O Humira foi aprovado para tratamento de artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil, artrite psoriática, espondilite anquilosante, doença de Crohn e psoríase. Estudos mostraram que o Humira, contendo o anticorpo monoclonal adalimumab, é mais eficaz do que placebo ao reduzir sintomas destas doenças inflamatórias. Os riscos incluem infecções e deve ser usado com cuidado em pacientes com tuberculose.
2. adultos com espondilite anquilosante grave (uma doença que causa inflamação e dor nas
articulações da coluna) que não tenham respondido de forma adequada a outros tratamentos;
adultos com doença de Crohn activa grave (uma doença que causa a inflamação do intestino) que
não tenham respondido adequadamente a outros tratamentos;
adultos com psoríase (uma doença que causa o aparecimento de placas vermelhas descamativas
na pele) que não tenham respondido adequadamente a outros tratamentos.
O medicamento só pode ser obtido mediante receita médica.
Como se utiliza o Humira?
O tratamento com o Humira deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no
tratamento das doenças para as quais o Humira é indicado.
Nos adultos e adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos, a dose recomendada é
de 40 mg administrada de duas em duas semanas por meio de uma injecção subcutânea. Para a doença
de Crohn e a psoríase é administrada uma dose inicial de 80 mg, seguida de 40 mg de duas em duas
semanas. Os doentes com necessidade de uma resposta mais rápida à terapêutica da doença de Crohn
poderão ter de começar com duas doses mais elevadas (160 mg, seguida de 80 mg), embora tal possa
aumentar o risco de efeitos secundários. Os doentes podem tomar outros medicamentos durante o
tratamento com o Humira, tais como corticosteróides (outros medicamentos anti-inflamatórios).
Nas crianças dos quatro aos 12 anos de idade com artrite idiopática juvenil poliarticular, a dose
recomendada do Humira é de 24 mg por metro quadrado de área de superfície corporal (calculada com
base na altura e no peso do doente), sendo a dose máxima de 40 mg administrada de duas em duas
semanas.
Com o consentimento do médico, e após receberem treino adequado, os doentes podem auto-injectar
o Humira. Os doentes que utilizam o Humira devem receber o cartão de alerta especial que contém o
resumo das informações de segurança relativas ao medicamento. Para mais informações, consulte o
Folheto Informativo.
Como funciona o Humira?
A substância activa do Humira, o adalimumab, é um anticorpo monoclonal. Um anticorpo monoclonal é
um anticorpo (um tipo de proteína) que foi concebido para reconhecer e ligar-se a uma estrutura
específica (chamada antigénio) que se encontra no organismo. O adalimumab foi desenhado para se
ligar a um mensageiro químico do organismo chamado factor de necrose tumoral (TNF). Este
mensageiro está envolvido no processo de inflamação e encontra-se em níveis elevados nos doentes
com as doenças para as quais o Humira está indicado. Ao bloquear o TNF, o adalimumab reduz a
inflamação e outros sintomas destas doenças.
Como foi estudado o Humira?
O Humira foi estudado em cinco estudos em doentes com artrite reumatóide moderada a grave. Em
quatro destes estudos, o Humira foi comparado com um placebo (tratamento simulado), em
monoterapia (isoladamente) ou como adjuvante (complemento) de outros medicamentos anti-
inflamatórios, incluindo o metotrexato, em mais de 2000 doentes. O quinto estudo comparou a
associação de Humira e metotrexato com o metotrexato ou o Humira utilizados em monoterapia em
799 doentes que nunca tinham recebido tratamento com metrotrexato.
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3. Na artrite idiopática juvenil poliarticular, num estudo principal que incluiu 171 doentes com idades
compreendidas entre os quatro e os 17 anos de idade, o Humira foi comparado com um placebo, em
monoterapia ou como adjuvante do metotrexato. Todos os doentes tomaram o Humira durante 16
semanas antes de receberem o Humira ou o placebo por um período adicional de 32 semanas.
Na artrite psoriática, em dois estudos que incluíram 413 doentes, o Humira foi comparado com um
placebo ao longo de 12 semanas. Os medicamentos foram utilizados em monoterapia ou em associação
com outro medicamento anti-inflamatório.
Na espondilite anquilosante, em dois estudos que incluíram 397 doentes, o Humira foi comparado com
o placebo como adjuvante do tratamento existente, ao longo de 12 semanas.
Na doença de Crohn, a eficácia das primeiras duas doses de Humira (indução) foi comparada com a do
placebo em dois estudos que incluíram 624 doentes, ao longo de quatro semanas. Outro estudo
analisou os efeitos a longo prazo (manutenção) do Humira em 854 doentes durante um período
máximo de 56 semanas.
Na psoríase, o Humira foi comparado com um placebo ao longo de 16 semanas em 1212 doentes. Um
segundo estudo comparou o Humira com o metotrexato e com um placebo em 271 doentes ao longo
de 16 semanas.
Em todos os estudos, o principal parâmetro de eficácia foi a alteração dos sintomas.
Qual o benefício demonstrado pelo Humira durante os estudos?
O Humira demonstrou ser mais eficaz do que o placebo em todos os estudos.
Na artrite reumatóide, as reduções mais significativas dos sintomas foram observadas nos estudos que
analisaram o Humira como tratamento adjuvante do metotrexato: cerca de dois terços dos doentes que
adicionaram o Humira ao tratamento obtiveram uma redução de, pelo menos, 20% nos sintomas após
6 meses, comparativamente a um quarto dos doentes que adicionaram o placebo. Os doentes que
adicionaram o Humira apresentaram igualmente menos lesões articulares e uma menor diminuição da
capacidade física ao fim de um ano. Nos doentes que não tinham anteriormente tomado o metotrexato,
a associação do Humira com metotrexato foi também mais eficaz do que o metotrexato em
monoterapia.
Na artrite idiopática juvenil poliarticular, cerca de 40% dos doentes que tomaram o Humira, em
monoterapia ou em associação com o metotrexato, sofreram uma exacerbação da artrite,
comparativamente a cerca de 69% dos doentes que receberam o placebo. No entanto, o número de
doentes que desenvolveu anticorpos foi inferior no grupo que recebeu o Humira em associação com
metotrexato. Assim, os resultados favoreceram a utilização do Humira com o metotrexato relativamente
à utilização do Humira em monoterapia.
O Humira originou uma melhoria dos sintomas superior à do placebo. Tal foi observado na artrite
psoriática, na espondilite anquilosante, na fase de indução e de manutenção do tratamento da doença
de Crohn e na psoríase.
Qual é o risco associado ao Humira?
Nos estudos, os efeitos secundários mais frequentes (observados em mais de 1 em cada 10 doentes)
foram infecções do tracto respiratório (infecções dos pulmões e das vias respiratórias), leucopenia
(contagens baixas de glóbulos brancos), anemia (contagens baixas de glóbulos vermelhos), aumento
dos níveis de lípidos (gorduras), dor de cabeça, dor abdominal (dores de estômago), náuseas (enjoos)
e vómitos, erupção cutânea, dor musculo-esquelética (dor nos músculos e nos ossos), reacções no
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4. local da injecção (incluindo vermelhidão) e aumento das enzimas hepáticas. Devido ao risco acrescido
de infecção, os doentes tratados com Humira devem ser cuidadosamente vigiados para despiste de
infecções, incluindo tuberculose, durante o tratamento e por um período de cinco meses após o final
do mesmo. Para a lista completa dos efeitos secundários comunicados relativamente ao Humira,
consulte o Folheto Informativo.
O Humira não deve ser utilizado em pessoas que possam ser hipersensíveis (alérgicas) ao adalimumab
ou a qualquer outro componente do medicamento. O Humira não deve ser utilizado em doentes com
tuberculose, outras infecções graves ou insuficiência cardíaca moderada ou grave (uma incapacidade
do coração em bombear sangue suficiente para todo o organismo).
Por que foi aprovado o Humira?
O CHMP concluiu que os benefícios do Humira são superiores aos seus riscos e recomendou a concessão
de uma autorização de introdução no mercado para o medicamento.
Que medidas estão a ser adoptadas para garantir a utilização segura do
Humira?
A empresa que produz o Humira fornecerá aos médicos prescritores pacotes informativos pedagógicos,
que incluirão informações sobre a segurança do medicamento.
Outras informações sobre o Humira
Em 8 de Setembro de 2003, a Comissão Europeia concedeu à Abbott Laboratories Limited uma
Autorização de Introdução no Mercado, válida para toda a União Europeia, para o medicamento Humira.
A Autorização de Introdução no Mercado é válida por um período de tempo ilimitado.
O EPAR completo sobre o Humira pode ser consultado no sítio Web da Agência em:
ema.europa.eu/Find medicine/Human medicines/European Public Assessment Reports. Para mais
informações sobre o tratamento com o Humira, leia o Folheto Informativo (também parte do EPAR) ou
contacte o seu médico ou farmacêutico.
Este resumo foi actualizado pela última vez em 03-2011.
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