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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE DIREITO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA I
DOCENTE: DOUGLAS ARAÚJO
Júnior de Oliveira Costa
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE
NATAL/RN
2013.2
JÚNIOR DE OLIVEIRA COSTA
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE
Referências
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe (Título original Il Principe revisto por Maria d Fátima C.A.
Madeira) Tradução de Pietro Nasseti 8°ed. São Paulo-SP Martin Claret, 2005. 189p.
O Príncipe foi escrito originalmente em forma de carta e a princípio seria atribuída a Giuliano de
Medici, que faleceu antes que Maquiavel a terminasse, o que fez com que Maquiavel oferecesse o
escrito ao pai de Giuliano, Lorenzo de Medici, duque de Urbino.
Este livro é uma compilação de orientações políticas acerca de como deve agir um príncipe para se
manter no poder e no controle do estado que governa.
Capítulo 1
Nesse capítulo, o autor diferencia duas formas de acensão ao poder, de forma hereditária ou
não, e completa dando um exemplo de cada caso.
Capítulo 2
Em “As monarquias hereditárias” Maquiavel apresenta a dificuldade de um governante se
manter no poder de um estado novo que outrora fora um estado hereditário visto que o povo já
estava habituado a antiga família real.
Entretanto Maquiavel diz que a medida que o novo governante evite ofender seu súditos ele
se tornará estimado entre esses.
Capítulo 3
O capítulo trata de estados que viram um novo soberano surgir após a queda de um outro. E
ainda no início Maquiavel diz que as pessoas tendem a se levantar contra os governantes atuais
desejando a mudança em busca de melhorias, mas que na sua opinião isso é um engano.
Maquiavel diz que territórios que conquistados pela segunda vez têm uma chance menor de
serem perdidos.
Segundo Maquiavel, o soberano deve aliar-se aos seus vizinhos mais fracos e enfraquecer os
mais poderosos afim de evitar perigos futuros.
Capítulo 4
O capítulo explica que há duas formas de governo dos reino: por um príncipe e seus
assistentes, que o ajudam a administrar o território; ou por um príncipe e vários barões, que exercem
um certo grau de poder sobre territórios menores que estão sobre sua responsabilidade.
Uma característica mostrada no capítulo é que seria mais difícil conquistar um reino onde o
príncipe tem poderes absolutos do que aquele em que o monarca divide o seu poder com barões,
que podem facilitar a sua queda ou se voltar contra eles.
Capítulo 5
No capítulo 5 o autor diz que existem três maneiras de manter um Estado acostumado com a
liberdade: arruinando-o; habitando-o; ou ainda, permitindo que nele vigore as leis antigas e que se
organize um novo governo formado por aliados e que recolha impostos para o novo soberano.
Capítulo 6
No sexto capítulo, Maquiavel inicia dizendo que os homens agem espelhando os seus
predecessores, imitando-os naquilo que tiveram êxito. Diz ainda que o homem prudente há de
escolher o caminho que os grandes trilharam.
Maquiavel apresenta a ideia de que quem altera a ordem das coisas, costuma encontrar
dificuldades, pois mexe com aqueles que eram beneficiados pela ordem antiga. Um fator
determinante para o sucesso de quem quer tomar o poder seria a capacidade de impor-se pela força
e sem a necessidade de pedir ajuda de outros.
Capítulo 7
Os príncipes que precisam do favor de outros para chegar ao poder, “[...] só a muito custo se
mantêm na nova posição.”
Contudo, aqueles que são virtuosos edificarão suas bases e conservarão o que lhes foi dado
pela sorte. Alguns dos conselhos dados neste capítulo tem por base a extinção da linhagem do
antigo monarca ou de qualquer outro que possa se vingar das injúrias cometidas pelo novo príncipe
( veja o capítulo III)
Capítulo 8
Aqui é apresentado duas outras formas de se chegar ao poder: de forma vil e criminosa ou
pelo consentimento dos seus concidadãos. Ele discorre sobre o exemplo de dois personagens que
chegaram ao poder por meios cruéis: Agátocles, que acabou se tornando amável e querido pelo
povo; e Oliverotto de Fermo que continuou com suas crueldades após chegar ao trono, e acabou
sendo morto por outro soberano.
Aquele que almejar se tornar um príncipe deve ter em mente que é mais vantajoso ser cruel
apenas uma vez e de maneira rápida, para que o povo esqueça sua crueldade rapidamente. Ao passo
que seus benefícios devem ser distribuídos ao longo do tempo entre o povo.
Capítulo 9
Nesse capítulo, Maquiavel diz que “O governo civil” é aquele em que os cidadãos elegem
um entre eles para ser seu governante.
O autor acredita que quem chega ao poder pelo povo, tem menos chances de ser derrubado
do que aquele que deve sua ascensão aos nobres.
Logo, o soberano deve tornar-se aliado do povo e o povo o sustentará na adversidade.
Capítulo 10
“Como avaliar a força dos Estados” explica que um príncipe que não tem recursos
suficientes para atacar um inimigo deve fortalecer os muros de sua cidade e guardar provisões para
resistir aos ataques de seu inimigo. É aqui que aparece a importância de cultivar prestígio de seu
povo:
“Portanto, o príncipe que é senhor de uma cidade poderosa, e não se faz odiar, não poderá
ser atacado; ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada. […] É da
natureza do homens obrigar-se tanto pelos benefícios feitos como pelos recebidos.”
Capítulo 11
Em “Os Estados eclesiásticos” trata-se de mais um tipo de Estado, aquele que é sustentado
por costumes da religião.
Segundo Maquiavel, os Estados eclesiásticos permitem uma certa liberdade de conduta aos
seu governantes e segundo o mesmo autor, somente Estados assim seriam felizes e seguros.
Capítulo 12
O capítulo “Os diferente tipos de milícia e de tropas mercenárias” apresenta três tipos de
milícia as próprias, as mistas e as auxiliares. Segundo o próprio autor, o que mantém um monarca
no poder são as boas leis e os bons exércitos. E diz ainda que os exércitos próprios são os mais
indicados ao monarca, pois esses lhe serão mais fiéis.
Capítulo 13
“Forças auxiliares, mistas e nacionais” desqualifica os exércitos formados por forças
auxiliares, igualadas aqui aos mercenários, e as mistas, que apesar de serem mais eficazes que a
primeira, não inspiram confiança.
Para Maquiavel, os ganhos trazidos pelas forças nacionais são legítimos e nenhuma das
outras formas de exército são tão confiáveis e eficientes quanto esta última.
Capítulo 14
“Os deveres do príncipe para com as milícias” é o capítulo em que Maquiavel dita sobre as
atitudes do príncipe diante de seu exército. Diz Maquiavel que um príncipe deve cuidar de seus
exércitos mesmo em tempos de paz, para que ele sempre tenha sua sorte protegida. As milícias
precisam de disciplina e de vigor físico, e o soberano deve preocupar-se com a manutenção de um
bom exército. Maquiavel recomenda que os soldados pratiquem a caça, pois esta irá proporcionar o
conhecimento das regiões que se precisam defender e facilita a habilidade de reconhecimento de
regiões semelhantes.
Capítulo 15
Neste trecho, o autor lista um série de qualidades que o príncipe deve ter e outras tantas que
deve evitar. Mas ainda no começo do capítulo ele aborda a necessidade de o monarca equilibrar os
opostos entre bondade e maldade.
Capítulo 16
O capítulo é um alerta aos que trazem consigo o hábito de esbanjar seus recursos em
demasia. Maquiavel explica que um príncipe que é liberal e que pratica atos suntuosos
frequentemente, acaba exaurindo seus recursos e mais cedo ou mais tarde será obrigado a despojar
seu súditos, o que será motivo para o ódio e o descontentamento.
“Será na verdade liberal para todos os que não explore – que serão numerosíssimos – e
miserável para aqueles a quem não dê – que serão poucos.”
Capítulo 17
Os príncipes devem preferir a fama de clementes a cruéis, na opinião de Maquiavel, mas
devem pesar bem essa clemência e usá-la de forma dosada pois pode ser preciso fazer uso da
crueldade para manter seu povo unido e leal.
“Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer,
pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários,
já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.”
A conclusão do capítulo é de que os homens amam a que eles quiserem, mas temem quem
tem o poder de castigá-los. Logo, o príncipe sábio deve usar de meios próprios e não depender dos
outros.
Capítulo 18
Neste capítulo é defendido que o príncipe deve manter uma imagem de integridade, porém
faz-se necessário que ele seja o oposto, quando necessário.
O soberano precisa manter uma aparência de integridade agradável, mesmo que aja e pense
de forma contrária. E como os homens costumam fundamentar seus julgamento por aquilo que
veem, é relativamente fácil para o soberano enganar a maioria.
Capítulo 19
Em “Como se pode evitar o desprezo e o ódio” o príncipe deverá evitar o ódio de seus
súditos afim de manter o povo ao seu lado e esse desprezo pode ter vários motivos:
“O que mais contribuirá para fazê-lo odiado é, […] a conduta rapace, a usurpação dos bens e
das mulheres dos súditos [...]”
Sempre que o príncipe cultivar a estima de seus súditos estará afastando de si a
probabilidade de uma conspiração.
Capítulo 20
O novo príncipe deve armar seus súditos para inspirar-lhes lealdade, mas se ele governa um
Estado que foi anexado ao seu, ele deve manter súditos do antigo reino os altos cargo do novo
exercito. Maquiavel afirma que o príncipe que confia e não teme seus súditos não precisa de
fortalezas para se defender.
Capítulo 21
O príncipe que quiser ser amado deve se empenhar em grandes feitos, mostrar excelência e
recompensar ou punir os cidadãos conforme sua conduta.
O soberano não deverá se manter neutro diante de confrontos, pois se assim fizer, será
odiado por aqueles que pedem sua ajuda e tido como indeciso. Ele deve lembrar-se de não fazer
alianças com alguém mais forte que si próprio para conquistar outros territórios, pois o aliado
poderá facilmente voltar-se contra ele após conseguir o que desejava.
Capítulo 22
O monarca precisa muita sabedoria ao escolher quem o ajudará a governar, eles poderão dar
uma imagem do monarca.
Maquiavel defende que o ministro que só se preocupa consigo mesmo não será um bom
ministro e não merece a confiança do governante.
Capítulo 23
O soberano deve tomar como conselheiros somente pessoas sábias e que o respeitem afim de
evitar os aduladores. Se o príncipe for inépto e não analisar corretamente o conselhos que houve ele
não será bem aconselhado; e se der a sorte de ter um bom conselheiro, correrá o risco de ter o trono
usurpado por este último.
Capítulo 24
Neste trecho do livro é apresentado o fato de que um novo príncipe é mais estimado que um
príncipe hereditário. Não só por ter saído de uma posição mais baixa na sociedade mas também
porque o povo é mais apegado com o presente do que com o passado, logo os grandes fatos que
levaram esse novo príncipe ao poder serão mais facilmente lembrados.
Ainda neste capítulo, o próprio Maquiavle critica a ação (ou a omissão) de alguns monarcas
italianos que não se protegeram da nobreza e não deram boas leis, boas armas e bons exemplos aos
seus povos.
Capítulo 25
Maquiavel admite que nem sempre o homem prudente pode escapar à sua sorte, mas mesmo
assim é preciso se preparar para minimizar as consequências do destino. Maquiavel critica a falta de
iniciativa em construir obras como dique e barragens na Itália que poderiam ter evitado parte dos
danos causado pelas enchentes de sua época.
Ao fim do capítulo Maquiavel explica que a sorte costuma ficar do lado daqueles que ousam
e que adaptam as transformações de seu tempo.
“Acredito seguramente que é melhor se impetuoso do que cauteloso, pois a sorte é uma
mulher, sendo necessário, para dominá-la, empregar a força; pode-se ver que ela deixa vencer pelos
que ousam, e não pelos agem friamente. Como mulher, é sempre amiga dos jovens – mais bravos,
menos cuidadosos, prontos a dominá-loa com maior audácia.”
Capítulo 26
No capítulo que encerra o livro, o autor declara seu anseio pela libertação da Itália e ao
mesmo tempo elogia a família Medici e afirma que, se seguirem tudo o que foi dito nos capítulos
anteriores, é possível que eles expulsem os bárbaros de seu país. E durante essa parte Maquiavel
expõe seu desejo de que Lorenzo de Medici se torne o próximo governante italiano.
Conclusão
O Príncipe foi escrito à quase quinhentos anos e ainda assim é lido por milhões pessoas de
todo o mundo a cada ano.
Talvez sua popularidade entre os leitores se dê pela linguagem direta, fácil e de forma
instrutiva em que foi escrito. Contudo não se pode negar que Maquiavel imortalizou seu nome neste
livro por tratar da natureza humana e não apenas dos fatos ou ideias de sua época; e nós sabemos
que as ideias mudam, os costumes mudam e própria história muda com o passar do tempo, mas o
nosso âmago continua permeado com os mesmos instintos e inclinações.

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Resenha de o principe

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE DIREITO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA I DOCENTE: DOUGLAS ARAÚJO Júnior de Oliveira Costa RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE NATAL/RN 2013.2 JÚNIOR DE OLIVEIRA COSTA
  • 2. RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O PRÍNCIPE Referências MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe (Título original Il Principe revisto por Maria d Fátima C.A. Madeira) Tradução de Pietro Nasseti 8°ed. São Paulo-SP Martin Claret, 2005. 189p. O Príncipe foi escrito originalmente em forma de carta e a princípio seria atribuída a Giuliano de Medici, que faleceu antes que Maquiavel a terminasse, o que fez com que Maquiavel oferecesse o escrito ao pai de Giuliano, Lorenzo de Medici, duque de Urbino. Este livro é uma compilação de orientações políticas acerca de como deve agir um príncipe para se manter no poder e no controle do estado que governa. Capítulo 1 Nesse capítulo, o autor diferencia duas formas de acensão ao poder, de forma hereditária ou não, e completa dando um exemplo de cada caso. Capítulo 2 Em “As monarquias hereditárias” Maquiavel apresenta a dificuldade de um governante se manter no poder de um estado novo que outrora fora um estado hereditário visto que o povo já estava habituado a antiga família real. Entretanto Maquiavel diz que a medida que o novo governante evite ofender seu súditos ele se tornará estimado entre esses. Capítulo 3 O capítulo trata de estados que viram um novo soberano surgir após a queda de um outro. E ainda no início Maquiavel diz que as pessoas tendem a se levantar contra os governantes atuais desejando a mudança em busca de melhorias, mas que na sua opinião isso é um engano. Maquiavel diz que territórios que conquistados pela segunda vez têm uma chance menor de serem perdidos. Segundo Maquiavel, o soberano deve aliar-se aos seus vizinhos mais fracos e enfraquecer os mais poderosos afim de evitar perigos futuros. Capítulo 4 O capítulo explica que há duas formas de governo dos reino: por um príncipe e seus assistentes, que o ajudam a administrar o território; ou por um príncipe e vários barões, que exercem um certo grau de poder sobre territórios menores que estão sobre sua responsabilidade.
  • 3. Uma característica mostrada no capítulo é que seria mais difícil conquistar um reino onde o príncipe tem poderes absolutos do que aquele em que o monarca divide o seu poder com barões, que podem facilitar a sua queda ou se voltar contra eles. Capítulo 5 No capítulo 5 o autor diz que existem três maneiras de manter um Estado acostumado com a liberdade: arruinando-o; habitando-o; ou ainda, permitindo que nele vigore as leis antigas e que se organize um novo governo formado por aliados e que recolha impostos para o novo soberano. Capítulo 6 No sexto capítulo, Maquiavel inicia dizendo que os homens agem espelhando os seus predecessores, imitando-os naquilo que tiveram êxito. Diz ainda que o homem prudente há de escolher o caminho que os grandes trilharam. Maquiavel apresenta a ideia de que quem altera a ordem das coisas, costuma encontrar dificuldades, pois mexe com aqueles que eram beneficiados pela ordem antiga. Um fator determinante para o sucesso de quem quer tomar o poder seria a capacidade de impor-se pela força e sem a necessidade de pedir ajuda de outros. Capítulo 7 Os príncipes que precisam do favor de outros para chegar ao poder, “[...] só a muito custo se mantêm na nova posição.” Contudo, aqueles que são virtuosos edificarão suas bases e conservarão o que lhes foi dado pela sorte. Alguns dos conselhos dados neste capítulo tem por base a extinção da linhagem do antigo monarca ou de qualquer outro que possa se vingar das injúrias cometidas pelo novo príncipe ( veja o capítulo III) Capítulo 8 Aqui é apresentado duas outras formas de se chegar ao poder: de forma vil e criminosa ou pelo consentimento dos seus concidadãos. Ele discorre sobre o exemplo de dois personagens que chegaram ao poder por meios cruéis: Agátocles, que acabou se tornando amável e querido pelo povo; e Oliverotto de Fermo que continuou com suas crueldades após chegar ao trono, e acabou sendo morto por outro soberano. Aquele que almejar se tornar um príncipe deve ter em mente que é mais vantajoso ser cruel apenas uma vez e de maneira rápida, para que o povo esqueça sua crueldade rapidamente. Ao passo que seus benefícios devem ser distribuídos ao longo do tempo entre o povo. Capítulo 9 Nesse capítulo, Maquiavel diz que “O governo civil” é aquele em que os cidadãos elegem um entre eles para ser seu governante.
  • 4. O autor acredita que quem chega ao poder pelo povo, tem menos chances de ser derrubado do que aquele que deve sua ascensão aos nobres. Logo, o soberano deve tornar-se aliado do povo e o povo o sustentará na adversidade. Capítulo 10 “Como avaliar a força dos Estados” explica que um príncipe que não tem recursos suficientes para atacar um inimigo deve fortalecer os muros de sua cidade e guardar provisões para resistir aos ataques de seu inimigo. É aqui que aparece a importância de cultivar prestígio de seu povo: “Portanto, o príncipe que é senhor de uma cidade poderosa, e não se faz odiar, não poderá ser atacado; ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada. […] É da natureza do homens obrigar-se tanto pelos benefícios feitos como pelos recebidos.” Capítulo 11 Em “Os Estados eclesiásticos” trata-se de mais um tipo de Estado, aquele que é sustentado por costumes da religião. Segundo Maquiavel, os Estados eclesiásticos permitem uma certa liberdade de conduta aos seu governantes e segundo o mesmo autor, somente Estados assim seriam felizes e seguros. Capítulo 12 O capítulo “Os diferente tipos de milícia e de tropas mercenárias” apresenta três tipos de milícia as próprias, as mistas e as auxiliares. Segundo o próprio autor, o que mantém um monarca no poder são as boas leis e os bons exércitos. E diz ainda que os exércitos próprios são os mais indicados ao monarca, pois esses lhe serão mais fiéis. Capítulo 13 “Forças auxiliares, mistas e nacionais” desqualifica os exércitos formados por forças auxiliares, igualadas aqui aos mercenários, e as mistas, que apesar de serem mais eficazes que a primeira, não inspiram confiança. Para Maquiavel, os ganhos trazidos pelas forças nacionais são legítimos e nenhuma das outras formas de exército são tão confiáveis e eficientes quanto esta última. Capítulo 14 “Os deveres do príncipe para com as milícias” é o capítulo em que Maquiavel dita sobre as atitudes do príncipe diante de seu exército. Diz Maquiavel que um príncipe deve cuidar de seus exércitos mesmo em tempos de paz, para que ele sempre tenha sua sorte protegida. As milícias precisam de disciplina e de vigor físico, e o soberano deve preocupar-se com a manutenção de um bom exército. Maquiavel recomenda que os soldados pratiquem a caça, pois esta irá proporcionar o
  • 5. conhecimento das regiões que se precisam defender e facilita a habilidade de reconhecimento de regiões semelhantes. Capítulo 15 Neste trecho, o autor lista um série de qualidades que o príncipe deve ter e outras tantas que deve evitar. Mas ainda no começo do capítulo ele aborda a necessidade de o monarca equilibrar os opostos entre bondade e maldade. Capítulo 16 O capítulo é um alerta aos que trazem consigo o hábito de esbanjar seus recursos em demasia. Maquiavel explica que um príncipe que é liberal e que pratica atos suntuosos frequentemente, acaba exaurindo seus recursos e mais cedo ou mais tarde será obrigado a despojar seu súditos, o que será motivo para o ódio e o descontentamento. “Será na verdade liberal para todos os que não explore – que serão numerosíssimos – e miserável para aqueles a quem não dê – que serão poucos.” Capítulo 17 Os príncipes devem preferir a fama de clementes a cruéis, na opinião de Maquiavel, mas devem pesar bem essa clemência e usá-la de forma dosada pois pode ser preciso fazer uso da crueldade para manter seu povo unido e leal. “Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha.” A conclusão do capítulo é de que os homens amam a que eles quiserem, mas temem quem tem o poder de castigá-los. Logo, o príncipe sábio deve usar de meios próprios e não depender dos outros. Capítulo 18 Neste capítulo é defendido que o príncipe deve manter uma imagem de integridade, porém faz-se necessário que ele seja o oposto, quando necessário. O soberano precisa manter uma aparência de integridade agradável, mesmo que aja e pense de forma contrária. E como os homens costumam fundamentar seus julgamento por aquilo que veem, é relativamente fácil para o soberano enganar a maioria. Capítulo 19 Em “Como se pode evitar o desprezo e o ódio” o príncipe deverá evitar o ódio de seus súditos afim de manter o povo ao seu lado e esse desprezo pode ter vários motivos: “O que mais contribuirá para fazê-lo odiado é, […] a conduta rapace, a usurpação dos bens e
  • 6. das mulheres dos súditos [...]” Sempre que o príncipe cultivar a estima de seus súditos estará afastando de si a probabilidade de uma conspiração. Capítulo 20 O novo príncipe deve armar seus súditos para inspirar-lhes lealdade, mas se ele governa um Estado que foi anexado ao seu, ele deve manter súditos do antigo reino os altos cargo do novo exercito. Maquiavel afirma que o príncipe que confia e não teme seus súditos não precisa de fortalezas para se defender. Capítulo 21 O príncipe que quiser ser amado deve se empenhar em grandes feitos, mostrar excelência e recompensar ou punir os cidadãos conforme sua conduta. O soberano não deverá se manter neutro diante de confrontos, pois se assim fizer, será odiado por aqueles que pedem sua ajuda e tido como indeciso. Ele deve lembrar-se de não fazer alianças com alguém mais forte que si próprio para conquistar outros territórios, pois o aliado poderá facilmente voltar-se contra ele após conseguir o que desejava. Capítulo 22 O monarca precisa muita sabedoria ao escolher quem o ajudará a governar, eles poderão dar uma imagem do monarca. Maquiavel defende que o ministro que só se preocupa consigo mesmo não será um bom ministro e não merece a confiança do governante. Capítulo 23 O soberano deve tomar como conselheiros somente pessoas sábias e que o respeitem afim de evitar os aduladores. Se o príncipe for inépto e não analisar corretamente o conselhos que houve ele não será bem aconselhado; e se der a sorte de ter um bom conselheiro, correrá o risco de ter o trono usurpado por este último. Capítulo 24 Neste trecho do livro é apresentado o fato de que um novo príncipe é mais estimado que um príncipe hereditário. Não só por ter saído de uma posição mais baixa na sociedade mas também porque o povo é mais apegado com o presente do que com o passado, logo os grandes fatos que levaram esse novo príncipe ao poder serão mais facilmente lembrados. Ainda neste capítulo, o próprio Maquiavle critica a ação (ou a omissão) de alguns monarcas italianos que não se protegeram da nobreza e não deram boas leis, boas armas e bons exemplos aos seus povos.
  • 7. Capítulo 25 Maquiavel admite que nem sempre o homem prudente pode escapar à sua sorte, mas mesmo assim é preciso se preparar para minimizar as consequências do destino. Maquiavel critica a falta de iniciativa em construir obras como dique e barragens na Itália que poderiam ter evitado parte dos danos causado pelas enchentes de sua época. Ao fim do capítulo Maquiavel explica que a sorte costuma ficar do lado daqueles que ousam e que adaptam as transformações de seu tempo. “Acredito seguramente que é melhor se impetuoso do que cauteloso, pois a sorte é uma mulher, sendo necessário, para dominá-la, empregar a força; pode-se ver que ela deixa vencer pelos que ousam, e não pelos agem friamente. Como mulher, é sempre amiga dos jovens – mais bravos, menos cuidadosos, prontos a dominá-loa com maior audácia.” Capítulo 26 No capítulo que encerra o livro, o autor declara seu anseio pela libertação da Itália e ao mesmo tempo elogia a família Medici e afirma que, se seguirem tudo o que foi dito nos capítulos anteriores, é possível que eles expulsem os bárbaros de seu país. E durante essa parte Maquiavel expõe seu desejo de que Lorenzo de Medici se torne o próximo governante italiano. Conclusão O Príncipe foi escrito à quase quinhentos anos e ainda assim é lido por milhões pessoas de todo o mundo a cada ano. Talvez sua popularidade entre os leitores se dê pela linguagem direta, fácil e de forma instrutiva em que foi escrito. Contudo não se pode negar que Maquiavel imortalizou seu nome neste livro por tratar da natureza humana e não apenas dos fatos ou ideias de sua época; e nós sabemos que as ideias mudam, os costumes mudam e própria história muda com o passar do tempo, mas o nosso âmago continua permeado com os mesmos instintos e inclinações.