O documento discute a situação da cafeicultura brasileira. Seca severa deve reduzir a safra 2014/2015 em até 50% e comprometer a renda dos produtores. Há incerteza sobre o tamanho da safra brasileira e mundial, deixando o mercado instável. Projetos buscam promover cafés especiais brasileiros no exterior.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 13/06/2014
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CNC – Balanço semanal de 09 a 13/06/2014
P1 / Ascom CNC
13/06/2014
— Para acabar com distorções de informações a respeito da cafeicultura no Brasil, setor deseja união
e comprometimento.
COMPROMETIMENTO COM O SETOR — Abrimos o informativo desta semana reiterando nossa
preocupação com as informações transmitidas para o mercado por nossas próprias representações,
as quais discordamos com veemência e, pior, têm ampliado ainda mais a volatilidade, penalizando,
por conseguinte, nossos produtores.
Vale recordar que temos um parque cafeeiro de 2,2 milhões de hectares, somos aproximadamente
370 mil produtores, geramos cerca de 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos, com o café sendo
o quarto principal produto agrícola da pauta exportadora. Além disso, produzimos de forma social e
ambientalmente correta, temos a melhor tecnologia e os melhores resultados de pesquisas – essas
intermitentes – do mundo para café.
Frente a isso, somos produtores competentes, honrados e trabalhadores, no entanto, a cada dia, pela
falta de renda, estamos perdendo patrimônio, vemos nossos filhos praticando um novo êxodo rural
em função da falta de perspectivas e, por fim, resta-nos a pergunta: até quando viveremos esse
cenário de inércia de ações públicas para a cafeicultura brasileira?
O Conselho Nacional do Café (CNC) e nossos grandes parceiros, como a Comissão Nacional do
Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) sempre se colocaram à disposição para auxiliar na reversão desse quadro, resta,
contudo, que as lideranças públicas responsáveis pela implantação de políticas ao setor aceitem essa
contribuição.
Seguimos com nossa postura de oferecer todo o suporte que se fizer necessário para interagirmos
com o Governo Federal no sentido de contribuir para revertermos esse quadro, alarmante nesse
primeiro momento, porém a realidade nos oferece a oportunidade de dias melhores, pois temos
tecnologia para renovarmos nosso parque cafeeiro e ampliarmos nossa produção, como fruto da
elevação da produtividade, ou seja, sem sequer usar um hectare a mais dos já destinados à cultura.
O mercado consumidor é crescente e o Brasil deve ocupar esse espaço, por ser o maior produtor, o
maior player desse mercado.
Juntamente com a CNA, a OCB e toda a cadeia café, o CNC reitera ao Governo seu interesse em
buscar uma forma consensual para conferir renda a todos os segmentos da atividade, em especial
aos produtores, o que permitirá, certamente, a manutenção de uma cafeicultura pujante em nosso
País. O que não podemos mais é aguardar, pois será ainda mais lamentável acompanhar a realidade
de milhares de famílias cafeeiras sair de alarmante para crítica.
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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PROJETO COPA DO MUNDO FIFA
TM
— Nesta semana, a Associação Brasileira de Cafés Especiais
(BSCA, associada ao CNC), anunciou que trará empresários de Estados Unidos, Inglaterra, Japão,
Alemanha, Coreia do Sul, França e China ao Brasil para a realização de rodadas de negócios, visitas
técnicas a fazendas produtoras, atividades de interação para a promoção do café e das regiões onde
é produzido, além de sessões de cupping e debates a respeito de qualidade e volume das safras
2014 e 2015.
Essas ações fazem parte do Projeto Copa do Mundo, realizado pela Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que, em sua totalidade, deverá trazer 2.300
compradores, investidores e formadores de opinião de 104 nações ao País para realizar agendas de
negócios e acompanhar os jogos do mundial.
O CNC enaltece o trabalho de aproximação com compradores internacionais desenvolvido por sua
associada BSCA, em parceria com a Apex-Brasil, o qual entende como diferencial para a abertura de
novos mercados e para a consolidação da imagem da qualidade dos cafés brasileiros no mundo. Não
obstante, ações desse nível vêm ao encontro do proposto por toda a cadeia café no seminário
“Rumos da Política Cafeeira no Brasil”, realizado pelo CNC em parceria com a OCB, cujo projeto de
orientação final está em fase de desenvolvimento.
MERCADO — Ainda em meio às especulações sobre a safra brasileira 2014 de café, o mercado
futuro do arábica operou de forma volátil nesta semana. Após atingir as menores cotações desde
meados de fevereiro, os preços futuros negociados em Nova York encerraram a quinta-feira em
recuperação.
O vencimento julho do contrato C da ICE Futures US foi cotado ontem a US$ 1,7195 por libra-peso,
praticamente anulando as perdas acumuladas nos últimos dias. O movimento de compra por parte de
especuladores e fundos de investimentos foi o principal fator responsável pela recuperação das
cotações.
A corretora britânica Marex Spectron divulgou seu relatório de mercado do mês de junho, no qual
revisou a estimativa de déficit global de café para 5,4 milhões de sacas na safra 2014/15, ante
previsão de 7,1 milhões de sacas realizada em abril. A melhora no quadro de oferta e demanda
mundial deveu-se principalmente às melhores estimativas da corretora para a safra do Vietnã, em
função do clima favorável.
Por outro lado, pesquisa realizada pela Agência Bloomberg junto a 12 traders indica possibilidade de
redução da produção vietnamita na temporada 2014/15, em função da menor produtividade dos
cafezais após duas safras abundantes. De acordo com o levantamento, a próxima safra do país
asiático deverá ser de 27,3 milhões de sacas, representando uma queda de 4% em relação às 28,5
milhões de sacas colhidas no período anterior.
Diante desse cenário, os preços futuros do café robusta negociados na Bolsa de Londres
apresentaram tendência de alta. O vencimento julho do contrato 409 encerrou o pregão de quinta-
feira a US$ 1.957 por tonelada, com valorização US$ 51 no acumulado da semana.
No mercado doméstico brasileiro, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e conilon encerraram a quinta-feira a R$ 399,06/saca e a R$
230,18/saca, respectivamente, acumulando perdas de 0,6% e 1,7% na semana.
O dólar comercial, por sua vez, recuou 0,7% até o fechamento de ontem, quando foi cotado a R$
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2,233. A divisa norte-americana respondeu à forte atuação do Banco Central do Brasil no mercado
cambial e voltou a operar dentro do intervalo de R$ 2,20 a R$ 2,25.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
Problemas climáticos comprometem safra e renda do cafeicultor
Assessoria de Comunicação CNA
13/06/2014
Os problemas climáticos devem afetar fortemente a colheita de café este ano,
comprometendo a renda do cafeicultor. A conta da estiagem ocorrida nas
principais regiões produtoras do país aponta para perdas de 20% a 50% da
produção. Diante deste cenário, a estimativa de safra do grão para 2014 deve
ficar abaixo das projeções oficias, entre 40,1 milhões e 43,3 milhões de sacas,
segundo estudo da Fundação Procafé, entidade de pesquisa voltada para a
cafeicultura.
Com base no levantamento da fundação, o presidente da Comissão Nacional
de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita (foto: Ruy
Baron/Valor), ressalta que, apesar da forte valorização da saca de café no início do ano, a reação dos
preços será insuficiente para recuperar os prejuízos. “Os produtores terão sérios problemas com a
colheita, o que poderá comprometer sua renda”, alerta.
De acordo com nota técnica da CNA, não há como distinguir os grãos chochos (mal formados) dos
granados, quando estão na árvore, o que obriga o produtor a fazer a colheita completa de sua
lavoura. A partir daí, o produtor só consegue mensurar as perdas decorrentes dos grãos que não
granaram na hora do beneficiamento. Neste momento, porém, o cafeicultor que já arcou com os
gastos totais da colheita não terá a totalidade do volume colhido para comercializar.
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Normalmente, são necessários de 400 a 500 litros do fruto para preparar uma saca de 60 quilos de
café em grão. Com os problemas decorrentes da estiagem, no entanto, acredita-se que este ano
serão necessários em torno de 550 a 600 litros, em função da alta incidência de grãos chochos e mal
granados.
A severidade da seca ocorrida neste ano é inédita e o volume de chuva foi de apenas 20% da média
histórica nas principais regiões produtoras, prejudicando a granação, que é a fase de formação do
grão do café. O tempo frio nos meses de junho e julho pode agravar ainda mais a situação. Desta
forma, a safra de 2015 poderá ficar entre 38,7 milhões e 43,6 milhões de sacas, volume próximo do
previsto para este ano, mesmo sendo ano de bienalidade alta.
BSCA envia jovens associados para intercâmbio na Europa
P1 / Ascom BSCA
13/06/2014
A Associação Brasileira de Cafés Especiais
(BSCA) tem, ao longo dos últimos anos, estreitado
seus laços com a Associação Europeia de Cafés
Especiais (SCAE), fato que culminou, no ano
passado, em Nice, na França, com a assinatura de
um acordo para a realização de ações conjuntas.
Como fruto dessa parceria, a primeira ação a ser
realizada é o programa Young Farmers, que tem
por objetivo a troca de experiências e
conhecimentos entre produtores e profissionais da
outra ponta da cadeia, como importadores,
torrefadores, baristas e empresários.
Para esta ação, a BSCA foi contemplada com a oportunidade de enviar dois jovens — de até 30 anos
—, filhos ou funcionários de seus associados, para um intercâmbio de quatro semanas na Europa. A
entidade realizou um processo seletivo, o qual culminou com a classificação de Julia Fortini Souza,
da Academia do Café, e de Pedro Brás, da Fazenda Guaiçara, que terão a oportunidade de conhecer
a realidade de um dos principais mercados consumidores de cafés especiais do mundo, qualificarem-
se em diversos segmentos do setor e realizarem contatos comerciais.
A BSCA parabeniza Julia e Pedro por essa conquista e deseja sucesso a ambos, os quais já se
encontram na Europa participando da World of Coffee 2014, feira realizada pela SCAE, este ano, em
Rimini, na Itália, e depois partem para intercâmbio com profissionais e empresários do setor na
Suíça, na Áustria e na Inglaterra.
CEPEA: Indefinição sobre a safra 14/15 de café deixa mercado instável
Cepea/Esalq USP
13/06/2014
Incertezas quanto ao volume e à qualidade do café que será colhido na safra
brasileira 2014/15 têm deixado o mercado interno bastante volátil. Agentes
consultados pelo Cepea apontam que o cenário só deve se estabilizar quando as
produções nacional e mundial estiverem mais bem definidas.
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Em termos globais, relatórios divulgados no final de maio pelo USDA indicam que a produção deve se
reduzir no Brasil e na Indonésia, mas pode aumentar na Colômbia e no Vietnã. No geral, as
estimativas do USDA mostram produção superior às indicações de institutos nacionais.
Em relação ao mercado brasileiro de arábica, os preços tiveram leve recuperação. O Indicador
CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$
401,19/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 11, alta de 0,9% frente ao fechamento da quarta anterior, 4.
Quanto ao robusta, a cotação permaneceu praticamente estável, com poucos vendedores ativos no
mercado. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 232,74 saca de 60 kg
na quarta-feira, 11, leve alta de 0,2% em relação ao dia 4 – a retirar no Espírito Santo. (Fonte: Cepea
– www.cepea.esalq.usp.br)
Café da Colômbia se renova para ser mais produtivo
YAHOO! Notícias
13/06/2014
Por EFE
EFE - Nas montanhas da cordilheira ocidental da Colômbia, a 1.300 metros de altitude, germinam
milhões de sementes de um programa que procura renovar os cafezais do país com uma variedade
mais produtiva e resistente ao fungo da ferrugem do café.
A cada dia, mais de uma dezena de camponeses que trabalham neste viveiro ao ar livre cuida do
"germinador" de onde brotam dos grãos uma fibra de cor laranja que depois se transformará no talo,
preparam a terra da almácega (pequeno tanque destinado a receber a água da chuva) e, quando os
arbustos se firmam, os acomodam para o transporte até as pequenas propriedades rurais onde serão
transplantados.
Cerca de cinco mil camponeses do sudoeste do país já renovaram suas plantações graças a este
programa de desenvolvimento rural da iniciativa privada que substitui gradualmente as plantas das
variedades Caturra, Bourbon e Típica, as mais cultivadas na Colômbia, mas também mais suscetíveis
a contrair a ferrugem do café, fungo que devastou os cafezais da América Central.
As plantas deste viveiro financiado pela multinacional Nestlé em Trujillo, cidade agrícola do
departamento de Valle del Cauca, com uma temperatura média de 19 graus centígrados e com as
condições ideais de radiação solar, são da variedade Castillo, desenvolvida na Colômbia pelo Centro
Nacional de Pesquisas de Café (Cenicafé) a partir de tipos de Híbrido do Timor e Caturra.
A renovação de cafezais começou em 2010 na Andalucía, Bugalagrande, Sevilla e Tuluá, municípios
de Valle del Cauca, aos quais se juntaram no ano passado os de Caicedonia, Roldanillo e Bolívar
como parte do Plano Nescafé, iniciativa da Nestlé com o apoio da Federação Nacional de
Cafeicultores da Colômbia (FNC).
A companhia distribuiu gratuitamente a cinco mil cafeicultores mais de 15,5 milhões de mudas de
café Castillo com as quais renovaram 2.724 hectares, enquanto a Federação de Cafeicultores se
encarregou de dar capacitação técnica aos camponeses.
"Com a renovação vamos curando. Antes, tive cafezais de Caturra e Bourbon, mas deu ferrugem do
café. O cafezinho novo é exigente, é como um bebê que é muito dependente no primeiro ano, mas
uma vez que comece a crescer só tem vantagens", disse à Agência Efe Carlos Eduardo Gómez, um
camponês de Roldanillo, durante uma visita ao viveiro.
"Com isto, tentamos proteger o campo colombiano da ferrugem do café que acabou com os cafezais
na América Central e que os camponeses obtenham mais rendimento por hectare cultivado", declarou
o presidente da Nestlé para a Colômbia e Equador, Manuel Andrés.
6. Conselho Nacional do Café – CNC
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Os camponeses vendem o café em cooperativas nas quais, depois, a companhia adquire para
processá-lo na fábrica que tem em Bugalagrande, um município industrial da região.
A Nestlé é o maior comprador de café da Colômbia, com 1,3 milhões de sacas de 60 quilos por ano.
Isso equivale a 13% da produção nacional, matéria-prima com a qual abastece a maior parte de suas
fábricas no mundo.
No início deste ano, o Plano Nescafé ampliou seu raio de ação a Balboa, La Celia, Santuario e Belén
de Umbría, municípios de Risaralda, departamento situado no coração da região cafeeira do país,
onde serão beneficiados 5.685 cafeicultores.
"Neste ano vamos entregar 8,5 milhões de mudas aos produtores de Valle e de Risaralda, um
investimento de US$1,5 milhão", explicou o gerente de Sustentabilidade da Nestlé, Ricardo
Piedrahíta.
O Plano Nescafé é uma iniciativa da multinacional suíça em nível mundial para fomentar a produção
de grãos de alta qualidade como forma de agregar valor a esta matéria-prima em sua origem.
O programa, que prevê investimentos de US$350 milhões em nível mundial no período 2010-2020, foi
lançado no México há quatro anos e, além da Colômbia, foi implantado na Costa do Marfim, Filipinas,
Tailândia e China.
A intenção é de que também seja introduzido no Brasil, Equador e em países da América Central,
segundo informou a companhia. EFE
Crescimento no consumo de café na Colômbia é o maior em 20 anos
CaféPoint
13/06/2014
O consumo de café na Colômbia, de 2010 para cá, registrou os maiores crescimentos
das últimas duas décadas. Além disso, os hábitos dos consumidores na hora de solicitar
esse produto mudaram, tanto em casa, como fora de casa. Pequenos comércios,
grandes lojas e lojas especializadas foram as protagonistas da mudança. Essas são
algumas das conclusões da coordenadora executiva do programa Toma Café, que foi
lançado há quatro anos para estimular o consumo do grão, Ana María Sierra.
“Durante 2013, o consumo bateu um recorde. Esse vinha caindo de forma alarmante. Desde o
lançamento do programa, conseguiu-se uma mudança nessa tendência”, disse ela, destacando que,
em 2013, a demanda desse produto (torrado, moído e liofilizado) cresceu em 2,7% entre os
consumidores, o que não se tinha visto em uma década.
Nesse momento, de acordo com dados da firma Nielsen em janeiro de 2014, a demanda interna do
país está sendo coberta com 1,5 milhão de sacas de 60 quilos. Isso se traduz em um consumo per
capita médio diário de aproximadamente quatro xícaras de café.
“Cerca de 50% do consumo se faz em casa. Os 50% restantes, fora de casa. Essa tendência cresceu
bastante”, explica Sierra.
A categoria de café, segundo os cálculos do programa Toma Café, é um negócio que está
movimentando cerca de US$ 1 bilhão ao ano na Colômbia. O grão torrado e moído tem sido um dos
protagonistas do dinamismo do mercado interno. No entanto, a categoria de cafés premium vem
ganhando importância, já que representa cerca de 5% das vendas totais.
7. Conselho Nacional do Café – CNC
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As regiões que impulsionaram o consumo na categoria durante o ano passado, de acordo com dados
da Nielsen, são sete departamentos da costa Caribe, a Zona Cafeeira, Huila, Tolima, Valle del Cauca,
Cauca e Nariño. Entretanto, as regiões que têm aumentado a demanda de café solúvel são: Zona
Cafeeira, Tolima e Huila.
“A costa Caribe continua com uma boa tendência de crescimento no mercado de consumo massivo
nos últimos anos, frente às demais regiões. Especificamente no Atlântico, destaca-se a preferência
da compra no canal tradicional”.
“Há uma mudança de comportamento no consumo de café e um novo relacionamento com esse. Os
avós tomavam puro, perico (café com leite) em xícaras pequenas; era um café aguado. Agora,
tomamos café de até 400 centímetros cúbicos, muito mais densos”, disse o presidente da firma de
consultoria, Raddar, Camilo Herrera Mora, que acredita que os dados do Toma Café coincidem com
uma dinâmica crescente do mercado cafeeiro interno.
“O consumo de café está aumentando. No café da manhã, depois do almoço e à tarde, quando se
volta do trabalho (nessas horas, consome-se café com leite). Além disso, produtos como cappuccino,
vem sendo impulsionados nas lojas especializadas e a indústria tem feito inovação para facilitar o
consumo de cafés como esses”, explicou Sierra. A reportagem é do http://www.elespectador.com /
Tradução por Juliana Santin.