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Sensação de suicídio
Vulto que no vago sobrevivera
Legado da dor, violência do mar
Poeta de coração ao peito, de alma vazia,
Sensação de suicídio que o obscuro lhe decidiu mostrar.
Amante do vento, de sonhos ostracizados
Amante da briza melancólica do mar,
Entre recônditos e paixões pesarosas
Sonhos de poeta que no mar se tornaram chorar.
Sinto-lhe na pele a mágoa angustiante,
Abandonou seu velho barco sem a razão compreender,
O mundo morreu-lhe, sentiu um naufragar desesperante
E a vida pelas ondas deixou morrer.
No fundo sombrio do oceano onde vivera
O macabro passou a venerar,
De coração partido morrera
Poeta genuíno, de mente invulgar.
Corpo frio que te escreve
Alma destroçada, sentimento incomum,
O vazio entrelaçou-se no ódio que o consome
E o poeta fugiu, para lado nenhum.
João Diogo Matias – 8º A – nº12
Pergunto-te porquê…
Negras, sombrias, barulhentas,
Revoltadas sacodem e levam tudo,
No teu corpo imenso deslizam descontentes,
Como grandes tormentas.
És enorme e obscuramente assustador
Quem em ti navega, de ti teme a dor
Que vem a sofrer se, por ti, for esmagado
Nos rochedos a redor.
Não tens desgosto das vidas que levaste,
Dos barcos que naufragaste,
Das belas donzelas que choraram,
E para ti, achas que não amarguraram?!
Tu que guiaste em tão famosa vitória lusitana,
Lusos de alma e mente sana,
Em tempos para terras orientais,
Que graças a ti, foram considerados imortais!
Deixai de ser malvado, assim tão desalmado,
E sê clemente para aquela simples gente
Que se atreve a aventurar nas ondas imponentes,
Oh! Que gente tão inocente!
A ti não querem mal algum,
Apenas marear, navegar…
Alexandra Martins – 9ºB –nº 21
O mar
O mar é poesia,
E cantigas de embalar,
Sons de encantar,
Cores de espantar.
Animais sem parar,
Marinheiros a navegar,
Gaivotas a voar,
E barcos a varar.
Pescadores estão no mar,
Com barcos a pescar,
No mar estão peixes,
Que os vão sustentar.
O mar não se deixa enganar,
Os que lá estão temem, têm de se cuidar,
Pois à terra,
Muitos não irão regressar
Azul e amarelo,
Estas duas cores se encontram,
Num sítio muito especial, a praia.
Azul é o mar, amarelo é a areia.
O mar é vasto,
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  • 2. Pergunto-te porquê… Negras, sombrias, barulhentas, Revoltadas sacodem e levam tudo, No teu corpo imenso deslizam descontentes, Como grandes tormentas. És enorme e obscuramente assustador Quem em ti navega, de ti teme a dor Que vem a sofrer se, por ti, for esmagado Nos rochedos a redor. Não tens desgosto das vidas que levaste, Dos barcos que naufragaste, Das belas donzelas que choraram, E para ti, achas que não amarguraram?! Tu que guiaste em tão famosa vitória lusitana, Lusos de alma e mente sana, Em tempos para terras orientais, Que graças a ti, foram considerados imortais! Deixai de ser malvado, assim tão desalmado, E sê clemente para aquela simples gente Que se atreve a aventurar nas ondas imponentes, Oh! Que gente tão inocente! A ti não querem mal algum, Apenas marear, navegar… Alexandra Martins – 9ºB –nº 21
  • 3. O mar O mar é poesia, E cantigas de embalar, Sons de encantar, Cores de espantar. Animais sem parar, Marinheiros a navegar, Gaivotas a voar, E barcos a varar. Pescadores estão no mar, Com barcos a pescar, No mar estão peixes, Que os vão sustentar. O mar não se deixa enganar, Os que lá estão temem, têm de se cuidar, Pois à terra, Muitos não irão regressar Azul e amarelo, Estas duas cores se encontram, Num sítio muito especial, a praia. Azul é o mar, amarelo é a areia. O mar é vasto, É grande, imenso, É beleza e tristeza, Como todos os outros lugares. Ana Isabel Lopes – 9ºA –nº 3