2. Nomes: N°
Bárbara Rodrigues 03
Camila Alves 09
Cinthia Avelino 12
Felipe Viana 13
Gabriel Vitor 15
Jessica 18
Leticia Santos 22
Victor Fernando 29
Wellington 30
Mariana Lima 34
3. Sumário
Introdução
Relação Clima – Vegetação
Relação Solo – Vegetação
Classificação: Tipos de vegetação Escala- Mundial
Biomas Brasileiros
Domínio Morfoclimáticos Brasileiros
Código Florestal Brasileiro
Outros Fatores
4. Introdução
Nosso planeta apresenta diversos tipos de vegetações,
que variam de acordo com a região onde se localizam. A
espécie de vegetação referente a cada uma dessas
regiões é definida por fatores como altitude, latitude,
pressão atmosférica, iluminação e forma de atuação das
massas de ar. No caso de regiões de baixa latitude,
encontram-se as florestas equatoriais, como por exemplo
a floresta Amazônica, no Brasil.
5. Relação Clima - Vegetação
A cobertura vegetal nativa de uma determinada região está
diretamente ligada às características do clima que abrange o
espaço. Dessa forma, algumas espécies vegetais conseguem
desenvolver positivamente em condições climáticas de
característica úmida, ao contrário de outras que se adaptam a
condições mais secas.
Onde há ocorrência de clima árido e semiárido as plantas
apresentam espinhos no lugar de folhas, como as espécies de
cactáceas. Isso ocorre para diminuir a perda de umidade que
acontece com o processo de evapotranspiração, dessa forma,
a água fica armazenada mais tempo no interior do vegetal.
6. Assim como o clima influencia na formação vegetal, essa
influencia no clima em determinados lugares do mundo. Um
exemplo disso são as florestas tropicais e equatoriais da
Amazônia na América do Sul, floresta do Congo na África que
são responsáveis por emitir enormes percentuais de umidade
para a atmosfera, isso ocorre com a transpiração das folhas
dos vegetais das florestas, ou seja, evapotranspiração .
Além de contribuir na composição climática, a vegetação
contribui diretamente no solo, fertilizando-o com matéria
orgânica derivada de folhas, galhos, frutos que caem e passam
pelo processo de decomposição transformando-se em
nutrientes, sem contar que as raízes das plantas impedem o
desenvolvimento de erosões.
7. Relação Solo - Vegetação
O conhecimento das inter-relações solo e vegetação natural é
essencial ao manejo de áreas de preservação. Para subsidiar o
plano de manejo, estudou-se a relação entre atributos de
solos e diferentes formações vegetais do Parque Estadual de
Porto Ferreira (SP). No local, em clima mesotérmico de inverno
seco, desenvolvem-se, predominantemente, Floresta
Estacional Semidecidual e Cerrado, sobre Latossolos e
Argissolos.
Em duas topos sequências cortando diferentes padrões de
solo e vegetação, coletaram-se e analisaram-se atributos
físicos, físico-hídricos, químicos e mineralógicos dos solos.
Caracterizaram-se a vegetação desses locais por fotografias
aéreas e em campo, avaliando-se a distribuição das espécies
frente aos tipos de solos encontrados.
8. O tipo de vegetação mostrou associação com teor e tipo de
argila, retenção de água e disponibilidade de nutrientes.
Latossolos de textura média e alta saturação por alumínio
estão associados à vegetação de cerrado. Maiores teores de
matéria orgânica e nutrientes em superfície, e de argila, argila
minerais e umidade retida em baixos potenciais hídricos no
perfil ocorrem associados à floresta e sua composição
floristica.
A ocorrência apenas de floresta em solos com maior retenção
de umidade a -1500 kPa sugere que, em plantas nativas
perenes, a água retida a baixos potenciais seja importante na
diferenciação dos tipos de vegetação.
9. Tipos de Vegetação – Escala
Mundial
A vegetação como sendo a cobertura vegetal natural de
uma determinada região. A vegetação de uma região
depende muito de outros aspectos da geografia física,
como o relevo, o solo e, principalmente, o clima.
Podemos classificar a vegetação de acordo com o habitat
natural do vegetal:
Higrófilas : são formações vegetais típicas de regiões
úmidas . Possuem folhas largas e perenes (latifoliadas),
para facilitar a transpiração (florestas tropicais).
10. Xerófilas : Aparecem em regiões de clima seco. Nesse
caso, os vegetais se adaptam à falta de chuva,
substituindo as folhas por espinhos, perdendo a folhagem
ou cobrindo- a com uma cera que pode impermeabilizar
a folha, evitando a evaporação (cactos e outros vegetais
da caatinga brasileira).
Tropófilas : vegetais que vivem em climas com alternância
de pluviosidade ( um período chuvoso e outro seco).
Nesse caso, os vegetais perdem a folhagem na estação
seca do ano e são chamados vegetais caducifolios ou
caducos.
11. Nas paisagens naturais o que mais destacam visualmente
são as vegetações. A seguir algumas características das
principais formações vegetais do mundo :
Floresta pluvial tropical : essas se localizam
geograficamente, em geral, na América do Sul, América
Central, Ásia, África e Oceania. Todas as regiões citadas
possuem características semelhantes como clima quente
e úmido, proporcionando assim o surgimento de grandes
florestas com uma enorme riqueza de biodiversidade,
essas são as áreas do planeta que concentram a maior
parte dos seres vivos.
12. Floresta Temperada : essa vegetação é encontrada
principalmente no hemisfério norte, situada entre tópicos
e os círculos polares, os países que possuem esse tipo de
florestas são Estados Unidos, Europa, Ásia e no Sul do
Chile com climas temperadas. As florestas temperadas
são diferentes em relação às florestas tropicais, pois a
primeira produz uma quantidade menor de variedade de
plantas e animais. As florestas temperadas possuem
características singulares, no inverno e outono as árvores
perdem suas folhas, e por isso são denominadas de
caducifólias.
13. Floresta de coníferas : essa vegetação é encontrada
geograficamente em regiões com proximidade aos círculos
polares, com características de clima com inverno bastante
rigoroso. As coníferas são denominadas também de floresta
boreal, é composta por pinheiros.
Tundra : se faz presente no extremo norte do continente
americano, europeu e asiático, a particularidade dessa
vegetação é em relação ao clima, pois se desenvolve em áreas
de clima frio e polar, com duas estações (verão e inverno),
sendo inverno rigoroso e verão com temperatura um pouco
mais elevada. Na tundra as vegetações encontradas são
musgos, liquens e plantas herbáceas, esses vegetais se
desenvolvem de forma mais efetiva no verão, pois na estação
do inverno toda área fica coberta de gelo.
14. Savana : esse tipo de vegetação tem uma grande semelhança
com o cerrado brasileiro, as savanas são compostas
basicamente por gramíneas e capins, árvores e arbustos
espalhados na paisagem. São situadas geograficamente em
regiões de clima tropical, com duas estações bem definidas,
sendo uma seca (inverno) e uma chuvosa (verão). No mundo
essa vegetação se faz presente nos seguintes países e
continentes : América do Sul, África, Ásia e Austrália.
Estepe e Pradarias : são compostas por plantas herbáceas,
arbustos e gramíneas, em áreas de clima temperado,
geralmente o estepe desenvolve em lugares mais secos,
enquanto que as pradarias em locais mais úmidos, essa é
utilizada como ótima pastagem na pecuária.
15. Vegetação desértica: são áreas com predominâncias de
clima seco e árido, os vegetais são adaptados à falta de
água, suas raízes são extensas e atingem o lençol freático,
quando raramente ocorre chuva brotam plantas, mas
com um período muito curto de vida.
Vegetação de Montanha: como o próprio nome diz, essa
vegetação é comum em pontos elevados , tais como os
Andes, Himalaia, entre regiões montanhosas. A vegetação
pouco diversificada, visto que o clima não é propício para
o seu desenvolvimento.
16. Vegetação mediterrânea: a vegetação é composta por
árvores de pequeno porte, como, por exemplo, oliveiras e
sobreiros.
18. Amazônia
Maior floresta tropical do mundo; No Brasil distribui-
se por nove estados (Acre, Amazonas, Rondônia,
Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso, Tocantins e
Maranhão).
vegetação: cupuaçu, guaraná, seringueira, mogno e
cerejeira, etc.
fauna: jacaré-açu, macaco-prego; muitas espécies de
inseto, tucano (araçari), etc.
19.
20. Mata Atlântica
Encontra-se muito devastada em virtude da grande
ocupação humana, restando apenas 7% da floresta
original; regula o fluxo dos mananciais hídricos,
controla o clima e protege as encostas das serras.
Vegetação: pau-brasil, jacarandá, cedro, jequitibá,
etc.
Fauna: mico-leão-dourado; bicho-preguiça,
muriqui, jacu, macuco, etc.
21.
22.
23. Mata de araucária
A partir de 2004 (IBGE) a mata de araucárias
começou a fazer do grande Bioma Mata Atlântica e
Mata de Araucárias; ocorre no sul do Brasil;
pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) e
pinheiro Padocarpus; hoje, a mata corresponde a
menos de 2% do que foi originalmente; gralha-
azul, gralha-picaça, etc.
24.
25. Caatinga
Ocupa cerca de 11% do território brasileiro; chuvas
são irregulares, as secas são prolongadas e as
temperaturas elevadas; língua Tupi – mata branca;
as árvores apresentam mecanismos de proteção
contra a perda de água; xique-xique; cascavel,
gavião carcará, ararinha-azul, etc.
Fauna: Gavião carcará , ariranha-azul,cascavel
26.
27. Cerrado
Ocupa 25% do território nacional, é o segundo maior
bioma do Brasil; região centro-oeste; o clima é
quente, com estação seca rigorosa, embora chova em
certas épocas do ano; fogo – as plantas apresentam
adaptação para enfrentar o fogo, por exemplo, cascas
espessas ou caules subterrâneos; araçá, pau-terra,
indaiá, capim-flexa, etc.; lobo-guará, onça-pintada,
tamanduá, tatu, etc.
28.
29. Pantanal
Abrange os estados do Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso e uma parte da Bolívia e Paraguai; nos meses
de cheia os rios extravasam suas águas; nos meses
mais secos a formação de pequenas lagoas;
vegetação típica de brejo; fauna muito rica.
Vegetação: o Pantanal possui uma extensa variedade
de árvores, plantas, ervas e outros tipos de
vegetação. Nas planícies (região que alaga na época
das cheias) encontramos uma vegetação de
gramíneas.
30.
31. Campos sulinos (Pampa)
Localiza-se no sul do Brasil,apresenta vegetação
herbáceas,propícias à criação de gados.
O solo, na maior parte dos campos, apresenta
baixa concentração de nutrientes e são muito
suscetíveis a erosão, o que torna ainda mais rápido
o processo de degradação dos campos.
32.
33. Domínios Morfoclimáticos
Brasileiros
Os domínios morfoclimáticos representam a combinação
de um conjunto de elementos da natureza relevo, clima,
vegetação – que se inter-relacionam e interagem,
formando uma unidade paisagística.
No Brasil, o geógrafo Aziz Ab’Saber foi o responsável por
fazer essa classificação. Para ele, o país possui seis
grandes domínios morfoclimáticos:
Domínio Equatorial Amazônico: situado na região Norte
do Brasil, é formado, em sua maior parte, por terras
baixas, predominando o processo de sedimentação, com
um clima e floresta equatorial.
34. Domínio dos Cerrados: localizado na porção central do
território brasileiro, há um predomínio de chapadões,
com a vegetação predominante do Cerrado.
Domínio dos Mares de Morros: situa-se na zona costeira
atlântica brasileira, onde predomina o relevo de mares de
morros e alguns chapadões florestados, como também a
quase extinta Mata Atlântica.
Domínio das Caatingas: localiza-se no nordeste brasileiro,
no conhecido polígono das secas, caracterizado por
depressões interplanálticas semiáridas.
35. Domínio das Araucárias: encontra-se no Sul do país, com
predomínio de planaltos e formação de araucárias.
Domínio das Pradarias: também conhecido como
domínio das coxilhas (relevo com suaves ondulações),
situa-se no extremo Sul do Brasil, no estado do Rio
Grande do Sul, com predominância da formação dos
pampas e das pradarias.
36. Brasil Domínios
Morfoclimáticos
Entre os seis domínios
morfoclimáticos existem as
faixas de transições. Nessas
faixas são encontradas
características de dois ou
mais domínios
morfoclimáticos. Algumas
conhecidas são o Pantanal, o
Agreste e os Cocais.
37. Código Florestal Brasileiro
Histórico: O primeiro Código Florestal do País foi lançado
em 1934 (Decreto 23.793) e, entre outras medidas,
obrigava os proprietários a preservar 25% da área de suas
terras com a cobertura de mata original. O código foi
atualizado em 1965 (Lei nº 4.771), prevendo que metade
dos imóveis rurais da Amazônia deveria ser preservada.
A partir de 1996, o Código Florestal passou a ser
modificado por diversas Medidas Provisórias, até ser
totalmente reformulado em outubro de 2012.
38. O Código Florestal brasileiro institui as regras gerais sobre
onde e de que forma o território brasileiro pode ser explorado
ao determinar as áreas de vegetação nativa que devem ser
preservadas e quais regiões são legalmente autorizadas a
receber os diferentes tipos de produção rural.
O código utiliza dois tipos de áreas de preservação: a Reserva
Legal e a Área de Preservação Permanente (APP). A Reserva
Legal é a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que
deve ser preservada, variando de acordo com a região e o
bioma. Atualizado em 2012, o código determina a ampliação
dos tamanhos das reservas: são de 80% em áreas de florestas
da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e
20% em todos os biomas das demais regiões do País.
39. Reserva Legal
Reserva Legal é a área localizada no interior de uma
propriedade ou posse rural, ressalvada a de preservação
permanente (APP), representativa do ambiente natural da
região e necessária ao uso sustentável dos recursos
naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção da fauna e flora nativas. Deve ser equivalente a,
no mínimo, 20% (vinte por cento) da área total da
propriedade. Sua implantação deve compatibilizar a
conservação dos recursos naturais e o uso econômico da
propriedade. (Lei Estadual 14.309/2002).
40. A instituição e a conservação da Reserva Legal são
exigências da legislação para toda e qualquer propriedade
ou posse rural. Por isso, a aprovação dos processos de
licenciamento, intervenção ambiental, outorga de água,
credito rural e transmissão de títulos de propriedades
está condicionada à averbação da Reserva Legal no
cartório, após a regularização junto ao IEF.
41. A regularização da Reserva Legal em Minas Gerais é
realizada no Instituto Estadual de Florestas (IEF) órgão do
Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Sisema). Após a aprovação do processo pelo IEF, o
requerente se encaminha ao Cartório de Registro de
Imóveis para a averbação da Reserva Legal na matrícula
do imóvel. No caso da posse rural, deve se encaminhar ao
Cartório de Títulos e Documentos para a averbação no
título de posse.
42. App
As APPs se destinam a proteger solos, águas e matas
ciliares. Nessas áreas só é possível o desmatamento total
ou parcial da vegetação com autorização do governo
federal e, mesmo assim, quando for para a execução de
atividades de utilidade pública ou de interesse social.
Para derrubada de vegetação nas APPs em perímetro
urbano, o código orienta que se siga o previsto no plano
diretor e as leis de uso e ocupação do solo do município,
desde que observadas as restrições impostas pela lei
ambiental.
43. Os limites das APPs nas margens dos rios definidos pelo
Código de 1965, que iam de 5 metros a 150 metros
conforme a largura do curso d'água, contados a partir do
leito regular, foram alvos de diversas alterações.
Em 1986, os congressistas aumentaram a distância
mínima das APPs de 5 metros para 30 metros a partir do
leito regular (Lei 7.511) e, em 1989, a Lei 7.803 alargou
outra vez esses limites, que passaram a ser contados a
partir do leito maior dos cursos d’água.
44. Conflito: Ruralistas X
Ambientalistas
As disputas entre ruralistas e ambientalistas estão acirradas
nas últimas semanas devido à discussão sobre alterações no
Código Florestal brasileiro. A Câmara dos Deputados criou a
Comissão Especial do Código Florestal, presidida pelo
Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB).
A proposta de alteração pretende anistiar os desmatamentos
ilegais realizados em Áreas de Preservação Permanente (APPs)
até 2008 e diminuir as faixas da Reserva Legal, a porção de
terra cuja cobertura original é conservada. De acordo com o
novo texto, propriedades rurais de até quatro módulos fiscais,
que representam 90% dos imóveis rurais do Brasil, ficam
desobrigadas a recompor a área de Reserva Legal, o que
aumentaria significativamente os desmatamentos.
45. A proposta de atualização do código é antiga. Em 2009, o
Governo Federal instituiu o Programa Mais Ambiente,
que defende a recuperação e a manutenção das APPs por
parte de cada propriedade rural, fazendo com que os
proprietários sejam responsáveis pela Reserva Legal de
suas terras.
Os defensores das mudanças, em sua maior parte
latifundiários, afirmam que a necessidade de ampliar a
competição agrícola internacional e a produção de
alimentos para o mercado interno justificam a ocupação
de todas as áreas agriculturáveis.
46. Sobral
Relevo e solo : As terras de Sobral fazem parte da Depressão
Sertaneja. O relevo com forma suaves, tem como ápice o
maciço residual granítico (serra da Meruoca) e uma planície
aluvial (rio Acaraú). As principais elevações possuem altitudes
entre 200 e 700 metros acima do nível do mar. Os solos da
região são tipo bruno não cálcico, litólico, planossolo,
podzólico e aluvial.
Sobral é o município brasileiro que registra
mais sismos no Brasil. Desde Janeiro, mais de 600 tremores de
terra foram registrados. O mais forte ocorreu no dia 25 de
Maio de 2008 por volta das 16h25. Esse tremor foi de
intensidade 4.3 na Escala Richter.
47. Vegetação : A caatinga arbustiva aberta é
predominante,porém existem também, núcleos com mata
seca (floresta subcaducifólia tropical pluvial), mata
úmida (floresta subperenifólia tropical plúvio-nebular) e mata
ciliar (floresta mista dicótilo-palmácea).
A vegetação predominante é a típica do semiárido, mais
especificamente floresta caducifólia espinhosa. Em
determinados pontos, existem matas de transição. Ao longo
das margens dos rios existe a chamada mata de galeria,
vegetação original caracterizada pela umidade em contraste
com regiões adjacentes mais secas.
48. Área de vegetação não recuperada
por causa do novo Código Florestal
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
divulgou, o Comunicado nº 96 Código Florestal:
Implicações do PL 1876/99 nas Áreas de Reserva Legal.
Os técnicos do Ipea procuraram estimar a área de
vegetação nativa que deixaria de ser recuperada, caso
seja mantida a anistia ao desmatamento da reserva legal
(RL) em propriedades de até quatro módulos fiscais. A
isenção, prevista no texto aprovado pela Câmara dos
Deputados, desobriga os proprietários rurais de recuperar
as áreas consolidadas, a reserva legal que foi ocupada
pela agricultura ou pecuária antes de 2008.
49. No bioma Amazônico, estão 60% dessa área não
recuperada. Em termos relativos, no entanto, a Caatinga e
a Mata Atlântica seriam os biomas mais prejudicados.
Nessas regiões, o percentual de reserva legal que não
seria recuperada, em comparação ao total da área
desmatada, seria superior a 50%. “É um percentual muito
grande se considerarmos que a Mata Atlântica, por
exemplo, é um hotspot da biodiversidade brasileira”.
50. Os técnicos do Instituto chamam a atenção ainda para o
fato de que manter as reservas legais não significa abrir
mão dos benefícios econômicos dessas áreas. “A RL não
impede o manejo sustentável. As atividades e serviços
ambientais fornecidos por ela têm uso intensivo de mão
de obra e fornecem rentabilidade interessante para o
agricultor familiar. Deve haver financiamento publico, de
forma que essas áreas sejam recuperadas com certo tipo
de exploração econômica”.
51. Novo Código Florestal deve
priorizar florestas e rios para 85%
As mudanças no Código Florestal aprovadas pelos deputados
federais são conhecidas pela maioria (62%) da população
brasileira adulta possuidora de telefone fixo. Apenas 6%, porém,
dizem estar bem informados sobre o assunto, enquanto 41%
afirmam estar mais ou menos informados e 15%, mal informados.
Uma fatia maior de homens (68%) do que de mulheres (56%) diz
ter conhecimento sobre o assunto. O mesmo acontece com os mais
velhos: 76% dos maiores de 50 anos conhecem as mudanças
no Código Florestal, fatia que vai a 70% para quem tem de 40 a 49
anos, 61% para quem têm de 30 a 39 anos, e 46% para os
mais jovens, de 16 a 29 anos. Entre os brasileiros que estudaram até
o ensino superior, 78% estão cientes das alterações promovidas
pelos deputados, sendo que 52% deles dizem estar mais ou menos
informados sobre o assunto. Para aqueles que estudaram até o
ensino médio ou fundamental, os índices de conhecimento ficam
abaixo da média (55% e 58%, respectivamente).
52. Uma fatia maior de moradores de áreas urbanas (63%) do
que das áreas rurais (47%) conhece as mudanças no
Código Florestal. No Sul, o assunto é conhecido por 68%,
ante 58% no Nordeste, 66% no Norte e Centro-Oeste e
61% no Sudeste.Na opinião da maioria dos brasileiros
(85%), a reforma do Código Florestal deveria priorizar a
preservação das florestas e rios, ainda que, em alguns
casos, isso prejudique a produção agropecuária. Apenas
entre aqueles com 50 anos ou mais o apoio à
priorização das florestas fica abaixo da média (77%) –
nesse estrato, porém, a taxa dos que não souberam
responder fica em 9%, ante 5% da média geral.
53. A fatia que defende priorizar a produção agropecuária - mesmo que,
em alguns casos, isso prejudique os rios e florestas - soma 10%.
Entre os mais velhos, com 50 anos ou mais, 15% compartilham
dessa posição, mesmo índice verificado para aqueles com renda
mensal familiar de 10 a 20 salários mínimos. Há ainda uma fatia de
5% que não soube responder a essa questão. As medidas a serem
tomadas contra os proprietários que praticaram o desmatamento
ilegal de florestas e rios para utilizarem a terra para agricultura e
pecuária dividem os brasileiros. Para 45%, esses agropecuaristas
deveriam ser perdoados somente se concordarem em repor a
vegetação desmatada. Uma fatia similar (48%) diz que eles deveriam
ser punidos de qualquer forma mesmo repondo a vegetação -, para
servirem de exemplo para as gerações futuras. Uma minoria (5%) diz
que os proprietários não deveriam ser punidos nem obrigados a
repor o que foi desmatado, já que fizeram isso para produzir.
54. Uma das propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados
para o Código Florestal prevê que autores de desmates
ilegais cometidos até junho de 2008 sejam isentos tanto de
recuperar a vegetação quanto das multas aplicadas. Ambas as
anistias são rechaçadas pela maior parte dos brasileiros,
segundo o levantamento. O perdão às multas é rechaçado por
79%. Aderem mais a essa posição os mais ricos, que têm renda
mensal familiar superior a 20 mínimos (94%), e pessoas que
estudaram até o ensino superior (86%). Entre os mais velhos,
com 50 anos ou mais, os que se dizem contra são em menor
proporção (71%), assim como entre aqueles que estudaram
até o ensino fundamental (66%) e moradores do Nordeste
(73%).
55. A cobrança de multas apenas em casos mais graves, com uma
diminuição da fiscalização, é a alternativa apontada por 24%,
com maior adesão daqueles que estudaram até o ensino
fundamental (35%), entre moradores de áreas rurais (31%) e nas
regiões Norte e Centro-Oeste (31%) e Nordeste (33%). A posição da
presidente Dilma Rousseff de vetar as mudanças no Código Florestal
que prevêem anistia e perdão para quem desmatou ilegalmente é
apoiada por 79%. Entre aqueles que estudaram até o ensino
fundamental, o apoio é menor (70%), mas cresce entre aqueles com
ensino superior (87%), entre aqueles que têm renda familiar mensal
entre dez e vinte mínimos (86%) e entre quem ganha mais do que
isso (96%). Ainda sobre a anistia, o levantamento também mostra
que 84% dos brasileiros não votariam em um deputado ou senador
que votou a favor da isenção de punições e multas aos autores de
desmatamento até junho de 2008.