1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 21/05/2018
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Cerrado Mineiro testa 12 cultivares de café
Canal Rural
21/05/2018
Melissa Paroneto
Uma pesquisa realizada no Cerrado de Minas Gerais está testando 12 novas cultivares de café.
O objetivo é identificar qual variedade se desenvolve melhor em cada microrregião e elaborar
uma cartilha de orientação para os produtores.
A pesquisa começou em 2016, em uma fazenda experimental localizada em Patrocínio (MG),
na região do Alto Paranaíba. Além dela, outras 27 propriedades de 12 municípios do Cerrado
mineiro aderiram ao projeto, que vai ser estendido até 2021.
O estudo vem sendo feito por pesquisadores da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado
Mineiro (Fundaccer), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Desde o plantio da lavoura, todas as informações do cafezal, como precipitação, adubação e
controle de doenças, são observadas e anotadas em uma planilha.
Segundo o coordenador da pesquisa, João Paulo Felicori, o objetivo é avaliar o comportamento
de cada variedade em diferentes regiões do estado.
“No final do projeto, vamos ter a informação de qual cultivar foi bem em tal região, se ela foi
bem com irrigação ou melhor em sequeiro, qual teve a melhor qualidade de bebida em
determinada região, etc.”, diz.
Ao todo, nove cultivares da Epamig e três de outras instituições, com padrão de produtividade e
qualidade de bebida, foram enviadas para os produtores que participam da pesquisa.
As análises ficam por conta dos pesquisadores, que checam desde o desenvolvimento inicial
da planta, como altura, diâmetro, até a etapa seguinte, com medições de produção e análise
sensorial do café.
O teste sensorial terá como parâmetro de qualidade o café bourbon-amarelo, e o de
produtividade, o catuaí 144.
A pesquisadora Larissa Fassio, responsável pelas avaliações, afirma que o estudo vai definir
qual cultivar teve maior pontuação e apresentou atributos mais desejáveis para o mercado de
cafés especiais da região.
O cafeicultor José Lucas, de Patrocínio, proprietário de umas das fazendas selecionadas para
a pesquisa. A lavoura que faz parte do estudo é mantida em sistema de sequeiro e será colhida
em 2019. Ele acredita que as informações obtidas irão fazer grande diferença nas safras
futuras.
“Com esse projeto, a gente vai entender quais são as variedades mais produtivas, se alguma
demanda um custo maior, se alguma vai te demandar um trato cultural maior, isso tudo vai ser
avaliado nas 12 cultivares, mas pensando sempre na produtividade”, afirma.
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Minasul comemora dia "D" para o fechamento de negócios na Expocafé
Minasul / Sakey Comunicação
21/05/2018
Visitantes da Expocafé que
passaram os dois primeiros dias da
Expocafé namorando as máquinas
nos estandes, conferido as
particularidades de cada uma e os
preços, aproveitaram a tarde de
sexta-feira para fechar negócio,
afinal, a Feira estava acabando e
outra possibilidade de achar o
mesmo produto, pelo mesmo preço
e condição de pagamento, pode não
ser tão fácil. Menos passeios pelos
corredores e mais olho no olho de
visitante para vendedor. Última
palavra em descontos, prazos,
condições e martelo batido nas
vendas.
No fim da tarde, o balanço do volume de negócios realizados, ainda estava em andamento,
mas algo já era certo para os organizadores: A Expocafé superou as estimativas e o total de
vendas do ano passado. Um termômetro interessante, que pode ser um indicador de que a
agricultura projeta um ano de ganhos mais promissores para o setor e a economia do país
como um todo.
O engenheiro agrônomo, Théo Neto, que atende cooperados da Minasul de oito município nos
arredores de Lavras, aproveitou a Expocafé para o contato com o visitante de outras
localidades. Três tratores da linha Mahindra vendidos até o fim da tarde de ontem e algumas
toneladas de insumos. Além dos cafeicultores, muitos produtores de cereais, como milho, feijão
e soja.
O modelo de trator mais estreito, ideal para circular entre as ruas das plantações de café, era o
produto mais “acariciado”, pelos visitantes do estande da Minasul. Já o modelo maior, mais
largo, era o objeto da cobiça dos produtores de cereais, por ter as condições ideais para a lida
nas plantações de soja, milho e feijão. A Possibilidade de levar um deles assim tão novinho
para a casa, ficou mais real, com a notícia da alta nos preços desses produtos no dia de ontem.
Para o presidente da Minasul, José Marcos, ventos bons sopraram em favor do sucesso do
evento nesses dias. “Tivemos uma pequena alta do dólar que animou os produtores, o tempo
firme também colaborou para que um número maior de pessoas visitasse a Feira. Mesmo o
preço do café não estando tão bom esse ano, o produtor compareceu, deu credibilidade ao
evento e estamos fechando com sucesso acima da expectativa, mais essa Expocafé”.
A soma de vantagens entre “cooperativas irmãs”, como ele define, tem favorecido melhores
condições de negócios para o visitante. “Hoje temos aqui oito cooperativas que se somaram
para aumentar seu poder de barganha com os fabricantes dos principais insumos e máquinas
procurados pelos nossos cooperados. Essa soma permite o chamado ganho em escala, tanto
para a cooperativa, no momento de fechar uma compra, quanto para a empresa e para o
comprador final lá na frente. A medida que aumentamos o volume de compras, elevamos
também as possibilidades de descontos, prazos e isso resulta em preço mais acessível para os
nossos cooperados. É a velha lógica da soma de esforços”, ressalta.
Bernardo Paiva explica que somente a Minasul conseguiu fechar negócios com condições de
pagamento pelo sistema barter, esticadas para quitar nas próximas safras, em até três ou
quatro anos. “Sabemos que não basta ter um portfólio, mas condições de fato. O cooperado
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que preço, precisa de prazo e de garantia dos produtos, como no caso dos tratores que estão
com essa garantia assegurada por até cinco anos”, menciona.
MG: mapeamento do parque cafeeiro vai ajudar na implantação de políticas públicas
Agência Minas
21/05/2018
Um raio X da cafeicultura de Minas
Gerais. Essa é a proposta com o
mapeamento do parque cafeeiro do
estado. Iniciada em 2016 e
concluída em 2018, a iniciativa vai
oferecer informações precisas sobre
o setor, contribuindo com o
desenvolvimento e a implantação de
políticas públicas. Os resultados
foram apresentados nesta quarta-feira (16/5), na Expocafé, no município de Três Pontas, no
Sul de Minas Gerais.
A ação é do Governo de Minas Gerais, por meio da Codemge, Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Seapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig) e Fundação João Pinheiro (FJP). Conta ainda com a parceria da Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) e a Embrapa.
Área Cultivada
O mapeamento do parque cafeeiro mineiro obteve informações precisas sobre o tamanho e a
distribuição geográfica da produção de café no estado. Primeiro foi feito o levantamento da
área plantada em 463 municípios produtores de café, com o uso de imagens de satélite. Em
seguida houve a validação desses dados em campo, trabalho realizado pelos extensionistas da
Emater-MG.
No total, Minas Gerais tem uma área cultivada de 1,2 milhão de hectares. A macrorregião Norte
e Vales do Jequitinhonha e Mucuri possuem 77 municípios produtores e uma área plantada de
37,8 mil hectares. Já o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Nordeste somam 51 municípios e
uma área cafeeira de 211,9 mil hectares. Na Zona da Mata mineira, Vale do Rio Doce e região
Central são 181 municípios e uma área cultivada de 322 mil hectares. As regiões Sul e Centro-
Oeste juntas possuem a maior área. São 649,9 mil hectares plantados em 154 municípios.
Safra
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, produzindo mais de 50% da safra nacional.
Além de fornecer informações precisas sobre a safra mineira de café, o mapeamento ainda
será útil no levantamento de custos de produção.
“A partir da conclusão do mapeamento, algumas metodologias já propostas de estimativa de
produtividade, e outras a serem desenvolvidas, deverão ser implementadas para obtenção das
previsões de safras, através de critérios mais objetivos e precisos”, explica o assessor especial
de Cafeicultura da Seapa, Niwton Moraes.
Caracterização das regiões
Outra ação do mapeamento do parque cafeeiro é a caracterização das regiões produtoras.
Com a utilização da metodologia Caracterização das Unidades de Paisagem foi possível
conhecer as potencialidades, limitações e aptidões de cada uma delas. O trabalho permitiu a
integração e o estabelecimento das correlações entre as variáveis ambientais: geologia, relevo
e solo.
Essa metodologia, por exemplo, foi utilizada para caracterizar a macrorregião Norte e Vales do
Jequitinhonha e Mucuri. E a conclusão é de que nesta macrorregião há restrições para o cultivo
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de café arábica, devido às condições térmicas e hídricas. Porém, observou-se aptidão da
macrorregião para o desenvolvimento da variedade Café Robusta.
“Será uma grande ferramenta para tomada de decisões do produtor e para a geração de
políticas públicas na implantação de novas lavouras”, afirma o coordenador estadual de
Planejamento e Gestão da Emater-MG, Edson Logato.
Geoportal
A partir do mapeamento do parque cafeeiro foi criado o Geoportal do Café, que reunirá dados
socioeconômicos para subsidiar políticas públicas e investimentos privados de toda a cadeia
produtiva do setor. A implantação da plataforma tecnológica tem a participação da Fundação
João Pinheiro (FJP), Seapa, Codemge, Emater-MG e Epamig.
Com o Geoportal do Café, o produtor conseguirá localizar sua propriedade, o que será
fundamental para melhorar o planejamento e a gestão da atividade. Também para os gestores
municipais e estaduais, os dados levantados e disponibilizados facilitarão o direcionamento de
ações para todas as regiões. O Geoportal pode ser acessado pelo endereço eletrônico:
geoportaldocafe.emater.mg.gov.br/ferramenta.
Expocafé 2018 termina com saldo positivo
Agência Minas
21/05/2018
A Expocafé 2018
encerrou-se na sexta-
feira, 18 de maio, no
Campo Experimental
da Epamig, em Três
Pontas, com um saldo
positivo para
organizadores e
expositores. “70% dos
termos de intenção
para a próxima edição
já foram renovados por
escrito. Em 2019,
nosso desafio será
redesenhar o mapa da
feira para atender aos
expositores que
desejam expandir seus
estandes”, conta o coordenador de Negócios da Feira, Antônio Nunes.
A Magnojet é uma das empresas que planeja a expansão do seu espaço na próxima edição da
Expocafé. Segundo o expositor Maicon Mendes, a infraestrutura da feira melhorou muito,
principalmente após o asfaltamento na área do evento. “Nossa intenção é aumentar a área do
nosso estande, que foi muito procurado pelo público. Nosso trabalho aqui na feira é fazer a
demonstração de equipamentos e tirar dúvidas dos clientes. Trabalhamos com bicos de
pulverização e os produtores têm muitas dúvidas. Nosso estande foi bastante visitado,
superando as nossas expectativas”, avalia.
Os expositores novatos também ficaram satisfeitos com os negócios e contatos gerados
durante o evento. “Notamos que eles ficaram surpresos com o perfil do público da Expocafé
que é prioritariamente consumidor”, comenta Antônio Nunes. É por esse motivo que a empresa
japonesa Satake, que desenvolve equipamentos para beneficiamento de grãos, quer voltar à
feira em 2019. Expondo pela primeira vez, o analista de marketing, Lau Ramos, que veio da
filial, em Santa Catarina, garante que os contatos estabelecidos aqui foram o grande negócio.
“Os participantes da Semana Internacional do Café (SIC) nos indicaram a feira como um ótimo
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ambiente para chegar até o cafeicultor e pudemos comprovar isso. Foi uma oportunidade para
apresentar a marca e a tecnologia Satake. Queremos retornar ano que vem”, garante.
Outra característica da Expocafé reforçada nesta edição é o potencial para a transferência de
tecnologias e troca de experiências entre a área técnica e os produtores. Durante os três dias
de feira foram realizadas as dinâmicas de máquinas e a atendimentos técnicos nos estandes
da Epamig, Emater-MG, Governo de Minas Gerais, Universidade Federal de Lavras, Cocatrel,
dentre outros.
“O produtor vem à Expocafé em busca de inovações para a atividade e de alternativas para a
redução de custos e para o aumento da qualidade do produto final. O interesse deles vai além
da compra; é um público que valoriza a troca de experiências e o acesso às informações”,
analisa o coordenador técnico da feira, César Botelho.
A Expocafé é realizada pelo Governo de Minas Gerais e organizada pela Epamig. Nesta edição
o evento contou com 160 empresas expositoras e atraiu um público de 12 mil participantes. A
expectativa, de acordo com os próprios expositores, é de que o volume de negócios gerados e
prospectados supere os R$200 milhões.
Água, tecnologia e uma pitada de pimenta: café capixaba deixa a seca para trás
Reuters Brasil
21/05/2018
Por José Roberto Gomes
Reuters - O produtor de café conilon Júlio Cuquetto, de 55 anos, olha com orgulho para o
reservatório construído ano passado na sua propriedade, em São Gabriel da Palha (ES), e não
esconde o sorriso ao ouvir a água para irrigação escapando por um vertedouro: “Isso é música
pra gente.”
A família de Cuquetto é uma das cerca de 78 mil que produzem conilon no Espírito Santo e
que, em razão da seca entre 2014 e 2016, dão agora outra dinâmica à atividade com mais
reservatórios, diversificação da produção, que inclui seringueiras e pimenta-do-reino, e novas
tecnologias.
São mudanças com potencial de levar o Estado, o maior produtor brasileiro de conilon, a
superar já em 2019 o recorde de quase 10 milhões de sacas colhidas quatro anos atrás,
quando o Brasil ganhou ainda mais relevância no mercado global da variedade e de café
solúvel, fazendo concorrência a Vietnã e Indonésia.
A estiagem de anos recentes no Estado, que deu início à colheita de 2018 na semana
passada, chegou a cortar a produção capixaba pela metade, impactando negativamente as
vendas externas do país, que é o maior produtor e exportador global de café, considerando a
variedade arábica.
Mas foi a partir da seca que o setor local se adaptou, tendo no “boom” de represas um dos
efeitos mais notórios. Atualmente, 70 por cento da área com conilon no Espírito Santo já é
irrigada.
“Hoje são mais de 10 mil barragens regularizadas no Estado, mas em 2014 não chegavam a
mil”, disse à Reuters o secretário estadual de Agricultura, Ideraldo Lima, destacando a
flexibilização para obtenção de licenças para construir açudes e um investimento de 60 milhões
de reais do governo local em represas de múltiplos usos.
Para Antônio de Souza Neto, produtor e presidente da Cooabriel, a maior cooperativa de
conilon do mundo, a seca do passado ensinou o setor a investir em irrigação, uma proteção
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contra estiagens no futuro, que pode dar mais estabilidade para a safra capixaba. O próprio
cafeicultor construiu mais dois reservatórios em sua propriedade, elevando a cinco o total.
Com 5,5 mil sócios, a Cooabriel tem sede em São Gabriel da Palha, uma cidade de apenas 55
anos que respira café, seja em prédios comerciais que levam a palavra robusta ou conilon no
nome, seja em uma estátua que representa um homem peneirando o grão.
Jaéder Fiorentini, produtor de 42 anos que cultiva 95 mil pés de conilon no município, gastou
200 mil reais em um açude de cerca de 160 mil metros cúbicos. Com o investimento, sua
fazenda tem, agora, duas barragens.
“Não sei em quanto tempo vou reaver esse dinheiro investido, mas o importante é que essa
represa me traz segurança”, disse, destacando que os recursos usados por ele e por outros
produtores partiram de linhas como Pronamp e Pronaf, que têm prazos estendidos para
pagamento e juros subsidiados.
PIMENTAS E CAFÉ RESISTENTE
O produtor Cuquetto não gosta de lembrar a produção de apenas 24 sacas que obteve no ano
passado, ainda como reflexo da seca de safras anteriores, contra mais de 500 antes da
estiagem.
Para 2018, espera que seus 33 mil pés deem algo entre 350 e 400 sacas, graças à
normalização das chuvas, mas, por segurança, passou a apostar também em outras culturas.
“Tem seringueira, uma moitinha de pimenta-do-reino...”, comentou ele, que personifica outra
tendência entre os produtores de conilon do Espírito Santo: a diversificação de produção como
forma de gerar fluxo de caixa e manter algum capital.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área colhida com pimenta-
do-reino no Espírito Santo deve ir a 11 mil hectares em 2018, de 2,7 mil em 2014, antes dos
efeitos da seca.
Outras culturas também apresentam expansão no período, como a banana (alta de 11,2 por
cento) e a seringueira, fonte do látex usado para a fabricação de borracha (mais de 10 por
cento).
Refletindo em parte essa diversificação, em parte a seca, a área de conilon registra queda de 8
por cento entre 2014 e 2018, para 267 mil hectares, embora a cultura ainda figure como carro-
chefe da agricultura capixaba, com 80 por cento dos produtores rurais do Estado cultivando o
café.
Apesar da queda, especialistas afirmaram que a produção nos próximos anos deverá se
recuperar fortemente devido a novas áreas plantadas com variedades mais produtivas, que
substituiriam os pés de café velhos afetados pela seca.
“O produtor agora se baliza na questão dos custos, em fazer uma gestão melhor da
propriedade, na necessidade da questão ambiental... E uma pequena área de outra cultura dá
subsistência a ele. Ao diversificar, ele distribui a renda”, disse o coordenador técnico de
cafeicultura do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper),
Carlos Verdin Filho.
Com 61 anos de existência, o instituto do governo lançou em novembro de 2017 uma nova
variedade de conilon resistente à seca, a chamada “Marilândia ES8143”, uma referência ao
município onde se localiza o viveiro utilizado na pesquisa do cultivar clonal.
Trata-se da segunda variedade do tipo criada pelo Incaper, “mas com potencial de produção 28
por cento maior e melhor qualidade de bebida”, destacou Verdin Filho, em referência à
novidade que promete impulsionar a produção do Estado, associada aos novos plantios.
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Segundo Verdin Filho, os trabalhos em torno dessa tecnologia se intensificaram justamente
após a estiagem. Por ora, tal café está sendo reproduzido em viveiros, e a expectativa é de que
comece a ser plantado no próximo ano.
ESPERANÇAS
Dada a nova dinâmica de produção, os cafeicultores capixabas estão animados com a
perspectiva de safra deste ano, que pode aumentar para mais de 8 milhões de sacas, segundo
a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) —a estatal deve atualizar os números na
quinta-feira.
O volume não superaria o recorde de 2014, mas as fichas têm sido depositadas no próximo
ciclo, quando os cafezais replantados ou podados após a seca começarem a produzir com
mais vigor —entre Colatina e São Gabriel da Palha, um importante eixo produtor no Espírito
Santo, há várias áreas com pés de café que mal passam dos 50 centímetros.
“Das lavouras que sentiram, uma parte foi erradicada, voltou a ser plantada no ano passado e
vai produzir só no próximo. A verdade é que a grande safra de café do Espírito Santo, se tudo
continuar como está, será em 2019. Aí sim haverá uma grande safra de conilon”, afirmou
Souza Neto, da Cooabriel, sem projetar um volume.
Enquanto isso, os sinais de que os tempos difíceis ficaram para trás começam a ser sentidos
na economia local.
“A expectativa é grande, deve ser uma festa, talvez as vendas aumentem em 50 por cento nos
próximos meses”, afirmou Gustavo Loss, consultor de vendas em uma concessionária de
veículos em São Gabriel da Palha.
“Já tem uns dois meses que as vendas cresceram uns 15, 20 por cento”, acrescentou Kivia
Pedro, que trabalha em uma loja de departamentos na cidade.
A prefeita do município, Lucélia Ferreira (Solidariedade), ressaltou que o café é a “mola-mestre”
de São Gabriel da Palha e que os problemas nos últimos anos, somados à crise econômica do
país, impediram a prefeitura de fazer investimentos maiores.
“Mas isso vai mudar, vamos voltar a crescer”, afirmou ela, também produtora, com 205 mil pés
no município.
PREÇO PREOCUPA
Se tem algo que os produtores capixabas não comemoram em meio a essa recuperação de
produção, é o preço.
As cotações do conilon, que chegaram a superar 550 reais por saca em 2016, no momento
mais agudo da seca, caíram para 300 reais em fevereiro último e estão, atualmente, em torno
de 330 reais, conforme monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
A retração reflete a própria perspectiva de maior oferta, mas os preços têm se mantido acima
do custo de produção, de 276 reais por saca em propriedades com média de 40 sacas por
hectare, segundo cálculos da Cooabriel.
De acordo com o presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), que reúne os
principais comercializadores da commodity, Jorge Nicchio, mesmo com a entrada da nova
safra, os preços não devem apresentar volatilidade expressiva em 2018.
“O produtor não está tão apavorado em vender neste ano, já que está mais capitalizado. Para
ele, será importante dosar a venda. Sabe que se fizer uma oferta muito grande, vai prejudicar a
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si próprio. Não acredito em grandes oscilações de preços”, destacou ele na sede do CCCV, na
capital do Estado.
O Espírito Santo deu início oficial à colheita da safra 2018 de conilon na sexta-feira (18),
buscando deixar a seca para trás e focando em uma cultura que, como disse Fiorentini, “corre
na veia do produtor capixaba”.
Brasil lidera produção mundial de café, mas perde receitas
Folha de S.Paulo / Vaivém das Commodities
21/05/2018
Mauro Zafalon
O Brasil reafirma neste ano a liderança mundial na produção de café. A safra renderá 58
milhões de sacas, um volume recorde.
As receitas que ficam nas mãos de produtores, das indústrias e até dos exportadores
brasileiros, no entanto, encurtam.
O café tem produção e demanda mundiais crescentes, mas as receitas ficam cada vez mais na
pós-industrialização e menos na produção inicial.
E o Brasil, líder mundial nas exportações de grãos, não tem presença na oferta externa de café
industrializado, produto que gera valor agregado e está reservado aos grandes grupos.
As exigências sobre os produtores crescem cada vez mais, principalmente as ligadas à
sustentabilidade e à qualidade do produto, o que eleva custos.
Essa qualidade, porém, rende mais na ponta do consumo do que no valor da saca. O Brasil
avança anualmente na quantidade de café considerado diferenciado no mercado.
Neste ano, os dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) indicam que o
país colocou 10,1 milhões de sacas de café no mercado externo.
Desse volume, 18% foram de cafés diferenciados, que representaram apenas 21% das receitas
totais obtidas no período.
Se os cafés diferenciados rendem menos do que poderiam, as receitas com exportação de café
torrado e moído decepcionam ainda mais. Ano após ano o país vem registrando queda neste
segmento.
Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil exportou o correspondente a US$ 4,24 milhões
de café torrado e moído, mas importou US$ 18,81 milhões no mesmo período.
O mercado externo já está ocupado por grandes empresas, muitas delas atuando também no
mercado interno brasileiro. A manutenção do "status quo" é conveniente para muitas.
O Brasil é atraente para as gigantes do setor não só porque aqui elas se abastecem de
matéria-prima, mas também estão de olho no segundo maior mercado consumidor do mundo.
A produção brasileira de café será recorde porque as lavouras passaram pela chamada
bienalidade positiva. Os cafeeiros produzem muito em um ano e perdem força no seguinte.
A produção deste ano deverá ser 29% superior à de 2017. Quando comparada à de 2016,
período em que houve outra bienalidade positiva, o aumento é 14%.
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Nova campanha de marketing foca nas certificações de café
ABIC / Tempo de Comunicação
21/05/2018
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) dá início no próximo dia 24 de maio (Dia
Nacional do Café) à sua nova campanha de marketing. Mantendo o mote utilizado no ano
passado, com o tema “Café Certificado sempre vai bem”, o objetivo é fortalecer as certificações
da entidade e reafirmar o compromisso com a qualidade do café oferecido ao consumidor.
Criada pela agência Z+Rio, a campanha será veiculada de maio a julho, quando ocorre o maior
consumo do produto, e terá a participação de “influenciadores”, que são pessoas com grande
presença e audiência nas redes sociais.
Com investimentos na ordem de R$ 1,5 milhão de recursos próprios, a campanha explorará as
mídias sociais e os principais portais da internet, tendo como público alvo homens e mulheres,
de 18 a 45 anos. Como estratégia, a agência criou uma personalidade para cada selo da ABIC,
inspirada no momento de consumo, no perfil de comportamento e no interesse do consumidor,
com uma comunicação divertida, bem-humorada e dinâmica. Além de promover as
certificações da ABIC, esta ação apresentará o café como uma bebida que agrega, que dá
pique e energia, que pode ser consumida em diversos momentos e que ainda é benéfica para
a saúde.
Pesquisas feitas pela Euromonitor, para a ABIC, indicam um aumento na procura por cafés
certificados e garantidos quanto à qualidade, seja entre os cafés extrafortes e tradicionais como
entre os superiores e gourmets, que são as diferentes categorias do produto, com
consumidores cada vez mais informados e desejosos de experimentar cafés de alta qualidade
e diferenciação.
DIA NACIONAL DO CAFÉ
Incorporado ao Calendário Brasileiro de Eventos em 2005, o Dia Nacional do Café é festejado
com diversas ações das indústrias de torrefação, cafeterias, cooperativas, exportadores,
produtores, varejo, imprensa e por todos apaixonados por este produto, que é cultivado há
mais de 290 anos em terras brasileiras.
Sendo o segundo maior País consumidor de café no mundo, com a marca de mais de 21
milhões de sacas no ano de 2017, superado apenas pelos Estados Unidos, o Brasil é o maior
produtor e exportador, gerando 5 milhões de empregos na cadeia produtiva, com um
faturamento anual na marca de 7,5 bilhões de dólares.
Puro, pingado com leite, coado, filtrado, tirado de uma máquina de ‘espresso’, em cápsula,
combinado com outros ingredientes, cappuccinos, com ou sem creme; não importa qual a
receita ou forma de preparo, o fato é que o café está presente em 98% dos lares brasileiros,
sendo a bebida mais consumida no mundo depois da água, fazendo parte do dia a dia das
famílias. O café é uma bebida natural e saudável, e se consumido em doses adequadas pode
ajudar a prevenir diversas doenças.
Nesse dia 24 de maio seja o “barista” e comemore essa data especial.
USDA: safra 2017/18 de café da Colômbia deve diminuir 3,4%
Agência Estado
21/05/2018
A perspectiva de produção de café na Colômbia, segundo maior produtor de arábica atrás
apenas de Brasil, na safra 2017/18 (outubro a setembro), diminuiu por causa das fortes chuvas,
que prejudicaram os cafezais. A safra colombiana de café deve cair 3,4%, para 14,2 milhões de
sacas de 60 kg, em comparação com a estimativa anterior de 14,7 milhões de sacas, conforme
relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
10. Conselho Nacional do Café – CNC
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Segundo o órgão norte-americano, a produção de café na Colômbia deve aumentar para 14,5
milhões de sacas em 2018/19, em virtude das melhores condições climáticas projetadas e mais
plantas atingindo seu pico produtivo.
O USDA informa, ainda que a recuperação da produção colombiana nos últimos anos foi
resultado direto do sucesso do programa de replantio, que reduziu a idade média dos cafeeiros
de 15 para 7 anos e aumentou a produtividade e a densidade das plantas. A Federação
Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (Fedecafe) e o governo colombiano planejam
aumentar o número de hectares renovados anualmente para pelo menos 90 mil hectares,
atingindo a meta de produção de 18 milhões de sacas em um futuro próximo. De acordo com o
USDA, entretanto, em 2017 somente 72 mil hectares foram renovados.
No ano agrícola 2017/18, as estimativas de exportação de café pela Colômbia devem atingir
13,3 milhões de sacas, após a queda na produção. As exportações estão previstas para
aumentar marginalmente para 13,5 milhões de sacas em 2018/19, projeta o USDA. Os Estados
Unidos são o principal destino do café colombiano, em termos de valor (44%), seguidos pela
União Europeia (25%), Japão (10%) e Canadá (7%).
Adido do USDA estima safra 2018/19 de café do Equador em 255 mil sacas
Agência SAFRAS
21/05/2018
Lessandro Carvalho
A produção total de café no Equador em 2018/19 (abril/março) deverá ficar em 255 mil sacas
de 60 quilos, tendo aumento de 24,4% contra a safra 2017/18, que teve a estimativa colocada
em 205 mil sacas. A previsão é do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA).
A safra 2017/18 foi revisada para cima. O último número oficial do USDA havia sido de 195 mil
sacas. Isso ocorre devido à recuperação na competitividade no processamento do café.
A safra de arábica 2018/19 deverá chegar a 135 mil sacas, contra 95 mil sacas em 2017/18,
enquanto a de robusta deve ser de 120 mil sacas (110 mil sacas em 2017/18).
Para o adido do USDA, o consumo no país em 2018/19 deverá ser de 217.000 sacas, com
aumento contra as 212 mil sacas de 2017/18. As exportações totais do Equador estão
estimadas em 742 mil sacas em 2018/19, contra 705 mil sacas em 2017/18.
A estimativa de importação do Equador em 2018/19 é de 714 mil sacas, contra 688 mil sacas
na temporada anterior. Os estoques finais do Equador em 2018/19 estão projetados pelo adido
em 223 mil sacas, contra 213 mil sacas em 2017/18.