O documento descreve as fases da desencarnação e como é vivida pelos espíritos. A morte não é um momento de aniquilamento, mas um processo gradual de libertação da matéria através do desprendimento do perispírito. Inicialmente o espírito fica perturbado e não compreende estar separado do corpo, vivenciando ilusões até a completa libertação dos laços terrenos.
2. O quê?
• LE Q339 – Escravidão de que o Espírito se liberta por ocasião
da morte (biológica)
• LE, Q155 – Desprendimento da alma ao corpo, (quando)
rotos os laços que o retinham a ela. O desprendimento é
gradual - não se escapa como um pássaro cativo a que se
restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois estados se
tocam e confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a
pouco dos laços que o prendiam. Estes laços se desatam, não
se quebram, como a lâmpada que se apaga por falta de óleo.
• LE, Q154 - O corpo quase sempre sofre mais durante a vida
do que no momento da morte, sendo que os sofrimentos que
algumas vezes se experimentam no instante da morte são um
gozo para o Espírito, que vê chegar o termo do seu exílio.
3. Morte ≠ Desencarnação
• morte é a destruição do corpo somente, quando cessa neste
a vida orgânica, e não da alma.
• No instante da morte, o desprendimento do perispírito não
se completa de súbito, mas gradualmente e com uma
lentidão muito variável:
– para uns a elevação dos pensamentos opera um começo de
desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, tornando-o
quase instantâneo, sendo libertação!
– para outros leva dias, semanas e até meses… tanto mais quanto
mais o Espírito se haja identificado com a matéria, podendo ser
muito penosa, porquanto o Espírito chega a experimentar o
horror da decomposição (em situações excecionais)
HarryOldfield
7. Por quê? Para quê?
Ao contrário do que se pensa, a morte por
doença é uma BÊNÇÃO!
Permite o tempo para repensar a vida, os
valores, os ideais, perdoar e ser perdoado
Expurga as energias deletérias do organismo
espiritual (como sejam as toxinas dos vícios)
Idade/
Enfermidade
8. Por quê? Para quê?
Nas mortes violentas advém de “necessidade“
cármica, sendo sempre assistido
espiritualmente, ainda antes que fisicamente
O fluido vital sadio dificulta o desligamento mas
na ausência de “culpa” sofre “queima rápida”
Acidente
Homicídio
9. Por quê? Para quê?
No suicídio não se dá o rompimento do cordão de prata até que
se haja completado o tempo de vida programado, pelo que a
separação é dolorosa
Prende-o qual algema e provoca a repercussão das sensações do
corpo (decomposição mesmo) sobre o espiritual
Após o desligamento segue para o Vale dos Suicídas ao qual se
prende pela raiva, desejo de vingança e remorso
É recolhido logo que se dispõe a ser ajudado
Suicídio
11. O estado de perturbação
pode durar muitos anos, até
séculos e pode configurar
um quadro de sofrimento
severo com angústia e
temores acerbos.
12. • No momento da morte corpórea, o Espírito entra em perturbação,
pelo que jamais é testemunha do seu último suspiro.
Gradualmente a perturbação se dissipa, qual se saisse de um
profundo sono; a sua primeira sensação é a de libertação de seu
fardo carnal; depois vem a surpresa como se com membro membro
doente acordasse de anestesia, noutro lugar e desembaraçado do
membro que o fazia sofrer; mas mantendo sua intelectualidade e
moralidade intacta (faculdades, ideias, gostos, tendências, caráter).
• Na reencarnação, as coisas se passam de modo contrário.
• No momento da concepção o Espírito é preso ao corpo por uma
corrente fluídica e a perturbação (suas idéias se tornam confusas,
suas faculdades se anulam) se apodera do Espírito e vai crescendo
à medida que o laço se aperta, sendo completa nos últimos tempos
de gestaçãode sorte que o Espírito jamais é testemunha do
nascimento de seu corpo, qt não o é da sua morte.
• A partir do momento em que a criança respira, a perturbação se
dissipa pouco a pouco, as idéias retornam gradual, lenta, e
sucessivamente desenvolvendo-se pelo exercício, o que, explica o
esquecimento das existências precedentes, ao passo que, na morte
do corpo, a lembrança da vida que vem de deixar é completa ao
despertar.
13. Como é vivido?
A DESENCARNAÇÃO DE GODOFREDO
mortes
violentas
por suicídio,
suplício,
acidente,
apoplexia,
ferimentos,
etc.
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21. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado
com a brusca mudança que nele se operou; e como considera a
morte como aniquilamento mas pensa, vê e ouve, tem corpo
semelhante… tem a sensação de não estar morto:
vê o seu corpo, reconhece que é seu, mas não compreende que se
ache separado dele. Acerca-se das pessoas a quem estima, fala-
lhes e não percebe por que elas não o ouvem. Assiste ao seu
enterro como se fora o de um estranho, até ao momento em que
compreende a verdade.
Semelhante ilusão prolonga-se até ao completo desprendimento
do perispírito. Só então o Espírito se reconhece como tal e
compreende que não pertence mais ao número dos vivos.
22. Para o homem de bem, que se conserva calmo, é em tudo
semelhante às fases de um tranquilo despertar…
23. Nos casos de morte coletiva, nem todos os que perecem ao mesmo
tempo tornam a ver-se logo. Presas da perturbação que se segue à
morte, cada um vai para seu lado, ou só se preocupa com os que lhe
interessam; sendo também acolhido pelos seus familiares.
24. O instante do desligamento
Um torpor paralisante neutraliza as
sensações da alma que nunca testemunha
conscientemente o derradeiro momento.
28. No enterro…
O irmão desencarnado pede a caridade da prece e do silêncio
em ato de respeito e dignidade humana.
29. A prece…
“No estado de perturbação a alma tem consciência dos
pensamentos que se lhe dirigem. Os pensamentos de
amor e caridade, as vibrações dos corações afetuosos
brilham para ela como raios na névoa que a envolve:
ajudam-na a soltar-se dos últimos laços que a
acorrentam à Terra, a sair da sombra em que está
imersa.” Léon Dennis
30. A prece…
“As preces pelos espíritos que acabam de deixar a Terra (…)
ajudam-nos a libertar-se das ligações terrenas, abreviando a
perturbação que se segue SEMPRE á separação do corpo,
tornando mais calmo o seu despertar.” ESE, XXVIII, 59
31. Visita ao sepulcro…
“ é a prece que santifica o ato de lembrar… pouco importa o
lugar se a lembrança é ditada pelo coração.” LE,Q323
32.
33. João VIII:51
Em verdade, em verdade vos digo
que, se alguém guardar a minha
palavra, nunca verá a morte.
A saudade somente constrói
quando associada ao labor do bem!