O grupo projetou uma intervenção artística chamada "Casulo" na Ponte Vermelha em Catas Altas, MG. A Casulo consistia em uma estrutura iluminada coberta por plástico sarja com luzes LEDs e projeções, que criava uma experiência sensorial durante a travessia da ponte. Infelizmente, o sistema interativo com lasers projetado não funcionou devido a problemas técnicos, mas a intervenção como um todo foi bem-sucedida.
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A intervenção Casulo na Ponte Vermelha de Catas Altas/MG
1.
2. Os alunos dos primeiros período e semestre de
2014, do curso de Arquitetura e Urbanismo da
UFMG, para a disciplina Fundamentos para
Projeto de Arquitetura e Urbanismo I, foram
divididos em grupos, que deveriam realizar
intervenções em pontos escolhidos da cidade de
Catas Altas/MG. O grupo do qual fiz parte
escolheu uma ponte para pedestres e ciclistas,
construída sobre o rio Maquiné, e que liga o
Centro ao bairro Vista Alegre. Desse modo,
desenvolvemos a Casulo, realizada por mim,
Plínio Ferraz, juntamente com meus colegas Ana
Lacerda, Anna Amarante, Kamilla Silva, Larissa
Menezes, Olga Fanêzu, Thaíssa Cysne e Vinicius
Bicalho.
O objetivo deste informativo é apresentar
alguns elementos e processos utilizados pelo
grupo na confecção da Casulo, para que possa
ser reproduzida. Entretanto, não serão
fornecidos todos os dados e especificações
técnicas. Quem se interessar em levar o projeto à
frente deve reestudar as possibilidades,
analisar a ponte e tomar os materiais e métodos
apresentados apenas como mais um exemplo de
como realizar a intervenção.
apresentação
3. Feita de ferro, com estrutura em treliça,
a Ponte Vermelha é a melhor alternativa
para quem quer entrar ou sair do Bairro
Vista Alegre. Das demais opções, uma é
mais longa e a outra consiste na
travessia a pé do riacho. Ela é um
elemento chave para os moradores, que
devido à rotina deste trajeto, passam a
ignorá-la, não se importando com a
beleza que cria com a paisagem,
especialmente pela presença da Serra
do Caraça, e o quanto o local pode ser
agradável, se apreciado. Além disso, a
região é mal iluminada, o que a torna
pouco convidativa à noite. A ideia da
intervenção é confrontar com esse
carácter efêmero que a travessia da
ponte possui e proporcionar uma
experiência bastante diferente,
exclusivamente à noite.
a ponte
4.
5. A intervenção Casulo consiste na criação de uma espécie
de câmara iluminada e interativa, com um leve som
ambiente de água corrente e uma projeção sobre o rio. O
objetivo é que as pessoas tenham um momento inusitado,
de descontração e vislumbre durante a travessia.
a intervenção
6. As luzes azuis, formadas por fitas de LEDs, foram
colocadas entre lonas de plástico, criando um efeito muito
atraente para os passantes. Foi planejada uma maneira
de interação entre essas luzes e a presença das pessoas
na câmara, porém acabou não dando certo por motivos
citados mais a frente. Utilizamos uma máquina de fumaça,
que expelindo automaticamente com determinada
frequência, surpreendia os visitantes. O som de água
contribuiu para a ambiência. Por fim, projetamos imagens
abstratas sobre o rio, criando um aspecto interessante
junto às águas. Assim, o evidenciamos, juntamente com seu
entorno, tornando-o parte dessa nova experiência de
travessia da ponte.
7. Para a confecção das laterais e teto da câmara, foram
utilizadas folhas de plástico sarja. O espaço ocupado possui
4,5m longitudinais da parte central da ponte. As folhas de
sarja são colocadas cobrindo a parte externa e interna da
estrutura. O vão entre essas folhas deve ser preenchido com as
luzes (LEDs) azuis. A textura desse plástico difunde a luz, que
não fica pontual, deixando as folhas de plástico iluminadas de
forma mais homogênea. A escolha do tamanho da câmara
deve levar em conta o orçamento – afinal, quanto maior, mais
materiais são necessários – e também o efeito esperado,
sempre na busca de um equilíbrio. O tamanho que escolhemos
atendeu bem as intenções e, ao todo, foram gastos cerca de R$
450,00.
Para a fumaça, utilizamos uma máquina posicionada no meio
da câmara, amarrada na ponte, com seu corpo para fora da
estrutura. A saída da fumaça deve ser posicionada rente ao
piso e em uma abertura feita nas camadas de sarja. Coloca-se
a máquina em modo automático, lançando fumaça entre
pequenos intervalos de tempo.
Para o som ambiente, posicionamos duas caixinhas de som nas
extremidades da câmara, amarradas na parte superior da
ponte, reproduzindo o barulho de água corrente.
O projetor foi fixado embaixo da ponte, com o auxílio de
cordas e sob uma pequena plataforma de madeira. Ele foi
direcionado de modo que a imagem cobria um espaço do rio,
como também das pedras e vegetação dos arredores. Foram
projetados elementos abstratos, que causaram ótimo efeito.
construção
8. Na ideia original, foi planejado um circuito eletrônico que
comandaria o aspecto interativo da Casulo, que funciona da
seguinte forma:
Devem-se dispor quatro lasers (em forma de caneta) ao
longo da câmara, presos nas laterais da ponte, acesos
constantemente, de modo que os feixes de luz fiquem
perpendiculares à direção do trajeto. Quando alguém
atravessa um feixe, algumas luzes azuis acendem apenas na
região ao redor deste, e permanecem assim enquanto o
laser estiver obstruído. Deixaríamos apenas algumas luzes
azuis constantemente acessas no centro, para que a câmara
não fique totalmente escura quando ninguém estiver nela. A
intenção é criar uma situação onde é necessária mais do que
uma pessoa para que todas as luzes acendam.
O que impediu esse sistema de funcionar foi o modo que
escolhemos para prender os lasers, usando fita adesiva, pois
os mesmos deveriam ficar estáticos, mirando no sensor LDR
(acompanhar o circuito ao lado), e com a fita isso ficou difícil.
Outro problema é que a bateria deles durou muito pouco,
sendo assim, ideias para aperfeiçoar o processo seriam
ligar os lasers através de uma fonte, e construir um pequeno
suporte para fixá-los na ponte.
O circuito eletrônico é mostrado ao lado. Está representada
apenas uma unidade, ou seja, cada laser necessita de um
circuito igual a esse. É importante o auxílio de pessoas
capacitadas para que seja interpretado corretamente e, se
necessário, melhorado. Não tivemos problema algum com o
circuito em si, já que funcionou perfeitamente nos testes.
interatividade
SENSOR LDR
deve ser posicionado na direção
do feixe de luz
RESISTOR 1KΩ
POTENCIÔMETRO DE 100KΩ
pode ser ajustado para controlar
a sensibilidade do sensor de
acordo com a luminosidade do
RELÉ DE 4 PINOS/5V
responsável por fechar os
contatos do pisca-pisca e acendê-
TRANSISTOR BC547
LASER
FONTE DE 5V
DIODO 1N4007
PISCA-PISCA