O documento analisa os perfis dos municípios brasileiros em relação ao uso e infraestrutura de TIC através de estatísticas descritivas, análise fatorial e de agrupamentos com base em dados do IBGE. Isso resultou em 6 clusters de municípios com diferentes níveis de desenvolvimento de TIC. Os resultados mostram que a infraestrutura de TIC é importante para o desenvolvimento de e-gov nos municípios e que políticas públicas precisam levar em conta as diferenças entre os perfis municipais.
Mobilidade Internacional de pesquisadores como estratégia de compartilhamento...
O Perfil dos Municípios Brasileiros em Relação ao Uso e à Infraestrutura de TIC
1. O Perfil dos Municípios
Brasileiros em Relação ao Uso
e à Infraestrutura de TIC: uma
Análise dos Clusters
Érico Przeybilovicz
Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
erico.przeybilovicz@pucpr.edu.br
Maria Alexandra Cunha
Fundação Getúlio Vargas,
alexandra.cunha@fgv.br
Carlos Olavo Quandt
Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
carlos.quandt@pucpr.edu.br
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2. Agenda
Introdução
TIC na Administração Pública
e eGov em governos locais
Procedimentos Metodológicos
Resultados
Considerações
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3. Introdução
Desde a década de 70 o Brasil adota medidas de
modernização da Administração Pública e uso de TIC;
Poucos estudos acadêmicos sobre a infraestrutura de
TIC necessária à Administração Pública nos
municípios;
Há métricas globais, em nível Nacional, que não
captam as diferenças entre os municípios; o Brasil
aparece na 59º posição de eGov (2012).
São 5.570 municípios (2013), população do estudo
5.565 municípios (2012).
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4. Introdução
Qual é o perfil dos municípios brasileiros em
relação ao uso e à infraestrutura de TIC?
Utilizamos técnicas estatísticas descritivas, de
análise fatorial e de agrupamentos tendo como
base de dados a Pesquisa de Informações
Básicas Municipais, MUNIC - 2012 do IBGE.
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5. Revisão de literatura
TIC aplica à
Administração Pública
no Brasil
Democratizar o acesso à
informação, envolvimento
do cidadão, prover gestão
interna e integração
com parceiros e
fornecedores
eGov em governos locais
Diferenças no
desenvolvimento de eGov
entre governo nacional e
local
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6. Procedimentos
metodológicos
Uso de estatística descritiva, análise fatorial e análise
de agrupamentos
Base de dados da MUNIC 2012
• 5.565 municípios brasileiros (2012)
Dois grupos de variáveis:
• Infraestrutura e uso de TIC nos municípios totalizando 48
variáveis, as quais foram agrupadas em cinco dimensões: 1)
infraestrutura de TIC da prefeitura, 2) e-serviços, 3) inclusão
digital 4) infraestrutura de acesso à internet no município 5) e-administração
pública
• Indicadores socioeconômicos: IDH-M, renda per capita, população
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7. Resultados – Variáveis
excluídas do modelo
Variável
Percentual de
respostas
A administração direta possui computadores em
funcionamento
100% sim
Computadores com acesso à internet 99,8% sim
A prefeitura desenvolve política ou plano de inclusão
90,5% sim
digital
Não disponibiliza meios de comunicação com o público 95% não
Outros meios de comunicação 93,7% não
Parcerias para inclusão digital – outro município 90% não
Parcerias para inclusão digital com outros parceiros 87,5% não
Outros projetos para inclusão digital 86,7% não
A prefeitura garante acesso via WIFI no município,
cobertura da conexão WIFI no município e tipo de
acesso via WIFI (gratuito, pago, ambos)
85,7% não
8. Resultados – Análise fatorial
Dimensão Teste KMO e Bartlett
e-Administração Pública 0,610
e-Serviços* 0,831
Infraestrutura de TIC da prefeitura 0,500
Inclusão digital 0,519
Infraestrutura de acesso à internet no
0,500
município
*A dimensão e-serviços foi agrupada em dois fatores: e-serviços
(0,831) e comunicação com o público (0,699)
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9. Resultados –Análise de
cluster em duas etapas
: Variáveis utilizadas
Infraestrutura de TIC da
prefeitura
e-serviços
Inclusão digital
Infraestrutura de acesso
à internet no município
e-administração pública
Os resultados mostram 6 clusters
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10. Resultados
Cluster 1 (523
municípios) –
Ricos e grandes
Renda per
capita mediana
de R$ 717, 25 e
melhor IDH-M
com 0,736, é o
grupo com a
maior média
populacional;
Possuem boa
infraestrutura de
acesso à internet
no município,
oferecem e-serviços
aos
cidadãos e a
prefeitura possui
boa infraestrutura
de TIC;
Estão
concentras
12 capitais
Apresentaram no grupo;
resultado
ruim em
inclusão
digital
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11. Resultados
Cluster 2 (191
municípios) –
Pobres e sem
tecnologia
São os mais pobres
em relação aos que
foram classificados
em um cluster com
renda mediana de
R$ 416,85 e pior
IDH-M 0,660
Possuem os piores
indicadores de uso e
infraestrutura de TIC.
Não possuem
infraestrutura de TIC
nem de acesso à
internet, os serviços
eletrônicos são ruins, não
promovem a inclusão
digital e praticamente
não utilizam as TICs na
Administração Pública;
Precisam de maior
atenção das
associações de
municípios e dos
governos estadual e
federal para promover
políticas publicas e
recursos de TIC a fim
de melhorar o
desenvolvimento
destas cidades
Os resultados
mostram que
pobres e sem
tecnologia é uma
característica
presente em todas
as regiões
brasileiras
12. Resultados
Cluster 3 (392
municípios) –
Tecnológicos
Mais avançados
no uso e
infraestrutura
de TIC
Segundo melhor
resultado em
relação aos
indicadores
socioeconômicos
com renda
mediana de R$
635,79 e IDH-M
0,713
Neste
cluster
estão 12
capitais
Todos os
indicadores
de TIC são os
melhores, da
infraestrutura
ao uso para o
cidadão EnANPAD 2014
13. Resultados
Cluster 4 (810
municípios) –
Medianos
Possuem
infraestrutura de
acesso à internet,
assim como
infraestrutura de
TIC na prefeitura e
praticam a inclusão
digital
Médios em termos
de tamanho da
população, com
indicadores de
renda per capita,
R$ 556,44, e IDH-M
0,692
Precisam melhorar
a oferta de e-serviços
aos
cidadãos, a
comunicação e a
gestão e uso na
administração
pública
14. Resultados
Cluster 5 (866
municípios) –
Pequenos
interessados
Fazem uso da
TIC na
administração
pública e
possuem boa
comunicação
com o cidadão
Pequenos em
população, que
apresentam bons
indicadores
socioeconômicos
com renda per
capita mediana de
R$ 576, 19 e IDH-M
0,700 (terceiro
melhores
indicadores)
Pequenos e
organizados,
podem ser
exemplo para o
grupo dos
municípios
pobres. Ser
pequeno e pobre
não é empecilho
para o uso de
TIC
Precisam
melhorar
serviços
eletrônicos e
estão um pouco
mais
preocupados
com ações de
inclusão digital
15. Resultados
Cluster 6 (345
municípios) –
Medianos sem
tecnologia
Este grupo tem a
pior comunicação
com o cidadão, é
ruim com as políticas
de inclusão digital e
no acesso à internet
no município.
Também precisam
melhorar a oferta de
e-serviços e
infraestrutura de TIC
na prefeitura
De porte
médio, com
renda per
capita de R$
464,45 e IDH-M
0,650
Estes municípios
precisam
melhorar
rapidamente seus
indicadores de
uso e
infraestrutura de
TIC
16. Resultados
Sem cluster (2.438 municípios)
• 1.463 municípios que não responderam as questões sobre
e-serviços,
• 312 municípios que responderam menos de 40 questões;
• 663 municípios que mesmo na análise de cluster não foram
classificados em nenhum grupo por não terem respondido o
grupo de questões sobre e-Administração pública;
• 44% do total de 5.565 municípios brasileiros;
• A renda per capita mediana é de R$ 301, 20 a mais baixa
de todos os grupos e o IDH-M mediano é de 0,612 também
o pior resultado;
• Não é possível afirmar qual é a situação deles em relação
ao uso e à infraestrutura de TIC;
• É provável que o uso e infraestrutura de TIC apresentem
indicadores ruins. EnANPAD 2014
17. Considerações
Os resultados apontam 6 perfis diferentes de municípios
em termos de infraestrutura de TIC e desenvolvimento
de eGov;
Em termos gerais, os resultados mostram que a
infraestrutura de TIC é importante para o
desenvolvimento de eGov nos municípios brasileiros;
Os resultados evidenciam que existem diferenças na
infraestrutura e uso de TIC entre os municípios;
Os governos precisam elaborar políticas públicas de
acordo com cada perfil de município para desenvolver a
infraestrutura de TIC e eGov.
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18. Obrigado!
Comentários e contribuições?
erico.przeybilovicz@pucpr.edu.br
alexandra.cunha@fgv.br
carlos.quandt@pucpr.edu.br
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