A lei de causa e efeito não é uma punição, mas sim uma ação educadora de Deus para nos fazer reconhecer nossos erros e acertos. Todas as nossas ações, boas ou más, terão consequências equivalentes, seja nesta ou em futuras vidas, de acordo com a perfeita justiça divina. Nosso livre-arbítrio permite amenizar ou agravar os efeitos de nossas causas passadas.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Todos nós vivemos neste universo
infinito, criado por Deus, o nosso
Pai.
Nossa vida é uma sucessão
constante de acontecimentos,
de encontros e desencontros,
de situações aparentemente
inexplicáveis, diante das quais,
muitas vezes, sentimo-nos como
vítimas diante de carrasco
implacável, impotentes diante de
um destino cruel e irracional.
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3. Porém, Deus é infinitamente justo e bom, e nada ocorre
que não seja Seu desígnio.
Consequentemente, tudo e todos estão sujeitos às Leis
de Deus (ou como ainda falam alguns: às Leis da
Natureza).
Cada evento ocorre de forma natural, planeada e
lógica.
O objetivo desta palestra é mostrar que o acaso não
existe. E o futuro promissor depende das boas ações
praticadas no presente.
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4. CAUSA E EFEITO VS AÇÃO E REAÇÃO
Uma dessas “leis naturais” é a conhecida ‘Lei de Ação e
Reação’, a famosa 3ª lei de Newton.
Tal lei nos ensina que: para toda força aplicada de um
objeto para outro objeto, existirá outra força de mesmo
módulo, mesma direção e sentido oposto.
Em outras palavras, a Lei de Ação e Reação
nos diz que, para cada ação, existirá uma
reação oposta e de mesma intensidade.
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5. CAUSA E EFEITO VS AÇÃO E REAÇÃO
É oportuno salientar que as Leis de Newton são somente
aplicáveis para os movimentos nos quais as velocidades
dos objetos/corpos em deslocamento são bem menores
do que a velocidade da luz.
Por isso, a própria Lei de Ação e Reação não é
adequada para descrever certos fenómenos, na esfera
material dentro do planeta Terra.
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6. CAUSA E EFEITO VS AÇÃO E REAÇÃO
E qual é a relação entre essas duas leis?
Tais leis têm um princípio semelhante; entretanto,
são leis diferentes.
É comum escutarmos frases, como estas: A Lei de
Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e
Reação,
Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um
exemplo prático da Lei de Ação e Reação, pois nada é
por acaso.
Baseados nisso, podemos nos perguntar: i) essas leis
são sinónimas? I) se são, por que são? III) se não são,
qual é a implicação direta e/ou indireta de se pensar que
essas leis são iguais? IV) qual é a relação entre essas 6
7. CAUSA E EFEITO VS AÇÃO E REAÇÃO
A semelhança entre elas baseia-se no fundamento de
que, para cada ação, existirá uma reação; e, para cada
causa, tem-se um efeito. Esse fundamento é algo lógico,
para tudo na vida;
Entretanto, as maneiras como a “Lei de Causa e Efeito”
e a ”Lei de Ação e Reação” se processam são
completamente diferentes.
As principais diferenças
entre essas duas leis são:
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8. CAUSA E EFEITO VS AÇÃO E REAÇÃO
LEI DE AÇÃO E REAÇÃO LEI DE CAUSA E
EFEITO
Natureza: Binária Não-binária
Característica: Lei física Lei moral
Processo: Não-complexo Complexo
Predictabilidade: Determinado Variável
Aplicabilidade: Corpos/objetos dentro Relações
intrapessoais de certas condições, e
interpessoais,em no mundo material, ambos
os mundos, no planeta Terra não só
na Terra,como possivelmente
no Universo como um
todo.
Dependência do Tempo: Imediata Variável
Fatores de dependência: Limitada Muitos
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9. CAUSA E EFEITO VS CARMA/KARMA
Hoje em dia, ainda ouvimos o espírita falar em “débito
kármico”, quando alguém passa por determinado
sofrimento.
E o que é o Karma? A expressão não consta da
Codificação. Ela pertence ao hinduísmo e ao budismo.
Essa palavra define as consequências de nossas ações,
boas ou más, que geram reações que nos atingem na
mesma intensidade, nesta encarnação ou nas próximas.
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10. CAUSA E EFEITO VS CARMA/KARMA
A palavra Karma tem um sentido passivo.
A pessoa deve sujeitar-se aos males que lhe são
impostos, sem reagir, para fazer jus a algo melhor no
futuro.
Essa lei do Karma é muito mais uma lei de reação do
que de ação.
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11. LEI DE CAUSA E EFEITO
A “Lei de Causa e Efeito” não foi descoberta, mas
revelada para todos nós, de forma verossímil, através da
Doutrina Espírita, no século XIX.
Allan Kardec adotou o princípio de causa e efeito para
estudar e explicar as razões da dor e das aflições.
O termo “Lei de Causa e Efeito”, não se encontra
destacado na obra da Codificação, mas podemos
perceber que se trata de uma lei que surge em cima de
vários capítulos unidos em uma única colocação.
11
12. O conhecimento da “Lei de Causa
e Efeito” é bastante importante para
que possamos compreender o
amor de Deus.
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13. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
13
A Justiça e Bondade Divinas estão evidentes nas
manifestações da lei de causa e efeito. Desde [...]
que admita a existência de Deus, ninguém o pode
conceber sem o infinito das perfeições.
Se é soberanamente bom e justo, não
pode agir caprichosamente, nem com
parcialidade. Logo, as vicissitudes da
vida derivam de uma causa e, pois
que Deus é justo, justa há de ser
essa causa.
ESE. Cap. V, item 3, p. 98.
14. Sendo infinita a Justiça de Deus, o bem e
o mal são rigorosamente considerados,
não havendo uma só ação, um só
pensamento mau que não tenha
consequências fatais, como não há uma
única ação meritória, um só bom
movimento da alma que se perca [...].
Allan Kardec: O céu e o inferno. Primeira parte,
cap. 7, n.º 8 (Código Penal da Vida Futura).
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15. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sendo infinita a Justiça de Deus, o bem e o mal são
rigorosamente considerados, não havendo uma só ação,
um só pensamento mau que não tenha consequências
fatais, como não há uma única ação meritória, um só
bom movimento da alma que se perca [...].
Allan Kardec: O céu e o inferno. Primeira parte, cap. 7, n.º 8 (Código Penal da
Vida Futura).
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16. Sócrates, um dos filósofos mais conhecidos da
Humanidade, sintetizou o que pensava sobre a Lei
de causa e efeito numa frase de grande sabedoria.
Disse simplesmente:
A justiça conduz aos nossos lábios a
taça que nós mesmos envenenamos.
16
Aqui ele se referiu apenas aos atos infelizes
do ser humano, mas nós podemos
acrescentar que a justiça também nos
devolve em forma de bênçãos todas as boas
ações que praticamos.
17. LEI DE CAUSA E EFEITO
Através desta lei, Deus nos torna responsáveis por todos
os atos livremente cometidos.
pelo mal que fizemos;
pelo bem que deixamos de fazer, quando podíamos;
pelas consequências de termos deixado de fazer esse bem.
Isto quer dizer que, todo bem ou mal que fizermos hoje,
algo de força equivalente amanhã irá nos beneficiar ou
prejudicar, seja nesta ou em outra vida.
Sendo assim, o alcance desta lei é muito maior. Ela não
se limita às ações praticadas na encarnação presente.
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18. LEI DE CAUSA E EFEITO
Esta lei não tem, como muitos pensam,
um caráter punitivo, mas sim uma ação
educadora, no sentido de fazer o ser
reconhecer o seu erro, e indicar-lhe o
caminho mais curto do acerto.
Não é preciso sofrer para resgatarmos
uma “dívida”, mas através do amor
podemos atingir o mesmo alvo de
uma forma mais ampla e sem dor.
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19. LEI DE CAUSA E EFEITO
Repetindo o ensinamento de Cristo, Pedro esclarece em
sua epístola:
“O amor cobre uma
multidão de pecados”
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20. LEI DE CAUSA E EFEITO
Foi através do amor que
Jesus resgatou a multidão
de pecados, mas não o
muito sofrer, pois que
"todo sofrimento tem uma
causa e desde que se
admita um Deus justo, essa
causa deve ser justa."
(Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap.V, item 3)
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21. LEI DE CAUSA E EFEITO
A ação desta lei, do ponto de vista espiritual, não tem
uma forma absoluta de se manifestar.
Pode o homem pelo seu livre-arbítrio acrescentar novas
forças no sentido de
abrandá-la ou de
agravá-la.
Assim, é uma lei justa
e sábia como o próprio
Criador.
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22. ...o livre-arbítrio existe para o homem, quando no
estado de Espírito, ao fazer a escolha da existência e
das provas e, como encarnado, na faculdade de ceder
ou de resistir aos arrastamentos a que todos nos temos
voluntariamente submetido. Cabe à educação combater
essas más tendências.”
Livro dos Espíritos. Q. 872, p. 447.
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23. “A quem, então, há de o homem responsabilizar por
todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem,
pois, em grande número de casos, é o causador de
seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-
lo, acha mais simples, menos humilhante para sua
vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a
má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua
incúria.”
ESE. Cap. V, item 4, p. 98-99.
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24. Quando afirma-se: ‘Aquilo que plantar, isso mesmo irá
colher’. O que significa colher? Sofrer as consequências
do ato, sendo este bom ou mau.
Porém, sabemos da misericórdia
Divina que perdoa e ensina, não
sendo necessário que uma pessoa
que matou tenha que morrer nas
mesmas circunstâncias.
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25. LEI DE CAUSA E EFEITO
Causa e efeito podem ser materiais ou morais.
Materiais:
se uma pessoa de pele branca ficar exposta à irradiação
solar, sem proteção alguma, por horas e horas, ela estaria
sujeita a dois tipos de efeitos possíveis: os efeitos
determinísticos que são os que aparecem imediatamente,
como queimadura e insolação, e os efeitos estocásticos –
processos que não estão submetidos apenas a leis do
acaso – que podem se manifestar ou não, como o cancro
de pele.
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26. LEI DE CAUSA E EFEITO
Morais:
sabemos que os efeitos estocásticos podem estar
relacionados com os problemas morais - Uma pessoa que
matou não tem a necessidade de morrer, podendo passar
por dificuldades e saldar sua dívida. Quando alguém nos
deseja o mal, podemos anular os efeitos, em nós, pela
oração e prática no bem, mas os efeitos no agente cabe, a
ele mesmo, minimizá-lo pela reforma interior.
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27. LEI DE CAUSA E EFEITO
O aparecimentos dos efeitos pode ocorrer:
No plano espiritual e na reencarnação:
Às vezes, os efeitos de certas virtudes ou defeitos que
não surgem imediatamente aparecerão mais tarde - ou
na vida espiritual ou em nova existência corpórea.
A “Lei de Causa e Efeito” liga factos separados por
séculos, milénios, entre as inúmeras reencarnações do
Espírito, de acordo com o mais perfeito princípio de
justiça.
Certa circunstância que cria um sofrimento na nossa
vida presente, cuja causa não identificamos nela
mesma, pode ter sido gerada no passado remoto.
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28. LEI DE CAUSA E EFEITO
Imediatamente:
O facto de haver uma relação de causalidade nos
problemas, doenças e dores que enfrentamos —
consequência de nossas ações — não significa que as
causas estejam necessariamente em vidas anteriores.
Muitos males que nos afligem têm origem em nosso
comportamento na vida atual. E há enfermidades,
limitações e deficiências físicas que são decorrentes de
mau uso, isto é, usamos mal o corpo e lhe provocamos
estragos. [...] Isso acontece particularmente com vícios
e indisciplinas que geram graves problemas de saúde.
SIMONETTI, Richard. Espiritismo, uma nova era. 3, p. 138-139.
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29. LEI DE CAUSA E EFEITO
De um modo simplificado, os mecanismos de ação
desta lei podem ser expostos da seguinte forma:
Se o erro cometido tem sua causa ligada aos aspectos
funcionais do organismo - suicídio, bebida, drogas, etc. – o
efeito corretivo desencadeia-se de imediato, podendo ter
continuidade após o desencarne, em razão de que lesionando-se
o corpo físico, lesiona-se o corpo espiritual (Perispírito).
Se o erro cometido tem sua causa ligada aos aspectos morais, o
mecanismo corretivo é diferente, e nem sempre se inicia de
imediato. Em tais casos o resgate é desencadeado a partir da
percepção do erro cometido, estando relacionado com sua
capacidade de compreender as leis universais, isto é, sua
evolução moral.
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30. LEI DE CAUSA E EFEITO
Duração dos efeitos:
Os efeitos de uma ação perduram enquanto não terminar
o impulso que os gerou.
As ações boas fazem os efeitos negativos diminuírem ou,
até mesmo desaparecerem.
Jesus afirmou que ações benevolentes impedem os efeitos
negativos.
“Muito lhe foi perdoado porque muito amou, mas a quem
pouco se perdoa é porque pouco ama" (Lc 7:47)...
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31. LEI DE CAUSA E EFEITO
Suponhamos que há 300 anos houve um assassinato
entre duas pessoas que se odiavam. Como consequência,
criou-se um processo obsessivo entre os dois >>> um
assassinato, que produziu um agravo à Lei de Deus e que
deverá ser reparado.
Os 300 anos transcorridos modificaram tanto aquele que
cometeu o crime quanto aquele que o sofreu. E se a vítima
já perdoou o seu assassino? • E se o assassino vem, ao
longo desse tempo, praticando atos caridosos?
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32. Será justo aplicar a lei do olho por olho e dente por
dente? Aquele que matou deverá ser assassinado?
O que acontece?
Embora o assassino tenha que reparar o seu erro,
pois ninguém fica imune diante da lei, a pena pode ser
abrandada, em virtude de seus atos benevolentes.
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33. “A cada um será dado de acordo com suas
obras” - Não existe escapatória ou
subterfúgios perante às Leis de Deus.
Existe, sim, ainda que se trate de uma
medida disciplinar, envolvendo
comprometimentos do passado, uma
possível amenização da falta. Através
da conscientização, da prática do bem e
da caridade, um espírito pode
diminuir sua dívida.
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34. Essa história mostra
como a “Lei de Causa
e Efeito” atua e foi
tirada do livro A Vida
Escreve, do Espírito
Hilário Silva, e intitula-
se ‘O Merecimento’.
34
Saturnino Pereira era
francamente dos
melhores homens.
Amoroso mordomo
familiar. Companheiro dos
humildes. A caridade em
pessoa. Onde houvesse
dor a consolar, aí estava
de plantão. Não só isso.
No trabalho, era o amigo
fiel do horário e do
otimismo. Nas maiores
dificuldades, era um
sorriso generoso,
parecendo raio de sol
dissipando as sombras.
35. Por isso mesmo,
quando foi visto de
mão a sangrar, junto à
máquina de que era
condutor, todas as
atenções voltaram-se
para ele, entre
pasmos e a
amargura. Saturnino
ferido! Logo
Saturnino, o amigo de
todos. (...) O cirurgião
informou, sorrindo:
Felizmente, nosso
amigo perderá
simplesmente o
polegar.
35
Todo o braço direito está
ferido, traumatizado, mas
será reconstituído em
tempo breve. (...) Não
faltou quem dissesse: -
Que adianta a religião,
tão bem observada?
Saturnino é espírita
convicto e leva a sério o
seu ideal. Vive para ou
outros. Na caridade é um
herói anônimo. Por que o
infausto acontecimento?
(...)
36. À noite, em companhia
da esposa, compareceu
à reunião habitual do
templo espírita que
frequentava. Sessão
íntima. Apenas dez
pessoas habituadas ao
trato com os sofredores.
Consagrado ao serviço
da prece, o operário,
em sua cadeira humilde,
esperava o
encerramento, quando
Macário, o orientador
espiritual das tarefas,
após traçar diretrizes,
dirigiu-se a ele,
bondoso:
36
- Saturnino, meu filho,
não se creia
desamparado, nem
entregue a tristeza inútil.
O Pai não deseja o
sofrimento dos filhos.
Todas as dores
decretadas pela Justiça
Divina são aliviadas pela
Divina Misericórdia, toda
vez que nos
apresentamos em
condições para o
desagravo.
37. Você hoje demonstra
indiscutível
abatimento.
Entretanto não tem
motivo. Quando você
se preparava ao
mergulho no berço
terrestre, programou a
excursão presente.
Excursão de trabalho,
de reajuste. Acontece,
porém, que formulou
uma sentença contra
você mesmo.
37
Há oitenta anos, era você
poderoso sitiante no
litoral brasileiro e, certo
dia,
porque pobre empregado
enfermo não lhe pudesse
obedecer às
determinações, você, com
as próprias mãos,
obrigou-o a triturar o
braço direito no engenho
rústico. (...) Você implorou
existência humilde em
que viesse a perder no
trabalho o braço mais útil.
38. Mas você, desde a
primeira mocidade, ao
conhecer a Doutrina
Espírita, tem os pés
no caminho do bem
aos outros.
(...) Sei, porém, que
hoje, por débito
legítimo, alijaria você
todo o braço, mas
perdeu só um dedo.
Você está pagando,
em amor, seu
empenho à justiça.
38
39. REFLEXÃO
Somente o bem agrega valor na
evolução do homem, porque
representa a conformidade com a Lei
de Deus e seu cumprimento na sua
forma mais pura.
Todo desvio do caminho que foi
previamente apontado, gera aquela
relação de causa e efeito, a
necessidade de refazimento.
39
40. REFLEXÃO
A dor serve como indicador para
reajuste do rumo que cada um escolheu,
e o amor serve como terapia e bálsamo
para todas as dores.
Esta é lei. Os desajustes morais, provenientes do
descuido no cumprimento da lei, trazem sofrimentos
muito mais intensos e muito mais difíceis de serem
superados, do que as dores físicas, porque se
estabelecem na essência do ser, em seu espírito imortal.
40
41. REFLEXÃO
A dor, proveniente da “Lei de Causa e Efeito”, é o
instrumento de reparação das faltas.
Mas a misericórdia do Pai é maior do que podemos
imaginar e se distribui em função do merecimento que
tenhamos obtido, como fruto de um trabalho no amor e
na caridade.
O que importa a Deus é a certeza da superação das
fraquezas e das paixões interiores que ainda habitam o
ser humano.
41
42. LEI DE CAUSA E EFEITO
Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei
tem o potencial de fazer com que nós atuemos em
concordância com o amor.
42
Em outras palavras, a
compreensão dessa lei pode nos
ajudar a tomarmos decisões
sábias em nossas existências, e,
consequentemente, a evoluirmos
de forma mais eficiente.
Como agir ante a Lei de Causa
e Efeito ?
43. LEI DE CAUSA E EFEITO
Os passos para a quitação de nossos débitos com as
Leis Divinas, segundo Allan Kardec expôs na obra O Céu
e o Inferno são:
arrependimento
expiação
reparação.
O arrependimento suaviza as dores da expiação,
abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a
reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe
a causa. (...)
43
44. 44
A reparação consiste em fazer o bem a quem se havia
feito o mal. Quem não repara os seus erros nesta vida por
fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência
posterior em contacto com as mesmas pessoas a quem
prejudicou, e em condições voluntariamente escolhidas,
de modo a demonstrar-lhes o seu devotamento, e fazer-
lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito..
(O Céu e o Inferno, parágrafos 16 e 17)
45. LEI DE CAUSA E EFEITO
Quando compreendemos estes ensinamentos, sofremos
menos, pois entendemos que somos devedores, que
nada acontece por acaso.
Com o tempo, mudamos nossas atitudes e sentimentos,
a fim de nos harmonizarmos melhor com as Leis Divinas.
45
46. CONCLUSÃO
O Entendimento [...] da lei de Causa e Efeito nos permite
compreender, em plenitude, a justiça perfeita de Deus.
Sentimos que tudo tem uma razão de ser, que nada
acontece por acaso. Males e sofrimentos variados que
enfrentamos estão relacionados com o nosso passado
[recente ou remoto]. É a conta a pagar. Mas há outro
aspecto, muito importante: Se a dor é a moeda pela qual
resgatamos o passado, Deus nos oferece abençoada
alternativa - o Bem. Todo esforço em favor do próximo
amortiza nossos débitos, tornando mais suave o resgate.
SIMONETTI, Richard. Espiritismo, uma nova era. 3. ed. Rio de Janeiro:
FEB. 1999 (O efeito e a causa), p. 141.
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47. CONCLUSÃO
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave. Nós
devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o
que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o
nosso próximo. Essa é a forma de se amar a Deus, tão
bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra, e, agora, tão
bem explicada pelo Espiritismo.
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