3. Educação Ambiental e Preservação da Natureza
A RESERVA ITACARÉ desenvolveu o projeto visando à formação de valores
sócios ambientais para o exercício da cidadania, sobretudo no que se refere à
dimensão não-formal, ou seja, as ações e práticas educativas voltadas à
sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais, com a participação e
parceria de Escolas e Universidades.
OBJETIVO GERAL:
Integrar Escolas Públicas e Privadas, propiciando ministrar aulas e desenvolver
atividades de educação ambiental, tendo como meta a formação de valores éticoambientais para o exercício da cidadania das futuras gerações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a) Organizar aulas programadas de educação ambiental na Reserva Itacaré, tendo
em vista a formação de valores.
b) Propiciar critérios educativos compatíveis com a educação ambiental holística,
integrando as diversas dimensões que interagem na área da Reserva Itacaré, a
saber: estudo da fauna, flora, coleções de plantas e sementes raras ou ameaçadas
de extinção, etc.
c) Despertar nos alunos os valores éticos importantes na formação da cidadania,
como a sensibilidade e amor pela natureza, conservação do patrimônio biológico e
cultural, senso de responsabilidade na preservação do meio ambiente e
solidariedade com todas as manifestações da vida que integram o espaço
ambiental.
d) Criar nos alunos a consciência do uso sustentável de recursos da natureza. Para
a realização desse objetivo foi escolhido o nome
“TRILHAS DO
CONHECIMENTO”, que consiste em visitar, caminhar, interpretar e entender
sobre os diversos estágios naturais da Mata Atlântica.
e) Oferecer uma formação ambiental mais integrada para os alunos, articulando as
dimensões sociais, ecológicas e culturais.
f) Dar aos alunos, critérios e parâmetros éticos que contribuem para uma
consciência ecológica mais integradora e condizente com a situação social em que
vivem.
g) Ampliar o nível do conhecimento sobre os grandes problemas ambientais
nacional e regional, apresentando alternativas e soluções.
4. Educação Ambiental e Preservação da Natureza
METODOLOGIA.
a) Contato com a Direção da Escola para apresentação do Projeto.
b) Critérios de prioridades para as turmas do ensino fundamental.
c) Organização dos horários disponíveis na reserva, escolas e universidades.
d) Critérios e responsabilidades entre o Projeto e a escola no sentido de conduzir os
alunos à Reserva Itacaré e retornar a escola de origem.
e) O Projeto Trilhas do Conhecimento visa o trabalho com 20 alunos e três
professores. Em turmas de 40 alunos serão divididos em dois grupos, previamente
acertados com a direção da escola, facilitando o roteiro e as explicações referente
aos diferentes setores da Reserva Itacaré.
f) Definir os procedimentos adotados no Projeto Trilhas do Conhecimento,
buscando uma adaptação de acordo com a faixa etária e grau de escolaridade.
ROTEIRO.
1 - Saída dos alunos da escola; (sugestão: marcar às 07:30h e partir às 07:45h, a
média de viagem de um ônibus direto é de 01:15h, chegando às 09:00h).
(Tempo utilizado: Educação ambiental 2:00h - lazer 1:00h).
2 - Chegada a recepção da reserva:
2.1 - Desembarque, arrumação de equipamento e dinâmica de integração do guia
com o grupo;
3 - Inicio da caminhada com interpretação e atividades envolvendo o
reconhecimento da biodiversidade da mata atlântica, identificação de espécies da
fauna e flora, estudo sobre os diferentes estágios da floresta, avaliação dos
recursos hídricos , árvores raras, incidência de luz, chegada ao Rio Jeribucaçú
(conferência do equipamento) visita ao segundo estágio da floresta, passagem por
pontes naturais, cipó de Tarzan, cachoeirinha de água mineral , visita ao Pequi
Verdadeiro (Cariocar Edule - 500 anos), visita ao Capitão do Mato (Lipaugus
Vociferans - Necessário extremo silêncio), visita e banho na cachoeira do
Viturino, teste de coordenação motora e retorno., . , .
4 - Chegada a PIZZARIA FOGO DE LENHA para o lanche, pizzas em forno à
lenha e refrigeramtes , brincadeiras, dinâmica de grupo.
5 - Reunião de partida com todos os alunos e conferência de alunos e
equipamentos.
5. Educação Ambiental e Preservação da Natureza
O que levar durante a incursão à Reerva - acessórios.
A) Cantil ou garrafinha pet de água mineral 500 ml (podem estar vazios).
B) Para caminhada, roupas leves e tênis, ou sandálias fechadas.
C) Para banho, sungas, biquínis ou maiôs já sob as roupas leves e uma toalha.
D) Repelente (Só em casos de pessoas alérgicas a raras picadas de mosquitos).
O que não levar durante a incursão à Reserva - acessórios.
A) Objetos cortantes de qualquer natureza.
B) Meninas - não usar argolas grandes, dar prioridades aos pequenos brincos.
C) Celulares ou qualquer outro aparelho sonoro ficaram desligados.
O que levar durante a incursão à Reserva - alimentos e bebidas.
A) Cantil ou garrafinha pet de água mineral 500 ml com suco, ou suco de caixinha.
B) Barrinha de cereais, banana passa, chocolate ou frutas cristalizadas.
C) Sanduíche natural, frutas frescas, bolachas, broas, ou pães com recheio.
D) Qualquer doce caseiro.
O que não levar durante a incursão à trilha - alimentos e bebidas.
A) Bebidas alcoólicas de qualquer natureza.
B) Qualquer líquido em garafa de vidro.
C) Bonbons, goma de mascar e pirulitos.
BANDEIRA VERMELHA.
Toda vez que for vista uma bandeira vermelha no percurso da trilha, será
necessário silêncio absoluto, até o guia liberar a conversação.
LIXO.
Todo lixo não orgânico irá voltar com o seu proprietário.
6. Capitão do mato (Rugendas -1824)
Capitão do Mato (Lipaugus Vociferans).
O Capitão do Mato é uma espécie de ave da subfamília Cotinginae. Pode ser encontrada no Brasil, Bolívia, Peru,
Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela.
Esse pássaro é endêmico da Mata Atlântica, em especial áreas de floresta tropical densa em altitudes medianas de 200 a
800m. Habitam o alto das copas, onde se alimentam de frutas e insetos. Possui um canto forte e bem distinto.
Foi considerado um delator na época da escravidão, denunciando os negros que fugiam e se embrenhavam na mata
criando os Quilombos, porém, na realidade ele apenas marcava os seus territórios com seu canto agudo e estridente
atingindo um raio de 1.500m, denunciando assim a presença de estranhos. Por isso foi criado o cargo de “Capitão do
Mato” na sociedade escravocrata do Brasil. A tarefa principal ficou a de capturar os escravos fugidos. O termo capitão-domato passou a incluir aqueles que, moradores das províncias, capturavam fugitivos na mata para depois entregá-los
mediante prêmio.
O Lipaugus Vociferans encontra-se vulnerável e em sério risco de extinção, devido à perda de grande parte de seu
habitat, de acordo com a Birdlife International, sua população encontra-se pequena e fragmentada.