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Nota de aula 03 :Dinâmica Climática

                                          Nome:                            N0:        TU:
    Profa. Nilza
                           Ensino Médio

              DINÂMICA CLIMÁTICA E PASAGENS CLIMATOBOTÂNICAS

  Objetivos:
          a)    identificar as interações entre as principais camadas da Terra e os processos
        climáticos resultantes;
          b)    identificar elementos e fatores climáticos e seu papel na caracterização das
        paisagens naturais;
          c)    caracterizar a dinâmica climática através da ação das massas de ar e dos
        principais tipos de clima;
          d)    relacionar os diferentes tipos de clima e a vegetação associada;
          e)    relacionar as paisagens naturais ao potencial de recursos e seu uso econômico.
    INTRODUÇÃO
    A Terra apresenta diferentes camadas resultantes de seu processo de evolução.
    Essas camadas são:
        Litosfera
        Hidosfera
        Atmosfera
que se “combinam” para formar a Biosfera.
    Como as camadas interagem umas com as outras, a Atmosfera, apresenta características
que refletem essa interação, expressas, por exemplo, nas condições de TEMPERATURA
(quantidade de calorias existente no ar) UMIDADE (quantidade de vapor d’água), que
associadas à PRESSÃO (“peso” da Atmosfera sobre a superfície terrestre), irão interferir nos
processos climáticos de nosso planeta.
      A forma da Terra e os movimentos que ela executa no espaço, também irão interferir em
sua dinâmica, fazendo com que o ar se desloque sobre a superfície terrestre (em função das
diferenças de pressão), sofrendo alterações constantes, em função das várias configurações da
superfície.
      Ao mesmo tempo, as condições de temperatura e umidade são acionadas a partir da
energia que emana do Sol. Os raios solares atravessam a Atmosfera, atingem a superfície que
absorve diferencialmente a luz e o calor (albedo). Parte do calor é refletido para a Atmosfera
desenvolvendo um “circuito” de ar quente que sobe e ar frio que tende a descer, “empurrando”
as massas de ar das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. É a CIRCULAÇÃO
GERAL DA ATMOSFERA.
      Essas massas de ar que sobem carregam com elas parte do vapor d’água resultante da
evaporação e se condensam formando nuvens e realimentando o chamado ciclo da água.
    Essas alterações podem ser: diárias ou sazonais; locais ou regionais, zonais e planetárias
      Assim, podemos dizer que essas alterações geram “tipos de comportamento” ligados às
condições de temperatura, umidade e pressão e irão criar certas condições de TEMPO (ou seja,
as condições da Atmosfera, num determinado local, num determinado dia e hora), que por sua
vez, irão criar diferentes TIPOS DE CLIMA.
      É esse conjunto de condições dinâmicas o responsável pelos diferentes TIPOS DE CLIMA,
(que na realidade representam a sucessão habitual dos tipos de tempo) existentes no planeta.
      Daí sua importância para o conjunto de atividades humanas, pois interferem, direta ou
indiretamente, no uso do espaço e nos processos produtivos.

      Nosso planeta, a Terra, é movido a energia solar. Ao atingirem a superfície terrestre, os
raios solares desencadeiam um conjunto de processos que afetam a Atmosfera envolvente, as
massas líquidas existentes e provocam modificações na forma e na “aparência” geral da
Litosfera.
      Ao penetrarem na Atmosfera terrestre, os raios solares aquecem a superfície e esse calor
se irradia provocando certas condições de temperatura, que irão depender da “capacidade” de
absorção dos corpos que se encontram na superfície terrestre - é o albedo.
  Ao mesmo tempo, com o aquecimento inicia-se o CICLO DA ÁGUA que através da
evaporação, condensação, precipitação, escoamento e infiltração é responsável pela umidade do
ar e, portanto, na formação (ou ausência) de precipitações, identificadoras do clima.
      Ainda em função das variações de temperatura, provocadas pela absorção dos raios
solares, o ar se movimenta, deslocando grandes “porções” de atmosfera, tanto junto ao solo
como em altitude.
      Como a camada atmosférica exerce pressão (“peso”) sobre a superfície, isso favorece o
aparecimento de áreas de alta pressão (anti-ciclonais) e de baixa pressão (ciclonais), que
respectivamente dispersam ventos e “recebem” ventos. A movimentação do ar, torna-se assim
responsável pelas trocas constantes de calor e umidade tanto na superfície como em altitude,
transportando calor e umidade entre as diferentes partes do planeta.
      Os efeitos desses processos são perceptíveis, de imediato na Atmosfera, especialmente na
camada mais baixa, que se encontra junto à superfície e se estende até aproximadamente 10
km: é a TROPOSFERA, ou camada do movimento onde ocorrem os principais mecanismos
climáticos.
      Assim, a temperatura, a umidade e a pressão são consideradas como ELEMENTOS
CLIMÁTICOS. Eles podem ser considerados como verdadeiros “três em um” à medida que cada
um deles afeta os demais e é influenciado por eles.
      Como a superfície terrestre é irregular e muito diferenciada, há um conjunto de FATORES
CLIMÁTICOS que atuam alterando ainda mais essas condições. Assim, a latitude, a altitude e a
disposição do relevo, a distribuição entre massas líquidas e sólidas, a presença ou ausência de
cobertura vegetal, as estações do ano, a cor da superfície, os solos, as correntes marítimas, ou
o aquecimento geral das massas oceânicas (El Niño) ou seu resfriamento (La Neña),
“trabalham” alterando as condições de temperatura, de umidade e interferindo na ação dos ventos.

     A CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA
     Os raios solares incidem diferencialmente sobre a superfície terrestre, em função de
fatores como:
       Esfericidade da Terra
       Inclinação do eixo terrestre
       Os movimentos da Terra (dias/noites; estações do ano)
       Distribuição de massas sólidas e líquidas,
       A configuração e as formas de relevo,
       A cobertura vegetal.....
     São os FATORES CLIMÁTICOS que irão influenciar nas condições gerais tanto do tempo
como na caracterização climática de cada parte da superfície terrestre.
     Por isso, o ar, em contato com a superfície tenderá a apresentar características diferentes
de TEMPERATURA, UMIDADE e PRESSÃO, chamados de ELEMENTOS CLIMÁTICOS, que variam
em função de seus deslocamentos sobre a superfície terrestre.

     Chamamos de ELEMENTOS CLIMÁTICOS a temperatura, a umidade e a pressão que
acionam os ventos (ou seja, a movimentação do ar), e que se modificam constantemente em
função de um conjunto de FATORES CLIMÁTICOS.

     AS MASSAS DE AR

      Em função dessas condições gerais, grandes ‘porções’ de ar, ou MASSAS DE AR, se
deslocam sobre a superfície, obedecendo certos ritmos e frequências previsíveis.
      As “porções” de atmosfera se movimentam sobre a superfície, por várias centenas e
milhares de quilômetros, e são chamadas de MASSAS DE AR. Elas são responsáveis pelas
características dos diferentes tipos de tempo e responsáveis pelos diferentes tipos de
climas de cada pedaço da superfície, e estão constantemente se modificando, à medida que
realizam trocas de calor e umidade entre si.
      Como regra geral as massas de ar têm origem em determinadas áreas do planeta e suas
características dependem das condições da área de contato/deslocamento, além disso, elas
percorrem “rotas” mais ou menos definidas. Sua passagem irá, assim, marcar fortemente as
condições de temperatura, umidade e ventos das áreas afetadas.
      Por isso, distinguimos três grandes “famílias” de massas de ar:
      Polares – que, como o nome indica, formam-se nas áreas polares, ou em suas
proximidades, onde predominam altas pressões. São frias e secas e se deslocam em direção às
áreas equatoriais, mais quentes e de baixa pressão. Ao longo do “trajeto” suas características
iniciais de temperatura e umidade são modificadas pelos fatores climáticos. Embora atue
principalmente nos meses de inverno, elas podem ocorrer em qualquer época do ano,
provocando bruscas quedas de temperatura (ondas de frio).
      Tropicais – podem ser formadas em áreas de alta pressão (sobre os oceanos) ou de baixa
pressão (no interior dos continentes). São quentes e podem ser secas ou úmidas. Como
funcionam como grandes “ventiladores” elas redistribuem o ar efetuando “trocas” entre o ar frio,
originado nos polos, e o ar quente vindo das áreas equatoriais. Às massas de ar tropical estão
ligados ventos constantes – os alísios. Suas condições originais de temperatura e umidade
também sofrem modificações em função dos fatores climáticos (p/ex. são mais úmidas junto aos
litorais e mais secas no interior; são mais quentes nas áreas de baixa altitude e mais frias nas
áreas mais elevadas...)
      Equatoriais – formam a terceira “grande família” das massas de ar. Na verdade, a área
equatorial se caracteriza como o “ponto de encontro” das massas de ar que atuam na superfície.
Daí ser considerada como a área da CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL. As massas de ar
equatoriais são, em geral, quentes e úmidas, e sua expansão máxima ocorre nos meses de
verão. Devido à diferença das estações do ano, nos dois hemisférios, ela oscila, ora para o norte
(quando é verão por lá) ora para o sul (quando é verão por aqui). Quando as massas de ar
chegam ao Equador (ou em suas vizinhanças), as temperaturas elevadas fazem com que o ar
suba, dando origem a um processo invertido: o ar passa a se deslocar, em altitude, em direção
aos polos.
      Essa dinâmica é responsável pelos diferentes TIPOS DE TEMPO (isto é, o aqui e agora das
condições de temperatura, umidade e ventos). Como a ação das massas de ar é constante,
ocorre a sucessão habitual dos tipos de tempo que caracteriza os diferentes TIPOS DE
CLIMA.
      A compreensão dos tipos de clima é feita através do uso de CLIMOGRAMAS que servem
para demonstrar os “arranjos” da temperatura e umidade, num dado local e demonstram a
“sucessão habitual dos tipos de tempo”. Daí sua importância.
  Como no caso das massas de ar temos “famílias” de tipos de clima:
  Polares, temperados, tropicais, equatoriais e desérticos que podem apresentar grandes
variações entre si, seja em função da dinâmica das massas de ar que atuam em cada uma
dessas Zonas Térmicas, seja em função dos fatores climáticos existentes.
  Considerando as condições “especiais” dos diferentes tipos de clima, desenvolvem-se
diferentes ecossistemas, identificados a partir da cobertura vegetal e da fauna que abrigam.
  Assim, reconhecemos dois grandes conjuntos:
  as formações zonais que se dispõem ao longo dos paralelos, e se desenvolvem
acompanhando as zonas climáticas (polar, temperada, intertropical) que se apresentam (na
verdade se apresentavam) ocupando grandes áreas, como é o caso das florestas (equatoriais,
temperadas e boreal, ou taiga), dos cerrados e savanas, típicos das áreas tropicais ou das
estepes e pradarias (campos, campanha, pampa), típicos das zonas temperadas. Nas zonas
polares, onde as condições climáticas são muito rigorosas, praticamente não tem vegetação, a
não ser num curto período de tempo (verão, degelo), quando se desenvolve uma vegetação
muito rala, chamada de tundra, mais comum no hemisfério norte, nas zonas sub-polares.
      EM RESUMO:
      as MASSAS DE AR apresentam condições que as identificam com suas áreas de origem, e
se modificam em função das condições locais, encontradas ao longo de seus deslocamentos.
      São esses deslocamentos que são chamados de CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA
      Originam-se em áreas de ALTA PRESSÃO e se deslocam para áreas de BAIXA PRESSÃO.
      Como regra geral, as massas de ar se deslocam na superfície terrestre dos polos em
direção ao Equador, gerando os ventos alísios (definidos como ventos constantes que se
deslocam dos centros de alta pressão tropicais para os centros de baixa pressão equatoriais) e
retornam em altitude realimentando o ciclo de deslocamento (os contra alísios).
        As massas de ar podem ser:
               POLARES
               TROPICAIS
               EQUATORIAIS

     No Brasil, as massas de ar, tropicais, equatoriais e a polar, atuam durante todo ano e são
responsáveis pelas características climáticas gerais, dos climas brasileiros.
   Apesar das constantes modificações, os TIPOS DE TEMPO, criam padrões definidos, por
exemplo, épocas de chuvas ou secas; épocas mais quentes ou mais frias...
São esses padrões servem de base para constatarmos a ‘sucessão habitual dos tipos de
tempo (ou seja o CLIMA). Assim, é através da atuação das massas de ar que encontramos
diferentes TIPOS DE CLIMAS em nosso país, responsáveis pela distribuição anual das chuvas e
pelas variações de temperatura
      Os principais tipos de clima do Brasil, são o equatorial, o tropical e o subtropical, que
apresentam variações ditadas pela distribuição anual das chuvas e das temperaturas., ou seja,
há um predomínio de climas quentes e úmidos que serão analisados em função de diferentes
CLIMOGRAMAS, que permitem estabelecer as classificações climáticas, neste caso baseadas
em Sthraler, que leva em conta a dinâmica das massas de ar e sua atuação ao longo dos anos.

 AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS

      Os climas são os principais responsáveis pela caracterização das paisagens
climatobotânicas.
      As paisagens climatobotânicas podem ser de dois tipos principais:
      as FORMAÇÕES ZONAIS, ou seja aquelas que acompanham as zonas climáticas da Terra
como é o caso, da tundra (formações vegetais características da zona subpolar do hemisfério
norte), da taiga (floresta boreal de coníferas), das estepes e das savanas (que no Brasil
correspondem aos cerrados).
      as FORMAÇÕES AZONAIS, isto é, aquelas que se desenvolvem acompanhando os
meridianos. São em geral orientadas no sentido Norte-Sul e se desenvolvem em função do papel
exercido por fatores climáticos. É o caso da Mata Atlântica e das caatingas, no Brasil, onde a
disposição do relevo interfere numa distribuição desigual das chuvas entre o litoral e o interior.
  Isso ocorre porque tanto a vegetação (flora) como os animais (fauna) se adaptam às condições
de temperatura e umidade, ou seja, das condições climáticas existentes em cada parcela da
superfície terrestre. Um dos principais exemplos de vegetação azonal é a vegetação de
montanhas que reproduz, em altitude, a mesma sequência de formações vegetais das zonas
térmicas: florestas, savanas, estepes e pradarias, tundra e neves eternas.
      Como as diferentes áreas também apresentam condições particulares de relevo, hidrografia
solos, podemos distinguir grandes conjuntos naturais: os DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS (DMC).
      No Brasil são identificados, de acordo com Ab’Saber, SEIS grandes domínios:
      AMAZÔNICO, recobre cerca de 50% do território brasileiro e se estende, também em
direção aos países vizinhos, formando a Amazônia sul americana. Identificado por um conjunto
de terras baixas, que formam planícies e baixos planaltos, de clima equatorial, sempre quente e
úmido que se apresenta recoberto pelas formações da Floresta Amazônica. Os rios formam
verdadeiros labirintos com seus afluentes, subafluentes e pequenos cursos d’água (drenagem
meândrica, labiríntica, anastomosada) que interferem nas características da vegetação aí
existente, e que refletem as condições ditadas pelos rios. Assim tem-se a mata do igapó, a mata
de várzea e a da terra firme.
      CERRADOS, ocupam a porção central do território brasileiro e formam o segundo maior
DMC do país. Apresenta um relevo de planaltos tabulares, regionalmente chamados de
chapadas, onde predomina o clima tropical com duas “estações”, a das chuvas de verão
(setembro a março) e das secas, nos meses de inverno (março a setembro). A alternância de
períodos chuvosos e secos interfere no regime dos rios e também nas características da
vegetação. Às margens dos rios, onde os solos são mais férteis, formam-se as matas galerias
mas, o que predomina são os cerrados, classificados como uma vegetação arbustiva e herbácea
que se apresenta em “andares”: uma vegetação rasteira, entremeada por árvores retorcidas, de
pequeno porte, que apresentam raízes profundas e tipos de folhas adaptadas aos “extremos”
climáticos. Os cerrados são uma vegetação zonal “prima” das savanas africanas. Até o início dos
anos de 1970, as áreas de cerrados eram usadas principalmente como pastagens. Seus solos
são rasos e, durante muito tempo foram considerados pobres e inadequados à prática agrícola.
Hoje com a utilização de recursos técnicos, como, por exemplo, a adição de calcário, tem sido
ocupados por culturas de exportação, com destaque para a soja e o milho.
      TROPICAL ATLÂNTICO é uma formação azonal e se estende ao longo do litoral brasileiro,
desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. É a porção de ocupação mais antiga do
território brasileiro, e por isso, bastante degradado pela ocupação humana, o que faz com que
menos de 10% de sua cobertura vegetal nativa tenha desaparecido em função da exploração
econômica(pau-brasil, cana de açúcar, café, cacau) bem como pela expansão urbana, já que é
nesta faixa que se localizam as maiores e principais cidades brasileiras e onde se concentra
cerca de 60% da população total do país.Esse domínio é também chamado de MARES DE
MORROS TROPICAIS ATLÂNTICOS, que caracteriza-se pela presença de antigos planaltos
cristalinos, delimitados por serras (do Mar, Borborema, entre outras) que formam o principal
conjunto de Terras Altas do país. As escarpas do relevo voltadas para o mar, recebem grande
quantidade de chuvas, o que favoreceu o desenvolvimento da MATA ATLÂNTICA e permitiu a
formação de solos muito férteis (como o massapé) planaltos. Os rios que nascem nas encostas
dos planaltos, em geral não são muito extensos, mas apresentam um elevado potencial
hidroelétrico, já que chegam ao sopé das serras e às planícies costeiras, formando cachoeiras e
quedas d’água.
      CAATINGAS localiza-se na porção central da Região Nordeste, o chamado SERTÃO. Ocupa
uma depressão interplanáltica que se caracteriza pela presença de rios temporários e
intermitentes, já que é uma área de clima TROPICAL SEMI-ÁRIDO, com chuvas escassas e
irregulares, responsável pelas secas periódicas que a caracterizam. Seus solos são rasos e
pedregosos o que dificulta a prática de atividades agrárias de grande porte. (Predomina a
agricultura familiar em pequenas propriedades, voltadas ou para a subsistência ou para o
mercado local e a criação de gado em grandes propriedades).
      ARAUCÁRIAS é um DMC cujas características estão relacionadas ao CLIMA SUBTROPICAL
e por isso, fazem parte de um Brasil ”diferente”, cujas características marcam a passagem das
regiões tipicamente tropicais para as áreas temperadas localizadas mais ao sul, já fora do
território brasileiro. A região é marcada pelas passagens constantes das massas polares, e por
isso, apresenta chuvas constantes e invernos bastante rigorosos com a ocorrência frequente de
geadas e eventuais quedas de neve. Devido às temperaturas mais amenas as araucárias
ocupam as partes mais elevadas dos planaltos regionais. Nas partes mais baixas a mata
subtropical e campos tendem a predominar. Com solos férteis essa região foi colonizada por
levas de imigrantes europeus que a ocuparam à base de pequenas propriedades familiares, onde
se pratica a policultura de alimentos e pecuária de suínos e aves. Os cursos d’água que cortam a
região fazem parte de duas grandes bacias hidrográficas: a do rio Paraná e Uruguai.
      PRADARIAS é o menor DMC brasileiro e se localiza no extremo sul do país. Suas
características naturais “anunciam” as áreas temperadas do hemisfério sul. Também chamados
de pampas ou CAMPANHA GAÚCHA, a região das pradarias se caracteriza por um relevo de
baixos planaltos, regionalmente chamados de coxilhas e por um clima de tipo subtropical, com
chuvas o ano todo e baixas temperaturas no inverno, em função das passagens das frentes
frias. È uma área onde desde o período colonial,pratica-se a pecuária extensiva de corte, voltada
para atender a região das Minas Gerais.
      Entre as principais formações e na “passagem” de uma zona climática para outra, formam-
se faixas de transição, onde se misturam elementos de uma ou mais formações. É o caso da
MATA dos COCAIS e do PANTANAL, por exemplo.
      A MATA DOS COCAIS aparece principalmente nos estados do Maranhão e Piauí, na
transição entre o clima equatorial úmido da Amazônia e o tropical semi-árido do Sertão do
Nordeste. Ela é formada principalmente por palmeiras, onde se destacam o BABAÇU (nas áreas
mais úmidas) e a CARNAÚBA, típica das áreas de clima mais seco.
      O PANTANAL é a principal zona de transição existente no Brasil. Suas características estão
diretamente ligadas à presença de uma grande planície aluvial, formada pelo rio Paraguai e seus
afluentes que dão origem a formas especiais de relevo: as baías, lagoas de água salgada e as
“cordilheiras”, terras baixas (menos de 200 metros de altitude) que ficam à salvo das
inundações dos rios. Seu clima é o tropical típico, responsável pelo regime de cheias e vazantes
dos rios e, apesar da cobertura vegetal predominante ser de gramíneas, usadas como
pastagens, há diferentes tipos de vegetação que reproduzem os principais tipos de vegetação do
Brasil. Assim, aparecem, especialmente em suas bordas, formações típicas da Amazônia, dos
cerrados e das matas tropicais. Sua atividade econômica predominante é a criação extensiva de
gado.
  Há ainda, as formações litorâneas (manguesais, restingas) que refletem as condições do
contorno do litoral e influência das marés.
      Tanto as diferenças climáticas como a cobertura vegetal, interferem no uso do solo
condicionando práticas ligadas à agropecuária e à extração vegetal, sendo responsáveis,
também, por uma certa zonalidade da produção. P/ex. culturas tropicais ou temperadas; criação
de ovinos, bovinos; extração de madeiras e/ou celulose, para citar os casos mais comuns.
  Para finalizar, considere que todos os elementos naturais aparecem de forma integrada e
refletem a interação das diferentes camadas que compõem o planeta e suas respectivas
dinâmicas, expressas na BIOSFERA. Seu uso econômico é responsável pelas inúmeras
“agressões” ao ambiente e aparecem sob a forma de impactos ambientais ligados aos
      desmatamentos, diferentes tipos de poluição e alterações de paisagens, que tendem a se
      acentuar com o crescimento demográfico e os processos urbano-industriais.
        Considerando a fragilidade dos ecossistemas, e que sua formação tem íntima relação com a
      formação e evolução do planeta, ao longo de mais de 4, 6 bilhões de anos, é inevitável a
      preocupação com as devastações provocadas pela ação humana, estabelecendo como prioridade
      a preservação e conservação dos recursos naturais.




01. A Troposfera corresponde à camada mais inferior da Atmosfera e é chamada de camada do clima.
Identifique as principais características desta camada e justifique sua designação.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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02. O ar está em constante movimento e se desloca sobre a superfície terrestre sofrendo alterações e
provocando a ocorrência de diferentes processos climáticos. Explique o papel das massas de ar e sua
(s) influência sobre o clima.
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__________________________________________________________________________________
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03. Massas de ar são porções da atmosfera que costumam se originar em áreas extensas e
homogêneas, como as planícies, os desertos e os oceanos.
 Sobre este assunto é correto afirmar que a massa de ar
 I. polar caracteriza-se por ser quente e úmida.
 II. tropical pode ser de dois tipos: marítima e continental.
 III. equatorial tem origem em áreas próximas ao Equador, tanto no continente como no oceano.
 IV. tropical forma-se em áreas de baixa pressão e caracteriza-se por ser quente e seca.
 V. polar tem como áreas de origem os oceanos (acima de 50º de latitude), a Antártida e os
continentes em torno do Círculo Polar Ártico.
 Estão corretas apenas
(A) I, II e IV.
(B) I, III e V.
(C) II, III e V.
(D) I, II e III.
(E) I, II, III,IV e V.

04. Observe a figura a seguir e assinale a(s) alternativa(s) correta (s)
I. O deslocamento das massas de ar ocorre pela diferença de pressão atmosférica nas diferentes
zonas da superfície terrestre. O movimento se dá de uma zona de alta pressão, anticiclonal, para uma
zona de baixa pressão, ciclonal.
 II. Na faixa de convergência entre os alísios de Nordeste e os de Sudeste, ocorrem as chamadas
chuvas orográficas, comuns em áreas de altas latitudes e elevadas altitudes.
 III. As massas de ar, ao se deslocarem perdem suas características originais. Um dos fatores que
provocam essas alterações é a altitude.
 IV. Na zona intertropical, ocorrem os chamados ventos alísios que se originam do deslocamento do ar
das áreas de alta pressão tropicais e subtropicais para as zonas de baixa pressão do equador.
 V. Os ventos que acompanham as chamadas entradas de “frentes” resultam do encontro de massas
de ar que apresentam a mesma pressão atmosférica, provocando intensos temporais quando são de
alta pressão.
 Estão corretas apenas
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e V.
(D) I, II e V.
(E) I, II, III, IV e V.

05. O climograma apresentado a seguir, corresponde a uma estação climática brasileira. Com relação
a ele pode-se afirmar que




(A) as temperaturas oscilam entre 18ºC a 20º C o que caracteriza o clima tropical de altitude, com
chuvas o ano todo devido aos efeitos do relevo.
(B) as estações são bem definidas, com elevado índice pluviométrico e elevada amplitude térmica, o
que caracteriza o clima subtropical.
(C) as chuvas abundantes e as pequenas oscilações térmicas refletem o clima equatorial existente na
maior parte da Amazônia brasileira.
(D) as temperaturas são elevadas, entre 20 e 25º, o período seco ocorre no inverno e o clima
representado é o do tipo tropical semi-úmido, que ocorre na maior parte do Brasil.
(E) as oscilações bruscas de temperatura e o predomínio de chuvas nos meses de verão
correspondem ao clima tropical de altitude.

06. Observando os tipos de chuvas que ocorrem, é correto afirmar que


                                                                     Figura 1




                                                                      Figura 2




                                                                      Figura 3



  I. a figura 1 é uma representação de chuva convectiva e a figura 2 é uma representação de chuva
frontal.
  II. a figura 1 é uma representação de chuva frontal e a figura 3 é uma representação de chuva de
convecção.
  III. a figura 1 é uma representação de chuva orográfica e a figura 3 é uma representação de chuva de
convecção.
  IV. a figura 2 é uma representação de chuva frontal e a figura 3 é uma representação de chuva
orográfica.
  V. a figura 1 é uma representação de chuva de convecção e a figura 3 é uma representação de chuva
orográfica.
  Estão corretas apenas
(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) III, IV e V.
(D) I, IV e V.
(E) II, III e V.

07. A Atmosfera é a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos os seus
movimentos, devido à força de gravidade.
  Sobre o papel desempenhado pela Atmosfera é correto afirmar que
(A) é na Troposfera que se concentra a maior parte da massa gasosa total, além de cerca da metade
do vapor d’água, daí ser considerada como a camada do clima.
(B) a Exosfera é a camada onde se concentra o ozônio, que funciona como um escudo protetor do
planeta, responsável pela absorção dos raios ultra violeta, prejudiciais à vida.
(C) como a energia solar é absorvida diretamente pela a Atmosfera forma-se na camada
intermediária, a Mesosfera, nuvens responsáveis pela distribuição das chuvas e dos ventos.
(D) o movimento de translação não interfere nas condições climáticas da Terra porque não exerce
influência nos mecanismos de aquecimento e deslocamento do ar.

08. (UFMS, adaptada) Existem diferentes fatores que influenciam no clima, entre eles o relevo.
Indique qual (is) afirmação (ões) que apresenta (m), corretamente, a (s) influência (s) do relevo no
clima.
  I. variação da temperatura devido à proximidade ou à distância de grandes corpos de água.
  II. influência na concentração/distribuição de umidade, facilitando ou dificultando as precipitações.
  III. influência na circulação de massas de ar quentes ou frias.
  IV. diminuição da temperatura pela altitude: quanto maior a altitude menos intensa é a irradiação
solar e a temperatura.
  V. influência pela latitude: quanto mais longe do Equador, menores são as temperaturas.
  Estão corretas apenas
(A) I, II e III.
(B) I, III e V.
(C) II, III e V.
(D) II, III e IV.
(E) III, IV e V.

09. A temperatura do ar varia de um lugar para outro e em uma mesma localidade, em função dos
fatores que influenciam sua distribuição.
      Sobre este assunto, assinale V ou F, conforme for o caso
                 a latitude interfere sobre o volume de insolação que o lugar recebe, o que explica a
       V    F    existência de Zonas Térmicas sobre a superfície terrestre.

                    a maior ou menor proximidade com as massas hídricas influencia na quantidade de
      V      F      calor absorvido o que explica as diferenças térmicas e as condições de umidade
                    relacionados aos efeitos de maritimidade e continentalidade.

                    o relevo não influencia diretamente nas condições de temperatura embora seja
      V     F
                    importante na distribuição da umidade, porque é responsável pelas chuvas
                    convectivas.

                    os ventos predominantes e as correntes marítimas influenciam a temperatura porque
      V     F       transportam frio ou calor de uma área para outra, condicionando os mecanismos
                    climáticos gerais.

                    as condições de temperatura interferem na pressão atmosférica, o que justifica os
      V     F       deslocamentos de ar das áreas de baixa pressão quentes, para as áreas de alta
                    pressão mais frias.
10. (UFPE, adaptada) Em relação à vegetação do Brasil pode-se afirmar que
                a grande extensão territorial e a diversidade morfoclimática do Brasil, explicam sua
      V    F grande riqueza vegetal, com predomínio de florestas e cerrados.
                    a formação vegetal que melhor caracteriza o Sudeste brasileiro é o cerrado, com suas
       V     F      árvores tortuosas e arbustos, associados a uma vegetação baixa, onde predominam as
                    gramíneas.

                    o Pantanal apresenta uma vegetação complexa onde estão presentes desde espécies
       V     F      típicas da Amazônia, como matas tropicais, além de formações típicas da área como
                    as palmeiras e campos inundáveis.

                    a caatinga é a vegetação que caracteriza o Sertão Nordestino. É uma formação
       V     F      vegetal adaptada à presença de solos rasos e pedregosos e ao clima tropical semi-
                    árido, com chuvas escassas e irregulares.

                    os campos da Campanha Gaúcha ocupam grandes extensões de terrenos baixos e
      V      F      ondulados, denominados coxilhas que são utilizados para a criação de gado.



11.Faça um desenho esquemático do ciclo da água e explique como ele interfere na caracterização
climática. (divirta-se!)
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________


12. Explique por que se diz que a vegetação é um reflexo do clima.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________________
13. Do ponto de vista da área ocupada, qual é o principal tipo de vegetação que existe no planeta?
Qual o que tem sido mais explorado pela ação humana? Justifique.
 _________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________




    01. É na Troposfera que ocorrem os mecanismos de subida e descida do ar atmosférico, graças
principalmente ao ciclo hidrológico, que se traduzem em precipitações, que influenciam nos diferentes
tipos de clima.
    02. As massas de ar expressam os processos de “trocas” constantes entre o ar frio, que se origina
nos polos e se desloca, em superfície, em direção à área equatorial, alterando as condições de
temperatura, umidade e pressão; e o ar quente que ao chegar na área equatorial sobe provocando
deslocamentos em altitude que realimentam o “circuito” das trocas, permitindo a formação de novas
massas de ar em deslocamneto.
    03. C
    04. B
    05. D
    06. D
    07. A
    08. D
    09. V, V, F, V. F.
    10. V, F, V. V. V.
    11. É através do ciclo da água que se evidenciam os principais processos climáticos: evaporação
(umidade), condensação (formação de nuvens) e as precipitações que condicionam as condições de
maior ou menor umidade sobre a superfície, qu, por sua vez, condicionam a formação das diferentes
paisagens vegetais..
    12. Como o desenvolvimento das plantas depende das condições de temperatura e umidade, cada
tipo de clima apresenta tipos de vegetação característicos, adaptados a estas condições. É o que
ocorre, por exemplo, com os tipos de folhas (latifoliadas/ aciculifoliadas, espinhos) com os tipos de
tronco (mais ou menos lenhosos)... Como as condições climáticas gerais ocorrem em grandes
extensões tem-se ora a formação de florestas, ora de cerrados/savanas ou ainda das formações como
as estepes e pradarias.
    13. São as florestas, tanto as equatoriais (Amazônia, Congo, Indonésia) como as tropicais (Mata
Atlântica, mata da bacia do rio Paraná, ou ainda, as matas galerias), seguidas pelas formações de
savanas e cerrados.. A exploração é maior nas florestas, principalmente para obtenção de madeiras.

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  • 1. Nota de aula 03 :Dinâmica Climática Nome: N0: TU: Profa. Nilza Ensino Médio DINÂMICA CLIMÁTICA E PASAGENS CLIMATOBOTÂNICAS Objetivos: a) identificar as interações entre as principais camadas da Terra e os processos climáticos resultantes; b) identificar elementos e fatores climáticos e seu papel na caracterização das paisagens naturais; c) caracterizar a dinâmica climática através da ação das massas de ar e dos principais tipos de clima; d) relacionar os diferentes tipos de clima e a vegetação associada; e) relacionar as paisagens naturais ao potencial de recursos e seu uso econômico. INTRODUÇÃO A Terra apresenta diferentes camadas resultantes de seu processo de evolução. Essas camadas são: Litosfera Hidosfera Atmosfera que se “combinam” para formar a Biosfera. Como as camadas interagem umas com as outras, a Atmosfera, apresenta características que refletem essa interação, expressas, por exemplo, nas condições de TEMPERATURA (quantidade de calorias existente no ar) UMIDADE (quantidade de vapor d’água), que associadas à PRESSÃO (“peso” da Atmosfera sobre a superfície terrestre), irão interferir nos processos climáticos de nosso planeta. A forma da Terra e os movimentos que ela executa no espaço, também irão interferir em sua dinâmica, fazendo com que o ar se desloque sobre a superfície terrestre (em função das diferenças de pressão), sofrendo alterações constantes, em função das várias configurações da superfície. Ao mesmo tempo, as condições de temperatura e umidade são acionadas a partir da energia que emana do Sol. Os raios solares atravessam a Atmosfera, atingem a superfície que absorve diferencialmente a luz e o calor (albedo). Parte do calor é refletido para a Atmosfera desenvolvendo um “circuito” de ar quente que sobe e ar frio que tende a descer, “empurrando” as massas de ar das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. É a CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA. Essas massas de ar que sobem carregam com elas parte do vapor d’água resultante da evaporação e se condensam formando nuvens e realimentando o chamado ciclo da água. Essas alterações podem ser: diárias ou sazonais; locais ou regionais, zonais e planetárias Assim, podemos dizer que essas alterações geram “tipos de comportamento” ligados às condições de temperatura, umidade e pressão e irão criar certas condições de TEMPO (ou seja, as condições da Atmosfera, num determinado local, num determinado dia e hora), que por sua vez, irão criar diferentes TIPOS DE CLIMA. É esse conjunto de condições dinâmicas o responsável pelos diferentes TIPOS DE CLIMA, (que na realidade representam a sucessão habitual dos tipos de tempo) existentes no planeta. Daí sua importância para o conjunto de atividades humanas, pois interferem, direta ou indiretamente, no uso do espaço e nos processos produtivos. Nosso planeta, a Terra, é movido a energia solar. Ao atingirem a superfície terrestre, os raios solares desencadeiam um conjunto de processos que afetam a Atmosfera envolvente, as massas líquidas existentes e provocam modificações na forma e na “aparência” geral da Litosfera. Ao penetrarem na Atmosfera terrestre, os raios solares aquecem a superfície e esse calor se irradia provocando certas condições de temperatura, que irão depender da “capacidade” de absorção dos corpos que se encontram na superfície terrestre - é o albedo. Ao mesmo tempo, com o aquecimento inicia-se o CICLO DA ÁGUA que através da evaporação, condensação, precipitação, escoamento e infiltração é responsável pela umidade do
  • 2. ar e, portanto, na formação (ou ausência) de precipitações, identificadoras do clima. Ainda em função das variações de temperatura, provocadas pela absorção dos raios solares, o ar se movimenta, deslocando grandes “porções” de atmosfera, tanto junto ao solo como em altitude. Como a camada atmosférica exerce pressão (“peso”) sobre a superfície, isso favorece o aparecimento de áreas de alta pressão (anti-ciclonais) e de baixa pressão (ciclonais), que respectivamente dispersam ventos e “recebem” ventos. A movimentação do ar, torna-se assim responsável pelas trocas constantes de calor e umidade tanto na superfície como em altitude, transportando calor e umidade entre as diferentes partes do planeta. Os efeitos desses processos são perceptíveis, de imediato na Atmosfera, especialmente na camada mais baixa, que se encontra junto à superfície e se estende até aproximadamente 10 km: é a TROPOSFERA, ou camada do movimento onde ocorrem os principais mecanismos climáticos. Assim, a temperatura, a umidade e a pressão são consideradas como ELEMENTOS CLIMÁTICOS. Eles podem ser considerados como verdadeiros “três em um” à medida que cada um deles afeta os demais e é influenciado por eles. Como a superfície terrestre é irregular e muito diferenciada, há um conjunto de FATORES CLIMÁTICOS que atuam alterando ainda mais essas condições. Assim, a latitude, a altitude e a disposição do relevo, a distribuição entre massas líquidas e sólidas, a presença ou ausência de cobertura vegetal, as estações do ano, a cor da superfície, os solos, as correntes marítimas, ou o aquecimento geral das massas oceânicas (El Niño) ou seu resfriamento (La Neña), “trabalham” alterando as condições de temperatura, de umidade e interferindo na ação dos ventos. A CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA Os raios solares incidem diferencialmente sobre a superfície terrestre, em função de fatores como: Esfericidade da Terra Inclinação do eixo terrestre Os movimentos da Terra (dias/noites; estações do ano) Distribuição de massas sólidas e líquidas, A configuração e as formas de relevo, A cobertura vegetal..... São os FATORES CLIMÁTICOS que irão influenciar nas condições gerais tanto do tempo como na caracterização climática de cada parte da superfície terrestre. Por isso, o ar, em contato com a superfície tenderá a apresentar características diferentes de TEMPERATURA, UMIDADE e PRESSÃO, chamados de ELEMENTOS CLIMÁTICOS, que variam em função de seus deslocamentos sobre a superfície terrestre. Chamamos de ELEMENTOS CLIMÁTICOS a temperatura, a umidade e a pressão que acionam os ventos (ou seja, a movimentação do ar), e que se modificam constantemente em função de um conjunto de FATORES CLIMÁTICOS. AS MASSAS DE AR Em função dessas condições gerais, grandes ‘porções’ de ar, ou MASSAS DE AR, se deslocam sobre a superfície, obedecendo certos ritmos e frequências previsíveis. As “porções” de atmosfera se movimentam sobre a superfície, por várias centenas e milhares de quilômetros, e são chamadas de MASSAS DE AR. Elas são responsáveis pelas características dos diferentes tipos de tempo e responsáveis pelos diferentes tipos de climas de cada pedaço da superfície, e estão constantemente se modificando, à medida que realizam trocas de calor e umidade entre si. Como regra geral as massas de ar têm origem em determinadas áreas do planeta e suas características dependem das condições da área de contato/deslocamento, além disso, elas percorrem “rotas” mais ou menos definidas. Sua passagem irá, assim, marcar fortemente as condições de temperatura, umidade e ventos das áreas afetadas. Por isso, distinguimos três grandes “famílias” de massas de ar: Polares – que, como o nome indica, formam-se nas áreas polares, ou em suas proximidades, onde predominam altas pressões. São frias e secas e se deslocam em direção às áreas equatoriais, mais quentes e de baixa pressão. Ao longo do “trajeto” suas características iniciais de temperatura e umidade são modificadas pelos fatores climáticos. Embora atue
  • 3. principalmente nos meses de inverno, elas podem ocorrer em qualquer época do ano, provocando bruscas quedas de temperatura (ondas de frio). Tropicais – podem ser formadas em áreas de alta pressão (sobre os oceanos) ou de baixa pressão (no interior dos continentes). São quentes e podem ser secas ou úmidas. Como funcionam como grandes “ventiladores” elas redistribuem o ar efetuando “trocas” entre o ar frio, originado nos polos, e o ar quente vindo das áreas equatoriais. Às massas de ar tropical estão ligados ventos constantes – os alísios. Suas condições originais de temperatura e umidade também sofrem modificações em função dos fatores climáticos (p/ex. são mais úmidas junto aos litorais e mais secas no interior; são mais quentes nas áreas de baixa altitude e mais frias nas áreas mais elevadas...) Equatoriais – formam a terceira “grande família” das massas de ar. Na verdade, a área equatorial se caracteriza como o “ponto de encontro” das massas de ar que atuam na superfície. Daí ser considerada como a área da CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL. As massas de ar equatoriais são, em geral, quentes e úmidas, e sua expansão máxima ocorre nos meses de verão. Devido à diferença das estações do ano, nos dois hemisférios, ela oscila, ora para o norte (quando é verão por lá) ora para o sul (quando é verão por aqui). Quando as massas de ar chegam ao Equador (ou em suas vizinhanças), as temperaturas elevadas fazem com que o ar suba, dando origem a um processo invertido: o ar passa a se deslocar, em altitude, em direção aos polos. Essa dinâmica é responsável pelos diferentes TIPOS DE TEMPO (isto é, o aqui e agora das condições de temperatura, umidade e ventos). Como a ação das massas de ar é constante, ocorre a sucessão habitual dos tipos de tempo que caracteriza os diferentes TIPOS DE CLIMA. A compreensão dos tipos de clima é feita através do uso de CLIMOGRAMAS que servem para demonstrar os “arranjos” da temperatura e umidade, num dado local e demonstram a “sucessão habitual dos tipos de tempo”. Daí sua importância. Como no caso das massas de ar temos “famílias” de tipos de clima: Polares, temperados, tropicais, equatoriais e desérticos que podem apresentar grandes variações entre si, seja em função da dinâmica das massas de ar que atuam em cada uma dessas Zonas Térmicas, seja em função dos fatores climáticos existentes. Considerando as condições “especiais” dos diferentes tipos de clima, desenvolvem-se diferentes ecossistemas, identificados a partir da cobertura vegetal e da fauna que abrigam. Assim, reconhecemos dois grandes conjuntos: as formações zonais que se dispõem ao longo dos paralelos, e se desenvolvem acompanhando as zonas climáticas (polar, temperada, intertropical) que se apresentam (na verdade se apresentavam) ocupando grandes áreas, como é o caso das florestas (equatoriais, temperadas e boreal, ou taiga), dos cerrados e savanas, típicos das áreas tropicais ou das estepes e pradarias (campos, campanha, pampa), típicos das zonas temperadas. Nas zonas polares, onde as condições climáticas são muito rigorosas, praticamente não tem vegetação, a não ser num curto período de tempo (verão, degelo), quando se desenvolve uma vegetação muito rala, chamada de tundra, mais comum no hemisfério norte, nas zonas sub-polares. EM RESUMO: as MASSAS DE AR apresentam condições que as identificam com suas áreas de origem, e se modificam em função das condições locais, encontradas ao longo de seus deslocamentos. São esses deslocamentos que são chamados de CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA Originam-se em áreas de ALTA PRESSÃO e se deslocam para áreas de BAIXA PRESSÃO. Como regra geral, as massas de ar se deslocam na superfície terrestre dos polos em direção ao Equador, gerando os ventos alísios (definidos como ventos constantes que se deslocam dos centros de alta pressão tropicais para os centros de baixa pressão equatoriais) e retornam em altitude realimentando o ciclo de deslocamento (os contra alísios). As massas de ar podem ser: POLARES TROPICAIS EQUATORIAIS No Brasil, as massas de ar, tropicais, equatoriais e a polar, atuam durante todo ano e são responsáveis pelas características climáticas gerais, dos climas brasileiros. Apesar das constantes modificações, os TIPOS DE TEMPO, criam padrões definidos, por exemplo, épocas de chuvas ou secas; épocas mais quentes ou mais frias...
  • 4. São esses padrões servem de base para constatarmos a ‘sucessão habitual dos tipos de tempo (ou seja o CLIMA). Assim, é através da atuação das massas de ar que encontramos diferentes TIPOS DE CLIMAS em nosso país, responsáveis pela distribuição anual das chuvas e pelas variações de temperatura Os principais tipos de clima do Brasil, são o equatorial, o tropical e o subtropical, que apresentam variações ditadas pela distribuição anual das chuvas e das temperaturas., ou seja, há um predomínio de climas quentes e úmidos que serão analisados em função de diferentes CLIMOGRAMAS, que permitem estabelecer as classificações climáticas, neste caso baseadas em Sthraler, que leva em conta a dinâmica das massas de ar e sua atuação ao longo dos anos. AS PAISAGENS CLIMATOBOTÂNICAS Os climas são os principais responsáveis pela caracterização das paisagens climatobotânicas. As paisagens climatobotânicas podem ser de dois tipos principais: as FORMAÇÕES ZONAIS, ou seja aquelas que acompanham as zonas climáticas da Terra como é o caso, da tundra (formações vegetais características da zona subpolar do hemisfério norte), da taiga (floresta boreal de coníferas), das estepes e das savanas (que no Brasil correspondem aos cerrados). as FORMAÇÕES AZONAIS, isto é, aquelas que se desenvolvem acompanhando os meridianos. São em geral orientadas no sentido Norte-Sul e se desenvolvem em função do papel exercido por fatores climáticos. É o caso da Mata Atlântica e das caatingas, no Brasil, onde a disposição do relevo interfere numa distribuição desigual das chuvas entre o litoral e o interior. Isso ocorre porque tanto a vegetação (flora) como os animais (fauna) se adaptam às condições de temperatura e umidade, ou seja, das condições climáticas existentes em cada parcela da superfície terrestre. Um dos principais exemplos de vegetação azonal é a vegetação de montanhas que reproduz, em altitude, a mesma sequência de formações vegetais das zonas térmicas: florestas, savanas, estepes e pradarias, tundra e neves eternas. Como as diferentes áreas também apresentam condições particulares de relevo, hidrografia solos, podemos distinguir grandes conjuntos naturais: os DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS (DMC). No Brasil são identificados, de acordo com Ab’Saber, SEIS grandes domínios: AMAZÔNICO, recobre cerca de 50% do território brasileiro e se estende, também em direção aos países vizinhos, formando a Amazônia sul americana. Identificado por um conjunto de terras baixas, que formam planícies e baixos planaltos, de clima equatorial, sempre quente e úmido que se apresenta recoberto pelas formações da Floresta Amazônica. Os rios formam verdadeiros labirintos com seus afluentes, subafluentes e pequenos cursos d’água (drenagem meândrica, labiríntica, anastomosada) que interferem nas características da vegetação aí existente, e que refletem as condições ditadas pelos rios. Assim tem-se a mata do igapó, a mata de várzea e a da terra firme. CERRADOS, ocupam a porção central do território brasileiro e formam o segundo maior DMC do país. Apresenta um relevo de planaltos tabulares, regionalmente chamados de chapadas, onde predomina o clima tropical com duas “estações”, a das chuvas de verão (setembro a março) e das secas, nos meses de inverno (março a setembro). A alternância de períodos chuvosos e secos interfere no regime dos rios e também nas características da vegetação. Às margens dos rios, onde os solos são mais férteis, formam-se as matas galerias mas, o que predomina são os cerrados, classificados como uma vegetação arbustiva e herbácea que se apresenta em “andares”: uma vegetação rasteira, entremeada por árvores retorcidas, de pequeno porte, que apresentam raízes profundas e tipos de folhas adaptadas aos “extremos” climáticos. Os cerrados são uma vegetação zonal “prima” das savanas africanas. Até o início dos anos de 1970, as áreas de cerrados eram usadas principalmente como pastagens. Seus solos são rasos e, durante muito tempo foram considerados pobres e inadequados à prática agrícola. Hoje com a utilização de recursos técnicos, como, por exemplo, a adição de calcário, tem sido ocupados por culturas de exportação, com destaque para a soja e o milho. TROPICAL ATLÂNTICO é uma formação azonal e se estende ao longo do litoral brasileiro, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. É a porção de ocupação mais antiga do território brasileiro, e por isso, bastante degradado pela ocupação humana, o que faz com que menos de 10% de sua cobertura vegetal nativa tenha desaparecido em função da exploração econômica(pau-brasil, cana de açúcar, café, cacau) bem como pela expansão urbana, já que é nesta faixa que se localizam as maiores e principais cidades brasileiras e onde se concentra cerca de 60% da população total do país.Esse domínio é também chamado de MARES DE
  • 5. MORROS TROPICAIS ATLÂNTICOS, que caracteriza-se pela presença de antigos planaltos cristalinos, delimitados por serras (do Mar, Borborema, entre outras) que formam o principal conjunto de Terras Altas do país. As escarpas do relevo voltadas para o mar, recebem grande quantidade de chuvas, o que favoreceu o desenvolvimento da MATA ATLÂNTICA e permitiu a formação de solos muito férteis (como o massapé) planaltos. Os rios que nascem nas encostas dos planaltos, em geral não são muito extensos, mas apresentam um elevado potencial hidroelétrico, já que chegam ao sopé das serras e às planícies costeiras, formando cachoeiras e quedas d’água. CAATINGAS localiza-se na porção central da Região Nordeste, o chamado SERTÃO. Ocupa uma depressão interplanáltica que se caracteriza pela presença de rios temporários e intermitentes, já que é uma área de clima TROPICAL SEMI-ÁRIDO, com chuvas escassas e irregulares, responsável pelas secas periódicas que a caracterizam. Seus solos são rasos e pedregosos o que dificulta a prática de atividades agrárias de grande porte. (Predomina a agricultura familiar em pequenas propriedades, voltadas ou para a subsistência ou para o mercado local e a criação de gado em grandes propriedades). ARAUCÁRIAS é um DMC cujas características estão relacionadas ao CLIMA SUBTROPICAL e por isso, fazem parte de um Brasil ”diferente”, cujas características marcam a passagem das regiões tipicamente tropicais para as áreas temperadas localizadas mais ao sul, já fora do território brasileiro. A região é marcada pelas passagens constantes das massas polares, e por isso, apresenta chuvas constantes e invernos bastante rigorosos com a ocorrência frequente de geadas e eventuais quedas de neve. Devido às temperaturas mais amenas as araucárias ocupam as partes mais elevadas dos planaltos regionais. Nas partes mais baixas a mata subtropical e campos tendem a predominar. Com solos férteis essa região foi colonizada por levas de imigrantes europeus que a ocuparam à base de pequenas propriedades familiares, onde se pratica a policultura de alimentos e pecuária de suínos e aves. Os cursos d’água que cortam a região fazem parte de duas grandes bacias hidrográficas: a do rio Paraná e Uruguai. PRADARIAS é o menor DMC brasileiro e se localiza no extremo sul do país. Suas características naturais “anunciam” as áreas temperadas do hemisfério sul. Também chamados de pampas ou CAMPANHA GAÚCHA, a região das pradarias se caracteriza por um relevo de baixos planaltos, regionalmente chamados de coxilhas e por um clima de tipo subtropical, com chuvas o ano todo e baixas temperaturas no inverno, em função das passagens das frentes frias. È uma área onde desde o período colonial,pratica-se a pecuária extensiva de corte, voltada para atender a região das Minas Gerais. Entre as principais formações e na “passagem” de uma zona climática para outra, formam- se faixas de transição, onde se misturam elementos de uma ou mais formações. É o caso da MATA dos COCAIS e do PANTANAL, por exemplo. A MATA DOS COCAIS aparece principalmente nos estados do Maranhão e Piauí, na transição entre o clima equatorial úmido da Amazônia e o tropical semi-árido do Sertão do Nordeste. Ela é formada principalmente por palmeiras, onde se destacam o BABAÇU (nas áreas mais úmidas) e a CARNAÚBA, típica das áreas de clima mais seco. O PANTANAL é a principal zona de transição existente no Brasil. Suas características estão diretamente ligadas à presença de uma grande planície aluvial, formada pelo rio Paraguai e seus afluentes que dão origem a formas especiais de relevo: as baías, lagoas de água salgada e as “cordilheiras”, terras baixas (menos de 200 metros de altitude) que ficam à salvo das inundações dos rios. Seu clima é o tropical típico, responsável pelo regime de cheias e vazantes dos rios e, apesar da cobertura vegetal predominante ser de gramíneas, usadas como pastagens, há diferentes tipos de vegetação que reproduzem os principais tipos de vegetação do Brasil. Assim, aparecem, especialmente em suas bordas, formações típicas da Amazônia, dos cerrados e das matas tropicais. Sua atividade econômica predominante é a criação extensiva de gado. Há ainda, as formações litorâneas (manguesais, restingas) que refletem as condições do contorno do litoral e influência das marés. Tanto as diferenças climáticas como a cobertura vegetal, interferem no uso do solo condicionando práticas ligadas à agropecuária e à extração vegetal, sendo responsáveis, também, por uma certa zonalidade da produção. P/ex. culturas tropicais ou temperadas; criação de ovinos, bovinos; extração de madeiras e/ou celulose, para citar os casos mais comuns. Para finalizar, considere que todos os elementos naturais aparecem de forma integrada e refletem a interação das diferentes camadas que compõem o planeta e suas respectivas dinâmicas, expressas na BIOSFERA. Seu uso econômico é responsável pelas inúmeras
  • 6. “agressões” ao ambiente e aparecem sob a forma de impactos ambientais ligados aos desmatamentos, diferentes tipos de poluição e alterações de paisagens, que tendem a se acentuar com o crescimento demográfico e os processos urbano-industriais. Considerando a fragilidade dos ecossistemas, e que sua formação tem íntima relação com a formação e evolução do planeta, ao longo de mais de 4, 6 bilhões de anos, é inevitável a preocupação com as devastações provocadas pela ação humana, estabelecendo como prioridade a preservação e conservação dos recursos naturais. 01. A Troposfera corresponde à camada mais inferior da Atmosfera e é chamada de camada do clima. Identifique as principais características desta camada e justifique sua designação. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 02. O ar está em constante movimento e se desloca sobre a superfície terrestre sofrendo alterações e provocando a ocorrência de diferentes processos climáticos. Explique o papel das massas de ar e sua (s) influência sobre o clima. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 03. Massas de ar são porções da atmosfera que costumam se originar em áreas extensas e homogêneas, como as planícies, os desertos e os oceanos. Sobre este assunto é correto afirmar que a massa de ar I. polar caracteriza-se por ser quente e úmida. II. tropical pode ser de dois tipos: marítima e continental. III. equatorial tem origem em áreas próximas ao Equador, tanto no continente como no oceano. IV. tropical forma-se em áreas de baixa pressão e caracteriza-se por ser quente e seca. V. polar tem como áreas de origem os oceanos (acima de 50º de latitude), a Antártida e os continentes em torno do Círculo Polar Ártico. Estão corretas apenas (A) I, II e IV. (B) I, III e V. (C) II, III e V. (D) I, II e III. (E) I, II, III,IV e V. 04. Observe a figura a seguir e assinale a(s) alternativa(s) correta (s)
  • 7. I. O deslocamento das massas de ar ocorre pela diferença de pressão atmosférica nas diferentes zonas da superfície terrestre. O movimento se dá de uma zona de alta pressão, anticiclonal, para uma zona de baixa pressão, ciclonal. II. Na faixa de convergência entre os alísios de Nordeste e os de Sudeste, ocorrem as chamadas chuvas orográficas, comuns em áreas de altas latitudes e elevadas altitudes. III. As massas de ar, ao se deslocarem perdem suas características originais. Um dos fatores que provocam essas alterações é a altitude. IV. Na zona intertropical, ocorrem os chamados ventos alísios que se originam do deslocamento do ar das áreas de alta pressão tropicais e subtropicais para as zonas de baixa pressão do equador. V. Os ventos que acompanham as chamadas entradas de “frentes” resultam do encontro de massas de ar que apresentam a mesma pressão atmosférica, provocando intensos temporais quando são de alta pressão. Estão corretas apenas (A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) II, III e V. (D) I, II e V. (E) I, II, III, IV e V. 05. O climograma apresentado a seguir, corresponde a uma estação climática brasileira. Com relação a ele pode-se afirmar que (A) as temperaturas oscilam entre 18ºC a 20º C o que caracteriza o clima tropical de altitude, com chuvas o ano todo devido aos efeitos do relevo. (B) as estações são bem definidas, com elevado índice pluviométrico e elevada amplitude térmica, o que caracteriza o clima subtropical. (C) as chuvas abundantes e as pequenas oscilações térmicas refletem o clima equatorial existente na maior parte da Amazônia brasileira. (D) as temperaturas são elevadas, entre 20 e 25º, o período seco ocorre no inverno e o clima representado é o do tipo tropical semi-úmido, que ocorre na maior parte do Brasil.
  • 8. (E) as oscilações bruscas de temperatura e o predomínio de chuvas nos meses de verão correspondem ao clima tropical de altitude. 06. Observando os tipos de chuvas que ocorrem, é correto afirmar que Figura 1 Figura 2 Figura 3 I. a figura 1 é uma representação de chuva convectiva e a figura 2 é uma representação de chuva frontal. II. a figura 1 é uma representação de chuva frontal e a figura 3 é uma representação de chuva de convecção. III. a figura 1 é uma representação de chuva orográfica e a figura 3 é uma representação de chuva de convecção. IV. a figura 2 é uma representação de chuva frontal e a figura 3 é uma representação de chuva orográfica. V. a figura 1 é uma representação de chuva de convecção e a figura 3 é uma representação de chuva orográfica. Estão corretas apenas (A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) III, IV e V. (D) I, IV e V. (E) II, III e V. 07. A Atmosfera é a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos os seus movimentos, devido à força de gravidade. Sobre o papel desempenhado pela Atmosfera é correto afirmar que (A) é na Troposfera que se concentra a maior parte da massa gasosa total, além de cerca da metade do vapor d’água, daí ser considerada como a camada do clima. (B) a Exosfera é a camada onde se concentra o ozônio, que funciona como um escudo protetor do planeta, responsável pela absorção dos raios ultra violeta, prejudiciais à vida. (C) como a energia solar é absorvida diretamente pela a Atmosfera forma-se na camada intermediária, a Mesosfera, nuvens responsáveis pela distribuição das chuvas e dos ventos. (D) o movimento de translação não interfere nas condições climáticas da Terra porque não exerce influência nos mecanismos de aquecimento e deslocamento do ar. 08. (UFMS, adaptada) Existem diferentes fatores que influenciam no clima, entre eles o relevo. Indique qual (is) afirmação (ões) que apresenta (m), corretamente, a (s) influência (s) do relevo no clima. I. variação da temperatura devido à proximidade ou à distância de grandes corpos de água. II. influência na concentração/distribuição de umidade, facilitando ou dificultando as precipitações. III. influência na circulação de massas de ar quentes ou frias. IV. diminuição da temperatura pela altitude: quanto maior a altitude menos intensa é a irradiação solar e a temperatura. V. influência pela latitude: quanto mais longe do Equador, menores são as temperaturas. Estão corretas apenas (A) I, II e III. (B) I, III e V.
  • 9. (C) II, III e V. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. 09. A temperatura do ar varia de um lugar para outro e em uma mesma localidade, em função dos fatores que influenciam sua distribuição. Sobre este assunto, assinale V ou F, conforme for o caso a latitude interfere sobre o volume de insolação que o lugar recebe, o que explica a V F existência de Zonas Térmicas sobre a superfície terrestre. a maior ou menor proximidade com as massas hídricas influencia na quantidade de V F calor absorvido o que explica as diferenças térmicas e as condições de umidade relacionados aos efeitos de maritimidade e continentalidade. o relevo não influencia diretamente nas condições de temperatura embora seja V F importante na distribuição da umidade, porque é responsável pelas chuvas convectivas. os ventos predominantes e as correntes marítimas influenciam a temperatura porque V F transportam frio ou calor de uma área para outra, condicionando os mecanismos climáticos gerais. as condições de temperatura interferem na pressão atmosférica, o que justifica os V F deslocamentos de ar das áreas de baixa pressão quentes, para as áreas de alta pressão mais frias. 10. (UFPE, adaptada) Em relação à vegetação do Brasil pode-se afirmar que a grande extensão territorial e a diversidade morfoclimática do Brasil, explicam sua V F grande riqueza vegetal, com predomínio de florestas e cerrados. a formação vegetal que melhor caracteriza o Sudeste brasileiro é o cerrado, com suas V F árvores tortuosas e arbustos, associados a uma vegetação baixa, onde predominam as gramíneas. o Pantanal apresenta uma vegetação complexa onde estão presentes desde espécies V F típicas da Amazônia, como matas tropicais, além de formações típicas da área como as palmeiras e campos inundáveis. a caatinga é a vegetação que caracteriza o Sertão Nordestino. É uma formação V F vegetal adaptada à presença de solos rasos e pedregosos e ao clima tropical semi- árido, com chuvas escassas e irregulares. os campos da Campanha Gaúcha ocupam grandes extensões de terrenos baixos e V F ondulados, denominados coxilhas que são utilizados para a criação de gado. 11.Faça um desenho esquemático do ciclo da água e explique como ele interfere na caracterização climática. (divirta-se!)
  • 10. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 12. Explique por que se diz que a vegetação é um reflexo do clima. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 13. Do ponto de vista da área ocupada, qual é o principal tipo de vegetação que existe no planeta? Qual o que tem sido mais explorado pela ação humana? Justifique. _________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 01. É na Troposfera que ocorrem os mecanismos de subida e descida do ar atmosférico, graças principalmente ao ciclo hidrológico, que se traduzem em precipitações, que influenciam nos diferentes tipos de clima. 02. As massas de ar expressam os processos de “trocas” constantes entre o ar frio, que se origina nos polos e se desloca, em superfície, em direção à área equatorial, alterando as condições de temperatura, umidade e pressão; e o ar quente que ao chegar na área equatorial sobe provocando deslocamentos em altitude que realimentam o “circuito” das trocas, permitindo a formação de novas massas de ar em deslocamneto. 03. C 04. B 05. D 06. D 07. A 08. D 09. V, V, F, V. F. 10. V, F, V. V. V. 11. É através do ciclo da água que se evidenciam os principais processos climáticos: evaporação (umidade), condensação (formação de nuvens) e as precipitações que condicionam as condições de maior ou menor umidade sobre a superfície, qu, por sua vez, condicionam a formação das diferentes paisagens vegetais.. 12. Como o desenvolvimento das plantas depende das condições de temperatura e umidade, cada tipo de clima apresenta tipos de vegetação característicos, adaptados a estas condições. É o que ocorre, por exemplo, com os tipos de folhas (latifoliadas/ aciculifoliadas, espinhos) com os tipos de tronco (mais ou menos lenhosos)... Como as condições climáticas gerais ocorrem em grandes extensões tem-se ora a formação de florestas, ora de cerrados/savanas ou ainda das formações como as estepes e pradarias. 13. São as florestas, tanto as equatoriais (Amazônia, Congo, Indonésia) como as tropicais (Mata Atlântica, mata da bacia do rio Paraná, ou ainda, as matas galerias), seguidas pelas formações de savanas e cerrados.. A exploração é maior nas florestas, principalmente para obtenção de madeiras.