

                      Camada circular interna

                      Camada longitudinal externa

4. SEROSA




                                                                         42
Estruturas que aumentam a superfície do intestino



Estruturas que aumentam a superfície do Intestino Delgado

aumentando assim a área disponível para absorção dos nutrientes:

PREGAS, VILOSIDADES E MICROVILOSIDADES



1. Pregas permanentes são dobras da mucosa e submucosa

Mais desenvolvidas no jejuno

Presentes no duodeno e íleo, porem não são características desses órgãos



2. Vilosidades intestinais que são projeções alongadas da mucosa

(Epitélio e lâmina própria)

3. Microvilosidades

Projeções citoplasmáticas



Duodeno

Primeira parte do intestino delgado

Recebe o alimento parcialmente digerido sob a forma de quimo ácido

Possui as glândulas de Brunner encontradas na submucosa

A presença do quimo no duodeno estimula as glândulas de Brunner a

secretarem um muco alcalino que ajuda a neutralizar o quimo ácido e

protege a mucosa duodenal da autodigestão.

                                                                           43
Jejuno

Local primário para absorção dos nutrientes



Íleo

Porção terminal do intestino delgado

Agregações de nódulos linfáticos (placas de Peyer)




O INTESTINO DELGADO possui a mesma estrutura básica ao longo

de toda a sua extensão. As principais diferenças são:

Presença de glândulas de Brunner no duodeno

A proporção das células caliciformes no epitélio aumenta em direção

distal

Vilosidades tornam-se mais curtas em direção ao íleo

As placas de Peyer são mais numerosas no íleo



As vilosidades do intestino delgado são revestidas por epitélio simples

cilíndrico, que é contínuo com o das criptas. Como outras partes do trato

digestório o epitélio inclui uma variedade de tipos celulares, cada qual

com sua função específica. São eles:

1. Enterócitos:



                                                                      44
O tipo celular mais numeroso

Células cilíndricas altas com microvilos São as principais células absortivas

Colunares

Núcleo oval basal

Possui borda em escova (microvilosidades densamente agrupadas), sendo

que cada célula absortiva possui cerca de 3000microvilosidades

Função é internalizar nutrientes produzidas durante a digestão

2. Células Caliciformes

Espalhadas entre os enterócitos

Distribuídas entre as células absortivas

Menos abundantes no duodeno e aumentam em direção ao íleo

Produzem mucina que forma o muco cuja função é proteger e lubrificar o

revestimento do intestino

Produzem mucina para lubrificação do conteúdo intestinal e proteção do

epitélio

3. Célula de Paneth

Encontradas na base das criptas de Lieberkuhn

Distinguidas pelos seus grânulos apicais

Localizadas na porção basal das glândulas intestinais

Células exócrinas com grânulos de secreção (com lisozima e defensina,

enzimas que digerem as paredes das bactérias). Devido a sua atividade




                                                                          45
antibacteriana a lisozima também exerce controle sobre a microbiota

intestinal

Função de defesa

Os grânulos das células de Paneth contêm peptídeos antimicrobianos e

enzimas protetoras como a lisozima.

4. Células enteroendócrinas

Possui grânulos de secreção e os hormônios podem exercer efeito parácrino

ou endócrino

5. Células-tronco

Encontradas na base das criptas

Se dividem continuamente para substituir os tipos celulares



6. Célula M

Recobrem folículos linfóides das placas de Peyer localizadas no íleo

Possui invaginações basais contendo muitos linfócitos e células

apresentadoras de antígenos como os macrófagos

Podem captar antígeno por endocitose e transportá-los para os macrófagos



Intestino Grosso




                                                                       46
Principais funções do intestino grosso são a recuperação da água e dos sais

das fezes e a propulsão das fezes cada vez mais sólidas em direção ao reto,

antes da defecação.



Constituído por:

Ceco

Cólon ascendente

Cólon transverso

Cólon descendente

Cólon sigmóide

Reto

Ânus

Camada mucosa nao tem pregas circulares distintas (exceto no reto), nem

vilosidades

Criptas longas caracterizadas por abundância de células caliciformes e

absortivas e um pequeno número de células enteroendócrinas

Organização Histológica



1. MUCOSA

              Epitélio Colunar Simples

              Lâmina própria. Rica em células linfóides e nódulos

(Relacionada à população bacteriana abundante no intestino grosso


                                                                        47
Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo

3.CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso

      Camada circular

      Camada longitudinal

As fibras da camada longitudinal externa se unem para formar 3 faixas

longitudinais separadas e espessas denominadas tênias de cólon

4. SEROSA e ADVENTÍCIA (onde o intestino grosso une à parede

corporal)

Tipos de células encontradas:

1. Células absortivas

2. Células caliciformes

3. Células-tronco



As fezes passam pelo intestino grosso e se tornam cada vez mais

desidratadas e o muco torna-se cada vez mais importante na proteção da

mucosa contra traumatismo.

O intestino grosso é habitado por uma variedade de bactérias comensais

que degradam os resíduos alimentares. A degradação bacteriana é um

mecanismo importante para a digestão da celulose nos ruminantes, mas nos

seres humanos a maior parte da celulose é excretada. Pequenas quantidades




                                                                      48
de vitaminas derivadas das atividades bacteriana são absorvidas no

intestino grosso.



Apêndice

Divertículo do ceco

Lúmen irregular

Possui nódulos linfóides abundantes em sua parede

Não possui tênias do cólon, apesar de sua estrutura geral ser similar à do

intestino grosso



Reto

Porção terminal dilatada e curta do intestino grosso

Contêm muitas células caliciformes

Na junção reto anal sofre uma transição abrupta para se tornar um epitélio

estratificado pavimentoso não queratinizado no canal anal e também a

camada mucosa forma dobras longitudinais, as colunas retais.




                                                                       49
Parte do trato                     Tipo de Epitélio             Principais tipos celulares          Outras características

     gastrointestinal                                                         do Epitélio                       distintivas

Esôfago                      Estratificado    Pavimentoso      Não    Células Pavimentosas             Glândula na Submucosa e na

                             Queratinizado                                                             Mucosa do Esôfago distal

Corpo/Fundo do estômago      Simples Cilíndrico                       1.     Células        Mucosas

                             (Revestimento Superficial)               Superficiais

                             Glândulas Tubulosas Retas                2. Células Mucosas do

                                                                      Colo

                                                                      3. Células Parietais

                                                                      4.Células           Principais

                                                                      (Zimogênicas)



Regiões cárdica e pilórica   Simples Cilíndrico                       Células mucosas

do estômago                  Glândulas Tubulosas Enoveladas           Células parietais

                             Ramificadas

Duodeno                      Simples cilíndrico com planura           Enterócitos              com     Glândulas de Brunner

                             estriada                                 microvilosidades                 Pregas Circulares

                             Glândulas       Tubulosas      Simples   Células Caliciformes

                             (Criptas de Lieberkuhn)                  Células de Paneth

Jejuno e Íleo                Simples cilíndrico com planura           Enterócitos              com     Placas de Peyer

                             estriada,     Glândulas     Tubulosas    microvilosidades                 Pregas Circulares

                             Simples (Cripta de Lieberkuhn)           Células Caliciformes

                                                                      Células de Paneth

Cólon e Reto                 Simples cilíndrico com planura           Células caliciformes             Tênias do cólon

                             estriada,     Glândulas     Tubulosas    Células absortivas

                             Simples (Cripta de Lieberkuhn)

Apêndice                     Simples cilíndrico com planura           Células caliciforme              Tecido linfóide proeminente

                             estriada,     Glândulas     Tubulosas    Células cilíndricas

                             Simples (Cripta de Lieberkuhn)

Canal Anal                   Estratificado pavimentoso                Células Pavimentosas             Colunas de Morgagni




                                                                                                                                     50
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  • 1. Sistema Urinário O Sistema Urinário remove do sangue subprodutos tóxicos de metabolismo, secreta os hormônios renina e eritropoetina, conservam sais, glicose, proteínas e água. armazena a urina produzidas no rim na bexiga urinária e retira a urina do corpo. Essas funções são realizadas por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Por causa destas funções de eliminação e conservação, os rins também ajudam a regular a pressão do sangue, a hemodinâmica, assim como o equilíbrio ácido-base do corpo. Funções: Reciclagem. Os rins recuperam materiais essenciais Excreção. Os rins removem do corpo produtos residuais do metabolismo, particulamente a uréia. Secreção hormônios (renina e eritropoetina) RIM Órgãos grandes Avermelhados 1
  • 2. Forma de feijão Situados na parede posterior do abdômen Ramos de artéria e veia, vasos linfáticos renais, ureter perfuram o rim no hilo (uma depressão) No hilo o ureter se expande formando a pelve renal Uma extensão do hilo, cheia de gordura, situada dentro do rim, é denominada seio renal. O rim está dividido em córtex e medula Forma de um feijão com uma borda convexa e a outra côncava, na qual se situa o hilo, onde entram e saem os vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres O hilo contém dois ou três cálices que se reúnem para formar a pélvis renal (parte superior dilatada do ureter) e tecido adiposo. As paredes dos cálices menores e maiores e da pelve renal consistem em três camadas chamadas de mucosa, muscular e adventícia. Mucosa. Revestido por epitélio de transição ou urotélio, que repousa sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo. Muscular. Consiste em células musculares lisas dispostas em duas camadas, uma interna longitudinal e outra externa circular. Adventícia. Composta por tecido conjuntivo frouxo 2
  • 3. O rim é constituído pela cápsula, a zona cortical e a zona medular. As regiões medular e cortical são constituídas pelo conjunto de néfrons e de tecido intersticial do rim. Cápsula Camada fina e resistente que cobre o rim. Ela pode ser dividida em uma camada externa de Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado com fibras elásticas e musculares ocasionais e uma camada interna caracterizada por numerosos miofibroblastos que auxiliam o rim a resistir às mudanças de volume e pressão. Zona Cortical/ Córtex Faixa de tecido castanho avermelhado situado sob a cápsula, sendo que sua cor é causada pelo fato de 90% a 95% do sangue que passa pelo rim estar no córtex. Ele consiste de corpúsculos renais, de partes contorcidas dos túbulos proximais e distais. Os glomérulos envolvidos por suas cápsulas dão a aparência granulosa ao córtex. Zona Medular 3
  • 4. A medula é a porção mais clara do rim. Ela é constituída por porções retas dos túbulos proximais e distais, das alças de Henle, ductos coletores e vasos sanguíneos retos. Ela está organizada em 8 a 18 estruturas cônicas, denominadas pirâmides medulares, que apresentam estrias radiais. A base de cada pirâmide é adjacente ao córtex e o ápice projeta-se no seio renal. Formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de Malpighi), cujos vértices fazem saliência nos cálices renais. Essas saliências são as papilas, sendo cada uma perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa). Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, que penetram na cortical. Colunas renais e Raios medulares. As colunas renais são constituídas de tecido cortical que se projeta para dentro da medula e os raios medulares são um tipo de tecido medular que se projeta para dentro do córtex. Lobo = 1 pirâmide + Tecido Cortical que recobre sua base e seus lados Lóbulo = Raio Medular + Tecido Cortical que lhe fica em volta 4
  • 5. Túbulo urinífero = Néfron + Túbulo Coletor Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal que se continua com o escasso tecido conjuntivo do rim. Néfron O néfron é a unidade básica da estrutura e função do rim. O rim humano possui 1,5 a 2,0 milhões de néfrons e é constituído por vários componentes que são corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, segmento reto do túbulo proximal, alça de Henle, segmento reto do túbulo contorcido distal e túbulo contorcido distal. Existem dois tipos de néfrons, classificados pela localização de seus corpúsculos renais no córtex do rim: o justamedular (cujo glomérulo se localiza na região profunda da cortical apresentam glomérulo de maior volume e uma longa alça de Henle que alcança a medula) e o cortical (cujo glomérulo está localizado na região cortical superficial apresentam um glomérulo de pequeno volume e uma delgada alça de Henle). Os néfrons justamedulares por possuir uma alça de Henle maior e os animais que possuem essa alça produz uma urina hipertônica, e assim poupa a água do corpo. 5
  • 6. Corpúsculo renal (corpúsculo de Malpighi). Os corpúsculos renais constituem o início do néfron e localizam-se exclusivamente no córtex. Um corpúsculo é constituído por um revestimento epitelial duplo, a cápsula renal (Bowmann) que envolve um tufo de alças de capilares anastomosadas, o glomérulo. Corpúsculo renal = Glomérulo + Cápsula de Bowmann Cada corpúsculo renal possui um pólo vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai à arteríola eferente e um pólo urinário, onde tem início o túbulo contorcido proximal Glomérulo O glomérulo é formado por capilares provenientes de várias pequenas arteríolas, ramos da arteríola aferente, que supre o corpúsculo renal. A arteríola aferente divide-se em vários capilares, que vão constituir alças. O glomérulo é um tufo de capilares arteriais envolvido pela cápsula de Bowmann. Os capilares glomerulares são fenestrados, com amplos poros e sem diafragma. Uma membrana basal (fusão das lâminas basais do endotélio e podócitos) está interposta entre os capilares e os podócitos que revestem a superfície externa dos capilares glomerulares. 6
  • 7. Admite-se que esta membrana basal seja a principal barreira de filtração glomerular. Os capilares glomerulares possuem as células mesangiais em certas regiões de suas paredes. As células mesangiais são contráteis e têm receptores para angiotensina II. A ativação desses receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Possui receptores para o hormônio natriurético produzido pelas células musculares do átrio do coração. Este hormônio é um vaso dilatador e relaxa as células mesangiais, provavelmente aumentando o volume de sangue nos capilares e a área disponível para a filtração. As células mesangiais possuem outras funções como: dar suporte estrutural ao glomérulo, sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substâncias patológicas retidas pela barreira de filtração e produz substâncias como a endotelina, que causa contração nas musculaturas lisas das arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo. Cápsula de Bowman. É a parte do néfron na qual o sangue é filtrado, produzindo o filtrado glomerular. Estrutura da Cápsula A cápsula é constituída por um folheto visceral interno e um folheto visceral externo, sendo que, o espaço situado entre os dois folhetos 7
  • 8. da cápsula renal espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula. Folheto Visceral Interno. O folheto visceral é altamente especializado e intimamente aderido aos capilares glomerulares. São células que se modificaram durante o desenvolvimento embrionário e são chamadas podócitos sendo formadas por um corpo celular de onde partem diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos secundários. Os podócitos localizam-se sobre uma membrana basal, porém a maior parte do corpo celular e prolongamentos primários não se apóiam na membrana basal. Os espaços entre os prolongamentos secundários são conhecidos como fendas de filtração. Folheto Parietal Externo. O folheto parietal é constituído por Epitélio Pavimentoso Simples que tem continuidade no epitélio cubóide do túbulo contorcido proximal. Túbulo Contorcido Proximal O espaço urinífero da cápsula renal drena para o TCP. Estes túbulos constituem a maior parte do labirinto cortical do rim. O TCP é revestido 8
  • 9. por epitélio cubóide ou colunar baixo e são células largas, (sendo que em corte transversal aparece apenas três a quatro núcleos esféricos), com grande quantidade de microvilosidades que formam orla em escova para absorção. Inúmeras mitocôndrias e invaginações na porção basal (características de células transportadoras de íons). Os túbulos contorcidos proximais são circundados por muitos capilares sanguíneos. O filtrado glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, onde começa o processo de absorção e excreção. Absorve a glicose e os aminoácidos contidos no filtrado glomerular, 70% da água, bicarbonato de sódio e cloreto de sódio. A glicose, aminoácidos e íons são absorvidos por transporte ativo, com gasto de energia, porém a água acompanha passivamente essas substâncias. Quando a quantidade de glicose no filtrado excede a capacidade de absorção nos túbulos proximais, a urina se torna mais abundante e contêm glicose. Além dessas atividades, o túbulo proximal secreta creatinina e substâncias estranhas ao organismo, como ácido úrico. Alça de Henle A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que participa da retenção de água e consiste em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos. Apresenta três porções distintas: Porção inicial, que 9
  • 10. corresponde a porção final do TCP; porção fina constituída por epitélio pavimentoso simples, por isso observa-se um lúmen largo e a porção terminal que é a porção inicial do TCD. Túbulo Contorcido Distal. Localiza-se no labirinto cortical e possui somente cerca de um terço do comprimento do TCP. É formado por epitélio cúbico simples e possui um acúmulo de células que encosta na arteríola eferente, chamada mácula densa. Esta porção especializada do epitélio do túbulo distal está envolvida na regulação da pressão do sangue. Túbulos e Ductos Coletores. Epitélio geralmente cúbico ou prismático simples Aparelho Justaglomerular. Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana elástica interna e suas células apresentam-se modificadas. Essas células são chamadas células justaglomerulares ou células JG e possuem núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção. 10
  • 11. Interstício Renal. É constituído pelo Tecido Conjuntivo Frouxo que se encontra entre os néfrons, ductos, vasos sanguíneos e linfáticos do rim. No córtex seu volume é pequeno, no entanto, a partir do limite corticomedular aumenta progressivamente e, na altura das papilas renais, representa 20% do volume tecidual. Ureter Ureter. A urina atravessa a extremidade estreita da pelve renal e é vertida no ureter, um ducto de 30 cm de comprimento e 4 mm de diâmetro. Possui uma luz de forma estrelada que é revestida por epitélio de transição (urotélio), lâmina própria, camada Tecido Muscular Liso (camada interna longitudinal e uma externa circular) e camada adventícia. Bexiga Bexiga. A bexiga é um reservatório distensível de urina, seu tamanho e forma mudam quando fica cheia. Quanto à organização histológica assemelha-se ao ureter, exceto por ser uma estrutura muito mais desenvolvida e não possui luz estrelada. A mucosa é formada por epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo 11
  • 12. que varia de frouxo a denso. As células superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica. Nestas células, a membrana plasmática em contato com a urina é especializada, apresentando placas espessas separadas por faixas de membranas mais delgadas. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões delgadas e as placas de espessas se envaginam e se enrolam. Ao se encher novamente sua parede se distende. A muscular é composta por três camadas de músculo liso (longitudinal interna, circular média e longitudinal externa). Possui externamente uma camada adventícia. Uretra feminina: Mede 3 a 5 cm de comprimento Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (exceto próxima a bexiga onde possui epitélio polimorfo) Entre as glândulas epiteliais a glândulas equivalentes às glândulas de Littré O Tecido Conjuntivo Frouxo da lâmina própria forma pregas longitudinais que desaparecem durante a micção Abundância de vasos venosos Em torno da mucosa há uma camada de fibras musculares lisas que se continua com o músculo da bexiga 12
  • 13. Há esfíncter externo constituído de tecido muscular estriado esquelético 13
  • 14. Sistema Digestório: Cavidade Oral O sistema digestório, constituído pela cavidade oral, trato alimentar e glândulas associadas, atua na ingestão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos, assim como na eliminação dos resíduos não digeridos. A cavidade oral é constituída pela boca e seu conteúdo: lábios, bochechas, palatos duro e mole, língua, dentes e glândulas salivares. A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não, dependendo se no local há agressões mecânicas durante a mastigação. Lábios O lábio humano apresenta três superfícies (pele, borda vermelha e a mucosa) e um núcleo comum. A superfície externa é recoberta pela pele, composta por epiderme e derme à qual estão associadas glândulas sudoríparas, folículo piloso e glândulas sebáceas. A borda vermelha é a região rosada do lábio, que também está coberto pela pele fina e é encontrada somente em seres humanas, onde as papilas dérmicas 14
  • 15. altas conduzem vasos sanguíneos próximos à superfície, contribuindo para a região rosada dessa região. É destituída de glândulas sudoríparas e folículo piloso, apesar de glândulas sudoríparas não funcionais estarem presentes ocasionalmente. A mucosa (face interna) é revestida por um epitélio úmido, estratificado pavimentoso não queratinizado e um tecido conjuntivo denso não modelado que abriga glândulas salivares menores. O eixo central do lábio possui tecido muscular estriado esquelético entremeado por tecido conjuntivo, responsáveis pela motilidade dos lábios A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada protege a mucosa oral das agressões mecânicas durante à mastigação e pode ser observada na gengiva e no palato duro. A lâmina própria nestas regiões possui varias papilas e repousa diretamente sobre o periósteo. Epitélio pavimentoso não queratinizado reveste o palato mole, lábios, bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria possui papilas similares áquelas observadas na derme e é contínua com a submucosa, que contém glândulas salivares menores. Palato duro Duro Fixo Recebe esse nome por conter uma prateleira óssea 15
  • 16. Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado assentado sobre tecido conjuntivo denso não modelado Tecido conjuntivo com glândulas salivares mucosas e células adiposas Palato mole Móvel Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Tecido conjuntivo denso não modelado contendo pequenas glândulas salivares mucosas Seu eixo central é constituído por músculo estriado esquelético responsável por seu movimento A extensão mais posterior do palato mole forma a úvula cujo aspecto histológico é semelhante ao do palato mole Dentes Moem e maceram os alimentos São encaixados e presos ao maxilar e à mandíbula Todos os dentes decíduos e permanentes possuem coroa, colo e raiz. Os seres humanos possuem 2 conjuntos de dentes: 20 decíduos (de leite), que são substituídos por 32 dentes permanentes (de adulto). 16
  • 17. 8 dentes em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré molares e 3 molares Os dentes são um componente essencial do processo digestivo, sendo o maior órgão da cavidade oral. Os vários dentes possuem funções diferentes como agarrar, cortar, macerar para formar um bolo.. Estão encaixados e presos ao maxilar e à mandíbula. A parte do dente visível na cavidade oral é denominada coroa, enquanto a região dentro do alvéolo (alojamento ósseo) é denominada raiz. A parte entre a coroa e a raiz constitui o colo. O dente adulto possui 4 componentes histologicamente distintos: esmalte, cemento, dentina e cavidade pulpar. Forame apical. Orifício que permite a entrada e saída de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos da polpa. Esmalte Cobre toda a porção visível exposta (coroa) do dente A porção de esmalte acaba no colo Substância mais dura do corpo humano Produzido durante o desenvolvimento do dente pelos ameloblastos Mais mineralizado que o osso (98% de hidroxiapatita) 17
  • 18. O esmalte pode ser danificado por bactérias produtoras de ácidos, que vivem na superfície dos dentes causando a cárie dentária A matriz orgânica do esmalte não é composta por fibras colágenas e sim amelogenina e enamelina Os bastonetes do esmalte são longos prismas de hidroxiapatita A hidroxiapatita preenche os espaços entre os bastonetes (diferem só na orientação dos cristais) O esmalte maduro é acelular e não pode ser substituído, depois de formado não cresce e nem pode ser reparado Produzido por células denominadas ameloblastos (células colunares, altas, possuem muitas mitocôndrias, RER e Golgi desenvolvido Possui uma extensão apical (processo de Tomes) que possui grânulos de secreção contendo as proteínas que constitui a matriz do esmalte. Após o término da síntese do esmalte, os ameloblastos formam um epitélio protetor que recobre a coroa até a erupção do dente. Esta função protetora é importante na prevenção de vários defeitos do esmalte Substância não viva O corpo não pode reparar o esmalte, pois os ameloblastos morrem antes da erupção do dente da cavidade oral. Dentina Envolve a cavidade pulpar 18
  • 19. Recoberta pelo esmalte na coroa e pelo cemento na raiz Material calcificado que forma a maior parte da substância do dente Contêm 70% de hidroxiapatita, sendo a segunda substância mais dura do corpo Amarelada A maior parte da substância orgânica é colágena associada a proteoglicanas e glicoproteínas O seu alto grau de elasticidade protege contra fraturas o esmalte Dentina é secretada lentamente durante toda a vida Odontoblastos são localizados na periferia da cavidade pulpar secretam a pré dentina que é mineralizada é forma a dentina Os odontoblastos são células colunares Possuem prolongamentos citoplasmáticos, os prolongamentos odontoblásticos, que ocupam lugar semelhantes a túneis na dentina percorrendo toda a sua extensão. Os prolongamentos odontoblásticos ocupam canais estreitos denominados túbulos dentinários A matriz produzida pela dentina e não mineralizada é denomina pré- dentina Vesículas da matriz aparecem produzidas pelos odontoblastos que devido ao elevado conteúdo de cálcio e fosfato facilitam o aparecimento de cristais de hidroxiapatita que crescem e servem como sítio de nucleação para adição de minerais sobre as fibras de colágeno. Com o espessamento da pré 19
  • 20. dentina os odontoblastos são deslocados centralmente em direção a cavidade pulpar, mas seus prolongamentos permanecem contidos dentro da dentina, formando canais longos e estreitos denominados canalículos da dentina. Cavidade Pulpar Compartimento de Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado e inervado Seus principais componentes são os odontoblastos e fibroblastos Fica dentro do dente envolvido pela dentina Os vasos sanguíneos e nervos penetram na cavidade pulpar pelo forame apical, uma abertura situada na ponta da raiz A cavidade pulpar diminui com a idade porque a dentina continua a ser secretada durante toda a vida Periodonto (Tecidos de sustentação dos dentes) Compreende as estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos maxilar e mandibular. São eles: cemento, ligamento periodontal, osso alveolar e gengiva. Cemento Cobre a raiz do dente, a parte do dente que se encaixa dentro do o alvéolo 20
  • 21. Mais espessa na região apical da raiz onde pode encontrar os cementócitos (não se comunicam entre si como os osteócitos do osso) Possui a mesma dureza do osso Camada delgada de material semelhante ao osso Menos mineralizado que o esmalte (45% a 50% de hidroxiapatita) Secretado pelos cementoblastos que ficam na superfície externa do cemento Quando envolvidas pelo cemento, estas células são denominadas cementócitos, ficam em lacunas e lançam prolongamentos dentro de canalículos A produção continua do cemento compensa o desgaste fisiológico dos dentes O ligamento periodontal fixa o cemento ao osso adjacente Osso Alveolar Esta em contato direto com o ligamento periodontal Osso imaturo (osso primário) Ligamento periodontal Fixa e dá sustentação ao dente Tecido Conjuntivo com feixes grossos de fibras colágenas (fibras de Sharpey) inseridos no cemento e no osso alveolar, fixando o dente firmemente no alvéolo suportar pressões exercidas durante a mastigação, o 21
  • 22. que evida a pressão diretamente sobre o osso um processo que poderia ocasionar uma reabsorção óssea local Permite movimentos limitados dos dentes As fibras do ligamento são organizadas para s Gengiva Serve para sustentação dos dentes Membrana mucosa firmemente aderida ao periósteo dos ossos maxilar e mandibular Possui um epitélio pavimentoso estratificado e abaixo do epitélio fica um tecido conjuntivo denso não modelado Lâmina própria contendo papilas conjuntivas Parte especializada do epitélio chamado Epitélio Juncional esta unida ao esmalte do dente por uma cutícula que se assemelha a uma lâmina basal espessa Língua Órgão muscular (massa de músculo estriado esquelético) As fibras musculares se intrecruzam em três planos e estão agrupadas em feixes separadas por tecido conjuntivo Superfície ventral lisa Superfície dorsal irregular 22
  • 23. Essencial para a mastigação, deglutição, paladar, fala. Massa de fibras musculares esqueléticas entrelaçadas Possui uma superfície dorsal , uma ventral e 2 laterais A porção mais posterior da língua é denominada raiz da língua Papilas linguais: Elevações do epitélio oral + lâmina propria Há 4 tipos: Filiforme Fungiforme Foliada Circunvalada Localizadas na porção dorsal da língua Papila Filiforme Estruturas delgadas Muita queratina (ajudam a retirar alimento de uma superfície) No gato assemelha-se a uma lixa Não possuem corpúsculos gustativos Mais numerosas São projeções cônicas e alongadas Distribuídas em toda a superfície dorsal 23
  • 24. Função mecânica de fricção Papila Fungiforme Assemelha-se a um cogumelo Base estreita e uma porção superior dilatada e lisa Revestimento pavimentoso queratinizado São pontos vermelhos entre as papilas filiformes Possui poucos corpúsculos gustativos Mais altas que as papilas filiformes Corpúsculos gustativos são encontrados na superfície dorsal Papila Foliada Pouco desenvolvidas em humanos Corpúsculos Gustativos são encontrados nas fendas que separam as cristas Papila Circunvalada Estruturas grandes e circulares Forma de cúpula Epitélio queratinizado Cada papila circunvalada está rodeada por uma invaginação 24
  • 25. Este arranjo similar a um fosso permite um fluxo continuo sobre os botões gustativos. Esse fluxo é importante na remoção de partículas de alimentos, para que eles possam receber e processar novos estímulos As glândulas serosas secretam uma lípase que provavelmente previne a formação de uma camada hidrofóbica sobre os botões gustativos o que poderia prejudicar sua funcao Contem corpúsculos gustativos Ductos de pequenas glândulas salivares desembocam nas invaginações. Sua secreção remove o material presente nas invaginações e permite que os corpúsculos gustativos respondam rapidamente a novos estímulos Corpúsculos gustativos se encontram lateralmente Corpúsculo Gustativo Cada um contendo de 50 a 100 células Muitas células são as próprias células gustativas Outras possuem a função de suporte Células basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os tipos celulares São intra-epiteliais Agem na percepção do gosto Estrutura oval Possui células fusiformes 25
  • 26. Mais claro que o epitélio que o envolve Possui uma abertura (Poro Gustativo) constituídos por células epiteliais pavimentosas Fibras nervosas penetram no corpúsculo gustativo Todos os 3 tipos celulares funcionam na discriminação do gosto Cada tipo celular possuem microvilosidades Há 4 sensações primarias do gosto: salgado, doce, amargo e ácido. Acredita-se que apesar de cada corpúsculo gustativo poder discernir cada uma das 4 sensações, cada corpúsculo gustativo se especializa em 2 dos 4 gostos. O processo de percepção de gostos complexos é causado mais pelo aparelho olfativo do que pelos corpúsculos gustativos, como evidenciando pela diminuição da capacidade gustativa das pessoas com congestão nasal. Glândulas Salivares Fornecem os lubrificantes (mucina) para a cavidade oral, algumas enzimas digestivas (amilase, por exemplo), eletrólitos essenciais para a manutenção dos dentes enzima bactericida e imunoglobulina secretora. Funções: Digestiva, lubrificante e protetora São glândulas exócrinas que produzem saliva. Podem ser glândulas salivares pequenas dispersas na submucosa da cavidade oral e 26
  • 27. recebem nomes de acordo com a sua localização. Elas são glândulas bucais, labiais, linguais e palatinas; ou glândulas salivares maiores, as glândulas salivares parótida, submandibular e sublingual. Nas glândulas maiores uma cápsula de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas contorna as glândulas e separa as glândulas em lóbulos por septo de conjuntivo que partem da cápsula. As porções secretoras possuem 2 tipos de células secretoras, as serosas e mucosas. Células serosas: Células secretoras de proteínas Forma piramidal Núcleo é bem visível e está no meio da célula Grânulos de secreção (Zimogênio) são encontrados no citoplasma supranuclear Células mucosas: Células secretoras de mucina Núcleo fica comprimido na base Grânulos de mucina Grânulos não se cora pela coloração H/E Os ácinos podem ser exclusivamente serosos ou exclusivamente mucosos, ou ainda mistos. Ácinos mistos são constituídos principalmente 27
  • 28. de células mucosas com um capuz de células serosas. O capuz de células serosas é denominado semilua serosa porque, nos cortes histológicos, tem o aspecto de meia lua. Sistema de ductos das glândulas exócrinas Existe um sistema de ductos que conduz a saliva produzida para a cavidade oral. No sistema de ductos, as terminações secretoras se continuam com os ductos intercalares formado por células epiteliais cubóides. São ductos curtos que se unem para formar o ducto estriado. As estriações consistem em invaginações da membrana plasmática. Ductos intercalares e estriados são também denominados ductos intralobulares, devido à sua localização dentro dos lóbulos glandulares. O ducto estriado de cada lóbulo converge e desemboca em ductos maiores localizados nos septos do tecido conjuntivo que separam os lóbulos, onde se tornam ductos interlobulares ou excretores. Estes são inicialmente formados por epitélio cubóide estratificado, mas as porções mais distais dos ductos excretores são revestidas por epitélio colunar estratificado. O ducto principal de cada glândula salivar maior desemboca na cavidade oral e, no final é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. DUCTOS INTRALOBULARES 28
  • 29. Ductos intercalares Ligam a luz da ácino a um ducto intralobular maior Células epiteliais cubóides Ductos curtos Células basófilas Luz pequena Se unem para formar o ducto estriado Pequenos ductos Ducto estriado Grandes ductos Confluência de ductos intercalares Apresentam estrias radiais Luz evidente Células cilíndricas e acidófilas DUCTOS EXTRALOBULARES Ductos revestidos por epitélio estratificado cúbico contendo luz bem evidente. Estes ductos situam-se circundados abundantemente por tecido conjuntivo (septos). 29
  • 30. Ducto excretor Estes são inicialmente formados por epitélio cubóide estratificado, mas as porções mais distais dos ductos excretores são revestidas por epitélio colunar estratificado, aumentando o epitélio à medida que os ductos aumentam de tamanho. Estroma: tecido conjuntivo de sustentação reponsável pela vascularização e inervação. Parênquima: tecido epitelial de revestimento e glandular, ácinos e ductos. Glândulas Salivares Menores São glândulas não encapsuladas distribuídas em toda mucosa oral e submucosa. A saliva é produzida em pequenas unidades secretoras e conduzida à cavidade oral em ductos curtos. As glândulas salivares menores geralmente produzem muco. As glândulas serosas na parte posterior da língua são exceção. Agregados de linfócitos podem ser encontrados nas glândulas salivares menores, associados à secreção de IgA (Imunoglobulina A). Glândulas Salivares Maiores 30
  • 31. Glândula Parótida Glândula Submandibular Glândula Sublingual Glândula Parótida São as maiores glândulas salivares Localização abaixo e na frente da orelha Grande quantidade de tecido adiposo está presente na parótida Glândula tubuloacinosa composta Todas as suas unidades secretoras são serosas Glândula Submandibular Glândulas seromucosas mistas Ácinos principalmente serosas Localizadas no assoalho da boca junto da mandíbula Glândula tubuloacinosa composta A maioria de suas unidades é exclusivamente serosa, mas pode ser encontrado alguns túbulosácidos mucosos (com capuz de semiluas serosas) Glândula Sublingual 31
  • 32. São as menores glândulas das glândulas salivares maiores Localizadas no assoalho da boca Glândulas tubulosas compostas Glândulas mistas que secretam principalmente muco Ácinos exclusivamente serosos são raros Alguns túbulos que secretam muco têm um capuz de semilua serosa 32
  • 33. Trato Digestório Inferior Esôfago Bolo alimentar é conduzido ao esôfago pela ação da língua e da musculatura da faringe durante a deglutição Conduz o alimento da cavidade oral para o estômago Forte tubo muscular Paredes musculosas efetuam movimentos peristálticos onde impulsionam o bolo alimentar em direção distal e esse é separado em pequenas partes. Organização Histológica: 1. MUCOSA Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Lâmina Própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Fibroelástico. para a acomodação da deglutição) Possui as glândulas esofágicas da cárdia que secretam um muco neutro que protege o esôfago distal do conteúdo gástrico caso haja refluxo. Muscular da mucosa. Delgada camada de músculo liso responsável pelo pregueamento da mucosa 2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo sustenta a mucosa e possui glândulas esofágicas (muco levemente ácido e são distribuídas por todo o esôfago onde lubrifica a luz do esôfago e o protege da fricção dos 33
  • 34. alimentos). Na submucosa possui muitas fibras elásticas, o que permite uma considerável distensão durante a passagem do bolo alimentar 3. CAMADA MUSCULAR. Porção Proximal. Fibras Estriadas Esqueléticas Porção Média. Mistura de musculatura esquelética e lisa Porção Distal. Há células musculares lisas Camada Circular Interna Camada Longitudinal Externa A ação das duas camadas em ângulo reto entre si é a base da contração peristáltica 4. SEROSA. Camada externa de Tecido Conjuntivo Frouxo. Nas regiões que o tubo digestivo fica dentro da cavidade abdominal (cavidade peritoneal) a camada é serosa (Tecido Conjuntivo Frouxo + Epitélio simples pavimentoso)/ ADVENTÍCIA. (Tecido Conjuntivo Frouxo que se funde com os tecidos adjacentes) Na junção do esôfago com o estômago, a mucosa do trato sofre uma transição abrupta de um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado de proteção para uma mucosa secretora colunar simples povoada com glândulas. 34
  • 35. Estômago Responsável pela digestão parcial dos alimentos, secreção de enzimas e hormônios Segmento dilatado Onde o alimento é retido por 2 horas ou mais Há pouca absorção de nutrientes no estômago Transforma o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo) por meio da atividade muscular e química Uma vez completada a formação do quimo o esfíncter pilórico relaxa e permite que o quimo líquido seja esguichado para dentro do duodeno Possui 4 regiões: Cárdia, fundo, corpo e piloro, mas apenas 3 regiões são consideradas histologicamente. Digestão química: Continuação da digestão de carboidratos iniciada na boca Adição de um fluido ácido (HCL) ao alimento ingerido Digestão parcial da proteína (ação da pepsina) Digestão parcial de triglicerídeos Produz fator intrínseco Produz hormônios Digestão física: 35
  • 36. Executa movimentos diferentes (Ação da musculatura lisa em diferentes direções que ajudam na ação muscular para transformar o bolo alimentar em quimo) Pregas Longitudinais Possui pregas longitudinais (rugas) não permanentes que permitem grande distensão do estômago, pois essas se desfazem para se adaptar à expansão e ao enchimento do estômago (aumenta o volume do estômago) Fossetas Gástricas A mucosa sofre invaginações formando as fossetas gástricas. Aberturas em toda região da superfície do estômago. Atuam como ductos que transportam secreções gástricas para a luz do estômago. As glândulas gástricas desembocam no fundo das fossetas. Organização Histológica: 1. MUCOSA. A mucosa do estômago é protegida da autodigestão por uma espessa cobertura de muco, que é mantido num PH mais alto que o do suco gástrico devido à secreção de íons bicarbonato pelas células do epitélio. Os íons bicarbonato mantêm o PH da cobertura de muco mais alta do que o suco gástrico (líquido produzido pelo estômago, contendo 36
  • 37. água, enzimas, sais e ácido clorídrico) que atua sobre o bolo alimentar transformando-o em quimo Epitélio Colunar Simples (Todas as células secretam um muco alcalino e bicarbonato) Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo. O Tecido Conjuntivo Frouxo é escasso por causa da grande proximidade das fossetas e glândulas umas das outras. Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso 2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Denso 3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso em 3 direções Camada interna oblíqua Camada média circular Camada externa longitudinal 4. SEROSA Cárdia Pequena área de glândulas secretoras de muco Faixa circular estreita Transição entre o esôfago e o estômago Na mucosa da cárdia são encontradas as GLÂNDULAS CÁRDICAS que são Glândulas Tubulares Ramificadas ou não com porções terminais enoveladas e lúmen amplo. 37
  • 38. Possui: Células mucosas Células parietais Células-Tronco Fundo e Corpo Apresentam glândulas que elaboram secreções ácidas e enzimáticas que forma o suco gástrico e muco protetor Na mucosa do fundo e corpo são encontradas as GLÂNDULAS CORPOFÚNDICAS que são Glândulas Tubulares que se abrem nas fossetas gástricas. Possuem 3 regiões com uma população mista de células: Istmo Células mucosas superficiais Células-tronco Células parietais Colo Células-tronco Células mucosas do colo Células parietais Células enteroendócrinas Base 38
  • 39. Células parietais Células zimogênicas Células enteroendócrinas Piloro (gr. Porteiro) Possui fossetas mais longas e glândulas mais curtas Glândulas são constituídas por células secretoras de muco, um número pequeno de células parietais Possui células enteroendócrinas (células G que liberam o hormônio gastrina), intercaladas com células mucosas. A presença de alimento no estômago estimula a secreção de gastrina para a corrente sanguínea; a gastrina promove a secreção do ácido clorídrico pelas células parietais. Características das células encontradas nas glândulas do estômago: 1. Células-Tronco As células-tronco se diferenciam (mitose) para substituir os todos os outros tipos de células das glândulas, amadurecem e migram para cima ou para baixo conforme for apropriado 2. Células Mucosas Superficiais Cobrem a superfície luminal do estômago e revestem parcialmente as fossetas gástricas Cora-se mal com H/E 39
  • 40. Secretam bicarbonato e muco 3. Células Mucosas do Colo Ficam situadas entre as células parietais Formato irregular Núcleos na base da célula Grânulos de secreção próximos à superfície apical secretam mucina que possui propriedade antibiótica 4. Células Parietais (Oxínticas) São avermelhadas com a coloração de H/E Secretam H e CL e o fator intrínseco (glicoproteína necessária para a absorção da vitamina B12) Núcleo esférico central Invaginações da membrana plasmática formando um canalículo intracelular Possui estruturas tubulovesiculares localizadas na região apical, abaixo da membrana plasmática que se fundem com a membrana celular para formar o canalículo e mais microvilos, promovendo um aumento generoso na superfície da membrana celular. Os íons H e CL são secretados e se unem no lúmen do estômago formando o ácido clorídrico que proporciona um meio ácido ideal para a atuação das enzimas para que ocorra a digestão e também ajuda a destruir as bactérias presentes no bolo alimentar. 40
  • 41. 5. Células Zimogênicas (Principais) Reconhecidas pelo citoplasma granular com pepsinogênio, o precursor da pepsina, é secretado pelos ribossomos e armazenados em grânulos de secreção que permanece inativo até que chegue ao lúmen do estômago, onde é ativado pelo baixo ph do suco gástrico e transforma-se em pepsina (enzima que atua na digestão das proteínas) Células produtoras da enzima lípase (atua na digestão das gorduras) 6. Células Enteroendócrinas Células secretoras de hormônios Produz hormônios de atuação parácrina ou endócrina Intestino Delgado Possui de 6 a 7 metros Possui 3 regiões: Duodeno (25 cm), jejuno (2 a 3 m) e íleo (3 a 4 m) Processo de digestão se completa no intestino delgado Enzimas e bile agem na luz do intestino delgado decompondo o quimo vindo do estômago em moléculas pequenas para serem absorvidas pelas células intestinais Principal local da digestão e absorção de nutrientes Secreção endócrina 41
  • 42. Organização Histológica: 1. MUCOSA. Epitélio. Colunar Simples Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Preenche o centro das vilosidades intestinais). Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso 2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo. No Duodeno contém as GLÂNDULAS DE BRUNNER que secretam muco alcalino. Este muco protege a mucosa contra os efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o PH do quimo, aproximando-o do PH ótimo para ação das enzimas pancreáticas. LÂMINA PRÓPRIA e SUBMUCOSA do intestino delgado contêm agregados de nódulos linfóides que são mais numerosos no íleo e neste órgão são conhecidos como placas de Peyer (área oval) 3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso Camada circular interna Camada longitudinal externa 4. SEROSA 42
  • 43. Estruturas que aumentam a superfície do intestino Estruturas que aumentam a superfície do Intestino Delgado aumentando assim a área disponível para absorção dos nutrientes: PREGAS, VILOSIDADES E MICROVILOSIDADES 1. Pregas permanentes são dobras da mucosa e submucosa Mais desenvolvidas no jejuno Presentes no duodeno e íleo, porem não são características desses órgãos 2. Vilosidades intestinais que são projeções alongadas da mucosa (Epitélio e lâmina própria) 3. Microvilosidades Projeções citoplasmáticas Duodeno Primeira parte do intestino delgado Recebe o alimento parcialmente digerido sob a forma de quimo ácido Possui as glândulas de Brunner encontradas na submucosa A presença do quimo no duodeno estimula as glândulas de Brunner a secretarem um muco alcalino que ajuda a neutralizar o quimo ácido e protege a mucosa duodenal da autodigestão. 43
  • 44. Jejuno Local primário para absorção dos nutrientes Íleo Porção terminal do intestino delgado Agregações de nódulos linfáticos (placas de Peyer) O INTESTINO DELGADO possui a mesma estrutura básica ao longo de toda a sua extensão. As principais diferenças são: Presença de glândulas de Brunner no duodeno A proporção das células caliciformes no epitélio aumenta em direção distal Vilosidades tornam-se mais curtas em direção ao íleo As placas de Peyer são mais numerosas no íleo As vilosidades do intestino delgado são revestidas por epitélio simples cilíndrico, que é contínuo com o das criptas. Como outras partes do trato digestório o epitélio inclui uma variedade de tipos celulares, cada qual com sua função específica. São eles: 1. Enterócitos: 44
  • 45. O tipo celular mais numeroso Células cilíndricas altas com microvilos São as principais células absortivas Colunares Núcleo oval basal Possui borda em escova (microvilosidades densamente agrupadas), sendo que cada célula absortiva possui cerca de 3000microvilosidades Função é internalizar nutrientes produzidas durante a digestão 2. Células Caliciformes Espalhadas entre os enterócitos Distribuídas entre as células absortivas Menos abundantes no duodeno e aumentam em direção ao íleo Produzem mucina que forma o muco cuja função é proteger e lubrificar o revestimento do intestino Produzem mucina para lubrificação do conteúdo intestinal e proteção do epitélio 3. Célula de Paneth Encontradas na base das criptas de Lieberkuhn Distinguidas pelos seus grânulos apicais Localizadas na porção basal das glândulas intestinais Células exócrinas com grânulos de secreção (com lisozima e defensina, enzimas que digerem as paredes das bactérias). Devido a sua atividade 45
  • 46. antibacteriana a lisozima também exerce controle sobre a microbiota intestinal Função de defesa Os grânulos das células de Paneth contêm peptídeos antimicrobianos e enzimas protetoras como a lisozima. 4. Células enteroendócrinas Possui grânulos de secreção e os hormônios podem exercer efeito parácrino ou endócrino 5. Células-tronco Encontradas na base das criptas Se dividem continuamente para substituir os tipos celulares 6. Célula M Recobrem folículos linfóides das placas de Peyer localizadas no íleo Possui invaginações basais contendo muitos linfócitos e células apresentadoras de antígenos como os macrófagos Podem captar antígeno por endocitose e transportá-los para os macrófagos Intestino Grosso 46
  • 47. Principais funções do intestino grosso são a recuperação da água e dos sais das fezes e a propulsão das fezes cada vez mais sólidas em direção ao reto, antes da defecação. Constituído por: Ceco Cólon ascendente Cólon transverso Cólon descendente Cólon sigmóide Reto Ânus Camada mucosa nao tem pregas circulares distintas (exceto no reto), nem vilosidades Criptas longas caracterizadas por abundância de células caliciformes e absortivas e um pequeno número de células enteroendócrinas Organização Histológica 1. MUCOSA Epitélio Colunar Simples Lâmina própria. Rica em células linfóides e nódulos (Relacionada à população bacteriana abundante no intestino grosso 47
  • 48. Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso 2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo 3.CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso Camada circular Camada longitudinal As fibras da camada longitudinal externa se unem para formar 3 faixas longitudinais separadas e espessas denominadas tênias de cólon 4. SEROSA e ADVENTÍCIA (onde o intestino grosso une à parede corporal) Tipos de células encontradas: 1. Células absortivas 2. Células caliciformes 3. Células-tronco As fezes passam pelo intestino grosso e se tornam cada vez mais desidratadas e o muco torna-se cada vez mais importante na proteção da mucosa contra traumatismo. O intestino grosso é habitado por uma variedade de bactérias comensais que degradam os resíduos alimentares. A degradação bacteriana é um mecanismo importante para a digestão da celulose nos ruminantes, mas nos seres humanos a maior parte da celulose é excretada. Pequenas quantidades 48
  • 49. de vitaminas derivadas das atividades bacteriana são absorvidas no intestino grosso. Apêndice Divertículo do ceco Lúmen irregular Possui nódulos linfóides abundantes em sua parede Não possui tênias do cólon, apesar de sua estrutura geral ser similar à do intestino grosso Reto Porção terminal dilatada e curta do intestino grosso Contêm muitas células caliciformes Na junção reto anal sofre uma transição abrupta para se tornar um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado no canal anal e também a camada mucosa forma dobras longitudinais, as colunas retais. 49
  • 50. Parte do trato Tipo de Epitélio Principais tipos celulares Outras características gastrointestinal do Epitélio distintivas Esôfago Estratificado Pavimentoso Não Células Pavimentosas Glândula na Submucosa e na Queratinizado Mucosa do Esôfago distal Corpo/Fundo do estômago Simples Cilíndrico 1. Células Mucosas (Revestimento Superficial) Superficiais Glândulas Tubulosas Retas 2. Células Mucosas do Colo 3. Células Parietais 4.Células Principais (Zimogênicas) Regiões cárdica e pilórica Simples Cilíndrico Células mucosas do estômago Glândulas Tubulosas Enoveladas Células parietais Ramificadas Duodeno Simples cilíndrico com planura Enterócitos com Glândulas de Brunner estriada microvilosidades Pregas Circulares Glândulas Tubulosas Simples Células Caliciformes (Criptas de Lieberkuhn) Células de Paneth Jejuno e Íleo Simples cilíndrico com planura Enterócitos com Placas de Peyer estriada, Glândulas Tubulosas microvilosidades Pregas Circulares Simples (Cripta de Lieberkuhn) Células Caliciformes Células de Paneth Cólon e Reto Simples cilíndrico com planura Células caliciformes Tênias do cólon estriada, Glândulas Tubulosas Células absortivas Simples (Cripta de Lieberkuhn) Apêndice Simples cilíndrico com planura Células caliciforme Tecido linfóide proeminente estriada, Glândulas Tubulosas Células cilíndricas Simples (Cripta de Lieberkuhn) Canal Anal Estratificado pavimentoso Células Pavimentosas Colunas de Morgagni 50
  • 51. 51